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3 x & < CAPITULO 3 3 As praticas experimentais ; No ensino de Fisica Anna Maria Pessoa de Grvalho Le Ele vrenbnis pe Endre ° goes wre oF D esde 0 sécuto XIX as aulas préticas experin Planejamento do ensino de Fis ola média (Lanetta et al 2007) tendo por objetiv direto com os fenéme: de laboratérios” ou dhicas tém sido utilizados para de- © a conducao das atlas de Ja tro: desde aliameni Ln Erevatpo, A I9-hogfena ¢ 5A — FB. « SxePulp, Conegrage. earning , 2010, x 53 § 2 ° 2 é SO OS professores tém fami- CaevarHo, Brae 1. , fh tarem uma ampla variagdo 3 & de Bibicos ore Ag ok. z z 2 z f 8 5 2 Ensino de Fisica traduz em aulas extremamente estruturadas com gui ceitas de cozinha’, Nessas aulas, os alunos seguem planos de traba~ Iho previamente elaborados, entrando nos laboratérios somente para seguir os passos do guia, onde o trabalho do grupo de alunos se ca racteriza pela divisio das tarefas e muito pouco pela troca de ideias significativas sobre o fendmeno estudado. Nas décadas de 1960 e 1970, no século XX, a concepgao das ati- vidades experimentais no ensino de Fisica teve, pelo menos parcial- ‘mente, uma mudanga com o aparecimento dos projetos de ensino de Fisica ~ 0 Physical Science Study Committee (PSSC), que foi traduzi- co ¢ implementado no Brasil ¢ « Projeto de Ensino de Fisica (PEF) (Carvalho, 1973), Nesses projetos, as aulas experimentais foram pla- nejadas como um lugar de investigacao, visando o desenvolvimento de problemas experimentais. Muitas pesquisas sobre 0 ensino ¢ a aprendizagem nos laborat6: ros diddticos foram desenvolvidas nesta época, ¢ dentre elas pode- mos destacar a de Pella (1969). Este nesquisador, analisando como 0 ensino de Ciéncias (Fisica, Quimica e Biologia) estava sendo apresen- tado aos alunos pelos professores e pelos materiais didaticos, fez uma grande pesquisa nos manuais de laboratério e nas préprias aulas de Cigneias do Ensino Médio, procurando determinar o possivel grau de liberdade intelectual que 0s professores proporcionavam a seus alu- nos. Para a anélise de seus dados, Pella construiu uma tabela (veia a seguir} na qual classificava em cinco graus a liberdade intelectual que © professor e/ou 0 material didético ofereciam aos alunos. 0 gtau I de liberdade, quando 0 aluno s6 tem a liberdade inte- lectual de abter dadas, caracteriza bem a aula tipo “receita de cozi- nha’. © problema, as hipéteses, o plano de trabalho e as proprias conclusdes sobre 0s dados a ser obtidos ja esto propostos. Essas au- las, muito mais comuns do que desejariamos, sao encontradas até hoje em nossas escolas e manuais de laboratérios. Infelizmente, o que muitas vezes encontramos nos manuais fica aquém da proposta de Pella ~ seria um grau zero (2) -, pois sequer 0 problema ¢ as hipéteses sao apresentados nos textos. Estes descre- do tipo “re- CAPITULO. As prtieas experiments no ensno de Fisica Tabela 3.1. Graus de iberdode do professor /aluna em aulas de laboratério Gaur | cea | een | eens] ev Fora ? fete [Hees [epee [a Pinedo wba x] Onendoseanios] A [A | a | aa coats |e | a] « [as [a] vers a proposta teérica do experimento e passam diretamente (sem 2 discussao das hip6teses) para o plano de trabalho que os alunos devem executar. Nesses casos, a5 conclusies jé estao dadas ~ tem de se provar que a teoria esid certa, Parece-nos légico, para essa prética, que 05 alunos "cozinkem™ os dados. O que realmente os alunos aprendem em anos desse tipo de aulas de laboratério é como dividir tarefa entre os participantes do grupo de trabalho e como “corinhar” ddados para alcancar os resultados esperados ¢ tirar boas notas. O grau It de liberdade é caracterizado por dar aos alunos a lberda-

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