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Palestra do Guia Pathwork nº 236

Palestra não editada


3 de dezembro de 1975

A SUPERSTIÇÃO DO PESSIMISMO

Saudações e bênçãos, amados amigos. Sejam banhados no amor de Deus. Sejam banhados pela força
de Cristo que desperta fortemente no mais íntimo de seu ser. Este amor e esta força alcançam
milhões de sensores em vocês. Vocês poderão senti-los, se assim o permitirem e se abrirem olhos e
ouvidos interiores para o som e a beleza e para a vida que há nesta nova força que desperta por todo
o universo.


Neste caminho, vocês estão fazendo a jornada interior. Encontraram muitos obstáculos,
conscientizaram-se de muitos deles. Perceberam negatividades que não sabiam existir. E à medida
que as foram conhecendo, perceberam que foram estas atitudes negativas que criaram experiências
negativas. Como sabem, isto não fica claro desde o início. Agora, na palestra desta noite, quero lhes
proporcionar uma nova percepção, sobre uma determinada atitude muito profunda e especial. Uma
vez alcançada, esta percepção os ajudará imensamente na eliminação de obstáculos que venham a se
or
interpor à realização de seu ser divino.

É o que eu poderia chamar superstição do pessimismo. Quando vocês atingem um certo nível de
conscientização, se deparam com uma atitude que diz: “Se eu acreditar na realização positiva, irei me
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desiludir; talvez a própria crença afaste a possibilidade. Melhor será, portanto, não acreditar. Talvez
uma atitude mais esperta seja acreditar que nada de bom pode me acontecer, que nunca conseguirei
mudar, que não posso superar meus obstáculos”. Esse tipo de pensamento não é verbalizado. De
alguma forma, meus queridos amigos, vocês sabem, se optarem por saber, que há uma espécie de
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jogo deliberado, uma brincadeira –destrutiva, porém– que nada mais é, se a examinarem com
cuidado, do que uma atitude supersticiosa.

As superstições evidentes são muito mais primitivas, e a maioria de vocês não se deixa levar por elas
Pa

no nível externo. Dentro de vocês, porém, há um tipo de superstição muito mais sutil. Peço, meus
amigos, que percebam esse tipo de superstição; que encontrem dentro de si a voz que diz “Não ouso
acreditar naquilo que é bom. Pode não acontecer”. Basta reconhecer esta voz, esta frase, esta
“palavra” que vocês pronunciam internamente. É exatamente isso o que quero dizer. Nesta frase,
nessas palavras faladas dentro de vocês, de uma forma ou de outra, vocês expressam esse tipo de
brincadeira destrutiva. Mas em seguida, ocorre uma perda de contato. Depois de um certo tempo,
vocês já não têm consciência. Com o passar do tempo vocês se perdem nos efeitos deste ato. E os
efeitos são muito dolorosos. Um deles, por exemplo, é realmente acreditar naquilo que, no início,
vocês pensaram ser apenas uma medida de segurança. Não acreditar no positivo, acreditar no pior
como uma suposta medida de precaução através da qual vocês buscam aplacar os deuses, por assim
dizer, é um pensamento destrutivo. Vocês não conhecem o poder desses pensamentos. Não há
como brincar com esse poder sem incorrer em sérias conseqüências. Não há jogo desse tipo que não
tenha um efeito sério.

por Eva Broch Pierrakos


© 1999 The Pathwork® Foundation (Palestra não editada)
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O poder desse tipo específico de palavra precisa se tornar consciente. Este fenômeno pode ocorrer
em vários aspectos da vida. Quando vocês ficam doentes, pode aplicar-se à cura. Quando estão
sozinhos e se sentem não amados, talvez expressem “jocosamente”, “com segurança” (assim vocês
imaginam) a crença de que “sempre será assim”. Quando estão sem dinheiro ou não se sentem
realizados profissionalmente, dizem para si mesmos “melhor acreditar que assim é que deve ser, e
quem sabe as coisas aconteçam de forma inesperada”. Seria como esperar que uma figura paterna
idealizada viesse para afastar suas dúvidas, aparecendo e dizendo “Não, não, filho, não é assim tão
ruim. Tudo vai ser maravilhoso”.

Por trás disso está o objetivo de comandar a substância da alma, sem saber que assim vocês geram
uma crença que, por sua vez, de fato gera as circunstâncias que a comprovam. Depois, vocês
“esquecem” que tinham começado o jogo como uma forma de superstição, ou talvez como uma
manipulação emocional, e acabam tão envolvidos no que criaram sem perceber que passam a


acreditar que o negativo é a realidade. O que começou como uma superstição por medida de
segurança, gradualmente se torna uma crença em outro nível de consciência¸ e a crença toma conta
de vocês. Depois disso, naturalmente, a crença cria a realidade e vocês permanecem exatamente
nessa posição.

Esta, meus amigos, é uma postura sutil, da qual vocês talvez não se dessem conta anteriormente.
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Contudo, graças ao trabalho que estão realizando e ao progresso que alcançaram, ouso dizer que
muitos de vocês são hoje capazes de apontar esse tipo específico de superstição – a superstição do
pessimismo. Esse truque interno – um truque da mente– é muito perigoso. O perigo está no uso
errado do poder da palavra, o poder do seu pensamento, o poder da autodoutrinação.
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Quando se identificarem com essa atitude, meus queridos amigos, é hora de parar e perguntar quais
serão os efeitos para vocês e para sua vida. É preciso tomar distância e observar o que estão
fazendo. É preciso conectar-se com o nível de intencionalidade que há nesta atitude. Peço que
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reconheçam exatamente como fazem isso e então o passo seguinte será dizer: “Quero parar com
este procedimento. Quero impedir este truque interno. Não posso enganar a vida. Preciso ser
honesto. O que digo para mim mesmo deve ser o que realmente quero dizer no nível mais profundo
do meu ser. E é preciso, também, que corresponda à verdade da vida”. Este é o passo seguinte. Ao
Pa

se opor assim ao truque habitual da superstição do pessimismo, em qualquer área que isso aconteça
dentro do seu ser, vocês começarão a questionar essa atitude por meio da decisão de encontrar um
novo caminho para sua atividade mental.

O passo seguinte é o mais crucial. Pode parecer muito simples, e realmente é muito simples.
Contudo, talvez vocês achem que ele exige muita coragem - a coragem de acreditar no bom. Este é,
na verdade, um abismo – um dos abismos da ilusão. Sem ter garantias quanto ao resultado, vocês
terão de se aventurar por uma terra desconhecida onde acreditam no positivo, asseveram a fé no
universo sempre benigno, onde expressam a verdade de que todas as possibilidades existem. Vocês
escolhem qual das estradas, entre as muitas possíveis, vão tomar. A estrada do derrotismo, da
negação, das expectativas negativas, ou o caminho de acreditar no desabrochar de tudo, que é a
natureza inata da vida, a fé nas possibilidades ilimitadas de um lindo desabrochar em todas as áreas.
Essas possibilidades estão enraizadas em sua própria alma.

Não há nada que vocês não possam realizar. Não há nada que não possam vivenciar se realmente se
dedicarem, se recolherem a âncora que impede o fluir da expansão, se permitirem que processos
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involuntários, com suas ilimitadas possibilidades criativas, levem vocês a novas e novas praias de
realização. Esta fé corajosa no melhor de seu espírito interior precisa ser afirmada. A coragem está
em eliminar a distância entre a afirmação da fé e a realização – até surgirem os frutos. A tentação de
se apoiar nas antigas crenças negativas supersticiosas vem da inexistência de um período de espera,
de não haver incertezas, nem fase de crescimento. Ao ser pronunciada, a crença negativa acontece.
Vocês ficam com a certeza questionável dos resultados imediatos pelos quais tanto anseiam.

Ao contrário, a jornada para a crença positiva, a fé nas possibilidades de desdobramentos positivos


exige um período de crescimento, um período de amadurecimento. Essa necessidade existe
simplesmente porque seus processos mentais estão tão acostumados a acreditar no negativo que
precisam ser reajustados. Eles precisam se aclimatar, deitar raízes na nova terra da beleza e da
abundância. Vocês estão passando de uma terra do ser interior para outra terra do ser interior e
criando novas raízes e um novo desabrochar. É por isso que esse período de gestação, por assim


dizer, é necessário. Para tanto, é preciso ter a fé do agricultor que lança as sementes e espera que os
brotos apareçam. Ele sabe que os brotos acabarão por surgir porque isso já aconteceu outras vezes.
Da primeira vez que plantou uma semente, porém, talvez ele não soubesse. Ocorre o mesmo com
vocês. E é aí que está a coragem –a coragem de acreditar no melhor que seu ser mais íntimo tem a
oferecer, naquilo, portanto, que a vida tem a oferecer. Esta afirmação de fé é um passo substancial
que precisa ser reforçado.
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Ora, meus amigos, quero acautelar vocês contra uma cilada: a coragem de acreditar no desabrochar
positivo da vida pode, facilmente, se equiparar à confusão entre os desejos e a realidade. Há uma
diferença sutil, porém importante, entre estas duas abordagens da vida. Quero enfatizar essa
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diferença e ajudá-los nesse sentido. Qual é, exatamente, a diferença entre confundir os desejos com a
realidade e ter uma fé vigorosa no positivo? Vocês caem com facilidade na confusão entre desejos e
realidade para depois, no esforço de adotar o que consideram ser “realismo”, porque já conheceram
e estão desapontados com os resultados dos desejos, voltarem à superstição do pessimismo.
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Vamos deixar muito clara a diferença entre confusão entre desejos e realidade, de um lado, e
realismo e coragem da crença positiva, de outro. Há um fator muito nítido, claro, simples e
importante que simplifica a diferenciação entre essas duas atitudes tão díspares e, ao mesmo tempo,
Pa

tão semelhantes. A confusão entre o desejo e a realidade é criar sonhos de realização sem precisar
pagar nenhum preço: sem nenhuma mudança de personalidade, de atitude, de abordagem, de
pensamento, de sentimento, de ação, de existência. Vocês sonham que uma realização desejada cairá
no seu colo, por mágica, de graça. Sem nenhum investimento de vida, da sua parte, no processo de
criação que contribua para o processo evolutivo, de compromisso com seu próprio processo de
purificação. Tudo é apenas um devaneio passivo, quando vocês esperam, contra todas as
expectativas, que vai lhes acontecer algo que desejam e que não exige que vocês removam o próprio
obstáculo que impede esse acontecimento ou estado desejável. Quanto menos investirem naquilo
que poderia fazer com que esses acontecimentos ou estados desejáveis se tornassem realidade,
menos poderão acreditar na concretização destas realizações; tanto mais justificada a superstição do
pessimismo será; tanto menos desejável se tornará a vida; e tanto mais vão querer fugir dela.
Portanto, mais devaneios vão criar para substituir a realidade. Isso consome muita energia criativa
que poderia ser investida na vida e em realizações verdadeiras. Esses devaneios não passam do outro
lado da moeda da superstição do pessimismo.
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Vejam, portanto, meus amigos, que a superstição da negatividade e do pessimismo, bem como os
devaneios, estão intimamente inter-relacionados e não são mutuamente exclusivos. É possível, em
um mesmo dia, ou em uma mesma hora, deixar-se levar por devaneios para, minutos depois, cair na
superstição da negatividade.

O próprio objeto dos sonhos, que consomem uma enorme quantidade de energia e criatividade mal
canalizada, poderia ser concretizado se vocês se dedicassem totalmente à vida e ao seu ser, dando o
melhor de si a ambos – que são a mesma coisa. Sua desilusão ao não conseguir realizar o sonho
reforça a superstição do pessimismo. O que havia começado como um jogo, uma espécie de truque,
reforça então a crença negativa, até que esse círculo vicioso começa a se acelerar e fica cada vez mais
difícil se livrar do vórtice que vocês mesmos criaram. Vocês oscilam entre superstição da
negatividade e os devaneios. Quanto mais vocês se deixam levar pelos sonhos para escapar da
negatividade criada pela superstição, menos podem realmente viver a beleza, a realização, a


abundância, o amor, a alegria, a paz, o êxtase.

Os devaneios são em geral engendrados por um ego diminuído, não pelo desejo que vem do eu
superior, do espírito interior. Assim, nesses sonhos um ego diminuído busca um remédio falso
contra a diminuição do ego. Em um devaneio, por exemplo, vocês não se vêem exercendo uma
vocação produtiva para contribuir alegre e significativamente para a vida. Vocês não se vêem bem-
or
sucedidos e prósperos pelo simples prazer de desfrutar os frutos de seu trabalho como uma
expressão válida da vida. Vocês sonham em ser alguém importante para impressionar os outros --
talvez sua família, talvez aqueles que os diminuíram.
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Contudo, mesmo essas gratificações do ego que vocês vivenciam nos devaneios e sonhos contêm
facetas originais do real valor. O valor de sua dignidade é um fato que vocês buscam e que
costumam deslocar para o nível limitado do ego. Vocês confundem essa dignidade com o orgulho
mesquinho do ego. O verdadeiro valor de seu espírito interior busca um preenchimento
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enriquecedor de amor, abundância, amizade, comunicação e até mesmo reconhecimento e respeito.


Mas no sonho que vocês sonham acordado, tudo vem como se fosse um conto de fadas que não
convence, e no qual vocês não conseguem acreditar.
Pa

Muitos de vocês observaram no decorrer do trabalho do caminho, que no início vocês ainda
conservavam o hábito significativo de se deixar levar pelos devaneios. Talvez até sem perceber
realmente, ou sem mesmo tentar parar, vocês perderam a vontade de devanear. Quanto mais vocês
lidam com a realidade de seu ser, mais real se torna a vida, menor a tentação de devanear, de fabricar
situações em que os sonhos impossíveis se realizem. Mesmo assim, muitos de vocês verão que, ao
menos em algumas áreas da vida, esse hábito persiste. Onde isso acontecer, olhem mais fundo e
descubram onde é que também se deixam levar por superstições negativas. Ao investigar esse tipo
de pensamento, talvez vocês se descubram esperando que, de forma muito sutil, chegará alguém
para lhes dar toda a realização sem nenhum esforço da parte de vocês, sem que tenham de remover
obstáculos, sem nem mesmo tentarem ver que os obstáculos para a realização estão dentro de vocês
mesmos. Vocês esperam que essa superautoridade venha lhes assegurar que sim, tudo irá acontecer
conforme seus sonhos, tudo lhes será dado – não conquistado nem adquirido.

O simples fato de identificar esses pensamentos aleatórios e fugazes e sintetizá-los vai fazer com que
vocês percebam como são absurdos e será mais fácil deixá-los de lado. Vocês perceberão que a
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abundância existe, porém apenas se quiserem se dar prodigamente à vida; ofertar seu tesouro interno
de forma tão generosa ao processo total quanto desejam receber abundantemente da vida.

Muitas vezes vocês se deparam com a dificuldade de manter a felicidade e o prazer. O caminho
começou a se preparar e se abrir através de todo o trabalho de purificação que vocês realizaram. À
medida que os resultados pessoais começam a surgir – tanto externa quanto internamente – vocês se
retraem. Isso não é apenas um velho hábito. É também o resultado de ainda estarem
comprometidos com aquela medida de segurança imaginária, a superstição do pessimismo, e,
simultaneamente, aos devaneios em que vocês desejam a felicidade e o prazer sem mudar, sem dar,
sem amar, sem trazer à tona todos os tesouros que existem dentro de sua alma. Exatamente aquilo
que é sua realização, seu tesouro interno, pode criar uma enormidade de outras realizações. Vocês
não liberam o tesouro e, apesar disso, desejam obter os resultados pela via da superstição, do
pessimismo e da confusão entre desejo e realidade. Vocês evitam mergulhar nos poços inexauríveis


que há em vocês e que poderiam enriquecer cada minuto de sua vida.

A enorme mudança e crescimento que já ocorreu em muitos de vocês trouxeram resultados nos
quais vocês ainda não ousam acreditar. Existe muito mais realização, felicidade e prazer na vida de
vocês. Estou falando, porém, daquelas áreas que ainda estão bloqueadas e onde, conseqüentemente,
rejeitam o prazer porque ele dá uma sensação de desconforto. Ao menos agora vocês estão
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completamente cientes disso, o que, é claro, tem uma importância enorme. Esta mensagem pode
ajudá-los a fazer outras associações, para eliminarem todos os obstáculos que venham se interpor à
sua felicidade real – em lugar de sonhar com gratificações. Este material, se usado, observado e
aplicado em vocês mesmos, fará a diferença no trabalho de transformação. Vocês irão realmente,
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como eu havia previsto para este ano de trabalho, se tornar capazes de transformar a crença
negativa, porque perceberão que este é um jogo, em um nível muito sutil. É um truque, foi
concebido como um truque. E ao abrir mão desse truque e ter a coragem de acreditar positivamente
em sua própria riqueza e na intencionalidade positiva de dar dessa riqueza, tanto quanto puderem,
th

vocês criarão a coragem necessária para acreditar no que a vida pode proporcionar de melhor.

Meus queridos amigos, vocês, nesta comunidade de seres humanos, estão realizando uma tarefa
importantíssima e nobre. Os processos criativos do universo dependem de cada entidade individual,
Pa

contam com elas. Mesmo o menor dos esforços de boa vontade dentro de vocês, cada intenção de
ser verdadeiro, de enfrentar a verdade, de confrontar o que há de pior em vocês e transformá-lo no
melhor, como era originalmente, soma-se ao grande reservatório de forças criativas que fluem e se
impregnam cada vez mais em todas as manifestações da vida. Cada passo em direção a seu próprio
crescimento não contribui apenas para a felicidade e a realização de vocês, por mais importante que
isso seja, mas também é uma força poderosa, como uma energia atômica, um núcleo que se espalha
e se multiplica como tantos outros núcleos criados por vocês e por outros, de forma que a força de
Cristo ganha um ímpeto cada vez maior.

Meus queridos amigos, vamos agora às perguntas.

PERGUNTA: Esta palestra se aplica muito ao que estou vivendo atualmente. Parece quase um
milagre. Estou começando um novo negócio, que parece muito positivo. Parece que vai ser um
sucesso. Eu bloqueei tanto do aspecto positivo e, mesmo assim, está acontecendo algo de muito
bom. E agora que isto está acontecendo, eu me vejo muito voltado para meu ego. Pego-me
pensando que sou melhor que os outros. Gostaria que comentasse sobre isso.
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RESPOSTA: Esta é, naturalmente, uma forma de destruição. O que pode fazer, ao descobrir esse
pensamento dentro de si, é formular um outro pensamento, de forma simples, porém firme, sem
forçar. E esse pensamento pode ser: “Não quero me colocar acima dos outros. Se parte de mim tem
esse desejo, eu não quero. Oro para as forças divinas que há em mim para que me ajudem a criar
outro tipo de postura, portanto outra realidade. Se quiser ser melhor do que os outros preciso
também me sentir não merecedor de nenhuma realização. Não sou nem melhor nem pior que os
outros”.

Todos os seres humanos são maravilhosos; maravilhosas manifestações de divindade. Uma flor não
é melhor do que outras flores. Um pássaro não é melhor do que outro. A montanha não é melhor
do que o mar. O pinheiro não é melhor do que o carvalho. Pense em si e em outras pessoas nesses
termos, e afirme sua boa vontade de deixar que os outros sejam o melhor possível para que você


possa ser o seu melhor, para que possa realmente usufruir os frutos de seus esforços e se sentir
merecedor deles.

PERGUNTA: Acho que durante toda minha vida fiz o que você descreveu na palestra, porque não
queria ter frustrações. Mas também achava que era preciso ter. Não consigo suportar não ter. Parecia
incrivelmente importante e, se eu fracassasse, tinha medo não só do fracasso mas do sentido que ele

vejo como me limitava.


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tem. Será que era algo que não era para mim? Eu achava que essa superstição era algo seguro, agora

RESPOSTA: Sim. A postura mais produtiva com relação à possibilidade de não realizar o desejo
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desta forma agora seria algo assim: “Se tal e tal desejo não for realizado agora, tenho a coragem de
me confrontar e descobrir o significado”. O significado não é algo mau, não implica que você não
mereça aquilo, ou que haja algo terrível a temer. Pode significar muitas coisas. Pode significar que
existem certos obstáculos internos que você precisa conhecer, não só para esta realização em
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particular mas, mais importante, para o bem de seu desenvolvimento total, como entidade, para que
possa se tornar inteiro, totalmente unificado. Diga o seguinte, “Tenho dentro de mim tudo o que é
preciso; inteligência, abertura, disposição para aprender”. Este aprendizado pode ser uma
experiência gloriosa. Se tal e tal coisa não acontecer agora exatamente desta forma, aquilo que irá
Pa

fazê-lo feliz e completo e que irá contribuir para a sua vida e para a vida de seus entes amados
poderá e irá acontecer de outra forma que poderá, talvez, lhe parecer muito mais desejável, um
pouco mais tarde talvez. Se você buscar a verdade de seu estado potencial e afirmar “Posso agüentar
uma frustração momentânea e fazer disso um degrau; não preciso temer que isso não aconteça
agora, desta maneira. Há muitas outras maneiras”. Com esta postura você criará um clima interno de
descontração e os resultados a serem alcançados não serão mais uma questão de vida ou morte o
que causa não só uma tensão e pressão intoleráveis, mas costuma também bloquear a realização de
seu desejo. Esta seria a postura promotora de crescimento, que deixaria você livre; que lhe permitiria
acreditar no melhor e não temer que as coisas não aconteçam exatamente como você quer e quando
quer; que isso não significa que você é mau e que a vida é toda má. Aí, talvez, as coisas até
aconteçam da forma que você espera. Mas se não acontecerem, não será uma catástrofe, você
ganhará algo pelo fato de as coisas não acontecerem assim. Serão abertas as portas para grandes
descobertas a seu respeito, o que é infinitamente mais proveitoso do que poderia ser a mera
realização de seu desejo.
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PERGUNTA: A respeito de uma palavra que você usou e com a qual tenho dificuldade – a palavra
coragem– você poderia falar um pouco mais sobre quais são os elementos da coragem e onde ela
pode estar representada no corpo?

RESPOSTA: Sim. Em primeiro lugar, os elementos da coragem são, por exemplo, ter a capacidade
de vivenciar a dor, o desapontamento, a frustração – a disposição de aprender com isso e usar esta
experiência como um limiar. Isso é coragem. Coragem é arriscar tudo e não ficar sempre com um pé
atrás, com uma possibilidade de escapar pela porta de trás, sem se aventurar completamente em uma
nova situação. Isto é coragem. Amar é ter coragem porque a pessoa amada nem sempre responderá
de acordo com o desejo e a vontade de quem ama. Dar é ter coragem, porque o coração mesquinho
ainda acredita, posicionado que está na antiga superstição da negatividade, que quando a pessoa dá,
ela perde e que ninguém lhe dá nada. Portanto é corajoso arriscar, descobrir que isso talvez não seja
assim. É corajoso arriscar e descobrir que talvez quando a pessoa começa a agir desta maneira, as


coisas parecem ser assim. E mais coragem ainda é não desanimar.

Em que parte do corpo você pode sentir a coragem? Em todo o corpo, da mesma maneira que
vocês sentem amor em todo o corpo; pois a coragem é parte essencial do amor. Cada célula e cada
poro vibram e repercutem todas as atitudes divinas que vocês conseguirem adotar e deixar que se
expressem através da sua mente, através de sua vontade, através de sua alma, portanto, através de
todo seu corpo. or
Meus queridos, responderei mais perguntas na minha mensagem especial de Natal.
w
Gostaria de encerrar este encontro com uma oração que o Deus que há em vocês expressa. Como já
fizemos antes, peço que ouçam seu Deus interior e escutem as palavras que ressoam dentro de si.
th

Enquanto eu digo as palavras, captem o eco que vem de dentro. Isso lhes ajudará a sintonizar seu
ouvido interior à voz de Deus, preenchendo-os com mensagens como estas:
Pa

“Estou trabalhando através de você.


Estou em todos os seus pensamentos,
se Me escutar.
Estou em tudo o que você vê,
se quiser Me ver em tudo o que há ao seu redor.
Estou em todas as palavras que você fala,
se quiser que Me expresse através de você.
Estou em todas as suas ações,
se esse for seu propósito.

E como sou e Me manifesto através de você, você


redescobre a vida em novos termos. Verá que a
vida é uma unidade gloriosa, onde nada há
a temer. O que há a temer se Me descobrir?
O que há a temer se você se identificar Comigo?
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Saiba que você sou Eu. E portanto você nunca morrerá.


Dê aquilo que é você agora, em seu pensamento, em seu
ser, em suas percepções para Mim. Ao se dar a Mim
você será eterno”.

Escute seu interior por alguns momentos, enquanto permaneço com vocês.

Sejam fartamente abençoados, meus amigos queridos.

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