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CABEAMENTO 0 projeto de cabeamento de uma rede, que faz parte do meio fisico usado para interligar computadores, € um fator de extrema importéncia para o bom desempenho de uma rede. Esse projeto envolve aspectos sobre a taxa de transmissao, largura de banda, facilidade de instalacao, imunidade a ruidos, confiabilidade, custos de interface, exigéncias geogréficas, conformidade com padrées internacionais e disponibilidades de componentes. sistema de cabeamento determina a estabilidade de uma rede. O custo para a implantacéo do cabeamento corresponde a aproximadamente 6% do custo total de uma rede, mais 70% da manutengao de uma rede é direcionada aos problemas oriundos do cabeamento. Devido a falta de normas para cabeamento de redes, em 1991 a EIA (Electronics Industries Alliance) e @ TIA (Telecomunications Industry Association) propuseram a primeira versao da norma de padronizacao de fios e cabos para telecomunicagdes em prédios comerciais, denominada de EIA/TIA-568. © Objetivo principal dessa norma era implementar um padrao genérico de cabeamento de telecomunicacées a ser seguido por fornecedores diferentes, pois até entéo, o cabeamento era definido pela empresa que o instalava, e cada empresa tinha seu modo de fazer. Em Janeiro de 1994 a EIA/TIA publicou EIA/TIA 568-A, revisada, que trazia especificagdes para cabeamento de categoria 4 € 5 (UTP - Unshielded Twisted Pair). Em 2001 foram publicados pelo EIA/TIA a EIA/TIA 568-B. Norma esta que era dividida em trés partes (B.1, 8.2, B.3). B.1 definia requisitos gerais, enquanto B.2 se concentrava em ‘componentes de sistemas cabo de par trancado balanceado e B.3 tratava de sistemas de cabo de fibra optica, Devido ao grande avanco que continuou a acontecer na 4rea de cabeamento, as normas EIA/TIA 568-8 receberam ao longo de sua vida titil dezenas de adendos. Com intuito de sempre manter as normas atuais, ficou estabelecido pela ANSI (American National Standards Institute) que as normas desenvolvidas por seus comités sejam revisadas em periodos de § anos (Em um certo momento 0 EIA deixou de existir, e 0 controle das normas ficou a cargo do ANSI). Com 0 intuito de desenvolver documentos mais completos e de consulta mais simples, foi publicada em julho 2009 a ANSI/TIA 568-C. Na nova série de normas ANSI/TIA, a grande novidade é a diviséo da norma em quatro partes principais (568-C.0, C.1, C.2 € C.3). Esté quarta divisao foi criada pela necessidade de haver uma norma comum para ser usada como referencia para um projeto de cabeamento genérico que nao se enquadre na categoria de edificio comercial tipico, residencial, industrial ou Data Center (ambientes para os quais jé existe norma). A série de normas ANSI/TIA-568-C é constituida pelos seguintes documentos: ANSI/TIA-568-C.0 ~ Cabeamento de telecomunicagées genérico para as dependéncias do cliente. ANSI/TIA-568-C.1 - Cabeamento de telecomunicacées para edificios comerciais. ANSI/TIA-568-C.2 - Cabeamento de telecomunicacdes em par balanceado e componentes. ANSI/TIA-568-C.3 - Componentes de cabeamento em fibra dtica. NBR 14565: 2007 O Brasil, também com intuito de padronizar o cabeamento de redes, publicou sua prépria norma, que foi a ABNT 14565: 2000. Esta norma foi substituida pela ABNT 14565: 2007 por ter ficado desatualizada. Esta norma foi baseada na ISO/IEC 11801. A ABNT NBR 14565 foi elaborada no Comité Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03) pela Comissao de Estudo de Cabeamento de Telecomunicacées (CE-03:046.05). Apesar de ter uma norma prépria, o conjunto de normas usado no Brasil é, em sua maioria, o Americano ANSI/TIA, devido aos fabricantes terem escolhido esse padrao. Cabos de Fibra Optica E constituide de um filamento denominado nucleo, por onde é feita a transmissao da luz. Em geral, o material dielétrico (filament), é constituido de silica ou pldstico, em forma cilindrica transparente e flexivel, de dimensées microscépicas compardveis as de um fio de cabelo. Esta forma cilindrica é envolvida por uma camada de material também dielétrico, chamada casca. Ao redor do filamento existem substancias de menor indice de refracao, que fazem com que os raios de luz sejam refletidos internamente. O indice de refracao é a grandeza que expressa a velocidade da luz num meio de transmisséo. E definido como sendo n= cv, onde c é a velocidade da luz no vacuo e a velocidade da luz no meio em questéo. O indice de refraco depende do comprimento de onda da luz, 0 que vai provocar a dispersao do impulso luminoso na fibra ética, limitando a capacidade de transmissao dos sinais. A fibra transmite os dados via pulsos de luz codificados, dentro do dominio do infravermelho (10xE14 a 10xE15 Hz), que podem ser gerados por um LED ou laser. Necessitam de um conversor de sinais elétricos para sinais dticos, um transmissor, um receptor e um conversor de sinais dticos para sinais elétricos. Existem duas fibras por cabo. Transmissores épticos Sao responsdveis pela converséo de sinais elétricos em sinais dticos, que sero transmitidos pela fibra, A fonte dtica € modulada pela sua intensidade, através da variacéo da corrente elétrica injetada no gerador dtico. A fonte ética é um semicondutor e pode ser LED ou LASER, quando LED (Light Emitting Diode) utiliza o processo de fotogeragao por recombinacao espontanea. So utilizados em sistemas de comunicacéo que possuem taxas de transferéncia menor que 200 Mbps € quando Diodo LASER (Light Amplification by Simulated Emission on Radiation): utiliza o processo de geracao estimulada de luz. Receptores opticos ‘Também conhecidos como fotodetectores, convertem sinais éticos recebidos pela fibra em sinais elétricos. Os fotodetectores mais usados so 0s fotodiodos e os mais comuns so PIN e APD (Avalanche PhotoDiode). Fibras multimodo de indice gradual Ao invés de uma mudanga abrupta do indice de refragao do nticleo para a casca, esse indice diminui gradualmente de forma continua. Utiliza emissores do tipo LED, que diminui seu custo € a taxa média de _transmissio dessa fibra gira em torno de 100 Mbps. Necessita de um repetider a cada 2 Km. Fibras multimodo degrau So as mais simples. O funcionamento dessas fibras é baseado no fenémeno de reflexo total interna na casca de indice de refracao menor. O termo degrau vem da existéncia de uma descontinuidade na mudanga de indice de refracdo na fronteira entre o nucleo e a casca da fibra. E denominado multimodo, pois é possivel que varios feixes em diferentes angulos de incidéncia se propaguem através de diferentes caminhos pela fibra e a taxa de transmissao varia entre 15 25 MHz/Km. Fibras monomodo A luz percorre a fibra em um Unico modo e em linha reta. Esse tipo de fibra é insensivel & disperséo modal, que é a reflexao da onda luminosa em diferentes tempos. O digmetro do nucleo € muito pequeno Utiliza o laser como emissor dos sinais de luz, 0 que Ihe permite longas distancias (até 50 Km), sem a necessidade de um repetidor e pode atingir taxas de transmissao da ordem de 1 Gbps. Para todos os tipos, a atenuagio das transmissdes nao depende da freqUéncia utilizada, o que torna a taxa de transmisséo muito mais alta, em torno de ~100.000 Mbps, podendo chegar a 200.000 Mbps e a 620 Mbps numa Unica fibra unidirecional. E totalmente imune a interferéncias eletromagnéticas e a ruidos, ndo precisa de aterramento e mantém os pontos que liga eletricamiente isolados um do outro. Porém, a atenuacio pode ser causada pela absorcao feita pelo meio fisico de transmissdo ou pela disperséo modal. Suporta voz, dados, video e sdo mais finas e mais leves que os cabos coaxiais, 0 que facilita sua instalagao. Porém, por ser inflexivel, requer cuidados especiais na instalacdo e manutencao. Por incrivel que possa parecer, ainda existem algumas limitacées quanto & fibra ética A jungo das fibras é uma tarefa muito delicada e cara, pois as dimensées da fibra séo muito pequenas e requerem alta preciso, Nao pode haver dobra nos cabos de fibra dtica, pois pode tornar 0 angulo de incidéncia dos feixes de luz em relacao a normal muito pequeno, provocando o escape desses feixes da fibra, pois ndo chegarao a sofrer reflexdo. Sdo muito frageis, quebrando com facilidade. Os componentes dticos nao possuem uma padronizacéo. Apesar das limitacées acima, possui inimeras vantagens: Permite enviar mais dados por longas distancias e pequeno tamanho e peso; So imunes a interferéncia eletromagnética, radiofrequéncia e diafonia; E constituide de material isolante, 0 que Ihe concede isolagio elétrica; Alta confiabilidade no sinal transmitido, pois nao irradiam significativamente a luz transportada e matéria prima abundante. Pe Bainha 4 ft t T _sopwoauce Isolamento Cladding fibra Estrutura do Cabo de Fibra Optica

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