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OBJETIVO DA DISCIPLINA
Enfrentar os principais aspectos do novo código de processo civil, estabelecendo um
estudo comparativo em relação ao CPC/1973 e preparando o aluno para a aplicação do
novo diploma.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
• I. NORMAS FUNDAMENTAIS DO NOVO CPC
• II. NOVIDADES QUANTO ÀS REGRAS DE COMPETÊNCIA
• III. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
• IV. AS TUTELAS PROVISÓRIAS
• V. PETIÇÃO INICIAL E PEDIDO
• VI. DEFESAS DO RÉU
• VII. SANEAMENTO DO PROCESSO
• VIII. AUDIÊNCIAS
• IX. AS PROVAS
• X. CUMPRIMENTO PROVISÓRIO E DEFINITIVO DA SENTENÇA
• XI. EXECUÇÃO DO TÍTULO EXTRAJUDICIAL
• XII. RECURSOS
• XIII. INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BUENO, Cassio Scarpinella: Manual de D. Processual Civil – Lei 13.105/2015 – Ed
Saraiva: 2015.
FUX, Luiz: Novo Código de Processo Civil temático – Editora Mackenzie: 2015.
(CODIGO)
MEDINA, José Miguel Garcia: Direito Processual Civil Moderno – Editora RT:2015.
ROQUE, André e outros: Novo CPC Anotado e Comparado – Editora Foco: 2015.
(CÓDIGO)
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim e outros: Breves Comentários ao Novo CPC – RT: 2.015.
NORMAS CONSTITUCIONAIS
• Art. 1º O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e
as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil,
observando-se as disposições deste Código. → CPC será ordenado conforme as normas
constitucionais; realça princípios fundamentais da CF
• iniciativa da parte e impulso oficial
• Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial,
salvo as exceções previstas em lei.
MEIOS DE COMPOSIÇÃO DOS CONFLITOS
. 3 GRUPOS: as formas de solução das controvérsias dividem-se em 3 grandes grupos:
a) AUTOTUTELA: solução se dá através do uso da força por um dos interessados.
b) AUTOCOMPOSIÇÃO: a forma de composição é encontrada pelas PARTES, SEM QUE
A DEFINIÇÃO DO IMPASSE SEJA IMPOSTA POR TERCEIRO: NEGOCIAÇÃO,
MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO;
c) HETEROCOMPOSIÇÃO: o resultado É DEFINIDO POR TERCEIRO, tal como ocorre
no PROCESSO JUDICIAL (JUIZ) ou na ARBITRAGEM (ÁRBITRO).
FORMAS DE AUTOCOMPOSIÇÃO
a) NEGOCIAÇÃO: quando a autocomposição é encaminhada pelas próprias partes, SEM
INTERMEDIAÇÃO DE TERCEIRO.
b) MEDIAÇÃO: quando as partes na autocomposição são auxiliadas por um
FACILITADOR TREINADO, CAPACITADO E NEUTRO, MAS QUE NÃO PROPÕE
ALTERNATIVAS (MEDIADOR), pois estas serão construídas pelas próprias partes. Ele
atua no sentido de REESTABELECER A COMUNICAÇÃO ENTRE AS PARTES,
reforçando o diálogo.
c) CONCILIAÇÃO: quando as partes são auxiliadas na autocomposição por um
TERCEIRO, QUE PARTICIPA MAIS ATIVAMENTE, INDICANDO SAÍDAS PARA
SOLUÇÃO (CONCILIADOR), mas SEM FORÇAR A REALIZAÇÃO DO ACORDO.
AUTOCOMPOSIÇÃO
Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.
§ 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei.
§ 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.
§ 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos
deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do
Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.
BOA-FÉ PROCESSUAL
• Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de
acordo com a boa-fé
• COOPERAÇÃO
• Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em
tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
IGUALDADE DE TRATAMENTO
• Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de
direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à
aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.
• PRINCÍPIO DA IGUALDADE
• CF: Art. 5o Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição;
• IGUALDADE REAL, NÃO MERAMENTE FORMAL.
RESPEITO AO CONTRADITÓRIO
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela
seja previamente ouvida. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I – à tutela provisória de urgência;
II – às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;
III – à decisão prevista no art. 701.
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a
respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se
trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
CF 5o. LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em
geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes
• PREVÊ AMPLA APLICAÇÃO NO PROCESSO DA GARANTIA CONSTITUCIONAL DO
CONTRADITÓRIO. FIM DAS DECISÕES SURPRESA.
CONVENÇÃO DE PROCEDIMENTO
• Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às
partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às
especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e
deveres processuais, antes ou durante o processo.
• Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das
convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de
nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se
encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
COMPETÊNCIA
INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
• mais grave: É mais grave, podendo ser alegada em QUALQUER TEMPO E GRAU DE
JURISDIÇÃO, e por todo mundo (autor, réu, MP, 3º interessado...) devendo inclusive ser
pronunciada DE OFÍCIO. O juiz incompetente é incompetente até o fim.
• razão da maior gravidade: as regras de competência absoluta têm como fundamento
razões de ordem pública, buscando melhorar o serviço jurisdicional e racionalizar a
distribuição de trabalho. Foi instituída no interesse do Poder Judiciário (para permitir que
ele se especialize), e não das partes, por isso é de mais gravidade. Para os funcionários
poderem julgar melhor e com mais rapidez.
. Não decorar... pensar se a regra foi instituída para o Judiciário (absoluta) ou para as
partes (relativa).
• QUANDO É ABSOLUTA: em razão da MATÉRIA e a FUNCIONAL.
• QUEM PODE ARGUIR A INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA: todos os sujeitos processuais
são legitimados a argüi-la: AUTOR, RÉU, TERCEIROS INTERVENIENTES, MP E JUIZ
DE OFÍCIO.
• AÇÃO RESCISÓRIA: a sentença pode ser rescindida por AÇÃO RESCISÓRIA, nos
termos do CPC 966 II, se juiz for absolutamente incompetente.
• ONDE ALEGAR: em PRELIMINAR DE CONTESTAÇÃO (NCPC 337,II)
• CONSEQUÊNCIA DO RECONHECIMENTO DA INCOMPETÊNCIA (já era assim e
continua sendo no NCPC, mas como não se sana, pode peticionar depois)
INCOMPETÊNCIA RELATIVA
• menos grave: se não argüida HÁ A PRORROGAÇÃO DA COMPETÊNCIA para o juízo
originalmente incompetente, e DEVE SER LEVANTADA PELA PARTE, não podendo ser
declarada de ofício.
• SÚM 33 STJ: “A INCOMPETÊNCIA RELATIVA NÃO PODE SER DECLARADA DE
OFÍCIO”.
. é o interesse do particular; a parte que tem que reclamar; o juiz não pode agir de oficio e
reclamar em favor de uma das partes
EXCEÇÃO - 63, §3º: juiz pode considerar abusiva a cláusula de eleição de foro de ofício
ex. comprou armário em SP, entrega em SP, instalação em SP; loja com filiais em todo o
Brasil; o contrato estipulava cláusula de eleição de foro em Rio Branco (AC); o juiz vai
pensar que foi feito propositalmente para dificultar o direito de ação, e declara que a
cláusula é abusiva e que a competência é de outro juiz (de SP), reconhecendo de ofício.
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: (ou
seja, a Justiça brasileira não aceita sentença estrangeira nesse caso)
I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II – em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular
e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja
de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III – em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de
bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha
domicílio fora do território nacional.
ex. 2 holandeses moravam no Brasil e comprar um terreno (bem imóvel situado no Brasil);
voltaram para a Holanda; devem ajuizar a ação no Brasil, e não na Holanda, senão a
sentença estrangeira não será homologada pelo STJ, pois a competência é exclusiva
nesse caso.
LITISPENDÊNCIA INTERNACIONAL
. não existe litispendência internacional:
Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta
a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são
conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos
bilaterais em vigor no Brasil.
Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a
homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no
Brasil.
Assim:
HOMOLOGAÇÃO PERANTE O STJ: Obtida a homologação, o processo nacional
deverá ser extinto, sem julgamento de mérito, por existência de coisa julgada. Por
outro lado, se transitar em julgado a sentença proferida no Brasil, STJ não poderá
homologar a sentença estrangeira.
Se já foi feito o pedido de homologação no STJ, não paralisa a ação no Brasil; então, no
momento de homologar, deve analisar se já houve transito em julgado. A não ser que haja
uma liminar pedindo a suspensão do processo que corre no Brasil.
PREVENÇÃO
• implica na fixação da competência em um juízo, nas hipóteses que sejam competentes
mais de um juízo. (Tem que identificar qual será o juízo prevento)
• PREVENÇÃO DE CAUSAS CONEXAS: quando existem duas ou mais ações conexas,
todas devem ser reunidas perante um mesmo juízo, que as decidirá, em prol do princípio
da ECONOMIA PROCESSUAL E DA HARMONIZAÇÃO DAS DECISÕES.
JUÍZO PREVENTO?
Critérios: (antes havia 2 critérios diferentes, sem justificativa)
• CPC/73 106: entre juízes de MESMA COMPETÊNCIA TERRITORIAL, PREVENTO ERA
O QUE DESPACHOU EM PRIMEIRO LUGAR. STJ tendia a dizer que somente o
DESPACHO DE CITAÇÃO DO RÉU previne juízo. (Despacho citatório: “cite o réu”)
• CPC/73 219 caput: esse artigo se aplica quando NÃO SE ESTÁ FRENTE A JUÍZES DE
MESMA COMPETÊNCIA TERRITORIAL. PREVENTO é o JUÍZO que realizou a
PRIMEIRA CITAÇÃO.
Novo CPC mudou:
• Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde
serão decididas simultaneamente.
• Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo. (Ver
qual ação foi ajuizada primeira; este será o juízo prevento; anterioridade de ingresso)
Obs: distribuição = quando tem mais de uma Vara
registro = uma única Vara
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
DA ASSISTÊNCIA
Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente
interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo
para assisti-la. Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e
em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se
encontre.
. pode entrar em qualquer fase, mas quanto antes entrar, mais vai influenciar o juiz
. é um espécie de intervenção de 3º; o resultado vai beneficiá-lo ou prejudicá-lo menos;
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao
denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva,
o prejuízo de quem for vencido no processo.
§ 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide
for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida.
§ 2o Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra
seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo,
não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que
eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma.
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
• O QUE É?: meio pelo qual AUTOR OU RÉU podem TRAZER TERCEIRO ao feito, para
EXERCÍCIO de EVENTUAIS DIREITOS DE REGRESSO a que possam fazer jus.
• PEDIDO DE TUTELA: é um pedido de tutela apresentado pelo AUTOR ou RÉU em face
de TERCEIRO, que por disposição LEGAL ou CONTRATUAL, tenha responsabilidade por
suportar eventuais prejuízos sofridos com a demanda.
. ex. contrato de seguro; A foi vitima de acidente provocado por B; A ajuiza ação
indenizatória contra B; B contesta; na contestação, faz também a denunciação da lide em
face de sua seguradora; “que minha seguradora seja citada, para caso eu venha a ser
condenado a pagar algo ao autor, que a seguradora seja condenada a me ressarcir pelo
prejuízo sofrido”;
. B poderia pagar e depois ajuizar uma outra ação contra a seguradora → NCPC diz que
não é obrigatória a denunciação da lide
. tanto autor quando réu, podem fazer a denunciação; embora seja mais comum ser feita
pelo réu
• NOVA LIDE: inclui-se NOVA LIDE NO PROCESSO, que envolve DENUNCIANTE E
DENUNCIADO.
• 2 PEDIDOS: com a denunciação, o mesmo processo apresentará DOIS PEDIDOS
DIVERSOS DE TUTELA JURISDICIONAL. PEDIDO PRINCIPAL, formulado pelo AUTOR
em face do RÉU, e PEDIDO SECUNDÁRIO, do DENUNCIANTE em face do
DENUNCIADO.
OBRIGAÇÃO OU FACULDADE
• O CPC/73 70: diz que a DENUNCIAÇÃO DA LIDE é OBRIGATÓRIA nas hipóteses que
aponta.
• porém, a doutrina e jurisprudência entendem, majoritariamente, que a denunciação
SOMENTE É OBRIGATÓRIA na hipótese de EVICÇÃO → NÃO OBRIGATORIEDADE
• RAZÃO DO ENTENDIMENTO: funda-se no CC 456, segundo o qual PERDE O DIREITO
DE REGRESSO o adquirente que não realizar a notificação do alienante, quando assim
determinarem as leis do processo.
• - DEMAIS CASOS: NÃO OBRIGATÓRIOS por FALTA DE LEI MATERIAL no mesmo
sentido.
. toda essa discussão acabou; o NCPC não fala mais em obrigatoriedade! Ela é
admissível!
• NCPC: fala em faculdade, admitindo que em caso de não admissão ou não
promoção da denunciação, o direito regressivo seja objeto de ação autônoma.
DENUNCIAÇÃO SUCESSIVA
• DENUNCIAÇÃO PELO DENUNCIADO: NCPC ADMITE UMA.
• MOMENTO PARA A DENUNCIAÇÃO
• PELO AUTOR: NA PETIÇÃO INICIAL
• PELO RÉU: NA CONSTESTAÇÃO.
• NCPC: ADMITE POSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO DIRETA DO DENUNCIADO PELO
ADVERSÁRIO DO DENUNCIANTE
Art. 128. Feita a denunciação pelo réu:
Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso,
requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da
condenação ($150 mil) deste na ação regressiva.
. para evitar injustiças na falta de indenização; ex. A (Monza) bate em B (Ferrari); A chama
a seguradora C na denunciação e o juiz entende devida a indenização; A tem que
indenizar B em $500 mil e B tem direito de regresso quando a C no valor de $150 mil; B
pode pedir denunciação sucessiva de C até o valor de $150 mil, e o resto só pode cobrar
de A;
. somente UMA denunciação sucessiva → C para D (1ª denunciação sucessiva); D para E
não pode (seria a 2ª sucessiva); se não limitar o processo não anda;
DO CHAMAMENTO AO PROCESSO
Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu: (exclusivamente)
I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o
pagamento da dívida comum.
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente
ouvida.
Art. 135 Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-
se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.
DO AMICUS CURIAE
. NCPC não criou, mas ampliou as hipóteses em que essa figura pode acontecer, desde
que presentes determinadas circunstâncias:
Art. 138 O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do
tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão
irrecorrível (intimado pelo juiz), de ofício ou a requerimento das partes ou de quem
pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica,
órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15
(quinze) dias de sua intimação.
. precisa justificar intervenção: matéria relevante, tema específico ou repercussão social
. pode se dar por atuação do juiz (intimado) ou por pedido de terceiro (espontaneamente)
§ 1º A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem
autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e
a hipótese do § 3o.
§ 2º Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir
os poderes do amicus curiae.
§ 3º O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de
demandas repetitivas.
. pode aparecer em qualquer processo, desde o 1o grau; não houve criação, mas
generalização do instituto, como hipótese de intervenção de 3º;
. AMICUS CURIAE: terceiro admitido no processo para fornecer subsídios à solução da
causa.
• pressupostos: MATÉRIA RELEVANTE, ESPECIFICIDADE DO TEMA ou
REPERCUSSÃO SOCIAL DA CONTROVÉRSIA.
• AMICUS CURIAE: pode ser PESSOA NATURAL ou JURÍDICA, que deverá demonstrar a
RAZÃO DA SUA INTERVENÇÃO, e que seu INTERESSE INSTITUCIONAL relaciona-se
com o tema do processo.
• PODERES DO AMICUS CURIAE: definidos pelo JUIZ ou RELATOR, na decisão que
SOLICITAR ou REQUERER a intervenção.
• RECURSO: AMICUS CURIAE não pode RECORRER, salvo EMBARGAR DE
DECLARAÇÃO (se a decisão tem um vício ela tem que ser afastada, pois não está
completa) ou RECORRER da decisão que JULGAR IRDR. (§3º) → qualquer uma das
partes ou dos juízes pode pedir o IRDR; o TJ vai julgar e fixar um precedente que é
obrigatório para os demais processos;
TUTELA CAUTELAR
É a primeira espécie. A previsão de antecipação de tutela surgiu em 1994, nos artigos 273
e 461. Antes, não havia tutela cautelar satisfativa, que foi construída pelos advogados e
posteriormente acatada pela jurisprudência para suprir uma lacuna existente no CPC/
1973. A tutela cautelar visa deferir uma medida que conserve/preserve o direito objeto do
pedido principal do requerente. Exemplo: credor descobre que devedor está transferindo
seu patrimônio e requer o bloqueio (arresto) dos bens do devedor. A cautelar dá uma
medida que não satisfaz, mas preserva o direito. Para obter a medida, deve-se
demonstrar a fumaça do bom direito e o perigo de demora. O pedido de cautelar
preparatória deve indicar na petição inicial qual será o pedido principal, porque, como já
se apontou, a cautelar tem a função de preservar o direito objeto do pedido principal do
autor, nos termos 305, "caput", do novo CPC. Afinal, o juiz só poderá avaliar a adequação
do pedido de cautelar preparatória, se ele souber qual será o pedido principal. Pelo
parágrafo único do art. 305, do CPC, se o pedido for de natureza cautelar antecedente, e
o juiz entender que o pedido tem natureza antecipada e não cautelar, o magistrado deverá
apenas respeitar a natureza própria da antecipada, disposta no art. 303, o que consagra o
princípio da fungibilidade das formas processuais. Isso é para evitar o indeferimento em
razão da natureza jurídica da tutela antecipada (inadequação do meio). Algumas siuações
não são claras. Por exemplo, separação de corpor pode ser interpretada como cautelar,
por uns, e como antecipada, por outros. É para situações como essas que surgiu o
princípio da fungibilidade.
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
Muitas vezes a cautelar não serve para impedir o perecimento do direito, sendo
necessário a entrega do próprio direito (tutela satisfativa).
TUTELA PROVISÓRIA
• JUSTIFICATIVA PARA A TUTELA PROVISÓRIA:
• PROIBIÇÃO DE AUTOTUTELA: a possibilidade de concessão das chamadas
medidas urgentes está ligada à proibição da justiça por mãos próprias.
• PACIFICAÇÃO SOCIAL: Não basta proibir o exercício da autodefesa, é necessário
que o Estado preste tutela ADEQUADA, ÚTIL E EFICAZ.
• PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA TUTELA: A CF, no art. 5º. XXXV consagra o
princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional, garantindo a todos acesso ao
judiciário. Não basta garantir o acesso ao Judiciário, é necessário que o Estado
garanta TUTELA EFETIVA, EFICAZ, sob pena de verdadeira DENEGAÇÃO DA
JUSTIÇA.
• PARTE GERAL - ARTS. 294/311: SUBSTITUI CPC 273 e LIVRO III DO CPC/73 (Do
processo cautelar).
• TUTELA PROVISÓRIA: TUTELAS CAUTELARES E TUTELAS SATISFATIVAS
TRATADAS CONJUNTAMENTE, APROXIMANDO AINDA MAIS AS MEDIDAS.
• MOMENTO: ANTECEDENTE OU INCIDENTAL, TANTO A CAUTELAR QUANTO A
ANTECIPADA.
• TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE: NOVIDADE DO CPC/15, SEM PREVISÃO
NO CPC/73
• NCPC Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em
caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que
se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
• Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza
antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303.
• - MOMENTO:
• - ANTES DA OITIVA DO RÉU
• - ANTES DA OITIVA, MAS APÓS JUSTIFICAÇÃO PRÉVIA
• - APÓS A OITIVA (ANTES DA SENTENÇA).
• - RAZÃO: garantir ressarcimento de futuros danos causados pela liminar, na
hipótese de ser revogada a liminar.
• - NCPC 300 §1º. MANTÉM POSSIBILIDADE DE O JUIZ EXIGIR CAUÇÃO
• Cessa a eficácia da medida (CPC 309):
• 1) DESRESPEITO AO PRAZO DE 30 DIAS PARA O PEDIDO PRINCIPAL
• Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo
autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos
em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de
novas custas processuais.
• § 1º O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela
cautelar.
• § 2º A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido
principal.
• 2) NÃO EFETIVAÇÃO EM 30 DIAS: se concedida, não for efetivada em 30 dias,
também perde a sua eficácia.
• 3) DECISÃO DO PEDIDO PRINCIPAL DESFAVORÁVEL AO AUTOR: quando a
sentença for desfavorável ao autor, a cautelar pede a eficácia.
- CPC 273 E 461: introduzidos pela Lei 8.952/94, ROMPERAM O PARADIGMA LIBERAL
DO PROCESSO. Esses dispositivos legais generalizaram a possibilidade de concessão
de tutelas antecipadas.
- SATISFAÇÃO: a antecipação de tutela permite que o favorecido obtenha os MESMOS
BENEFÍCIOS que só obteria com a prolação da SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. FIM
DO USO ANÔMALO DO PODER GERAL DE CAUTELA
REVOGAÇÃO/MODIFICAÇÃO
NCPC 296 – AUTORIZA SEJA REVOGADA OU MODIFICADA A QUALQUER TEMPO.
REQUISITO: REVOGAÇÃO ou MODIFICAÇÃO pressupõe a vinda aos autos de
ELEMENTOS NOVOS, que justifiquem a alteração da CONVICÇÃO DO JUIZ.
Novidade do NCPC
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a
petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do
pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do
perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. -> cria a antecipação da tutela
antecedente; P.I. não está completa/acabada, mas é apresentada, avisando o juiz; e, após
o deferimento, vai aprimorar/completar a P.I. dentro de 15 dias
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I – o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a
juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze)
dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
§ 2º Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo, o processo
será extinto sem resolução do mérito.
§ 5º O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto
no caput deste artigo.
§ 6º Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão
jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de
ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito.
PEDIDO GENÉRICO
I – NAS AÇÕES UNIVERSAIS, SE NÃO PUDER O AUTOR INDIVIDUAR NA
PETIÇÃO OS BENS DEMANDADOS.
II – QUANDO NÃO FOR POSSÍVEL DETERMINAR, DE MODO DEFINITIVO, AS
CONSEQUÊNCIAS DO ATO OU DO FATO ILÍCITO.
III – QUANDO A DETERMINAÇÃO DO VALOR DA CONDENAÇÃO DEPENDER
DE ATO QUE DEVA SER PRATICADO PELO RÉU
(NCPC 324 §1o. REPETE O QUE JÁ CONSTAVA DO CPC/73)
CITAÇÃO
• PRAZO PARA DEFESA NO CPC/73: no procedimento ordinário, 15 dias da
juntada aos autos do mandado cumprido.
• NCPC: RÉU SERÁ CITADO PARA COMPARECER À AUDIÊNCIA DE
CONCILIAÇÃO, antes que apresentada defesa (procedimento comum).
• PRAZO PARA DEFESA - NCPC: 15 DIAS CONTADOS DA AUDIÊNCIA DE
CONCILIAÇÃO INFRUTÍFERA.
• VANTAGEM DO SISTEMA DO PROJETO: 1) Réu não tem que se preocupar em
preparar a defesa, evitando trabalho inútil, o que deve repercutir nos honorários; 2)
Não ocorre aumento da litigiosidade antes da tentativa de conciliação.
CONTESTAÇÃO
• DEFINIÇÃO: CONTRAPOSIÇÃO AO PEDIDO INICIAL DO AUTOR,
exteriorizando o exercício do DIREITO DE DEFESA.
• FORMA AMPLA: contestação é a forma mais AMPLA DE DEFESA DO RÉU, onde
deve trazer TODAS AS ALEGAÇÕES, MATERIAIS OU PROCESSUAIS, contra a
pretensão do autor.
• JUNTADA DE DOCUMENTOS: é na contestação que o réu deve produzir toda a
PROVA DOCUMENTAL que dispuser. Juntada posterior deve ser admitida apenas
quanto a DOCUMENTOS NOVOS.
• DEFESAS: na contestação o réu pode trazer defesas no plano do DIREITO
MATERIAL e de NATUREZA PROCESSUAL.
2) PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE
• CUMULAÇÃO DE DEFESAS: por força desse princípio, cabe ao Réu CUMULAR
DEFESAS, para que o juiz, rejeitando uma, possa acolher outra, AINDA QUE
SEJAM INCOMPATÍVEIS.
DEFESAS
• 2 GRUPOS: dividem-se em 2 grupos:
1) DEFESAS PROCESSUAIS
DEFESAS RELATIVAS AO PROCESSO ou ao DIREITO DE AÇÃO. Nelas
defende-se a INADMISSIBILIDADE DO PROCESSO.
MOMENTO DE APRESENTAÇÃO: essas defesas devem ser apresentadas na
própria CONTESTAÇÃO, ANTES DAS DEFESAS RELATIVAS AO MÉRITO, sendo
chamadas de PRELIMINARES.
ANÁLISE DE OFÍCIO: todas as preliminares, à EXCEÇÃO da INCOMPETÊNCIA
RELATIVA e da CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM, podem ser apreciadas de
OFÍCIO.
2) DEFESAS SUBSTANCIAIS
OBJETO: voltam-se ao DIREITO MATERIAL
A) DIRETAS: NEGA O FATO CONSTITUTIVO do direito do autor ou NEGA AS
CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS pretendidas pelo autor
B) INDIRETAS: o réu indica FATOS que EXTINGUEM, IMPEDEM OU MODIFICAM
os fatos ou conseqüências jurídicas almejados pelo autor
DEFESA DIRETA X INDIRETA: ÔNUS DA PROVA: a identificação da defesa
apresentada como DIRETA ou INDIRETA é relevante para fixação dos ônus da
prova. No caso de DEFESA DIRETA, o ônus da prova é do AUTOR. Quando o réu
apresenta DEFESA INDIRETA, é do réu o ônus de provar os novos fatos que traz a
exame.
RECONVENÇÃO
DEFINIÇÃO: AÇÃO que o Réu move em face do Autor, nos autos do processo em
curso. Ao invés de apenas REAGIR, ele também AGE.
• PRINCÍPIO OBSERVADO: da ECONOMIA PROCESSUAL
• AUTONOMIA DA RECONVENÇÃO: a desistência ou extinção da ação NÃO
OBSTA O PROSSEGUIMENTO DA RECONVENÇÃO
• PRESSUPOSTOS: reconvenção só é aceita se for CONEXA COM A AÇÃO
PRINCIPAL o com o FUNDAMENTO DA DEFESA
• APRESENTAÇÃO SIMULTÂNEA – no CPC/73 299, a reconvenção devia ser
apresentada SIMULTANEAMENTE com a CONTESTAÇÃO, em PEÇAS
AUTÔNOMAS
NCPC: RECONVENÇÃO VEM NA PRÓPRIA CONTESTAÇÃO, BASTA QUE ELA
FIQUE DESTACADA, para que seja facilmente identificada.
NCPC Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar
pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa
RESPOSTA DO AUTOR-RECONVINDO
PRAZO: autor-reconvindo terá 15 dias para apresentar contestação.
JULGAMENTO DA RECONVENÇÃO
JULGAMENTO CONJUNTO: reconvenção será julgada em conjunto com o pedido
formulado pelo autor, em UMA SÓ SENTENÇA.
CUSTAS E HONORÁRIOS: no julgamento da reconvenção, a parte vencida será
condenada no pagamento das custas e honorários advocatícios, como ocorre na
ação.
AUDIÊNCIAS E SANEAMENTO
SANEAMENTO
SANEAR = CURAR, SANAR. HÁ IRREGULARIDADES QUE PRECISAM SER
SANADAS, PARA NORMALIZAÇÃO DOS AUTOS, PARA QUE O FEITO CHEGUE
REGULARMENTE AO SEU FIM.
NÃO É UM ÚNICO ATO: o saneamento não se restringe a um único ato ou
despacho, mas sim uma SUCESSÃO DE ATOS em busca de se evitar máculas e
sanar irregularidades existentes, bem como ordenar o processo ao desfecho final.
DESDE O INÍCIO: desde o primeiro momento em que passa a ter contato com a
petição inicial, até a publicação da sentença, o juiz exerce o controle de
saneamento do processo, preparando-o e mantendo-o isento de qualquer.
OBJETIVOS:
A) NOVA TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO,
B) COLHEITA DA PROVA ORAL,
C) DEBATE ORAL E
D) SENTENCIAMENTO DO FEITO.
Problema: PROVA DIFÍCIL - muitas vezes, é muito difícil ou impossível para uma
parte fazer determinada prova. Aí entra a importância de se flexibilizar as regras do
CPC/73 333.
PROVAS EM ESPÉCIE
DEPOIMENTO PESSOAL – NCPC 385/388
DEFINIÇÃO: meios de prova segundo o qual as próprias partes, autor e réu, são
ouvidas pelo juiz a respeito dos fatos controvertidos.
OBJETIVO: pretende-se obter da parte contrária a confissão dos fatos relevantes e
pertinentes à solução da causa.
INTERESSE DA PARTE CONTRÁRIA: como as partes têm interesse no resultado
do processo, suas afirmações e declarações não fazem prova em seu favor, mas
servem para fornecer subsídios para o juiz formar a sua convicção.
REQUISIÇÃO PELA PARTE CONTRÁRIA: a parte não pode requerer o seu próprio
depoimento pessoal, e tampouco o advogado da parte depoente pode lhe fazer
perguntas.
REQUERIMENTO PELO JUIZ: juiz também pode, em qualquer fase do processo,
determinar o comparecimento pessoal das partes para inquiri-las.
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,
incumbindo-lhe:
VIII – determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para
inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de
confesso;
Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que
esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do
poder do juiz de ordená-lo de ofício.
§ 3o O depoimento pessoal da parte que residir em comarca, seção ou subseção
judiciária diversa daquela onde tramita o processo poderá ser colhido por meio de
videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens
em tempo real, o que poderá ocorrer, inclusive, durante a realização da audiência
de instrução e julgamento.
PRODUÇÃO DO DEPOIMENTO:
DISCIPLINA: a mesma destinada às testemunhas.
ORDEM: primeiro autor e depois o réu. JUIZ faz as perguntas que entender
pertinentes, e, findas, o advogado da outra parte poderá formular suas questões ao
depoente, que buscará provocar a confissão. Advogado da própria parte não pode
fazer perguntas.
PERGUNTAS DIRETAS – VEDADAS NO CPC/73: o advogado não fazia perguntas
diretas à parte, mas ao juiz, que, analisando se eram relevantes e pertinentes, as
formularia ao depoente.
NCPC: possível fazer perguntas diretas ao depoente.
PROVA DOCUMENTAL
FASE POSTULATÓRIA: as provas documentais devem instruir a petição inicial ou
a resposta do réu NCPC 434.
DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS: nesses casos, exige-se a apresentação com a
petição inicial, sem flexibilizações. Mas a não apresentação deles não acarreta o
indeferimento da petição, devendo o juiz dar prazo para apresentação - NCPC 321.
OUTROS DOCUMENTOS: juntada posterior tem sido aceita, sendo imprescindível
a oitiva da outra parte. Não deve ser aceito se for com o intuito de surpreender a
outra parte ou com fins procrastinatórios.
JUNTADA POSTERIOR: NCPC 435 autoriza a juntada posterior, quando se tratar
de documento novo, destinado a fazer prova de fatos ocorridos depois dos
articulados e para CONTRAPÔ-LOS aos produzidos nos autos.
CONTRADITÓRIO: sempre que uma parte requerer a juntada de documentos, a
outra deverá ser ouvida no prazo de 5 dias.
DOCUMENTOS ELETRÔNICOS
DISCIPLINA: o NCPC 439/441 disciplina a utilização de documentos eletrônicos, a
respeito dos quais silencia o atual CPC.
UTILIZAÇÃO: a sua utilização DEPENDERÁ DA SUA CONVERSÃO À FORMA
IMPRESSA E DA VERIFICAÇÃO DA SUA AUTENTICIDADE, na forma da Lei.
DOCUMENTO ELETRÔNICO NÃO CONVERTIDO: juiz apreciará o seu valor
probante.
Art. 439. A utilização de documentos eletrônicos no processo convencional
dependerá de sua conversão à forma impressa e da verificação de sua
autenticidade, na forma da lei.
Art. 440. O juiz apreciará o valor probante do documento eletrônico não convertido,
assegurado às partes o acesso ao seu teor.
Art. 441. Serão admitidos documentos eletrônicos produzidos e conservados com
a observância da legislação específica.
PROVA TESTEMUNHAL (NCPC 442/463)
CONCEITO DE TESTEMUNHA: pessoa física estranha ao processo que
comparece perante o juiz para relatar fatos de que tem conhecimento e que
interessam à solução da lide.
NÃO PODEM DEPOR (NCPC 447): A) INCAPAZES, B) IMPEDIDAS OU C)
SUSPEITAS.
INCAPAZES: aqueles que, em razão de DEFICIÊNCIA MENTAL OU FÍSICA, OU
POR CONTA DA POUCA IDADE, não têm condições de esclarecer
adequadamente os fatos. Doente mental, menor de 16, cego e surdo, se ciência do
fato depender do sentido faltante.
IMPEDIDOS: aqueles que, por VÍNCULO DE PARENTESCO OU AFINIDADE, não
podem depor com imparcialidade ou isenção de ânimo. As causas de impedimento
são OBJETIVAS, ou seja, podem ser verificadas de plano sem maiores discussões.
CÔNJUGE, ASCENDENTE, DESCENDENTE, COLATERAL ATÉ 3o. GRAU,
QUEM É PARTE OU INTERVÉM EM NOME DE UMA PARTE (tutor, representante
legal da PJ, advogados).
SUSPEITOS: aqueles que, POR RAZÕES DIVERSAS, NÃO MERECEM
CREDIBILIDADE. As causas de suspeição são SUBJETIVAS, sendo, pois,
passíveis de discussão. CONDENADO POR FALSO TESTEMUNHO, INDIGNO DE
FÉ, INIMIGO OU AMIGO DA PARTE, INTERESSADO NO LITÍGIO.
EXCEPCIONALMENTE: juiz pode excepcionalmente ouvir INCAPAZES,
IMPEDIDOS E SUSPEITOS. (NCPC 447 §4o).
INTIMAÇÃO PELO ADVOGADO – NCPC 455: Cabe ao advogado intimar a
testemunha arrolada, informando local, dia e hora da audiência. INÉRCIA importa
na desistência da oitiva. COMO: por carta, com aviso de recebimento, juntando
aos autos a comprovação no mínimo 3 dias antes da audiência.
INTIMAÇÃO JUDICIAL DA TESTEMUNHA (§4o.): EM ALGUNS CASOS
NCPC AUTORIZA OITIVA DA TESTEMUNHA POR VIDEOCONFERÊNCIA
Art. 453. As testemunhas depõem, na audiência de instrução e julgamento, perante
o juiz da causa, exceto:
I – as que prestam depoimento antecipadamente;
II – as que são inquiridas por carta.
§ 1o A oitiva de testemunha que residir em comarca, seção ou subseção judiciária
diversa daquela onde tramita o processo poderá ser realizada por meio de
videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão e recepção de sons
e imagens em tempo real, o que poderá ocorrer, inclusive, durante a audiência de
instrução e julgamento.
VIDEOCONFERÊNCIA: NCPC autoriza a produção de PROVA ORAL por
VIDECONFERÊNCIA, quando o DEPOENTE ou TESTEMUNHA residir em OUTRA
COMARCA. A produção por precatória faz perder muito da prova oral.
ARROLAMENTO DE TESTEMUNHAS NO NOVO CPC: Caso deferida a produção
de prova testemunhal, deverá o juiz fixar prazo de até quinze dias para o
arrolamento das testemunhas pelas partes, que poderão, cada uma destas, arrolar
um máximo de 10, sendo até 3 testemunhas para a prova de cada fato. Mas tais
números poderão ser limitados pelo magistrado de acordo com a complexidade da
causa.
Na hipótese de ser realizada a audiência saneadora, as partes já deverão levar
seu rol de testemunhas para esse ato, não sendo o caso de o juiz deferir prazo
para as partes providenciarem dito arrolamento.
INQUIRIÇÃO
ORDEM (NCPC 456): primeiro as do AUTOR depois as do RÉU. NCPC autoriza
que o juiz alterem a ordem se as partes concordarem.
PARTES: podem formular perguntas depois do juiz. NCPC 459 §1o. AUTORIZA
QUE O JUIZ INTERROGUE A TESTEMUNHA ANTES OU DEPOIS DAS PARTES.
Primeiro a parte que a arrolou, depois a parte contrária.
RESPOSTAS: serão ditadas pelo juiz ao escrevente ou taquigrafadas, facultada às
partes a sua gravação.
N CPC 45 9: PERGU N TAS SER ÃO FOR MU L AD AS PEL AS PARTES
DIRETAMENTE ÀS TESTEMUNHAS E AUTORIZA A GRAVAÇÃO DO
DEPOIMENTO.
Art. 459. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha,
começando pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a
resposta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da atividade
probatória ou importarem repetição de outra já respondida.
§ 1o O juiz poderá inquirir a testemunha tanto antes quanto depois da inquirição
feita pelas partes.
§ 2o As testemunhas devem ser tratadas com urbanidade, não se lhes fazendo
perguntas ou considerações impertinentes, capciosas ou vexatórias.
§ 3o As perguntas que o juiz indeferir serão transcritas no termo, se a parte o
requerer.
Art. 460. O depoimento poderá ser documentado por meio de gravação.
PROVA PERICIAL
PREVÊ A PROVA PERICIAL SIMPLIFICADA DE FORMA MAIS COMPLETA:
464 § 2o De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá, em substituição à
perícia, determinar a produção de prova técnica simplificada, quando o ponto
controvertido for de menor complexidade.
§ 3o A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista,
pelo juiz, sobre ponto controvertido da causa que demande especial conhecimento
científico ou técnico.
§ 4o Durante a arguição, o especialista, que deverá ter formação acadêmica
específica na área objeto de seu depoimento, poderá valer-se de qualquer recurso
tecnológico de transmissão de sons e imagens com o fim de esclarecer os pontos
controvertidos da causa.
ESCOLHA DO PERITO PELAS PARTES – NOVIDADE DO NCPC
PARTICIPAÇÃO: o NCPC da maior liberdade às partes na definição do
procedimento.
ESCOLHA: dentro dessa liberdade, permite às partes que INDIQUEM, DE
COMUM ACORDO, o PERITO.
CONDIÇOES: desde que a) SEJAM PLENAMENTE CAPAZES e b) A CAUSA
ADMITA AUTOCOMPOSIÇÁO.