Você está na página 1de 7

16/05/2017

TQ093 Tratamento de Efluentes

Dr. Alvaro Mathias


Professor Titular do DEQ/TC/UFPR

1 proibida divulgação mathias@ufpr.br

Tipos de Efluentes
Água residuária residencial (Qr)
Efluente doméstico e comercial (lojas e escritórios)
Água residuária industrial (Qi)
Efluente industrial (manufatura e transformação)
Água residuária comércio (???)
Compõem o efluente residencial e/ou industrial
Água pluvial (Qp)
Água de origem imprevisível (causado por vazamentos e
conexões com falhas)
água subterrânea
água de riachos
água pluvial
2 proibida divulgação mathias@ufpr.br

1
16/05/2017

Consumo diário per capita


Depende
Densidade populacional
Estrutura urbana
Aspectos sócio-econômico-cultural

Porte Habitantes Consumo


Povoado rural < 5.000 90-140
Vila 5.000 a 10.000 100-160
Cidade pequena 10.000 a 50.000 110 – 180
Cidade média 50.000 a 250.000 120 -220
Cidade grande > 250.000 150 - 300
Fonte: Marcos von Sperling. Introdução à qualidade das águas e ao
tratamento de esgotos. Departamento de Engenharia Sanitária e
Ambiental, Universidade Federal de M in a s G e r a i s ; 1 9 9 6

3 proibida divulgação mathias@ufpr.br

Efluentes domésticos
Oscilações diárias
Densidade de moradores por área na cidade e da cidade (é
menor para cidades grandes)
Aspectos sócio-econômico-cultural

16
Munic Rural
14
Mun Peq
12
consumo, %

Mun Grande
10
8
6
4
2
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
t, h

4 proibida divulgação mathias@ufpr.br

2
16/05/2017

Fatores de influência no consumo de água


Fator Observação

Clima Climas mais quentes e secos favorecem a um maior


consumo
Porte da Comunidade Cidades maiores geralmente apresentam maior consumo
per capita
Condições econômicas da Melhor nível econômico geralmente tem maior consumo
comunidade para a mesma cultura
Grau de industrialização Localidades industrializadas apresentam maior consumo

Medição do consumo A presença de medição inibe um maior consumo


residencial
Custo da água Custo mais elevado reduz o consumo
Pressão da água Elevada pressão induz a maiores gastos (perdas e fluxo de
uso)
Perdas no sistema Perdas implicam na necessidade de uma maior produção
de água

5 proibida divulgação mathias@ufpr.br

Valor de dimensionamento de Qr
MAGALÃES, CAC; MORENO, J; GALVÃO JUNIOR, AC. Estimativa do
consumo per capita em comunidades atendidas pela Unidade de Negócios
do Médio Tietê. 2006 21ºCongresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e
Ambiental, I-061

Unidade de Negócio do Médio Tietê, da Vice Presidência do Interior


da SABESP, com sede em Botucatu, Estado de São Paulo no período
de 1998 a 2000
83 sistemas de abastecimento de água atendidos
pela Unidade de Negócio do Médio Tietê da SABESP, foi de 129
l/hab.dia com um desvio padrão de 22,7l/hab.dia.
O consumo médio “per capita” (q), incluindo as perdas, foi de 199
l/hab.dia, sendo que o índice de perdas médio foi de 35%

Valores de dimensionamento: Qr = 200 L/(hab x d)


Qr = 4 – 6 L/(s*1000 hab)

6 proibida divulgação mathias@ufpr.br

3
16/05/2017

Consumidores especiais

Hospitais
Piscinas cobertas e públicas,
Escolas
Prédios administrativos

Indústria fermentativas (???: peculiaridade do processo


de produção: cerveja, vinho, pão, chucrute, vinagre,
enzima, Levedura, bactéria fixadora de nitrogênio,...)

7 proibida divulgação mathias@ufpr.br

Consumo diário industrial

Vazão depende de:


– tipo da empresa (processos produtivos)
– tamanho
– matérias-primas
– eventual reaproveitamento interno e reuso

Ex. :
Abatedouro,
beneficiamento têxtil,
eletrodeposição,
produção de açúcar.

8 proibida divulgação mathias@ufpr.br

4
16/05/2017

Valor equivalente populacional (EP)


Como grandeza de referência utiliza-se o valor
equivalente populacional (EP).
EP: número de habitantes cujo efluente diário
corresponde por quantidade ou grau de contaminação o
efluente da empresa artesanal ou industrial
» 1 EP = 60 g DBO5/(hab*d) – Carbono biodegradável
» 1 EP = 11 g TKN/(hab*d) – Nitrogênio - Kijeldahl
» 1 EP = 1,8 g Ptot/ (hab*d) – Fósforo total

Os valores apresentados são referências gerais e devem


ser avaliados para o caso específico (levantamento de
dados)

9 proibida divulgação mathias@ufpr.br

Água de origem imprevisível

Causado por vazamentos e conexões com falhas


água subterrânea
água de riachos
água pluvial

Dimensionamento por aproximação: 0,05 - 015 l/s*km


Pode ocorrer Qoi > Qresidencial

10 proibida divulgação mathias@ufpr.br

5
16/05/2017

Água pluvial Qp

Quantidade dependente de:

frequência de chuva
intensidade
duração
evolução
parcela de área

11 proibida divulgação mathias@ufpr.br

Determinação da descarga de água pluvial Qp

Qp -> 50 - 200 x Qabastecimento

Na atmosfera, existe sua poluição devido contato gases (óxidos


de N e S) e substâncias sólidas

Poluição das superfícies urbanas: telhados, ruas...

DBO5 água pluvial áreas urbanas = aprox. 15 a 30 mg/l e


sólidos em suspensão aprox. 200 a 250 mg/l

12 proibida divulgação mathias@ufpr.br

6
16/05/2017

Drenagem da água pluvial


Sistema misto:
Coleta de efluentes + água pluvial

• Sistema separador:
Coleta separada de efluentes e água pluvial

• Sistema misto ou separador modificado

13 proibida divulgação mathias@ufpr.br

Identificação das vazões de efluentes determinantes


Água servida Qs
Qs = Qr + Qi
• Escoamento de clima seco Qt
Qt = Qr + Qi + Qo = Qs + Qo
• Escoamento total e de clima misto Qtot
Qtot = Qs + Qp
• Vazão para dimensionamento de estação de tratamento em clima
chuvoso QRW para sistema misto:
QRW = 2 Qs + Qo

Qr -água residual residencial


Qi-água comercial e industrial
Qo-água de outra origem (infiltração)
Qp-água pluvial

14 proibida divulgação mathias@ufpr.br

Você também pode gostar