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OS DESTRUIDORES DE MÁQUINAS

É HORA TALVEZ de recon siderar o problema da quebra de

máq uin as no começo da históri a industrial da Inglaterra e outros paí­
se!'> . Quanto desta fo rma de equívocos do início da luta da classe traba­
lhadora são ainda largame nte sustentados, mesmo por historiadores
es pecializados. Assim, um excelente trabalho pu blicado em 1950 pôde
ainda de<;crever o Luddismo simplesmente como uma "Jaquerie"
industrial sem propósito e frenéti ca", e uma autoridade eminente que
contribuiu mais do que a maioria para o nosso conhecimento dela . pas­
sa sobre os tum ultos endêmicos do século de7,Oito com a sugestão de
que es tes eram o transbordamento da excitação e da animação '. Tais
eq uívocos são , acho eu , devido à per'\istência das opiniões sobre a
inlroduç,'ào de maquinaria elaborada no começo do séc ul o dezenove , e
à... opin iões qu anto ao operariado e à história do si ndicalismo formula­
da~ no fim d l ) 'iéculo de ze nove, principalmente por We bbs e se us
~cg l\i dores Fabianos. Tal vez de vamos di sti nguir as opini ões e a~ pre­
~ltnçõcs . Em grande parte das discussões sobre a quebra de máquinas
<Aiud el ..,c pode dete ctar a pres uncrão dos apo logistas cconômico~ da
classc médi a do século de7e nove. de que se devia ensinar aos operários

NT - R~\ " lla ca mponesa na Frun ça e m I :\5~.

l7
a não baterem co m a ca beça cont ra a ve rdade econômica. por mais
intrag<Ível que fos"c; dos Fabi anos e l iberais, de que os métodos com
c mprcgo da força na ação trabalh is ta são menos efi cazes do quc as
negoc iaç ões pacíficas; de am bos. <.le que o iníc io do movi mento traba­
lhista não "abia o qu e estav a fazen do. m as si mp lesmente reagi a. cega­
mente c à!> apalpadela", à pres"ão da mi sé ri a. como os animais no laho­
ratório reagem às corren te s e létricas . As opi ni ões conscientes d a
maioria dos estudio\os podem ser resu midas como se segue : o triun fo
da mecani zaç ão era in c\" it,lvd . Podem os compree nder e sim patizar
com a longa ação de retaguarda que lOdos, exce to li ma minoria de tra­
balh adores fa vorecido s. empree nderam contra o no vo s iste ma ; mas
devemos ace itar sua de n ota inev itá vel e sem propósito.
As presu nções tácitas são in tei ramente discutíveis . Nas opiniões
consc ientes há obvi amente uma boa dose de \e rdade. A mbas, contu­
do, obscurece m uma boa parte da h i~tóri a . A ssim elas tornam impossí­
vel qualquer e~tud o rea l do ., métodos de lu ta da classe trabalhadora no
período pré-industrial. No entanto tal estudo é extremamente necessá­
ri o. Um olhar mui to apressado sobre o movi mento trabal hi sta do sécu­
lo dezo ito e começo do deze nove mostra como é perigoso projetar o
quad ro d a rev olta deses perada e retirada, tão fa mili ar de 181 5-48,
lon ge demais no passado. Dentro de seus lim ites, e eles eram, intelec­
tual e organil..ê.lcionalmente muito estreitos. o~ movimentos do longo
<; urto e co nômico que te rminou com as guerras Napo lcô nicas não
foram nem desprezíveis nem com pletame nte malsucedi do s. Grande
parte deste suces<;o foi obscurec ido pel as derro tas su bseq üente,;; : a
forte organização da indústria de lã do oes te da Tnglaterra decaiu com­
pletamente para só rev iver na asce nsão dos si ndicato" gerais durante a
primeira grande guena; as corporações de ofíc ios dos trabalhadores
belg,l<; de lã. suficientemente fortes para vencer acordo'i coletivos v ir­
tuais na década de 1760. dec aíram após 1790 e até () começo da déca­
da de 1900 o sin dical ismo esteve mo rto para fins práti cos~.
Contud o não h<l realmente ne nh uma desculpa p<.ll"a ig nora r de
qual quer modo a força des tes primeiros movi mentos na Ing laterra; e a
menos qu e pe rce bamo s que a base do pode r es ta \'a na que b ra das
máqui nas. nas arru aças e na destrui ção das propriedades em ge ra l (Oll,
el11 lermos moderno:-. na sabo tagem e na ação direta), não vemos sen­
tiúo neles .
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Para muitos não-especialistas os lermos "destruidor de máq ui­
nas" e Luddita são intercambi áve is. Isto é apen as natural, porque as
insUlTeiçõe ~ de 1~ 11- 1X13, e de alguns anos após Waterloo neste pe­
ríodo. atraíram mai s a atenção pública do que qua isquer outras, c acre­
diw\' a-o;e ex igirem mai s força militar para a sua su pressão. O Sr. D~u'­
\ alI ' tez bem em nos lembrar de yue os 12.000 soldados empregados
conlra us Ludd itas excederam grandemen te em tamanho o exército
que We llington le vou para a Península em 1808. Co ntudo a preoc upa­
ção natural que se tem com os Ludditas tende a confund ir a discu %ão
da quebra de máquinas em geral, que começa como um fenômeno sério
(<;c se pode d izer propriam ente ter tido um co meço) em algum momen­
lo do século deze ssete e continua até mais ou menos 1830. Realmente,
a série de revoltas dos trabalhadores rurais que Halllmonds batizou de
"última in s urreição de trabalh ad ores' em 1830 foi essencialmente
lima ofensiva importante contra a maquinaria agrícola, embora des­
truísse In cidentalmente também uma quantidade razoávell de equipa­
menlO industrial '. E m primeiro lugar, o Luddismo , tratado como um
fe nômeno isolado para fins admini strativos , abrangia vár;os tipos dife­
re ntes de quebra de máyuinas, que na maior parte exi ~Lia m indepen­
dentemente uns dos outros , exceto ante;:, e depois . Em segundo lugar, a
rápiua derrota do Luddismo levou a uma crença generali zada de que a
quebra de máqu inas nu nca era bem-sucedida.
Vam os cons iderar o primeiro ponto. Há pelo menos dois tipos de
quebra de máq uinas, bastante d ife rentes da quebra inciden tal dos dis­
lÚl'hios comuns contra os altos preços ou Ou lra:-, causas de desconten­
tamen to - por exemplo, uma parte da destruição no Lancash ire e m
I ~ 11 . e no Wiltshire em 1826'. O primeiro tipo não implica nenh uma
hO~lilidade es pec ial contra as máqui nas como tal, mas é, sob certas
~onúições. um meio normal de fa zer pressão contra os empregadores
ou os trabal hadores ex tras. Como foi notado com ju stiça. os Ludditas
de NOllillgha msh ire, Leicestershire e Derby.. hire "estavam us ando os
ataque" contra a maquin ari a. quer nova ou velha, com o meio de forçar
"'eu~ empregadores a f:l zer- Ihcs concess ões com relaç ão a sal áriol> e
OUlras que,..,[õcs'·." Es te tipo de c1estru iç:ío era Lima parte tradi cional e
e\t,lbelel'ida do conflito industrial no período do sis te ma doméstico de
labricaçãn. e nas pri meiras fases das fá bricas e das min as. Ele não era
uirigitlo ap~n as conlra as m<Íqui nas. mas tamb~m contra as maté ria:- ­
pn mus. prou utos acabados, ou me s mo a prop ri\!dade pri vada dos
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 em pregados. dependendo 00 tipo dc danos a que estes eram mais sen­
síveis. Assim. em três mcse'i de agitação em 1802, os tosquiadores de
Wiltshire queimaram montes de feno, celeiros c c ho~ as de negocian­
tes de tecidos impopulares, abateram suas árvores. destruíram carrega­
mento~ de pairo. bem como atacaram e destruíram suas fábric as'.
A prevalência deSla "negociação coletiva atravé~ ua arruaça" é
bem demon ~trada . As ~ i m - para to mar si mplesmente os ofícios têx­
te is do oes te da Inglaterra - os negociantes de tec ido.; que ixaram -se
ao Parlamento em 1718 e 1724 que os tecelõe:. "ameaçaram demolir
suas cas a~ e queimar seu trabalho a mcnos que concordassem com suas
cond ições· ... As disputa, de 1726-7 foram travadas no Somerset, Wilt­
shire e Gl oucester:-.hire, bem como em Devon, por tecelões "in vadin­
do a, casas (dos patrões e furadores de gre ves), estragando a lã e cor­
tanuo e uestruindo as peças nos teares e os utensílios do ofício"." Elas
terminaram em al go parecido com um contrato coletivo. O gran de
tumulto dos trabalhadores têxteis em Melks ham em 1738 começou
com os trabalhadores cortando todas as correntes do~ teares pertencen­
tes ao Sr. Coulthurst.. . por ele ter baixado os Preços "';" e três anos mais
tarde empregadores ansiosos na mes ma área estavam escrevendo para
Londre!> pedindo proteção contra as exigênci as dos ho mens de que
nenhum estranho devia ser empregado, sob pena de destruição da lã".
F assim por diante, duran te todo o :-.écu lo.
Novamente, quando os mineiros úe carvão tinh am chegado ao
ponto de dirigi r ,>uas ex igências contra os empregado'res de mão-de­
obra, usaram a técn ica da destru ição. (Na ma ior parte, I\aturalmente, as
insurreic;õc,> dos minei ros ainda eram dirigidas contra os altos preços
dos alimentos, e os exploradores julgavam-se responsáve is por eles.)
As!>im , no campo de carvão de NOrlh umberlan d. o incêndio da maqui­
na ri a da boca do poço fez parte uos grandes tumu ltos da década de
1740, que dell aos homens um aumento de salário,,· bastunte grande".
No vamen te. as máqui nas foram de!\pedaçadas e o carvão incendiauo
nos tu IllUItos de 17 M , o que deu aos mineiros a liberdade de escolhe­
re m se u~ empregadore s no fi m do contrato anu al". Le is do Parlamen­
to contra o incêndio de poços foram haixada'l a intervalos du rante a
última parte do século ". Me<; lT\o em 183 Los grevistas em BedJi ngton
(Durh am) destruíram mecanismos de içamento ".
A história da destrui ção de f'Cl rmas no ofício de malharia do Eas t
M idlands é por J emai s conhecida para precisar se r contada de novo'6
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Ccrtarm:nte a des tru ição das máquinas foi a arma mais importante usa­
ela no' famosoS tumultos de 1778 (o, anceslrais do Luddismo) . que
I oralll c... "encial mente parte de um movimen to para resistir às reduções
de <;ahírios .
Em nenh um de s te~ casos - e ou tros podem se r mencionados ­
ho u \t~ qualquer questão de hostilidade à, máquinas como tais. A des­
truiçiio era !>i l11 p le~men te uma técnica do sindicalismo no período ante­
rior, c durante as primeiras fases da Revol ução Lndus trial. (O fato de os
... imlic<ltos organin dos difici lmente c xi ~ t irem ainda nos ofícios envol­
\ ido .... não afeta grandementé o argumento. Nem tampouco o fato de.
com a chegada da Revolução Industrial. a destrui ção adquirir novas
lunções .) Ela era mais útil, quando tinha que ser feita pressão intermi­
tente ~obre o, patrões, do que quando tinha que ser mantida pressão
constante: qua ndo o~ salários e as condi çfles mudavam subitamente,
wmoe ntre os trabalhadores têxteis. ou quando os contratos anuais che­
gavam para renovação simultánea. como entre os minei ros e marinhei­
ros, mais do que quando, digamos, a enLrada no mercado tinha que ser
11nnemente restrita. Ela pôde ser usada por todos os tipos de pessoas,
dc!)(.1t! os peq ll e n o~ produtores independentes, atra vés das form as inter­
med iárias tão típicas do sistema de produçao doméstica, até os ass ala­
riado ... mais Oll menos completamen te capacitados. Contudo diLia res­
peito pri ncipal mente mais às di sputas que surgiam do relacionamento
social típico da produção capitalis ta. do que entre cmpre:-.ári os empre­
gauores c os homens que dependiam, direta ou indiretamente, da venda
dn ",ua força de trabal ho a eles: embora este relacionamento existisse
aindae m formas primiti vas, e cstivesc,e confundido com as relações da
pequcnu produção independente. Vale a pena notar que os distúrbios C
destruições deste ti po parecem mais freqüentes na Inglaterra do século
<ki'oito. com a sua Rcvolução "burguesa" por trás. do que na França do
~éCLllo de.w it o l . Certamente os movimentos dos nossos tece lões e
mineiro~ sào muito di feren tes das atividades superficialmente pareci­
Jus com as uo:-. sindicatos das associações ele a~s alari ado ~ em áreas CClIl ­
tincntai... muito mais primiti v a~ ' x.
O valor desta técnica era óbvio. tanto como meio de fazer pres­
são no, empregadores. como de garanti r a solidaricdade essencial dos
trahal haJores.
O primeiro ponto é admiravelmcn te apresentado nu ma carta do
"t:crclário da câmara muni cipal de Nottingha m em 18 14 1" . O., fabrican­
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 tes de mal ha, em basti dores . com unicava ele, estavam agora em greve
contra a firma de J. e George Ray. Já qu e esta firma empregava princi­
palmente homens que p o~s uía m seus próprios teares, eram vulneráveis
a uma simples suspensão das encomendas . A maioria das firm as, co n­
tu do, alugava m os te ares aos fabr icantes de mal ha "c através dele s
adquiriam controle total de seus trabalhadores. Talvez a maneira mais
eficaz pela qual a combinação podia coagi-los era o ~eu mei o anterior
de continuar a guerra des tru indo se us bastidores ." Num si stema
doméstico de indústria, on ele pequenos grupos de homens, ou ho mens
isolados. trabalhavam es palhados em numerosas aldeias e pequenas
casas de campo, de qualquer maneira não é fácil conceber qu alqu er
método que possa garantir uma parada eficaL. Além do mais, contra
empregadores locais comparativamente pequ enos, a destruição de
propriedades - ou a ameaça constante de destruição - seria bastan­
te e fi cuL. Onde, como na indústria de roupas, tanto a matéria-prima
como o artigo acabado são caros, a destruição de lã ou da roupa pode
bem ser preferíve l à dos teares~". Mas nas indústrias semi-rurais mes­
mo o incêndio das medas, celeiros e casas dos empregadores pode afe­
tar seriamente sua conta de lucros e perdas.
Mas a técnica tem outra vantagem. O hábito da solidariedade,
que é o fundamento do <;indicalismo eficaz, leva tempo para aprender
- mes mo onde, como nas minas de carvão, ele se sugere naturalmen­
te. Le va mais tempo ainda pura integrar o código de ética incOnteste da
classe trab al hadora. O fato de O~ fabricantes de malhas em bastidores
espalhados no East Mid lands poderem organi zar gre ves eficazes con­
tra as firmas empregadoras . por exemp lo, ate.,ta um alto níve l de
"moral sindical"; mais alto do que poderia normalmente ser esperado
nesse período da indu'i trial ização. Alé m do mais , entre homens e
mulheres mal pagos , sem fundo s de greve. o perigo de furadores de
greves é sempre agudo. A quebra de máquinas foi um dos métod o~ de
co ntra-alacar estas fraquezas. Desde que o equ ipamento de içamento
de um poço de min a Northumbria no fos se qu ebrado. ou o alto-forno de
uma fundi ção galesa posto fo ra de servi r.: o, ha vl3 pelo menos uma
~arant i a temporária de que a fábrica não funcionaria: . Este era apenas
' SegundO,CllJ11exce~ões locai ~ ou regiunais. ela foi surprecn denteme n­
Ulll dos métodos. e não aplicável em toda parte. Mas todo o co mplexo
de ati v i dade~ qu e os a d m ini~ trad ores do sécu lo dezoito e começo do
dCLeno ve chamavam de "Tum ulto" conseguia m o mesmo fim. Todos
estã() familiarizados com os bandos ele milita ntes ou gre\ istas de uma
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f~hrica o U localidade, percorrendo toda a região. con vocando aldeias,
()nc tn a~ e ráh ric a ~ por uma mist ura de apel os e força (embora pOLlCO';
trahalhadores precisassem de muita persuasão nas primeiras fases da
lula)"' . Me!>mo muito mais tarde as dem onstrações e re ll n iõc~ de \11as­
,a cnnsli luíam um a parte esse ncial das disputas trabalh istas - não só
pará intim idar os empregadores. co mo para manter Os homens jun tos
e animau0s. Os tumultos pcriód ico ~ dos mari nheiros do Nordeste, no
lempo em que os contratos de trabalho eram fixos. são um ho m exem­
rl\l~ 1: a\ greves dos portuários modernos outro!;. Evidentemente a téc­
nica Luddi "ta estava bem adaptada para es ta fa.,e da gue rra industrial.
Se os tecelões ingleses do sécu lo delOi to (ou os madeireiros america­
nos dI) sécul o vin te) foram um grupo de hom ens proverhia lmente
desordeiros , havia sólidos motivos técn icos para serem o que eram.
Qllanto a este ponto també m temos alguma confi rmação de um
moderno líder sindical que , quando criança. viveu a trans ição de uma
imlústria de lã de doméstica para o ., istema de fábrica. "f~ necessário
lembrar". escreve Ri naldo Ri gola."' "que naquela época pré-socialis ta
a classe tra halhado ra era um a turba, não um exército. As greves escla­
recidas. ordeiras e burocráticas eram impo<;síveis. (R. é um cOIl'\crva­
dor exlremo entre os líderes sindic ais - EJ.H.) Os trabalhadores só
podiam lutar por mcio de demonstrações. gritaria. incitação c va ias,
im imidação e violência. O Luddb mo e a sabotagem, embora não ele­
\ ados àcategoria de doutrinas, ti nham apesar de tud o de fazer parte dos
método:. de luta."
Dc \ el11os agora nos voltar para o segundo método de des (lUição,
queé geralmente considerado como a expressão da hostilidade da clas­
<;e trabalhadora ús novas máqui nas da Revolução Industrial. especial­
mente as que economi zam mão-de-obra . Naturalme nte, não pode
Ilavel nenhuma dú vida do grande senti me nt o de opos ição às novas
tnüquina.s; um se nti mento bem fu nJauo, na opinião de nada m~ nos que
lIrna autori dade como o grande Ricmdo!n. Con tllJo três observações
uevem "er reitas. Primeiro, c:" ta hosti lidade não era nem tão indiscri­
1l1inada ne m tão es recífi ~ a como se tem presu mido mUltas vezes.
te Iraca na prát ica. Finalmente, ela de maneira algu ma se restringiu aos
lrabalhadores, mas foi parti lhada pela grande massa da opin ião públi­
ca. Inclusive muitos industriais.
 (i) o primeiro ponto ficará claro, se considerarmos o problema
como ele se apresentava ao próprio trabalhador. Ele estava preocupa­
do, não com o progresso téc nico abstratamente, mas com os problemas
gêmeos práticos de impedir o desemprego c manter o padrão dc vida
habitu al, que incluía fatores não-monetários tais como a liberdade e a
dig nidade, bem como os salári os. Assim, não era às máquinas como tal
que ela objeti vava, mas a qualquer ameaça a estes - acima de tudo à
mud ança total nas relações soc iai s da produção que o ameaçavam. Se
esta a mea~a vin ha da máq ui na, ou de alguma outra parte, dependia das
circun stâncias. Os tecelões de Spitaltiel ds in surgira m- se co ntra as
máquinas pelas qu ais "um homem pode produzir tan to ... como quase
vinte scm elas" em 1675; contra os usuários de chita estampada em
1719; contra os imigrantes que trabalhavam abaixo do preço em 1736;
e eles destruíram teares contra o corte de salários na década de 1760 27 :
mas o objeti vo es tratégico destes movimentos era o mesmo. Por volta
de 1800 os tecelões oci dentais e os tosquiadores entraram simultanea­
mente em ação; os primeiros se organizaram contra a inundação do
mercado de trabalho por traba lh adores extras, os últimos co ntra as
m áq uinas '~. Contudo, o objetivo deles, o controle do mercado de traba­
lho, era o mesmo. Inversamen te, quando a mudança não trazia absolu­
tamente desvantagem aos trabalh adores, não encontramos nenhuma
hostilidade especial contra as máq uin as. Entre os tipógrafos, a adoção
de prensas movidas a motor após 1815 parece haver causado pouca
perturbação. Foi a revolução posterior na composição de tipos que,já
que amea~ava um rebaixame nto por atacado, provocou a luta19 Entre
o co meço do século dezoito e o meio do de7eno\c a mecanização e os
nov os implemento s aumentara m gra ndemente a produtividade do
mineiro de carvão; como a introdução . por exemplo, das explosões de
dinam ite. Contudo, como ele'i dei xaram a posição do cOl·tador intoca­
da. não ouvimos falar de ne nhum mov imento importante para res istir
às mudança" técnica<;. embora os minei ros fossem pro verbialmente
ultraconservadores e arruaceiros . A restrição da produção praticada
pelos trabal hadores sob a iniciativa pri vada é uma questão total mente
diferen te. Ela pode ocolTer e ocorre em indústrias completamente não­
mecanizadas - por exempl o. na indústria de construção; nem depen­
de ela de movimentos ostensivos, ()rgani za~õe" ou in surreições .
Em alguns casos, na ve rdade, a resistência à máquina foi com bas­
tante consciência uma resistênc ia nas mãos do capitalista. Os destrui­
24
dnrc", de máquinas do La ncashire de 1778-90 distinguiram claramente
~nlre máqui nas de fiar de 24 fusos ou menos. que eles pouparam, e as
cranth:s. adequadas apenas para uso em fábricas, que d es truíra m~'. Na
In!!latcrra. que e'l(Uva mais familiarizada com as rel ações sociai s da
nr~,dllr,: àO que an teci param aquel as do capi tali smo indus trial , "em dú vi­
da c-.te lipo de comportamento é menos inesperado do que em outros
lugares. Ne m devemos ler demais a respeito. Os homem; de 1760 esta­
vam <l inda longe de compreender a natureza do sistema econômico que
estavam preste:-. a enfrentar. Apesar de tudo. é evidente que a luta deles
não rCli uma si mples luta contra o progresso técnico como tal.
Ne m há. na maior parte. qualquer diferença fundamental na ati­
tude dos trabalhadores em relação às máquinas, tomada como um pro­
blema isolado, nas primeiras e últimas fases da industrialização. É ver­
dade que em muitas indústrias o objetivo de impedir a introdução de
müqu illas indesejáveis havia cedido lugar, com o advento da mecani­
zação completa, ao plano de "capturá- las" para os trabalhadores que
gozavam de padrões e condições sindicais, enquanto tomavam todas
a:-. medidas praticáve is para mi n imi zar o desemprego tecnológico.
E'ita po!ílica parece ter sido adotada improvisadamente após a década
de 1840" e durante a Grande Depressão. mais gencricamente após o
meio da década de 1890' . No entretanto, há muitos exemplos de opo­
sição direta às máquinas que ameaçam criar o desemprego ou rebaixar
o trabalhador mes mo hoje em di a'''. No funcionamento normal da eco­
nomia da inic iativa privada os motivos que levaram os trabalhadores a
não confi ar nas novas máqu inas na década de 18 I Ocontinuam convin­
centes na década de 1960 .
(i i) O arg umento até agora pode aj ud ar a explicar por que, al'inal
de cont".... a resistência às máquinas foi tão peq uena . O fato não é geral­
Illente rcconhecido, porque a mi tologia da era pioneira do industri ali s­
mo. que h(.lmens como 8 ai nes e $amuel Smile'l retletiram . ex age raram
0<; tumu ltos que ocorreram real mt! nte. Os homens de Manchester gos­
tam de pensar em si mesmos não só como monumentos da iniciali va e
da ~ d heclor i(l econô mica, como ta mbé m - LIma tarefa mais difíc il­
como heróis . Wads worth e Mann redu7iram os tumultos do Lancashiré
no s~cLl II.) demito a proporções mai s mo desl a ~ q. Na verdade te mos
rcgi).,tro apen as de al guns movimentos de destruic.;ão realme nte ge ne­
r•• li/<.ldo)., lai:-. como os dos traba] hadore" rurais. que provave lmen te
dC~lruírah1 a maioria da" dehu lhadoras nas áreas afetadas, ,> as compa­
25
 nhi a~ especial iLadas de pequenos grupos de tosquiadores na Inglater­
ra e em outras partes"'. e tal vez os tumultos contra os teares movidos a
motor em 1826" . As destruições do Lancashire de 1778-80 e de I R1I
rei-tringiram-se a áreas limitadas c número limitado de fábricas. (Os
grandes movimentos do East M idland de 1811-12, não foram, como
vimos, absolutamente dirigidos contra a 'lOva maquinaria.) rqO é devi­
do não só ao fato de que um pou co de mecanização cra considerada
inofensiva . Como foi acentuado'''. a maioria das máquinas tendiam a
ser introduzidas em ocasi ões de prosperidade crescente, quando o ní­
vel de empregos estava melhorando e a opo sição , não totalmente
mobilizada, pôde ser di ssi pada por algum tempo. Quando as dificu Ida­
des voltaram, o momento estratégico para se opor aos novos imple­
mentos ha\ia passado. Novos trabalhadores para operá-los já haviam
sido recrutados, os operários antigos ficaram de fora, capazes apenas
de destruições ao acaso de seus competidores, incapazes de se impo­
rem sobre a máquina. (A menos, naturalmente, que tivessem bastante
sorte de possuir um mercado especializado que não fosse afetado pela
produção à máquina, como os que fabricavam sapatos à mão e os
alfaiates fizeram nas décadas de 1870 e 80.) Um motivo pelo qual a
destruição pelos tosquiadores era muito mai$ persiste nte e séria do que
a pelos outros foi que estes homens-chaves altamente especializadas e
organizados mantiveram muito controle sobre o mercado de trabalho,
mesmo após a mecanização parcial N .
(iii) A mitologia dos industriai s pioneiros obscureceu também a
avassaladora simpatia pel os de struidores de máquinas em lodv, os
seg mentos da população. No Nottinghamshire não foi denunciado um
único Luddi ta, embora muitos dos pequenos patrões de vessem conhe­
cer perfeitamente bem quem quebrou seus bastidores·n. No Wi ltshire
onde se sabia que os intermediários que terminava m as ro upas e os
pequenos patrões simpati zavam com os tosqu iadores ..1I Os verdadeiros
terroristas de 1802 não puderam ser desco bertos: ! Os negociantes e
fabricantes de lã ue Ros:o.end aJ e ba ixaram . eles própri os. resoluções
co ntra os tei1res movidos a motor algu m, anos antes de os homem. des­
tru í-los· . Du ran te a insurreição dos trabalhadores de 1830 o Escrivão
uos Magistrados de Hindon , no Wil tshire, comunicou que "onde a tur­
ba não destruiu a maqu inaria, Oi; fazendeiros expu:o.cram a mesma a fim
de :o.er destrufda"+I e Lord Melbou rne teve que env iar uma circular em
lermos inc isivos aos Magistrados que hav ia "C ID muitos casos reco­
26
lllc nuauo a Paralisação do Emprego de Máquinas usadas para debulh ar
1...1ilhne para outros Fins". "As máquinas," alegou ele, "têm tanto direi­
to ü proteção da Lei como qualquer outro tipo de Propriedade"·' .
Ne m isto é de surpreender. Os empresári os capitalistas completa­
!1l~l1te dese nvolvidos formavam uma pequena minori a. mesmo entre
aqueles cuja posição era tecnicamente a de au feridores de lucros . O
pequeno lojista ou patrão local não queria uma economia de expansão
iJlln itaela, acumulação e revolução técn ica, a selvagem briga ele foice
que condenava os fracos à falênci a e ao status de assalariado. Seu ideal
era o I\on ho sccu lar de todos os "pequenos homens", que encontrou
expre':>são periódica em Le veller, no radicalismo Jeffersoniano ou
Jacobino, uma sociedade e m pequena escala de proprietários modestos
e a~"a l ariados em condições confortáveis, sem grandes distinções de
riqueza ou poder: embora sem dúvida, em sua maneira discreta, fican­
do mais ricos e mais confortáveis o tempo todo . Esse era um ideal irrea­
IiLável. e mais ainda na evolução muito rápida das sociedades. Lem­
hre mo-nos, contudo, de que aqueles a quem isso era dirigido na Europa
do começo do século dezenove constituíam a maioria da população, e
fora de indústrias tais como a do algodão, da classe empregadora'''. Mas
mes mo o empresário caritali sta genuíno podia pensardeduas maneiras
quanto às máquinas. Acrença de que ele devia favorecer inevitavelmen­
te o progresso técnico como uma questão de interesse próprio não tem
fundamento, mesmo que a experiência do capitalismo francês e docapi­
talism o inglês posterior não estivessem disponfveis. Bastante diferente
((~I [>ossibilidade de ganhar mais dinheiro sem máquinas do que com
elas (e m mercados protegidos etc .), só raramente eram as novas máqui­
na, proposições lucrativas imediatas e óbvias .
I fá, na história de qualquer imple mento técnico, um "limiar de
lutro" que é alravessado bastante tarde - quanto maior o capital que
lem 4ue '\cr enterrado numa máquina, ma is tarde. Daí, ta lvez, a prover­
hia l fa lta de <; ucesso comercial dos inve ntore ~, que enterram o seu pró­
prio dinheiro e de outras pessoas em se u~ projetos enquanto eles ainda
"~{1 inev itavelmente imperfeitos e de maneira al guma evidentemente
'lIperiorc~ aos seus rivais não-meca nizados 41 • Naturalmente, (j econo­
Illi;J de livre ini ciativa pode superar estes obstácu los. O que foi descri­
tll (;01110 o "vasto surto do século" de 1775-1 R75 criou "iwações. aqui
e l1J i. que fo rneceram aos empresári os em algumas indústria" - a do
alg\luão por exemplo -o ím peto para salt<lr além do "li miar"J' . O pró­
27
 pr' r. mecanismo de :tcumulação do capital numa sociedade passando
por uma revolução forneceu outros. Desde que houvesse concorrênci a.
os progn::s:;os técnicos da seção pi oneira espalhavam-se sobre um
CUinpo b,::,lantc largu. Contudo não devemos n o~ c),que cer de que os
pioneiros eram minoria. A maioria dos capitalistas tomaram a nova
máquina no primeiro caso não como uma arma ofensiva para obte r
maiores lucros, mas como uma arma defensiva para se protcger contra
a falência que ameaçava o competidor retardatário. Não ficamos sur­
presos ao ver E. C. Tufnell em 1834 ac usando "muitos patrões do
comércio de algodão .. . do comportamento vergonhoso de incitar os
trdbalhadores a se voltarem contra os fabricantes que eram os primei­
ros a expandi.r suas máquinas de fiar"J'). Os pequenos produtores e os
empresários médios estavam numa posição ambígua, mas sem poder
independente para mudá-Ia. Eles podiam antipati zar com a necessida­
de de novas máquinas, quer por elas alterarem sua manei ra de viver,
quer porque. sob qualquer consideração racional, elas não eram real­
mente bom negócio no momento. De qual quer maneira eles as viam
como reforçando a posição do grande empresário modernizado, o pri n­
cipal rival. As revoltas da classe trabalhadora contra as máquinas de­
ram a esses homens sua oportunidade; muitas veL.es eles a aproveita­
ram . Pode-se concordar razoavelmente com o estudante francês de
quebra de máquin as qu e observa que ··algumas vezes o estudo detalha­
do de um incidente local revela o movimen to Luddita menos como
lima agitação do trabalhador. do que como um aspecto da competição
entre o loji sta ou fabricante atrasado e o progre s ~ ista5lJ
Se o empresário ino vador ti nha o grosso da opinião públ ica con­
tra ele, como con segu iu de se impor? Por meio do ESlado. Fo i bem
comentado o fa to de que na Inglaterra a Revo lução de 1640-60 marca
o momento decisivo na at itude do Es tado em relação à maquiJHu·i a.
Após 1660. a hostilidade tradicional aos equipame ntos que tomam o
pão da boca dos homem, hone~ to s deu lugar ao encorajamento da ini­
ciativu em busca de lucro~. qualquer que fosse o custo ~oc i al " . Este é
um cios fatos que nos justi fi ca em considerar a Revolução do século
dCLoilO como o verdadeiro começo político do moderno capitalismo
inglê. . . Duran te todo o período subseqüente o aparelho central do Esta­
do tendeu a estar, se não adi an te da opinião públicu em questões cco­
nOmicus, então pelo meno~ mais dispo. . to a considerar as reivindica­
~ões do empre..;ário total mente capitalista - exceto, é claro . yuando
28
~~[;I' se chocavam com interesses mais antigos e maiores. Os proprie­
tari\l~ ru rais ociden tais em algu ns conelados deve m ainda brindar à
";Oll1bra de uma hierarquia feud al desaparecida numa sociedade imutá­
\ e1: de qualquer maneira não havia nenhum traço significativo de polí­
tiç.1 reudal nos governos Whigs, após 1688. A simpatia de Londres iria
provar ~er de inestimável valor para os novos industriais quando sua
;.t~cel\são mone tária começou no último terço do século. I:m questões
de pulítica agrária, comercial ou financeira o Lancas hire podi a estar
em (onflito com Londres. mas não na supremacia fundamental do
empregador em buseu de lucros. Foi o Parl amento não reform ado no
seU período mais fero zmente conservador qu e introduziu o lais!'>eL.­
ruire lotai nas relações entre empregador e trabalhador. A economia da
livre in iciati va clássica dominava os debates. Ne m Londres tampouco
hes itava em bater nas juntas dos dedos dos seus representantes locais
mais antiquados e sentimentais se eles deixassem "de manter e apoiar
os dire itos da propriedade de qualquer tipo, contra a violência e a
agressão"'c.
No entanto, até a última parte do século de /o ito, o apoio do Es ta­
do ao em pres ári o inovador não era irrestrito. O sistema político da
rnglaterra de 1660 até 1832 era destinado a servir aos industriais ape­
nas na medida em que abri ssem ccuninho à força do dinheiro para den­
tro do círculo do ~ interesses adquiridos de um tipo mais antigo - pro­
prietários com mentalidade comercial, comer( ian tcs. fina nci sta s,
ricaços ele Na mel hor hipótese eles podiam apenas e ~perar uma par­
cela do harril de carn e de porco proporcional àpressão que fi zessem, e
no 'om\:!ço do século de/o ito os industriais " modernos" eram até então
apc lUS grupos ocasionai, de provinci anos. Daí, em certa ~ ocasiõe<;.
um. certa neu tral idade do Estado nas questões trabalh istas , de qual­
quer maneira até o meio do século dezoito" . Os fabri cantes ocidentais
de roupas <,e queixavam amarga mente que a maioria dos jUÍ7es de paz
locai\ eslavam r retli~ posto~ contra eles" . Aatitude do governo nacio­
nal nlls lu muitos do~ tecelõel> de 1726-7 contrasta surpreendentemen­
te com a da Home Offic c da década de 1790 em dia nle. Londres lamen­
tOll que os fabricantes locais de roupas hostili zassem sem necessidade
\), hOI11\.:l1s prendendo os arruaceiros: rid ic ulari zava as sugestões de
~l ue eles eram sedkio:-,os; sugeriu qu e ambas a~ p,utes 'i C ;c uni <;<;e m
aml?lvc lmente. ue forma qu e uma petição apropriada pudesse ser
redlguja I! o Parlamento pude),sc ag ir" . Quando isto foi !"cito, o Parl a­
29
mento sancionou um acordo coletivo que deu aos homens grande parte
do que dcscj avam, ao custo de uma "desculpa" perfunctória "pelos
tu multos passados···('. Novamente. a freqüência da legislação ad hoc
no século dezoito'? te nde a mostrar que nenhuma tentati va sistem ática,
consistentc e geral foi feit a para obrigar o seu cumprimen to. À medida
que o século avançava, a voz do industrial se tornou cada "CL mais a
voz do governo nestas questões; mas anteriormente ainda era possível
aos homens lutar ocasionalmente com grupos de patrões em termos
mai s ou menos justos.
Chegamos agora ao último e mais complexo problema: qual a
eficácia da destruição de máquinas? É, acho eu, justo afirmar que a
negociação cole tiva através do tumulto foi pelo menos tão eficiente
co mo qualquer outro meio de excrcer pressão sindical , e provavelmen­
te mais eficiente do que qualquer outro meio disponível antes da era
dos sindicatos nacionai s para grupos tais como os tecelões, marinhei­
ros e mineiros. Isso não é afirmar muito. Os homens que não gozam da
proteção natural do s pequenos números c escassas habilidades de
aprendiz, que podem ser salvaguardadas pela entrada restrita no mer­
cado e monopólios de contratação das Firmas, estavam em qualquer
caso obrigados norm almente a ficar na defensiva. O sucesso deles por­
tanto devia ser medido pela sua capacidade de manter as condições
estáveis - por exemplo, níveis de salários estáveis - contra o de sejo
perpétuo e bem anunciado dos patrões de reduzi-los ao nível da fome'~.
rsto exigiu uma luta incessante e eficiente. Pode~se alegar que a esta­
bilidade no papel era minada constantemente pela lenta inflação do
sécu lo dezoito, que fraudava com firmeza o jogo contra os 'lssalaria­
dos ;'" mas seria pedir demais das atividades do <;éculo dezo i J enfren­
tar isso. De ntro dos seus lim ites, dificilmente se pode neglr que os
tecelões de seda de Spitalfields se beneficiaram com os seus tumul­
tos"l. As disputas dos barqueiros. marinheiros e min ei ros no Nordeste,
das quais temos regis tros. terminaram, não raro. com a vitória ou um
com promisso aceitável. Além do mais, o que quer que tenha aconteci­
do nos eng ..~j a m entos indiv iduais, o tumulto e a destruição de máq ui­
nas proporcionaram a o~ trabalhadores resen 3S vai io-.as em todas as
ocasiões. O patrão do séc ulo dezoito c~tav a constantemente conscien­
te el e que um a ex igênc ia intoleráve l prod uziria. não uma perd a de
lucros lemporários. mas a destrui ção de cq uipamel1lo importante. Em
1829 a Comissão dos Lo rdc~ perguntou a um proeminente geren tc de
30
I11 J11:.!" de carv ão se a redução dos salários nas minas do Tyneedo We ar­
.,iJI: pod ia ""er efetuad a sem perigo para a tranqüi lidade do distrit o. ou
ri..,l."() de destruição de todas as minas, com toda a maquinaria. e o vaJio­
~n cup ita l nelas in vesti do" , Ele achava que não(" . Inevitavelmente, o
empregador que se defrontava com esse'i riscos fazia uma p au ,~a antes
Je provocá-los. com medo de que " ~ u a propriedade e tal veI sua vida
(rudc,>sem) correr peri go em conseqüência" ' ." .• Mu ito mais patrões do
que.,e podi a esperar," notou Sir John Clapham com injustificada sur­
presa. apoiaram a manutenção das Lei s dos Tecelões de Seda de Spi­
wlfield.'>, porque sob elas, alegavam eles, "o distrito vi ve u num estado
de quietude e repouso'''' .
Podem o tumulto e a quebra de máquinas, contudo, deter o avan­
ço do progresso técnico'? Patentemente não pode deter o triunfo do
capitali<; mo industrial comO um todo. Numa escala menor, no entanto,
ele'i não são de maneira alg uma a arma desesperadamente ineficiente
que se re m feito parecer. Assim, supõe-se que o medo dos tecelões de
Norw ich impediu a introdução de máquinas láM O Luddismo dos tos­
quiadore~ do Wiltshire em J 802 certamente adiou a generalização da
mc(ani/,ação; uma petição de l816 nota que "no tempo da Guerra não
havia ne nh um a percha" nem Bastidores em Trowbridge mas lamento
relatar que es tão agora aumentando Todo Dia"65. Por paradoxal que
p(lrc~a , <:i de struição pelos indefesos trabalhadores rurais em 1830
p<:irecc ler sido a mais eficiente de todas. Embora as concessões sala­
riai., em breve perdidas, as máquinas de debulhar não voltaram de
rn~ ncira alguma na velha escalaM'. Qua nto desse sucesso foi dev ido aos
hOI tem" quan to ao Luddismo latente ou pa~ s i v o do" próprios empre­
gac. lre~_ não podemos, contudo. determin ar. No entretanto, qualquer
que seja a verdade na q u e~tão , a iniciati va veio dos hOllle n ~. e até esse
ponto eles pode m rei vindi car uma parce la importan te em qual que r
de~'e'i SLH:essos.
1952)
I \"T - "Iáq uina com posta dc v:lrios tnmr.or..:s g uarnec ido, (I.; ~o rd a para lonta r par:dt: ­
"n ~I ( , l h)!'- c ... tofos.
31

NOTAS
1.1. H. Plumb , ElIg{l/nd i ll I/li! Eif! hleenfh Ce/lIUrV (Harm ond~w() rth 1950), p.
150 : T.S . As hton. The f lldu ,I'rrill / Revolul;,1I'I (I .o ndres 1948), p. J54.
:2. L Dech6 ne. L 'Avél/emenl d/l Régillle Syndica{ ti Ven 1ier.\ (Paris 1908), p. SI­
M e di s p~r~u.
3. F O. Da rva ll , Popular Di.\lIi rholl ce (/nd Puhlic Order ill Re'Senc.r ülg la/ld
( Lo n d re ~ 1934). p. I.
4. P. ex ., máquinas de fabricar 1:1 c seda no Wiltshire, máquinas de fabricar papel
em Buck ingha ms hirc. má4UinJs de fabri car feiTo em Berkshire(Publi c Reco rd Otlice,
HOJn c Office Papers , HO 13/57. pp. 68-9, 107. 177; Sessõl:s 25/21 disperso); 1. L e B.
Hamm ond , Tll e Vil/wi e L{/ !Jollrer (vár ias ed ições) é o relato mais acc:ssível; ver tam ­
b':m duas teses não publi cadas: N. Gas h, Tile RlI m l Unrn( in Ellglol7d in! 8,lO(Oxford
Exami nation SChOLlLs) e A Iice' ('o lson , The Revol( of lhe fi({/ npshire A g ricull/lral
l-llholl rers (Biblioteca da Uni ve rsidade de Londres).
5. Par'a discussão dos tU Jnu lros pela alta de preços, The Coa i fndl/slry ofthe
I:.ig llleen lh Cenlurrde. T S. As hton e J. Sykcs, (Manche.s ter 1929), eap. VIII . The COI­
I(l n Tmd(' olld fnd/l SI ria I Lanr'(n hire de A. P Wads wonh e J. de L Mann , (M anch esrer
1931 ), pp. 355 s,
6. Darvall. op eit , ca p. V III disperso.
7. Bonner e Mi ddl elo n \ Bristol Journa l, 3 1/7/ 1H02. Alguns deMes foram dev i­
do a disputas trabalhi stas comuns. al g un s à oposição üs novas máquina s. Ver Tlle
S/.:il/ed L(/ ho//rer de J. L e B. Hammond : para um relato do movi ment o lhe Earlr EI/ ­
glish Trude Unio/lS de 1\. As pinall ceci), (Londres 1949), pp. 41-69 para alguns dos
doc umentos.
X. House ofCo rnm ons Jour nals, XVIII, p. 715 (1718): XX. p. 268 ( 1724).
9. House of Commons Jo urn als, XX. pp. 59R-9 (1 72 6) ; S ali sbury A" ize
Records pergu nta no Wi Itshire Time, de 25 / 111 9 19 (Wilts hire Note, & Queries ).
10. Ot' nI lernan\ Maga/ inc ( 1731\), p. 659.
li. Public Rccord Officc, State Pa pel'.' Domestic Geo. 2 ( 1 7.~ I). Pf'. 56,8 2· 3.
12. Th e ,Winer's U I/iol/s o( N ortlllUIlI} erland llnd D// r lWI11 de E. \Velbourne,
(Cambridge 1923), p. 2 1.
13 . A, htori e Syl-.es. op. cit.. pp. 89 -9 1.
14. 10 Geo . 2, c. :12. 17 Oco. 2, c. 40, 24 Geo. 2, c. 57 .31 Geo. 2. c. 42 (The [ n­
glish Coai Industry in th c Scvc nt ec nt h and Eigh t.ee nth Ce nturic' . de E. R. Turn er,
1\ me l'. Ili sL Rc\ . XXV l1 p. 14) . Turncr pa rece have r negli ge nci ado 13 Geo. 2, e-.2 I, 9
Geo. 3. c. 29, 39 c -W Gco. 3, c. 77. 56 Cco. 3, e. 125 qu e , ã0 lamhél11 di ri gido, conlra
a dcst rui Ç<IP das minas. (liU I'II '.1 JW lice of Ilu' ! 'el/cc ed. (JÚII\'. 18J J l:un . vo l. lll. pp.
ó4 :~ ~, ) .
15 . Welhourlll.'. op. cit. , p. 3 1.
I h. 11 Hi.\WIT (lr lhe M achill e- \Vm utl hl H nsiery 1111<1 Lace MlII/II(ac/llres de W.
e lki n, (Londres I X67 ) J a prin cipal aut ori dade.
17. Para as mina, franc esas cf. L ('.I mine.\ de cllarhol/ Frallu! (/// XVflle sie ­
('11
c/nle /1. 1. Routl. (Paris I n :n
32
IX. 1.( C(JITII)(/,l!lIo/ll/ag(' d!: E. M. Sai Ilt-Léon. (Paris 190 I ), I. eap, 5.
19. AsrinalL oro cit. , p. 175 .
21 1. (h home ns de 1:30lton foram acu sados em 1826 de ha ver planejado adcsLrui­
J(l de hllllh (l~ tiu' Je algodão e mbaladus para ex portação. bem co mo das máquinas .
~puhlíc Rcr ord O IJ it;e , tl 0me Orrice Papcrs HO 40/ 19, rl etch cr para HolJh ot!se 20 de
."1111 de I ~2 (j).
:l I. rI' a di s, lr s<\o d C "L e ~ problema' e lll Lc !) a/JOla~ e de 1:. . Po ugen Paris n. d.) ,
rr.~5 ,~.
2~ P. .:\ ,. os meta lúrgico" g a l e~ e\ em I R16 (The 'Til1les . 26 Ou t. 181 ó) , a grt"·e
geral ue. I R-l-2 (Tlll' Ri li/lg,\ o(lhe L/ldrli lt'I , C!wr/islel (//1</ P lugtlrall'er.l, de F Peel,
t.1cckm nntl\\ ike I RR8. pp. 34 1- 7), e o' minei ros alemães e m J R89 (P. Grebe, Bi sTll ~ r ­
d,' !)turl u. d. Bergaroeiterstreik vo m Mrl i 18R9. Hi, t. Ztschr. CLVIT , p. 91).
23, A\p in <1 11. op. cit., p. 196: " Não posso deixar de pensar qu e ~1<; reuni ôes mati­
nui s c as t: ha rn ada\ at ual mentt: são o I::tço de uni ão."
2-i. '{ lI!' Slor" 'f 'lie Doders 'Slrik e de H. L Smith c V Na~ h, (Londres 1889),
dispcr..,l.
25. Ri l/,tlJ" Rigola e il M ov im ell/o Op('l'oio /l ei Biel/ese de R. Rii! ula, (Bari
19JIJ). p, IlJ . R. n50 relata nenhuma destrui ção verdadci r~l pelos tecelões. apen as pelos
chapelei ro,.
26. Vej a cap ítu lo sobre "l\l aquinaria" C I11 seus Princi pies. Sob re esta . inserido
.lpl'na, na J' étl içào. le r Wo r/.:.I ( lIIeI Correspolldence of David Rica rdo ue Sra fTa e
Oohh, (Lullhridgl' 1951 ). 1, p. lvii-ix .
27. Lom/ul/ l ife il/ lhe F igli l('I'll lh Cel/ /il ry dt: M. D. Georgc. (Londres 1925) ,
pp, IR7 -!I. Il{O.
1&. Pari. !>a/wrI I g02. Relatório da Comissão sobre a Petição dos Fahricantes
J!: RI'upa~ de Lã, 24 7. 249, 25 4 - .~. Rules (/lu! arliclf's oI.. Th e I\'oolen-C/oth W<'I/l'er 's
SI)( j<'ly... I X()~ (Bri ti ,h Mu, . 906 . k. 14 ( I).
'11 . Tile {,(lnfl()/I CUrII!losi /or d~ E. Howe e H. Waik (Londrc.<' 19~ 9) . pp. 226­
:n.
.lO. WiI(hw(l rt h c Mann, op. cit. , pp. 499-500 .
~ I. Jl1d/l\lri ,,/ I)I'/IIocll/n de S. c B. \Vchh, ( Londre~ 1l' 98), m p. VIII : Ne\\
Prol:!:<"cs and Maehincry.
J~ . Par., :J mudança política do, corn positore, de tipos cf. TI/(, NiSlory Of l l l/!
rll~il/t'I'I.~ d(' HOH'e (' \\iwe : e nge nheiros 1. B. k này~ , (Lo ndn: \ 1945 ), pp. 142-.'.
1<;"· 7: f/rll!o/lwt!lIres ('111 â/llpl'/s de e,\ ulI/ ho, Tlt e TiJ1{J/llrc l I/d /li fi ." de J. H. Jon e,.
(LI'nu ,..:, 1 l)I·h pp. I~ 3-4 ,ca p.jX .
. J\. fi/(' l 'rintiul-: Trades de J. LofLS , (Nova lurqut: 104 2) pard a longa luta dO'.
lIJlú~nlll" ;uncri cano, contra!l rel'olução tl:c ni c.r n;J década u\: I lJ40.
q . I' cit.. p. -1 1.! \cr lamb':m amíli,e d ~ tal had.1 da "lI·te de Hargreal c,, f' p. 476
~ \.
3.'\ . •\d ( '1(',. 1111 .l lIridlft/lre, 11133. 6-1 e~Li mallv,lS - ,elll dlhida ":\\111 algum
c~,lgt:I\I . de que .tpella~ I em 10U úas máqu ina\ de debulh ar que c"<, i,tiall1 <t lll e, Ul:
Ilí~lIc,t '
agllr'l eI11U,O em \"II, L, e Berb.
. . .1\\
33
 36. Sobre a agitação dos tosqlliadores e ~ trangeiros, The Luddite Moveme nt in
France, de F. R. Manuel, Journ. J\lfod. Hi.ll. 1938 , pp. 180 ss .; id. , L" int rod uction d c ~
'Iachinc'l ~ n France et les Ou vriçr" Rev. d 'H/si. Mod. N. S. XV lI!, pp . 21 2-5. O ve l'­
dadeiro LlIddismo na França parece ter sido vil1ualmente limitad o aos tosq uiado res.
com menos SU lCS, O do qu e na Inglaten'a, e mbora as intençi)cl>. LuddiulS foss!.: m al gu­
mas W/.e-~ e:>; rressa ~ po r outros. Ver os doc umentos em Le Régim.e de I'fnr/uslrie en
Francc: de J830 a 1840 ele G. e H. Boul'g in , (Pari s 19 12-4 1),3 va is.
37 . Skilled.Lobourer, Ik Ha mmond, p. 127.
38. 1. Mod . H. de Ma nuel, p. 187 , Da r v~ lI , di sperso. Ver também a nota em
Character, Ohjecls al/d [fieels ofTrade Cn iolls de Tufnell , ( 1834), p. 17, sob re a relu ­
t[mcia dos homens que operavam realmente as máquin as em aderir à greve co ntra eles.
Mas T. admite que eles ade riram, ameaçados ou pe rsuadid os por scus co legas de sem­
pregados.
39. Os tosquiadurcs (tosadores) ergueram a fel pa do tecido acabado e rasparam­
na com pesadas tosquiadeiras de Cerro. Eles tinham que ser não só muito fortes como
muito hábeis.
40. Darvall, op. cit. , p. 207.
41. Aspinall, op. ci t., 57-8 .
42. Thomas Heli ikcI·. executado como tal em 1803 é gera lmente cons iderado
inocente.
43 . Economic Hislory ofRossendale de G. H. Tupling, (Manc hester 1927). p.
2 14 .
44. -, [S . CorrC::'flondência de M. Cobb, empregad o dos Juízes de Sali sbur) , na
Bibli oteca d" Wiltshir e ,' rchacul &. l\at. Hi ,l. Soc., Dc\ i:·cs: 26 No\ . I ~30.
45. Circular ~mpressa de 8 Dez. 1830 . .cstJ GIn"ncionada em Vil/age Lahourer
dl: Hammond (Guild Books edn) lI, pp. 71-2.
46. \á a brilhante análise do "pequeno-burguês democrata" no Di sc urso de
Marx ao Conselho Central da ' ,iga Com unista, Sei. !\(}rks ofMarx & L.'I~els , n, pp.
160 -1 .
47. A frase "Limiar do lucro" é de G. Gilfillan (lnvention as a Facto r in ECQ­
nom ic Hi story, Supp, [OJoum. EcolI. H/S I., DeL 1945 ).
48. E les foram ajudados pelo baixo preço das novas máqu inas. Um fahricante
ocide ntal de roup as instalou máquinas de Fi ar com 70-90 fu sos por 9 cada em 1804.
Daí a poss ibilidade da meca ni lllção aos poucos.
49. Tufnell, op. cit.. p. 10.
50. Manuel, 1. Mo d. H. , p. 186.
51. ECO/L Hisl. oi EI/ ;; Iand de E. Lipso n, (4' edn) lI, pp . CXXX V-VI, m, pp.
300-3 13, 324-~ . A CO/lcisf:" Fcol1 . /// 1'1. () f Brifilill de Sir Jo hn Clapham, p. 30 I, nota
corrd amente a "traço extra de dureza que parece ter feito pai-te da \' ida pública na Era
da Rt'stauraçào."
52. Ver Nota 45 acima.
53. Para a " mudan ça re I olucio nária" nes te período '. e r Hi.çl. uITrade Uniol1i.\'I11
de S. e B. We bb (1894), pp . 44 s5. Mas as atas parl a mentares podem dar a impressão
t: ITada. O curso normal dos acon teciment os foi que o lai sset.-fa ire progrediu calma­
34
I1l~JltL. ((1 111 a Icgislaç lu contr.1 ri a caindo Çl11 obsokscência, a me nos q ll e U l,' o rrc~SC
UIIIJ (:11l1ru nha ati va t! e ri d ~ llte dIJs trabalhadll rc., . Cf. aresci ,50 das cláLl sul :l_ de salá­
111 " St,IU I1 !.: of Anifi cers e nl 1li: 13 (W. Sm ar!. 1::("(111. , \1/1 111 / ,\ of l/l( Nil/('/eC'li/" Cm/ l' ­
'11
" . I ~() 1-20. p. '(IH)
. 54. ri/(' CU,I" 11.\ illlUh ' SIIVU/ " hclll'cen/ltc Clorh ie rs , IVew'er.l' lInd o llrer Mal/lI­
/O( (1/1('.\ 11'i/1I I<'!ia/ l l lO lh e: Ime !Ciol, i l/ lhe COlllltr o( IVilIS, de Ph ilalt:t hes, l. ondn!.',i,
'17 ~\ ) I C,lnlbridge Univ. Lib., ActOIl d. 25 .1 005 1. P 7. De qu alq uer ma nei ra ai'; 17 (i ~ o ,
,. " 55 D~ clwpe leiros conseguiram uma Lei proi hindo qualq uer patrão de ,~' nl a r no
b,lrKIIIllIOl<ldbpUl<l que Ih<, dl s~e"e re'pe itn ·- o ljU<: é mJ.i ~ do que os trabalh ado fl;'
1111',1;' puJcram con 'l'guir.
,,5. Public Reeord Olfice. St,\le Papers Domcqic 0 eo. 1. 63: J'lp. 72. R2, 93-4.
tH rI', 1-(,,9- \O (e,p. l -l l.
"(I . .fl'umals ar the f1()U ~C of Cummum,. n . p. 147 .
.., Bltll/ '.1 l /Hl ice Oflli" PCOCi'. ed. ci t. , m. pp 643 s,.. Y. pp. 485 S' ., 552 SS . , dá
LlIII Yll'ldn. re\' oltante deq a massa de legislação imc rlll Itente não coordenada.
51'\ . j)('/" lv/odem!' l\apilal lslIlIl,l, de W. SOlllbart , I, ii, p. 803 para um8 hibl iogra­
I iu Ji,to: t apiwl )' de K. Mar,\ 11 Y311 .:dn), pp . 259-63, ' Tlle Cu\e li,\ i r 11 011 ,1'/ 011(/'" ..
I "-tlla ~4 aellna), pr, 29. 4 1, dá argu men to, típicos.
59. Th,' l'ro fil Intlatidn Jlld tht: Ind ustrial Revolll ti o[1 , 1751 - 1800 , de E. 1.
Hamlltllll Q. ./11/1111 . F cml ., pp. 56 (1942). 256 .
(,0 ')Ái l/ull~I"(} wl!r, d~ Ham lllond. a nb ~e r\a çã u ele M. D. GCl1rge, op. cit. , p.
190 Lle 4ue IIS preço, lio\ tee id0\ pela~ Le i~ não em comparável com ° de outros nfí­
1.'11" LllII'al1te (l períodu. pode ~er ve rdadeira. Mais i mponantc é o colapso drástico dos
preços ap()., a rcsc i ~ão das Leis (I bi d.. p. 37-11.
61. Halll l11oncl , ibid .. p. 26.
62. V. illi ulTI Slark ,,'bre os mot ivN [l(l rq ue a maq uinaria não foi adotada no
c(l/ll~rtin ue 1<1 re nteaJa de Norwi( h c ,IS r" du~' ôe~ de' .. alári os foram combatida,.
\.1 . Tlle Spit,Ji·ielcl \Ac t!-., de J. H. CI :lpham, 1773 -1R24, 1::("(11/ . } O/lnl . XXVI pp.
.J.óJ--I
(-..+. I !,unl1lond.. op. cit. . p 142. The Tran, ferl'nee 01' Iht: Wor~te d lndustry f!'nm
"IIorlolk to lhe Weq Ridillg, de 1. H. Claphàlll, Ecnl/. Jour. X X, di, c utç a qu estüo co m
gmndc detalhe.
flS. 11u11l111ontl ibtd .. p. I ~H .
"I'.. fhe Agri cult ure of Berbh ir ~ , dcC llItt crt>u~ k (L,md res & Ch ford 18( 1), pp.
·11 .• 1:~.
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