Você está na página 1de 7

See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.

net/publication/264704222

Migmatitos e granitos: o exemplo do granito do Pedregal

Article · January 2014

CITATIONS READS

0 389

3 authors:

Joana Ferreira Helena C.B. Martins


University of Lisbon University of Porto
22 PUBLICATIONS   40 CITATIONS    54 PUBLICATIONS   156 CITATIONS   

SEE PROFILE SEE PROFILE

Maria Anjos Ribeiro


University of Porto
102 PUBLICATIONS   199 CITATIONS   

SEE PROFILE

Some of the authors of this publication are also working on these related projects:

East Timor Geology View project

I'm working on mineralizations associated with acid magmatism (W, Li, Sn...) View project

All content following this page was uploaded by Joana Ferreira on 13 August 2014.

The user has requested enhancement of the downloaded file.


associação portuguesa de geólogos geonovas n.º 27: 27 a 32, 2014 27

Migmatitos e granitos: o exemplo do granito do Pedregal


J. A. Ferreira*, H. C. B. Martins & M. A. Ribeiro

Universidade do Porto, DGAOT, CGUP, R. Campo Alegre, 4169-007 Porto, Portugal;


joana.alexandra.ferreira@gmail.com; hbrites@fc.up.pt; maribeir@fc.up.pt; *autora correspondente.

Resumo

A caracterização petrogenética de rochas graníticas anatéticas no Orógeno Varisco e a sua associação espacial com
domos térmicos gnaisso-migmatíticos tem vindo a ser defendida e demonstrada de uma forma mais integrada, con-
jugando dados geológicos, geoquímicos, isotópicos e geocronológicos. Data da década de 50/60 do século passado a
referência à existência de rochas migmatíticas associadas ao “Granito do Porto”.
Neste trabalho são apresentados dados preliminares relativos ao Granito do Pedregal e às rochas gnaisso-migma-
títicas e metassedimentares que ocorrem na sua envolvente. O granito do Pedregal é um granitoide de duas micas, de
grão fino a médio, com abundantes nódulos biotíticos (1 a 2 cm) com foliação interna e encraves xenolíticos. O granito
contacta com rochas gnaisso-migmatíticas metatexíticas e com xistos estaurolíticos englobados no “Complexo Xisto-
-Grauváquico”. Localmente este contacto é marcado por brecha ígnea cuja matriz é o granito do Pedregal, envolvendo
clastos das litologias encaixantes, o que confirma o caráter intrusivo do granitoide nas rochas envolventes.

Palavras-Chave: migmatitos; granitos; Porto; Pedregal.

Abstract

The petrogenetic characterization of anatectic granites in Variscan Orogen and their spatial association with gneissic-migmatite thermal domes has been
advocated and demonstrated in a more integrated way combining geological, geochemical, isotopic and geochronological data. Migmatitic rocks associated
with the “Granito do Porto” are referred since 50s/60s of the past century.
In this work, preliminary data for the Granite Pedregal and for the gneissic-migmatitic and metasedimentary host rocks are presented. The Pedregal gra-
nite is a two mica, fine to medium grained rock, with abundant biotite nodules (1-2 cm) with internal foliation and xenolithic enclaves. The granite contacts
with metatexitic, gneiss-migmatite rocks and staurolite-schists belonging to “Schist and Greywacke Complex”. Locally this contact is marked by an igneous
breccia whose matrix is the Pedregal granite with clasts of host lithologies, which confirms the intrusive character of this granitoid in the surrounding rocks.

Keywords: migmatites; granites; Porto; Pedregal.

Introdução encontram preservadas (paleossoma), e a fração de


melt (neossoma) é baixa; pelo contrário nos diate-
As rochas migmatíticas são rochas formadas em xitos, o neossoma é dominante, as estruturas ante-
condições de ultrametamorfismo, na transição riores à fusão parcial estão ausentes no neossoma
do domínio metamórfico para o domínio e, podem ser substituídas por estruturas de fluxo
magmático. A caracterização destas rochas suporta- sin-anatéticas (schlieren e foliações magmáticas) ou
se fundamentalmente em observações de campo, à por neossoma isotrópico.
escala macro e mesoscópica. Os migmatitos desig- Associada à evolução geodinâmica das cadeias
nam-se por metatexitos ou diatexitos consoante a orogénicas fanerozoicas ocorreu importante fusão
fração de melt gerada durante os processos de fu- parcial da crosta continental, como é evidenciado
são parcial. Segundo Sawyer (2008), os metatexi- pela génese e exumação de maciços migmatíticos
tos são rochas heterogéneas à escala macroscópica, e graníticos, no geral intimamente relacionados.
onde as estruturas anteriores à fusão parcial se A caracterização petrogenética de rochas graníti-
28 Migmatitos e granitos: o exemplo do granito do Pedregal

cas em contexto orogénico e a sua relação espacial ticos com rochas de natureza gnaisso-migmatítica
com domos térmicos gnaisso-migmatíticos e zonas no Orógeno Varisco no território nacional (Holtz
de cisalhamento à escala crustal (Brown & Solar, & Barbey, 1991; Moita et al., 2009; Santos et al.,
1998) tem vindo a ser defendida e demonstrada de 2010; Valle Aguado et al., 2010; Ribeiro et al., 2011;
uma forma mais integrada conjugando dados geo- Areias et al., 2012). No referente ao setor NW de
lógicos, geoquímicos, isotópicos e geocronológi- Portugal, na década de 50/60 do século XX , Car-
cos, nomeadamente nos Apalaches (Maine, USA) los Teixeira referiu a existência de rochas migmatí-
(Solar & Brown, 2001), no Maciço Armoricano ticas associadas ao “Granito do Porto” (Carríngton
(St. Malo, França) (Milorde et al., 2001) e no Ma- da Costa & Teixeira, 1957). Nas últimas décadas, os
ciço da Boémia (Áustria) (Vanderhaeghe, 2009). granitos que afloram no bordo oriental do maciço
A existência destes domos térmicos terá produzido do Porto foram descritos e datados tendo em conta
uma relação de causa-efeito entre o magmatismo a sua relação com as fases de deformação varisca,
e o metamorfismo sin-orogénicos. A associação nomeadamente a D2 e a D3 (Pinto, 1984; Pinto
de elevados gradientes térmicos laterais isócronos, et al., 1987; Almeida, 2001). Na área adjacente ao
condicionados mais por processos de advecção do maciço granítico do Porto foi recentemente refe-
que pela condutividade térmica crustal está de- rida a presença de rochas de natureza diatexítica e
monstrada neste tipo de contextos orogénicos (Lux metatexítica Ribeiro et al. (2011), Areias et al. (2012)
et al., 1986; Lancaster et al., 2008). Esta advecção e Ferreira (2013).
poderá estar relacionada com ascensão de fluidos,
de melts ou de magmas. Caso de estudo: Granito do Pedregal
No Maciço Ibérico alguns trabalhos têm vin-
do a ser desenvolvidos sobre esta mesma temática O corpo granítico em estudo tem cerca de 3 km2
(Viruete et al., 2000; Alcock et al., 2009; Díez Fer- e aflora alongado na direção NW-SE, na margem
nández et al., 2012). Desde a década de 80 do sé- direita do rio Douro junto à localidade do Pedre-
culo passado são vários os trabalhos publicados que gal (Fig. 1). O Granito do Pedregal (Ribeiro et al.,
põem em evidência a associação de granitos anaté- 2008) corresponde a um granitoide de duas mi-

Figura 1 – Mapa esquemático da área em estudo, baseado na carta geológica 1/50 000 do Porto (Carrington da Costa &
Teixeira, 1957).
Figure 1 – Geological sketch map of the studied area, based on the 1/50 000 Porto Geological Map (Carrington da Costa & Teixeira,1957).
associação portuguesa de geólogos J. A. Ferreira, H. C. B. Martins & M. A. Ribeiro 29

cas, geralmente de grão fino a médio, isogranular O corpo granítico intruiu micaxistos com es-
do ponto de vista textural (Fig. 2a), e sem orienta- taurolite pertencentes à unidade “Complexo Xisto-
ção preferencial. Localmente, o granito apresenta -Grauváquico” (CXG), designada mais recentemen-
nódulos biotíticos, de dimensão entre 1 a 2 cm e te por Supergrupo Dúrico-Beirão. Os micaxistos
uma foliação interna de orientação NE-SW a E-W apresentam uma foliação principal de direção NW-
(Fig. 2b), discordante relativamente à estrutura do -SE a NNW-SSE. O contacto entre os micaxistos e
encaixante. Observaram-se ainda no seu interior a massa granitoide é intrusivo, irregular e brusco,
encraves de rochas metassedimentares (Fig. 2c), às sendo localmente marcado por brecha ígnea.
vezes, com orientação preferencial bem definida A cortar o granitoide e as rochas metassedi-
NW-SE (Ferreira et al., 2013a, 2013b). mentares encaixantes já descritas ocorrem lentí-

Figura 2 – Aspetos do granitoide do Pedregal: (a) textura isogranular de grão fino; (b) nódulo biotítico; (c) encrave de
rocha metassedimentar.
Figure 2 – Pedregal granite features: (a) fine grain isogranular texture; (b) biotitic nodule; (c) metasedimentar xenoliths.
30 Migmatitos e granitos: o exemplo do granito do Pedregal

culas e veios pegmatíticos, no geral concordantes As inclusões de zircão e monazite estão presentes
com a foliação regional. em ambos os tipos de moscovite. A plagioclase é es-
Na zona marginal do Rio Douro, no contacto sencialmente albítica e as maclas polissintéticas, ca-
com o granito do Pedregal, ocorrem rochas ban- racterísticas deste mineral, encontram-se mascara-
dadas de carácter gnaisso-migmatítico passando la- das pela presença de moscovitização. A plagioclase
teralmente a micaxistos estaurolíticos. O bandado é mais abundante que o feldspato potássico, porém
das rochas gnaissso-migmatíticas é marcado por este último apresenta maiores dimensões. A biotite
leitos quartzo-feldspáticos predominantes e sem é frequentemente subédrica e ocorre sob a forma
foliação, alternando com níveis micáceos subordi- de cristais alongados, com pequenas inclusões de
nados com foliação evidente. zircão, e quando evidencia cloritização são visíveis
A associação mineral do granito do Pedregal agulhas de rútilo (Fig. 5). Pontualmente, pequenos
consiste em quartzo + biotite + plagioclase + felds- cristais de biotite anédrica estão associados à
pato-K + zircão + apatite + monazite + rútilo ± sili- primeira geração de moscovite.
manite ± alanite, e moscovite secundária. Associada O estudo geoquímico revela que o granito do
à moscovite secundária e à silimanite ocorre herci- Pedregal é peraluminoso (parâmetro A/CNK varia
nite rica em Zn. entre 1,18 e 1,62), com uma assinatura magnesiana
O granito do Pedregal tem uma textura holocris- e alcalina a alcalino-cálcica. Os resultados geoquí-
talina de grão fino a médio; os limites intergranu- micos mostram baixos teores SiO2 (65 a 69 wt%)
lares evidenciam reequilíbrios texturais no estado e elevado teor de Zr (389 a 435 ppm). Os valores
sólido, mais consistente com uma textura meta- de Zr poderão ser explicados pela abundância de
mórfica do que com uma textura tipicamente ígnea. inclusões de zircão na moscovite e na biotite. Este
O quartzo tem tendência subédrica a anédrica, mineral também ocorre disperso na rocha. O gra-
e quando incluso em outros minerais assume uma nito tem elevado teor em terras raras, com um perfil
forma globular. Frequentemente, os cristais de ETRL (elementos de terras raras leves) não fracio-
quartzo mostram inclusões de silimanite e agulhas de nado entre o La e o Nd, um forte fracionamento
rútilo. A moscovite é abundante na rocha e marcada entre o Nd e Eu, e uma anomalia negativa em Eu
pela presença de duas gerações: uma, moscovite su- bem pronunciada. O fracionamento das terras raras
bédrica precoce com bordos simplectíticos, com in- pesadas (Tb-Lu) é semelhante ao granito de duas
tercrescimento e inclusões de quartzo (Fig. 3) e outra micas do maciço do Porto (Almeida, 2001). A falta
moscovite mais tardia, com birrefringência anó- de fracionamento das terras raras leves poderá ser
mala e inclusões de silimanite e hercinite (Fig. 4). explicada pela presença de monazite (Bea, 1996).

Figura 3 –Microfotografia (NX): moscovite com inclu- Figura 4 – Microfotografia (NX): moscovite com inclu-
sões de zircão e halos pleocróicos associados, e inclu- sões de silimanite fibrolítica.
sões de quartzo. Figure 4 – Photomicrograph (NX): muscovite with fibrolitic sillimanite.
Figure 3 – Photomicrograph (NX): muscovite with zircon pleocroic
halos and quartz inclusions.
associação portuguesa de geólogos J. A. Ferreira, H. C. B. Martins & M. A. Ribeiro 31

Considerações finais As características descritas anteriormente, a sua


contextualização no bordo de um maciço ígneo
O Granito do Pedregal ocorre espacialmente sin-tectónico (Maciço do Porto), e a sua associação
associado a outros corpos de granito, nomeada- espacial a pequenos corpos graníticos de distinta
mente o granito de Gondomar, granito de Fânze- composição, textura e estrutura (granito de Gon-
res e granito do Porto (Fig. 1). No seu encaixan- domar; granito de Fânzeres; granito de Ermesin-
te verifica-se um forte gradiente térmico lateral, de; veios pegmatíticos) remete para a possibilidade
marcado por uma zonalidade metamórfica muito de este granitoide corresponder a uma rocha dia-
condensada, desde a zona da clorite à zona da es- texítica relativamente isotrópica e rica em restitos.
taurolite-granada, atingindo mesmo a silimani- O elevado gradiente metamórfico na área adja-
te. A associação de diferentes fácies mineralógicas cente e a relação cronológica de sincronismo entre
graníticas à zonalidade metamórfica condensada, migmatização/magmatismo e o pico das condições
e a presença local de rochas de natureza gnaisso- térmicas do metamorfismo varisco, com paragéne-
-migmatítica, favorece a hipótese da existência de ses com estaurolite ante a sin-cinemática e pós-ci-
uma relação de causa-efeito entre processos meta- nemática relativamente a D3 (Ribeiro et al., 2008)
mórficos e magmáticos. põem em evidência a importância da advecção
O estudo preliminar do Granito do Pedregal crustal de magmas; melts e fluidos; como processo
colocou em evidência as seguintes características: de transferência térmica sin-orogénica, gerador de
(i) o carácter intrusivo em rochas de natureza um elevado gradiente.
gnaisso-migmatítica e em xistos estaurolíticos, lo- Em contextos orogénicos, onde ocorre associa-
calmente com brechas ígneas no contacto; ção de granitos-migmatitos-micaxistos, as relações
(ii) estrutura/textura peculiares, nomeadamen- de campo, as microestruturas e texturas, as paragé-
te a abundância de pequenos nódulos biotíticos de neses minerais e a cronologia relativa, embora pos-
orientação preferencial NE-SW a E-W, os reequi- sam ser complementadas por estudos geoquímicos,
líbrios texturais no estado sólido e o aspeto meta- mineralógicos e isotrópicos, são absolutamente re-
mórfico e corroído da biotite; levantes e indispensáveis no estudo e para a com-
(iii) granito essencialmente moscovítico com preensão dos processos de fusão crustal.
abundante predominância de plagioclase sobre o
feldspato potássico; Agradecimentos
(iv) elevado teor em Zr e ETRL, baixo teor em
SiO2 e carácter peraluminoso. Este trabalho, realizado no âmbito de uma dis-
sertação de mestrado, foi financiado pelo Pest-OE/
CTE/UI0039/2011 e integra-se nas atividades do
grupo GEOREMAT-CGUP.

Bibliografia

Alcock, J. E., Martínez Catalán, J. R., Arenas, R. &


Díez Montes, A., 2009. Use of thermal modeling to
assess the tectono-metamorphic history of the Lugo
and Sanabria gneiss domes, Northwest Iberia. Bull.
Soc. Geol. Fr, 180: 179 – 197.
Almeida, A., 2001. Geochemical and geochronological
characterization of the syn-tectonic two-mica gran-
ite of Porto (NW Portugal). In Lago, M., Arranz E.,
& Galé, C. (ed.), Atas del III Congreso Ibérico de Geoquímica
y VIII Congreso de Geoquímica de España, Zaragoza, Institu-
to Tecnológico de Aragón, 311-315.
Areias, M., Ribeiro, M. A. & Dória, A., 2012. Caracte-
rização da faixa gnaissomigmatítica da zona costeira
Figura 5 – Microfotografia (NX): cristal alongado de do NW de Portugal. Tema GA01 - Geodinâmica e evolução
biotite com pequenas inclusões de zircão. crustal - 46º Congresso Brasileiro de Geologia/1º
Figure 5 – Photomicrograph (NX): elongated crystal of biotite with Congresso de Geologia dos Países de Língua
small zircon inclusions.
Portuguesa. Santos, Brasil. CD Anais proceedings.
32 Migmatitos e granitos: o exemplo do granito do Pedregal

Bea, F., 1996. Residence of REE, Y, Th and U in Gran- Moita, P., Santos, J. F. & Pereira, M. F., 2009. Layered
ites and Crustal Protoliths; Implications for the granitoids: Interaction between continental crust re-
Chemistry of Crustal Melts. Journal of Petrology, 37(3): cycling processes and mantle-derived magmatism.
521-552. Examples from the Évora Massif (Ossa–Morena Zone,
Brown, M. & Solar, G. S., 1998. Shear-zone systems southwest Iberia, Portugal). Lithos, 111: 125-141.
and melts: feedback relations and self-organization Pinto, M. S., 1984. O granito gnaissico de Fânzeres
in orogenic belts. Journal of Structural Geology, 20 (2/3): (Porto, Portugal) – Idade e caracterização geoquími-
211-227. ca geral. Memórias e Notícias, 98: 231-242.
Brown, M., 2001. Orogeny, migmatites and leucogran- Pinto, M., Casquet, C., Ibarrola, E., Corretgé, L. &
ites: A review. Proceedings of the Indian Academy of Sciences. A Portugal Ferreira, M., 1987. Síntese geocronológica
Earth and Planetary Sciences, 110(4): 313-336. dos granitóides do Maciço Hespérico. In: Bea, F.,
Carríngton da Costa, J. C. & Teixeira, C., 1957. Car- Carnicero, A., Gonzalo, J. C., López Plaza, M. &
ta Geológica de Portugal, na escala 1/50 000, Notícia Rodriguez Alonso, M. D. (eds) Geologia de los Granitoi-
Explicativa da Folha 9-C, Porto. Serviços Geológicos de ds e Rocas Asociadas del Macizo Hespérico. Editorial Rueda,
Portugal, Lisboa, 38p. Madrid, 69-86.
Díez Fernández, R., Martínez Catalán, J. R. Barreiro, Ribeiro, M. A., Dória, A. & Sant’Ovaia, H., 2008. Re-
J.G. & Arenas, R., 2012. Extensional Flow dur- lações entre deformação, magmatismo e metamofis-
ing Gravitational Collapse: A Tool for Setting Plate mo na região oriental do Maciço do Porto. Memórias,
Convergence (Padrón Migmatitic Dome, Variscan Univ. Porto, Depart. de Geologia, 8ª Conferência Anual do GGET,
Belt, NW Iberia). The Journal of Geology, 120: 83-103. 13, 39-43.
Ferreira, J. A., 2013. Caracterização do granito do Pedregal. Ribeiro, M. A., Sant’Ovaia, H. & Dória, A., 2011. Li-
Condicionantes da sua aplicação. Dissertação de Mestrado. tologias gnaisso-migmatíticas da faixa Lavadores-
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, -Madalena: possível significado das paragéneses
Porto. 153 p. com hercinite. Simpósio Modelação de Sistemas Geológicos,
Ferreira, J. A., Martins, H. C. B., Ribeiro, M. A. & 343-351.
Ferreira, P., 2013a. The Pedregal granitoid: a pecu- Santos, T. B., Ribeiro, M. L., Clavijo, E., Díez Montes,
liar diatexitic rock (?) in a granite-migmatite com- A. & Solá, A. R., 2010. Estimativas geotermobaro-
plex. Mineralogical Magazine, 1079. métricas e percursos P-T de migmatitos dos Fari-
Ferreira, J. A., Martins, H. C. B. & Ribeiro, M. A., lhões, arquipélago das Berlengas, Oeste de Portu-
2013b. Geologic, petrographic and geochemical gal. Revista Eletrónica de Ciências da Terra, Geosciences On-line
peculiarities of diatexitic granite (Pedregal Gran- Journal, e-Terra, http://e-terra.geopor.pt. ISSN 1645-
ite, NW Portugal). III C JIG, LEG 2013 & 6th PGUE, Es- 0388; 16, 11.
tremoz, 4pp. Sawyer, E. W., 2008. Atlas of Migmatites. The Canadian
Holtz, F. & Barbey, P., 1991. Genesis of peraluminous Mineralogist, Special Publication 9. NRC Research
granites. II. Mineralogy and chemistry of the Tourem Press, Ottawa, Ontario, Canada, 371 p.
complex (northern Portugal). Sequential melting vs. Solar, G. S. & Browns, M., 2001. Petrogenesis of Mig-
restite unmixing. Journal of Petrology, 32: 959-978. matites in Maine, USA: Possible Source of Peralu-
Lancaster, P. J., Baxter, E. F., Ague, J. J., Breeding, minous Leucogranite in Plutons?. Journal of Petrology,
C. M. & Owens, T. L., 2008. Synchronous peak 42(4): 789-823.
Barrovian metamorphism driven by syn-orogenic Valle Aguado, B., Azevedo, M. R., Santos, J. F. & No-
magmatism and fluid flow in southern Connecticut, lan, J., 2010. O Complexo Migmatítico de Mundão
USA. J. metamorphic Geol, 26: 527–538. (Viseu, norte de Portugal). Revista Eletrónica de Ciências
Lux, D. R., De Yoreo, J. J., Guidotti, C. V. & Deck- da Terra, Geosciences On-line Journal, e-Terra, http://e-ter-
er, E. R., 1986. Role of plutonism in low-pressure ra.geopor.pt. ISSN 1645-0388; 16, 9.
metamorphic belt formation. Nature, 323: 794–797. Vanderhaeghe, O., 2009. Migmatites, granites and
Milorde, E., Sawyer, E.W. & Brown, M., 2001. For- orogeny: Flow modes of partially-molten rocks and
mation of a Diatexite Migmatite and Granite Magma magmas associated with melt/solid segregation in
during Anatexis of Semi-pelitic Metasedimentary orogenic belts. Tectonophysics, 477: 119–134.
Rocks: an Example from St. Malo, France. Journal of Viruete, J. E., Indares, A. & Arenas, R., 2000. P-T
Petrology, 42(3): 487-505. Paths Derived from Garnet Growth Zoning in a
Extensional Setting: an Example from the Tormes
Gneiss Dome (Iberian Massif, Spain). Journal of Pe-
trology, 41(10): 1489-1515.

View publication stats

Você também pode gostar