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1-47
APOSTILA
CURSO
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE
AVALIAÇÕES E PERÍCIAS JUDICIAIS
CREA
CURSO
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE
AVALIAÇÕES E PERÍCIAS JUDICIAIS
12 / MAIO / 2016
MICHELINI, C. R. Curso – Introdução à Engenharia de Avaliações e Perícias Judiciais - pág. 3-47
ÍNDICE
Introdução -1.
Conceitos
Perícias judiciais:
- Nomeação - indicação assistente técnico – compromisso – prazos - honorários
Tabela de honorários
Benfeitorias e edificações
Servidão de Passagem
Referências bibliográficas
Currículo do Instrutor
MICHELINI, C. R. Curso – Introdução à Engenharia de Avaliações e Perícias Judiciais - pág. 4-47
INTRODUÇÃO –
- 1.
Este trabalho tem como objetivo, dar base inicial ao universo dos trabalhos técnicos
de avaliações e perícias de engenharia. Fornecer aos alunos e profissional que
desejam ingressar nesse campo de atuação profissional, uma base das questões que
envolvem o trabalho de avaliações e perícias, orientando quanto às metodologias e
técnicas.
A pretensão não é apresentar um material cuja regra seja absoluta, mas sim, mostrar
as diretrizes para um trabalho técnico que venha cumprir as Leis e normativas,
fundamentado nas diversas literaturas sobre o assunto, visando ainda difundir esses
conhecimentos de uma maneira clara e objetiva, e que atenda as legislações vigentes.
Lembramos que esse campo da engenharia tem enorme potencial de trabalho aos
profissionais da área, verificando o profissional que a avaliação e perícia é uma parte
importante e remunerativa de sua profissão, o qual pode atuar como Perito nomeado
pelo Juiz, Agrimensor ou Arbitrador também nomeado pelo Juiz, assistente técnico a
ser indicado pelas partes integrantes do processo judicial, bem como em trabalho
extrajudicial quando da aquisição e ou garantia hipotecária, comprovação de
declarações de ITR – CCIR - Imposto de Renda e outras situações adversas.
CONCEITOS
A origem da palavra Perito vem do latim “peritus”, que quer dizer experimentar,
saber por experiência. Perito é a pessoa que, pelas qualidades especiais que possui,
geralmente de natureza científica ou artística, supre as insuficiências do Juiz no que
tange à verificação ou apreciação daqueles fatos da causa que para tal exijam
conhecimentos especiais ou técnicos.
O perito ou assistente técnico deve ter habilitação técnica para o exame que vai
efetuar. Os resultados dos exames e diligências que realizam, devem ser apresentados
em formato de laudo com exposição das operações e ocorrências, e o parecer
fundamentado sobre a matéria que foi submetida a exame.
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PERÍCIAS JUDICIAIS
NOMEAÇÃO E INDICAÇÃO DE PROFISSIONAIS
Nomeação do Perito
A engenharia pode desempenhar papel importante nos processos judiciais que
envolvam imóveis, máquinas, equipamentos, plantações, por meio dos trabalhos
técnicos periciais.
A lei confere ao Juiz certa liberdade na escolha do Perito Judicial, por isso, sempre
que possível usa o critério de nomear um profissional do qual é merecedor ou possa a
vir ser merecedor de sua confiança, e que tenha capacidade e atribuição técnica, o
qual inicialmente esta apresentada no currículo protocolado para credenciamento
junto à secretaria do Fórum.
Nesse tipo de ação cabe ao Juiz nomear três profissionais, quais sejam, um
agrimensor e dois arbitradores. Além disso, as partes devidamente habilitadas no
processo também podem nomear assistentes técnicos.
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Quanto a esse assunto, o Código de Processo Civil (CPC) nos provê esclarecimentos:
Art. 950. Na petição inicial, instruída com os títulos da propriedade, designar-se-á o imóvel
pela situação e denominação, descrever-se-ão os limites por constituir, aviventar ou renovar e
nomear-se-ão todos os confinantes da linha demarcanda.
Art. 956. Em qualquer dos casos do artigo anterior, o Juiz, antes de proferir a sentença
definitiva, nomeará dois arbitradores e um agrimensor para levantarem o traçado da linha
demarcanda. (Grifo nosso)
Art. 957. Concluídos os estudos, apresentarão os arbitradores minucioso laudo sobre o traçado
da linha demarcanda, tendo em conta os títulos, marcos, rumos, a fama da vizinhança, as
informações de antigos moradores do lugar e outros elementos que coligirem.
Parágrafo único. Ao laudo, anexará o agrimensor a planta da região e o memorial das
operações de campo, os quais serão juntados aos autos, podendo as partes, no prazo comum de
10 (dez) dias, alegar o que julgarem conveniente.
Art. 958. A sentença, que julgar procedente a ação, determinará o traçado da linha
demarcanda.
Art. 959. Tanto que passe em julgado a sentença, o agrimensor efetuará a demarcação,
colocando os marcos necessários. Todas as operações serão consignadas em planta e memorial
descritivo com as referências convenientes para a identificação, em qualquer tempo, dos
pontos assinalados.
Art. 964. A linha será percorrida pelos arbitradores, que examinarão os marcos e rumos,
consignando em relatório escrito a exatidão do memorial e planta apresentados pelo
agrimensor ou as divergências porventura encontradas.
Oportuno observar que, além das normas técnicas que regem o trabalho de campo do
agrimensor, o CPC traz as orientações que devem ser seguidas pelo Perito e
arbitradores nas questões demarcatórias, conforme descrito nos arts. 960 a 963.
Por fim, quando elaborado e juntado aos autos o relatório dos arbitradores, as partes
deverão se manifestar sobre ele no prazo de 10 dias. Depois disso, feitas as correções
necessárias de acordo com a convicção do Juiz, será lavrado o auto de demarcação,
que terá uma descrição minuciosa dos limites demarcandos. Uma vez assinado tal
auto pelo Juiz, arbitradores e agrimensor, será proferida a sentença homologatória da
demarcação (arts. 965 e 966, CPC).
Após a entrega do laudo pericial em cartório, o Juiz abrirá vistas as partes para se
manifestarem, e esse é o momento em que o assistente técnico deve elaborar o laudo
de manifesto ou parecer técnico sobre o laudo apresentado pelo Perito.
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QUESITOS
Os quesitos devem ser formulados pelas partes e pode também ser formulado pelo
Juiz, sendo que essas perguntas são relativas aos fatos que constituem o objeto da
perícia.
Intimação
O Profissional receberá a intimação da qual traz a decisão do Juiz quanto a
necessidade da pericia, e nela consta a nomeação do profissional designado a realizar
o trabalho técnico pericial. Constando ainda o prazo para apresentação da proposta de
honorários técnicos.
Carga do processo
Após a intimação, o Perito nomeado deve ir ao Fórum competente e requerer junto ao
cartório do qual pertence os autos (processo), e assim, efetivar a carga do processo
para estudo e elaboração da proposta de honorários técnicos.
Prazos
O prazo é de cinco dias úteis para a elaboração da proposta de honorários. Após, será
aberta vistas as partes para manifestarem sobre a proposta apresentada pelo Perito.
Em não sendo aceito a proposta por qualquer das partes, essa se manifestará
apresentando suas ponderações. O Juiz intimará novamente o Perito nomeado,
enviando em anexo a petição apresentada pela parte, e o Perito terá o prazo de cinco
dias úteis para manifestar-se sobre os argumentos inseridos na petição.
Podem ocorrer casos em que o Juiz poderá arbitrar os honorários periciais, mesmo
assim o Perito ou mesmo qualquer das partes, poderá argumentar sobre o valor
arbitrado.
Quando acordado o valor dos honorários, esse deverá ser depositado em cartório do
qual tramita o processo, e assim, o Juiz determinará a data, local e hora para abertura
dos trabalhos técnicos periciais. Poderá ocorrer de ser depositada parte dos
honorários e o restante a serem depositados após a entrega do laudo, porém, essas
definições são decididas pelo Juiz.
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Essa proposta é realizada com conhecimento dos quesitos formulados pelo Autor que se
encontra as fls.120/124 e pela parte Ré as fls. 132/133 dos autos. Não foram apresentados
até o presente momento quesitos pelo Juiz(a). Caso haja quesitos suplementares, serão
avaliados se haverá majoração quanto aos honorários técnicos e levados ao conhecimento
de V. Exa. para apreciação e aprovação.
O prazo previsto para elaboração dos trabalhos técnicos periciais é de trinta dias.
Propõe-se que o valor dos honorários seja recolhido aos autos e liberado 50% ao Perito
para início dos trabalhos, ficando o restante para o final quando da entrega do laudo em
Cartório.
O valor dos honorários será reajustado conforme resolução do CMN (Conselho Monetário
Nacional), baseado no salário mínimo ou outra letra em vigor.
End. Bancário: Eng. Carlos Joshep, B.Brasil, ag.0214-2, c/c 12033-5, Cpf 123.777.388-99.
Anexos: currículo do Perito nomeado e tabela do Ibape.
________________________
Eng.Carlos Joshep
Nesse dia definido para inicio dos trabalhos periciais, poderá o Perito levantar parte
do valor proposto de honorários, iniciar os estudos dos documentos inseridos nos
autos, reunir com os assistentes para discussões técnicas, e após, marcar a data para a
vistoria ao imóvel ou objeto a ser periciado.
acatados ou não pelo Perito. Afinal, é função do assistente técnico, além de outras,
assistir aos trabalhos periciais.
Oportuno lembrar ao profissional que atua em perícias judiciais, que o Perito de hoje
poderá ser o assistente técnico de amanhã, portanto, o respeito para com o colega é
fundamental.
LAUDO TÉCNICO
É um documento emitido por especialista, após uma perícia técnica realizada sobre a
matéria.
PARECER TÉCNICO
É um documento emitido por um especialista, com opinião expressa a respeito do
laudo técnico ou da matéria.
Objetivo
Relatar qual o objetivo do trabalho técnico pericial. Podendo ser uma avaliação de
imóveis para fins de apurar o valor real de mercado; avaliação parcial de um imóvel
para fins de desapropriação, com cálculos de perdas e danos e lucros cessantes;
demarcatória; localização fundiária e geográfica; constatação de posse; demarcação
de um determinado título definitivo; avaliação do imóvel com edificações residências
e ou comerciais.
Descrição
Descrever o objeto/imóvel e suas características. Relatando o registro e comarca,
área, localização urbana ou rural, bairro, cidade, limites e confrontações, edificações
averbadas a margem da matrícula, limites naturais, referencias geográficas.
Vistoria
Elaborar o desenvolvimento dos trabalhos de vistoria, como dia, hora, pessoas
presentes, desenvolvimento dos dados técnicos captados e verificados no imóvel
vistoriado. Momento esse em que poderá verificar o estado de conservação do objeto
periciado, se o mesmo encontra-se em funcionamento, qual o desenvolvimento
produtivo desenvolvido no ato da vistoria, conservação, idade aparente, fazer
tomadas de fotos e coordenadas geográficas, tipo de edificação e metragens, plantio e
cultura em desenvolvimento, topografia do terreno, possíveis erosões, estrada de
acesso, rua, calçada, energia, linha ônibus, mercado, armazém de grãos, frigoríficos,
distancias em relação a centros de compras e escolas, relatos de funcionários e
moradores, anotações da marca, modelo e número de série, informar se transcorreu
em harmonia ou houve alguma resistência ou desavença.
Oitivas
Oitivas são as entrevistas feitas com os conhecedores e antigos conhecedores do
imóvel periciado, do bairro ou região, dos moradores, das máquinas e equipamentos.
Edificações
Quando inspecionados deve relatar, detalhar, quantificar e referenciar todas as
informações possíveis tais como: área construída, quantos cômodos, banheiros,
azulejos, área coberta, alicerce, paredes de alvenaria ou madeira, rebocada ou não,
instalações elétricas e hidráulicas embutidas ou não, massa corrida, pintura,
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cobertura, forro, laje, piso, vida útil, tempo de construção, estado de conservação,
idade aparente.
Máquinas e Equipamentos
Quando inspecionados (vistoriados), deve relatar, detalhar, quantificar e referenciar
todas as informações possíveis tais como: marca, tipo, modelo, capacidade de
produção, potência, número de série, ano fabricação, ano instalação, vida útil, se esta
em funcionamento, se encontra desativada e a quanto tempo e porque, instalações
elétricas e hidráulicas, estado de conservação.
Metodologia
Citar qual a metodologia a ser aplicada ao trabalho, e relatar o desenvolvimento da
mesma.
Para o desenvolvimento dos trabalhos técnicos de avaliação, os tipos de metodologias
usadas estão no capítulo de avaliações dessa apostila.
Pesquisa
Citar as fontes e endereços dos contatos feitos na oportunidade da perícia. É habitual
fazer consultas em órgãos governamentais, empresas, entidades, meio de
comunicação, jornais, revistas, sites, pessoas, boletim cadastral em Prefeituras.
Anotar e informar tudo e todos que serviram de referências e ou foram consultados
para obtenção dos dados utilizados no desenvolvimento do trabalho técnico pericial.
Encerramento ou conclusão
O Perito deve apresentar a conclusão ao final do trabalho técnico realizado.
Álbum fotográfico
O álbum fotográfico é muito importante para a visualização do Juiz e dos
interessados no processo, pois os relatos constantes no corpo do laudo técnico podem
ser confirmados e melhor entendidos através das fotos ilustrativas apresentadas no
laudo pericial. Sempre que possível, fazer as tomadas das fotos com referencias, seja
uma árvore, torre, montanha, morro ou outra paisagem que ajude a identificar o lugar.
Anexos
Os anexos são todos os documentos que foram usados para o desenvolvimento dos
trabalhos técnicos periciais, tais como: escrituras, matrículas, mapas, memoriais,
plantas de edificações, fotos antigas, currículo do profissional responsável.
Deve apresentar ainda ao final do laudo técnico pericial, as referencias bibliográficas
e a relação das fontes consultadas e pesquisadas, informando o contato de cada um.
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Escritura
A escritura pública é documento elaborado em cartório por pessoa que detém a
função pública, o notário público, como formalização instrumental de um ato ou
negócio, por requerimento das partes interessadas. Trata-se de um instrumento
indispensável à validade de negócios imobiliários
Importante destacar, no entanto, que a escritura por si só, não confere direitos reais a
ninguém. Para que tenha os efeitos probatórios ela deve ser devidamente registrada
no cartório de registro de imóveis da comarca do imóvel.
Cabe alertar que o sistema cartorial do país não tem mecanismo on-line que integre as
lavraturas de escrituras de compra e venda. Sendo assim, qualquer sujeito de má
índole poderá lavrar escritura de compra e venda de uma propriedade num
determinado cartório notarial e, em seguida, lavrar outra escritura de compra e venda
da mesma propriedade em outro cartório notarial. Tal situação não é comum, mas
possível, e pode lesar o investidor que levar em segundo plano a escritura para
registro.
Matrícula
Cada imóvel tem uma matrícula própria, que deverá ser aberta por ocasião do
primeiro registro a ser feito, referente a esse imóvel. As matrículas são realizadas no
Livro 2 – Registro Geral – do cartório de registro da comarca onde esta localizado o
imóvel.
Benfeitorias em Edificações
http://www.afixcode.com.br/o-que-e-benfeitoria-necessarias-uteis-voluptuarias/ - acessado em 05.10.2012
As benfeitorias podem ser classificadas como:
Necessárias Úteis Voluptuárias
Benfeitorias Úteis – As que tornam o imóvel mais confortável, seguro, amplia sua
utilidade, facilitam o uso do imóvel.
Exemplos: construção de uma garagem, a instalação de grades protetora nas janelas,
fechamento de uma varanda.
AVALIAÇÕES
-2.
Introdução à avaliação
A Engenharia de Avaliações não é uma ciência exata, mas sim a arte de estimular os
valores de propriedades, máquinas e equipamentos, em que o conhecimento
profissional de engenharia e o bom julgamento são condições essenciais. Importante
também, o avaliador verificar o fim a que se destina o laudo de avaliação.
São vários os métodos utilizados, porém, o método a ser utilizado, deve ser escolhido
conforme o objeto da avaliação.
Finalidade da avaliação
O que se pretende na avaliação é essencialmente o justo valor do bem, e nele
agregado o valor das benfeitorias edificadas, máquinas, equipamentos e instalações,
tendo como objetivo atender à solicitação de avaliação para fins de comprovação de
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valores atuais em uma data base para pagamento a vista, em moeda corrente do país,
conforme normas e conceitos da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Métodos de avaliação
Nas avaliações para determinação de valores, abordaremos alguns conceitos quanto
aos métodos Comparativos, da Renda e do Custo de Reposição.
- Método do Custo de Reposição: Esse método é determinado pelo valor do bem com
reposição em estado de novo. Após, deverá ser considerado para o valor do bem
avaliando, a depreciação pelo tempo de vida útil, depreciação, (vida) idade aparente,
utilidade, entre outras particularidades inseridas nas normas técnicas.
Muito utilizado para avaliação de edificações, máquinas e equipamentos.
Tabela
Especificações das Para determinação da pontuação, os valores na horizontal
avaliações de imóveis não são cumulativos
Item
rurais
Condição pt Condição pt Condição pt
1 Numero de dados de ≤ (3k + 1) e no
mercado efetivamente
mínimo 5
18 ≥ 5 9
utilizados
2 Qualidade dos dados Minoria ou
colhidos no mercado de Todos 15 Maioria 7 ausência.
mesma exploração
3 Visita dos dados de Minoria ou
mercado por engenheiro Todos 15 Maioria 6 ausência
de avaliações
4 Critério adotado para Custo de reedição Custo de Como
avaliar construções e por planilha 5 reedição por 3 variável
instalações especifica caderno de preço conforme 3
anexo A
5 Critério adotado para Por caderno de Como
avaliar produções Conforme em 10.3 5 preço 3 variável
vegetais conforme 3
anexo A
6 Apresentação de laudo Completo
conforme seção 11 16 Simplificado 1
7 Utilização do método Tratamento Tratamento por Outros
comparativo direto de cientifico 15 fatores conforme 12 tratamentos 2
dados de mercado conforme 7.7.3 e em 7.7.2 Anexo
anexo A B
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Estado vegetativo
sanitário. Ótimo Bom Regular Precário Mau
Depreciação 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20
- Classificação do solo
De acordo com a respectiva capacidade de uso, recomenda-se a utilização da Escala
de Norton, que estabelece oito classes, conforme tabela:
III Terras próprias para culturas, com problemas sérios de conservação, exigindo
práticas conservacionista complexas.
IV Terras próprias para culturas, ocasionalmente, não devendo ser usadas para
culturas mais do que dois anos consecutivos, seguindo-se de preferência, a
pastagem, pôr período de três anos.
- Situação da Propriedade
Elemento fundamental na avaliação do imóvel rural é a situação de localização e
acesso, condições de praticabilidade, escoamento da safra, onde recomendamos a
utilização da Escala de Mendes Sobrinho, estabelecida em seis situações, conforme
tabela:
- Homogeneização
Homogeneizar é o fato de tornar-se homogêneo, assemelhar, igualar. Para o
desenvolvimento da homogeneização, aplicamos as tabelas acima para situação e
classe de uso, Miguel Kosma imaginou tornar essa tabela permanente se, em vez de
valores absolutos, fossem lançados valores percentuais decrescentes a partir de 100%
para a Classe I na Situação ótima e apresentou os índices na tabela a seguir:
Assim, por essa tabela, desde que, por pesquisa, for estabelecido o valor absoluto da
Classe I, Situação ótima (número índice 1,000), o valor de qualquer outra propriedade
poderá ser obtido por simples multiplicação pelo número-índice correspondente.
Existem outras tabelas que foram desenvolvidas por órgãos oficiais como, por
exemplo, o INCRA. Essas tabelas são regionais, e elaboradas por estudos realizados
pelos profissionais servidores de um determinado Estado, ajustando para a realidade
daquela região.
Ficando assim ao critério de cada profissional, para o uso das tabelas que acreditar ser
mais conveniente para a região em que esta desenvolvendo o trabalho de avaliação do
imóvel.
Reafirmamos assim, como dito antes, que a Engenharia de Avaliações não é uma
ciência exata. O conhecimento profissional de engenharia, o bom senso e o bom
julgamento são condições essenciais para que o trabalho obtenha um resultado mais
próximo da realidade do valor monetário correspondente ao maquinário,
equipamento, edificação e o imóvel em questão.
- Benfeitorias
As benfeitorias podem ser classificadas em dois tipos principais, benfeitorias
reprodutivas e benfeitorias não reprodutivas.
Benfeitorias não reprodutivas, são aquelas que, por sua natureza e função, não
oferecem margem para apuração individual de rendimentos e, por se acharem
aderidas ao solo, não são negociáveis separadamente das terras. Tais como:
instalações de abastecimento de água, irrigação e drenagem, energia elétrica, galpões,
depósitos, cercas, curral, casas, etc. O critério para a avaliação de benfeitorias não
reprodutivas deverá ser o custo de reposição depreciado pelo uso.
Relato Fundiário:
Figura 3 – Esse mapa ilustrativo retrata a situação fundiária e geográfica de um
imóvel rural (perímetro ilustrado por linhas tracejadas) cuja sucessão dominial
constatou que houve desmembramento de um título definitivo primitivamente
denominado de “Lote Xaraés”. São explicitadas três situações diferentes, quais
sejam:
Situação A – A “área 1A” está posicionada geograficamente dentro do perímetro do
título definitivo primitivo (Lote Xaraés) constante da certidão sucessória de cadeia
dominial do imóvel adquirido. Tal exemplo retrata uma situação técnica e dominial
adequada.
Situação B – A “área 1B” está posicionada geograficamente dentro do perímetro do
título definitivo primitivo (Lote Juquiá), não estando compatível com a cadeia
sucessória dominial. Nesta situação, recomenda-se que o investidor adquira parte do
documento que tenha origem no Lote Juquiá, ou mova ação judicial denominada
usucapião, com assistência de profissional da área jurídica, tendo como base para
elaboração da petição inicial o projeto técnico elaborado por profissional habilitado.
Situação C - A “área 1C” está posicionada geograficamente em terras públicas,
passíveis de regularização fundiária, conforme explanado neste capítulo,
denominadas “terras devolutas”. Em tal situação, deverá o investidor requerer junto
ao órgão competente a regularização fundiária.
MICHELINI, C. R. Curso – Introdução à Engenharia de Avaliações e Perícias Judiciais - pág. 27-47
Ocupação Atual: Área total da propriedade - área com lavoura mecanizada - área com
formação em pasto - faixa de domínio da rodovia - área em vegetação nativa (ARL e
APP).
Planilha fls.01
MICHELINI, C. R. Curso – Introdução à Engenharia de Avaliações e Perícias Judiciais - pág. 32-47
Planilha fls.02
Planilha fls.03
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Planilha fls.04
Planilha fls.05
MICHELINI, C. R. Curso – Introdução à Engenharia de Avaliações e Perícias Judiciais - pág. 34-47
Planilha fls.06
Planilha fls.07
Planilha fls.08
MICHELINI, C. R. Curso – Introdução à Engenharia de Avaliações e Perícias Judiciais - pág. 35-47
Planilha fls.09
Planilha fls.10
Matricula n. 666
Descrição Área – ha Valores - R$
No caso de terrenos com mais de uma frente, convém padronizar o uso de variável
utilizando como referência apenas a frente mais importante.
Ocupação Atual:
Área total do terreno - área edificada - área averbada na matrícula - área edificada e
não averbada
Planta baixa.
Fotos ilustrativas
MICHELINI, C. R. Curso – Introdução à Engenharia de Avaliações e Perícias Judiciais - pág. 40-47
SERVIDÃO DE PASSAGEM
Conforme definição do Eng. Civil José Tarcisi Doubek Lopes: “Servidão é algo que
priva a liberdade de pleno uso de parte ou da totalidade da propriedade em benefício
de alguém e não a secciona, ou seja, não impede a comunicação entre as partes
decorrentes”. Encargo específico que se impõe a uma propriedade em proveito de
outrem.
Nessa situação de servidão, pode a propriedade ser privada de produção de certas
culturas por motivos de altura, dificuldades para pulverização aérea, edificações e ou
restrições a edificações. Tendo ainda a redução de renda, perda parcial de área
produtiva para implantação de carreadores, etc...
Em casos de servidão, o proprietário deve receber uma indenização em que seja
compensado quando o montante recebido se aplicado no mercado financeiro, obtenha
a mesma receita no ano.
Para esse cálculo, o eng. Civil e eletricista José Carlos Pellegrino desenvolveu um
critério do qual tem por base a rentabilidade tanto do valor da indenização quanto do
valor da terra nua da faixa de servidão, e desenvolveu as fórmulas das quais podem
ser encontradas em literaturas da área de avaliações e perícias, tendo como resultado
final as condições percentuais, assim sugeridas:
E – indução 0,02 -
Lucros cessantes
Lucros cessantes são prejuízos causados pela interrupção de qualquer das atividades,
no qual o objeto de suas atividades é o lucro.
Consta no site http://www.jusbrasil.com.br/topicos/290219/lucro-cessante, consultado em
17.10.2012, a definição de lucro cessante, como sendo o ganho razoável que alguém
deixou de obter sobre a coisa a que tinha direito, por culpa ou inexecução de
obrigação de outrem. Privação de um lucro ou interesse previsto.
Perdas e Danos
Perdas é o que já era nosso e perdemos. Danos é quando além das perdas, há a
destruição de algum equipamento físico, uma plantação que foi destruída, uma loja
derrubada por um acidente de transito e que venha a impedir seu funcionamento.
MICHELINI, C. R. Curso – Introdução à Engenharia de Avaliações e Perícias Judiciais - pág. 44-47
NORMAS DE AVALIAÇÕES
A avaliação de bens é determinada pela ABNT - Associação Brasileira de Normas
Técnicas, definida através de uma ampla participação dos profissionais da área de
engenharia. Como resultado, houve a incorporação das diversas normas que tratam de
avaliações de bens em uma única, no ordenamento a seguir.
- NBR 14653-1 – Avaliação de bens – Parte 1: Procedimentos gerais;
- NBR 14653-2 – Avaliação de bens – Parte 2: Imóveis urbanos;
- NBR 14653-3 – Avaliação de bens – Parte 3: Imóveis rurais;
- NBR 14653-4 – Avaliação de bens – Parte 4: Empreendimentos;
- NBR 14653-5 – Avaliação de bens – Parte 5: Máquinas, equipamentos, instalações
e bens industriais em geral;
- NBR 14653-6 – Avaliação de bens – Parte 6: Recursos naturais e ambientais;
- NBR 14653-7 – Avaliação de bens – Parte 7: Patrimônios históricos.
APOSTILA. curso avançado de avaliações e imóveis. instrutor eng. civil Sérgio Alberto Pires da
Silva. ABENC, MT. 2008.
ARANTES, Carlos, Avaliações de Imóveis Rurais - NBR 14.653-3 – ABNT Comentada”. Editora
Leud. 2009.
CRECI - http://www.cofeci.gov.br/
LIMA, Marcelo Rossi de Camargo. Avaliação de Propriedades Rurais. 3 ed.—São Paulo, Leud,2011.
MICHELINI, Carlos Roberto. Legitimidade da Propriedade Rural. 2ª ed. rev. e atualiz. Cuiabá: KCM
Editora, 2012.
SOUZA, José Octávio. Perícias Judiciais Rurais. 1. ed. São Paulo: Nobel, 1979.
MAIA Neto, Francisco. Roteiro prático de avaliações e perícias judiciais. 2 ed. rev. e ampl. Belo
Horizonte: Del Rey, 1996.
CURRÍCULO DO INSTRUTOR
Dados pessoais:
Nome: Carlos Roberto Michelini
Nome em citações bibliográficas: MICHELINI, C. R.
Natural de: Adamantina - SP
Endereço profissional: C R Michelini Engenharia e Consultoria ME - Rua João Pessoa 599, Edifício
Pirâmide sala 102, Cep.78700-082 – Rondonópolis/MT – Brasil - Telefone: (66) 3421.3742 e
(66) 99984.2613. www.micheliniconsultoria.com.br - michelini.eng@gmail.com
Formação acadêmica/Titulação
1981 : Graduação em Engenharia Agrimensura, pela Faculdade de Engenharia de Agrimensura de
Pirassununga - FEAP, Brasil.
Áreas: Agrimensura, Avaliação e Perícia de Engenharia.
Título e registro: Engenheiro Agrimensor, Crea/MT nº 2.531/D - Crea/nacional nº 120.109.098-9
Formação acadêmica/Especialização
2007/ 2009: MBA em Pós-Graduação Empresarial e Agronegócio. (Carga Horária: 380h).
Faculdade do Sul de Mato Grosso - FACSUL.
Congresso
Pan-Americano de Avaliação de Imóveis, Instituto Tasaciones, Buenos Aires, Argentina.
Credenciamentos:
IBAPE - Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia.
INTERMAT - Instituto de Terras do Estado de Mato Grosso.
IDATERRA - Instituto de Terras do Estado de Mato Grosso do Sul.
INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
SEMA – Secretaria Estadual de Meio Ambiente do MT.
Prêmios e títulos
. 2012 - Cidadão Rondonopolitano, Câmara dos Vereadores de Roo/MT.
. 2011 - Presidente, AREA - Associação Rondonopolitana de Engenharia - gestão
2006/2008, gestão 2011/2013 e atual gestão 2014/2016.
. 2010 - Membro Associado, ATAB - Academia Tecnológica de Artes do Brasil.
. 2009 - Medalha ao Mérito, indicação/CREA-MT - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia.
. 2008 - Moção de Louvor, Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso.
. 2004 - Cidadão Mato-grossense, Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso.
. 1985 - Vice Presidente da Comissão de Engenharia Pan-Americana de Avaliação de Imóvel Rural,
UPAV - Union Pan-Americana de Associaciones de Valuacion do Instituto Argentino de
Tasaciones.