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Petrópolis
2017
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO
ENGENHARIA MECÂNICA
Professor Orientador:
José Cristiano Pereira, D.Sc.
Petrópolis
2017
Aluno: Renan Carlos de Oliveira Ventura Matrícula: 11510498
AVALIAÇÃO
AVALIADO POR:
___________________________________
Prof. D.Sc. Alexandre Scheremetieff Júnior
Coordenador
VENTURA, Renan Carlos de Oliveira. Análise de riscos no processo de radiografia
industrial utilizando as ferramentas de Analytic Hierarchy Process (AHP) e Bayesian Belief
Networks (BBN). Universidade Católica de Petrópolis. Centro de Engenharia e Computação.
Petrópolis, 2017.
RESUMO
Key words: Risk Analysis; Analytic Hierarchic Process; Bayesian Belief Networks.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 1
1.1. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ..................................................................................... 2
1.2. OBJETIVOS ................................................................................................................. 3
1.2.1. Objetivo geral ....................................................................................................... 3
1.2.2. Objetivo específico ............................................................................................... 3
1.3. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ..................................................................................... 4
1.4. JUSTIFICATIVA E IMPORTÂNCIA ........................................................................... 4
1.5. ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................... 4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................... 6
2.1. RISCOS ........................................................................................................................ 6
2.1.1. Gestão de riscos .................................................................................................... 7
2.1.2. Análise de riscos ................................................................................................... 8
2.1.3. Fatores de risco .................................................................................................... 9
2.1.3.1. Ameaça ................................................................................................................... 9
2.1.3.2. Vulnerabilidade .................................................................................................... 10
2.1.3.3. Condição predisponente ....................................................................................... 10
2.1.3.4. Probabilidade ........................................................................................................ 10
2.1.3.5. Impacto ................................................................................................................. 11
2.1.3.6. Modelo de risco .................................................................................................... 11
2.2. RADIOGRAFIA INDUSTRIAL .................................................................................. 12
2.2.1. Materiais e equipamentos .................................................................................. 13
2.2.1.1. Fontes e Equipamentos de Raio X ...................................................................... 13
2.2.1.2. Telas intensificadoras de imagens (Ecrans) ....................................................... 15
2.2.1.2.1. Telas de chumbo ............................................................................................... 15
2.2.1.2.2. Telas fluorescentes ........................................................................................... 16
2.2.1.2.3. Telas fluormetálicas ......................................................................................... 17
2.2.1.3. IQI ......................................................................................................................... 18
2.2.1.4. Filme radiográfico ................................................................................................ 19
2.2.2. Técnica Radiográfica ......................................................................................... 20
2.2.2.1. Síntese do processo de radiografia industrial ..................................................... 21
2.3. ANALYTIC HIERARCHY PROCESS (AHP) ................................................................. 24
2.3.1. Aplicação do método de AHP ............................................................................ 25
2.4. REDES BAYESIANAS ............................................................................................... 29
2.4.1. Estrutura das Redes Bayesianas ........................................................................ 30
2.4.2. Propriedades Markovianas ................................................................................ 30
2.4.3. Independência condicional ................................................................................. 31
2.4.4. D-separação ........................................................................................................ 33
2.4.5. Método geral para a construção de uma rede bayesiana .................................. 34
3. METODOLOGIA ...................................................................................................................... 36
3.1. PESQUISA DE CAMPO ............................................................................................. 36
3.2. ANÁLISE QUALITATIVA ......................................................................................... 37
3.3. ANÁLISE QUANTITATIVA ...................................................................................... 38
4. RESULTADOS ........................................................................................................................... 40
4.1. DADOS DA PESQUISA DE CAMPO ......................................................................... 40
4.2. APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS PROBABILÍSTICAS ....................................... 43
4.2.1. Aplicação de BBN ............................................................................................... 43
4.2.2. Aplicação do AHP .............................................................................................. 48
4.3. DEFINIÇÃO DA ETAPA DO PROCESSO MAIS CRÍTICA ....................................... 51
5. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 54
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 57
DEDICATÓRIA
Dedico em primeiro lugar à minha família. Aos meus pais, Luiz Carlos e Fátima,
por terem lutado por mim quando eu ainda era uma criança e hoje lutam junto de mim para
que eu consiga alcançar os meus sonhos e metas. Também por terem me propiciado uma
formação e educação digna que me foi dada. Dedico também a minha irmã Laís, por ter me
proporcionado a alegria de ter uma criança na minha vida, o meu sobrinho Enzo. Muito
mais que a alegria, me concebeu a honra de ser o padrinho dele.
Dedico por fim, e não menos importante, aos amigos e demais familiares que
compreenderam a minha ausência durante esse período e contribuíram, cada um à sua
maneira, para a conclusão do meu curso.
AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiramente, a Deus por tudo. Que toda as honras e glórias sejam
dadas à Ele e somente à Ele. Obrigado, Senhor, por ter chegado até aqui e por ter me dado
forças e coragem para enfrentar e superar cada desafio que apareceu durante esta jornada.
Agradeço aos amigos de classe da universidade, sim amigos, pois levarei cada
momento que vivemos ao longo desses anos para sempre na memória. Obrigado por terem
feito parte dessa etapa.
Agradeço professor Eduardo Ramos e ao Eng. Ricardo Cardoso por terem aceitado
o convite para compor a banca examinadora do trabalho que se segue.
Por fim, um agradecimento especial ao meu orientador, chefe e amigo, Doutor José
Cristiano Pereira. Obrigado pelo auxílio, com conselhos e orientações, para que eu obtivesse
êxito no término deste trabalho.
"O Senhor é minha luz e minha salvação, a quem
temerei? O Senhor é o protetor de minha vida, de quem
terei medo?"
Salmos, 26-1
ÍNDICE DE FIGURAS
Existem inúmeros métodos de END, alguns mais simples como a inspeção visual,
no caso de falhas superficiais não visíveis são usados os processos de líquido penetrante e
partículas magnéticas, e também há casos em que as falhas são internas a peça, assim pode-
se utilizar os processos de ultrassom e radiografia industrial (RI).
1.2.1.Objetivo geral
Em aspectos gerais, este trabalho tem como premissa propor um modelo para
auxiliar a todos envolvidos em ensaios não destrutivos de radiografia industrial a obterem
melhores resultados em seus testes, buscando assim maior qualidade e segurança aos
produtos/peças testados. A aplicação do método de AHP e BBN ajudou a esclarecer quais
são os principais riscos advindos deste END.
1.2.2.Objetivo específico
3
1.3. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
Este estudo é voltado para a análise hierárquica dos riscos operacionais advindos
do processo de radiografia industrial; e a tentativa de proposta de uma solução para os
mesmos, ou a criação de barreiras que diminuam a ocorrência do mesmo.
5
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. RISCOS
Por norma, a definição padronizada para risco, segundo a ABNT ISO GUIA
73:2009 (2009), é:
1.1 Risco
Efeito da incerteza nos objetivos
NOTA 1 Um efeito é um desvio em relação ao esperado – positivo e/ou
negativo.
NOTA 2 Os objetivos podem ter diferentes aspectos (tais como metas
financeiras, de saúde e segurança e ambientais) e podem aplicar–se em
diferentes níveis (tais como estratégico, em toda a organização, de projeto,
de produto e de processo).
NOTA 3 O risco é muitas vezes caracterizado pela referência aos eventos
(3.5.1.3) potenciais e às consequências (3.6.1.3), ou uma combinação
destes.
NOTA 4 O risco é muitas vezes expresso em termos de uma combinação
de consequências de um evento (incluindo mudanças nas circunstâncias) e
a probabilidade (likelihood) (3.6.1.1) de ocorrência associada.
NOTA 5 A incerteza é o estado, mesmo que parcial, da deficiência das
informações relacionadas a um evento, sua compreensão, seu
conhecimento, sua consequência ou sua probabilidade. (ABNT ISO
73:2009)
6
2.1.1. Gestão de riscos
Figura 2 - Avaliação de risco dentro do processo de gerenciamento de riscos. Fonte: Adaptado de NIST, 2012.
A norma ABNT NBR ISO 31000 (2009) define suscintamente a avaliação de riscos
como o processo global de identificação de riscos, análise de riscos e avaliação. Já a norma
ANSI/ASIS/RIMS RA.1 (2015), uma avaliação de risco fornece a base analítica para a
gestão de riscos. Desta forma os responsáveis pela avaliação de risco devem seguir uma
abordagem estruturada para analisar fatos relevantes, observações e possíveis resultados.
Uma avaliação de risco abrangente é projetada para considerar a visão da organização,
missão, valores e cultura, bem como objetivos estratégicos e táticos. Pode considerar os
8
objetivos e atividades mais amplos de uma organização ou algumas metas e objetivos
específicos, mas em todos os casos ele avalia o que pode afetar a realização destes, tanto
positivamente quanto negativamente. Utilizando uma abordagem lógica, estruturada e
consistente para avaliar o risco, as pessoas responsáveis pela tomada de decisões podem
selecionar sistematicamente as escolhas possíveis baseadas na razão e na melhor informação
disponível.
2.1.3.1. Ameaça
9
2.1.3.2. Vulnerabilidade
2.1.3.4. Probabilidade
10
As organizações utilizam um processo de três etapas para determinar a
probabilidade geral de eventos de ameaça: (i) avaliar a probabilidade de que eventos de
ameaça sejam iniciados ou ocorrerão; (ii) avaliar a probabilidade de que os eventos de
ameaça, uma vez iniciados ou ocorrendo, resultarão em impactos adversos ou danos às
operações organizacionais e ativos, indivíduos, outras organizações ou a Nação; (iii) avaliar
a probabilidade geral, como uma combinação de probabilidade de início e/ou ocorrência, e
a probabilidade de resultar em impacto adverso à organização. (Cf. NIST, 2012).
2.1.3.5. Impacto
11
Figura 3 - Modelo de risco genérico com os principais fatores de risco. Fonte: Adaptado de NIST, 2012.
12
materiais orgânicos e inorgânicos; e a sólidos, líquidos e até mesmo gases. A execução do
teste pode variar do exame ocasional de uma ou várias peças, para o exame de centenas de
espécimes por hora. (Cf. Quinn & Sigl, 1980).
No processo de RI, são utilizadas duas fontes de radiação: Raios X e raios gama.
Essencialmente, eles são os mesmos, ou seja, radiação eletromagnética, sendo a diferença a
forma como são produzidos. De toda forma, a questão abordada por esse trabalho se
restringe aos Raios X.
Os raios X destinados ao uso industrial são produzidos por um gerador de feixes de
Raios X, este consiste em um gerador de tensão variável, um tubo de Raios X e um painel
de controle (Cf. Rolls Royce, 2016). A Figura 4 mostra um típico tubo de Raios X.
Segundo Andreucci (2013), a geração dos Raios X acontece em uma ampola de vidro
(ou cerâmica), denominada tubo de Coolidge, que possui duas partes: o ânodo e o cátodo.
13
O ânodo e o cátodo são submetidos a uma tensão elétrica da ordem de milhares de Volts
[kV], sendo o polo positivo ligado ao ânodo e o negativo ao cátodo. Nesta configuração, o
ânodo é uma pequena peça fabricada em tungstênio (devido ao seu alto ponto de fusão), que
também pode-se denominar alvo. Já o cátodo é um pequeno filamento, assim como uma
lâmpada incandescente, por onde passa uma corrente elétrica da ordem de milampères
[mA].
Quando o tubo de Coolidge é ligado, a corrente elétrica que passa filamento, este se
aquece e passa a emitir espontaneamente elétrons que são atraídos e acelerados em direção
ao ânodo (alvo). A interação entre os elétrons emitidos com os átomos de tungstênio
desacelera repentinamente os elétrons, transformando a energia cinética adquirida em Raios
X. (Cf. Andreucci, 2013).
Em Rolls Royce (2016), apresenta-se os três parâmetros principais para controlar um
feixe de Raios X:
14
2.2.1.2. Telas intensificadoras de imagens (Ecrans)
Segundo a norma ASTM E 1316-17 (2017), estas telas são um material que
converte parte da energia radiográfica em luz ou elétrons, e quando em contato com um
filme durante esta exposição, aumenta a qualidade das radiografias, ou reduz o tempo de
tempo de exposição necessário durante a radiografia, ou até mesmo surtindo os dois efeitos.
Três são os tipos de telas mais comuns: chumbo, fluorescente e fluormetálica.
As telas de chumbo, sob o impacto dos Raios X, emitem elétrons os quais o filme
é sensível. No processo de RI, este efeito é utilizado quando um filme é colocado entre duas
placas de chumbo para se conseguir um efeito intensificador (Figura 5). Este método é
utilizado dentro de uma gama de energia entre 80 keV a 420 keV. (Cf. GE Inspection
Technologies, 2007).
Figura 5 - Diagrama estrutural e funcional para uma tela de chumbo. Fonte: Fujifilm, 2009.
15
2.2.1.2.2. Telas fluorescentes
Figura 6 - Diagrama estrutural e funcional para uma tela fluorescente. Fonte: Fujifilm, 2009.
16
2.2.1.2.3. Telas fluormetálicas
Figura 7 - Diagrama estrutural e funcional para uma tela fluormetálica. Fonte: Adaptado de Fujifilm, 2009.
17
2.2.1.3. IQI
Os IQIs (do inglês Image Quality Indicators), são peças de teste que indicam a
qualidade da imagem obtida pela radiografia. Estes itens são utilizados como um auxílio na
interpretação da imagem radiografada, quando se faz necessário um detalhado e pre ciso
exame. (Cf. Fujifilm, 2009).
Andreucci (2013) apresenta os IQIs como uma pequena peça confeccionada com
um material radiograficamente similar ao material da peça testada, apresentando forma
geometricamente simples e que contém algumas variações de forma bem definidas, como
furos ou entalhes.
18
Figura 9 - Modelo de IQI de placa com furos. Fonte: ASTM E 1025–11 (2015).
Andreucci (2013) explica que os filmes radiográficos são compostos por uma
emulsão e uma base. A emulsão é uma camada muito fina (espessura de até 0,025 mm) de
gelatina, que contém em seu interior, um grande número de minúsculos cristais de brometo
de prata (AgBr). Esta emulsão é colocada sobre um suporte, denominado base, que é feito
geralmente de um derivado de celulose, transparente e de cor azulada. A figura 10 apresenta
uma ilustração da estrutura de um filme radiográfico.
19
Figura 10 - Estrutura de um filme radiográfico. Fonte: Fujifilm, 2009.
20
Segundo Mix (2005), na radiografia a formação de sombras ou a falta de nitidez
das imagens na película estão relacionadas com o tamanho da fonte, a distância entre a fonte
e a peça, e a distância entre a peça e o filme. Além disso, a distorção geométrica ou uma
mudança na forma da peça no filme resultará se o filme não estiver posicionado
corretamente em relação ao feixe de energia. A dispersão de Raios X também pode causar
sombras ou falta de nitidez no filme.
Mix (2005) apresenta algumas condições ideais para que a qualidade e a nitidez das
radiografias sejam grandemente melhoradas:
O foco deve ser o menor possível. Idealmente deve ser uma fonte pontual;
A fonte deve estar o mais afastado possível da peça, obtendo uma penetração
adequada.
O filme de Raios X deve estar o mais próximo possível da peça radiografada;
Os raios de origem devem estar perpendiculares à superfície do filme;
O plano da peça e o plano do filme devem ser paralelos.
O tamanho, a forma e a localização de uma falha ou defeito numa peça podem ser
determinados pela radiografia da mesma a partir de ângulos diferentes, perpendiculares às
suas superfícies externas. Deslocar uma a fonte a distâncias iguais em duas direções a partir
da posição original é conhecida como "método de paralaxe para triangulação" de falhas e
defeitos. (Cf. Mix, 2005).
A peça a ser testada, antes de tudo, deve ser devidamente limpa e inspecionada
visualmente e todas as imperfeições de superfície são anotadas. Prepara-se um filme
radiográfico adequadamente selecionada, normalmente intercalada entre as telas de
intensificação e inserido num cassete à prova de luz. A fonte de radiação, a peça e o filme
são dispostas como mostrado na Figura 11. Indicadores de qualidade de imagem (IQI) e
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letras e números de identificação de chumbo também são colocados no lado da fonte da
amostra de teste (estas letras e números darão posteriormente maior rastreabilidade as
chapas reveladas). A partir de uma tabela de exposição (previamente preparada por um
Inspetor de Radiografia nível 3) para o material da amostra de teste, é determinada a energia
das radiações a serem utilizadas e a exposição (intensidade de radiações x tempo) a ser dada.
Em seguida, a exposição é feita. Após a fonte de radiação ter sido desligada, o cassete de
filme é removido e levado para a sala escura (Cf. IAEA, 1999).
Figura 11 - Organização da fonte, peça e filme numa típica configuração de radiografia industrial. Fonte: Adaptado
de IAEA, 1999.
22
Posteriormente a fixação é realizado o processo de lavagem do filme. Os melhores
resultados são obtidos com a temperatura por volta de 20ºC. Se houverem altos valores para
a mesma, é possível causar efeitos danosos ao filme, assim como valores baixos poderão
reduzir a eficiência (Cf. Andreucci, 2013). A lavagem é muito lenta abaixo dos 16° C.
Quando se utiliza temperaturas acima de 30° C, deve-se ter cuidado para não deixar filmes
na água por muito tempo. Os filmes devem ser lavados em lotes, sem que haja contaminação
de novos filmes trazidos do fixador. (Cf. ASTM E94-04, 2010).
Um quinto banho é recomendável após a lavagem. Onde o filme deve ser imerso
durante aproximadamente 30 segundos num agente que torna a drenagem da água uniforme
fora do filme, o que facilita a secagem rápida e uniforme. A secagem pode variar desde a
secagem com ar parado variando da temperatura ambiente até 60° C com o ar circulado por
um ventilador. Os fabricantes de filmes devem ser novamente contatados para as condições
de secagem recomendadas. Tome precauções para apertar o filme em cabides, para que ele
não pode tocar no secador. Quando utilizada uma temperatura muito quente de secagem em
baixa umidade, pode resultar em secagem irregular e deve ser evitada. (Cf. ASTM E94-04,
2010).
23
2.3. ANALYTIC HIERARCHY PROCESS (AHP)
Saaty (2008) argumenta que usar julgamentos tem sido considerado uma prática
questionável quando se tem como padrão ser objetivo. Mas uma pequena reflexão mostra
que mesmo quando os números são obtidos a partir de uma escala padrão e são considerados
objetivos, sua interpretação é sempre subjetiva. É preciso validar a ideia de que usar
julgamentos para derivar valores tangíveis para proporcionar maior credibilidade ao uso de
julgamentos quando intangíveis estão envolvidos.
24
2.3.1. Aplicação do método de AHP
Figura 13 - Estrutura Hierárquica para Tomada de Decisão em três níveis Fonte: Adaptado de Saaty, 1990.
25
adição até que as prioridades finais das alternativas no nível mais baixo sejam
obtidas.
27
Tabela 2 - Tabela de relação de consumo de bebidas nos Estados Unidos. Fonte: Saaty, 2008-A.
Figura 14 - Fluxo básico da aplicação do Método AHP. Fonte: Adaptado de Bonatti, 2015.
28
2.4. REDES BAYESIANAS
Fenton e Neil mostram que os desafios são igualmente agudos quando a fonte do
risco é novidade: ataques terroristas, desastres ecológicos, grandes falhas de projeto e falhas
mais gerais de sistemas, processos, mercados e modelos de negócios novos. Mesmo que
haja pouco ou nenhum dado histórico, muitas vezes há uma abundância de julgamentos,
bem como diversas informações e dados sobre riscos indiretamente relacionados. Estes são
os tipos de situações que podem ser abordadas com sucesso usando as Redes Bayesianas
(RBs), mesmo quando as abordagens orientadas por dados para avaliação de risco não são
possíveis. (Cf. Fenton & Neil, 2014).
Uma Rede Bayesiana (RB) é uma estrutura gráfica que permite representar e
raciocinar sobre um domínio incerto. Os nós em uma rede bayesiana representam um
conjunto de variáveis aleatórias do domínio. Um conjunto de arcos (ou links) conecta pares
de nós, representando as dependências diretas entre variáveis. Assumindo variáveis
discretas, a força da relação entre variáveis é quantificada por distribuições de probabilidade
condicional associadas a cada nó. A única restrição nos arcos permitidos em um a RB é que
não deve haver ciclos direcionados: você não pode retornar a um nó simplesmente seguindo
os arcos. Tais redes são chamadas de gráficos acíclicos dirigidos. (Cf. Korb & Nicholson,
2004).
29
2.4.1. Estrutura das Redes Bayesianas
30
entre as variáveis (nós) de uma Rede Bayesiana que já não estejam explícitas através da
apresentação orientada dos arcos, ou seja, cada variável possui dependência direta apenas
de sua (s) variável (eis) pai.
Pode-se dizer que uma Rede Bayesiana é um par (ξ, θ) definido sobre um conjunto
de variáveis aleatórias X = {X1, X2...XK}, onde cada Xi corresponde a uma variável da rede,
satisfazendo a propriedade de Markov:
Cadeias Causais (Figura 16) – Considerando uma cadeia causal de três nós,
onde A causa B, que por sua vez, causa C. A probabilidade de C, dado B, é
31
exatamente a mesma que a probabilidade de C, dada a B e A. Saber que A
ocorreu não faz diferença para nossas crenças sobre C, se já sabemos que B
ocorreu. Nós também escrevemos essa independência condicional como:
A ╨ C | B.
Figura 16 - Representação de cadeia causal. Fonte: Adaptado de Korb & Nicholson (2004).
Causas Comuns (Figura 17): Duas variáveis, A e C, com uma causa comum
B estão representadas. As causas comuns dão origem à mesma estrutura de
independência condicional que as correntes:
(3)
Figura 17 - Representação de causa comum. Fonte: Adaptado de Korb & Nicholson (2004).
Efeitos Comuns (Figura 18): são representados por uma estrutura de rede
em v. Representando uma situação em que um nó possui duas causas. Os
efeitos comuns (ou seus descendentes) produzem a estrutura de
independência condicional exata, oposta à das cadeias e causas comuns. Ou
32
(4)
Figura 18 - Representação de efeito comum. Fonte: Adaptado de Korb & Nicholson (2004).
2.4.4. D-separação
Ainda segundo Korb & Nicholson (2004), esses conceitos aplicam-se não apenas
entre pares de nós, mas também entre conjuntos de nós. De forma mais geral, dada a
propriedade de Markov, é possível determinar se um conjunto de nós X é independente de
33
outro conjunto Y, dado um conjunto de nós de evidências E. Para fazer isso, é realizada a
d-separação.
A construção de uma Rede Bayesiana não é tão simples, além de existir vários
métodos para a estimação de estruturas de rede através do conjunto de dados, os métodos
podem ser influenciados por fatores como a ordem e escolha das variáveis que compõem o
problema.
Pearl (1988) criou um algoritmo baseando-se nas propriedades (1) e (2), no qual,
dado um conjunto de variáveis discretas ordenadas, constrói uma Rede Bayesiana única,
adicionando às variáveis a rede em sua ordem e acrescentando arcos para a formação da
estrutura. Assim, cada variável é conectada às variáveis antigas da rede, o que garante que
a estrutura seja sempre acíclica.
Para uma Rede Bayesiana ser adequada, ela deve ser perfeita, ou seja, todos arcos
devem expressar corretamente as dependências entre as variáveis. Desta forma, é fácil notar
que para a construção de uma Rede Bayesiana devemos escolher uma ordem correta para
as variáveis, pois diferentes ordens podem gerar Redes Bayesianas diferentes. Desta forma,
Korb e Nicholson (2004) sugerem que primeiramente consideremos as variáveis possíveis
a serem raízes e suas variáveis independentes, a seguir as demais variáveis.
34
O capítulo seguinte descreve a metodologia utilizada neste trabalho. A forma como
os dados foram obtidos e a aplicação das ferramentas probabilísticas para seja possível
dimensionar o impacto e probabilidade de ocorrência dos riscos no processo de RI.
35
3. METODOLOGIA
Primeiramente buscou-se entender mais sobre o processo de RI e cada uma das suas
etapas. Foi realizada uma visita a um local onde realiza-se o END para que pudesse se
entender o processo de perto. Também foram estudadas normas e literatura técnica para
compreender as particularidades do processo e o procedimento correto de sua execução. Por
fim, no que diz respeito a RI, também foi buscado o auxílio da opinião de especialista da
área.
36
3.2. ANÁLISE QUALITATIVA
A análise qualitativa forneceu uma visão clara do sistema e das relações entre os
elementos do sistema. Primeiramente procurou-se estabelecer uma representação física e
funcional do sistema, para facilitar a compreensão do mesmo; nesta fase foram separadas
cada uma das etapas do processo de RI e seus possíveis riscos foram levantados consultado
as normas vigentes e literatura técnica, também foi buscado auxílio de especialista da área.
37
3.3. ANÁLISE QUANTITATIVA
38
𝑉(𝑎) = ∑𝑛𝑗=1 𝑝𝑗 . 𝑣𝑗 (𝑎) (5)
Onde:
Com o valor em mãos foi possível realizar a hierarquização das etapas e encontrar
a etapa que mais impacta ao processo de RI.
39
4. RESULTADOS
Durante a etapa metodológica, o primeiro passo foi efetuar uma pesquisa sobre as
literaturas científicas e técnicas do processo de Radiografia Industrial. Entendendo-se
melhor a literatura, visitou-se uma instalação de END de RI. Onde foi possível observar
alguns aspectos que a revisão bibliográfica não pôde proporcionar. Com base nos
conhecimentos encontrados nestas duas etapas de familiarização com o processo em questão
deste trabalho, foi possível dividi-lo em nove etapas fundamentais. Para cada uma destas
etapas foram levantados os três principais riscos que possam impactar o processo de RI, e
subsequentemente foram levantados os fatores de risco para cada um dos três principais
riscos.
40
Tabela 3 - Riscos e fatores de risco da etapa 1 do processo de RI. Fonte: Autor.
41
Tabela 7 - Riscos e fatores de risco da etapa 5 do processo de RI. Fonte: Autor.
42
Tabela 10 - Riscos e fatores de risco da etapa 8 do processo de RI. Fonte: Autor.
O primeiro passo para a aplicação de BBN se deu na construção dos diagramas com
o auxílio do Agenarisk. Para cada etapa do processo de RI foi criada um diagrama diferente.
Estes diagramas seguem a mesma hierarquia apresentada nas tabelas do subtítulo 4.1. Na
figura 19 é apresentado o modelo de um destes diagramas.
43
Figura 19 – Modelo de Diagrama de BBN no Agenarisk. Fonte: Autor.
O passo seguinte após a criação dos diagramas foi a inclusão na Rede Bayesiana
de todas as probabilidades a priori dos nós raízes. Em seguida serão especificadas as
relações entre os nós. Lembrando que durante esta pesquisa não foi possível a obtenção de
dados das probabilidades em entrevista com especialistas por motivo de sigilo indu strial,
todas as informações usadas são aquelas disponíveis para o público e já referenciadas neste
trabalho. Portanto estes dados propostos para este modelo foram elaborados pelo autor do
trabalho junto ao orientador.
Após a inclusão dos valores dentro do software, este nos fornece automaticamente
os valores da probabilidade de ocorrência de cada uma das etapas. A seguir na figura 20
segue um diagrama exemplificando o detalhamento de como são apresentados os
percentuais de ocorrência divididos por etapas do processo. Os valores das probabilidades
44
de ocorrência de erros em cada etapa serão apresentados na tabela 12, os demais diagramas
contendo valores serão apresentados no Anexo 1.
45
Etapas do processo
Riscos
Fatores de Risco
Tabela 12 - Probabilidades de ocorrência. Fonte: Autor.
Probabilidade de
Etapas / Riscos / Fatores de Risco ocorrência
FALSO VERDADE
(1) Fazer testes de qualidade dos elementos usados no processo 95,580 4,420
Não realizar calibração de instrumentos e equipamentos 98,802 1,198
Fontes luminosas com especificações acima do requerido, fragilizando o filme 99,999 0,001
Fitas densitométricas/Densímetro fora das especificações e descalibrados 99,999 0,001
Intensidade luminosa do Negatoscópio baixa 99,990 0,010
Não inspecionar equipamentos, instrumentos e consumíveis antes da utilização 97,912 2,088
Filme com qualidade ruim (quebrado, amassado, arranhado, fragilizado) 99,999 0,001
Ecram arranhado/manchada - Aumentando o tempo de exposição ou diminuindo a
99,990 0,010
qualidade da radiografia
Cassete rasgado sensibilizando o filme 99,990 0,010
Não realização da rotina de manutenção dos equipamentos 98,802 1,198
Temperatura da sala de armazenamento de filmes não controlada 99,990 0,010
Umidade da sala de armazenamento de filmes não controlada 99,999 0,001
Não manutenção do equipamento de radiografia causando má qualidade de emissão
99,999 0,001
da fonte de radiação
(2) Seleção dos elementos do ensaio 99,104 0,896
Erro no manuseio do elemento 99,700 0,300
Manchas devido ao não uso das presilhas no manuseio do filme 99,999 0,001
Exposição do filme à luz durante o manuseio antes do ensaio 99,999 0,001
Exposição do filme à radiação durante a armazenagem 99,999 0,001
Desconhecimento do material e densidade da peça/produto a ser radiografada 99,700 0,300
Seleção de IQI de material errado 99,999 0,001
Seleção de tipo de filme errado (espessura e concentração da emulsão erradas) 99,999 0,001
Seleção errada do tipo de tela intensificadora 99,999 0,001
Desconhecimento da espessura da peça/produto 99,700 0,300
Seleção de IQI para uma espessura diferente causando dificuldade na interpretação
99,999 0,001
do resultado
Tempo de exposição curto e intensidade radiográfica 99,999 0,001
Seleção errada do tipo de tela intensificadora 99,999 0,001
(3) Posicionamento dos elementos do ensaio 98,782 1,218
Definição dos parâmetros dos elementos errada 98,990 1,010
Distância Objeto/Filme errada 100,000 0,000
Seleção de IQI errado (espessura/material) 99,990 0,010
Erro na fixação entre elementos 99,790 0,210
Ausência de contato ente o filme e a tela intensificadora 100,000 0,000
Filme e tela intensificadora aderindo entre si 99,999 0,001
Não realizar a fixação e selagem correta do cassete à peça/produto 99,999 0,001
(4) Posicionamento e parâmetros da peça 98,506 1,494
Desconhecimentos dos parâmetros e propriedades da peça 99,700 0,300
Definição equivocada da densidade da área de interesse 99,999 0,001
Desconhecimento do material da peça resultam na utilização de IQI e filmes errados 99,999 0,001
Grandes diferenças na espessura da amostra a ser radiografada podem afetar o
99,999 0,001
contraste
46
Posicionamento errado da peça em relação ao feixe 98,802 1,198
Ângulo do plano do material variar em relação ao feixe 99,999 0,001
Seleção de gabarito errado para suportar a peça 99,990 0,010
Definição da distância fonte/objeto equivocada 99,999 0,001
(5) Preparação e definição de parâmetros da radiografia 93,960 6,040
Desconhecimento das técnicas 98,010 1,990
Não utilização de procedimentos/Instruções/Manuais levando ao erro 99,990 0,010
Falta de treinamento do operador 99,999 0,001
Configuração de parâmetros errados 97,030 2,970
Amperagem fora do que é recomendado (0 e 10 mA) 99,990 0,010
Voltagem fora do recomendado que é entre 50 e 400 kV 99,990 0,010
Tempo de exposição além/abaixo do necessário em função do desconhecimento da
99,990 0,010
amperagem correta
Configuração do foco 98,802 1,198
Parâmetros de foco errado 99,990 0,010
Tamanho do foco pequeno causa superaquecimento 99,999 0,001
Intensidade baixa devido a distância foco-filme 99,999 0,001
(6) Processo de Radiografia 93,866 6,134
Número de posições de radiografia não suficientes para uma boa avaliação 97,912 2,088
Desconhecimento das técnicas de exposição 99,990 0,010
Esquecimento por fatores humanos 99,990 0,010
Má interpretação da instrução de serviço 99,999 0,001
Radiografar área de interesse errada 97,912 2,088
Má interpretação da instrução de serviço 99,990 0,010
Desconhecimento do procedimento radiográfico para o tipo de peça/produto
99,999 0,001
radiografada
Instrução de serviço, ou documento semelhante, confeccionado por profissional não
99,990 0,010
capacitado
Falta de controle de radiação retroespalahada 97,912 2,088
Parâmetros de teste não respeitados 99,990 0,010
Desconhecimento dos valores pré-estabelecidos para o ajuste do equipamento 99,999 0,001
Uso de tela intensificadora inadequada 99,990 0,010
(7) Processamento e revelação do filme 96,012 3,988
Parâmetros não controlados 98,000 2,000
Não controlar pH das soluções 99,990 0,010
Não atender os tempos mínimos ou máximos de cada banho no processo de revelação 100,000 0,000
Não controlar temperatura das soluções 99,990 0,010
Falta de higiene e cuidados na preparação dos banhos 98,000 2,000
Os tanques devem estar limpos e preenchidos com soluções frescas 99,990 0,010
Termômetros e outros acessórios devem ser lavados para não contaminar as soluções 99,990 0,010
Não utilizar acessórios confeccionados em material absorvente ou reagente para a
100,000 0,000
agitação das soluções, evitando contaminação
Método de revelação errado 99,970 0,030
Procedimento de secagem realizado de maneira irregular entre as áreas do filme 100,000 0,000
Não realização da agitação do filme durante a revelação nos primeiros 30 segundos 100,000 0,000
Obter uma distribuição homogênea da solução reveladora em ambos os lados da
100,000 0,000
emulsão, evitando manchas
(8) Inspeção e laudo do produto radiografado 90,883 9,117
Erros de diagnóstico devido ao negatoscópio 97,902 2,098
Área de visualização do negatoscópio suja 99,999 0,001
Intensidade luminosa do Negatoscópio baixa 99,980 0,020
47
Densidade da área de interesse fora do padrão 93,110 6,890
Fitas densitométricas fora das especificações 99,950 0,050
Fitas densitométricas não calibradas 99,990 0,010
Densímetro não calibrado 99,990 0,010
Defeitos causados e etapas anteriores 99,700 0,300
Manchas decorrentes de pequenas gotas de água de uma má secagem 99,999 0,001
Riscos decorrente da manipulação da radiografia durante a preparação e
99,999 0,001
processamento
Dobras no filme decorrentes ao operador forçar o porta filme para se adequar a
99,999 0,001
superfícies curvas ou com raios pequenos
(9) Registro dos resultados 99,700 0,300
Ausência de rastreabilidade, dificultando acesso aos registros 99,999 0,001
Não identificação das informações importantes nas chapas radiografadas 99,999 0,001
Conjunto de letras e números, ou tela fluorescente e papel, disposto de maneira
99,999 0,001
errada
48
Tabela 13 - Matriz de AHP em frações. Fonte: Autor
1 2 3 4 5 6 7 8 9
5 6 4 8 5 1 3 2 7 9
6 4 2 5 3 1/3 1 1/2 5 7
7 5 3 7 4 1/2 2 1 6 8
1 2 3 4 5 6 7 8 9
49
Tabela 15 - Matriz de AHP normalizada e os pesos para cada processo. Fonte: Autor.
Pesos
1 2 3 4 5 6 7 8 9
(Média)
1 0,05 0,03 0,08 0,03 0,06 0,03 0,04 0,07 0,09 0,0535
2 0,14 0,09 0,14 0,12 0,09 0,07 0,07 0,14 0,13 0,1093
3 0,02 0,02 0,03 0,02 0,04 0,03 0,03 0,02 0,04 0,0265
4 0,09 0,04 0,11 0,06 0,07 0,04 0,05 0,10 0,11 0,0768
5 0,27 0,35 0,23 0,31 0,35 0,39 0,42 0,24 0,20 0,3074
6 0,18 0,17 0,14 0,18 0,12 0,13 0,11 0,17 0,16 0,1516
7 0,23 0,26 0,20 0,25 0,18 0,26 0,21 0,21 0,18 0,2187
8 0,02 0,02 0,06 0,02 0,05 0,03 0,04 0,03 0,07 0,0372
9 0,01 0,01 0,01 0,01 0,04 0,02 0,03 0,01 0,02 0,0189
Saaty (1980) assume que a inconsistência dos dados do AHP pode ser inerente ao
comportamento humano. Com isso propõe o cálculo da Razão de Consistência (RC). Para
testar a consistência da resposta, o que indica se os dados estão logicamente relacionados.
Saaty (1980) propõe o seguinte procedimento:
50
a) Calcula-se o autovalor máximo (λmáx);
(λ𝑀á𝑥 −𝑛)
𝐼𝐶 = (7)
(𝑛−1)
𝐼𝐶
𝑅𝐶 = (8)
𝐼𝑅
Logo após os cálculos foi encontrado o valor de RC = 0,036, logo 0,036 < 0,10,
assim mostrando a consistência dos valores apresentados para o modelo proposto.
Nível de
Pontuação Probabilidade
probabilidade
5 Esperado Mais de 80%
4 Muito provável 51% - 80%
3 Provável 31% - 50%
2 Não provável 11% - 30%
Probabilidade
1 Menos de 10%
quase nula
A última etapa do modelo propõe a avaliação do risco com base nos resultados da
análise de risco usando BBN e AHP. A pontuação de probabilidade e de impacto de cada
etapa serão multiplicadas, gerando assim a pontuação de risco. Com a pontuação do risco
52
em mãos, a classe de risco foi determinada usando-se a matriz de pontuação de risco
mostrada na tabela 19.
IMPACTO
Limitado Baixo Moderado Elevado Alto
1 2 3 4 5
Probabilidade quase nula 1 1 2 3 4 5
PROBABILIDADE
Não provável 2 2 4 6 8 10
Provável 3 3 6 9 12 15
Muito provável 4 4 8 12 16 20
Esperado 5 5 10 15 20 25
1-5 Insignificante
6-9 Tolerável
10-16 Indesejável
17-25 Intolerável
53
5. CONCLUSÃO
54
revelação errado (0,03%). Assim, pode-se notar que três fatores se destacam com
probabilidade de ocorrência maior ou igual a 2%. Pode-se notar que, dos riscos
apresentados, a questão do controle dos parâmetros é um fator de extrema importância e
deverão ser criadas garantias de que estes parâmetros estejam dentro de seus limites.
56
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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