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SERAFIM - ASSESSORIA & CONSULTORIA JURÍDICA

MARCELO SERAFIM DE SOUZA - OAB/ES 18.472


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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 8ª VARA CRIMINAL DE VILA VELHA/ES

Bem-aventurados os que
observam a justiça...
(Salmos 106:3)

GE nº 0037301-18.2012.8.08.0048

MARLON DIEGO MARQUES COUTINHO, já devidamente qualificado nos autos da Guia de


Execução, processo em epígrafe, por seu advogado signatário, com escritório descrito no rodapé
da página, onde recebe as intimações e notificações de praxe, vêm com todo o acato e respeito
à honrada presença de Vossa Excelência, nos termos do art. 7º do Decreto nº 9.246, de 21 de
dezembro de 2017, requerer; o benefício de COMUTAÇÃO DE PENA, pelos fatos e direito a
expor;

I - DOS FATOS
O sentenciado foi condenado pelo MM. Juiz (a) de Direito da 99ª Vara Criminal da Comarca da
Capital - SP, nos autos da ação penal, processo nº 9999999-99.2016.8.26.0050, ao cumprimento
da pena de 07 (sete) anos, 07 (sete) meses e 10 (dez) dias de reclusão pelo crime de roubo.
Ocorre que, até 25 de dezembro de 2017, o condenado, primário, cumpriu mais de um quarto
do total da pena imposta, em 15/03/17, uma vez que, cumpre tal pena desde 22/04/15; além
de preencher os demais requisitos previstos, sendo que não está incluso em nenhum dos
impedimentos elencados nos arts. 3º e 4º, ambos do mesmo Decreto preenchendo, portanto,
os requisitos necessários à concessão da COMUTACAO DE PENAS.
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II – DO DIREITO

DA CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


A Constituição da República, e seu artigo 5º, inciso XLIX, assegura ao preso o respeito á
integridade física e moral. A Carta consigna, ainda, que ninguém será submetido a tortura nem
a tratamento desumano ou degradante (art. 5º, III).
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito á vida, á liberdade,
á igualdade, á segurança e a propriedade, nos termos seguintes:
(...)
III – ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
(...)
XLVII – não haverá penas:
b) de caráter perpétuo;
(...)
XLXIX – é assegurado aos presos o respeito á integridade física e moral;

DO DECRETO Nº 9.246 DE 21 DE DEZEMBRO DE 2017


Decreto nº 9.246 de 21 de Dezembro de 2017
Concede indulto natalino e comutacao de penas e dá outras providências.
(...)
Art. 7º A comutação da pena privativa de liberdade remanescente, aferida em 25 de dezembro
de 2017, será concedida, nas seguintes proporções:
I - à pessoa condenada a pena privativa de liberdade:
a) em um terço, se não reincidente, e que, até 25 de dezembro de 2017, tenha cumprido um
quarto da pena; e

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b) em um quarto, se reincidente, e que, até 25 de dezembro de 2017, tenha cumprido um terço
da pena;
II - em dois terços, se não reincidente, quando se tratar de mulher condenada por crime
cometido sem grave ameaça ou violência a pessoa, que tenha filho ou neto menor de quatorze
anos de idade ou de qualquer idade se considerado pessoa com deficiência ou portador de
doença crônica grave e que necessite de seus cuidados, e que, até 25 de dezembro de 2017,
tenha cumprido um quinto da pena; e
III - à metade, se reincidente, quando se tratar de mulher condenada por crime cometido sem
grave ameaça ou violência a pessoa, que tenha filho ou neto menor de quatorze anos de idade
ou de qualquer idade se considerado pessoa com deficiência ou portador de doença crônica
grave e que necessite de seus cuidados, e que, até 25 de dezembro de 2017, tenha cumprido
um quinto da pena.
Parágrafo único. A comutação a que se refere o caput será concedida às pessoas condenadas à
pena privativa de liberdade que não tenham, até 25 de dezembro de 2017, obtido as
comutações decorrentes de Decretos anteriores, independentemente de pedido anterior.
DO PREAMBULO DO ARTIO 38 DO CÓDIGO PENAL
O art. 38 do Código Penal leciona que “[...] o preso conserva todos os direitos não atingidos pela
perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua integridade física e
moral”.
DA LEI Nº 7.210 de 1.984 – LEI DE EXECUÇÃO PENAL
A Lei de Execucoes Penais, em seu capítulo II, elenca o rol de assistências assegurados aos
presos:
Dentre os direitos que o condenado conserva o direito à vida; direito à integridade física e moral;
direito à honra; direito sobre objetos de sua propriedade, direito ao uso do nome; direito à
alimentação saudável; direito à saúde; direito a trabalho assalariado, direito à liberdade de
consciência e de credo; direito à instrução; direito de se comunicar em particular com seu
advogado.
Dispõe o artigo 41 da Lei nº 7.210/84 Lei de execução penal constitui os direitos:
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Art. 41. Constituem direitos do preso:
I – alimentação suficiente e vestuário;
II - atribuição de trabalho e sua remuneração;
III –Previdência Social;
IV – constituição de pecúlio;
V – proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;
VI – exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde
que compatíveis com a execução da pena;
VI – exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde
que compatíveis com a execução da pena;
VII- assistência material, á saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
VIII – proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
IX – entrevista pessoal e reservada com advogado;
X – visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
XI – chamamento nominal;
XII – igualdade de tratamento salvo quanto ás exigências da individualização da pena;
XIII – audiência especial com o diretor do estabelecimento;
XIV – representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
XV – contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros
meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes;
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da
autoridade judiciária competente.(incluído pela Lei nº 10.713, de 2003).
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos
mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.
Desta forma, presentes os requisitos objetivos e subjetivos, nos termos do § 2º do art. 13 do
Decreto nº 9.246, de 21 de dezembro de 2017,aguarda o sentenciado seja concedido o benefício
da COMUTACAO DE PENAS, reduzindo-se a pena do reeducando nos limites do decreto
presidencial.
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III - DO PEDIDO
Diante de todo exposto, requer:
Seja, vista as prerrogativas constitucionais do promotor (a) de justiça do Ministério Público de
São Paulo, nos termos do artigo 18, II, da LC nº 75/93, artigo 41, IV, da Lei 8.625/93, artigo 257
e artigo 370, parágrafo 4º do Código Penal e nos termos dos artigos 67 e 68 da Lei 7.210 de
1984 e do Comunicado nº 573/2016 e 2077/2017 da Corregedoria Geral de Justiça;
Desta forma, presentes os requisitos objetivos e subjetivos,, nos termos do § 2º do art. 13 do
Decreto nº 9.246, de 21 de dezembro de 2017,aguarda o sentenciado seja concedido o benefício
da COMUTACAO DE PENAS, reduzindo-se a pena do reeducando nos limites do decreto
presidencial.
Posto isso, REQUER o (a) digníssimo (a), nobre, julgador (a), Magistrado (a), Vossa Excelência,
satisfeitos os requisitos legais, conceder o reeducando o benefício da COMUTACAO DE
PENAS, nos termos da JUSTIÇA;
Requer todas as publicações e intimações, DOESP, sejam feitas em nome do advogado EDIMAR
FERREIRA GOMES, OAB/SP 340.866, sob pena de nulidade.
Termos em que,
Pede Deferimento.
São Paulo, 21 de Junho de 2018.

DOS PEDIDOS
Isso posto, requer:
a) seja reconhecido ao peticionário o benefício da progressão de regime, para o regime Semi-
aberto;
b) seja intimado o DD. Representante do Ministério Público para que apresente seu parecer;
Por fim, requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos e, em
especial, pelos documentos ora juntados.

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Termos em que,
Pede e espera deferimento.

Vitória/ ES, 17 de dezembro de 2017.

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MARCELO SERAFIM DE SOUZA
ADVOGADO - OAB/ES 18.472

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