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Embora as superpotências tenham muitas vezes utilizado governos nacionais como proxies, grupos insurgentes ou
outros são mais comumente empregados. Espera-se que tais grupos possam derrotar o oponente, sem que haja uma
escalada a uma guerra de grandes proporções.
Guerras por procuração também podem ocorrer paralelamente a conflitos de grandes proporções. Durante a Guerra
Irã-Iraque, por exemplo, ambas as nações armaram facções rivais na Guerra Civil do Líbano e incitaram-nas uma
contra a outra.
É quase impossível existir uma guerra por procuração pura, uma vez que os grupos que combatem por uma
superpotência geralmente também têm interesses próprios, muitas vezes divergentes daqueles a que servem. Por
exemplo, após a Guerra do Afeganistão, grupos apoiados pelos Estados Unidos viraram-se contra os próprios Estados
Unidos, tornando-se os núcleos do Taliban e da Al Qaeda.
Índice
Exemplos
Guerra Civil Espanhola
Guerra Fria
Segunda Guerra do Congo
Ver também
Exemplos
Guerra Fria
Guerras por procuração foram comuns durante a Guerra Fria, porque duas superpotências equipadas com armas
nucleares — a União Soviética e os Estados Unidos — não queriam se enfrentar diretamente, tendo em vista a
possibilidade de que isso desencadeasse uma guerra nuclear e a destruição mútua. Proxies foram usados em conflitos
no Afeganistão, Angola, Coreia, Vietnã e em países da América Central, por exemplo.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_por_procuração 1/3
06/05/2019 Guerra por procuração – Wikipédia, a enciclopédia livre
A primeira guerra por procuração da Guerra Fria foi a Guerra Civil Grega. O governo grego, aliado dos ocidentais, foi
quase derrubado por rebeldes comunistas, que contaram com apoio da URSS, Iugoslávia, Albânia e Bulgária. Os
comunistas gregos tomaram o poder na maior parte da Grécia, mas um forte contra-ataque do governo os forçou a
recuar. Os aliados ocidentais afinal venceram, graças a uma ruptura ideológica entre Stalin e Tito. Embora antes aliado
dos rebeldes, Tito fechou as fronteiras iugoslavas para os partidários do ELAS pois, apesar da inexistência de
soviéticos entre os rebeldes, os comunistas gregos se haviam aliado a Stalin. A Albânia seguiu Tito pouco tempo
depois. Sem ajuda externa, a rebelião entrou em colapso.
Outro exemplo de guerra por procuração foi a cobertura dada pela Alemanha Oriental à Fração do Exército Vermelho
(Rote Armee Fraktion ou RAF, mais conhecida como Baader-Meinhof), que se mantevee ativa a partir de 1968 e
promoveu uma sucessão de ataques terroristas na Alemanha Ocidental durante a década de 1970 e, em menor escala,
na década de 1980. Após a reunificação da Alemanha em 1990, foi descoberto que a Facção Armada Vermelha obteve
suporte financeiro e logístico da Stasi, a agência de inteligência e segurança da Alemanha Oriental. A Stasi também
deu abrigo e novas identidades aos terroristas. Não era de interesse da Alemanha Oriental ou da Fração do Exército
Vermelho serem vistos como aliados. Os apologistas da RAF argumentaram que o grupo estava lutando por um
socialismo que não existia na Europa Oriental. O governo da Alemanha Oriental estava envolvido na Ostpolitik e não
tinha interesse em ser descoberto dando apoio a uma organização terrorista que operava na Alemanha Ocidental. Para
mais detalhes, veja história da Alemanha após 1945.
Um outro exemplo de guerra proxy foi a guerra da Coreia, quando a União Soviética e a República Popular da China
ajudaram os comunistas da Coreia do Norte contra as forças das Nações Unidas, lideradas pelos Estados Unidos. A
União Soviética não entrou na guerra diretamente. A China, entretanto, participou diretamente da guerra, enviando
milhares de tropas em 1950, impedindo que a coalizão das Nações Unidas derrotasse o governo comunista do norte.
Também na Guerra do Vietnã, a União Soviética enviou suprimentos ao Vietnã do Norte e treinou o Viet Minh,
fornecendo-lhes também logística e suprimentos mas, diferentemente do exército dos Estados Unidos, que enviou
tropas, a URSS não entrou na guerra diretamente e apenas agiu através de seus proxies.
Durante a maior parte da Guerra Civil Angolana após a independência de Angola, em 1975, a União Soviética e o Bloco
do Leste ajudaram o governo marxista do MPLA com dinheiro, logística e armas, mas foi Cuba que enviou tropas. O
governo angolano do MPLA ajudou grupos anti-Apartheid na África do Sul e o movimento de independência na então
África do Sudoeste (atual Namíbia, o que levou o governo sul-africano a apoiar a UNITA, com armas, dinheiro e
centenas de tropas. Os Estados Unidos, por sua vez, cooperaram com o regime do Apartheid, ao apoiar a UNITA - o
maior grupo rebelde anticomunista] de Angola. A UNITA continuou a lutar contra o governo de Angola, mesmo
perdendo a ajuda de todos os seus antigos aliados (incluindo os Estados Unidos e a África do Sul)
Durante a Guerra de desestabilização de Moçambique, o governo comunista moçambicano ajudou a rebelião contra o
governo racista da minoria branca na Rodésia (atual Zimbabwe). Em reposta, o governo de Rodésia organizou e
fundou um grupo rebelde anticomunista - a RENAMO. Após a Rodésia entrar em colapso e se tornar o Zimbabwe em
1980, a África do Sul passou a ajudar o RENAMO. Em 1991, o governo sul-africano deu início a reformas que
acabaram com o regime do Apartheid, também pondo fim ao seu envolvimento no conflito armado. No ano seguinte,
as tropas sul-africanas e cubanas combateram por Angola, até que em 1992 o RENAMO e o governo de Moçambique
assinaram um acordo de paz. .
Na guerra entre os mujahidin e o Exército Vermelho, durante a Guerra do Afeganistão, os Estados Unidos ajudaram os
mujahidin na luta contra os soviéticos.
Durante a Guerra Civil Libanesa, a Síria ajudou com armas e tropas os cristãos maronitas, que dominaram os
libaneses, enquanto Israel ajudou os libaneses com armas, tanques e dinheiro. A OLP forneceu ajuda para o
Movimento Nacional Libanês.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_por_procuração 2/3
06/05/2019 Guerra por procuração – Wikipédia, a enciclopédia livre
Ver também
Guerra Fria
Guerra do Afeganistão
Guerra da Coreia
Guerra Irã-Iraque
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