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RELATÓRIO

DE GESTÃO
& CONTAS
CONSOLIDADAS
2017
ÍNDICE GERAL RESUMIDO
1 MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO......................................................................................4
2 SONANGOL E.P.....................................................................................................................................................................8

00
2.1 MODELO EMPRESARIAL DA SONANGOL, E.P................................................................................................................10
2.2 GOVERNO CORPORATIVO...............................................................................................................................................14
3 SÍNTESE DO DESEMPENHO................................................................................................................................................18
3.1 SUMÁRIO EXECUTIVO....................................................................................................................................................20
3.2 DESEMPENHO OPERACIONAL – EBITDA.......................................................................................................................21
3.3 DESEMPENHO OPERACIONAL – RESULTADO LÍQUIDO................................................................................................22
3.4 INVESTIMENTOS............................................................................................................................................................22
4 DESEMPENHO POR SEGMENTO DE NEGÓCIO.....................................................................................................................24
4.1 CONCESSIONÁRIA.........................................................................................................................................................26

ÍNDICE GERAL
4.1.1 EXPLORAÇÃO........................................................................................................................................................27
4.1.2 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO & GÁS.............................................................................................................30

RESUMIDO
4.1.3 GESTÃO ECONÓMICA DAS CONCESSÕES.............................................................................................................39
4.1.4 EXPORTAÇÕES DA CONCESSIONÁRIA..................................................................................................................40
4.2 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR – SEGMENTO UPSTREAM...............................................................................................42
4.2.1 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO DA SONANGOL INVESTIDORA.......................................................................42
4.2.2 PRODUÇÃO DE GÁS DA SONANGOL E.P................................................................................................................43
4.3 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR – SEGMENTO MIDSTREAM..............................................................................................44
4.3.1 NEGÓCIO DE REFINAÇÃO......................................................................................................................................44
4.3.2 NEGÓCIO DE TRANSPORTE DE PETRÓLEO BRUTO, REFINADOS E GÁS...............................................................47
4.4 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR SEGMENTO DOWNSTREAM...........................................................................................48
4.4.1 NEGÓCIO DE LOGÍSTICA........................................................................................................................................49
4.4.2 NEGÓCIO DE DISTRIBUIÇÃO.................................................................................................................................51
4.4.3 COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL..................................................................................................................53
4.5 NEGÓCIOS NÃO NUCLEARES.........................................................................................................................................57
4.5.1 AVIAÇÃO – SONAIR................................................................................................................................................57
4.5.2 TELECOMUNICAÇÕES – MSTELCOM.....................................................................................................................58
4.5.3 SAÚDE - CLÍNICA GIRASSOL.................................................................................................................................59
4.5.4 GESTÃO IMOBILIÁRIA - SONIP..............................................................................................................................60
4.5.5 FORMAÇÃO – ACADEMIA SONANGOL...................................................................................................................61
4.6 CORPORATIVO & FINANCEIRO......................................................................................................................................62
4.6.1 FINANCIAMENTOS................................................................................................................................................62
4.6.2 RECURSOS HUMANOS..........................................................................................................................................62
4.6.3 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS CORPORATIVOS....................................................................................................64
5 COMPROMISSO COM A SOCIEDADE....................................................................................................................................66
6 PERSPECTIVAS PARA O FUTURO........................................................................................................................................70
6.1 NOVA PRODUÇÃO..........................................................................................................................................................72
6.2 REFINAÇÃO....................................................................................................................................................................73
6.3 PROGRAMA DE REGENERAÇÃO.....................................................................................................................................73
7 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS......................................................................................................................74
7.1 RESULTADOS E PROPOSTA DE APLICAÇÃO..................................................................................................................76
8 ACRÓNIMOS E SIGLAS........................................................................................................................................................78

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
01
MENSAGEM DO PRESIDENTE DO
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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6 7

01
MENSAGEM DO PRESIDENTE DO
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
O ano 2017, para a Sonangol, E.P. tendo como principais objectivos retomarem as actividades de ex- Todas estas realizações não te-
e Subsidiárias revelou-se bastante regenerar a empresa, visando ploração petrolífera, optimizarem riam sido possíveis sem o voto de
favorável, na medida em que o transformá-la numa Companhia a produção e transferirem conhe- confiança concedido pelo nosso
mercado internacional recuperou Nacional de Petróleos integrada e cimento aos quadros nacionais. accionista e o esforço abnega-
do elevado declínio de anos ante- eficiente, focada na cadeia primá- do dos nossos colaboradores,
riores, como resultado da melho- ria de valor e desencadear esfor- Realizámos o concurso público parceiros de negócio, clientes
ria dos fundamentos da procura e ços para aumentar a capacidade para a selecção de investidores e fornecedores, que muito têm
oferta de petróleo bruto, aliado ao interna de produção de derivados para os projectos de construção contribuído para o fortalecimento
crescimento económico registado de petróleo. de uma grande refinaria, a ser da companhia.
na economia mundial. construída na cidade do Lobito e
Desde então, o actual Conselho uma pequena refinaria, na provín- Entrámos num novo ciclo em que
A produção de petróleo bruto em de Administração deu passos cia de Cabinda. iremos primar pelo realinhamento
Angola ascendeu a 595.810.124 significativos para o relançamento da empresa ao seu core business,
barris, equivalentes a uma média da imagem da Sonangol, en- Foram lançadas as bases para para alcançar uma maior eficiên-
diária de 1.632.357 barris. Compa- quanto Concessionária Nacional a reestruturação da Sonangol, cia e eficácia do desempenho
rativamente ao período homólogo, e companhia petrolífera credível, mediante o Programa de Regene- organizacional, com a contribui-
o volume de produção alcançado assim como para relançar a acti- ração, programa este, extensivo e ção de todos os colaboradores.
decresceu em 5%. Este decrésci- vidade de exploração e produção abrangente, que inclui a análise e Para tal, deveremos pautar-nos
mo é explicado pelos constrangi- de petróleo bruto e gás natural, avaliação do negócio de explora- nas nossas actividades diárias
mentos operacionais nos prin- aproximando-se dos principais ção e produção de petróleo, a refi- pela humildade, muita dedicação,
cipais blocos em produção, pelo intervenientes do sector. nação de petróleo bruto, o negócio disciplina, seriedade, protecção
decréscimo da actividade na in- de gás natural liquefeito e gás da informação, conhecimento,
dústria petrolífera angolana e pela Participámos activamente nos de petróleo liquefeito, a logística capacidade, flexibilidade, traba-
falta de sancionamento de novos Grupos de Trabalho para discus- de combustíveis, a distribuição lho em equipa, rigor na análise e
projectos de desenvolvimento. são de assuntos considerados e comercialização de derivados, ponderação na tomada de decisão
fundamentais para a melhoria do a continuidade dos negócios, as e firmeza para compreender todos
Todavia, o aumento verificado desempenho do sector petrolífero finanças corporativas, os negócios os intervenientes da indústria.
nos preços de exportação das nacional, designadamente o prin- não nucleares, os investimentos e
ramas petrolíferas, na ordem dos cípio de tolerância e flexibilidade o enquadramento regulatório. Em nome do Conselho de Admi-
19%, mais do que compensou o contratual, a actividade explora- nistração agradeço e reafirmo o
declínio. O Resultado Líquido do tória dentro das áreas de desen- O Programa de Regeneração terá compromisso de continuar empe-
Exercício foi de 27,25 mil milhões volvimento, a desburocratização uma duração de 30 meses, com nhado em garantir a estabilidade
de kwanzas, correspondente a um dos concursos públicos, a norma- acções concretas implementáveis e a sustentabilidade da Sonangol,
aumento de 107%, face a 2016, re- lização dos fundos de abandono e a curto prazo e outras a longo reforçando o seu papel de baluarte
flectindo os ganhos da estratégia o regime jurídico que permitirá a prazo. Incluirá igualmente um da economia e do desenvolvimento
adoptada pela OPEP. monetização e desenvolvimento de programa de gestão da mudan- social do País.
recursos de gás. ça, digitalização e sistemas de
A indicação de um novo Conselho informação e transferência de
de Administração em Novembro Estabelecemos parcerias com as conhecimento através da Acade-
de 2017, foi recebida com gran- principais Operadoras do sector, mia Sonangol.
de sentido de responsabilidade, para entre diversos assuntos,

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02
SONANGOL E. P.

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02
SONANGOL E. P.

2.1 MODELO EMPRESARIAL DA SONANGOL, E.P.


Em 2017 a Sonangol E.P. desen- • Adicionalmente, a Sonan- »» Refinação e Transporte
volveu as suas actividades por gol E.P., actuando como uma (Midstream): congrega as
intermédio de 18 empresas subsi- empresa integrada de petróleo empresas de refinação e
diárias, sendo de um modo geral e gás, assumindo um papel de transporte marítimo de petró-
responsável pela definição das holding operacional centraliza- leo bruto e produtos refina-
linhas estratégicas, fornecimento dora, constituída pelas seguin- dos, nomeadamente:
de orientações, supervisão e apoio tes empresas na sua cadeia de
à gestão, especialmente no pro- valor primária: -- Sonangol Shipping Holdings
cesso de tomada de decisão. Estas Limited;
empresas actuaram no mercado »» Exploração e Produção -- Sonangol Refinação.
em três dimensões, ou seja: (Upstream): constituído por
um conjunto de empresas »» Logística e Distribuição
• A Sonangol, E.P., exercendo subsidiárias que têm como (Downstream): integra as
a função de Concessionária actividade principal a explo- empresas subsidiárias da
Nacional, por lhe terem sido ração, desenvolvimento e Sonangol E.P. que se dedi-
concedidos pelo Estado os di- produção de hidrocarbonetos cam ao aprovisionamento,
reitos mineiros para a prospec- (petróleo bruto e gás natural), armazenagem, distribuição e
ção, pesquisa, desenvolvimento nomeadamente: comercialização de produtos
e produção de hidrocarbonetos refinados de petróleo bruto e
líquidos ou gasosos, associan- -- Sonangol Pesquisa e Pro- gás, nomeadamente:
do-se a entidades estrangeiras dução;
ou nacionais para realização -- Sonangol Hidrocarbonetos -- Sonangol Logística;
das operações petrolíferas em Internacional; -- Sonangol Distribuidora;
território nacional, na forma de -- Sonangol Gás Natural. -- Sonangol Comercialização
contratos de associação, con- Internacional.
tratos de partilha de produção e
contratos de serviços com risco.

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Figura 1 Figura 2
A Sonangol, E.P. Como Empresa Integrada de Petróleo e Gás Matriz Empresarial da Sonangol, E.P.

Upstream Midstream Downstream ILUSTRATIVO - EMPRESAS ILUSTRATIVO - EMPRESAS

UPSTREAM · MIDSTREAM · DOWNSTREAM


PARTICIPADAS PELA PARTICIPADAS PELA
SONANGOL E.P.
EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO CORPORATIVO SONANGOL E.P.
NA CADEIA PRIMÁRIA E FINANCEIRO NA CADEIA PRIMÁRIA
Exploração Transporte Distribuição Marketing SONANGOL P&P
LNG / Refinaria · PUMA ENERGY · SONASURF
e Produção e Armazenamento Log. Primária Log. Secundária e Comercialização · SONASING SAXI-BATUQUE SONANGOL HIDROCAC. INTL. SONANGOL, E.P. · ANGOFLEX
· SONASING KUITO SONANGÁS SONANGOL FINANCE · SONATIDE MARINE
Trading · LOBINAVE · TECHNIP ANGOLA
Sonangol · ALM - ANGOLA LNG · ESTALEIRO NAVAL
Sonangol MARKETING DE PORTO AMBOIM
Comercialização Internacional · SONASING XIKOMBA REFINAÇÃO E TRANSPORTE NEGÓCIOS · SONADIETS
Outros · SONASING SANHA NÃO NUCLEARES · SONAID
Operadores · SONASING MONDO · MOTA ENGIL ANGOLA
· REFINARIA DO LOBITO SONANGOL SHIPPING · BCGA
· JASMIN (JOINT VENTURE) SONANGOL REFINAÇÃO · UNITEL
Vagões Cisterna Aviação · ALNG S. SERVICES SONAIR · BAI
Terminais
· ALNG SUPPLY LTD MS TELCOM · ANGOLA CABLES
e Instalações

CADEIA DE VALOR PRIMÁRIA


de Armazenamento Marinha · SONANGOL SÃO TOMÉ SONANGOL HOLDING · BIOCOM
OFFSHORE SIIND · MILLENNIUM BCP
· SONANGOL STARFISH SONIP · BANCO ECONÓMICO
OIL & GAS LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO CLINICA GIRASSOL · GENIUS
B2B · SONANGOL HIDROCARB · E.I.H
Plataformas Navios Refinaria Navios . INTERNACIONAL ACADEMIA SONANGOL · PDA
· SONANGOL ASIA SONANGOL LOGÍSTICA SONANGOL VIDA · BAUXITE ANGOLA
Caminhões de Tanque Lubrificantes . SONANGOL USA COMPANY SONANGOL DISTRIBUIDORA · SODIMO
· SONANGOL CABO VERDE SONANGOL COMERC. INTL. · KWANDA
· SONANGOL LIMITED · SONAMEMT INDUSTRIAL
Sonangol · SOMG · BAYVIEW
Pipelines GPL
Gás Natural · OPCO

Sonangol Sonangol Sonangol Sonangol Sonangol


Pesquisa E Produção Shipping Refinação Distribuidora Distribuidora

Sonangol
Hidrocarbonetos Sonangol Sonangol Sonangol Sonangol
Internacional Gás Natural Logística Gás Natural Gás Natural

Sonangol Finance Sonangol E.P.

Corporativo e Financeiro

Crude Derivados De Petróleo

• Adicionalmente, a Sonangol -- Sonangol E.P. e Sonangol ou que têm como prioridade


actuou noutros dois segmentos Finance; o apoio ao desenvolvimento
de negócio, nomeadamente: económico do País.
»» Actividades Não Nuclea-
»» Corporativo e Financei- res (Non Core): constituído -- Sonair, MSTelcom, So-
ro (Corporate & Financing): pelo conjunto de empresas nangol Holdings, Sonangol
constituído pelas funções subsidiárias, cuja actividade Investimentos Industriais
corporativas transversais, de principal visa dar suporte (SIIND), Sonangol Imobiliá-
suporte e monitoramento das aos negócios nucleares da ria e Propriedades (SONIP),
empresas Subsidiárias e pela Sonangol, E.P., assim como Clínica Girassol, Academia
actividade de obtenção de empresas que desenvolvem Sonangol e Sonangol Vida.
financiamentos nos mercados negócios de carácter social e
internacionais; relacionados com o desenvol-
vimento de capital humano,

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2.2 GOVERNO CORPORATIVO

CARLOS SATURNINO
PRESIDENTE DO CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO

ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

SEBASTIÃO MARTINS ALICE SOPAS BALTAZAR MIGUEL LUÍS MARIA ROSÁRIO ISAAC CARLOS PINTO

ADMINISTRADORES NÃO-EXECUTIVOS

ANDRÉ LELO JOSÉ GIME LOPO DO NASCIMENTO MARCOLINO MOCO

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2.3 GOVERNO CORPORATIVO

PRESIDENTE DO CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO (PCA)
CARLOS SATURNINO

SONANGOL PESQUISA E PRODUÇÃO, SA GABINETE DO PRESIDENTE SONANGOL COMERCIALIZAÇÃO SONANGOL HOLDINGS, LDA
(SNL, P&P) DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (GPCA) INTERNACIONAL (SONACI) JOSINA BAIÃO MAGALHÃES
RICARDO VAN-DESTE (INTERINO) JANUÁRIO VICENTE LUÍS PEDRO MANUEL

SECRETARIADO DO CONSELHO SONANGOL SERVIÇO AÉREO, S.A


CHINA SONANGOL INTERNACIONAL SONANGOL REFINAÇÃO, SA
DE ADMINISTRAÇÃO (SCA) (SonAir)
MAURO PIZARRO (INTERINO) (SONAREF)
JULIÃO BARBER FILOMENO MERLATH (INTERINO)

DIRECÇÃO DE RECURSOS
HUMANOS (DRH) SONANGOL FINANCE
MARIA DO ROSÁRIO VIEGAS

ADMINISTRADOR ADMINISTRADOR ADMINISTRADOR ADMINISTRADORA ADMINISTRADOR ADMINISTRADOR


CARLOS PINTO LUÍS MARIA SEBASTIÃO MARTINS ALICE SOPAS ROSÁRIO ISAAC BALTAZAR MIGUEL

DIRECÇÃO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DIRECÇÃO DE TECNOLOGIA


DIRECÇÃO DE SERVIÇOS JURÍDICOS (DSJ) CORPORATIVA (DRSC) DE INFORMAÇÃO (DTI) DIRECÇÃO DE PLANEAMENTO (DPL) DIRECÇÃO DE EXPLORAÇÃO (DEX) DIRECÇÃO DE FINANÇAS (DF)
TIAGO ALEXANDRE COSTA NETO LURI DANILO EDUARDO DA COSTA ALBERTO RIBEIRO KID DOS SANTOS CARVALHO DOMINGOS CUNHA DIVALDO PALHARES

DIRECÇÃO DE AUDITORIA E CONTROLO DIRECÇÃO DE QUALIDADE DIRECÇÃO DE GESTÃO DE PROJECTOS


DIRECÇÃO DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM (DCI) DIRECÇÃO DE NEGOCIAÇÕES (DNEG) DIRECÇÃO DE GESTÃO DE RISCOS (DGR)
INTERNO (DACI) SEGURANÇA E AMBIENTE (DQSA) ESTRUTURANTES (DGPE)
MATEUS BENZA SUZEL CARDOSO ALVES ALBERTO CARDOSO PEREIRA
NELSON EFENGUE BERNARDO MÓNICA ROQUE JOAQUIM SOARES KITECULO

GABINETE DE RELAÇÕES COMITÉ DE COORDENAÇÃO DO PROJECTOS DIRECÇÃO DE SEGURANÇA


DIRECÇÃO DE PROJECTOS (DP) DIRECÇÃO DE PRODUÇÃO (DPRO) DIRECÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO
COM O ESTADO E FISCALIDADE (GEF) SOCIAS NO SOYO (CCPSS) EMPRESARIAL (DSE)
DANIELA MATOS BELARMINO CHITANGUELECA E INFRAESTRUTURAS (DAI)
VANESSA GODINHO HELDER JOAQUIM DOS SANTOS MANUEL DA SILVA

MSTelcom, Lda DIRECÇÃO DE SISTEMAS DIRECÇÃO DE ECONOMIA


DIRECÇÃO DE ÉTICA (DE) SONANGOL DISTRIBUIDORA, SA FUNDO DE PENSÕES (FP)
(MERCURY) DE INFORMAÇÃO (DSI) DAS CONCESSÕES (DEC)
OLÍMPIA GRAÇA MAGALHÃES BERNARDO VIEIRA ANTÓNIO (INTERINO) ALBERTO CARDOSO PEREIRA
ROGER DOS SANTOS FERREIRA ANDRÉ PITRA NATACHA MASSANO

DIRECÇÃO DO COMITÉ DE CONTROLO


SONANGOL SHIPPING ANGOLA CENTRO RECREATIVO PAZ FLOR SONANGOL LOGÍSTICA DIRECÇÃO CENTRAL LOGÍSTICA (DCL) FUNDO DE ABANDONO (FA)
DAS CONCESSÕES (DCCC)
(LUANDA) ADALBERTO SENA LUÍS MARIA NELSON CARVALHO (INTERINO)
PEDRO MANUEL ALEXANDRE

SONANGOL GÁS NATURAL, LDA SONANGOL IMOBILIÁRIA


ACADEMIA SONANGOL, SA SONANGOL VIDA DIRECÇÃO LABORATÓRIO CENTRAL (DLAB) CLINICA GIRASSOL
(SONAGÁS) E PROPRIEDADE, LDA (SONIP)
BALTAZAR MIGUEL ALBERTO CARDOSO PEREIRA ANTÓNIO AUGUSTO MORAIS GARCIA JOAQUIM VAN-DÚNEM
MAURO GRAÇA AMILTON CUNHA

SONANGOL INVESTIMENTO LUXERVIZA, LDA SONANGOL INTEGRATED LOGISTIC GABINETE DE ARQUIVO PETRO ATLÉTICO
QUICOMBO SUPORTE LOGÍSTICO INDUSTRIAIS (SIIND) (GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA) SERVICE (SONILS) E GESTÃO DE DADOS (GAD) TOMÁS FARIA
EUGÉNIO BRAVO DA ROSA JOÃO DA SILVA HELDER SOUSA ISABEL POLICARPIO DA SILVA

SONANGOL HIDROCARBONETO
CENTRO DE APOIO EMPRESARIAL (CAE) NÚCLEO DE PETROQUÍMICA INTERNACIONAL
JOB CONTREIRAS VASCONCELOS
FREDERICO FERRAZ DOMINGOS

EMPRESA DE SERVIÇOS E SONDAGENS


DE ANGOLA, LDA (ESSA)
ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS FERNANDO DA FONSECA

ADMINISTRADOR ADMINISTRADOR ADMINISTRADOR ADMINISTRADOR


MARCOLINO MOCO LOPO DO NASCIMENTO JOSÉ GIME ANDRÉ LELO

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
03
SÍNTESE DO DESEMPENHO

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
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03 3.2 DESEMPENHO OPERACIONAL – EBITDA


SÍNTESE DO DESEMPENHO Figura 1
Ebitda por Segmento de Negócio (Em Milhões de Kwanzas)
aumento de 17% nas quantida-
des transportadas, no entanto, o
700.000
148.332 3.078 625.270 transporte de produtos derivados
600.000
-9.834 decresceu em 8%, motivado pelo
3.1 SUMÁRIO EXECUTIVO 500.000 541.117
41.207
contexto macroeconómico e pelo
400.000 arrefecimento da economia.
O presente relatório espelha o registando-se um aumento em Para suprir as necessidades 300.000

desempenho da Sonangol, E.P. e 185% face ao ano anterior, devido internas, adquiriu-se do merca- 200.000 O EBITDA registado no segmento
das suas Subsidiárias, durante o ao bom desempenho da fábrica do do externo um total de 3.267.227 100.000 Downstream (Logística e Distribui-
ano de 2017, com realce para os Angola LNG. toneladas métricas de produtos 0
ção) atingiu os 148 mil milhões de
resultados alcançados nas diver- refinados, tendo a importação re- -100.000
Kwanzas, representando 24% do
-98.630
sas actividades programadas. De Janeiro a Dezembro de 2017 duzido 7% face ao período homó- Corporate Upstream Midstream Downstream Non Core Ajustamentos Total
total do exercício e registando um
foram processados pela Refinaria logo de 2016. & Financing Consolidação decréscimo de 37% face ao exercí-
No decorrer do ano 2017, a acti- de Luanda uma média de 52.159 cio anterior, devido essencialmen-
vidade de exploração em Angola barris de Petróleo Bruto por dia, Foram comercializadas no merca- te à diminuição do consumo de
resultou na conclusão de oito correspondente a uma taxa de do externo 198.301.082 barris de O EBITDA consolidado atingiu os média diária de 245 mil Bbls. produtos derivados.
programas de processamento sís- utilização de 80% da capacidade petróleo bruto, quantidade inferior 625.270 milhões de Kwanzas, um Relativamente à produção de gás,
mico, totalizando 13.766 Km2 de instalada. A produção total de refi- em 3% face ao ano de 2016, tendo crescimento de 19%, motivado em a Sonangol registou um aumen- As actividades de aprovisionamen-
sísmica 3D, bem como na perfura- nados atingiu as 2.473.434 tone- o preço médio das ramas angola- grande parte pelo desempenho to de 35% na produção de LPG, to e armazenagem registaram
ção de setenta e quatro (74) poços ladas métricas (incluindo o LPG), nas atingido os USD 54,06/Bbl. da actividade de Upstream, onde que passou de 277 mil toneladas um decréscimo de 10% e 22%,
de desenvolvimento, dos quais 3% abaixo da produção alcançada o aumento do preço do petróleo métricas para 373 mil toneladas respectivamente, devido à retrac-
cinquenta e três (53) produtores e no ano transacto. bruto foi o factor mais relevante, e métricas. ção no consumo de derivados.
vinte e um (21) injectores (poços pelo desempenho do Downstream. Internamente, a comercialização
de serviço). No período em análise, a So- Estes dois segmentos representa- Em 2017, o EBITDA imputado ao de produtos refinados registou
nangol transportou um total de ram, respectivamente, 87% e 24% segmento de Midstream (Refina- igualmente um decréscimo de
Durante o ano de 2017 foram 14.940.021 toneladas métricas do total do EBITDA de 2017. ção e Transporte) representou 7% 15%, explicado pela contracção da
produzidos 595.810.124 barris de de produtos, dos quais 9.788.210 do total do EBITDA da Sonangol. procura, decorrente da conjuntura
petróleo bruto, correspondentes toneladas métricas de petró- No segmento de Corporate and No ano em referência, a refinaria económica nacional.
a uma média diária de 1.632.357 leo bruto e 5.151.811 toneladas Financing, o EBITDA de 2017 de Luanda adquiriu 18.579.108
barris, registado-se uma redução métricas de produtos refinados. foi negativo em cerca de 98.630 toneladas métricas de Petróleo No segmento de Negócios não-
de 5%, relativamente ao ano de As quantidades transportadas milhões de Kwanzas, uma vez que Bruto, sendo que a utilização da -nucleares, O EBITDA em 2017
2016. durante o ano de 2017 represen- este segmento de negócio agre- capacidade instalada se situou nos foi negativo, em 9,8 mil milhões
taram um aumento de 7% face ao ga algumas das actividades de 80%, tendo observado um decrés- de Kwanzas, representando uma
Dos volumes alcançados, coube- ano anterior. suporte à actividade dos restantes cimo de 1,5% face ao ano anterior. redução de 11,2 mil milhões de
ram à Sonangol 216.825.582, dos segmentos. Kwanzas face a 2016. O indicador
quais 134.307.947 (62%) sob a for- Em termos de distribuição foram Com a menor disponibilidade de foi fortemente afectado pelo de-
ma de direitos da Concessionária comercializadas 5.106.682 tonela- O segmento de Upstream (Ex- petróleo bruto, foram processa- créscimo de actividade, traduzido
e 82.517.635 (38%), respeitantes à das métricas de Produtos Refina- ploração e Produção) representa dos, em média, 52.159 barris de pela redução do número de horas
Sonangol Investidora. dos, sendo 3.638.761 no mercado cerca de 87% do EBITDA registado Petróleo Bruto por dia, repre- de vôo realizadas pela Sonair, pela
doméstico e 1.467.920 no mercado no exercício e teve uma variação sentando uma variação negativa redução do tráfego de voz na MS-
A produção de Gás de Angola foi externo (incluindo gás butano e positiva de 106% face a 2016, de 3% face a 2016. A produção Telcom e pela redução da activida-
de 5.822.681 toneladas métri- propano), o correspondente a um devido ao aumento do preço médio de produtos refinados atingiu as de da Clínica Girassol.
cas, das quais 1.227.193 de LPG, decréscimo de 9% no volume total de comercialização das ramas 2.473.434 toneladas métricas, re-
4.371.017 de LNG e 224.471 de de produtos comercializados, face angolanas. presentando uma variação negati-
Condensados. Desta produção ao ano 2016. O total da produção teve uma va de 3% face ao ano anterior.
coube à Sonangol um total de variação homóloga positiva de No que respeita ao transporte de
1.421.195 toneladas métricas, 5%, resultando numa produção petróleo bruto, observou-se um

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3.3 DESEMPENHO OPERACIONAL – RESULTADO LÍQUIDO


Tabela 1
Programa de Investimentos da Sonangol E.P de 2017

Figura 2 U.M.: MIL usd


Resultado Líquido por Segmento de Negócio (Em Milhões de Kwanzas) Execução Variação
Designação
35.000 I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Execução Homóloga
8.705
30.000
29.335 3.078 27.365 Corporativo e Financeiro - - - - - n.a
25.000 23.607
Sonangol, E.P. - - - - - n.a
-2.230
20.000
Exploração e Produção 451.300 429.287 307.908 327.700 1.516.195 -46%
15.000
Sonangol, E.P. - Bloco 0 28.414 114.849 31.154 62.973 237.390 -43%
10.000
Sonangol Pesquisa e Produção 421.175 311.989 274.231 262.848 1.270.243 -46%
5.000
Sonangol Hidrocarbonetos Interna-
0 426 1.342 1.512 1.031 4.311 n.a
cionais
-5.000 -35.130 Songás - n.a
-10.000
ESSA (Perfuração) 1.285 1.107 1.011 848 4.252 -68%
Corporate Upstream Midstream Downstream Non Core Ajustamentos Total
& Financing Consolidação Refinação e Transporte 56.619 97.516 - - 154.135 26%
Sonangol Shipping 56.619 97.516 - - 154.135 n.a
Sonangol Refinação - - - - - n.a
Em 2017, o Resultado Líquido consolidado foi de 27.365 milhões de
Sonarel - - - - - n.a
Kwanzas, registando um aumento de 106% face ao exercício de 2016.
Para este resultado contribuíram de forma significativa a actividade de Sonaref - - - - - n.a
Downstream e o resultado do segmento Corporate and Financing, que in- Logística & Distribuição - - - - - n.a
corpora cerca de 155.356 milhões de Kwanzas de resultados financeiros. Sonangol Logística - - - - - n.a
Sonangol Distribuidora - - - - - n.a
Negócios não Nucleares 2.829 471 444 103 3.846 12%

3.4 INVESTIMENTOS Sonair - - - - - n.a


Sonangol MSTelcom - - - - - n.a

Apesar da recuperação do preço Ochigufu e Vandumbu no Polo Sonangol Holdings - - - - - n.a


do petróleo bruto no mercado Oeste do Bloco 15/06, igualmente Sonangol Investimentos Industriais
- - - - - n.a
internacional nos últimos meses com previsão de entrada em pro- (SIIND)
do ano, a actividade de investi- dução em 2018. Em tais Blocos, Sonangol Imobiliária e Propriedades
2.829 471 444 103 3.846 37%
(SONIP)
mentos foi bastante conservadora, a Sonangol Pesquisa e Produção
priorizando-se a exploração e a tem uma participação de 30% e de Clínica Girassol - n.a
produção de petróleo bruto e gás 36,84%, respectivamente. Academia Sonangol - - - - - n.a
natural, visando aumentar o vo- Total 510.747 527.274 308.352 327.803 1.674.176 -43%
lume de produção e compensar o O segmento de Refinação e Trans-
declínio acentuado dos campos. porte absorveu 9,2% do investi-
mento total, ou seja, 154 milhões Gráfico 3
Execução dos Investimentos por Segmento
Do montante de USD USD, com a conclusão da fabrica-
1.674.176.000 executados durante ção de dois navios suezmax, para Exporação
90,6%
o ano de 2017, 90,6% foram no reposição da frota.
e Produção

segmento de Exploração e Produ- Refinação


e Transporte 9,2%

ção, destacando-se os investimen- Os 0,2% remanescentes corres- Negócios


0,2%
não Nucleares
tos nos projectos de desenvolvi- pondem a investimentos de menor
Logística
mento dos FPSO Kaombo Norte e dimensão, no segmento de negó- e Distribuição 0,0%

Sul, no Bloco 32, com previsão de cios não nucleares. Corporativo


0,0%
e Financeiro
entrada em produção em 2018 e
nos projectos de desenvolvimento 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
04
DESEMPENHO
POR SEGMENTO DE NEGÓCIO

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
26 27

04 4.1.1 EXPLORAÇÃO
DESEMPENHO 4.1.1.1 AQUISIÇÃO SÍSMICA

POR SEGMENTO DE NEGÓCIO Tabela 2


Actividade de Exploração [Aquisição Sísmica]

Sísmica 2D Sísmica 2D Sísmica 2D


Aquisição Sísmica (Km) (Km2) (Km3)
2017 2016 2017 2016 2017 2016
Bloco 15/06 (3D-15/06NW-PGS) - - - 992 -
FS/FST (CGG2016) - - - 60 -
Total - - - 1.052 -

Durante o período em análise, não se registou qualquer actividade sísmica por


força do adiamento e/ou cancelamento para avaliação da eficiência operacional de
projectos de exploração de petróleo bruto.

4.1.1.2 PROCESSAMENTO SÍSMICO


Tabela 3
Processamento Sísmico Concluído
4.1 CONCESSIONÁRIA
Sísmica Bloco Programa Início Conclusão Extensão
Em 2017, o abrandamento da acti- uma produção estimada de aproxi- Enquanto Concessionária Nacio- 0 3D-0 Área A Erva/Bucomazi Study IV Trimestre/2016 I Trimestre/2017 350 Km2
vidade exploratória a nível mundial madamente 1.000 Mbbl. nal, as exportações de Petróleo 3D OBC GAROUPA PSTM II Trimestre/2016 II Trimestre/2017 600 km2
no sector petrolífero reflectiu-se Bruto corresponderam a 89% dos 02/15
3D OBC GAROUPA PSDM III Trimestre/2016 III Trimestre/2017 600 km2
na actividade da Concessionária. Com a entrada em produção do direitos arrecadados, uma redução
Desta feita, não foram realizadas Campo Cabaça Sudeste, com dois de 6% face ao registado no ano 15/06 3D-15/06-PSTM-NW-PGS-2016 II Trimestre/2016 I Trimestre/2017 1.032 km2
3D
quaisquer licitações de blocos poços, no Bloco 15/06 foi possível anterior, contribuindo negativa- 3D-32B22N&B10N IV Trimestre/2013 I Trimestre/2017 1.100 km2
petrolíferos, não se realizou activi- atenuar a redução registada na mente para o total de exportações 32 3D-32PSDM13SW Área C22 II Trimestre/2015 I Trimestre/2017 600 km2
dade sísmica e nem foi concluído produção. Assim, em 2017 o volu- registadas pelo grupo (Sonangol 3D-32 Bi-WATS CNE PSDM III Trimestre/2014 III Trimestre/2017 1.484 km2
qualquer poço de pesquisa e de me de produção de petróleo bruto E.P. e Sonangol Pesquisa e Pro- Multi-Cliente 3D-MC WG99 Phase VII/VIII II Trimestre/2015 I Trimestre/2017 8000 km2
avaliação. Em resultado da ausên- decresceu 5% face a 2016, sendo dução). Total 3D 13.766 Km2
cia de investimento em explora- que, a título de Direitos da Con-
ção, não foram descobertos novos cessionária registou -se um de- No exercício de 2017, a Sonangol
recursos. créscimo de 6%. No que respeita à conseguiu recuperar USD 167 Até ao final do ano de 2017 foram concluídos oito (8) programas de processamento sísmico, perfazendo uma
produção de Gás Natural Associa- mil milhões do total de USD 223 área de 13.766 Km² de sísmica 3D.
Para inverter a tendência de declí- do, a produção decresceu 8% face mil milhões de custos incorridos
nio da produção, a Concessionária a 2016. Por sua vez, a produção de nas concessões em produção.
tem desenvolvido projectos chave LPG registou um aumento subs- Do total de custos recuperados,
– Polo Oeste (Bloco 15/06), CLOV tancial de 68%, comparativamente 63% resultam dos Blocos 17 e 15,
Fase 1 (Bloco 17) e Kaombo (Bloco ao ano anterior, justificada funda- representando 38% e 25%, res-
32) - com perspectivas de início de mentalmente pelo bom desempe- pectivamente.
produção em 2018 e que prevêem nho da fábrica do Angola LNG.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
28 29

Entre Janeiro e Dezembro do ano em análise, esteve em curso o processamento sísmico de dezasseis (16) Em 2017 foram concluídos seten- e quatro (4) poços injectores, no
programas, conforme a tabela seguinte: ta e quatro (74) poços de desen- Onshore Congo, onde foram con-
volvimento, dos quais cinquenta cluídos sete (7) poços produtores,
e três (53) poços de desenvol- no Bloco 15/06, onde foram con-
Tabela 4 vimento produtor e vinte e um cluídos cinco (5) poços produtores
Processamento Sísmico Concluído (21) poços de desenvolvimento e um (1) poço injector, por fim, no
injector – Poços de Serviços. Bloco 31, onde foram concluídos
Sísmica Bloco Programa Início Progresso Extensão dois (2) poços injectores.
2D 32 2D-MCWGAngolaUDA PSD IV Trimestre/2016 97% 3.740 Km As operações de sondagem
Total 2D 3.740 Km de desenvolvimento estiveram Por sua vez, as operações de
0 3D-O-Area B Great 105-B Area II Trimestre/2017 85% 586 km2 concentradas no Bloco 17, onde workover estiveram concentradas,
3D-14 Greater Tomb-Land VM e well calibration III Trimestre/2017 95% 1660 km2
foram concluídos doze (12) po- na Associação Cabinda, Bloco
14 ços produtores e seis (6) poços O, com vinte e seis (26) poços,
3D-14 Greater Land AVO and Pre-stack Inversion III Trimestre/2017 60% 471 km2
injectores, no Bloco 0, onde no Bloco 14 com vinte e um (21)
3D-15/06 PGS 16 PSDM I Trimestre/2017 99% 1.032 km2
foram concluídos treze (13) poços poços, no Onshore do Soyo com
3D-15/06PSDM Revision Omocola North Area I Trimestre/2017 99% 550 km2 produtores e três (3) poços injec- dezanove (19) poços, e nos Blocos
15/06
3D-15/06 PSG16 AVO Analysis I Trimestre/2017 45% 1.032 km2 tores, no Bloco 32, onde foram 15 e 17 com dois (2) poços cada e
3D-15/06 PSG16 Lower Miocene Oligocene PSDM I Trimestre/2017 98% 1.000 km2 concluídos onze (11) poços produ- o Bloco 32 com um (1) poço.
3D
3D-32LO2007 C12SW PSDM III Trimestre/2015 99% 520 km2 tores e cinco (5) poços injectores,
3D-32HDGIC2006 PSDM II Trimestre/2016 99% 520 km2 no Bloco 15, onde foram concluí-
dos cinco (5) poços produtores
3D-32 Colorau South dedicated imaging IV Trimestre/2016 99% 590 km2
32 3D-32 Louro RTM Remigration-Phase 2 I Trimestre/2017 85% 590 km2
3D-32 Louro RTM Remigration-Phase 1 IV Trimestre/2017 99% 590 km2
Mostarda VMB & imaging IV Trimestre/2017 8% 826 km2 4.1.1.4 PROJECTOS DE DESENVOLVIMENTO
Caril 3D/4D Pre-Processing II Trimestre/2017 99% 211 km2
Total 3D 10.178 Km2 Tabela 6
4D 17 4D CLOV-Baseline & Monitor 1 Full Processing II Trimestre/2016 67% 729 km2 Projectos de Desenvolvimento
Total 4D 729 Km2
Início de Progresso
Projectos Bloco Ponto de Situação Até Dezembro De 2017
Produção Actual Geral (%)
Polo Oeste, Ochigufu 1T 2018 83 Decorre o comissionamento dos equipamentos submarinos.
4.1.1.3 SONDAGEM-ACTIVIDADE DE EXPLORAÇÃO, Polo Oeste, Vandunbu 15 4T 2018 90 Preparação para a fabricação dos umbilicais UG8A e UG9A.
AVALIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO Polo Oeste, SMBS 4T 2018 73 Decorre a fabricação da última unidade.
CLOV fase 1 17 2T 2018 93 Decorre a campanha de fabricação e instalação de well jumpers
Tabela 5 Registados atrasos na entrega do FPSO. Início de produção
Poços de Sondagem Kaombo 32 4T 2018 91
previsto para julho 2018

Poços Desenvolv. Poços Desenvolv.


Blocos / Associação Poço de Pesquisa Poço de Avaliação
Produto Injector
Para dar suporte às metas de produção de petróleo bruto, foram de-
Bloco 0 - Associação Cabinda - - 13 3 senvolvidos os projectos listados acima, para os quais é apresentado o
Bloco 17 - - 5 4 ponto de situação a 31 de Dezembro de 2017.
Bloco 15/06 - - 5 1
Bloco 17 - - 12 6
Bloco 31 - - - 2
Bloco 32 - - 11 5
Congo Onshore - - 7 -
Total - -
53 21

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
30 31

Gráfico 4
Produção de Petróleo Bruto de Angola por Bloco

Bloco 17 36,7%
Bloco 15 17,2%

4.1.2 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO & GÁS


Bloco 0 15,0%
Bloco 31 8,7%

4.1.2.1 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO


Bloco 15/06 7,3%
Bloco 18 6,9%
Bloco 14 5,4%
Tabela 7 Bloco 3/05 1,8%
Produção de Petróleo Bruto de Angola Associação FST 0,4%
Bloco 4/05 0,4%
U.M.: Bbls
Bloco 3/05A 0,1%
Execução Variação
Associações & Blocos Cabinda Sul 0,1%
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Produção Homóloga
Bloco 2/05 0,1%
Offshore 146.712.028 148.015.480 152.872.144 145.394.172 592.993.824 -5% Associação FS 0,01%
Bloco 0 19.373.790 23.261.392 23.832.727 23.054.616 89.522.525 4% 0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00%
Área A 12.818.976 16.047.557 17.032.180 16.349.597 62.248.310 13%
Área B 6.554.814 7.213.835 6.800.547 6.705.019 27.274.215 -11%
Bloco 2/05 78.427 75.707 75.017 100.006 329.157 -1% A propriedade do petróleo bruto produzido em Angola
Bloco 3/05 2.905.193 2.746.958 2.738.442 2.346.391 10.736.985 -21% apresenta-se conforme mapa abaixo:
Bloco 3/05A 220.068 201.799 105.240 - 527.107 -47%
Tabela 8
Bloco 4/05 586.508 609.385 554.246 484.084 2.234.223 -19% Direitos de Produção de Petróleo Bruto por Companhias
Bloco 14 7.674.740 7.266.309 7.116.016 6.652.523 28.709.588 -18%
U.M.: Bbls
Bloco 14k 948.379 861.416 811.000 739.251 3.360.046 -27%
Execução Variação
Bloco 15 26.247.570 25.857.392 25.969.527 24.287.327 102.361.816 -11% Companhias
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Produção Homóloga
Bloco 15/06 7.460.696 10.609.310 13.124.094 12.456.409 43.650.509 54%
Total 25.989.296 25.406.345 26.079.287 25.287.538 102.762.467 -5%
Bloco 17 55.818.234 53.636.652 55.276.528 53.759.304 218.490.718 -5%
BP 25.585.693 24.470.517 24.749.392 23.348.622 98.154.225 -11%
Bloco 18 10.744.995 10.838.328 10.299.179 9.308.454 41.190.956 -19%
ESSO 21.662.675 21.070.287 21.443.116 20.466.792 84.642.870 -8%
Bloco 31 14.653.428 12.050.832 12.970.127 12.205.807 51.880.194 -13%
Statiol 18.474.497 17.566.597 18.086.670 17.406.580 71.534.344 -7%
Onshore 724.494 697.456 696.834 679.516 2.816.300 -14%
ENI 11.996.321 13.338.960 14.291.074 13.465.681 53.092.036 3%
Cabinda Sul 85.161 95.884 116.232 126.584 423.861 -23%
Sonangol P&P 11.234.109 11.078.615 12.156.101 11.344.575 45.813.400 2%
Associação FS 20.482 18.501 21.647 20.760 81.390 -15%
Sonangol 10.036.606 11.579.364 11.970.328 11.503.730 45.090.028 3%
Associação FST 618.851 583.071 558.955 550.172 2.311.049 -12%
Chevron 10.267.693 11.638.060 11.799.804 11.328.859 45.034.417 -2%
Total 147.436.522 148.712.936 153.568.978 146.091.688 595.810.124 -5%
SSI 9.534.167 10.019.159 10.549.370 9.763.625 39.866.321 -5%
Média diária 1.638.184 1.634.208 1.669.228 1.587.953 1.632.357 -5%
Galp 776.081 731.495 713.431 665.260 2.886.267 -19%
Somoil 642.983 617.299 589.162 530.889 2.380.333 -18%

Durante o ano de 2017, foram à falta de aprovação de contrata- 2017, com um poço produtor de Ajoco 625.052 589.751 568.737 469.278 2.252.818 -23%
produzidos em Angola 595.810.124 ção de sondas e outros contratos, óleo, cuja produção diária foi de Acrep 119.774 123.723 113.298 103.266 460.061 -18%
barris de petróleo bruto, equi- assim como a falta de sanciona- 1.800 barris de óleo. INA-NAFTA 125.010 117.950 113.747 93.856 450.564 -23%
valentes a uma média diária de mento de novos projectos. NAFTAGAS 125.010 117.950 113.747 93.856 450.564 -23%
1.632.357 barris. Comparativa- Por origem, o Bloco 17 foi o que Prodoil 83.117 85.637 78.658 73.011 320.423 -17%
mente ao período homólogo, o Ao longo do ano, destacou-se a mais contribuiu para a produção,
Pluspetrol 46.839 52.736 63.928 69.621 233.124 -23%
volume de produção alcançado entrada em produção do Campo seguido dos Blocos 15, 0, 31 e 18,
China Sonangol 55.017 50.450 26.310 - 131.777 -96%
decresceu em 5%. Olombendo no Bloco 15/06, no dia representando de forma agregada
8 de Fevereiro, com uma produção 84,7% da produção de petróleo Force Petroleum 17.032 19.177 23.246 25.317 84.772 -23%
Na base do decréscimo estiveram diária de 12.868 barris de óleo e a bruto em Angola. Falcon Oil 15.685 15.141 15.003 20.001 65.831 -1%
os constrangimentos operacio- entrada em produção do projecto Kotoil, S.A 9.803 9.463 9.377 12.501 41.145 -1%
nais nos blocos em produção, o Girassol M14, no FPSO Girassol Poliedro Oil 9.803 9.463 9.377 12.501 41.145 -1%
decréscimo de actividade devido do Bloco 17, no dia 05 de Junho de Cupet 4.258 4.794 5.812 6.329 21.193 -23%
Total 147.436.522 148.712.936 153.568.978 146.091.688 595.810.124 -5%

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
32 33

Tabela 9
Produção de Petróleo Bruto por Operador
U.M.: Bbls

Execução Variação
Companhias
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Produção Homóloga
Total 55.818.234 53.636.652 55.276.528 53.759.304 218.490.718 -5%
Chevron 27.996.909 31.389.117 31.759.743 30.446.390 121.592.160 -3%
ESSO 26.247.570 25.857.392 25.969.527 24.287.327 102.361.816 -11%
BP 25.398.423 22.889.160 23.269.306 21.514.261 93.071.150 -16%
ENI 7.460.696 10.609.310 13.124.094 12.456.409 43.650.509 54%
SNL P&P 3.711.769 3.558.142 3.397.929 2.830.475 13.498.315 -22%
Somoil 717.760 677.279 655.619 670.938 2.721.596 -11%
Pluspetrol 85.161 95.884 116.232 126.584 423.861 -23%
Total 147.436.522 148.712.936 153.568.978 146.091.688 595.810.124 -5%
Média diária 1.638.184 1.634.208 1.669.228 1.587.953 1.632.357 -5%

Por empresas, as operadoras pe- da ESSO com 17,2%, da BP com


trolíferas estrangeiras em Angola 15,6%, da ENI com 7,3% e Pluspe- Em termos de cumprimento das no poço Noz-1, com o objectivo • Bloco 3/05
produziram 97,3% do volume total trol com 0,1%. Os remanescentes metas estabelecidas pelos opera- de remover a parafina, de modo a A produção foi afectada devido à
da produção de petróleo bruto 2,7% correspondem à produção dores das concessões em produ- criar comunicação com o fundo do falta de eruptividade de alguns
durante o período em análise, das operadoras nacionais (So- ção, registaram-se os seguintes poço. Nos trimestres seguintes, o poços, à falta de injecção de água
lideradas pela TOTAL E&P Ango- nangol Pesquisa e Produção e constrangimentos de ordem técni- campo melhorou significativamen- em todos os campos e, ao fecho
la com 36,7% da produção total, Somoil), com 2,3% e 0,5%, respec- co-operacional, abaixo descritos: te a produção, com a re-entrada de alguns poços, por força da
seguida da CHEVRON com 20,4%, tivamente. do poço CA-04 fase avançada de maturidade dos
• Associação de Cabinda Campos. De realçar que neste
Nesta concessão, a produção • Associação FS/FST Bloco, actualmente encontram-se
esteve ligeiramente abaixo do Nesta concessão, a produção fechados (93) noventa e três po-
Gráfico 5 previsto devido ao fecho de alguns esteve abaixo do previsto devido ao ços, dos quais (48) quarenta e oito
Produção de Petróleo Bruto por Operador poços dos Campos Takula, Ma- fecho de alguns poços, de entre os poços produtores e (45) quarenta e
longo e Mafumeira Sul, resultante quais (62) sessenta e dois poços cinco poços injectores.
TOTAL 36,7% de problemas operacionais e dos produtores e (3) três injectores,
trabalhos de monitorização e decorrente de vários problemas • Bloco 3/05A
Chevron 20,4%
optimização nos campos Nemba, operacionais, como fuga de óleo A baixa na produção deveu-se ao
ESSO 17,2% Ndola, Lomba e Bomboco. Apesar na linha de três polegadas, avarias fecho do poço desde dia 03 de Ou-
BP 15,6%
do acima referido, os níveis de do sistema de instrumentação e tubro, consequência da formação
produção foram sustentados com indisponibilidade do sistema de de parafinas. Face a isso, estão a
ENI 7,3% a entrada em produção de (13) gás de elavação. ser feitos trabalhos de limpeza do
SNL PP 2,3%
treze poços do projecto Mafumeira poço.
Sul, bem como a optimização do • Bloco 2/05
Somoil 0,5% Rácio Oleo Gás (GOR) nos Campos Os campos permaneceram • Bloco 4/05
Pluspetrol 0,1%
Nemba e Sanha. fechados, exceptuando o campo A produção esteve ligeiramente
Essungo que entrou em produção abaixo do previsto, devido a alguns
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% • Cabinda Sul com apenas dois poços, com a fi- problemas operacionais e à fraca
A produção esteve acima do nalidade de dar suporte à linha de injectividade de alguns poços.
previsto, apesar de ter sido produção do FS/FST. Em Dezem-
ligeiramente comprometida no I bro de 2017, foi reaberto o poço • Bloco 14
trimestre devido à baixa pressão Estrela-A do Campo Bagre. A produção esteve ligeiramente
no reservatório e às intervenções abaixo do previsto. Apesar da boa

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
34 35

performance dos reservatórios e derivado ao bom desempenho Reservatórios. Os niveis de pro- Os direitos da Concessionária alcançaram os 134.307.947 barris de
dos trabalhos de optimização de dos Reservatórios, especialmente dução foram sustentados com a petróleo bruto, correspondente a uma média diária de 367.967 barris.
gas lift, ocorreram alguns proble- com a entrada em produção do entrada em produção do projecto O período foi marcado por um decréscimo de 6%, resultante principal-
mas operacionais em alguns po- poço BAV-106 e a estabilização da Dália Fase 1A e 2ª e Girassol M14. mente da redução da produção como consequência do declínio natural
ços e a paragem não programada. Planta do ALNG. dos campos dos Bloco 17 (Girassol, Jasmim, Rosa, Dália e Pazflor) e 15
• Bloco 18 (Kizomba A e B, Mondo, Saxi e Batuque).
• Bloco 14k • Bloco 15/06 Os níveis de produção foram com-
Foi observado um declínio acen- A produção esteve acima do prometidos devido à baixa pressão
tuado da produção do campo previsto, devido ao bom desem- dos reservatórios, alguns poços Gráfico 6
Lianzi, devido essencialmente à penho dos Reservatórios com a foram fechados a nível do bloco Direitos de Petróleo Bruto da Concessionária por Bloco
formação de “Scale”. entrada em produção do campo para optimização da produção e 70.000.000
Cabaça Sudeste com dois poços e redução da água produzida.
• Bloco 15 a entrada do poço injector de gás 60.000.000

Depois de nos primeiros trimes- CSE-402, bem como a entrada em • Bloco 31


tres a produção ter sido compro- produção do campo Polo Este. Os níveis de produção estiveram 50.000.000

metida devido ao fecho de alguns abaixo do previsto, devido à fraca


300.000

poços, face ao elevado teor de • Bloco 17 injectividade de água no reser-


250.000
40.000.000

água e do alto teor de gás, no Os níveis de produção estiveram vatório, em função dos vários
200.000

III trimestre a produção esteve ligeiramente abaixo do previsto, constrangimentos no sistema de 30.000.000
150.000

ligeiramente acima do previsto, devido ao bom desempenho dos tratamento de água de injecção. 100.000

50.000
20.000.000
0
Bloco 2/05 Cabinda Bloco Bloco 4/05 Bloco
Onshore 3/05 A 14K
10.000.000

4.1.2.2 DIREITOS DE PETRÓLEO BRUTO DA CONCESSIONÁRIA NACIONAL 0


Bloco 17 Bloco 15 Bloco 18 Bloco 14 Bloco 3/05 Bloco 31 Bloco 15/06 Outros

2017 2016
Tabela 10
Direitos de Petróleo Bruto da Concessionária Nacional
Relativamente aos levantamentos por blocos, destacam-se os Blocos 17 e 15, perfa-
U.M.: Bbls zendo 77% do volume total levantado. Realçamos ainda que os maiores levantamentos
Associações Execução Variação
efectuados foram feitos nas ramas Dália, Girassol, Plutónio, Pazflor, Hungo e Mondo.
& Blocos I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre LEVANTAMENTO Homóloga
Cabinda Onshore 7.407 7.792 9.265 10.013 34.480 -21%
Bloco 2/05 30.000 - 20.000 20.000 70.000 n.a
Bloco 3/05 1.633.064 870.689 711.571 857.053 4.072.377 -17%
Bloco 3/05A 60.000 50.000 - - 110.000 -4%
Bloco 4/05 - 81.321 - 79.800 161.121 -27%
Bloco 14 1.664.662 1.608.742 2.083.129 2.279.483 7.636.016 -12%
Bloco 14K 59.756 50.067 70.969 51.935 232.726 -19%
Bloco 15 9.252.460 7.416.370 10.482.994 7.834.591 34.986.415 -20%
Bloco 15/06 488.538 626.231 1.058.409 968.488 3.141.666 32%
Bloco 17 14.516.626 15.277.678 17.969.499 20.700.021 68.463.824 9%
Bloco 18 2.936.101 2.907.348 2.910.042 2.856.522 11.610.013 -18%
Bloco 31 1.124.916 962.665 939.399 762.332 3.789.312 -22%
Total 31.773.530 29.858.903 36.255.277 36.420.238 134.307.947 -6%
Média diária 349.160 328.120 394.079 395.872 367.967 -6%

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36 37

4.1.2.3 PRODUÇÃO DE GÁS 4.1.2.3.2 PRODUÇÃO DE LPG


4.1.2.3.1 PRODUÇÃO DE GÁS NATURAL ASSOCIADO Tabela 12
Produção de LPG de Angola
Tabela 11
U.M.: TM
Produção Gás Natural Associado
Execução Variação
Origem
U.M.: Pés cúbicos (ft3)
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Produção Homóloga
Execução Variação Sanha 80.169 82.648 100.323 90.149 353.289 -15%
Blocos
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Produção Homóloga
Butano 33.446 34.996 41.625 37.195 147.262 -14%
Offshore 293.265 292.949 304.867 290.803 1.181.883 -9% Propano 46.723 47.652 58.698 52.954 206.027 -16%
Bloco 0 110.078 119.819 126.218 121.660 477.775 -1% Cabinda Gas Plant 15.021 10.489 10.084 12.090 47.684 -32%
Área A 27.733 31.098 36.808 35.147 130.786 2% Butano 6.884 4.954 4.403 5.363 21.604 -33%
Área B 82.345 88.721 89.410 86.513 346.989 -1% Propano 8.137 5.535 5.681 6.727 26.080 -32%
Bloco 2/05 - - - - - n.a Refinaria de Luanda 7.209 7.527 6.401 5.607 26.744 -2%
Bloco 3/05 4.478 9.488 5.569 6.948 26.483 20% ALNG 166.818 205.930 212.663 214.065 799.476 266%
Bloco 3/05A 167 227 145 - 539 -34% Butano 69.899 83.397 83.690 84.540 321.526 242%
Bloco 4/05 340 372 422 266 1.400 -7% Propano 96.919 122.533 128.973 129.525 477.950 284%
Bloco 14 8.879 8.184 6.561 6.773 30.397 -38% Total 269.217 306.594 329.471 321.911 1.227.193 68%
Bloco 14k 1.038 911 780 606 3.335 38%
Bloco 15 52.836 53.017 54.315 54.220 214.388 -18%
A produção de LPG registou um crescimento de 68%
Bloco 15/06 8.728 10.515 14.253 11.521 45.017 27% face ao ano de 2016, correspondente a 495.124 tonela-
Bloco 17 65.325 51.029 58.090 53.478 227.922 -12% das métricas. Este aumento deveu-se, fundamental-
Bloco 18 23.589 24.855 22.100 22.661 93.205 -14% mente, ao bom desempenho da fábrica do Angola LNG.
Bloco 31 17.807 14.531 16.412 12.672 61.422 -11%
Gráfico 7
Onshore 998 1.805 1.873 1.689 6.365 13%
Direitos de Petróleo Bruto
Cabinda Sul 98 887 895 771 2.651 -3% da Concessionária por Bloco
Associação FS 12 14 16 14 56 180%
Associação FST 888 904 962 904 3.658 27%
38%
2% ALNG
Total 294.263 294.754 306.740 292.492 1.188.248 -8% Refinaria
de Luanda

Durante o ano de 2017 foram produzidos em Angola 1.188.248 pés cúbicos de gás nas concessões petrolíferas 4%
em produção, o que corresponde a um decréscimo de 8% face ao ano de 2016. Cabinda
Gas Plant

29%
Sanha

A planta do ALNG foi a maior responsável pelo alcance


deste volume de produção, perfazendo 65%, seguida da
fábrica do Sanha com 29%, do Cabinda Gas Plant com
4% e da Refinaria de Luanda com 2%.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
38 39

4.1.2.3.3 PRODUÇÃO DE LNG E CONDENSADOS 4.1.3 GESTÃO ECONÓMICA DAS CONCESSÕES


Tabela 13 4.1.3.1 CUSTOS DE PRODUÇÃO
Produção de LNG de Angola
Tabela 15
U.M.: TM
Custos de Operação nas Concessões em Produção
Execução Variação
Origem
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Produção Homóloga U.M.: USD/Bbl

Angola LNG 913.402 1.027.650 1.194.231 1.235.734 4.371.017 387% Custo de Produção Variação
Blocos
2017 2016 Homóloga
Total 913.402 1.027.650 1.194.231 1.235.734 4.371.017 387%
Bloco 0 11,67 11,80 -1%
Bloco 2/05 31,37 15,22 106%
Tabela 14 Bloco 3/05 14,71 17,84 -18%
Produção de Condensados de Angola
Bloco 3/05A 13,93 6,78 105%
U.M.: TM Bloco 4/05 28,78 33,00 -13%
Execução Variação Bloco 14 7,11 12,00 -41%
Origem
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Produção Homóloga Bloco 14K 7,64 17,18 -56%
Angola LNG 43.679 55.391 62.003 63.398 224.471 199% Bloco 15 5,69 4,42 29%
Total 43.679 55.391 62.003 63.398 224.471 199% Bloco 15/06 11,27 10,43 8%
Bloco 17 3,85 6,36 -39%
Bloco 18 6,33 6,87 -8%
A produção de Gás Natural Li- Comparativamente ao ano de 2016 tendo-se ainda verificado uma para-
quefeito, no ano em análise, foi de registou-se um aumento de 199%. gem em Agosto do mesmo ano. Já Bloco 31 4,82 4,73 2%
4.371.017 toneladas métricas, 387% em 2017 não se registou nenhuma Cabinda Sul 16,11 12,38 30%
acima do volume atingido no ano De realçar que em 2016 a fábrica paragem que afectasse em grande Associação FS 29,70 25,42 17%
anterior. Relativamente aos Conden- do Angola LNG começou a produ- medida a produção, o que justifica o Associação FST 27,94 21,59 29%
sados, registou-se uma produção zir apenas no mês de Maio, depois substancial aumento. Custo Médio Ponderado 6,74 7,66 -12%
de 224.471 toneladas métricas. de um longo período de paragem,

Durante o período em análise, o unitários de USD 3,85/Bbl e USD


custo operacional médio ponde- 4,82/Bbl, respectivamente.
rado da indústria petrolífera foi de
USD 6,74/Bbl, excluindo os custos Contrariamente, os menores
de abandono, registando-se uma níveis de eficiência observaram-se
redução em 12% relativamente ao no Bloco 2/05 com um custo de
ano de 2016. USD 31,37/Bbl e na Associações
FS e bloco 4/05 com custos de
Os maiores níveis de eficiência USD 29,70/Bbl e USD 28,78/Bbl,
observaram-se nos Blocos 17 respectivamente.
e 31, tendo apresentado custos

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40 41

4.1.4 EXPORTAÇÕES DA CONCESSIONÁRIA 4.1.4.1 RECUPERAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


REALIZADOS NAS CONCESSÕES EM PRODUÇÃO
Tabela 16
Mapa de Exportações da Sonangol Concessionária Tabela 17
Custos Recuperados nas Concessões em Produção
U.M.: Bbls
U.M.: MIL usd
Executado
Variação
Ramas Exportadas Quantidade Custos Custos por
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Homóloga Blocos Custos Incorridos
Exportada Recuperados Recuperar
Dália 4.624.518 8.410.537 9.239.320 11.116.434 33.390.809 19% Bloco 2/05 1.920.700 21.182 1.899.518
Girassol 5.135.506 3.917.805 3.961.685 4.657.618 17.672.614 -14% Bloco 3/05 6.085.478 5.433.122 652.356
Paz Flor 3.756.048 1.947.787 2.765.414 3.671.129 12.140.378 44% Bloco 3/05A 653.919 49.014 604.905
Mondo 2.777.320 2.762.183 2.706.385 2.866.678 11.112.566 7% Bloco 4/05 2.617.095 2.375.557 241.538
Hungo 3.623.917 1.842.596 4.667.001 - 10.133.514 -36% Bloco 14 28.727.340 22.856.600 5.870.740
Kissange 1.809.652 1.855.970 1.891.373 2.762.341 8.319.336 -17% Bloco 15 45.421.397 41.139.812 4.281.585
Nemba 1.724.418 1.589.827 1.941.458 2.312.328 7.568.031 -23% Bloco 15/06 15.462.397 3.140.058 12.322.339
CLOV 1.000.554 1.001.546 2.003.079 954.840 4.960.019 -2% Bloco 17 77.379.280 63.842.993 13.536.287
Saxi-Batuque 940.027 955.624 916.882 1.903.865 4.716.398 -28% Bloco 18 20.281.847 18.974.990 1.306.856
Saturno 1.124.916 962.974 939.399 762.332 3.789.621 -20% Bloco 31 23.450.001 9.557.551 13.892.450
Plutónio 980.257 - 949.911 - 1.930.168 -60% COS 877.679 104.717 772.962
Sangos 414.412 275.133 560.947 554.464 1.804.956 -20% Total 222.877.135 167.495.597 55.381.538
Olombendo 74.126 351.099 497.462 414.024 1.336.711 n.a
Gimboa - 81.321 - 79.800 161.121 -66% No período em análise, os custos Paz-flor, concluído em 2011 e,
Total 27.985.671 25.954.402 33.040.316 32.055.853 119.036.242 -6% recuperados relativos às conces- recentemente, o projecto CLOV
sões petrolíferas em produção concluído em meados de 2014.
corresponderam a despesas de
desenvolvimento, num total de Os custos por recuperar do Bloco
No decorrer do ano de 2017, as MUSD 167.495.597, representando 15/06 representam 22% do total
exportações da Concessionária um incremento de 9% na recupe- dos custos por recuperar. De
foram de 119.036.242 barris de ração de custos comparativamen- realçar que, desde o início da pro-
petróleo bruto, registando-se um te ao ano de 2016, devido sobretu- dução em 2014 foram recuperados
decréscimo de 6% face ao ano do à subida que se vem registando apenas 20% dos custos recuperá-
anterior. no preço do barril de petróleo no veis, devido aos elevados custos
mercado internacional. de desenvolvimento, por um lado
A rama Dália teve o maior peso no e, por outro, devido ao facto de a
volume de exportações, represen- Em relação aos custos por re- produção ter começado em 2014,
tando 28% da quantidade exporta- cuperar, o Bloco 31 continua a período em que o preço do barril
da pela Concessionária durante o ser o activo com o maior volume, do petróleo no mercado começou
ano. De realçar ainda a entrada da representando 25% do total dos a baixar progressivamente até ao
rama Olombendo, proveniente do custos por recuperar, por força do final de 2017.
Bloco15/06, cuja representativida- elevado custo de desenvolvimento
de nas exportações foi de 1%. do PSVM, cuja produção iniciou no No Bloco 15 os custos reportados
4.º trimestre de 2012. Segue-se o estão associados às despesas
Bloco 17 com um volume de cus- de desenvolvimento do projec-
tos por recuperar na ordem dos to Kizomba Satelite fase 2, cuja
24%, resultante dos investimentos entrada em produção ocorreu em
nos projectos de desenvolvimento Junho de 2015.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
42 43

4.2 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR – SEGMENTO UPSTREAM No decorrer do ano 2017 verifi- -se um acréscimo de 4% devido Bloco 15/06, Bloco não Operado,
cou-se um acréscimo de 3% na ao aumento da produção na área onde a Sonangol participa como
produção de Petróleo Bruto da A, com a entrada em produção de investidora, no qual entraram dois
A actividade de Exploração e sentando um aumento de 3% em no aumento da produção de 35% Sonangol Investidora, comparati- (13) treze poços do projecto Mafu- poços em produção no campo
Produção é um segmento crítico relação ao período homólogo. Este e na redução das importações em vamente ao período homólogo em meira Sul. Cabaça Sudeste.
da actividade da Sonangol, o que acréscimo resulta essencialmen- 98% face ao ano anterior. 2016.
se reflete na própria estratégia te do aumento da produção da Quanto à Pesquisa e Produção,
de investimento da Companhia, Sonangol Pesquisa e Produção no Em 2017 a cadeia primária do Relativamente à quota-parte da verificou-se um acréscimo de 2%
com este segmento a representar Bloco 15/06 em 54% e, do aumen- Upstream registou vendas cor- Sonangol EP, no Bloco 0 verificou- devido ao aumento da produção no
90,6% do investimento total rea- to da produção da Sonangol E.P. respondentes a AOA 2.130.340
lizado em 2017, tal como referido no Bloco 0, área A, em 13%. milhões e um EBITDA de AOA
no ponto 2.4. 541.117 milhões, equivalente a
No que diz respeito à produção de 87% do EBITDA total da empresa.
Angola produziu em 2017 um total LPG, o aumento da produção da 4.2.2 PRODUÇÃO DE GÁS DA SONANGOL E.P
de 595.810.124 barris de Petróleo fábrica de ALNG onde a Sonangol
Bruto, dos quais 82.517.635 são tem uma participação de 22,8%, 4.2.2.1 PRODUÇÃO DE LPG
respeitantes à Sonangol, repre- veio a reflectir-se positivamente
Tabela 19
Produção de LPG Quota-Parte Sonangol

4.2.1 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO DA SONANGOL INVESTIDORA U.M.: TM

Quantidade Produzida Variação


Origem
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Produção Homóloga
Tabela 18
Produção de Petróleo Bruto da Sonangol Investidora Sanha (41%) 32.869 33.886 41.132 36.961 144.848 -15%
Butano 13.713 14.348 17.066 15.250 60.377 -14%
U.M.: Bbls
Propano 19.156 19.537 24.066 21.711 84.471 -16%
Execução Variação
Associações & Blocos Cabinda Gas Plant (41%) 6.159 4.300 4.134 4.957 19.550 -32%
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Produção Homóloga
Butano 2.822 2.031 1.805 2.199 8.858 -33%
SNL E.P 7.943.254 9.537.171 9.771.418 9.452.393 36.704.235 4%
Propano 3.336 2.269 2.329 2.758 10.693 -32%
Bloco 0 7.943.254 9.537.171 9.771.418 9.452.393 36.704.235 4%
Refinaria de Luanda (100%) 7.209 7.527 6.401 5.607 26.744 -2%
Área A 5.255.780 6.579.498 6.983.194 6.703.335 25.521.807 13%
ALNG (22,8%) 38.035 46.952 48.487 48.807 182.281 266%
Área B 2.687.474 2.957.672 2.788.224 2.749.058 11.182.428 -11%
Butano 15.937 19.015 19.081 19.275 73.308 242%
SNL P&P 11.234.109 11.078.615 12.156.101 11.344.575 45.813.400 2%
Propano 22.098 27.938 29.406 29.532 108.973 284%
Blocos Operados 1.260.746 1.215.961 1.167.311 985.256 4.629.273 -6%
Total 84.271 92.665 100.155 96.332 373.423 35%
Bloco 3/05 944.188 892.762 889.994 762.577 3.489.520 1%
Bloco 3/05A 46.765 42.882 22.364 - 112.010 -46%
Bloco 4/05 269.794 280.317 254.953 222.679 1.027.743 -19%
Da produção total de LPG, couberam à Sonangol Luanda e do Cabinda Gas Plant, sendo 7% e 5%, res-
Blocos Não Operados 9.973.363 9.862.654 10.988.791 10.359.319 41.184.127 3%
373.423 toneladas métricas, das quais 49% prove- pectivamente. Em relação ao período homólogo do
Cabinda Sul 21.294 22.410 26.638 28.788 99.130 -20%
nientes do Angola LNG, 39% provenientes do Sanha ano 2016, a Sonangol registou um aumento de 35%
Associação FS/FST 31.967 30.079 29.031 28.547 119.624 -12% e os restantes 12% provenientes da Refinaria de na produção de LPG.
Bloco 14 1.198.846 1.098.068 997.090 919.958 4.213.962 -16%
Bloco 14K 178.296 161.946 152.467 138.979 631.688 -26%
Bloco 15/06 2.542.381 3.615.334 4.472.298 4.244.770 14.874.783 54%
Bloco 31 6.000.579 4.934.817 5.311.267 4.998.278 21.244.940 -13%
Total 19.177.363 20.615.785 21.927.519 20.796.968 82.517.635 3%
Média Diária 213.082 226.547 238.343 226.054 226.076 3%

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
44 45

Tabela 22
4.2.2.2 PRODUÇÃO DE LNG E CONDENSADOS Taxa Média de Utilização da Capacidade Instalada

Processamento Execução Variação


Tabela 20 De Petróleo Bruto Homóloga
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Processamento
Produção de LNG Quota-Parte Sonangol
Taxa de Utilização da
U.M.: TM 85% 84% 77% 75% 80% -3%
Capacidade Instalada (BOPD)
Execução Variação
Origem
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Produção Homóloga
A taxa média de utilização da capacidade instalada foi de 80%, 3% abaixo da taxa alcançada em 2016.
Angola LNG 208.256 234.304 272.285 281.747 996.592 387%
Total 208.256 234.304 272.285 281.747 996.592 387% Tabela 23
Volume de Petróleo Bruto Processado
U.M.: Bbls

Tabela 21 Execução Variação


Produção de Condensados Quota-Parte Sonangol Ramas
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Processamento Homóloga
U.M.: TM
Palanca 2.665.106 1.996.352 2.183.772 1.431.414 8.276.644 -11%
Execução Variação
Origem Nemba - - 119.947 180.956 300.903 201%
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Produção Homóloga
Plutónio 2.237.569 2.767.310 2.147.578 2.562.479 9.714.936 -4%
Angola LNG 9.959 12.629 14.137 14.455 51.179 199%
Hungo 75.440 188.079 148.086 334.069 745.674 388%
Total 9.959 12.629 14.137 14.455 51.179 199%
Total 4.978.115 4.951.741 4.599.383 4.508.918 19.038.157 -3%
Processamento Diário 55.312 54.415 49.993 49.010 52.159

Durante o ano de 2017, a produção de LNG da Sonangol ascendeu as 996.592 toneladas métricas e a de
Condensados atingiu as 51.179 toneladas métricas, ambas provenientes da fábrica da Angola LNG. Em 2017, a Refinaria de Luanda adquiriu 18.579.108 barris de petróleo bruto distribuídos pelas ramas Plutó-
nio (52%), Palanca (42%), Hungo (4%) e Nemba (2%).

Foram processados 19.038.157 barris de Petróleo Bruto, correspondente a uma média diária de 52.159 barris,
i.e., uma produção total de 2.473.434 TM de produtos refinados.
4.3 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR – SEGMENTO MIDSTREAM
Tabela 24
O segmento de Refinação e Transporte registou em 2017 vendas equivalentes a AOA 208.776 milhões e um Produção de Refinados
EBITDA de AOA 41.207 milhões, correspondente a 7% do EBITDA total da Sonangol. Relativamente à acti- U.M.: TM

vidade da Refinaria de Luanda, verificou-se um decréscimo do fornecimento de matérias-primas de 7% e, Execução Variação


Produto
consequentemente, um decréscimo da utilização da capacidade de refinação instalada de 3%, face ao período I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre PRODUÇÃO Homóloga
homólogo. Esta retracção reflectiu-se de forma proporcional na diminuição do volume de petróleo bruto pro- LPG 7.898 7.527 6.401 5.390 27.216 0%
cessado e no volume de refinados produzidos (3%). Nafta 67.077 66.147 64.423 80.064 277.711 -9%
Gasolina 16.440 11.691 6.518 - 34.649 5%
Jet B 17.860 11.899 20.638 20.634 71.031 -9%

4.3.1 NEGÓCIO DE REFINAÇÃO Jet A1 75.278 60.385 70.813 72.170 278.646 7%


Querosene 17.325 24.233 6.508 3.885 51.951 -39%
Relativamente ao negócio de Refinação, a Sonangol mantém em operação a Refinaria de Luanda com uma Gasóleo 158.882 164.962 140.108 142.988 606.940 1%
capacidade nominal instalada de 65.000 Bbl/d. A taxa média de utilização da capacidade instalada em 2017 foi Ordoil 57.918 13.525 33.039 56.988 161.470 -19%
de 80%. O decréscimo registado deveu-se à diminuição no fornecimento de matérias-primas em 7%, ou seja, Fuel Oil 224.457 274.678 243.250 205.075 947.460 -2%
uma redução no fornecimento das principais ramas, Plutónio e Palanca, em 4% e 11%, respectivamente.
Asfalto 2.122 5.509 2.506 6.162 16.299 395%
Cutback 20 41 - - 61 -94%
Total 645.277 640.597 594.204 593.356 2.473.434 -3%

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
46 47

Em 2017, a produção de refinados Gráfico 8 4.3.2 NEGÓCIO DE TRANSPORTE DE PETRÓLEO BRUTO,


representou um decréscimo de 3% Perfil de Produção de Produtos Refinados
REFINADOS E GÁS
face ao período homólogo, tendo-se
observado os seguintes factos: 38% Relativamente às actividades de transporte, face a 2016, verificou-se um aumento de 17% das quantidades
Fuel Oil
de petróleo bruto transportadas. Este segmento representou 9,2% do investimento total realizado em 2017, o
• Avarias de equipamentos 7% segundo maior depois do segmento da Exploração e Produção.
Ordoil
críticos, reveladoras de desgaste
depois de 7 anos de funciona- 1% Tabela 25
Asfalto
mento contínuo, que agravam Volume de Petróleo Bruto Transportado
U.M.: TM
a necessidade da realização da
Paragem Geral (a última ocorreu 0% Execução
Cutback Variação
em 2010); Frota Quatidades
1% I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Homóloga
Transportadas
LPG
• Cortes de energia eléctrica por 25% Frota SUEZMAX 1.716.922 1.886.172 1.658.055 1.973.202 7.234.351 30%
Gasóleo 11%
avaria da turbina GT35; Nafta Petróleo Bruto 1.716.922 1.886.172 1.658.055 1.973.202 7.234.351 30%
Frota CABOTAGEM 625.177 568.445 828.842 531.395 2.553.859 -8%
• Cancelamentos ou adiamentos 1%
2% Gasolina
Petróleo Bruto 625.177 568.445 828.842 531.395 2.553.859 -8%
nos carregamentos de petróleo Querosene
Total 2.342.099 2.454.617 2.486.897 2.504.597 9.788.210 17%
bruto, fundamentalmente da 3%
rama Plutónio; 11% Jet B
Jet A1
De forma agregada, o transporte de petróleo bruto e derivados atingiu as 14.940.021 toneladas métricas.
• Incumprimento dos planos de
retiradas de Fuel Oil pelo navio As frotas Suezmax (74%) e Cabotagem (26%) foram responsáveis pelo transporte de 9.788.210 toneladas mé-
Katyavala e pelas empresas de tricas de petróleo bruto, reflectindo uma redução de 17% face ao ano anterior.
produção de cimento, estrangu- Considerando o tempo de existên-
lando, assim, os programas de cia do actual catalisador e os su- Tabela 26
exportações; cessivos processos de regenera- Volume de Produtos Derivados Transportado por Segmentos
ção que sofreu, foram adquiridos e U.M.: TM

• Falta de peças sobressalentes encontram-se na Refinaria novos Execução


Variação
para reparação dos equipamen- catalisadores para substituição. Frota/Produto Quatidades Homóloga
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre
tos (há mais de três anos que não Transportadas
há reposição de stock no arma- A extracção de LPG diminuiu nos Frota Cabotagem 1.018.883 953.435 866.446 995.975 3.834.739 -32%
zém); últimos três anos como resultado Consumo Doméstico 1.008.866 937.620 858.080 982.592 3.787.158 -32%
do mix de petróleo bruto proces- Gasóleo 569.725 545.453 463.788 553.185 2.132.151 -39%
• Atraso na reposição dos stocks sado, quando a Refinaria passou
Gasolina 353.605 277.617 234.381 297.750 1.163.353 -30%
de produtos químicos, resultante a tratar maioritariamente a rama
Querosene 1.186 - - - 1.186 -63%
de atrasos nos pagamentos aos Plutónio, resultando num nível
fornecedores; de extração de LPG de apenas Jet A1 3.077 4.878 2.570 2.677 13.202 -65%
1,06% do volume total de petróleo LPG 81.273 109.672 157.341 128.980 477.266 43%
• Excessiva burocracia nos pro- bruto processado, dando o início Exportação 10.017 15.815 8.366 8.927 43.125 -2%
cessos de contratação, conse- a produção do Asfalto com pene- Gasóleo 5.897 11.113 5.892 4.987 27.889 -6%
quentemente nos pagamentos a tração 50/70, respondendo assim, Gasolina 1.845 2.248 1.714 1.623 7.430 12%
fornecedores. à especificação do produto que o Jet A1 2.275 2.454 760 2.317 7.806 -1%
mercado exigia. Desta forma, a
Importação - - - 4.456 4.456 -67%
A produção de Gasolina foi inter- produção do Asfalto aumentou em
rompida no mês de Setembro, por mais de quatro vezes comparati- Lubrificantes & Óleo - - - 4.456 4.456 -67%
ineficiência do Catalisador da U700 vamente ao ano anterior. Frota LNG 350.871 350.241 278.594 337.366 1.317.072 n.a
(fim de mais um ciclo de vida), tendo LNG 350.871 350.241 278.594 337.366 - n.a
iniciado o processo de regeneração. Total 1.369.754 1.303.676 1.145.040 1.333.341 5.151.811 -8%

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
48 49

O transporte de refinados também reduziu Ainda assim, o Gasóleo foi o produto mais 4.4.1 NEGÓCIO DE LOGÍSTICA
8% seguindo a mesma base de compara- transportado, com 41,9%, devido à sua múlti-
ção. A frota Cabotagem foi preponderante pla utilização (transporte e indústria), seguido 4.4.1.1 APROVISIONAMENTO
no volume de produtos transportados, do LNG com 25,6%, Gasolina com 22,7%, LPG
representando 74%, tendo a frota LNG par- com 9,3%, Jet A1, Lubrificante & Óleo e Que-
Tabela 27
ticipado com apenas 26%. rosene com 0,5% cumulativamente. Aquisição de Produtos Refinados por Origem

Gráfico 9 U.M.: TM
Transporte de Produtos Refinados e Gás Execução
Variação
Produtos Quantidade
9% I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre
Aprovisionada
Homóloga
23%
LPG 0%
Querosene Importação 605.149 726.313 1.067.573 835.228 3.267.227 -7%
Gasolina
0% Sonangol Logística 595.276 716.145 1.048.015 855.059 3.214.495 -6%
Lubrif. & Óleo
Gasóleo 363.253 455.131 764.786 640.536 2.223.706 -5%
Gasolina 232.023 261.014 283.229 181.559 957.825 -7%
Jet A1 - - - 32.964 32.964 0%
Sonagás - - 1.600 - 1.600 -98%
26%
LNG LPG - - 1.600 - 1.600 -98%
Sonangol Distribuidora 9.873 10.168 17.958 13.133 51.132 113%
Gasóleo (MGO) - - - - - -100%
Asfalto 9.873 10.168 17.958 13.133 51.132 113%
Refinaria de Luanda 279.581 269.402 287.972 285.720 1.122.675 9%
42% Gasóleo 152.595 141.180 157.787 157.891 609.453 2%
Gasóleo
Gasolina 11.211 11.719 15.500 15.203 53.633 91%
Jet A1 70.047 71.933 72.196 72.967 287.143 28%
Jet B 17.120 17.079 14.283 11.538 60.020 -20%
Querosene 21.399 19.964 21.805 22.514 85.681 11%
4.4 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR SEGMENTO DOWNSTREAM LPG 7.209 7.527 6.401 5.607 26.744 -2%
Topping Malongo 20.551 19.574 19.993 19.882 80.001 5%
O segmento de Logística e Dis- homólogo. Entretanto, realça-se a ser a Gasolina e o Gasóleo,
Gasóleo 15.593 14.889 14.894 14.798 60.175 -2%
tribuição registou em 2017 ven- que 36% da quantidade total representando mais de 70% das
das equivalentes a AOA 743.645 aprovisionada teve origem no vendas, com especial destaque Jet A1 606 484 411 387 1.889 -34%
milhões e um EBITDA de AOA mercado nacional. para o segmento do Consumo Querosene 4.352 4.200 4.688 4.697 17.937 48%
148.332 milhões, correspondente e do Retalho. Estes, apesar de Sanha Gás 32.869 33.886 41.132 36.961 144.848 -15%
a 10% do EBITDA total alcançado Na actividade de logística e em serem os segmentos com maior LPG 32.869 33.886 41.132 36.961 144.848 -15%
pela Sonangol. linha com a contracção da pro- consumo, também são os que Angola LNG 38.035 46.952 48.487 48.807 182.281 266%
cura, registou-se uma redução enfrentam maior concorrência. LPG 38.035 46.952 48.487 48.807 182.281 266%
O aumento dos preços dos pro- dos volumes aprovisionados em
Total 986.058 1.106.295 1.483.116 1.239.731 4.797.032 -1%
dutos refinados, como consequ- 10% e da capacidade de arma- Em termos de mercado inter-
ência da eliminação da subven- zenagem em 22%, esta última nacional, também se registou
ção ao preço ocorrido em 2016, devido à rescisão do contrato de uma redução da exportação de Durante o período em análise, Das aquisições totais, 68% tive- de Luanda cresceram 9%, com-
continua a impactar directamen- aluguer do navio para armaze- Petróleo Bruto (decréscimo de foram adquiridos 4.797.032 TM ram origem no mercado externo, parado com o mesmo período de
te este segmento de negócios. nagem flutuante. 3%), enquanto que a exportação de produtos refinados, registan- enquanto que o mercado interno 2016, motivadas principalmente
Registou-se uma redução de 1% de produtos refinados aumentou do-se um decréscimo de 1% face foi responsável por 32%. pelo aumento de produção de
na aquisição de produtos refi- Relativamente à actividade de em 8%. ao período homólogo, devido à Gasolina e Jet A1.
nados e de e 15% nos produtos Distribuição, os produtos mais retracção no consumo de deri- Apesar do desempenho geral ter
comercializados face ao período comercializados continuam vados. reduzido, as compras à Refinaria

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
50 51

Tabela 28
Aprovisionamento de Produtos Refinados 4.4.2 NEGÓCIO DE DISTRIBUIÇÃO
4.4.2.1 COMERCIALIZAÇÃO
U.M.: TM

Execução
Variação
Produtos Quantidade
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Homóloga
Aprovisionada Tabela 30
Gasóleo 531.441 611.201 937.467 813.225 2.893.334 -18% Quantidades de Produtos Refinados Comercializados
U.M.: TM
Gasolina 243.234 272.733 298.729 196.762 1.011.458 -4%
Execução
Jet A1 70.653 72.417 72.607 73.354 289.032 27% Variação
Produto Quantidade
Jet B 17.120 17.079 14.283 11.538 60.020 -20% I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Homóloga
Comercializada
Kerosene 25.751 24.164 26.492 27.210 103.618 16%
Gasóleo 521.067 508.238 464.234 532.204 2.025.744 -23%
Asfalto 9.873 10.168 17.958 13.133 51.132 113%
Gasolina 163.675 159.050 161.355 158.871 642.951 -22%
LPG 78.113 88.365 97.621 91.375 355.473 12%
LPG (Gás butano) 77.133 80.484 82.330 80.945 320.892 44%
Total 976.185 1.096.127 1.465.158 1.226.598 4.764.068 -10%
Jet A1 64.408 65.782 68.647 71.065 269.901 7%
Outros 20.182 12.966 96.149 18.386 147.683 1075%
Os produtos com maior volume aprovisionado fo- Jet B 17.033 12.027 18.561 22.821 70.443 -9%
ram o Gasóleo (53%) e a Gasolina (25%), totalizan- Asfalto 1.671 5.883 12.564 40.932 61.049 136%
do 79%; registou-se um incremento nos volumes
Fuel Extra Heavy 35.592 1.282 313 6.013 43.199 -71%
de LPG (12%) e um ligeiro aumento no volume
Querosene 11.315 13.139 7.498 4.551 36.503 -33%
aprovisionado de Jet A1 (15%), comparativamente
ao ano de 2016. Fuel Oil 1500 - - - 11.005 11.005 37%
Lubrificantes 2.706 2.369 2.346 1.821 9.242 -34%
Cutback 24 44 66 - 134 -86%
Gás de aviação 5 - 8 3 16 -100%
4.4.1.2 ARMAZENAGEM Total 914.811 861.265 914.070 948.615 3.638.761 -15%

Tabela 29
Capacidade de Armazenagem
U.M.: M3
A comercialização de derivados de Gráfico 10
Execução Comercialização de produtos refinados
Capacidade Média Variação petróleo foi de 3.638.761 TM, re- por Segmento de Negócios
de Armazenagem Quantidade Homóloga gistando-se uma redução de 15%,
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre 60%
Aprovisionada
face ao período homólogo.
49%
Terra 358.510 358.510 358.510 358.510 358.510 -6% 50%
45%
Flutuante 340.170 340.170 340.170 340.170 340.170 -34% Esta redução é explicada pela con- 40%

Total 698.680 698.680 698.680 698.680 698.680 -22% tracção da procura, face à actual 32% 33%
30%
conjuntura económica nacional.
20%
15%
A capacidade de armazena- Esta redução deveu-se à retirada O Gasóleo e a Gasolina continuam 10%
11%
8%
gem de produtos refinados em operação do navio Múcua, a ser os produtos mais comer- 6%
0,28% 0,35%
foi de 698.680 M3, dos quais em função do reajustamento cializados, representando, no seu 0%
Consumo Retalho Marinha Aviação Lubrificante
358.510 M3 em terra e 340.170 das necessidades da empresa, conjunto, 73% das quantidades 2017 2016
M3 em navios de armazenagem tendo resultado na rescisão do vendidas.
flutuante, verificando-se um contrato de aluguer da referida Por segmento de negócios, verifica-se uma
decréscimo de 22% comparara- unidade. maior representatividade no consumo,
tivamente ao período homólogo. derivado ao fornecimento de gasóleo para
as centrais térmicas.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
52 53

Gráfico 11
Quota de Mercado por Segmento de Negócios
4.4.3 COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL
120% 4.4.3.1 PETRÓLEO BRUTO
100% 100% 100%
100% 92% 86% 89%
Quota de Mercado

80% 72%
66%
60% 56%
60% Tabela 31
Exportação de Petróleo Bruto por Rama
40%

20% U.M.: Bbls

0% Execução
Marinha Aviação Consumo Retalho Lubrificantes
Variação
Ramas Quantidade
2017 2016
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Homóloga
Exportada

Os segmentos de Retalho e de Consumo são os que Dália 4.624.518 8.410.537 9.239.320 11.116.434 33.390.809 19%
enfrentaram maior concorrência, pelo que sofreram Saturno 7.355.548 6.414.777 6.391.202 5.435.306 25.596.833 -14%
reduções das respectivas quotas em 2017. Contraria- Cabinda 5.594.177 6.449.950 6.404.239 6.494.517 24.942.883 15%
mente, a quota de mercado no segmento de Lubrifi- Nemba 5.671.775 5.749.208 5.701.543 6.697.587 23.820.113 -7%
cantes teve um acréscimo de 6 pontos percentuais, Girassol 5.135.506 3.917.805 3.961.685 4.957.618 17.972.614 -12%
devido à establização da unidade de produção.
Paz-flor 3.756.048 1.947.787 2.765.414 3.671.129 12.140.378 44%
Mondo 2.777.320 2.762.183 2.706.385 2.866.678 11.112.566 7%
Figura 3
Comercialização de Produtos Refinados por Regiões Hungo 3.623.917 1.842.596 4.667.001 - 10.133.514 -36%
Sangos 2.718.548 1.855.762 2.720.532 1.813.867 9.108.709 -24%
5,6% Kissanje 1.809.652 1.855.970 1.891.373 2.762.341 8.319.336 -17%
Cabinda
(17)
Olombendo 410.926 1.946.315 2.814.199 1.811.919 6.983.359 n.a
6%
Zaire 0,9% CLOV 1.000.554 1.001.546 2.003.079 954.840 4.960.019 -2%
(12) Uíge
(26) Saxi-batuque 940.027 955.624 916.882 1.903.865 4.716.398 -28%
0,5% Palanca 1.022.065 - - 986.646 2.008.711 2%
Bengo
(7) 0,7% 0,7%
57,7%
Cuanza
2,1%
Lunda Norte Plutónio 980.257 - 949.911 - 1.930.168 -60%
Luanda Malanje
Norte (8)
(18)
(89) (4) Gimboa - 547.989 - 534.817 1.082.806 -36%
0,3% Lianzi 81.866 - - - 81.866 -96%
Lunda Sul
1,6% (9)
Cuanza Sul Total 47.502.704 45.658.049 53.132.765 52.007.564 198.301.082 -3%
(21)

3,8% 1,1%
2,8%
As vendas externas de petróleo um aumento devido a um desem-
Huambo Bié
8,2% (50) (16) Moxico
Benguela
(52)
(11)
bruto reduziram 3%, compara- penho positivo dos diferenciais
tivamente ao período homólogo alcançados nas ramas angolanas,
4,4%
Huíla de 2016, tendo sido exportados motivado pela forte procura por
(43)
2% 0,9%
198.301.082 barris. parte dos refinadores asiáticos,
Namibe
(16) 0,8%
Cuando Cubango bem como pela escassez global
(12)
Cunene
(8)
Esta redução deveu-se a uma da oferta de ramas pesadas, que
ligeira diminuição dos Direitos acabou contribuindo positivamen-
de Levantamento da Sonangol te para um melhor posicionamen-
5 Maiores centros de consumo 5 Menores centros de consumo
durante o ano de 2017. Todavia, to da Sonangol nas negociações
em termos de receitas registou-se destas ramas.
Outros centros de consumo (#) Número de PA’s operacionias

As províncias de Luanda, Benguela, Zaire, Cabinda e


Huíla continuam a liderar o consumo de produtos refi-
nados, representando 82% do total registado no período.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
54 55

Tabela 32
Gráfico 12
Exportação de Petróleo Bruto por Rama
Em termos de representativida- Exportação de Petróleo Bruto por Destino
de, no petróleo bruto exportado U.M.: TM
4% 4% sobressaem as ramas Dália com Execução
5% Kissanje Olombendo
3% 18%, Saturno com 14%, Cabin- Variação
Sangos Destino Quantidade
5% Outros da com 13%, Nemba com 13% e I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Homóloga
Exportada
Hungo
Girassol com 9%, perfazendo 67%
China 37.983.356 31.438.574 32.291.649 36.306.420 138.019.999 8%
6% do volume total comercializado.
Mondo 18% Por outro lado, as ramas com India 3.898.292 5.898.929 6.766.699 5.719.290 22.283.210 12%
Dália
menor peso sobre as exportações Canadá 905.911 2.123.643 3.764.940 954.840 7.749.334 -8%
6% totais do período foram Lianzi, Taiwan 946.807 - 1.849.288 2.836.431 5.632.526 n.a
Paz-flor
Gimboa, Palanca e Plutónio que África do Sul - - 1.854.134 2.849.416 4.703.550 -18%
9% totalizaram 3%. Espanha 907.060 997.000 908.245 1.859.423 4.671.728 -2%
Girassol
14% Malasia 1.306.718 950.843 1.888.940 - 4.146.501 12%
Saturno
Portugal 1.004.560 956.057 1.002.100 - 2.962.717 -49%
13%
Nemba 13% Colômbia - 957.077 1.405.384 - 2.362.461 n.a
Cabinda
Japão - 1.952.854 - - 1.952.854 n.a
E.U. América - - 1.401.386 534.817 1.936.203 -1%
Indonesia - - - 946.927 946.927 n.a
Tailândia 550.000 - - - 550.000 n.a
Italia - 383.072 - - 383.072 -60%
Figura 4
Destino do Petróleo Bruto Total 47.502.704 45.658.049 53.132.765 52.007.564 198.301.082 -3%

A China (70%) e a Índia (11%) foram os principais destinos das exportações de petróleo bruto ango-
lano, tendo adquirido, de forma agragada, 81% do volume total exportado durante o ano de 2017.

3,9%
Canada
4.4.3.2 PREÇO DAS RAMAS ANGOLANAS
Gráfico 13
2,4% 0,2% Evolução do Preço do Brent e Ramas Angolanas
1,5% Espanha Itália
1% Portugal 1%
EUA 69,6% 70,00

11,2% China Japão


Índia 65,00
64,19
62,62
0,3% 2,8% 65,07
Taiwan 62,65
Tailândia 60,00 58,42
1,2% 2,1% 0,5% 56,49

USD/Bbl
Malásia 54,67 55,11
Colombia Indonésia 57,36
55,00 52,54
51,56 51,64 56,05
53,61 54,28
50,43 49,22
50,00 50,87 51,33 48,47 51,48
49,89
48,45
45,00 46,21
2,4%
África do Sul 40,00
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Brent Datado 2017 Ramas Angolanas 2017

Em 2017 as ramas petrolíferas angolanas* atingiram o preço máximo ponderado de


68,08 USD/Bbl e o preço mínimo de 44,60 USD/Bbl, atingindo uma média ponderada
anual de 54.14 USD/Bbl.

* Os preços das ramas angolanas são indexados ao Brent datado (petróleo bruto extraído no Mar

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
do Norte e comercializado na Bolsa de Londres); preço da rama angolana = preço brent datado +
Prémio/desconto.
56 57

Nos últimos meses do ano, as refinadores a nível global, inde- 4.5 NEGÓCIOS NÃO NUCLEARES
ramas angolanas foram comercia- pendentemente das condições de
lizadas a prémio, devido às baixas mercado. Neste sentido, o com- 4.5.1 AVIAÇÃO – SONAIR
taxas de frete, às boas margens portamento positivo dos diferen-
dos destilados médios e pesados e ciais foi mais notório nas ramas Tabela 34
à diminuição do diferencial Brent/ mais pesadas, em consequência Mapa de Indicadores Operacionais da Sonair
Dubai. da procura dominante no mercado
Execução
internacional e devido aos perío- Variação
Indicadores Operacionais Serviços
As ramas angolanas, por se- dos sazonais mais favoráveis para I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Homóloga
Prestados
rem ramas médias, adaptam-se este tipo de ramas.
Nº de Horas Voadas 2.411 2.430 2.617 2.879 10.337 -48%
facilmente a um maior leque de
Nº de Horas Voadas- Asa Rotativa 621 454 594 412 2.081 -79%
Contratação Comercial 595 309 398 212 1.514 -82%
Não Contratualizadas 27 25 16 6 74 15%
4.4.3.3 EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS REFINADOS Casa Militar e Presidência da República - 120 180 193 493 -66%
Tabela 33 Nº de Horas Voadas- Asa Fixa 1.790 1.976 2.023 2.467 8.256 -16%
Quantidade de Produtos Refinados Exportados Frota SonAir 213 171 163 121 668 -56%
U.M.: TM Contratação Comercial 53 33 27 29 141 -87%
Execução Não Contratualizadas 160 138 136 92 526 17%
Variação
Refinados Quantidade Outras (H.E, Carreira, Spots Charter) 1.456 1.504 1.578 2.209 6.747 1%
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Homóloga
Exportada
MAT e Estado 120 301 282 138 841 -49%
Fuel Oil 275.706 220.348 283.762 197.457 977.273 2%
Houston Express (Load Factor) 38% 40% 37% 36% 38% 5%
Nafta 64.328 60.469 64.039 62.793 251.630 -13%
Carga Transportada (Ton) 29 26 19 28 102 -61%
Gás Propano 63.992 - 20.088 31.674 115.754 252%
Nº Passageiros Transportados 49.174 50.861 51.492 53.992 205.519 -17%
Gás Butano 22.850 - 26.846 20.633 70.329 n.a
Disponibilidade Média das Aeronaves 64% 64% 60% 57% 61% -22%
Gasóleo 5.898 10.918 5.892 4.987 27.695 -6%
Utilização Média das Aeronaves 82% 72% 85% 95% 83% -19%
Jet A1 1.416 2.426 1.516 12.288 17.646 -28%
Gasolina 1.845 2.411 1.715 1.623 7.594 15%
Total 436.035 296.572 403.858 331.455 1.467.920 8%

4.5.1.1 HORAS ASA ROTATIVA


As exportações de produtos refinados foram de 1.467.920 toneladas métricas, represen-
tando um crescimento de 8% face ao período homólogo de 2016, resultante do aumento da O ano em análise ficou marcado até Julho os contratos com em- a frota Sikorsky originaram a
produção de Gás Propano pela Fábrica de ALNG. pela redução de 48% das horas presas petrolíferas. suspensão dos contratos em Asa
voadas na actividade de aviação, Rotativa, tornando os serviços
Gráfico 14 comparativamente ao período Estes constrangimentos tiveram úteis apenas em situações de
Perfil de Exportação de Produtos Refinados
homólogo de 2016. origem na suspensão (30-04-2016 emergência.
80% até 19-03-2017) da frota Super
70% 67%
70%
Devido à fraca actividade nos dois Puma (H225 e L2) após acidente Por outro lado, devido às dificulda-
Exportação de Produtos Refinados

60%
segmentos, com maior impacto no Mar do Norte, que apesar do des financeiras conjunturais, não
no segmento de Asa Rotativa, com levantamento da suspensão, os foi possível colocar a frota Sikor-
50%
uma redução de 79% derivada es- clientes petrolíferos recusaram o sky operacional na sua totalidade,
40%
sencialmente de uma carteira de uso das mesmas, o que originou o nem adquirir outra frota alternati-
30% clientes que desde Abril de 2017 cancelamento de muitos contratos va, tornando a situação ainda mais
21%
20% 17% contou com apenas o contrato de e de uma maior utilização da frota precária, considerando que os
10% 8%
5%
1 Sikorsky S76C++ com a P&P, ao Sikorsky. A baixa disponibilidade clientes estão cépticos em utilizar
0%
2% 2% 2% 2% 1% 0% 1% 0% contrário do ano transacto, em (3-4 aeronaves) e as inconformi- os S76 C++ da SonAir.
Fuel oil Nafta Gasóleo Gás Propano Gás Butano Jet a1 Gasolina que a carteira de clientes incluía dades detectadas nas auditorias
2017 2016

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
58 59

4.5.1.2 HORAS ASA FIXA 4.5.3 SAÚDE - CLÍNICA GIRASSOL


Tabela 36
O segmento de Asa Fixa registou da província do Cuando Cubango. Mapa de Indicadores Operacionais da Clínica Girassol
um decréscimo de 16%, derivado Associada a esta redução este-
igualmente da suspensão de con- ve também a passagem de três Execução
Variação
tratos, tal como aconteceu desde para duas frequências do serviço Indicadores Operacionais Serviços
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Homóloga
Março de 2017 com duas empre- Houston Express desde Setembro Prestados
sas que partilhavam o contrato da de 2016. Número de pacientes atendidos 42.606 41.460 39.490 43.527 167.083 -16%
aeronave B1900. Por outro lado, Número de internamentos 1.813 1.710 1.416 1.455 6.394 -33%
o Estado manteve o contrato de Com o cancelamento dos contra- Número de consultas ambulatoriais realizadas 25.733 23.586 23.121 25.524 97.964 -11%
1 Boeing 737, contrariamente ao tos e a insatisfação dos clientes Número de atend.no banco de urgência 11.844 14.384 12.481 46 38.755 -29%
ano transacto, em que havia o petrolíferos face à frota Sikorsky Número de exames laboratoriais 168.811 174.570 150.164 9.478 503.023 -43%
contrato de mais uma aeronave S76C++, o número de passageiros
Número de intervenções cirurgicas realizadas 282 257 185 109.843 110.567 9145%
do tipo Twin otter com o Governo sofreu uma redução de 82%.
Número de procedimentos cirurgicos no CC
177 160 203 188 728 3%
ambulatorial (day clinic)
Taxa média de ocupação Hospitalar 54% 55% 41% 44% 48% -42%

4.5.2 TELECOMUNICAÇÕES – MSTELCOM Número de Partos Realizados (Eutócicos


e distócicos)
161 167 155 155 638 -4%
Tabela 35
Mapa de Indicadores MSTELCOM Número de exames de imagiologia realiza-
13.504 12.016 10.371 6.346 42.237 -36%
dos 13.504 12.016
Execução Total de Cirurgias 459 417 388 110.031 111.295 5745%
Variação
Indicadores Operacionais Serviços Tempo Médio de Permanência (em dia) 6 6 6 6 6 1%
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Homóloga
Prestados Número de exames especializados realizados 27.661 26.618 23.228 26.483 103.990 50%
1. Utilização da Capacidade Disponível (%)

1. 1 Satélite - VSAT (MHZ)


No período em análise registou-se
A. Banda - C 96% 96% 99% 99% 99% 0,5%
uma diminuição de 16% no aten-
B. Banda - Ku 100% 100% 100% 100% 100% 0,0% dimento geral da Clínica Girassol
2. Volume de Serviços Prestados em relação ao período homólogo.
Telefonia (nº de linhas telefónicas) 34.136 35.005 35.093 35.105 35.105 2,6%
Tráfego de voz (minutos) 14.491.343 17.055.231 27.952.760 22.172.653 81.671.987 -10,3%
O número de pacientes interna-
dos na Clínica diminuiu em 33%,
3. Clientela
concomitantemente foi registada
Número Médio de Reclamações
4,74 5,06 5,06 4,70 4,89 8,5% uma diminuição da taxa média
p/100 Clientes de ocupação hospitalar em 42%,
Índice de Satisfação dos Clientes MST (esca-
3,55 3,55 3,55 3,55 3,55 0,0% comparativamente ao ano de 2016.
la de 1 à 10)

A utilização da capacidade disponível homólogo, através da activação ração por parte dos operadores de
do Satélite – VSAT, Banda C, reduziu de linhas telefónicas a diversos interligação.
0,5% em relação ao período homó- Clientes.
logo, sobretudo pela desactivação de Contrariamente, o número médio de
serviços por parte de uma empresa, Houve uma redução do Tráfego de reclamações por 100 Clientes au-
por incumprimento nos prazos de voz (minutos) em 10,4% relativa- mentou 8,5%, em relação ao período
pagamento, criando grandes cons- mente ao período homólogo, devido homólogo, justificado pela falta de
trangimentos à MSTelcom junto do à concorrência. Entretanto, importa equipamentos, interrupções na rede
seu fornecedor. referir que a facturação dos minutos de fibra óptica e sistema eléctrico,
de voz dos serviços de interligação falta de verbas para pagamento de
O número de linhas telefónicas au- ocorreu com um mês de atraso, ajuda de custos e fornecedores de
mentou 2,6% em relação ao período pela verificação e aceitação da factu- serviços de manutenção.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
60 61

4.5.5 FORMAÇÃO – ACADEMIA SONANGOL


Tabela 38
Principais Indicadores de Ensino e Formação

Execução Variação
4.5.4 GESTÃO IMOBILIÁRIA - SONIP Indicadores
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Total Homóloga
1. Formação
O período ficou marcado por um esforço de ajusta- O stock actual até à data de reporte foi de 23 imóveis, 1.1 Número de Acções de formação realizadas (Unid) 347 357 341 288 1.333 -19%
mento da actividade da Sonip à realidade do Grupo sendo 18 no condomínio M´bembo M´bote (Cabinda)
1.1.1 Escola Petrotécnica e Engenharia - - - - - -100%
Sonangol. Neste sentido, priorizou-se a identificação e 5 no condomínio Mazozo (Kwanza Sul), que não
e concretização de medidas de impacto imediato na foram comercializadas no âmbito da Deliberação n.º 1.1.2 Escola de Gestão e Liderança 1 - - - 1 -83%
contenção de custos e na captação de receitas, assim 033/2016 de 28 de Junho do Conselho de Administra- 1.1.3 Escola de Segurança 321 357 341 288 1.307 -20%
como no levantamento e análise rigorosa de informa- ção da Sonangol EP, conforme ilustra a tabela abaixo: 1.1.4 Laboratório - ISPTEC 25 - - - 25 n.a
ção de gestão essencial para a tomada de decisões. 1.2 Número de Horas de Formação 3.816 3.908 3.732 2.932 14.388 -13%

1.2.1 Escola Petrotécnica e Engenharia - - - - - -100%


Tabela 37
Stock Imobiliário Comercializado 1.2.2 Escola de Gestão e Liderança 16 - - - 16 -89%

1.2.3 Escola de Segurança 3.380 3.908 3.732 2.932 13.952 -15%


Vendas Stock % Por
Condomínio Stock Inicial
Efectivadas Final Condomínio 1.2.4 Laboratório - ISPTEC 420 - - - 420 n.a
M´bembo M´bote 18 0 18 0%
1.3 Número de Cursos Ministrados 30 23 27 24 34 55%
Mazozo 5 0 5 0%
1.3.1 Escola Petrotécnica e Engenharia - - - - - -100%
Total 23 0 23 0%
1.3.2 Escola de Gestão e Liderança 1 - - - 1 0%

1.3.3 Escola de Segurança 21 23 27 24 25 25%

1.3.4 Laboratório - ISPTEC 8 - - - 8 n.a

1.4 Número de Formandos 2.631 3.062 2.889 1.971 10.553 -31%

1.4.1 Escola Petrotécnica e Engenharia - - - - - -100%

1.4.2 Escola de Gestão e Liderança 27 - - - 27 -66%

1.4.3 Escola de Segurança 2.509 3.062 2.889 1.971 10.431 -32%

1.4.4 Laboratório - ISPTEC 95 - - - 95 n.a

2. BOLSAS DE ESTUDOS

2.1 Número de Bolsas de Estudos Disponibilizadas 1.917 1.644 1.536 1.517 1.517 -18%

2.1.1 Internas 525 412 415 415 415 -24%

2.1.2 Externas 1.392 1.232 1.121 1.102 1.102 -16%

3. ISPTEC 2.406 2.372 2.072 2.113 2.113 25%

3.1 Dpto. de Engenharias e Tecnologias 1.565 1.534 1.367 1.382 1.382 28%

3.1.1 Engenharia Civil 229 221 209 210 210 48%

3.1.2 Engenharia Eléctrica 207 205 174 178 178 32%

3.1.3 Engenharia Informática 273 267 230 228 228 27%

3.1.4 Engenharia Mecânica 249 243 213 215 215 41%

3.1.5 Engenharia de Produção Industrial 288 282 245 252 252 15%

3.1.6 Engenharia Química 319 316 296 299 299 20%

3.2 Dpto. de Ciências Sociais Aplicadas 841 838 705 731 731 19%

3.2.1 Economia 419 419 356 368 368 19%


3.2.2 Gestão 422 419 349 363 363 19%

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
62 63

A Sonangol, relativamente à sua mostra o esforço da Academia na A escola de Segurança continua Gráfico 16
Força de Trabalho Efectiva por Segmento de Negócio
responsabilidade de formação e oferta de um maior número de a ministrar cursos de segurança
capacitação dos seus recursos cursos de formação. à indústria Petrolífera certifica- 23%
27%
humanos, do sector petrolífero e dos por autoridades marítimas Logística Negócios
e Distribuição não Nucleares
da economia em geral realizou em No âmbito do programa de bolsas internacionais. O material do seu
2017, 1.333 acções de formação, de estudo, a Academia geriu um centro de treinamento marítimo
representando um decréscimo total de 1.517 bolsas, das quais está integralmente certificado de
na ordem dos 19% face ao ano 415 internas e 1.102 externas. acordo com a norma ISO 9000.
anterior. 6%
Refinação
A Academia é responsável pela No ano Académico 2017, o ISPTEC e Transporte
Em termos de carga horária foram gestão do processo de bolsas, registou um total de 2.113 estu- 26%
administradas 14.388 horas num coordenada pela Sonangol em dantes inscritos, sendo 1.382 no 18% Corporativo
e Financeiro
total de 34 cursos. Em relação cinco geografias principais: EUA, ramo de engenharia e tecnologias Exploração
e Produção
ao período homólogo de 2016, Reino Unido, França, Brasil e e 731 estudantes no ramo de ciên-
registaram-se reduções de 13% Portugal. Em 2017 não foram con- cias sociais aplicadas, represen-
nas horas de formação, mas um cedidas novas bolsas, mas sim, tando respectivamente 65% e 35% A Sonangol E.P foi a empresa com maior representação, 26%
aumento de 55% no número de mantidos os actuais contratos do total dos estudantes. da força de trabalho activa, seguida da Sonangol Distribui-
cursos ministrados, o que de- com os bolseiros. dora com 18%. Por segmento de negócio, a maior parcela da
força do trabalho está concentrada no segmento de Logística
e Distribuição (27%), seguido do segmento Corporativo e
Financeiro (26%) e dos Negócios Não Nucleares (23%).
4.6 CORPORATIVO & FINANCEIRO
A força de trabalho da Sonangol é representada maioritaria-
4.6.1 FINANCIAMENTOS mente por homens (71,84%).

No período em análise, a empresa não recorreu a financiamentos bancários internacionais


para financiar os seus projectos de capitais estruturantes e outras despesas operacionais, Gráfico 17
Efectivo por Banda Funcional
de acordo com o orçamento do exercício financeiro.
5%
Gestão
7% de Topo
Gestão
Intermédia
4.6.2 RECURSOS HUMANOS 7%
Técnico
Especialista
4.6.2.1 COMPOSIÇÃO DO EFECTIVO
Em 2017 a Sonangol contou com um total de 8.099 colaboradores efecti-
vos, decrescendo 1,47% em relação ao período homólogo de 2016. 48%
Técnicos

Gráfico 15 33%
Número de Trabalhadores da Sonangol Apoio Operacional
2500
e Administrativo
2.117 2.208 2.264
2.012
2000 1.839 1.738
1.454 1.486
1500
Em termos de distribuição de trabalhadores efectivos por
1000
banda funcional, 48% pertencem à categoria Técnica, 33% à
481 481
500 categoria de Apoio Operacional e Administrativa, 11% à cate-
0
Corporativo Exploração Refinação Logística Negócios Não
goria de Gestores e 7% à categoria de Especialistas.
e Financeiro e Produção e Transporte e Distribuição Nucleares

2017 2016
A idade média dos colaboradores da Sonangol é de 44 anos.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
64 65

4.6.3 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS CORPORATIVOS


4.6.3.1 NOVA POLÍTICA DE QSSA
A Sonangol está comprometida com a identificação, avaliação e gestão dos riscos para a
Qualidade, Segurança, Saúde e Ambiente (QSSA) de forma a garantir a prevenção de aci-
dentes, a preservação ambiental e cumprimento legal e a satisfação dos seus clientes.

Para o Grupo Sonangol, a QSSA é mais do que uma prioridade. Ela integra os valores e a
cultura da empresa, abrangendo, por isso, os seus colaboradores, prestadores de serviço,
clientes e as comunidades em que opera.

Durante o ano de 2017, a empresa envidou esforços visando reforçar as 12 Regras Básicas
de Segurança (ferramenta focada nas áreas consideradas críticas para a prevenção de
acidentes), impossibilitando a ocorrência de fatalidades e promovendo a manutenção da
tendência contínua de redução de acidentes de trabalho.

Gráfico 18
Indicadores de Desempenho de Segurança Sonangol, E.P e Subsidiárias

10,00

7,00

4,73
4,00

3,37

1,83
1,00 1,63
2017 2016
TFCA TFSA

TFCA – Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento


TFSA – Taxa de Frequência de Acidentes sem Afastamento

O reforço e implementação de talmente pela escassez na distri- de venda de crude, com um grau
ferramentas de suporte ao cum- buição de produtos refinados. Os de tratamento de 100%.
primento com os requisitos legais, negócios com melhor índice de
a prevenção de acidentes am- satisfação foram os relacionados Mantêm-se certificados os negó-
bientais, a gestão adequada dos com a venda de petróleo bruto e cios de distribuição de combus-
resíduos gerados pela empresa, armazenamento de refinados, 92% tível, aviação, refinação e venda
bem como as acções de sensibi- e 90%, respectivamente. de crude. A crise financeira não
lização ambiental foram áreas de permitiu realizar auditorias de
destaque para a empresa. Foram tratadas 73% das recla- certificação dos negócios de
mações dos clientes recebidas no armazenamento e distribuição
A nível da Qualidade, o índice de período em análise, uma melhoria de combustível e do negócio de
satisfação do cliente do grupo comparativamente aos 68% do ano telecomunicações.
Sonangol foi de 78% durante o anterior, com realce positivo para
ano de 2017, afectado fundamen- o negócio de telecomunicações e

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05
COMPROMISSO
COM A SOCIEDADE

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
68 69

05
COMPROMISSO
COM A SOCIEDADE

Transformar recursos foi realizado um (1) workshop, • Apoio ao Programa Educacio-


em bem-estar social com dezasseis (16) sessões, nal de Quenguela, com a forma-
O compromisso da Sonangol com sendo duas diárias, em que ção profissional de duzentos e
o desenvolvimento sustentado e participaram 345 colaborado- vinte e seis (226) jovens estu-
a estabilização da nação angola- res. A iniciativa foi iniciada a 26 dantes do ensino primário e do
na é premissa expressa na sua de Junho; 1.º ciclo de ensino;
filosofia. A Sonangol trabalha para
melhorar as condições para o • Abertura da Escola de Cultura • Procedeu-se ao financiamen-
desenvolvimento da nação angola- e Artes do Centro Paz Flor; to com as empresas associadas
na, ao apoiar projectos nas áreas ao projecto Angola LNG, a cons-
de educação, cultura, desporto, Responsabilidade Social Externa trução de uma escola de Ensino
ciência e ambiente. • Até ao final de 2017 foram Geral na urbanização Kinganga
recebidas 347 solicitações de Mavacala, que comporta 15
A Sonangol supervisiona a exe- patrocínios, das quais foram salas de aula com capacidade
cução dos projectos sociais, bem aprovadas e pagas 32; para trinta e cinco (35) alunos
como a relação com os operado- cada uma;
res nos seus Planos de Investi- • Procedeu-se à análise,
mentos Sociais (PIS) financiados parecer e acompanhamen- • Construída pela Sonangol, em
via Cost Oil ou contribuições para to dos investimentos sociais parceria com a Total E&P Ango-
projectos sociais. da Sonangol via Operadores la, uma escola primária orçada
Petrolíferos, provenientes de em Usd 500 mil, no município
Responsabilidade Social Interna Cost-Oil e contribuições em 64 do Amboim/Cuanza-Sul, com-
• Atendimento social para as projectos sociais, no valor de posta por oito salas de aula.
diferentes questões sociais e USD 39.263.650,40;
de saúde, análise psicossocial,
mapeamento dos colaboradores • Foi construída pela Sonangol,
e realizações de workshops que em parceria com a Associação
incentivem melhorias na quali- do Bloco 15, a escola primária
dade de vida; São José Freidemetz, orçada
em UUSD 400 mil e compos-
• No quadro da iniciativa ten- ta por 10 salas de aula com
dente à compilação do Relatório capacidade para mil (1.000)
de Sustentabilidade da Sonair, estudantes;

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
06
PERSPECTIVAS
PARA O FUTURO

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
72 73

06
PERSPECTIVAS
PARA O FUTURO
6.1 NOVA PRODUÇÃO 6.2 REFINAÇÃO
Face ao quadro actual, caracte- O défice na produção interna de produtos derivados de petróleo obri-
rizado pelo declínio acentuado ga a um esforço para importar. Com efeito, pretende-se inverter esta
da produção de petróleo bruto, realidade mediante uma estratégia de refinação assente nos três eixos
perspectiva-se realizar um esforço seguintes:
para incremento da actividade de
exploração e produção, visando • Optimização da produção da Refinaria de Luanda, visando incre-
descobrir recursos para incre- mentar a produção de gasolina;
mentar a taxa de substituição de
reservas, com base no trinómio • Construção de uma Refinaria de alta conversão, com capacidade
recursos – reservas- produção, para processar até 200.000 Bbl/dia, na cidade de Lobito;
de forma a sustentar os níveis de
produção a curto, médio e longo • Construção de uma refinaria de menor capacidade, na província de
prazo. Cabinda.

Para tal, foram definidas as se-


guintes acções: 6.3 PROGRAMA DE REGENERAÇÃO
• Optimização da produção para O Programa de Regeneração da Sonangol visa focar a empresa na
atenuar o declínio, de modo a cadeia de valor do petróleo bruto e gás natural, indo ao encontro da
garantir a produção base; intenção de tornar a Sonangol uma empresa de referência do sector pe-
trolífero no continente Africano, comprometida com a sustentabilidade.
• Desenvolvimento de novos
projectos para incrementar gra- O mesmo assentará na execução de um conjunto de iniciativas, execu-
dualmente a produção actual; tadas por equipas multidisciplinares com conhecimento técnico espe-
cífico, e materializadas em três Blocos operacionais de execução e um
• Transformar recursos em bloco de sustentação, nomeadamente: core business petrolífero; rees-
reservas. truturação financeira e portefólio; enquadramento regulatório e susten-
tação organizacional.
O êxito desta estratégia depende-
rá do engajamento atempado de
todas as partes envolvidas para o
cumprimento das acções estabe-
lecidas.

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07
PROPOSTAS DE APLICAÇÃO
DE RESULTADOS

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
76 77

07
PROPOSTAS DE APLICAÇÃO
DE RESULTADOS
De acordo com o Decreto Pre- Avaliação dos Potenciais de e homologados pelos órgãos
sidencial n.º 222/17, de 27 de Exploração dos Recursos de competentes do Estado;
Setembro (que estabelece a Hidrocarbonetos (Art. 41.º,
política de aplicação de resulta- alínea b) - Dec. Pres. N.º • Distribuição de estímulos
dos), os resultados da Empresa, 222/17); individuais aos trabalhadores
após dedução dos impostos a e aos membros do órgão de
reter, deverão ter o seguinte • Pelo menos 5% para o gestão, a título de compartici-
destino: Fundo de Outros Investimen- pação nos lucros, dentro dos
tos (Art. 41.º, alínea c) - Dec. limites fixados na legislação
• 10% para constituição de Pres. N.º 222/17); aplicável;
Reserva Legal, cujo valor
cumulativo não deve exceder • Até 5% para o Fundo Social • Contribuição para o Orça-
20% do Capital Estatutário (Art. 41.º, alínea d) - Dec. mento Geral do Estado, via
(Art. 41.º, alínea a) - Dec. Pres. N.º 222/17); distribuição de dividendos ao
Pres. N.º 222/17); acionista (conforme Art. 30.º,
• Outros Fundos Voluntários ponto 2, Dec. N.º 8/02).
• Pelo menos 10% para a que forem aprovados pelo
constituição do Fundo para Conselho de Administração

7.1 RESULTADOS E PROPOSTA DE APLICAÇÃO


O Resultado Líquido do Exercício de 2017 foi de AOA
197.538.069.646. Nos termos do n.º 1 do artigo 34.º da Lei das So-
ciedades Comerciais, a empresa não poderá efectuar a distribuição
dos resultados, até à cobertura integral dos prejuízos acumulados
dos exercícios anteriores,no montante de AOA 398.178.245.423,
apresentados na rubrica de Resultados transitados do Relatório e
Contas individual da Sonangol E.P.

Propomos que o Resultado Líquido do Exercício seja integralmente


aplicado para a cobertura dos prejuízos de exercícios anteriores,
por serem necessários para o efeito. A presente proposta de aplica-
ção de resultados, tem subjacente a necessidade de garantir a sus-
tentabilidade da empresa, de modo a continuarmos a implementa-
ção da estratégia de crescimento e solidez definida no Programa de
Regeneração da Sonangol E.P.

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78 79

8 ACRÓNIMOS E SIGLAS ÍNDICE DETALHADO


N/O Acrónimo Significado 1 MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 6
1 CON Congo Onshore 2 SONANGOL E.P. 8
2 ALNG Fábrica de Gás Natural Liquefeito, localizada no Soyo 2.1 MODELO EMPRESARIAL DA SONANGOL, E.P. 10
3 Bbl Barris (159 litros)
2.2 GOVERNO CORPORATIVO 14
4 Bbls Barris de Petróleo Bruto
3 SÍNTESE DO DESEMPENHO 18
3.1 SUMÁRIO EXECUTIVO 20
5 BOE Barril de Petróleo Equivalente
3.2 DESEMPENHO OPERACIONAL – EBITDA 21
6 BOPD Barris de Petróleo por Dia
3.3 DESEMPENHO OPERACIONAL – RESULTADO LÍQUIDO 22
7 EPC Engineering, Procurement, Construction
3.4 INVESTIMENTOS 22
8 EPCI Engineering Procurement Construction and Installation
4 DESEMPENHO POR SEGMENTO DE NEGÓCIO 24
9 EPSCC Engineering, Procurement, Supply, Construction and Commissioning
4.1 CONCESSIONÁRIA 26
10 ESSA Empresa de Serviços de Sondagem de Angola
4.1.1 EXPLORAÇÃO 27
11 FEED Front End Engineering Design
4.1.1.1 AQUISIÇÃO SÍSMICA 27
12 FPSO Floating Production, Storage and Offloading
4.1.1.2 PROCESSAMENTO SÍSMICO 27
13 FBE Fusion Bonded Epoxi
4.1.1.3 SONDAGEM-ACTIVIDADE DE EXPLORAÇÃO, AVALIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO 28
14 FS Associação Fina Sonangol
4.1.1.4 PROJECTOS DE DESENVOLVIMENTO 29
15 FST Associação Fina Sonangol Texaco
4.1.2 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO & GÁS 30
16 Km2 Quilómetros Quadrados
4.1.2.1 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO 30
17 Km Quilómetros
4.1.2.2 DIREITOS DE PETRÓLEO BRUTO DA CONCESSIONÁRIA NACIONAL 34
18 KON Kwanza Onshore
4.1.2.3 PRODUÇÃO DE GÁS 36
19 KWIP Kungulo Water Injection Platform
4.1.2.3.1 PRODUÇÃO DE GÁS NATURAL ASSOCIADO 36
20 LNG Gás Natural Liquifeito
4.1.2.3.2 PRODUÇÃO DE LPG 37
21 LPG Gás de Petróleo Liquifeito
4.1.2.3.3 PRODUÇÃO DE LNG E CONDENSADOS 38
22 M3 Metros Cúbicos
4.1.3 GESTÃO ECONÓMICA DAS CONCESSÕES 39
23 MAT Ministério da Administração do Território
4.1.3.1 CUSTOS DE PRODUÇÃO 39
24 MBbl Milhares de Barris
4.1.4 EXPORTAÇÕES DA CONCESSIONÁRIA 40
25 Mbits/seg Milhões de Bits por Segundo
4.1.4.1 RECUPERAÇÃO DOS INVESTIMENTOS REALIZADOS NAS CONCESSÕES EM PRODUÇÃO 41
26 MINPET Ministério dos Petróleos de Angola
4.2 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR – SEGMENTO UPSTREAM 42
27 MSCF Thousand Standard Cubic Feet
4.2.1 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO DA SONANGOL INVESTIDORA 42
28 MUSD Milhares de Dólares Norte Americanos
4.2.2 PRODUÇÃO DE GÁS DA SONANGOL E.P 43
29 OCDE Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico
4.2.2.1 PRODUÇÃO DE LPG 43
30 OFE Owner Furnished Equipment
4.2.2.2 PRODUÇÃO DE LNG E CONDENSADOS 44
31 PSVM Plutão, Saturno, Vénus e Marte 4.3 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR – SEGMENTO MIDSTREAM 44
32 SIS Sistema de Transmissão Inteligente de Segurança 4.3.1 NEGÓCIO DE REFINAÇÃO 44
33 TM Toneladas Metricas 4.3.2 NEGÓCIO DE TRANSPORTE DE PETRÓLEO BRUTO, REFINADOS E GÁS 47
34 U.M. Unidade de Medida 4.4 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR SEGMENTO DOWNSTREAM 48
35 USD Dólar Norte Americano 4.4.1 NEGÓCIO DE LOGÍSTICA 49
36 USD/Bbl Dólares Norte Americanos por Barril 4.4.1.1 APROVISIONAMENTO 49
37 WHP Wellhead Platform 4.4.1.2 ARMAZENAGEM 50
38 ICSS Integrated Control and Safety Systems 4.4.2 NEGÓCIO DE DISTRIBUIÇÃO 51
39 GASÓLEO (MGO) Marine Gasoil 4.4.2.1 COMERCIALIZAÇÃO 51
4.4.3 COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL 53
4.4.3.1 PETRÓLEO BRUTO 53
4.4.3.2 PREÇO DAS RAMAS ANGOLANAS 55

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
80 81

4.4.3.3 EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS REFINADOS 56


LEGENDAS
4.5 NEGÓCIOS NÃO NUCLEARES 57
Gráficos:
4.5.1 AVIAÇÃO – SONAIR 57
4.5.1.1 HORAS ASA ROTATIVA 57 Gráfico 1 - EBITDA por Segmento de Negócio (em milhões de Kwanzas)............................................................................. 21
4.5.1.2 HORAS ASA FIXA 58 Gráfico 2 – Resultado Líquido por Segmento de Negócio (em milhões de Kwanzas)............................................................ 22
4.5.2 TELECOMUNICAÇÕES – MSTELCOM 58 Gráfico 3 - Execução dos Investimentos por Segmento......................................................................................................... 23
4.5.3 SAÚDE - CLÍNICA GIRASSOL 59 Gráfico 4 – Produção de Petróleo Bruto de Angola por Bloco................................................................................................ 31
Gráfico 5 - Produção de Petróleo Bruto por Operador........................................................................................................... 32
4.5.4 GESTÃO IMOBILIÁRIA - SONIP 60
Gráfico 6 – Direitos de Petróleo Bruto da Concessionária por Bloco..................................................................................... 35
4.5.5 FORMAÇÃO – ACADEMIA SONANGOL 61
Gráfico 7 - Produção de LPG por Origem................................................................................................................................ 37
4.6 CORPORATIVO & FINANCEIRO 62
Gráfico 8 - Perfil de Produção de Produtos Refinados .......................................................................................................... 46
4.6.1 FINANCIAMENTOS 62
Gráfico 9 - Transporte de Produtos Refinados e Gás.............................................................................................................. 48
4.6.2 RECURSOS HUMANOS 62
Gráfico 10 - Comercialização de produtos refinados por Segmento de Negócios................................................................. 51
4.6.2.1 COMPOSIÇÃO DO EFECTIVO 62
Gráfico 11 – Quota de Mercado por Segmento de Negócios................................................................................................... 52
4.6.3 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS CORPORATIVOS 64
Gráfico 12 - Exportação de Petróleo Bruto por rama............................................................................................................. 54
4.6.3.1 NOVA POLÍTICA DE QSSA 64
Gráfico 13 - Evolução do Preço do Brent e Ramas Angolanas............................................................................................... 55
5 COMPROMISSO COM A SOCIEDADE 66 Gráfico 14 - Perfil de Exportação de Produtos Refinados....................................................................................................... 56
6 PERSPECTIVAS PARA O FUTURO 70 Gráfico 15 - Número de Trabalhadores da Sonangol.............................................................................................................. 62
6.1 NOVA PRODUÇÃO 72 Gráfico 16 – Força de Trabalho Efectiva por Segmento de Negócio....................................................................................... 63
6.2 REFINAÇÃO 73 Gráfico 17 - Efectivo por Banda Funcional.............................................................................................................................. 63
6.3 PROGRAMA DE REGENERAÇÃO 73 Gráfico 18 – Indicadores de Desempenho de Segurança Sonangol, E.P e Subsidiárias........................................................ 64
7 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 74
7.1 RESULTADOS E PROPOSTA DE APLICAÇÃO 76
8 ACRÓNIMOS E SIGLAS 78

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
Tabelas:
Tabela 1 – Programa de investimentos da Sonangol E.P de 2017..........................................................................................23
Tabela 2 - Actividade de Exploração [Aquisição Sísmica].......................................................................................................27
Tabela 3 - Processamento Sísmico Concluído........................................................................................................................27
Tabela 4 - Processamento Sísmico em Curso........................................................................................................................28
Tabela 5-Poços de Sondagem.................................................................................................................................................28
Tabela 6 - Projectos de Desenvolvimento...............................................................................................................................29
Tabela 7 - Produção de Petróleo Bruto de Angola..................................................................................................................30
Tabela 8 - Direitos de Produção de Petróleo Bruto por Companhias.....................................................................................31
Tabela 9 - Produção de Petróleo Bruto por Operador............................................................................................................32
Tabela 10 – Direitos de Petróleo Bruto da Concessionária Nacional.....................................................................................34
Tabela 11 - Produção Gás Natural Associado.........................................................................................................................36
Tabela 12 - Produção de LPG de Angola.................................................................................................................................37
Tabela 13 - Produção de LNG de Angola.................................................................................................................................38
Tabela 14 - Produção de Condensados de Angola..................................................................................................................38
Tabela 15 - Custos de Operação nas Concessões em Produção............................................................................................39
Tabela 16 - Mapa de Exportações da Sonangol Concessionária............................................................................................40
Tabela 17 - Custos Recuperados nas Concessões em Produção...........................................................................................41
Tabela 18 - Produção de Petróleo Bruto da Sonangol Investidora.........................................................................................42
Tabela 19 - Produção de LPG Quota-Parte Sonangol.............................................................................................................43
Tabela 20 - Produção de LNG Quota-Parte Sonangol.............................................................................................................44
Tabela 21 - Produção de Condensados Quota-Parte Sonangol..............................................................................................44
Tabela 22 – Taxa Média de Utilização da Capacidade Instalada.............................................................................................45
Tabela 23 - Volume de Petróleo Bruto Processado................................................................................................................45
Tabela 24 – Produção de Refinados.........................................................................................................................................45
Tabela 25 - Volume de Petróleo Bruto Transportado..............................................................................................................47
Tabela 26 - Volume de Produtos Derivados Transportado Por Segmentos...........................................................................47
Tabela 27 – Aquisição de Produtos Refinados por Origem.....................................................................................................49
Tabela 28 - Aprovisionamento de Produtos Refinados...........................................................................................................50
Tabela 29 - Capacidade de Armazenagem..............................................................................................................................50
Tabela 30 - Quantidades de Produtos Refinados Comercializados........................................................................................51
Tabela 31 – Exportação de Petróleo Bruto Por Rama.............................................................................................................53
Tabela 32 – Exportação de Petróleo Bruto Por Destino..........................................................................................................55
Tabela 33 – Quantidade de Produtos Refinados Exportados..................................................................................................56
Tabela 34 – Mapa de Indicadores Operacionais da Sonair......................................................................................................57
Tabela 35 - Mapa de Indicadores MSTELCOM.........................................................................................................................58
Tabela 36 - Mapa de Indicadores Operacionais da Clínica Girassol.......................................................................................59
Tabela 37 – Stock Imobiliário Comercializado........................................................................................................................60
Tabela 38 – Principais Indicadores de Ensino e Formação.....................................................................................................61

Figuras:
Figura 1 – A Sonangol, E.P. como empresa integrada de Petróleo e Gás..............................................................................11
Figura 2 - Matriz Empresarial da Sonangol, E.P.....................................................................................................................12
Figura 3 – Comercialização de Produtos Refinados por Regiões...........................................................................................52
Figura 4 – Destino do Petróleo Bruto......................................................................................................................................54
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
2017
ÍNDICE
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS: 17.2 TIPOS DE BENEFÍCIOS..............................................................................................................................................153
BALANÇO CONSOLIDADO............................................................................................................................................... 90 17.3 MOVIMENTO DAS RESPONSABILIDADES COM BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO........................................................154
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADA POR NATUREZA............................................................................ 91 17.4 JUSTO VALOR DOS ACTIVOS DOS PLANOS..............................................................................................................155
17.5 GANHOS E PERDAS ACTUARIAIS.............................................................................................................................156
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: 17.6 ANÁLISE DE SENSIBILIDADE...................................................................................................................................156
1. ACTIVIDADE E INFORMAÇÃO CORPORATIVA.............................................................................................................. 92 18. PROVISÕES PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOS....................................................................................................157
2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ADOPTADAS NA PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS....................... 93 18.1 DECOMPOSIÇÃO PROVISÕES PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOS......................................................................157
2.1 BASES DE PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS...............................................93 18.2 PROVISÕES PARA PROCESSOS JUDICIAIS...............................................................................................................157
2.2 JULGAMENTOS, ESTIMATIVAS E PRESSUPOSTOS SIGNIFICATIVOS UTILIZADOS......................................................96 18.3 CONTINGÊNCIAS FISCAIS.........................................................................................................................................157
2.3 BASES DE VALORIMETRIA ADOPTADAS NA PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS.....101 18.4 PROVISÃO PARA DESMANTELAMENTO – SONANGOL INVESTIDORA.....................................................................157
2.4 ALTERAÇÕES NAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS.....................................................................................................117 18.5 FUNDEAMENTOS PARA DESMANTELAMENTO (CONCESSIONÁRIA)......................................................................158
3. SEGMENTOS OPERACIONAIS....................................................................................................................................117 19. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES E CONTAS A PAGAR......................................................................................159
4. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS....................................................................................................................................122 19.1 DECOMPOSIÇÃO DOS OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES E CONTAS A PAGAR................................................159
4.1 IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS.....................................................................................................................................122 19.2 TRANSACÇÕES ENQUANTO CONCESSIONÁRIA NACIONAL...................................................................................159
4.A. PROPRIEDADES DE PETRÓLEO E GÁS.....................................................................................................................124 19.3 ESTADO......................................................................................................................................................................160
4.B. ACTIVOS REVERSÍVEIS..............................................................................................................................................126 19.4 CREDORES DA ACTIVIDADE MINEIRA......................................................................................................................160
5. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS................................................................................................................................127 19.5 FUNDO DE PENSÕES................................................................................................................................................160
5.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA...................................................................................................................................127 19.6 CREDORES - OVERLIFT.............................................................................................................................................160
5.2 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, NO VALOR BRUTO..................................................................127 19.7 OUTROS CREDORES.................................................................................................................................................161
5.3 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, NAS AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS....................................127 21. OUTROS PASSIVOS CORRENTES.............................................................................................................................162
5.A. ACTIVOS DE EXPLORAÇÃO E AVALIAÇÃO..................................................................................................................128 22. VENDAS...................................................................................................................................................................163
6. INVESTIMENTOS FINANCEIROS EM PARTICIPADAS..................................................................................................130 23. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS......................................................................................................................................163
6.1 COMPOSIÇÃO POR MÉTODO DE MENSURAÇÃO........................................................................................................130 24. OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS......................................................................................................................164
6.2 COMPOSIÇÃO POR ENTIDADE – INVESTIMENTOS FINANCEIROS – CUSTO MENOS IMPARIDADE.........................131 25. VARIAÇÃO NOS PRODUTOS ACABADOS E EM VIAS DE FABRICO..............................................................................164
6.3 COMPOSIÇÃO POR ENTIDADE – INVESTIMENTOS FINANCEIROS – JUSTO VALOR..................................................133 26. ENTREGAS AO ESTADO DAS VENDAS DA “CONCESSIONÁRIA”................................................................................165
7. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS...............................................................................................................................135 27. CUSTOS DAS EXISTÊNCIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS-PRIMAS E SUBSIDIÁRIAS CONSUMIDAS........................165
7.1 DECOMPOSIÇÃO POR NATUREZA..............................................................................................................................135 27.A. CUSTOS DA ACTIVIDADE MINEIRA..........................................................................................................................166
8. EXISTÊNCIAS............................................................................................................................................................138 28. CUSTOS COM O PESSOAL........................................................................................................................................167
8.1 MOVIMENTOS, OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, NAS EXISTÊNCIAS................................................................138 29. AMORTIZAÇÕES......................................................................................................................................................168
9. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES E CONTAS A RECEBER......................................................................................139 30. OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS...........................................................................................................168
9.1. DECOMPOSIÇÃO POR NATUREZA.............................................................................................................................139 31. RESULTADOS FINANCEIROS....................................................................................................................................169
9.2 PARTICIPANTES E PARTICIPADAS..............................................................................................................................140 32. RESULTADOS DE FILIAIS E ASSOCIADAS.................................................................................................................170
9.3 OUTROS DEVEDORES.................................................................................................................................................141 33. RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS..........................................................................................................................171
9.4 DIREITOS CONCESSIONÁRIA - ACTIVO......................................................................................................................142 34. RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS...........................................................................................................................172
9.5 TRANSACÇÕES ENQUANTO CONCESSIONÁRIA NACIONAL.....................................................................................142 35. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO............................................................................................................................172
10. CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS............................................................................................................................145 36. RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS E NÃO REFLECTIDAS NO BALANÇO.................................................................172
10.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA.................................................................................................................................145 37. CONTINGÊNCIAS.....................................................................................................................................................173
10.2 COMPOSIÇÃO DOS TÍTULOS NEGOCIÁVEIS..............................................................................................................146 38. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DE BALANÇO......................................................................................................173
11. OUTROS ACTIVOS CORRENTES...............................................................................................................................146 39. AUXÍLIO DO GOVERNO E OUTRAS ENTIDADES........................................................................................................175
12. CAPITAL SOCIAL E PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES...............................................................................................147 40. SALDOS E TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS.................................................................................175
13. RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS..............................................................................................................147 41. INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS..................................................................................................176
15. EMPRÉSTIMOS........................................................................................................................................................150 42. GARANTIA DE FINANCIAMENTO.............................................................................................................................176
15.1 EMPRÉSTIMOS BANCA INTERNACIONAL................................................................................................................150 RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE ÀS CONTAS CONSOLIDADAS............................................................................177
17. PROVISÕES PARA BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO......................................................................................................152 PARECER DO CONSELHO FISCAL ÀS CONTAS CONSOLIDADAS.....................................................................................181
17.1 RESPONSABILIDADES POR BENEFÍCIOS DE PENSÕES E DE CESSAÇÃO DE EMPREGO......................................152 ANEXOS........................................................................................................................................................................184
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS.......................................................................................................186

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADA
31 DE DEZEMBRO DE 2017 POR NATUREZA PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE
DEZEMBRO DE 2017
BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017
31-12-2017 31-12-2016 31-12-2017 31-12-2016
AOA AOA AOA
AOA
ACTIVO
VENDAS 22 2.824.956.212.364 2.283.777.182.435
ACTIVO NÃO CORRENTE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 23 66.306.650.759 153.224.082.059
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS 4 833.867.089.852 937.802.927.657
OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS 24 24.781.109.444 14.892.561.009
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS 5 35.477.064.092 65.059.719.976
2.916.043.972.567 2.451.893.825.503
PROPRIEDADES DE PETRÓLEO E GÁS 4A 2.370.485.025.148 2.447.205.577.713
VARIAÇÃO NOS PRODUTOS ACABADOS E EM VIAS DE FABRICO 25 11.288.316.275 3.836.578.246
ACTIVOS REVERSÍVEIS 4B - 167.395.967.501
ENTREGAS AO ESTADO DAS VENDAS DA “CONCESSIONÁRIA” 26 (1.302.579.051.974) (895.401.469.527)
ACTIVOS DE EXPLORAÇÃO E AVALIAÇÃO 5A 451.174.932.728 724.759.575.062
CUSTOS DAS EXISTÊNCIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS-PRIMAS CONSUMIDAS 27 (401.832.108.410) (387.384.114.574)
INVESTIMENTOS FINANCEIROS EM PARTICIPADAS 6 601.791.286.099 470.928.863.134
CUSTOS DA ACTIVIDADE MINEIRA 27A (275.095.318.224) (265.076.687.029)
OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS 7 181.763.430.194 178.422.503.244
CUSTOS COM O PESSOAL 28 (152.952.645.840) (157.888.458.184)
OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES 9 388.313.688.276 613.187.525.103
AMORTIZAÇÕES 29 (425.011.738.358) (369.588.981.285)
DEPÓSITOS BANCÁRIOS 10 274.858.738.713 222.410.168.298
OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS 30 (169.602.892.173) (224.713.290.176)
TOTAL ACTIVO NÃO CORRENTE 5.137.731.255.102 5.827.172.827.688
(2.715.785.438.704) (2.296.216.422.529)
ACTIVO CORRENTE
RESULTADOS OPERACIONAIS: 200.258.533.863 155.677.402.974
EXISTÊNCIAS 8 126.240.720.456 100.547.093.054
RESULTADOS FINANCEIROS 31 67.034.536.041 (54.032.242.686)
CONTAS A RECEBER 9 1.713.473.047.540 745.937.958.438
RESULTADOS DE INVESTIMENTOS EM PARTICIPADAS 32 22.452.427.371 4.155.000.522
DISPONIBILIDADES 10 858.596.499.882 826.942.310.235
RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS 33 (170.849.571.046) (8.528.579.984)
OUTROS ACTIVOS CORRENTES 11 7.298.087.974 8.080.175.562
(81.362.607.634) (58.405.822.148)
TOTAL ACTIVO CORRENTE 2.705.608.355.852 1.681.507.537.289
RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS: 118.895.926.229 97.271.580.826
TOTAL ACTIVO 7.843.339.610.954 7.508.680.364.977
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 35 (93.789.703.582) (84.068.375.918)
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
RESULTADOS LÍQUIDOS DAS ACTIVIDADES CORRENTES: 25.106.222.647 13.203.204.908
CAPITAL PRÓPRIO
RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 34 2.258.799.300 78.473.316
CAPITAL 12 1.000.000.000.000 1.000.000.000.000
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 27.365.021.947 13.281.678.224
PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES 12 1.846.949.307.988 946.558.748.877
RESERVAS 13 1.346.521.000.053 1.361.489.357.725
RESULTADOS TRANSITADOS 13 (2.062.527.331.053) (1.023.390.645.332)
AJUSTAMENTOS CAMBIAIS CONVERSÃO. DEM. FIN. 1.067.706.825.505 838.166.239.916
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 27.365.021.947 13.281.678.224
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO 3.226.014.824.440 3.136.105.379.410
PASSIVO NÃO CORRENTE
EMPRÉSTIMOS 15 610.597.380.607 1.144.568.504.953
PROVISÕES PARA BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO 17 330.695.963.713 104.559.096.058
PROVISÃO PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOS 18 1.462.051.935.441 1.222.092.751.908
OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES 19 131.764.122.060 137.700.246.412
TOTAL PASSIVO NÃO CORRENTE 2.535.109.401.821 2.608.920.599.331
PASSIVO CORRENTE
CONTAS A PAGAR 19 1.693.082.336.491 1.151.232.809.152
EMPRÉSTIMOS 15 221.508.809.620 507.473.441.589
OUTROS PASSIVOS CORRENTES 21 167.624.238.582 104.948.135.495
TOTAL PASSIVO CORRENTE 2.082.215.384.693 1.763.654.386.236
TOTAL PASSIVO 4.617.324.786.514 4.372.574.985.567
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 7.843.339.610.954 7.508.680.364.977
92 93

2 POLÍTICAS CONTABILIÍSTICAS ADOPTADAS NA


NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS PARA O EXERCÍCIO FINDO
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 2.1. BASES DE PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
2.1.1. BASES DE PREPARAÇÃO E REFERENCIAL CONTABILÍSTICO UTILIZADO

As presentes Demonstrações financeiras consolida- ao Grupo. Activos e passivos não monetários expres-
1 ACTIVIDADE E INFORMAÇÃO CORPORATIVA das e respectivas notas foram preparadas de acordo sos em moeda estrangeira registados ao justo valor
com os princípios e políticas contabilísticas definidas são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em
A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola E.P. bruto e gás natural onshore e offshore, quer como e aprovadas pelo Conselho de Administração, no Ma- que o justo valor foi determinado.
(doravante designada “Sonangol E.P.” ou “Empresa” operador quer como não operador em acordos con- nual de Políticas Contabilísticas da Sonangol (MPC)
enquanto entidade individual, ou “Grupo Sonangol” juntos. e tomam por referência as disposições do normativo As Demonstrações Financeiras respeitam as caracte-
ou “Grupo” quando referida a Sonangol E.P. e o contabilístico nacional e das Normas Internacionais rísticas de relevância e fiabilidade, foram preparadas
conjunto de entidades que compõem o seu perímetro Midstream de Relato Financeiro (IFRS) em vigor. Esses princípios na base da continuidade das operações e do acrésci-
de consolidação, conforme definido pelo Conselho de Este segmento inclui as actividades de refinação e e políticas contabilísticas são integralmente explana- mo e em obediência aos princípios contabilísticos da
Administração da Sonangol E.P.) com sede na Rua transporte de petróleo bruto, gás natural e produtos dos ao longo das Notas 2 e 3 do presente Relatório e consistência, materialidade e comparabilidade.
Rainha Ginga n.º 29-31 – Luanda, tem como activi- derivados. Contas.
dade principal operar na indústria petrolífera desde
a fase inicial de pesquisa e produção de hidrocarbo- Downstream Para efeitos da preparação das presentes Demons-
netos (upstream) passando pela totalidade de activi- Este segmento inclui as actividades de armazena- trações Financeiras, o Grupo Sonangol seguiu o
dades conexas até ao momento da venda ao cliente gem, comercialização e distribuição dos produtos princípio do custo histórico, excepto quanto ao indi-
final (midstream/downstream). derivados de petróleo bruto e gás natural ao cliente cado na Nota 2.3. q), segundo o qual os activos foram
final. reconhecidos pela quantia de dinheiro e seus equiva-
Por força da Lei nº 10/04 (Lei das Actividades Pe- lentes pagos ou a pagar, ao câmbio para a moeda de
trolíferas), a Sonangol E.P. é a empresa angolana a Non Core preparação, à data da aquisição; e os passivos foram
quem o Estado concedeu os direitos mineiros para a Este segmento inclui todas as demais actividades reconhecidos pela quantia dos produtos e serviços
prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção complementares e não relacionadas com a cadeia de recebidos em troca da obrigação presente ou pelas
de hidrocarbonetos líquidos ou gasosos. Na sua qua- valor do negócio de petróleo e gás. quantias de dinheiro a pagar, ao câmbio para a moeda
lidade de Concessionária Nacional, a Sonangol E.P. de preparação, à data da transacção.
está autorizada a associar-se a entidades estran- Estas Demonstrações financeiras consolidadas
geiras ou nacionais para realização das operações foram aprovadas pelo Conselho de Administração da As quantias escrituradas dos itens monetários de-
petrolíferas no território nacional. Estas operações Sonangol E.P., na reunião de 10 de Agosto de 2018, nominados em moeda estrangeira (face à moeda de
estão actualmente consubstanciadas em contratos estando ainda sujeitas a aprovação do Accionista e da preparação) são actualizadas cambialmente, a cada
de associação, contratos de partilha de produção e Tutela, os quais têm a capacidade de as alterar após data de relato, com base nas taxas de câmbio publi-
contratos de serviços com risco. a autorização para emissão pelo Conselho de Admi- cadas pelo Banco Nacional de Angola, a essa data.
nistração da Sonangol E.P. Com referência a 31 de Dezembro de 2017 foi consi-
O Grupo está presente em diversas actividades re- derada a última taxa de venda publicada pelo Banco
lacionadas com Petróleo e Gás, actividades conexas O Conselho de Administração da Sonangol E.P. as- Nacional de Angola. As quantias escrituradas dos
e outras, as quais se dividem em cinco segmentos sume que estas Demonstrações financeiras conso- itens não monetários registados ao custo histórico
principais, conforme se detalha de seguida: lidadas reflectem de forma verdadeira e apropriada denominados em moeda estrangeira (quando compa-
as operações do Grupo Sonangol, bem como a sua rados com a moeda de preparação) são convertidos à
Corporate & Financing posição e performance financeira de acordo com as taxa de câmbio da data da transacção e não são ac-
Este segmento inclui as actividades relacionadas regras e princípios contabilísticos definidos e apre- tualizadas para o novo câmbio a cada data de relato.
com os investimentos financeiros e com os financia- sentados nas Notas 2 e 3. As diferenças de câmbio favoráveis ou desfavoráveis
mentos bancários do Grupo. daqui resultantes são reconhecidas na demonstração
dos resultados, nas rubricas de proveitos e ganhos fi-
Upstream nanceiros ou custos e perdas financeiros, respectiva-
Este segmento desenvolve actividades de pesquisa, mente, consoante sejam favoráveis ou desfavoráveis
exploração, desenvolvimento e produção de petróleo

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
94 95

2.1.2. BASES DE APRESENTAÇÃO 2.1.3 COMPARABILIDADE DAS 2.1.4 PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO


As Demonstrações Financeiras Consolidadas do DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS O Grupo Sonangol preparou Demonstrações • As entidades que integram o Grupo, a percen-
Grupo e respectivas notas são apresentadas em Os elementos constantes nas presentes Demonstra- Financeiras Consolidadas, pela primeira vez, em tagem de interesse detido, a natureza da par-
Kwanzas, de acordo com a nomenclatura, formato ções Financeiras são comparáveis com os do exercí- 2013. A definição do perímetro de consolidação, ticipação financeira detida (subsidiária, acordo
e ordem definidos no Plano Geral de Contabilidade cio anterior, excepto quanto: das entidades a incluir ou excluir e o método de conjunto, associada, outro investimento), encon-
(PGC), ajustadas com a introdução de um conjunto de consolidação a seguir, foi efectuada pelo Conselho tram-se divulgadas na Nota 3 para o caso das
rubricas específicas inerentes à principal actividade • ao indicado na Nota 2.1.4 quanto às altera- de Administração, para fazer face à informação re- subsidiárias consolidadas pelo método integral e
do Grupo (indústria do petróleo e gás). As notas não ções de perímetro de consolidação verificadas levante requerida pelo Accionista, Tutela e entida- Nota 6 para o caso das entidades participadas.
mencionadas não são aplicáveis ao Grupo Sonangol, em 2017; des financiadoras do Grupo Sonangol e proporcio-
ou por não serem materialmente relevantes, ou em nar informação adequada ao fim para o qual estas Comparativamente ao perímetro que serviu de
resultado das políticas contabilísticas aplicadas. • ao indicado na Nota 4B e na Nota 13 quanto Demonstrações financeiras foram preparadas. base para a preparação das Demonstrações fi-
à alteração da política contabilística relativa nanceiras consolidadas de 2016, verificaram-se as
O Grupo considerou, ainda, em que medida a moeda ao reconhecimento de activos reversíveis das Constituíram critérios de exclusão para a não con- seguintes alterações:
das Demonstrações financeiras das subsidiárias, concessões petrolíferas; solidação pelo método integral, a imaterialidade
incluídas no perímetro de consolidação do Grupo da participação financeira, a não disponibilização • Saída: Sonils – Sonangol Integrated Logistic
Sonangol, difere da utilizada pelo Grupo Sonangol. • ao indicado nas Notas 17, 13 e 28 relativa- de Demonstrações financeiras pela participada de Services, Lda;
mente ao reconhecimento das responsabilida- forma atempada e a existência de restrições seve-
Para as Empresas que apresentam Demonstrações des por serviços passados com benefícios do ras e duradouras que, de acordo com o Conselho • Saída: Inloc Limited;
financeiras em moeda diferente do Kwanza, o Grupo Plano de Saúde Sonangol pós emprego, cujo de Administração, prejudiquem substancialmente o
Sonangol efectuou conversão dessas demonstrações registo inicial da responsabilidade com refe- exercício de controlo por parte do Grupo Sonangol • Entrada: Sonangol Maiombe Limited;
para a moeda de relato do Grupo Sonangol, mediante rência a 1 de Janeiro de 2017 foi efectuado por dos seus direitos sobre o património ou a gestão
aplicação dos câmbios do Banco Nacional de Angola contrapartida de Resultados Transitados; da participada. • Entrada: Sonangol Cazenga Limited.
como segue: (i) os activos e passivos foram transpos- Por decisão do Conselho de Administração a Sonils
tos à taxa em vigor na data de relato; (ii) os provei- • ao indicado na Nota 4 e na Nota 13, quanto à No processo de consolidação foram realizados os e a Inloc não foram consideradas no perímetro,
tos e custos foram transpostos às taxas de câmbio correcção da metodologia de cálculo dos juros seguintes procedimentos: por não cumprirem com os critérios referenciados
médias do ano; e (iii) o capital próprio foi transposto capitalizáveis incorridos com financiamento de acima.
ao câmbio histórico. As diferenças de câmbio daqui activos qualificáveis; • Harmonização de políticas contabilísticas
resultantes foram reconhecidas numa Reserva de e conversão de Demonstrações financeiras, O impacto nos saldos de fecho das diferentes
transposição cambial no capital próprio, na rubrica • ao indicado na Nota 13 quanto à reversão em quando as políticas contabilísticas seguidas e a rubricas do balanço devido a exclusão em 2017 da
‘Ajustamentos cambiais conversão de Demonstrações 2017 do critério aplicado em 2016 de reclas- moeda das Demonstrações financeiras prepara- Sonils e da Inloc do perímetro de consolidação, é
financeiras’. sificação das diferenças cambiais potenciais, das pelas subsidiárias diferiram das utilizadas apresentado no mapa abaixo:
incorridas em 2016 pela empresa-mãe com pela empresa-mãe;
As cotações de moeda estrangeira utilizadas para financiamentos contraídos para a aquisição de
conversão de saldos expressos em moeda diferente partes de capital em subsidiárias para reservas • Somatório das Demonstrações financeiras das Valores em Milhares AOA

da moeda de preparação, foram como segue: de conversão; várias subsidiárias a consolidar pelo método de Descrição Sonils Inloc
consolidação integral; Activo (A) 116.128.365.621 14.912.888.758
Taxa de fecho 2017 2016 • ao indicado na Nota 4A e na Nota 13 relativa- Capitais Próprios (CP) 72.357.981.360 14.386.353.397
1 USD = 166,749 166,728 AOA mente à correcção dos valores de imparidades • Eliminação de participações financeiras em Passivo (P) 43.770.384.261 526.535.361
1 EURO = 186,303 186,282 AOA em activos mineiros registados em 2016; subsidiárias contra o capital próprio das subsi-
A-(P+CP) - -
1 GBP = 225,561 203,958 AOA diárias;
• ao indicado na Nota 13 quanto à imparidade
1 ZAR = 13,458 12,223 AOA
de empréstimos concedidos pela Sonangol a • Ajustamentos por aplicação do método da
Taxa média 2017 2016
empresas do tecido empresarial privado de compra – apuramento de goodwill e dos ‘interes-
1 USD = 166,742 164,021 AOA Angola, no âmbito da Lei de Fomento do Em- ses que não controlam’;
1 EURO = 186,296 182,942 AOA presariado Privado Angola; e,
1 GBP = 216,469 221,009 AOA • Eliminação de saldos e transacções intra-grupo;
1 ZAR = 12,624 11,605 AOA • às restantes situações consideradas como
erros fundamentais e reconhecidas em Outras • Outros ajustamentos de consolidação neces-
reservas e Resultados transitados, conforme sários.
detalhado na Nota 13.

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A saída destas empresas do perímetro originou 2.2 JULGAMENTOS, ESTIMATIVAS Na classificação de um acordo conjunto o Conselho 2.2.2 ESTIMATIVAS E PRESSUPOSTOS
uma redução do goodwill ao nível do Grupo no E PRESSUPOSTOS SIGNIFICATIVOS de Administração analisa os seus direitos e obriga- Os pressupostos chave respeitantes ao futuro e
montante de 27.768.098 milhares de AOA, confor- UTILIZADOS ções decorrentes dos acordos. Especificamente, o outras fontes críticas de incerteza nas estimativas
me divulgado na nota 5 e uma redução dos capi- A preparação das Demonstrações financeiras Conselho de Administração considera: apuradas na data de reporte que apresentam risco
tais próprios ao nível consolidado no montante de consolidadas requer que sejam efectuados julga- significativo de causarem ajustamentos materiais
86.721.468 milhares de AOA, conforme divulgado mentos, estimativas e que sejam assumidos pres- • A estrutura do acordo conjunto – se este é aos valores contabilísticos dos activos e passivos
na nota 13. supostos que afectam o valor dos proveitos, custos, estruturado através de um veículo separado; durante o ano fiscal subsequente, encontram-se des-
activos, passivos, divulgações correspondentes e critos abaixo. O Grupo suporta os seus pressupostos
Em 2017, foi concluído o processo de construção a divulgação de passivos contingentes à data das • Quando o acordo é estruturado através de um e estimativas com base em parâmetros e informação
dos dois navios Suezmax que se encontravam em Demonstrações financeiras consolidadas. veículo separado, o Conselho de Administra- disponível aquando da preparação das demons-
construção desde 2014, e cujo activo se encontrava ção considera também os direitos e obrigações trações financeiras consolidadas. Circunstâncias e
registado nas demonstrações financeiras da So- As estimativas e os julgamentos são continuamente decorrentes de: pressupostos assumidos sobre desenvolvimentos
nangol EP como imobilizado em curso. Para opera- avaliados e baseados na experiência da Adminis- futuros, podem, no entanto, mudar, em consequência
cionalização dos referidos navios foram criadas tração e em outros factores, incluindo a expectativa --A forma legal do veículo separado; de alterações no mercado ou de circunstâncias fora
em 2017 as subsidiárias Sonangol Cazenga Limi- sobre eventos futuros que se acredita que sejam --Os termos do acordo contratual; do controlo do Grupo. Tais alterações são reflectidas
ted e Sonangol Maiombe Limited que passaram a razoáveis dadas as circunstâncias. No entanto, a --Outros factos e circunstâncias (quando rele- nos pressupostos quando ocorrem.
integrar o perímetro de consolidação e para onde incerteza sobre os pressupostos usados e sobre as vantes).
foram transferidos navios. estimativas efectuadas podem levar a resultados (i) Reservas de hidrocarbonetos
finais que requerem ajustamentos materiais aos Estas análises usualmente requerem julgamento As estimativas das reservas de petróleo bruto são
O valor das diferentes rubricas do balanço destas valores contabilísticos dos activos ou passivos em profissional e podem afectar de forma significativa a uma parte integrante do processo de tomada de de-
novas empresas é apresentado no mapa abaixo: períodos futuros. respectiva contabilização. cisão relativamente aos activos da actividade mineira,
suportando adicionalmente o desenvolvimento ou a
Em particular, o Grupo identificou as seguintes Investimentos em empresas associadas e em acor- implementação de técnicas de recuperação assistida
Valores em Milhares AOA
áreas onde julgamentos significativos, estimativas e dos conjuntos encontram-se mensurados ao custo (secundária e terciária).
Descrição Sonangol Sonangol pressupostos são necessários. Informações adicio- menos perdas por imparidade.
Maiombe Limited Cazenga Limited nais em cada uma destas áreas e como impactam Os volumes de reservas provadas de petróleo bruto
Activo (A) 11.722.611.554 11.724.440.614 as variadas politicas contabilísticas encontram-se (ii) Contingências que a Empresa utiliza para efeitos de preparação das
Capitais Próprios (CP) 11.367.270.826 11.408.605.735 descritas abaixo e também nas Notas relevantes às Pela sua natureza, as contingências são resolvidas Demonstrações financeiras, provêm de relatórios de
Passivo (P) 355.340.728 315.834.879 Demonstrações financeiras. apenas quando um ou mais eventos futuros incertos peritos independentes externos. Esta informação é
A-(P+CP) - - Alterações nas estimativas são tratadas prospecti- ocorrem ou acabam por não ocorrer. A análise da actualizada anualmente e é utilizada para o cálculo
vamente. existência, e potencial quantificação da contingência da amortização dos activos afectos à actividade de
envolvem o exercício de julgamento significativo e exploração e produção de petróleo e gás de acordo
o uso de estimativas com relação ao resultado de com o método das unidades de produção bem como
2.2.1 JULGAMENTOS eventos futuros. para o reconhecimento anual dos custos de desman-
telamento dos campos. Para avaliação da imparidade
(i) Acordos conjuntos O custo final de processos judiciais, liquidações dos investimentos em Propriedades de petróleo e
O Conselho de Administração exerce julgamento para e outros litígios pode variar devido a estimativas gás e em Activos de exploração e avaliação (Ver Nota
determinar quando é que o Grupo apresenta controlo baseadas em diferentes interpretações das normas, 2.2.2 v)), o Grupo recorre a fontes de informação cer-
conjunto sobre um acordo contratual, o que requer opiniões e avaliações finais do montante de perdas. tificadas por entidades independentes, consideran-
um entendimento das actividades relevantes e quan- Consequentemente, alterações nas circunstâncias do, as reservas provadas e prováveis, assim como o
do é que as decisões em relação a essas actividades relacionadas com contingências podem ter um efeito futuro investimento a realizar para se aceder a estas
requerem consentimento unânime. O Grupo deter- significativo no valor da provisão para contingências reservas.
minou que as actividades relevantes são as relacio- registado.
nadas com as decisões de operação e capital, tais A estimativa das reservas está sujeita a revisões fu-
como a aprovação do programa de investimento para turas, com base em nova informação disponível, por
cada ano e apontar, remunerar, e terminar a relação exemplo, relativamente às actividades de desenvolvi-
contratual com o pessoal responsável pela gestão mento (perfuração e produção), preços, datas de fim
ou fornecedores do acordo conjunto. Ver Nota 2.3.b) de contrato ou planos de desenvolvimento (sanciona-
para maiores detalhes. mento de projectos de desenvolvimento), advento de
novas tecnologias, etc.
O Conselho de Administração exerce, ainda, julga-
mento quanto à classificação de um acordo conjunto.

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O impacto nas amortizações e provisões para des- nar o montante das depreciações e amortizações a • Despesas futuras de capital (capex); to por avaliadores externos, tendo em conta o melhor
mantelamento resultante de variações nas reservas reconhecer na demonstração dos resultados con- uso que seria atribuído ao imóvel no mercado.
estimadas é tratado de forma prospectiva, amor- solidados de cada período. Estes dois parâmetros • Custos com desmantelamento (com base nas
tizando o valor líquido remanescente dos activos e são definidos de acordo com o melhor julgamento informações actualizadas dos operadores); Os imóveis testados encontram-se apresentados na
reforçando a provisão para custos de desmantela- do Conselho de Administração para os ativos em Nota 7 Outros activos financeiros – Investimentos em
mento, respectivamente, em função da produção questão. • Percentagem de working interest e net entitlement. imóveis, líquidos de qualquer imparidade apurada no
futura prevista. exercício.
(v) Valor recuperável dos activos Os testes de imparidade são realizados em USD e
(ii) Despesas de exploração e avaliação A cada data de relato, o Grupo avalia os seus activos posteriormente convertidos para AOA à taxa de câm- Goodwill
A aplicação da política contabilística do Grupo no ou unidades geradoras de caixa para determinar a bio à data de relato. O Grupo Sonangol tem registado goodwill relativo à
que respeita a despesas de exploração e avaliação existência de qualquer indicador de imparidade. Para aquisição da Refinaria de Luanda à Fina Petróleos
requer julgamento para determinar se os benefícios o caso específico do goodwill, este é sempre sujeito a As propriedades de petróleo e gás testadas encon- correspondendo a uma unidade geradora de caixa
económicos futuros são prováveis, através de futura teste de imparidade a cada data de balanço. Sempre tram-se apresentadas na Nota 4.A. Propriedades (UGC) independente.
exploração ou venda, ou se actividades não chegarão que se considera existir um indicador de imparida- de petróleo e gás, líquidas de qualquer imparidade
a um estágio que permitam uma avaliação razoável de, é realizada uma estimativa do valor recuperável, apurada no exercício e em exercícios anteriores. O valor recuperável do goodwill foi determinado de
da existência de reservas. A determinação de reser- calculada como o maior entre o Justo valor menos acordo com a melhor estimativa do Conselho de
vas e recursos é por si só um processo de estimativa custos de vender e o Valor de uso. Activos de exploração e avaliação Administração do Grupo, tendo por base modelos
que envolve variados graus de incerteza dependendo O Grupo utiliza a metodologia dos esforços bem-suce- de fluxos de caixa projectados por cinco anos e uma
de como os recursos são classificados. A política de Na determinação do valor recuperável de um activo, didos na capitalização dos seus activos de exploração e perpetuidade sem taxa de crescimento, tendo sido
capitalização de despesas obriga a gestão a fazer e em particular o montante do Justo valor menos avaliação, isto é, os dispêndios incorridos são capitaliza- assumidos pressupostos quanto à curva de preços
certas estimativas e assumir pressupostos sobre custos de vender, nos casos em que não existiram dos na medida em que seja expectável que os mesmos do petróleo e gás natural (considerando os preços
eventos e circunstâncias futuras, em particular, transacções de mercado recentes e semelhantes, o resultem na descoberta de recursos de hidrocarbonetos actuais e históricos, tendências de preços e factores
sobre se uma extracção economicamente viável Grupo utilizou técnicas de fluxo de caixa descontado, com viabilidade técnica, económica e comercial e os relacionados), taxa de desconto, custos operacionais,
pode ser estabelecida. Se, após a capitalização de tendo os pressupostos sido ajustados com base em resultados das actividades de avaliação, tais como a incluindo custos com paragem para manutenção
despesas, a informação disponibilizada sugere que a pressupostos que participantes de mercado utiliza- perfuração de poços adicionais ou poços de delineação, quando aplicável, despesas futuras de capital e per-
recuperação da propriedade deixa de ser provável, é riam para avaliar o activo, unidade geradora de caixa se venham a revelar positivos e favoráveis à extracção formance operacional.
reconhecida em resultados uma imparidade relativa- ou grupo de unidades geradoras de caixa. Segundo dos hidrocarbonetos descobertos.
mente aos valores capitalizados anteriormente. esta metodologia, os fluxos de caixa, assim como a Nos testes de imparidade realizados, a taxa de desconto
taxa de desconto, são considerados após imposto. Na determinação do valor recuperável dos activos de nominal em AOA é de cerca de 14% para a Refinaria de
(iii) Amortização dos activos de Petróleo e Gás – Mé- exploração e avaliação, o Conselho de Administração Luanda (projecções desenvolvidas em AOA).
todo das unidades de produção Propriedades de petróleo e gás do Grupo utilizou a sua melhor expectativa quanto ao
As propriedades de Petróleo e Gás são amortizadas O valor recuperável das propriedades de petróleo e facto dos benefícios económicos futuros esperados O goodwill encontra-se apresentado na Nota 5 Outras
de acordo com o método das unidades de produção gás foi determinado de acordo com a melhor estima- com a extracção de hidrocarbonetos serem superio- imobilizações incorpóreas, líquido de perdas por
(MUP) baseado no total das reservas de hidrocarbo- tiva do Conselho de Administração do Grupo, tendo res ao investimento efectuado, tendo, para o efeito, imparidade.
netos provadas desenvolvidas. Isto resulta num custo como base o seu valor de uso, correspondente ao sido consideradas as reservas prováveis das áreas
com amortização proporcional à depleção da pro- valor descontado dos fluxos de caixa estimados para em teste. Investimento financeiro na Angola LNG
dução remanescente do campo. A vida útil de cada o período de exploração dos blocos/campos, tendo O valor recuperável do investimento financeiro na
activo, analisada pelo menos numa base anual, tem em consideração os seguintes pressupostos: A análise foi desenvolvida em USD, tendo sido pos- Angola LNG foi determinado de acordo com a melhor
em consideração limitações físicas de vida útil e ava- teriormente convertida para AOA, à taxa de câmbio à estimativa do Grupo, tendo como base o valor de uso,
liações presentes sobre as reservas economicamente • Reservas provadas e prováveis (reservas 2P), data de relato. apurado com base na estimativa dos fluxos de caixa
recuperáveis do campo onde o activo está situado. O certificadas por peritos independentes externos; Os activos de exploração e avaliação testados encon- do negócio, da curva de preços do gás natural (consi-
cálculo do rácio da amortização utilizando o MUP é tram-se apresentados na Nota 5.A. Activos de explo- derando os preços actuais e históricos, tendências de
impactado por alterações da estimativa de reservas • Curva de preços do petróleo e gás natural e ração e avaliação, líquidos de qualquer imparidade preços e factores relacionados), taxas de desconto,
futuras. Alterações nas reservas provadas podem diferenciais de preços para cada uma das ramas apurada no exercício e em exercícios anteriores. estimativa de custos operacionais, despesas futuras
ocorrer decorrentes de alterações nos pressupostos de petróleo ($62,26/barril em 2018, $62,65/barril de capital, e performance operacional (inclui volumes
utilizados nas estimativas de reservas, nomeada- em 2019, $65/barril em 2020 e crescimento de Imóveis de produção e vendas).
mente dos preços futuros estimados. 2% nos anos seguintes); O Grupo possui diversos imóveis (terrenos, edifícios
ou partes de edifícios) detidos com o objectivo de ca- Nos testes de imparidade realizados, preparados em
(iv) Vidas úteis e valores residuais de ativos tangíveis • Taxa de desconto de entre os 11% e 12%; pitalização de valor, obtenção de rendas, ou ambas. USD e posteriormente convertidos para AOA à taxa
A determinação dos valores residuais e das vidas Na determinação do valor recuperável dos imóveis, o de câmbio à data de relato, o Grupo considerou uma
úteis dos ativos, bem como o método de depreciação/ • Custos operacionais (custo de produção por barril); Conselho de Administração do Grupo considerou os taxa de desconto nominal de cerca de 10% e a me-
amortização a aplicar é essencial para determi- montantes apurados segundo o método do rendimen- lhor estimativa da curva de preços de gás natural.

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2.3 BASES DE VALORIMETRIA ADOPTADAS NA PREPARAÇÃO


O investimento financeiro na Angola LNG é apresen- (vii) Provisões para benefícios pós-emprego
DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
tado na Nota 6.2.1 Investimento financeiro Angola A determinação das responsabilidades por pensões
LNG, ao custo de aquisição líquido de perdas por de reforma e outros benefícios aos empregados
imparidade apuradas. requer a utilização de pressupostos e estimativas, (a) Investimentos em participadas pelo método de consolidação integral e encontram-se
incluindo a utilização de pressupostos e projecções As Demonstrações financeiras consolidadas da Socie- listadas na Nota 3.
As estimativas e pressupostos relativos à recupe- actuariais, taxas de desconto, de crescimento das dade Nacional de Combustíveis de Angola – Empresa
rabilidade dos activos ‘Propriedades de Petróleo e pensões e salários, estimativa de custos com actos Pública (Sonangol E.P.) para o exercício findo em 31 de As Demonstrações financeiras das subsidiárias são
gás’, ‘Activos de exploração e avaliação’, ‘Imóveis’ e médicos futuros e outros factores que podem ter im- Dezembro de 2017 compreendem as Demonstrações preparadas em referência à mesma data de reporte,
‘Goodwill’ e outros activos estão sujeitos a riscos e in- pacto nos custos e nas responsabilidades dos planos financeiras da empresa-mãe (Sonangol E.P.) e das sub- usando políticas contabilísticas consistentes entre si e
certezas podendo qualquer alteração nas circunstân- de pensões e dos planos de cuidados médicos. As sidiárias enumeradas na Nota 3, conforme os critérios com o Grupo.
cias e na envolvente interna ou externa impactar as alterações a estes pressupostos poderiam ter um referidos na Nota 2.1.4.
projecções realizadas e, consequentemente, o valor impacto significativo nos valores determinados. Quando necessário, são efectuados ajustamentos
recuperável dos activos/unidades geradoras de caixa. São consideradas como subsidiárias as entidades às Demonstrações financeiras das subsidiárias para
As provisões para benefícios pós-emprego à data de (incluindo as entidades estruturadas) sobre as quais o garantir que as políticas contabilísticas destas estão em
(vi) Custos de desmantelamento reporte representam a melhor estimativa da Admi- Grupo tem controlo e para as quais não se verificaram linha com as políticas contabilísticas do Grupo. Todos
Custos de desmantelamento serão incorridos pelo nistração do valor presente da obrigação. as situações de exclusão mencionadas na Nota 2.1.4. O os activos, passivos, capital, proveitos e custos relacio-
Grupo no final da vida operacional de algumas Grupo considera que controla uma entidade quando o nados com transacções entre empresas do Grupo são
instalações e propriedades. O Grupo avalia a provi- (viii) Imparidade de contas a receber Grupo está exposto, ou apresenta direitos, a retornos va- eliminados na totalidade na consolidação.
são para desmantelamento a cada período de relato As perdas por imparidade relativas a créditos de riáveis decorrente do seu envolvimento com a investida e
dependendo a extensão da avaliação de alterações cobrança duvidosa são baseadas na avaliação efec- tem possibilidade para afectar esses mesmos retornos Uma alteração da participação numa subsidiária, que
significativas nos pressupostos chave assim como tuada pela Sonangol da probabilidade de recupera- através do seu poder sobre a investida. Especificamente, não resulte na perda de controlo, é tratada com uma
em informação de mercado. Os custos finais reais ção dos saldos das contas a receber, antiguidade de o Grupo controla uma investida se, e apenas se, o Grupo transacção de capital. Quando o Grupo perde o controlo
de desmantelamento são incertos e a estimativa de saldos, anulação de dívidas e outros factores. Exis- apresenta: sobre uma subsidiária, o Grupo:
custo pode variar em resposta a vários factores, dos tem determinadas circunstâncias e factos que podem
quais se destacam alterações em obrigações legais alterar a estimativa das perdas por imparidade dos • Poder sobre a investida (p.e. direitos existentes que • Desreconhece os activos (incluindo o goodwill) e os
relevantes e o desenvolvimento de novas técnicas saldos das contas a receber face aos pressupostos conferem a possibilidade para direccionar as activida- passivos dessa subsidiária;
de restauração do meio ambiente. A tempestividade, considerados, incluindo alterações da conjuntura des relevantes da investida);
extensão e valor esperado da despesa podem ainda económica, das tendências sectoriais, da deteriora- • Desreconhece os interesses que não controlam
alterar – por exemplo, em resposta a alterações nas ção da situação creditícia dos principais clientes e de • Exposição, ou direitos, a retornos variáveis decor- dessa subsidiária;
reservas ou alterações de leis e/ou regulamentos ou incumprimentos significativos. As alterações destas rente do seu envolvimento com a investida;
respectiva interpretação. Consequentemente, podem estimativas poderiam implicar a determinação de di- • Desreconhece as diferenças de transposição acu-
existir ajustamentos significativos às provisões exis- ferentes níveis de imparidade e, consequentemente, • A habilidade para usar o seu poder sobre a investi- muladas registadas em capital;
tentes, as quais podem impactar os futuros resulta- diferentes impactos nos resultados. da para afectar os seus retornos.
dos operacionais e não operacionais do Grupo. • Reconhece o justo valor da consideração recebida;
Quando o Grupo tem menos da maioria dos votos, ou
A avaliação de custos futuros de desmantelamento é similares, direitos sobre uma investida, considera todos • Reconhece o justo valor da participação de capital
suportada pelo trabalho de avaliadores externos ou os factos e circunstâncias relevantes quando analisa se retida;
internos. O envolvimento de avaliadores independen- tem poder sobre uma investida, incluindo:
tes é determinado numa base individualizada, tendo • Reconhece qualquer diferença em resultados do
em consideração factores como o valor total do custo • Acordos contratualizados com os restantes accio- período e capital próprio; e
ou período temporal do desmantelamento, e é apro- nistas da investida;
vado pela Administração da Empresa. O critério de • Reclassifica a parte do Grupo em componentes
selecção inclui o conhecimento de mercado, reputa- • Direitos resultantes de outros acordos contra- anteriormente reconhecidas em capital próprio para
ção e independência. tualizados; proveito, custo do ano ou resultados transitados,
conforme apropriado, como seria requisito se o Grupo
A provisão para custos de desmantelamento à data • Direitos de voto e direitos de voto potenciais do tivesse vendido os activos e passivos relacionados.
de reporte representa a melhor estimativa da Admi- Grupo.
nistração do valor presente da obrigação com custos (b) Investimentos em acordos conjuntos
futuros de desmantelamento. As entidades que são subsidiárias, e, fazem parte inte- Um acordo conjunto é uma actividade económica em-
grante do perímetro de consolidação definido pelo Con- preendida por dois ou mais parceiros sujeita a controlo
selho de Administração da Sonangol, são consolidadas conjunto destes mediante um acordo contratual. Con-

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trolo conjunto é a partilha de controlo acordada contra- rado pelo justo valor dos bens entregues, instrumentos revistos em cada período de reporte para confirmar que após avaliação/apreciação (perfuração de poços adicio-
tualmente em que as decisões Estratégicas, Financeiras de capital emitidos e passivos incorridos ou assumidos não existem quaisquer indicações que o valor líquido nais), o custo permanece contabilizado como activos de
e Operacionais relacionadas com a actividade exigem na data de aquisição. Os activos identificáveis adquiridos contabilístico dos activos excede o seu valor recuperável. exploração e avaliação, enquanto são desenvolvidos os
consentimento unânime das partes que partilham o e os passivos e passivos contingentes assumidos numa Esta revisão inclui a confirmação que a perfuração de trabalhos para determinar o tamanho, características e
controlo. concentração de actividades empresariais, são mensu- exploração está em curso ou perfeitamente planeada, potencial comercial do reservatório seguidos da des-
rados inicialmente ao justo valor na data de aquisição, ou que foi determinada, ou trabalhos estão já em curso coberta inicial de hidrocarbonetos, incluindo os custos
i) Operações conjuntamente controladas independentemente da existência de interesses que não no sentido de determinar que a descoberta é economi- com poços de avaliação onde ainda não foram encontra-
Operações conjuntamente controladas são um tipo de controlam. O excesso do custo de aquisição relativa- camente viável baseada num conjunto de considerações dos hidrocarbonetos.
acordo conjunto onde as partes que apresentam contro- mente ao justo valor da participação do Grupo nos acti- técnicas e comerciais e que progressos suficientes
lo conjunto de uma actividade económica têm direitos vos identificáveis adquiridos é registado como goodwill. estão a ser efectuados no sentido de estabelecer planos Tais custos capitalizados estão sujeitos a revisão técnica,
sobre activos e obrigações sobre os passivos, relaciona- de desenvolvimento. comercial e da gestão, assim como à revisão de indi-
dos com o acordo. Os custos directamente atribuíveis à aquisição são re- cadores de imparidade pelo menos uma vez ao ano.
Com relação aos seus interesses em operações conjun- gistados quando ocorrem em resultados do exercício. Direitos e licenças são amortizados pelo método das Isto serve para confirmar a intenção continuada para o
tamente controladas, o Grupo, reconhece os seus: unidades de produção sobre o total das reservas pro- desenvolvimento ou por outro lado o valor potencial da
Se o justo valor dos activos líquidos identificáveis ad- vadas desenvolvidas e não desenvolvidas da área em extracção associada à descoberta. Quando não é mais o
• Activos, incluindo a sua percentagem em qualquer quiridos é superior ao valor da importância transferida, questão. caso, os custos capitalizados são registados na demons-
activo detido conjuntamente; antes do reconhecimento do ganho, o Grupo analisa se tração de resultados.
identificou correctamente todos os activos adquiridos e Caso futuras actividades não se encontrem planeadas
• Passivos, incluindo a sua quota-parte sobre qual- todos os passivos assumidos e revê os procedimentos ou a licença tenha sido abandonada, cancelada ou expi- Quando reservas provadas de petróleo e gás natural são
quer passivo incorrido conjuntamente; usados para mensurar os valores a serem reconhecidos rada, o valor líquido contabilístico dos custos de aqui- identificadas e o desenvolvimento aprovado, as despe-
na data de aquisição. Se na avaliação efectuada conti- sição da licença e propriedade são reconhecidos como sas capitalizadas são primeiramente avaliadas quanto
• Rédito da venda da sua quota-parte do output origi- nuar a resultar um excesso do justo valor dos activos custo na demonstração de resultados. a eventuais indícios de imparidade e (caso necessário)
nado pelas operações conjuntamente controlada; líquidos identificáveis sobre a importância transferida, o qualquer imparidade necessária é registada em resul-
ganho correspondente é reconhecido na demonstração Após o reconhecimento de reservas provadas e após se- tados e em seguida, o valor remanescente é transferido
• Quota-parte do rédito originado da venda do output de resultados. rem obtidas as necessárias aprovações com vista ao seu para a rubrica Propriedades de petróleo e gás. Excep-
da operação conjuntamente controlada; desenvolvimento, as despesas associadas são transferi- tuando os custos com licenças, amortizados ao longo do
Após o reconhecimento inicial, o goodwill é valorizado ao das para a rubrica Propriedades de Petróleo e Gás. período da licença, não é registada qualquer amortiza-
• Despesas, incluindo a sua percentagem de qual- custo menos qualquer perda por imparidade. Para efei- ção durante a fase de exploração e desenvolvimento.
quer despesa incorrida conjuntamente. tos de testes de imparidade, o goodwill adquirido numa iii) Custos com a exploração e avaliação
combinação de negócios é, desde a data de aquisição, As actividades de exploração e avaliação envolvem a iv) Custos de desenvolvimento
ii) Entidades conjuntamente controladas alocado a cada unidade geradora de caixa do Grupo que procura de recursos de hidrocarbonetos, a determina- Despesas incorridas com a construção, instalação, ou
Uma entidade conjuntamente controlada é um tipo se espere que venha a beneficiar de sinergias decorren- ção da viabilidade técnica e a avaliação da viabilidade realização de infraestruturas como plataformas, pipe-
de empreendimento onde as partes que têm controlo tes da combinação de negócios, independentemente de económica dos recursos identificados. lines, e a perfuração de poços de desenvolvimento ou
conjunto sobre um acordo têm direitos sobre os activos outros activos ou passivos da adquirida serem alocados poços de delineação, são capitalizados em propriedades
líquidos (capital próprio) do empreendimento conjunto. a essas unidades. Custos com geologia e geofísica são reconhecidos na de petróleo e gás, nos termos da Nota 2.3 e).
Os investimentos do Grupo em entidades conjuntamente demonstração de resultados quando incorridos.
controladas são contabilizados ao custo de aquisição (e) Despesas de exploração e avaliação (f) Propriedades de petróleo e gás
menos perdas por imparidade, estando apresentados na Despesas de exploração e avaliação são registadas Assim que o direito legal para exploração seja adquirido, e Imobilizações corpóreas
Nota 6.1 deste relatório. tendo em conta a aplicação da política contabilística dos custos directamente associados com poços explora- O Grupo considera como propriedades de petróleo e
esforços bem-sucedidos, encontrando-se detalhada nas tórios são capitalizados como activos intangíveis de gás, os activos corpóreos directamente afectos aos
(c) Outros investimentos financeiros Notas 5A e 27A. exploração e avaliação até ao momento que a perfura- campos/blocos petrolíferos. Estes activos são apresen-
Exceptuando as participações financeiras mensuradas ção do poço é completa e o resultado avaliado. Estes tados separadamente na face do balanço na rubrica
a justo valor (ver Notas 2.3 q), 6.3 e 7) as restantes par- i) Custos com pré-licenças custos incluem remunerações directamente atribuídas Propriedades de petróleo e gás.
ticipações financeiras (i.e. instrumentos de capital em Os custos com pré-licenças são reconhecidos em resul- a empregados, materiais, combustíveis usados, custos
empresas terceiras) são valorizadas ao custo de aqui- tados no período em que ocorrem. de sondagem e pagamentos efectuados a empreiteiros. i) Mensuração inicial
sição líquido de imparidade (quando aplicável), sendo Propriedades de petróleo e gás e Imobilizações corpó-
apresentadas na Nota 6.2. ii) Custos de aquisição de licenças e propriedades Caso não sejam descobertos recursos potenciais co- reas são mensuradas inicialmente ao custo de aquisição
Custos com a aquisição de licenças de exploração e merciais de hidrocarbonetos, os activos de exploração deduzido das respectivas amortizações e perdas por
(d) Concentrações de actividades propriedades são registados como activos intangíveis são reconhecidos na demonstração de resultados como imparidade acumuladas (se e quando aplicáveis).
empresariais e Goodwill na rubrica de “Activos de Exploração e Avaliação” e são poço seco (custos não operacionais). Quando sejam
As combinações de negócios são registadas usando o amortizados pelo período coberto pela licença. descobertos hidrocarbonetos extraíveis e seja provável O custo de aquisição do activo compreende o seu custo
método da compra. O custo de uma aquisição é mensu- Custos com a aquisição de licenças e propriedades são que os mesmos sejam comercialmente desenvolvidos, de aquisição ou custo de construção, o qual inclui o

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custo de compra, as despesas de transporte, os custos condição de uso, isto é, quando se encontram na locali- • Reconhecimento do ganho ou perda da transacção petrolíferos, verifica-se existir, findo o prazo da conces-
de instalação e montagem, outros custos directamente zação e na condição necessária para serem capazes de associada à diferença entre o justo valor da contra- são, activos investidos pelos Grupos Empreiteiros que
atribuíveis para colocar o imobilizado na localização e operar da forma pretendida e cessam quando se extin- partida pelo farm out e o respectivo valor contabilísti- revertem para a Sonangol E.P., denominados activos
condição necessárias para operarem da forma preten- guem os benefícios económicos futuros incorporados co. O ganho apenas é reconhecido quando o valor da reversíveis.
dida e ainda, estimativa do Grupo dos custos que se es- por imparidade total ou desreconhecimento. compensação pode ser fiavelmente mensurado. Caso
peram incorrer com o desmantelamento e remoção dos contrário, o Grupo regista a compensação recebida Os activos reversíveis correspondem a activos que são
activos e de restauração dos respectivos locais e, para Propriedades de petróleo e gás como uma redução do valor líquido contabilístico do deduzidos ao conceito de petróleo-lucro da operação
os activos qualificáveis, i.e., cuja construção demora um Propriedades de petróleo e gás são amortizadas de activo; petrolífera, e como tal, retirados das contribuições
período substancial de tempo (maior do que 12 meses), acordo com a taxa de amortização calculada com base efectuadas pelos Grupo Empreiteiros à Concessionária
os respectivos custos de empréstimos. no método das unidades de produção apurado de acordo • Testes de imparidade aos valores retidos se os Nacional. A Sonangol E.P. reconhece estes activos como
com o coeficiente calculado pela proporção do volume termos do acordo indicarem que os interesses retidos activos corpóreos quando os riscos e benefícios dos
Especificamente, no caso das propriedades de petróleo de produção de hidrocarbonetos verificado em cada possam estar em imparidade. activos são substancialmente transferidos para a So-
e gás, quando um projecto de desenvolvimento avança período, sobre o total de reservas de hidrocarbonetos nangol E.P. Por norma, esta transferência ocorre apenas
para a fase de produção, a capitalização de custos com provadas desenvolvidas (reservas 1PD). Imobilizações corpóreas no final do período do contracto com o Grupo Emprei-
construção/desenvolvimento cessa, e os custos são con- As outras imobilizações corpóreas são desreconhecidas teiro, razão pela qual estes activos não se encontram
siderados como parte integrante do custo de existências Imobilizações corpóreas em consequência de abandono ou quando não existem registadas nas demonstrações financeiras consolidadas
ou como gastos, excepto para custos que qualificam Relativamente às outras imobilizações corpóreas, o benefícios económicos futuros expectáveis através do da Sonangol EP. Quando esta transferência ocorre os
para capitalização nomeadamente novos desenvolvi- Grupo optou por aplicar o método da linha recta sobre uso ou da venda. Quaisquer ganhos e perdas decorren- activos são mensurados inicialmente ao justo valor,
mentos ou aumentos nas propriedades de petróleo e a respectiva vida útil estimada numa base duodecimal. tes do desreconhecimento do activo (calculado como a registados na rubrica de Imobilizações corpóreas e
gás existentes. As principais taxas de amortização utilizadas corres- diferença entre o valor recuperável e o valor líquido con- amortizados prospectivamente de acordo com a vida útil
pondem aos seguintes períodos de vida útil estimada tabilístico) são incluídos na demonstração de resultados remanescente.
ii) Capitalização de custos com empréstimos e ou- (excepto para as refinarias que é geralmente de 15 quando o activo é desreconhecido.
tros custos directamente atribuíveis anos e para custos significativos com inspecção é de 3 (h) Imobilizações incorpóreas
Os juros de empréstimos atribuíveis à aquisição ou a 5 anos, que representa o período estimado antes da Imobilizados incorpóreos adquiridos separadamente
construção de activos são capitalizados como parte do próxima inspecção): v) Grandes manutenções, inspecções e reparações são mensurados ao custo de aquisição inicial. O custo
custo desses activos. Um activo elegível para capitaliza- Despesas com grandes manutenções, inspecções ou do imobilizado incorpóreo adquirido numa concentração
ção é um activo que necessita de um período de tempo reparações compreendem o custo de substituição do empresarial é o seu justo valor à data de aquisição. Após
substancial para estar disponível para uso ou para Classe de Activos Anos activo ou partes do activo. Quando um activo, ou parte o reconhecimento inicial os imobilizados incorpóreos
venda. O montante de juros a capitalizar é determinado Edifícios e outras construções 50 de um activo, que é amortizado de forma separada é com vidas úteis definidas são mensurados ao custo
através da aplicação de uma taxa de capitalização sobre Equipamento básico: substituído e é provável que benefícios económicos menos amortização acumulada (calculada numa base
o valor dos investimentos efectuados. A taxa de capita- - Construções, equipamento 15 – 18 futuros fluirão para o Grupo associados ao novo item, o linear sobre a vida útil respectiva) e imparidades, caso
lização corresponde à média ponderada dos juros com - Outros 6 – 10
custo de substituição é capitalizado. existam. Imobilizados incorpóreos com vida útil indefini-
empréstimos aplicável aos empréstimos em aberto no da (e.g. Goodwill) não são amortizados, sendo testados
Equipamento de transporte 4–5
período. A capitalização de custos com empréstimos Quando parte do activo substituído não é considerado quanto à imparidade numa base anual, com referência à
Equipamento informático 3–7
inicia-se quando tem início o investimento, já foram in- separadamente como uma componente e por con- data de relato.
corridos juros com empréstimos e já se encontram em Equipamento administrativo 3–7 sequência não amortizado separadamente, o valor
curso as actividades necessárias para preparar o activo de substituição é usado para estimar o valor líquido Imobilizados incorpóreos com vida útil finita são amor-
para estar disponível para uso ou para venda. A capitali- contabilístico do activo(s) substituído(s), o qual é imedia- tizados sobre a vida económica do activo e analisados
zação é terminada quando todas as actividades neces- tamente desreconhecido. quanto a imparidade quando há indicadores de que o
sárias para colocar o activo como disponível para uso ou Os valores residuais do activo, vidas úteis e métodos de imobilizado incorpóreo possa estar em imparidade. O
para venda se encontram substancialmente concluídas. amortização são revistos a cada período de reporte e Custos com inspecções associados a programas de período e método de amortização do imobilizado incor-
ajustados prospectivamente, caso aplicável. grandes manutenções são capitalizados até ao perío- póreo são revistos pelo menos no final de cada período
O Grupo suspende a capitalização dos custos de em- do da nova inspecção. Todas as outras reparações, de de reporte. Alterações na vida útil expectável ou no
préstimos obtidos durante períodos prolongados em iv) Desreconhecimento menor significância, são registadas na demonstração de padrão de consumo de benefícios económicos futuros
que suspenda o desenvolvimento de um activo que se resultados quando incorridas. são considerados para modificar o período ou método
qualifica, ou quando surgem factos e circunstâncias de Propriedades de petróleo e gás de amortização, quando apropriado, e são tratados com
que a quantia escriturada excede a quantia recuperável. O Grupo contabiliza farm-outs, fora da fase de explora- (g) Activos Reversíveis alterações das estimativas contabilísticas. O gasto com
ção, conforme se detalha de seguida: No âmbito dos contractos celebrados entre a Sonangol amortização de imobilizados incorpóreos com vidas
iii) Amortização E.P., enquanto Concessionária Nacional dos direitos úteis finitas é reconhecido na demonstração de resulta-
As amortizações das propriedades de petróleo e gás e • Desreconhecimento da quota-parte do activo de prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção dos na rubrica de amortizações.
das outras imobilizações corpóreas iniciam-se a partir vendido; de hidrocarbonetos líquidos e gasosos, com os vários
do momento em que os activos se encontram na sua Grupos Empreiteiros que executam/operam blocos

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Ganhos ou perdas decorrentes do desreconhecimento • as expectativas de flutuações dos valores e tempes- amortização, caso não tivesse sido reconhecida qual- ceiros que obrigam à entrega de bens dentro de um pra-
do activo são mensuradas entre a diferença entre o valor tividade destes fluxos de caixa; quer imparidade no passado. Esta reversão é reconheci- zo acordado são reconhecidas na data da transacção na
recuperável e o valor líquido contabilístico do activo e da na demonstração de resultados. qual o Grupo se obriga a comprar ou a vender o activo.
são reconhecidas na demonstração de resultados quan- • aplicação da taxa de desconto antes de impostos, Quando há lugar ao registo de uma perda por impari-
do o activo é desreconhecido. associado a um conceito de custo médio ponderado dade ou à sua reversão, a amortização dos respectivos Contas a receber e outros activos correntes
do capital; e activos é recalculada prospectivamente de acordo com o e não correntes
(i) Imparidade de activos valor recuperável ajustado da imparidade reconhecida. Esta categoria é a mais relevante para o Grupo. Contas
• outros factores que devem ser considerados nesta a receber, outros activos correntes e não correntes são
i) Activos não financeiros (excluindo goodwill) análise, tais como a falta de liquidez que os partici- ii) Goodwill activos financeiros não derivados com pagamentos fixos
O Grupo analisa a cada data de reporte se existe qual- pantes do mercado, possam reflectir nos fluxos de O Goodwill é testado por imparidade anualmente a cada ou determinados que não se encontram cotados em
quer indicador que um activo (ou unidade geradora de caixa futuros que a entidade espera obter do activo. data de relato ou sempre que as circunstâncias indi- mercado activo. Após a mensuração inicial, tais activos
caixa) pode estar em imparidade. Relativamente às Pro- quem que o mesmo pode estar em imparidade. financeiros são mensurados pelo valor nominal deduzi-
priedades de petróleo e gás, a Gestão avaliou as suas O valor em uso não reflecte fluxos de caixa futuros asso- A imparidade é determinada para o Goodwill avaliando do de perdas, necessárias para os colocar ao seu valor
unidades geradoras de caixa como sendo o poço/área ciados à reestruturação e ao melhoramento ou reforço o valor recuperável da unidade geradora de caixa (ou realizável líquido esperado. As perdas são registadas na
de exploração, o qual é o nível mais baixo para os quais da performance operacional do activo. Pelo contrário, grupo de unidades geradoras de caixa) à qual o Goodwill demonstração de resultados quando existe uma evidên-
fluxos de caixa são significativamente independentes de para o cálculo do justo valor menos custos de vender, está alocado. Quando o valor recuperável da unidade cia objectiva de que a totalidade ou parte dos montantes
outros activos. o modelo de fluxo de caixa descontados inclui fluxos de geradora de caixa é inferior ao seu valor contabilístico em dívida, conforme as condições originais das contas a
caixa associados a custos com reestruturação e melho- uma perda por imparidade é reconhecida. As perdas receber, não será recebida.
Sempre que exista um indicador de imparidade, ou seja ramento quando tal corresponde a uma expectativa de por imparidade relacionadas com o Goodwill não são
política do Grupo a realização de um teste de imparida- mercado. revertidas no futuro. Relativamente à actividade de exploração e produção pe-
de anual, o Grupo estima o valor recuperável da unidade trolífera, no caso em que o Grupo tenha efectuado levan-
geradora de caixa ou do activo. O valor recuperável de O Grupo baseia os seus cálculos de imparidade em iii) Investimentos financeiros e investimentos tamentos abaixo ou acima dos seus direitos calculados
uma unidade geradora de caixa ou activo é o maior entre orçamentos e previsões detalhadas, as quais são em imóveis de acordo com o contrato de partilha de produção (CPP)
o justo valor menos custos de venda e o valor de uso. O preparadas separadamente para cada unidade gera- O Grupo possui investimentos financeiros e inves- considera-se existir Underlifting ou Overlifting respecti-
valor recuperável é determinado para um activo indivi- dora de caixa às quais os activos estão alocados. Estes timentos em imóveis (registados em outros activos vamente, sendo as quantidades mensuradas ao preço
dual, a não ser que, não gere fluxos de caixa que são lar- orçamentos e previsões geralmente têm em conside- financeiros) mensurados ao custo menos imparidade e de venda e registadas como contas a receber ou a pagar,
gamente independentes de outros associados a outros ração um horizonte temporal de 6 anos. Para períodos investimentos financeiros e outros activos financeiros por contrapartida de demonstração de resultados.
grupos de activos, neste caso, o activo é testado como superiores, uma taxa de crescimento de longo prazo é mensurados ao justo valor através de resultados. Para
parte da maior unidade geradora de caixa onde perten- calculada e aplicada aos fluxos de caixa futuros, estima- os investimentos financeiros e investimentos em imó-
ce. Quando o valor líquido contabilístico de um activo ou dos após o sexto ano. veis mensurados ao custo, a imparidade é determinada Outros activos financeiros não correntes
unidade geradora de caixa excede o seu valor recuperá- de acordo com regras e metodologias de cálculo seme-
vel, o activo ou unidade geradora de caixa considera-se Perdas por imparidade sobre operações continuadas, lhantes às enunciadas para os activos não financeiros. Investimentos financeiros em imóveis
em imparidade e deve ser diminuído até ao seu valor incluindo imparidade sobre existências, são reconheci- Para os investimentos financeiros e outros activos finan- O Grupo possui diversos hotéis e imóveis classificados
recuperável. das na demonstração de resultados nas categorias de ceiros mensurados ao justo valor o cálculo tem como como investimentos financeiros em imóveis. Estes
custo consistentes com a função/natureza do activo em base a cotação reportada por avaliadores independentes investimentos em imóveis são inicialmente registadas
O cálculo do justo valor menos os custos de venda, questão. e para o caso dos activos cotados em bolsa é utilizada ao custo de aquisição ou construção, incluindo impostos
pode basear-se: i) no preço de venda acordado contra- informação de mercado. não dedutíveis (p.e. SISA), as despesas de instalação e
tualmente numa transacção entre terceiros não rela- Para activos/unidades geradoras de caixa, excluindo montagem, os outros custos directamente atribuíveis
cionados, deduzindo os custos de venda; ii) o preço de goodwill, é efectuada uma avaliação a cada data de Instrumentos financeiros para colocar os activos na localização e condição neces-
mercado se o activo for negociado num mercado activo; reporte para determinar se existe qualquer indicação Um instrumento financeiro é qualquer contrato que dá sárias para operarem da forma pretendida, a estimativa
ou iii) o justo valor calculado como uma estimativa dos que perdas por imparidade reconhecidas no passado origem a um activo financeiro de uma entidade e um dos custos que se esperam incorrer com o desmante-
fluxos de caixa futuros que qualquer agente de mercado não são mais aplicáveis ou de valor reduzido. Se tal passivo financeiro ou instrumento da capital a outra lamento e remoção dos activos (quando aplicável) e os
esperaria obter do activo. Segundo a metodologia em indicação existe, o Grupo estima o valor recuperável dos entidade, sendo reconhecido inicialmente quando o respectivos custos com empréstimos no caso de activos
iii), os fluxos de caixa, assim como taxa de desconto, são activos ou unidades geradoras de caixa. Uma perda por Grupo se torna parte das correspondentes disposições qualificáveis, líquido das correspondentes perdas por
considerados após imposto. imparidade reconhecida no passado é revertida apenas contratuais, sendo mensurado inicialmente ao custo da imparidade destinadas a garantir que o custo não exce-
se existe uma alteração nos pressupostos usados para transacção. de o valor de realização.
No cálculo do valor em uso, aplica-se a metodologia determinar o valor recuperável do activo/ unidade gera-
dos fluxos de caixa descontados, e inclui os seguintes dora de caixa desde que a última perda por imparidade (j) Activos financeiros Fundos de investimento
elementos: foi registada. A reversão é limitada até ao limite de que Os activos financeiros do Grupo incluem contas a rece- O Grupo possui unidades de participação em fundos de
o valor líquido contabilístico do activo/ unidade gerado- ber (clientes e outros), outros activos correntes e não investimento. Estes investimentos financeiros detidos
• uma estimativa dos fluxos de caixa futuros que a ra de caixa não excede o valor recuperável, ou o valor correntes, outros activos financeiros não correntes e pela Sonangol são mensurados ao custo, o qual com-
entidade espera obter do activo; liquido contabilístico que seria determinado, líquido de disponibilidades. As compras e vendas de activos finan- preende o preço de aquisição, os encargos suportados

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com a aquisição, tais como prémios de corretagem, no caso de ter havido uma redução ou um perdão de dí- o preço de factura, despesas de transporte e seguro, As diferenças entre o custo de aquisição e o respectivo
honorários e despesas e comissões bancárias. Sub- vida, o valor nominal é reduzido, de forma directa, para o utilizando-se o custo médio ponderado como método valor realizável líquido das existências, no caso em que
sequentemente, estes investimentos financeiros são seu valor de realização, sendo reconhecido um Proveito de custeio das saídas. o mesmo é inferior ao custo, são registadas em Resul-
mensurados ao justo valor, apurado com base no rela- extraordinário na Demonstração de Resultados. tados não operacionais (Ver Nota 33); as suas rever-
tório final dos gestores dos fundos, por contrapartida de O Grupo desreconhece passivos financeiros apenas b. Produtos e trabalhos em curso sões, nos casos em que já não se verifiquem quaisquer
Resultados financeiros. quando a correspondente obrigação seja liquidada, O custo de produção inclui materiais, fornecimentos e diferenças entre o custo de aquisição e o respectivo
cancelada ou expire. serviços externos e gastos gerais. valor realizável líquido são reconhecidas na rubrica de
Depósitos bancários Resultados não operacionais.
O Grupo reconhece em depósitos bancários os saldos Empréstimos c. Produtos acabados e intermédios
em bancos (depósitos á ordem e a prazo) sujeitos a um Estas rubricas incluem os empréstimos obtidos de insti- • Petróleo bruto – Corresponde ao petróleo bruto A variação dos produtos e trabalhos em curso e dos pro-
risco insignificante de perda de valor, meios monetários tuições de crédito e outras entidades mensurados ao va- produzido na actividade de exploração e produção dutos acabados e intermédios à data de relato, quando
em trânsito e aplicações de excedentes de tesouraria lor nominal nas suas parcelas não corrente e corrente. petrolífera e que se encontra em stock em 31 de De- comparado com a sua posição no início do período, é
em produtos financeiros (p.e. Obrigações do Tesouro zembro de cada ano, correspondente à quota-parte registada como variação da produção.
Angolano) os quais se encontram registados na sub-ru- Os encargos com juros são reconhecidos quando incor- no total do stock de cada uma das áreas de desenvol-
brica de Títulos negociáveis. ridos. vimento. O Grupo reconhece como Custo das mercadorias ven-
Os encargos financeiros de empréstimos, relacionados didas e matérias consumidas, as saídas de existências
Nos termos dos contratos entre a Sonangol e os diver- com a aquisição, construção ou desenvolvimento de • Produtos derivados do petróleo – As entradas de das sub-rubricas de mercadorias e as matérias-primas,
sos grupos empreiteiros para cada bloco, a Sonangol activos, são capitalizados, fazendo parte do custo do res- produtos acabados e intermédios são valorizadas subsidiárias e de consumo.
é beneficiária de depósitos bancários com mobilização pectivo activo. A capitalização destes encargos começa com base no custo de produção, o qual é constituído
restrita “escrow accounts” e que se encontram afectos após o início da preparação das actividades de constru- pelos consumos de matérias-primas e outras, pelos (m) Locações
ao encerramento dos poços, desmantelamentos de ção ou desenvolvimento do activo e cessa quando o acti- encargos com mão-de-obra directa e pelos gastos O Grupo Sonangol reconhece uma locação, quando se
activos e recuperação paisagística e ambiental após vo se contra na localização e condição de uso ou quando gerais de fabrico. No caso de produtos adquiridos torna parte das correspondentes disposições contra-
exploração das áreas / blocos afectos a cada grupo em- o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer a terceiros, estes são valorizados ao custo de aqui- tuais (até ao respectivo termo), as quais são sempre
preiteiro. Estes depósitos são mensurados ao custo. proveitos financeiros gerados por empréstimos relacio- sição, o qual inclui o preço da factura, despesas de classificadas como locações operacionais. As locações
nados com um investimento específico são deduzidos transporte e seguro, utilizando-se o FIFO aplicado a enquanto locador e enquanto locatário são reconhecidas
(k) Passivos financeiros aos encargos financeiros elegíveis para capitalização. famílias de produtos, constituídas tendo em conside- e mensuradas como segue:
Os passivos financeiros do Grupo incluem contas a pa- ração as características das mesmas, como método
gar (fornecedores e outras contas a pagar) e emprésti- (l) Existências de custeio das saídas. • Locações operacionais enquanto locatário: as
mos de médio e longo prazo. Um instrumento financeiro As Existências são consideradas pelo menor entre o rendas a pagar são reconhecidas como custo na
é classificado como um passivo financeiro quando existe custo de aquisição ou produção e o valor realizável • Outros produtos acabados e intermédios – O custo demonstração dos resultados consolidado no período
uma obrigação contratual por parte do emissor de liqui- líquido. de produção, inclui matérias-primas, custos indus- a que respeitam contratualmente, pelo valor nominal
dar capital e/ou juros, mediante a entrega de dinheiro triais variáveis e fixos, utilizando-se o custo médio da renda a pagar;
ou de outro activo financeiro, independentemente da sua O custo de aquisição ou de produção é determinado, ponderado como método de custeio de saídas.
forma legal. consoante a natureza das existências e dos vários negó- • Locações operacionais enquanto locador: as rendas
cios desenvolvidos, tendo o Grupo registado os seguin- d. Mercadorias a receber são reconhecidas como proveito na de-
Contas a pagar tes tipos de existências numa base consolidada: O custo de aquisição inclui o preço da factura, despesas monstração dos resultados consolidado no período a
Os saldos de fornecedores e outros passivos correntes de transporte e seguro, utilizando-se o custo médio que respeitam contratualmente (Ver Nota 2.3. j)), pelo
são registados pelo seu valor nominal. a. Matérias-primas e subsidiárias ponderado para o gás natural, GPL (gás de petróleo valor nominal da renda a receber. Os activos locados
• Petróleo bruto – O custo de aquisição inclui o liquefeito), derivados de petróleo e restantes mercado- no âmbito destas locações, são, maioritariamente,
O saldo de fornecedores e outros passivos correntes preço da factura, despesas de transporte e seguro, rias, como método de custeio das saídas. registados na rubrica de “Outros activos financeiros”
são, regra geral, valorizados ao custo histórico. utilizando-se como método de custeio das saídas de – Investimentos em imóveis.
existências o FIFO (primeiras entradas, primeiras As matérias-primas e subsidiárias e mercadorias em
O custo histórico corresponde ao montante inicial saídas), aplicado a uma família única, a qual inclui a trânsito, por não se encontrarem disponíveis para con- (n) Provisões para outros riscos e encargos
registado (valor nominal) eventualmente corrigido para totalidade das ramas. sumo ou venda, encontram-se segregadas das restan- São reconhecidas provisões sempre que (i) exista uma
reflectir (i) juros vencidos, relativos a dívidas que não te- tes existências e são valorizadas ao custo de aquisição obrigação legal ou construtiva, como resultado dos
nham sido pagas na data de pagamento e (ii) diferenças • Outras matérias-primas (excluindo materiais ge- específico. acontecimentos passados, (ii) seja provável que um
de câmbio não realizadas e determinadas pela aplicação rais) – O custo de aquisição inclui o preço da factura, exfluxo de recursos será necessário para liquidar a obri-
da taxa de câmbio à data de fecho, às quantias em moe- despesas de transporte e seguro, utilizando-se como O valor realizável líquido das existências é baseado no gação, e (iii) possa ser efectuada uma estimativa fiável
da estrangeira em dívida na data de relato. método de custeio das saídas o FIFO, aplicado a famí- valor de venda estimado no decurso ordinário do negó- do montante da obrigação.
lias de produtos, constituídas tendo em consideração cio, deduzidos de custos estimados para a finalização
Sempre que, em condições excepcionais o valor de liqui- as características das diversas matérias. do produto e custos necessários para a realização da Não são reconhecidas provisões para perdas opera-
dação for inferior ao custo histórico, como por exemplo • Materiais gerais – O custo de aquisição, que inclui venda. cionais futuras. As provisões são revistas na data do

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balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor As taxas de desconto utilizadas para calcular o valor Tributação das Actividades Petrolíferas encontra-se As principais categorias de rédito do Grupo são como
estimativa a essa data. presente dos fluxos de caixa estimados, corresponde a regulamentada na lei 13/14. segue:
uma taxa de juro que considera o real valor do dinheiro
Se o efeito temporal do dinheiro é material, as provisões no tempo e no mercado em que o Grupo se insere, ten- De acordo com esta Lei, o rendimento tributável repor- a) Vendas de Petróleo bruto – participante no grupo
são descontadas ao valor presente usando uma taxa do em consideração o horizonte temporal dos fluxos de ta-se ao presumível lucro apurado mensal e proviso- empreiteiro;
de desconto (antes de imposto) que reflecte, quando caixa associados, e são revistas a cada data de relato. riamente em cada bloco de produção, comunicado às
apropriado, os riscos específicos associados ao passi- autoridades fiscais competentes através de declarações b) Vendas de Petróleo bruto – concessionária;
vo. Quando o desconto é usado, o aumento da provisão O valor da provisão para desmantelamento é incremen- fiscais provisórias e liquidado nos prazos previstos
decorrente da passagem do tempo é reconhecido em tado na data de relato financeiro, em função do efeito legalmente. c) Vendas de produtos refinados;
custos financeiros. Com excepção das provisões para temporal do dinheiro, sendo o diferencial entre exercí-
desmantelamento, o custo associado a qualquer provi- cios reconhecido como custo financeiro nas Demonstra- As declarações fiscais provisórias são substituídas no d) Subvenções estatais;
são é apresentado na demonstração de resultados. ções financeiras. final do exercício pelas declarações fiscais definitivas,
corrigidas pelos “preços de referência fiscal”, pelos cus- e) Prestações de serviços - alugueres;
(i) Provisão para desmantelamento Quando a provisão para desmantelamento é ajustada tos finais incorridos nas operações petrolíferas e pelos
O Grupo reconhece uma provisão para desmantelamen- por alterações na taxa de desconto, o efeito da alteração custos de estrutura incorridos pelas empresas. f) Prestações de serviços - fretes de navios;
to quando o Grupo tem uma obrigação presente (legal da responsabilidade é decomposto entre i) o efeito tem-
ou construtiva) como resultado de eventos passados, é poral do dinheiro resultante da passagem de mais um Os impostos, direitos e taxas acima referidos incluem: g) Prestações de serviços – logística.
provável que um exfluxo de recursos venha a ser neces- ano, o qual é reconhecido nos resultados financeiros e ii)
sário para liquidar a obrigação e possa ser efectuada o efeito da variação do valor actual da responsabilidade, • Imposto sobre a produção do petróleo – incide Vendas de petróleo bruto – participante no grupo
uma estimativa fiável do montante da obrigação. o qual é reconhecido no activo associado à responsabili- sobre as quantidades de petróleo bruto e gás natural empreiteiro
dade de abandono. produzido no ano, valorizado aos preços de referência O rédito da venda de petróleo bruto e gás natural e
A obrigação geralmente ocorre quando o activo é insta- fiscal; derivados é reconhecido quando os riscos significativos
lado ou o terreno/ meio ambiente é alterado no local do Ao longo do tempo, o passivo descontado é aumentado e benefícios inerentes à posse dos activos são trans-
campo. Quando o passivo é inicialmente reconhecido, o pela alteração do valor presente baseado na taxa de • Taxa de transacção do petróleo – incide sobre feridos, o que é considerado ocorrer quando o activo é
valor presente dos custos totais de desmantelamento desconto que reflecte avaliações correntes do mercado o lucro anual apurado ao abrigo de Contratos de passado para o cliente. Isto geralmente ocorre quando o
estimados é capitalizado, aumentando o valor líquido e riscos específicos do passivo. Associação à taxa de 70% e dedutível para efeitos de produto é fisicamente transferido para o navio ou outro
dos activos de petróleo e gás correspondentes. determinação da matéria colectável do imposto sobre mecanismo de entrega.
Alterações no tempo ou custo do desmantelamento A estimativa de custos de desmantelamento dos activos o rendimento do petróleo;
estimado são tratadas prospectivamente com o registo associados aos interesses participativos nos blocos O rédito da produção de petróleo e gás, onde o Grupo
de um ajustamento à provisão efectuada assim como ao onde o Grupo actua como investidor (na sua quota-parte • Imposto sobre o rendimento do petróleo – incide tem interesses participativos com outros produtores, é
activo correspondente. de interesse participativo) não está relacionado com o sobre o lucro anual (liquido do imposto sobre a pro- reconhecido com base no quota-parte do interesse no
papel do Grupo enquanto Concessionária Nacional. dução do petróleo e a taxa de transacção do petróleo) Grupo empreiteiro conforme preconizado nos contratos
Qualquer diminuição na provisão para desmantelamen- apurado ao abrigo dos Contratos de Associação e de de partilha e produção (CPP).
to e, consequentemente, qualquer diminuição ao valor (ii) Fundo para abandono (Concessionária) Partilha e Produção.
do activo associado, não poderá exceder o valor líquido Os valores afectos a fundo para abandono (Concessioná- Quando contratos de venda ou compra futuros de petró-
contabilístico do mesmo. Caso aconteça, qualquer ria) foram constituídos pelos operadores e transferidos Impostos diferidos leo ou gás natural são celebrados, as vendas ou com-
excesso sobre o valor líquido contabilístico é ajustado para a tutela da Empresa, enquanto “Concessionária O imposto apurado refere-se em exclusivo ao imposto pras associadas são reportadas pelo líquido.
directamente na demonstração de resultados. Nacional” para os hidrocarbonetos. Estes destinam-se corrente, não sendo apurado nem registado qualquer
a cobertura de despesas futuras com o encerramento imposto diferido, activo ou passivo, resultante das Vendas de Petróleo bruto – concessionária
Se a alteração da avaliação da responsabilidade com de poços petrolíferos, remoção de plataformas e outras diferenças temporárias entre as bases contabilística e Enquanto Concessionária Nacional (“CN”), a Sonangol
desmantelamento resultar num aumento da provisão instalações, quando se esgotarem as reservas, tal como fiscal. E.P. é detentora dos direitos mineiros, que lhe foram
para desmantelamento e, consequentemente, um divulgado na nota 18.1. atribuídos pelo Estado Angolano (Lei 10-04 artº4). A CN
aumento do valor líquido do activo associado, o Grupo (p) Vendas e prestações de serviços pode associar-se a outras entidades para executar as
considera se este facto é um indicador de imparidade (o) Impostos O rédito é reconhecido até à extensão que é provável que operações petrolíferas ou solicitar ao Governo que lhe
do activo como um todo, e em caso afirmativo, testa benefícios económicos fluirão para o Grupo e o rédito atribua directamente a concessão, sujeito a autorização
o activo para efeitos de imparidade. Se, para campos Impostos petrolíferos pode ser fiavelmente mensurado. O rédito é mensurado do Ministério da Tutela a abertura de concurso público.
maduros, a estimativa do valor revisto para os activos As empresas do Grupo Sonangol associadas ao sector ao justo valor da compensação recebida ou a receber,
de petróleo e gás deduzidos de passivos de desmante- de exploração e produção de petróleo bruto e gás natu- excluindo descontos, impostos e outras obrigações A CN define quem são as suas associadas, assim como
lamento exceder o valor recuperável, essa proporção do ral encontram-se sujeitas à lei da tributação das activi- inerentes à sua concretização. o conteúdo do contrato para a execução das operações
aumento é registada directamente na demonstração de dades petrolíferas apresentados na Nota 19.3, estando petrolíferas (e.g. contratos de partilha de produção), su-
resultados. isentas de outros impostos de rendimento aplicado às jeito a aprovação da Tutela relativamente à associação,
demais empresas com operações em Angola. A lei da assim como ao conteúdo do respectivo contrato.

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Os bónus de assinatura pagos pelas associadas à CN O decreto executivo 706/15 de 30 de Dezembro de 2015, Quando necessário, o Grupo utiliza técnicas de valo- assim como outras responsabilidades reconhecidas
revertem integralmente a favor do Estado, não sendo definiu que com a excepção do petróleo iluminante e gás rização apropriadas e para as quais existe suficiente no período associados ao serviço prestado que serão
como tal, considerados parte do rédito. butano, todos os demais produtos refinados passariam informação disponível para mensurar o justo valor, liquidados no futuro excluindo Benefícios de cessação
para o regime de formação de preços livres, cessando maximizando o uso de inputs relevantes observáveis e de emprego e Planos de benefício pós-emprego. Estes
Os Recebimentos da CN correspondem principalmente assim, a obrigação do Estado em custear quaisquer minimizando o uso de inputs não observáveis. são geralmente reconhecidos na rubrica de Custos com
à parte do petróleo lucro conforme estabelecido em subvenções, cabendo ao Grupo Sonangol determinar o O Grupo utiliza as cotações de mercado para valorizar pessoal quando incorridos.
cada contrato, sendo o petróleo lucro o petróleo bruto novo preço. os investimentos em empresas cotadas e relatórios
produzido e arrecadado e não utilizado nas operações das entidades responsáveis pela gestão dos fundos de De acordo com a legislação em vigor, os trabalhadores
petrolíferas deduzido do petróleo bruto para recupera- Prestações de serviços – alugueres investimento para mensurar as suas participações em do Grupo têm anualmente direito a um mês de férias e a
ção de custos. O rédito de alugueres respeita principalmente ao alu- investimentos de capital de risco. um mês de subsídio de férias, direito esse adquirido no
guer de aeronaves e imóveis, podendo incluir com- ano anterior ao do seu pagamento. Assim, esta respon-
A partilha do petróleo lucro geralmente resulta da apli- ponentes de rendas fixa ou variável, de acordo com o (r) Classificação corrente e não corrente sabilidade é registada no exercício em que os trabalha-
cação da fórmula definida em cada contrato de partilha estabelecido contratualmente. As rendas são reconheci- O Grupo apresenta activos e passivos no seu balanço, dores adquirem o respectivo direito, independentemente
de produção (CPP), em função da rentabilidade do Grupo das em resultados no período a que respeitam. baseado na classificação corrente/não corrente. da data do seu pagamento.
Empreiteiro na área de desenvolvimento e da profundi-
dade das águas a que foi obtido. Prestações de serviços - fretes de navios Um activo é corrente quando: ii) Benefícios de cessação de emprego
O rédito proveniente de fretes de navios é reconhecido • Expectativa de realização ou intenção para ser ven- Os benefícios de cessação de emprego são reconheci-
Por outro lado, também em conformidade com a legis- no momento de chegada ao porto de destino, aquando dido ou consumido no normal ciclo operacional; dos quando o Grupo Sonangol cessa o emprego antes
lação em vigor, a Sonangol deve entregar ao Estado o do cumprimento integral das obrigações contratuais. da data normal de reforma, ou quando um empregado
valor correspondente às vendas efectuadas na qualidade • Detido com o objectivo principal de venda; aceita a cessação de emprego em troca destes benefí-
de Concessionária Nacional deduzidas da sua margem (q) Mensuração ao justo valor cios. O Grupo Sonangol reconhece a responsabilidade
(em 2017 de 7%), calculadas sobre as referidas vendas O Grupo mensura em cada período de reporte as par- • Expectativa de realização em 12 meses após a data com benefícios de cessação de emprego na mais antiga
valorizadas ao preço de referência fiscal do Orçamento ticipações financeiras em empresas cotadas e partici- de balanço; das seguintes datas: na qual o Grupo deixa de poder
de Estado. A lei da aprovação do Orçamento Geral do pações financeiras em fundos de investimento ao justo retirar a oferta dos benefícios; ou na qual o Grupo
Estado de 31 de Dezembro de 2017, fixou o preço de valor. Adicionalmente, para efeitos dos testes de impa- • Disponibilidades não restritas para serem trocadas reconhece os gastos de uma reestruturação, no âmbito
referência fiscal do Orçamento Geral do Estado em 46 ridade, o valor recuperável considera o mais alto entre ou usadas para o pagamento de um passivo até 12 do registo das provisões. Os benefícios devidos com
USD/Barril para o exercício de 2017. A margem retida valor em uso ou justo valor menos custos de venda. meses após a data de balanço. maturidade superior a 12 meses, após o final do período
deverá fazer face às despesas com a supervisão e con- de reporte, são descontados para o seu valor presente.
trolo das suas associadas e das operações petrolíferas. Justo valor é o preço que seria recebido para vender um Todos os outros activos são classificados como não
Este valor é reconhecido enquanto um custo do exercício activo ou pagamento para liquidar um passivo numa correntes. iii) Planos de benefício pós-emprego
na rubrica Entregas ao Estado das Vendas à “Concessio- transacção ordinária entre participantes independentes Até ao final do ano 2011, o pessoal da Empresa estava
nária”. de mercado. A mensuração ao justo valor é baseada na Um passivo é classificado como corrente quando: coberto por um “Plano de Benefícios Definidos” da So-
presunção que a transacção para vender um activo ou • seja expectável que o passivo seja regularizado no nangol que foi fechado à entrada de novos participantes
Vendas de produtos refinados para pagar um passivo toma lugar ou: ciclo operacional (até 12 meses); com efeitos a 1 de Janeiro de 2012, tendo os participan-
As vendas de produtos refinados correspondem princi- tes activos sido transferidos e incorporados num novo
palmente à venda de gasolina e gasóleo entre outros, • No mercado principal/activo do activo ou passivo; • seja detido essencialmente para negociação; “Plano de Contribuição Definida” o qual é contributivo, ou
sendo reconhecido o rédito no momento da venda con- seja, financiado por contribuições destes no que se refere
forme preçário em vigor. • Na ausência de um mercado principal/activo, no • seja exigível dentro de um período até 12 meses aos serviços futuros. O novo plano deverá abranger todos
mercado mais vantajoso para o activo ou passivo. após a data do balanço: os colaboradores que no futuro venham a ser admitidos.
Subvenção devida pelo Estado
De acordo com o Decreto executivo n.º 17/95 actualizado O justo valor de um activo ou passivo é mensurado no a. conforme definido em contrato; ou Relativamente ao plano de benefícios definidos persiste
pelo Decreto executivo nº127/04 e complementarmente pressuposto de que os participantes de mercado terão a responsabilidade relativa aos reformados e pensio-
pelo Decreto executivo nº27/05, pelo Despacho n.º 77/10 em consideração o preço do activo ou passivo, assu- b. conforme pedido formal de pagamento recebi- nistas, sendo que o corte efectuado corresponderá ao
e pelo decreto presidencial 1/12, a Empresa, reconhece mindo que estes agem com base no melhor dos seus do do credor, após verificação de incumprimento montante que as subsidiárias incluídas no novo plano
com base da estrutura definida de encargos, margens interesses económicos. contratual. terão de fundear aquando da constituição e operacio-
e preços de venda ao público, uma subvenção a pre- nalização da nova sociedade gestora. No entanto, foram
ços decorrente da quantidade de produtos vendidos no A mensuração ao justo valor de um activo financeiro tem (s) Planos de benefício de empregados abrangidos pelo regime de benefícios definidos, os
período. Assim, no período em que o rédito da venda de em consideração a habilidade do participante de mer- colaboradores que se reformaram ou cessaram o vín-
produtos é reconhecido de acordo com a tabela anexa ao cado para gerar benefícios económicos pela utilização i) Benefícios de curto prazo culo com a empresa até 13 de Outubro de 2017, data da
Decreto Executivo n.º 97/12 de 26 de Março, é também do activo na sua melhor consideração ou pela venda do Os benefícios de curto prazo correspondem aos gastos implementação legal e aprovação do plano de contribui-
reconhecida a correspondente subvenção. mesmo a outro participante de mercado. incorridos com remunerações, quer fixas quer variáveis, ção definida pelas entidades competentes (Despacho nº
outros gastos relacionados directamente com o pessoal, 685/17 do Ministério das Finanças).

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A gestão do fundo constituído para o Plano de Pensões (t) Especialização do exercício ser para uso próprio dos grupos empreiteiros petrolífe- (x) Partes relacionadas
da Sonangol foi confiada à AAA Pensões S.A. até 31 de Os custos e proveitos são registados de acordo com o ros e a liquidação dos saldos de Under e Overlifting ser São consideradas partes relacionadas pelo Grupo
Dezembro de 2013, tendo a responsabilidade da ges- princípio de especialização do exercício, pelo que os efetuada em produto físico (Barris de Petróleo Bruto). Sonangol as entidades incluídas parte do perímetro de
tão do fundo sido transferida para a Sonangol Vida em mesmos são reconhecidos à medida que são gerados, Assim, as contas a receber e as contas a pagar não são consolidação.
2014. Desta essa data a Sonangol Vida é responsável independentemente do momento em que são recebi- avaliadas ao justo valor (own use exemption).
pela gestão do fundo de cobertura e responsabilidades dos ou pagos. As diferenças entre os montantes pagos (y) Acontecimentos após a data do balanço
associadas ao Fundo de Pensões da Sonangol. ou recebidos e os correspondentes custos e proveitos Enquanto Concessionária Nacional Os eventos ocorridos após a data das Demonstrações
são registadas na conta de ‘Outros activos correntes’ No seu papel de Concessionária Nacional a Sonan- financeiras que proporcionem informação adicional
Planos de Pensões e ‘Outros passivos correntes’, consoante as diferenças gol também poderá estar numa posição de Under ou sobre condições que existiam à data de relato são
Os benefícios são, regra geral, apurados através da con- correspondam a um direito ou a uma responsabilidade Overliftings face à sua parcela de petróleo lucro, o qual é reconhecidos nas Demonstrações financeiras do Grupo.
jugação de um ou mais factores, como sejam a idade, os do Grupo Sonangol. registado como uma conta a receber ou pagar por con- Os eventos ocorridos após a data das Demonstrações
anos de serviço e a retribuição base relevante (pensão). trapartida da rubrica de Entregas ao Estado das vendas financeiras que proporcionem informação sobre condi-
As responsabilidades do Grupo com pensões de reforma Assim, nas sub-rubricas de ‘Encargos a repartir’ e ‘Pro- da Concessionáia. ções que ocorram após a data de relato são divulgados
são calculadas anualmente, na data de fecho de contas, veitos a repartir’ estão incluídas as despesas e as re- no anexo às Demonstrações financeiras consolidadas,
por peritos independentes, para cada plano, com base ceitas que já ocorreram, mas que respeitam a períodos (v) Políticas de resultados se considerados materiais.
no Método da Unidade de Crédito Projectada. A taxa de futuros e que serão imputadas aos resultados de cada
desconto utilizada neste cálculo é determinada com um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde, i) Resultados extraordinários e não operacionais (z) Relato por segmentos
base nas taxas de mercado associadas a obrigações de enquanto nos ‘Proveitos a facturar’ e nos ‘Encargos a A rubrica de resultados extraordinários inclui os custos O Grupo apresenta os segmentos operacionais baseado
empresas de “rating” elevadoe com uma maturidade pagar’ respeitam a montantes de proveitos ou custos e os proveitos extraordinários resultantes de eventos na informação de Gestão de acordo com actividades
semelhante à data do termo das obrigações do plano. incorridos, mas que serão facturados em exercícios claramente distinguíveis das actividades operacionais desenvolvidas pelas diversas empresas que concorrem
futuros. da entidade e que, por essa razão, não se espera que para o perímetro de consolidação.
As responsabilidades estão cobertas por provisões re- ocorram nem de forma frequente nem regular.
gistadas no balanço das empresas do Grupo Sonangol. (u) Under/overlifting A rubrica de resultados não operacionais destina-se Considera-se como segmento operacional uma compo-
a registar os factos ou acontecimentos de natureza nente do Grupo:
Os ganhos e perdas actuariais resultantes: (i) das dife- Enquanto membro dos Grupos Empreiteiros corrente que tenham carácter não recorrente ou não i. Que desenvolve actividades de negócio de que pode
renças entre os pressupostos actuariais e financeiros É prática da indústria efetuar Under ou Overliftings da frequente. obter réditos e incorrer em gastos;
utilizados e os valores efectivamente verificados; e (ii) sua quota-parte no crude, com a qual se pretende otimi-
das alterações de pressupostos actuariais são reconhe- zar os custos de transporte entre os parceiros. ii) Resultados financeiros ii. cujos resultados operacionais são regularmente
cidos em reservas. Os resultados financeiros incluem os juros pagos pelos revistos pelo principal responsável pela tomada
O Underlifting é de facto, numa perspetiva de prevalência empréstimos obtidos, juros de mora, os juros recebidos de decisões operacionais do Grupo para efeitos da
O Grupo reconhece em resultados operacionais, na sua da substância sobre a forma, uma venda efetuada pelo de aplicações efectuadas, os ganhos e perdas resultan- tomada de decisões sobre a imputação de recursos
demonstração dos resultados, os custos com serviço parceiro de stock que por direito é da Sonangol. Assim, tes de diferenças de câmbio realizadas e não realiza- ao segmento e da avaliação do seu desempenho;
corrente e com serviços passados e o juro líquido sobre no caso do Underlifting, o parceiro efetuou uma venda das, assim como as variações de justo valor relativas a
o passivo (activo). por conta da Sonangol, pelo que a Sonangol regista instrumentos financeiros. iii. relativamente à qual esteja disponível informação
uma conta a receber por contrapartida de vendas. Caso financeira distinta.
Planos de cuidados médicos o preço de mercado do crude no final de cada período Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da
As empresas do Grupo Sonangol em angola conce- de reporte seja inferior ao preço considerado na valori- especialização dos períodos. Os valores reportados para cada segmento operacional
dem benefícios no âmbito dos quais os colaboradores zação da conta a receber é registada uma imparidade resultam da agregação das subsidiárias e das unidades
e agregado familiar elegível beneficiam de condições na demonstração dos resultados por contrapartida da iii) Resultados de filiais e associadas de negócio definidas no perímetro de cada segmento.
favoráveis em serviços de assistência médica e medica- conta a receber. Os resultados de filiais e associadas incluem somen- As anulações das transacções intra-segmentos são
mentosa, as quais se manifestam através da prestação te os dividendos recebidos de empresas que o Grupo efectuadas no próprio segmento e inter-segmentos são
de cuidados médicos assegurados através de infraestru- O Overlifting é uma venda efetuada pela Sonangol de detém como um investimento financeiro. Os dividendos efectuados na rubrica ajustamentos de consolidação.
turas detidas e geridas internamente na Clinica Girassol stock que por direito era do parceiro. Assim, no caso do são reconhecidos na data em que se estabelece o direito
Overlifting, a empresa regista um gasto na rubrica Custo ao seu recebimento. (aa) Políticas contabilísticas, estimativas contabilísti-
Estes planos de cuidados médicos são classificados com actividade mineira e em vias de fabrico por contra- cas e erros
como planos de benefícios definidos. As responsabilida- partida de Contas a pagar. (w) Custos da actividade mineira
des estão cobertas por provisões registadas no balanço Esta rubrica inclui a quota-parte do Grupo Sonangol, Estimativa contabilística
das empresas do Grupo Sonangol. Os recebimentos e pagamentos dos saldos de Under dos custos das operações conjuntas que lhe são debita- O processo de estimativa envolve juízos fundamentais
e Overlifting são compensados em data posterior por das pelos operadores dos blocos/campos e, ainda, a sua baseados na última informação disponível. As estimati-
O reconhecimento e a mensuração das responsabilida- barris de crude como definido no contrato de partilha. A quota-parte dos custos incorridos enquanto operador de vas contabilísticas devem ser revistas quando ocorrerem
des com os planos de cuidados médicos são idênticos Empresa considera que na substância sobre a forma do blocos/campos. alterações respeitantes às circunstâncias nas quais a
ao referido anteriormente para os planos de pensões de CPP não está sujeita ao risco de preço, dado a operação estimativa se baseou, ou em resultado de novas infor-
benefícios definidos.

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mações, de mais experiência ou de desenvolvimentos aplicada aos acontecimentos e transacções em causa 2.4 ALTERAÇÕES NAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
subsequentes. Os efeitos das alterações das estimativas como se tivesse estado sempre em uso, sendo o res-
contabilísticas são reconhecidos na Demonstração de pectivo impacto nos saldos de abertura reconhecido em Com excepção do abaixo, não ocorreram alterações de
resultados do período corrente, na mesma rubrica usa- resultados transitados. politicas contabilísticas face ao ano anterior.
da anteriormente para reconhecer a própria estimativa.
Erros Em 2016 o Grupo alterou a política contabilística relativa
Face aos princípios contabilísticos da consistência e da A correcção de erros na preparação de Demonstrações ao reconhecimento dos activos físicos adquiridos pelos
comparabilidade dos saldos, as alterações de políticas financeiras de um ou mais períodos anteriores que Grupos Empreiteiros no âmbito dos Contratos de Parti-
contabilísticas só devem ser efectuadas nos seguintes sejam descobertos no período corrente deve ser reco- lha de Produção celebrados com a Concessionária Na-
casos: nhecida nos Resultados líquidos do período corrente, cional, passando os mesmos a ser apresentados no seu
excepto se reunirem as características para serem con- balanço na rubrica de Activos Reversíveis pelo montante
• Se for exigido por disposições contabilísticas emiti- siderados erros fundamentais, caso em que a correcção de 167.395.968 milhares de AOA.
das por órgão competente para o efeito; é reconhecida nos resultados transitados.
No decurso de 2017, e após uma análise aprofundada
• Se a alteração resultar numa apresentação mais Erros fundamentais são aqueles erros que têm um dos direitos e obrigações relativos a estes activos, o
apropriada de acontecimentos ou transacções nas efeito de tal significado nas Demonstrações financeiras Grupo Sonangol reverteu a referida decisão, tendo re-
demonstrações financeiras da entidade. de um ou mais períodos anteriores que essas demons- gistado os impactos desta decisão, no montante de AOA
trações financeiras não podem ser consideradas terem 149.542.492 milhares por contrapartida de Outras reser-
Alterações de políticas contabilísticas sido fiáveis à data da sua emissão. vas. Desta forma, com referência a 31 de Dezembro de
Regra geral, uma alteração numa política contabilística 2017 as demonstrações financeiras consolidadas não
é aplicada retrospectivamente isto é, a nova política é incluem Activos Reversíveis, tendo os activos associados
a Contratos de Partilha de Produção cujos direitos e
obrigações pertencem à Sonangol, sido reclassificados
para a rubrica de imobilizações corpóreas.

3. SEGMENTOS OPERACIONAIS
Para efeitos de gestão, o Grupo está organizado por A gestão monitoriza os resultados operacionais do seu
unidades de negócio, baseados nos produtos e serviços negócio separadamente, com o propósito de tomar
prestados, subdividido em 5 segmentos de reporte: decisões sobre a alocação de recursos e a avaliação de
performance respectiva. A performance de um segmento
• Corporate & Financing, que inclui os investimentos é avaliada com base nos seus proveitos e custos opera-
financeiros core e financiamentos obtidos e emprésti- cionais os quais são valorizados consistentemente com
mos concedidos pelo Grupo; os proveitos e custos operacionais consolidados.

• Upstream, segmento de pesquisa e produção de O financiamento do Grupo e os resultados financeiros da


petróleo bruto e gás natural; Sonangol EP e da Sonangol Finance são geridos numa
óptica de contas consolidadas e não são alocados a
• Midstream, inclui as actividades de refinação e segmentos, estando incluído no segmento Corporate &
transporte de produtos derivados de petróleo bruto e Financing.
gás natural;
O quadro abaixo, apresenta, conforme mencionado aci-
• Downstream, este segmento inclui as actividades ma, as entidades que compõem o perímetro seleccio-
de armazenagem, comercialização e distribuição dos nado pelo Conselho de Administração da Sonangol EP
produtos derivados e petróleo bruto e gás natural ao para efeitos da consolidação, e os segmentos operacio-
cliente final; nais em que estão incluídas:

• Actividades Non Core, inclui as actividades “não


nucleares” do Grupo como serviços de aviação, saúde,
formação, gestão imobiliária, telecomunicações e ou-
tros investimentos financeiros considerados non core.

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Empresa Segmentos Sonangol Asia Midstream


Sonangol E.P Corporate & Financing Sonangol Limited Midstream
Sonangol Finance Limited Corporate & Financing Sonangol Hong Kong Limited Midstream
Sonangol E.P Upstream Sonangol USA Midstream
Sonangol Pesquisa e Produção, S.A. Upstream Sonagás - Sonangol Gás Natural, S.A. Downstream
Sonangol Hidrocarbonetos Internacional, S.A. Upstream Sonangol Distribuidora, S.A. Downstream
Sonagás - Sonangol Gás Natural, S.A. Upstream Sonangol Logística, Lda. Downstream
Sonaref, S.A. Midstream Sonangol Holdings, Lda. Actividades non-core
Sonangol – Refinaria de Luanda, S.A. Midstream SIIND – Sonangol Investimentos Industriais, S.A. Actividades non-core
Refinaria do Lobito, S.A. Midstream SONIP - Sonangol Imobiliária e Propriedades, Lda. Actividades non-core
Sonaref Investimentos e Participações, S.A. Midstream Sonair - Serviços Aéreos, S.A. Actividades non-core
Sonangol Shipping Holding, Limited Midstream Clínica Girassol, Sarl. Actividades non-core
Sonangol Shipping Angola, Limited Midstream MSTELCOM – Mercury Serviço de Telecomunicações, S.A. Actividades non-core
Sonangol Shipping Services, Limited Midstream Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC) Actividades non-core
Sonangol Chartering Services limited Midstream CFMA - Centro de Formação Marítima de Angola Lda Actividades non-core
Sonangol LNG Shipping Service Limited Midstream Academia Sonangol S.A. Actividades non-core
Sonangol Marine Transportation limited Midstream Sonangol Vida Actividades non-core
Sonangol Marine Services Inc Midstream Pessoas Desenvolvimento e Associações – PDA Actividades non-core
Sonangol Shipping Angola (Luanda) Limitada Midstream Solo Properties Actividades non-core
Stena Sonangol Suezmax Pool Midstream
Sonangol Shipping Girassol Limited Midstream
Sonangol Huila Limited Midstream Em 2017 o Grupo reviu a alocação das subsidiárias aos em nenhum segmento em 2017 na sequência da sua
Sonangol Shipping Kassanje Limited Midstream vários segmentos tendo reclassificado as sociedades e exclusão do perímetro de consolidação definido pelo
Sonangol Kalandula Limited Midstream Sonangol Comercialização Internacional, Lda., Sonangol Conselho de Administração.
Sonangol Shipping Kizomba Limited Midstream Ásia, Sonangol Limited, Sonangol Hong Kong Limited e
Sonangol Shipping Luanda Limited Midstream
Sonangol USA do segmento Actividades non-core para o Conforme referido na nota 2.1.4, em 2017 o perímetro de
segmento Midstream, por considerar que este segmento consolidação passou a incluir as sociedades Sonangol
Sonangol Rangel Limited Midstream
traduz de forma mais adequada a actividade operacional Maiombe Limited e Sonangol Cazenga Limited as quais
Sonangol Porto Amboim Limited Midstream
destas empresas. foram alocadas ao segmento Midstream.
Sonangol Shipping Namibe Limited Midstream
Sonangol Cabinda Limited Midstream De referir que as sociedades Sonils, Lda. e Inloc Li-
Sonangol Etosha Limited Midstream mited, que em 2016 eram consideradas no segmento
Sonangol Benguela Limited Midstream Actividades non-core não se encontram consideradas
Sonangol Sambizanga Limited Midstream
Ngol Bengo Limited Midstream
Ngol Chiloango Limited Midstream
Ngol Zaire Limited Midstream
Ngol Cunene (Clyde) Limited Midstream
Sonangol Shipping Ngol Luena Limited Midstream
Sonangol Shipping Ngol Cassai Limited Midstream
Ngol Dande Limited Midstream
Ngol Kwanza Limited Midstream
Cumberland Limited (Ngol Cubango) Midstream
Sonangol Maiombe Limited Midstream
Sonangol Cazenga Limited Midstream
Sonangol Comercialização Internacional, Lda. Midstream

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RELATO POR SEGMENTOS


Demonstração Consolidada dos Resultados Por Natureza
para o Exercício Findo em 31 de Dezembro de 2017

Corporate Upstream Midstream Downstream Non Core Ajustamentos Total


& Financing consolidação
AOA AOA AOA AOA AOA AOA AOA
Vendas - 2.130.340.350.652 170.976.822.039 744.415.885.236 1.600.400 (220.778.445.963) 2.824.956.212.364
Prestação de serviços - - 33.210.687.355 142.957.414 49.174.301.252 (16.221.295.262) 66.306.650.759
Outros proveitos operacionais - 50.911.405 4.588.851.410 (913.367.117) 27.936.506.385 (6.881.792.639) 24.781.109.444
- 2.130.391.262.057 208.776.360.804 743.645.475.533 77.112.408.037 (243.881.533.864) 2.916.043.972.567
Variação nos produtos acabados e em vias de fabrico - 11.266.160.258 (1.395.651.918) 1.417.807.935 - - 11.288.316.275
Entregas ao Estado das vendas da “à Concessionária” - (1.302.579.051.974) - - - - (1.302.579.051.974)

Custos das existências vendidas e das matérias-primas e subsidiárias - (9.990.139.462) (116.392.298.659) (499.487.627.725) (3.798.909.008) 227.836.866.444 (401.832.108.410)
consumidas
Custos da actividade mineira - (277.370.139.798) (437.828.110) - - 2.712.649.684 (275.095.318.224)
Custos com o pessoal (44.625.473.771) (8.277.167.154) (14.510.638.557) (50.013.142.784) (39.864.773.855) 4.338.550.281 (152.952.645.840)
Amortizações (1.822.730.895) (371.492.437.402) (13.471.375.268) (18.727.298.744) (19.497.896.049) - (425.011.738.358)
Outros custos e perdas operacionais (54.004.691.503) (2.323.818.095) (34.833.043.468) (47.230.058.258) (43.283.148.398) 12.071.867.549 (169.602.892.173)
(100.452.896.169) (1.960.766.593.627) (181.040.835.980) (614.040.319.576) (106.444.727.310) 246.959.933.958 (2.715.785.438.704)
Resultados operacionais: (100.452.896.169) 169.624.668.430 27.735.524.824 129.605.155.957 (29.332.319.273) 3.078.400.094 200.258.533.863
Resultados financeiros 155.355.994.725 (28.135.108.804) (37.647.338.344) (33.593.417.900) 11.054.406.364 - 67.034.536.041
Resultados de filiais e associadas - - 17.211.109 - 22.435.216.262 - 22.452.427.371
Resultados não operacionais (31.295.873.083) (73.064.795.553) (20.240.622.488) (39.935.733.509) (6.312.546.413) - (170.849.571.046)
124.060.121.642 (101.199.904.357) (57.870.749.723) (73.529.151.409) 27.177.076.213 - (81.362.607.634)
Resultados antes de impostos: 23.607.225.473 68.424.764.073 (30.135.224.899) 56.076.004.548 (2.155.243.060) 3.078.400.094 118.895.926.229
Imposto sobre o rendimento - (59.719.892.808) (4.994.794.227) (26.743.957.447) (2.331.059.100) - (93.789.703.582)
Resultados líquidos das act. correntes: 23.607.225.473 8.704.871.265 (35.130.019.126) 29.332.047.101 (4.486.302.160) 3.078.400.094 25.106.222.647
Resultados extraordinários - - - 2.496.952 2.256.302.348 - 2.258.799.300
Resultado líquido do exercício 23.607.225.473 8.704.871.265 (35.130.019.126) 29.334.544.053 (2.229.998.812) 3.078.400.094 27.365.021.947

O exercício acima enunciado enumera os valores agregados do conjunto das empresas que compõem os respecti-
vos segmentos operacionais, sobre os quais apenas são deduzidos de anulações intra-grupo dentro das empresas
que compõem cada sector, por considerarmos que, desta forma é enunciada de uma maneira mais clara e efectiva
a realidade de cada sector operacional do Grupo Sonangol. A coluna de ajustamentos de consolidação reflecte
assim, todo o conjunto de anulações entre empresas do Grupo pertencentes a diferentes sectores de actividade
operacional. A conversão para USD obedeceu a política cambial prescrita na Nota 2.1.2.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
122 123

4. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS 4.1.2 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO NO VALOR BRUTO

4.1 IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos no valor bruto das imobilizações corpóreas:

4.1.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA Rubricas Saldo inicial Alterações de Aumentos Diminuições Transferências Conversão Regularizações Saldo Final
perímetro dem. Finan-
ceiras
Terrenos e 7.162.059.413 - 95.698.182 - - 45.703.944 429.470.078 7.732.931.617
A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição por natureza das Imobilizações corpóreas foi: recursos naturais
Edifícios e outras 563.481.737.724 (125.971.516.717) 3.873.745.708 (8.249.930.261) 33.960.441.045 38.408.825 (771.123.505) 466.361.762.819
Rubricas Valor bruto 2017 Amortizações Valor Líquido 2017 Valor Líquido 2016 construções
Acumuladas 2017 Equipamento 432.334.857.107 (224.690.389) 21.761.367.735 (15.016.521.285) 5.550.604.622 89.543.238 1.356.417.062 445.851.578.090
Terrenos e recursos naturais 7.732.931.617 - 7.732.931.617 7.162.059.413 básico
Equipamento de 40.973.170.744 (17.429.348.189) 741.339.777 (567.953.338) 5.069.378 3.354.191 (2.399.553) 23.723.233.010
Edifícios e outras construções 466.361.762.819 (147.156.633.786) 319.205.129.033 364.722.150.458
transporte
Equipamento básico 445.851.578.090 (188.572.473.402) 257.279.104.688 267.357.009.821 Equipamento 33.294.026.395 - 8.324.006 (55.201.224) 4.535.552 2.769.701 (95.024.102) 33.159.430.328
Equipamento de transporte 23.723.233.010 (20.459.280.975) 3.263.952.035 10.745.029.018 informático

Equipamento informático 33.159.430.328 (31.495.117.321) 1.664.313.007 10.933.284.820 Equipamento 45.516.540.276 (4.657.594.873) 150.004.467 (522.070.208) 313.903.892 9.346.362 (352.648.096) 40.457.481.820
administrativo
Equipamento administrativo 40.457.481.820 (33.099.314.457) 7.358.167.363 (281.476.434)
Outras 5.642.317.970 (1.884.675.527) - (76.689.412) - 435.107 - 3.681.388.138
Outras Imobilizações Corpóreas 3.681.388.138 (3.073.842.880) 607.545.258 1.137.287.692 Imobilizações
Corpóreas
Imobilizado em curso 236.754.443.421 - 236.754.443.421 269.865.527.420
Imobilizado em 269.865.527.420 (10.798.197.378) 8.430.037.986 (4.865.623.612) (27.363.787.075) 16.285.548 1.470.200.532 236.754.443.421
Adiantamentos por conta de 1.503.430 - 1.503.430 6.162.055.451 curso
Imobilizações Corpóreas
Adiantamentos 6.162.055.451 - - (4.146.427) - 775.385 (6.157.180.979) 1.503.430
1.257.723.752.673 (423.856.662.821) 833.867.089.852 937.802.927.657 por conta de
Imobilizações
Corpóreas
1.404.432.292.500 (160.966.023.073) 35.060.517.861 (29.358.135.767) 12.470.767.414 206.622.301 (4.122.288.563) 1.257.723.752.673
No ano de 2017, os principais investimentos em curso em obter interesse participativo na refinaria do Lobito,
do Grupo encontram-se relacionados com: onde foram recepcionadas cerca de 64 propostas,
das quais foram selecionadas 7, sendo que dentre
• Construção da Refinaria do Lobito no segmento estas, serão seleccionadas as empresas que deverão As transferências incluem 16.153.145 milhares de
midstream; integrar o consórcio para a materialização do projeto. AOA relativos a activos reclassificados da rubrica
É expectável que este processo de selecção esteja Activos Reversíveis.
• Construção de 2 navios sonda no segmento ups- concluído até finais de 2018.
tream; Concorrem para as diminuições verificadas na ru-
A Administração da Sonangol pretende que esta brica, a imparidade no montante de AOA 22.174.485
• Obras nas instalações logísticas da barra do Dande nova visão estratégica incorpore os investimentos já milhares, referente à central de geração de energia
no segmento downstream. realizados e a sua rentabilização com a exploração da “Ciclo Combinado” do segmento midstream detalha-
futura refinaria e com o desenvolvimento de projectos das na nota 33. Resultados não Operacionais.
Refinaria do Lobito industriais adjacentes à mesma, nomeadamente, pro-
Em 2016, a Administração da Sonangol deliberou a jectos de indústria petroquímica alimentados pelas Em 2017, foi concluído o processo de construção dos
suspensão das obras de construção da Refinaria do descobertas de hidrocarbonetos em blocos offshore dois navios Suezmax, tendo os mesmos sido transfe-
Lobito tendo em consideração o contexto macroeco- próximos do Lobito. ridos para Imobilizado corpóreo. Estes navios encon-
nómico. tram-se em exploração pelas empresas do Grupo
Navios Sonda Sonangol Cazenga Limited e Sonangol Maiombe
Entretanto em 2017 o Estado angolano reafirmou O processo de construção continua em curso e a en- Limited.
o seu compromisso em levar avante o projecto de trada em operação far-se-á de acordo com as regras
construção da refinaria do Lobito, por se tratar de de Compliance da legislação Angolana (decreto 48/06)
um projecto estratégico nacional para garantia da e serão praticadas tarifas média diária competitivas,
autossuficiência na produção de refinados e redução indexadas a preços de referência do sector.
das importações.

Em finais 2017 a Sonangol lançou um concurso


público internacional para investidores interessados

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
124 125

4.1.3 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO NAS AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS 4.A.2 MOVIMENTOS DO ANO NO VALOR BRUTO

Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos no valor das amortizações acumuladas: Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos no valor bruto das propriedades de petróleo e gás:

Rubricas Saldo inicial Alterações de Aumentos Diminuições Transferências Conversão Regularizações Saldo Final Rubricas 2016 Aumentos Diminuições Transferências Conversão dem. Regularizações 2017
perímetro dem. Financeiras
Financeiras
Despesas de 3.647.861.468.902 95.478.176.281 (3.466.853.810) 172.303.070.515 316.490.523 (2.927.313.286) 3 909 565 039 125
Edifícios 198.759.587.266 (79.642.307.236) 20.788.422.334 (200.859.150) (192.388) 6.968.053 7.445.104.907 147.156.633.786 desenvolvimento
e outras
Despesas de 310.687.127.845 56745.282.041 (1.630.357.589) - 21.667.506 (64 440 213 383) 301 383 506 420
construções
abandono
Equipamento 164.977.847.286 (160.454.699) 25.437.345.948 (884.901.791) - 39.431.939 (836.795.281) 188.572.473.402
Imobilizado 998.177.269.543 156.693.085.443 (161.483.291) 5.480.827.381 126.344.104 (49.076.893.755) 1 111 239 149 425
básico
mineiro em curso
Equipamento 30.228.141.726 (11.615.277.315) 1.755.501.509 (512.238.153) - 2.741.659 600.411.549 20.459.280.975
4.956.725.866.290 308.916.543.765 (5.258.694.690) 177.783.897.896 464.502.132 (116.444.420.424) 5 322 187 694 970
de transporte
Equipamento 22.360.741.576 - 1.162.573.589 (156.262.985) - 6.821.035 8.121.244.106 31.495.117.321
informático
Equipamento 45.798.016.710 (4.083.336.412) 3.486.804.133 (3.841.499.952) 192.388 4.356.193 (8.265.218.603) 33.099.314.457 Os aumentos do ano no valor bruto de propriedades de petróleo e gás respeitam essencialmente aos investi-
administrativo mentos nos blocos 15.06 e 32.00.
Outras 4.505.030.279 (1.655.213.013) 248.159.256 (22.671.529) - 341.818 (1.803.931) 3.073.842.880
Imobilizações
Corpóreas As transferências respeitam à reclassificação de activos de exploração e avaliação incorridos nos blocos 15.06
466.629.364.843 (97.156.588.675) 52.878.806.769 (5.618.433.560) - 60.660.697 7.062.852.747 423.856.662.821
e 32.00 (nota 5A), uma vez confirmadas as declarações de descoberta comercial do poço ou campo, conforme
política contabilística adoptada pelo Grupo.

4.A.3 MOVIMENTOS DO ANO NAS AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS

4.A. PROPRIEDADES DE PETRÓLEO E GÁS Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos nas amortizações
acumuladas das propriedades de petróleo e gás:
4.A.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA
Rubricas 2016 Aumentos Diminuições Transferências Conversão dem. Regularizações 2017
Financeiras
É incluído nesta rúbrica todo o investimento de ex- infraestruturas tais como plataformas, pipelines bem
Despesas de 2.100.421.076.067 350.239.436.329 - - 200.490.601 41.799.444.433 2.492.660.447.430
ploração e desenvolvimento directamente associado como outros custos de desenvolvimento são regista- desenvolvimento
à actividade mineira. São considerados como inves- dos no imobilizado em curso até à data em que ficam Despesas de 179.537.732.594 20.942.060.285 - - 16.057.186 (18.864.439.620) 181.631.410.445
timento em curso os custos incorridos com a perfu- disponíveis para uso. As despesas de desenvolvimen- abandono
ração de poços de exploração até que resultem em to são amortizadas utilizando o método das unidades 2.279.958.808.661 371.181.496.614 - - 216 547 787 22.935.004.813 2.674.291.857.875
descoberta comercial, caso contrário, são registados produzidas, que representa o coeficiente calculado
como despesas se não se concluir que a descoberta pela proporção do volume de produção verificado em
é comercial. Por outro lado, as despesas relaciona- cada período sobre o volume de reservas provadas
das com a construção, instalação e completação de desenvolvidas no início desse período. 4.A.4 MOVIMENTOS DO ANO DAS IMPARIDADES ACUMULADAS

Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos nas imparidades


A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição por naturezas das propriedades de petróleo e gás foi: acumuladas das propriedades de petróleo e gás:

Rubricas Valor bruto 2017 Amortizações Imparidades Valor Líquido 2017 Valor Líquido 2016 Rubricas 2016 Reforços Reversões Transferências Conversão dem. Regularizações 2017
Acumuladas 2017 Acumuladas 2017 Financeiras
Despesas de desenvolvimento 3.909.565.039.125 (2 492 660 447.430) (268.126.235.049) 1.148.778.356.646 1.317.878.912.919 Despesas de 229 561 479 916 227.385.653.559 (88 107 344 194) - 10 449 315 (100.724.003.547) 268.126.235.049
desenvolvimento
Despesas de abandono 301.383.506.420 (181.631.410.445) (9.284.576.898) 110.467.519.077 131.149.395.251
Despesas de - 13.668.024.752 - - 389.287 (4.383.837.141) 9.284.576.898
Imobilizado mineiro em curso 1.111.239.149.425 - - 1.111.239.149.425 998.177.269.543
abandono
5.322.187.694.970 (2.674.291.857.875) (277.410.811.947) 2.370.485.025.148 2.447.205.577.713
229.561.479.916 241.053.678.311 (88. 107.344.194) - 10.838.602 (105 107 840.688) 277.410.811.947

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O reforço de imparidades, inclui o montante de seu valor recuperável aumentado face ao exercício 5. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
194.529.677, reconhecido em Resultados transitados, anterior, devido essencialmente à nova estimativa de
conforme divulgado na Nota 13 relativo a correcções curva de preços e à taxa de desconto o que resultou 5.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA
de períodos anteriores. Os reforços do período na reversão de imparidades dos activos mineiros no
incluem ainda o reconhecimento de imparidades de montante de AOA 84.822.931 milhares, reconhecidas
poços sem viabilidade económica, conforme referido na rubrica de Resultados não operacionais. A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição por natureza das Imobilizações incorpóreas foi:
na Nota 33.
Rubricas Valor bruto 2017 Amortizações Valor Líquido 2017 Valor Líquido 2016
Acumuladas 2017
Em 2017, o Grupo realizou testes de imparidade
Goodwill 33.783.792.000 - 33.783.792.000 61.547.521.500
aos activos mineiros em fase de produção, tendo o
Trespasses 1.364.645.267 (322.249.105) 1.042.396.162 2.125.039.342
Despesas de constituição 104.139.029 (104.139.029) - -
Outras Imobilizações Incorpóreas 20.988.741.980 (20.337.866.050) 650.875.930 1.387.159.134
56.241.318.276 (20.764.254.184) 35.477.064.092 65.059.719.976
4.B. ACTIVOS REVERSÍVEIS
A variação verificada no Goodwill, face ao exercício anterior, resulta da saída da Sonils e
4.B.1 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, EM VALOR BRUTO Inloc do perímetro de Consolidação do Grupo.

Conforme referido na Nota 2.4., no decurso de milhares. Desta forma, com referência a 31 de O goodwill acima apresentado é composto pelo seguinte efeito:
2017, e após uma análise aprofundada dos direitos Dezembro de 2017 as demonstrações financeiras
e obrigações relativos a estes activos, o Grupo consolidadas não incluem Activos Reversíveis, tendo • Excesso do agregado da importância transferida para aquisição da Refinaria de Luanda à
Sonangol EP reverteu o registo de activos reversíveis, os activos associados a Contratos de Partilha de Fina Petróleos e o justo valor dos activos líquidos identificáveis da adquirida e dos passivos
tendo registado os impactos desta decisão por Produção cujos direitos e obrigações pertencem assumidos; AOA 33.783.792 milhares.
contrapartida de Outras reservas, no montante de à Sonangol, sido reclassificados para a rubrica
AOA 139.074.518 milhares, e por valores a receber de imobilizações corpóreas, conforme política
do Estado angolano, no montante de AOA 10.467.974 contabilística descrita na Nota 2.3 g). 5.2 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, NO VALOR BRUTO
Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos no valor bruto das outras imobilizações incorpóreas:
Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos na rubrica de Activos reversíveis:
Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições/Alterações do Conversão dem. Saldo Final
perímetro Financeiras
Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Transferências Conversão dem. Saldo Final
Financeiras Goodwill 61.547.521.500 - (27.768.097.500) 4.368.000 33.783.792.000
Activos reversíveis 167.395.967.501 - 149.542.491.726 17.853.475.775 - - Trespasses 2.365.013.267 - (1.000.368.000) - 1.364.645.267
167.395.967.501 - 149.542.491.726 17.853.475.775 - - Despesas de constituição 104.128.980 - - 10.049 104.139.029
Outras Imobilizações Incorpóreas 21.163.598.749 35.643.468 (216.030.080) 5.529.843 20.988.741.980

A diminuição verificada na rubrica, resulta da reversão dos activos reversíveis no montante de AOA 149.542.492 85.180.262.496 35.643.468 (28.984.495.580) 9.907.892 56.241.318.276
milhares na sequência da descontinuidade de aplicação da politica adoptada em 2016.
A diminuição verificada no Goodwill e nos Trespasses, face ao exercício anterior é explicada
A transferência ocorrida no exercício no montante de AOA 17.853.476 milhares, corresponde ao activo pela saída da Sonils do perímetro de Consolidação do Grupo.
imobiliário em uso pelo Grupo recebido dos grupos empreiteiros dos Blocos 18 e 31, reconhecidos
maioritariamente em Imobilizado corpóreo – Edifícios e Outras construções.
5.3 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO,
NAS AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS

Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos no valor amortizações acumuladas:


Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições e alterações Conversão dem. Saldo Final
de perímetro Financeiras
Goodwill - - - - -
Trespasses 406.701.925 82.275.180 (166.728.000) - 322.249.105
Despesas de constituição 104.128.980 - - 10.049 104.139.029
Outras Imobilizações Incorpóreas 19.609.711.615 856.215.873 (129.319.584) 1.258.145 20.337.866.050
20.120.542.520 938.491.053 (296.047.584) 1.268.194 20.764.254.184

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
128 129

5.A. ACTIVOS DE EXPLORAÇÃO E AVALIAÇÃO 5.A.3 MOVIMENTOS DO ANO NA IMPARIDADE ACUMULADA

5.A.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos na imparidade acumulada
dos Activos de exploração e avaliação:
A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição por naturezas dos Activos de exploração e avaliação foi:
Rubricas 2016 Aumentos Diminuições Transferências Regularizações Conversão Dem. 2017
Financeiras
Rubricas Valor bruto 2017 Amortizações Imparidades Valor Líquido 2017 Valor Líquido 2016
Acumuladas 2017 Acumuladas Activos de exploração e
avaliação:
Activos de exploração e avaliação 69.730.294.839 - (4.770 927.841) 64.959.366.998 509.723.972.264
B37.11 - 840.618.621 - - - 35.290 840.653.911
Aquisição de interesses participativos 567 936.115.691 - (181.720 549.961) 386.215.565.730 215.035.602.798
Venezuela 3.929.778.960 - - - - 494.970 3.930.273.930
637.666 410.530 - (186.491 477.802) 451.174.932.728 724.759.575.062
3.929.778.960 840.618.621 - - - 530.260 4.770.927.841
Aquisição de interesses
A rubrica Activos de exploração e avaliação regista com a perfuração de poços de exploração até que participativos:
todo o investimento de exploração e avaliação resultem em descoberta comercial, em contrário são
B09.09 23.306.064.477 - - - - 2.935.484 23.308.999.961
directamente associado à actividade mineira. despesas. Caso resultem em descoberta comercial
B31.00 - 158.404.900.000 - - - 6.650.000 158.411.550.000
São considerados como investimento em curso os activos são transferidos para Propriedades de
23.306.064.477 158.404.900.000 - - - 9.585.484 181.720.549.961
de exploração e avaliação os custos incorridos petróleo e gás.
27.235.843.437 159.245.518.621 - - - 10.115.744 186.491.477.802

5.A.2 MOVIMENTOS DO ANO NO VALOR BRUTO As imparidades no período incluem o montante de do valor recuperável. A Administração da Sonangol
AOA 158.411.550 milhares referente propriedades acredita que existe potencial de rentabilização do
Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos no valor bruto dos Activos de exploração e avaliação: não provadas de petróleo e gás, registados na 2nd Hub do Bloco 31 pelo volume total de recursos
Demonstração de resultados em resultados não contingentes estimados. Os respectivos recursos
Rubricas 2016 Aumentos Diminuições Transferências Regularizações Conversão Dem. 2017 operacionais. encontram-se compartimentalizados e distribuídos
Financeiras
por 15 campos de pequena dimensão, tornando o
Activos de exploração
e avaliação:
Bloco 21.09 seu desenvolvimento oneroso à luz dos conceitos de
B15.06 64.214.806.872 16.968.118.291 - (79.710.723.136) - 5.454.407 1.477.656.434
A Administração acredita que existe potencial de desenvolvimento convencionais. Contudo, existem
rentabilização deste bloco, pelo volume de recursos esforços para explorar técnicas e conceitos mais
B22.11 (162.059.729) - - - - (20.636) (162.080.361)
contingentes de petróleo e gás. O potencial deste eficientes, dos quais resulta a real expectativa
B31.00 310.003.279.154 - - - (309.462.174.207) 26.054.591 567.159.538
bloco está associado à existência de uma matriz de reduzir em grande escala as necessidades de
B32.00 98.662.666.362 191.939.884 (97.827.660.292) - 8.328.051 1.035.274.006
contratual de gás, que se encontra neste momento investimento em infraestruturas, aumentando
B37.11 - 840.618.621 - - - 35.290 840.653.911 em desenvolvimento por um grupo de trabalho consequentemente a sua atratividade económica
B21.09 - 24.353.503 - - 21.597.080.637 907.690 21.622.341.830 interministerial, do qual a Sonangol E.P. faz e consequente recuperação do valor líquido
Bloc 2 - S.Tomé - - - 3.409.075.000 - - 3.409.075.000 parte. Na ausência de um regulamento claro que contabilístico.
Iraque 37.005.279.600 - - - - 4.660.950 37.009.940.550 permita valorizar os recursos de gás associados,
Venezuela 3.929.778.960 - - - - 494.970 3.930.273.930 é difícil realizar uma avaliação razoável, assente Aquisições a COBALT
513.653.751.223 18.025.030.299 - (174.129.308.427) (287.865.093.570) 45.915.313 69.730.294.834 em pressupostos sólidos e consistentes com o Durante o exercício de 2017 o Grupo concluiu
Aquisição de interesses que pode ser o resultado dos trabalhos do grupo amigavelmente a arbitragem instaurada pela Cobalt
participativos: interministerial. Contudo, a Administração da International Energy, Inc. em 08 de Maio de 2017,
B09.09 23.306.064.477 - - - - 2.935.484 23.308.999.961 Sonangol E.P. tem a expectativa que este esforço relativamente a aquisição pela Sonangol dos blocos
B31.00 - - - - 309.462.174.207 12.991.539 309.475.165.746 iniciado pelo Governo de Angola permita uma 20/11 e 21/09.
B21.09 215.035.602.798 41.685.500.000 - - -(21.597.080.637) 27.927.823 235.151.949.984 valorização e monetização destes recursos, em linha O acordo celebrado entre as partes, determinou
238.341.667.275 41.685.500.000 - - 287.865.093.570 43.854.846 567.936.115.691 com as expectativas de retorno previstas à data de que para além do pagamento efectuado à Cobalt
751.995.418.498 59.710.530.299 - (174.129.308.427 - 89.770.159 637.666.410.530
investimento no bloco. em 2015, no montante de 250 milhões de USD a
título de adiantamento para aquisição de interesses
Bloco 31 participativos divulgado na nota 9.2.1 em 2016, a
No decurso de 2017 a Administração da Sonangol Sonangol deverá efectuar pagamentos adicionais ao
reconheceu uma perda por imparidade no Bloco longo do exercício de 2018 no montante de USD 500
31 no montante de AOA 158.411.550 milhares por milhões.
contrapartida de Resultados não operacionais, por
forma a reduzir o valor contabilístico dos activos
associados a este bloco para a melhor estimativa

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
130 131

Iraque 6.2 COMPOSIÇÃO POR ENTIDADE – INVESTIMENTOS FINANCEIROS


Tal como referido na nota 38. Acontecimentos após A boa prossecução deste acordo encontra-se – CUSTO MENOS IMPARIDADE
a data de balanço, em 2018 a Sonangol entrou num dependente da conclusão da due dilligence a realizar
Contrato de Compra e Venda com o Grupo Vertex Capital pelo Grupo Vertex e do consentimento formal por parte A 31 de Dezembro de 2017 os investimentos financeiros valorizados ao custo menos perdas por imparida-
Investments para a cessão de 86% da participação da National Oil Company do Iraque da transferência de (quando aplicáveis) decompõem-se de seguida:
detida na Sonangol P&P Iraque, empresa sediada nas das acções. Caso estas condições não venham a
ilhas Cayman e que detém, via sucursal constituída ser cumpridas, o contrato será automaticamente Rubricas % partic. Valor Bruto 2017 Provisões Valor Líquido 2017 Valor Líquido 2016
Acumuladas 2017
no Iraque, interesses participativos em dois campos rescindido. A Administração acredita que as condições
ACS 100% 5.771.589.028 - 5.771.589.028 796.688.890
petrolíferos no Iraque, o qual prevê que a Sonangol precedentes para a concretização deste acordo venham
AGOLE 100% 2.295.769 (2.295.769) - -
venha a ser ressarcida pelos investimentos já realizados a ser cumpridas e que o mesmo irá permitir recuperar o
até esta data. valor do investimento já efectuado no Iraque. ALM 50% 129.909 - 129.909 129.893
AMA 33% 15.427.500 (15.427.500) - -
Angoflex 30% 1.084.724.391 (1.084.724.391) - -
Angola Cables 9% 2.248.831.929 - 2.248.831.929 2.248.548.662
6. INVESTIMENTOS FINANCEIROS EM PARTICIPADAS Angola LNG Supply Ltd 23% 413.532.789.980 (159.201.596.424) 254.331.193.556 270.294.704.175
Angola LNG Supply Services 73% - - - 18.514.978
6.1 COMPOSIÇÃO POR MÉTODO DE MENSURAÇÃO Angolan LNG Fleet Management 50% 28.516.947 (18.828.830) 9.688.117 -
BAI (Banco Angolano de Investimentos) 9% 1.275.840.744 - 1.275.840.744 1.275.840.744
A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição por método de mensuração dos investimentos financeiros foi: Banco Caixa Geral Angola 25% 5.657.563.888 - 5.657.563.888 5.657.563.888
Banco Economico, S.A. 39% 28.368.000.000 (10.294.953.816) 18.073.046.184 18.073.046.184
Valor líquido 2017 2016
Banco Millennium Angola 20% - - - 5.333.568.082
Investimentos financeiros - custo menos imparidade 452.486.522.178 442.906.989.553
Bauxite 20% 491.250.000 (491.250.000) - -
Investimentos financeiros – justo valor 149.304.763.921 28.021.873.581
Bayview 16% 136.000 (136.000) - -
601.791.286.099 470.928.863.134
BCI - Banco de Comércio e Indústria, SARL 1% 79.147.425 (79.147.425) - -
Biocom 20% 1.051.800.000 - 1.051.800.000 1.051.800.000
Bricomil 15% 39.343.274 (39.343.274) - -
Cardlane Limited 100% 6.259.750 (3.840.312) 2.419.438 16.000.300
China Sonangol International 30% 73.992.592.422 (73.992.592.422) - -
Cogesform - Comércio Gestão e Formação 100% 16.000.300 (16.000.300) - 6.259.750
Diranis 100% 145.621.667 (145.621.667) - -
E.I.H. - Energia Inovação Holding, SA 30% 2.701.890 (2.701.890) - -
Embal 30% 305.363.246 (305.363.246) - -
Enco, SARL 78% 2.579.284.614 (598.833.001) 1.980.451.613 1.980.450.857
Esperaza Holding B.V. 60% 12.397.138.198 - 12.397.138.198 12.397.138.198
ESSA 100% 18.668.650 - 18.668.650 18.668.650
Genius, Lda 10% 701.250.000 (701.250.000) - -
Gesporto 70% 1.400.000 (1.400.000) - -
Jasmin (Joint Venture) 30% 1.902.040.499 (310.779.856) 1.591.260.643 3.470.032.251
Kicombo 60% 60.000.000 - 60.000.000 60.000.000
Kwanda Lda 30% 13.141.040 - 13.141.040 13.141.040
Lobinave 75% 525.647.462 (525.647.462) - -
Luanda Waterfront 26% 6.099.427.614 - 6.099.427.614 6.099.427.614
Luxervisa 80% 2.000.988.000 (2.000.988.000) - -
Mota Engil Angola 20% 6.494.048.204 (1.873.689.264) 4.620.358.940 4.620.358.940
Net One 51% 2.219.595.939 (2.219.595.939) - -
OPCO 23% 3.801.877 - 3.801.877 3.801.398
Inloc Limited 100% 27.769.500.000 - 27.769.500.000 -
Paenal - Porto Amboim Navais 10% 7.500.000 - 7.500.000 7.500.000

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
132 133

Petromar 30% 9.198.728 - 9.198.728 9.198.728 Adicionalmente o Grupo detém uma participação a refinaria e o cliente final. A SOMG é a empresa
Puaça 100% 4.234.624.283 (4.234.624.283) - (61.876.949) financeira de 50% na Angola LNG Marketing Limited responsável por fazer a manutenção e reparação das
Puma Energy 28% 101.387.608.141 - 101.387.608.141 101.387.608.141 (ALM). infraestruturas da refinaria e a OPCO é a empresa
S. Tomé e Principe Offshore 51% 765.000 (765.000) - - responsável por fornecer os técnicos especializados
Somg 23% 3.801.877 - 3.801.877 3.801.398 A empresa LNG Ltd. corresponde à refinaria de gás na operação da refinaria. Finalmente a ALM é
Sonacergy 40% 304.168.263 - 304.168.263 304.168.263 e é o foco principal do investimento do consórcio. responsável por fazer a comercialização do produto
Sonadiets 30% 6.439.161 - 6.439.161 6.439.470 A LNG Supply Services é a empresa responsável nos mercados Europeus e foi criada com o intuito de
Sonadiets Service 30% 309 - 309 -
por fazer o serviço de expedição das cargas entre substituir a ALNG SS.
Sonaid 30% 11.705.107 - 11.705.107 11.705.107
Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos no investimento financeiro Angola LNG Ltd:
Sonair USA 50% 1.875.000 - 1.875.000 1.875.000
Sonamet 40% 356.351.721 - 356.351.721 356.351.721 Entidade Valor Liquido 2016 Valores Pagos Valores Provisões Outros Ajustamentos Valor Líquido 2017
Sonangalp 51% 501.880.661 - 501.880.661 501.880.661 Recebidos Ajustamentos Cambiais

Sonangol Cabo-Verde 100% 2.162.710.815 - 2.162.710.815 2.162.710.815 270.294.704.175 (15.207.508.800) (789.947.901) 33.946.082 254.331.193.556
Angola LNG Ltd. - -
Sonangol Hidrocarbonetos USA, Ltd. 100% 21.287.491.915 (21.287.491.915) - -
Sonangol Holdings USA 100% 399.528.106 (399.528.106) - - 270.294.704.175 - (15.207.508.800) (789.947.901) 33.946.082 254.331.193.556
-
Sonangol São Tomé e Príncipe 100% 1.091.346.145 (515.413.862) 575.932.283 579.770.322
Sonangol Starfish Oil & Gas, S.A. 100% 28.399.740.260 (28.399.740.260) - -
Sonasing Kuito 30% 233.922.597 (233.922.597) - - Em 2015 e 2016 o Grupo reconheceu perdas por imparidade nesta participação financeira nos montantes de
Sonasing Mondo 10% 107.545 - 107.545 107.545 82.237.344 milhares de AOA e 58.354.800 milhares de AOA, respectivamente.
Sonasing OPS 50% 537.726 - 537.726 537.726
Sonasing Sanha 30% 270.000 - 270.000 270.000
Novos testes de imparidades realizados no corrente exercício ao investimento financeiro na Angola LNG
Ltd, não resultaram no apuramento de imparidades adicionais, justificado essencialmente pela melhoria
Sonasing Saxi - Batuque 10% 107.545 (107.545) - -
da situação operacional e financeira do projecto e pela expectativa de melhoria significativa das receitas em
Sonasing Xicomba 30% 270.000 - 270.000 270.000
2018, resultantes do aumento da produção e preços.
Sonasurf International 49% 401.360.038 - 401.360.038 401.360.038
Sonatide Mar - SMS 51% 52.460 - 52.460 52.460 A recente aprovação da Lei do Gás - Decreto Legislativo Presidencial 7/18 de 18 de Maio, permitirá novos
Sonatide SML 51% 43.786 - 43.786 43.786 desenvolvimentos no sector. Os accionistas da Angola LNG estão alinhados no seu apoio a esta iniciativa
Sonils 30% 6.439.161 - 6.439.161 - legal, mostrando-se disponíveis para investir em novas fontes de abastecimento de gás. Consequentemente,
Spal 50% 48.932.000 - 48.932.000 48.932.002 encontra-se em discussão com as autoridades competentes, o tema relacionado com outras medidas
Technip Angola 40% 1.042.720 - 1.042.720 1.042.720 específicas que permitirão ao Angola LNG desempenhar um papel ainda mais relevante enquanto investidor
Sonasurf Angola 50% 187.500 - 187.500 187.500 em novos projectos de gás.
Miramar Empreendimentos 40% 75.600.000 - 75.600.000 75.600.000
Sonimech, Lda. 30% - - - 25.009.200
No decurso de 2017 os accionistas da Angola LNG Ltd. deliberaram uma redução do capital social no
Sonils Limited 100% - - - 560.206
montante USD 400 milhões, dos quais USD 91,2 milhões (AOA 15.207.509 milhares) atribuíveis à Sonangol,
cujo recebimento foi registado por contrapartida de uma redução do investimento nesta participada.
Unitel 25% 3.646.655.808 - 3.646.655.808 3.646.199.199
Societe Ivoirienne de Reffinage 20% 3.375.000.000 (3.375.000.000) - -
764.859.122.534 (312.372.600.356) 452.486.522.178 442.906.989.553 6.3 COMPOSIÇÃO POR ENTIDADE – INVESTIMENTOS FINANCEIROS – JUSTO VALOR

Em relação ao exercício 2016, foram incluídas nesta Investimento financeiro Angola LNG A 31 de Dezembro de 2017 os investimentos financeiros valorizados ao justo valor correspondem ao investi-
rubrica as participações nas empresas Sonils Ltd. e Os investimentos financeiros na Angola LNG Limited, mento no Banco Millennium BCP conforme abaixo descrito:
Inloc limited as quais foram excluídas do perímetro Angola LNG Operating Company – Sociedade
de consolidação em 2017, conforme referido na nota Operacional Angola LNG (OPCO), Angola Gas Pipeline Rubricas % partic. Justo valor em 2017 Justo valor em 2016

2.1.4. Company – Sociedade de Operações e Manutenção Banco Millennium BCP 19,49% 149.304.763.921 28.021.873.581
de Gasodutos, S.A. (SOMG) e Angola LNG Supply 149.304.763.921 28.021.873.581
No decurso de 2017, o Grupo reconheceu a mais valia Services,, correspondem a uma participação de
decorrente da alienação da participação financeira no 22,8% em empresas responsáveis pela refinação
Banco Millenium Angola e Banco Privado Atlântico de gás natural em Angola, na qual a Sonangol
no montante de 12.466.432 milhares de AOA, tendo Gás Natural participa em conjunto com outros
registado a respectiva alienação dos investimentos operadores nomeadamente a Chevron com 36,4%
financeiros nestas entidades. e a Total, BP Amoco e ENI, todas elas com 13,6%.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
134 135

Em 2016, na sequência do aumento do capital e do milhares. Adicionalmente, durante 2017 a Sonangol 7. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS
reagrupamento de acções, que implicou que cada EP adquiriu 642.713.023 acções, no montante
lote de 75 acções passasse a representar uma única de AOA 28.427.943 milhares. Desta forma, com 7.1 DECOMPOSIÇÃO POR NATUREZA
acção do Millennium BCP, a Sonangol E.P. passou a referência a 31 de Dezembro de 2017 a empresa é
ser titular de 140.454.871 acções representativas de titular de 2.946.353.914 acções representativas de A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição por natureza dos outros activos financeiros foi:
uma participação qualificada no capital do banco de uma participação qualificada no capital do banco
14.87%, com referência a 31 de Dezembro de 2016. de 19,49% e valorizadas ao preço de mercado (fair Rubricas 2017 2016

value), com base na cotação de mercado em 31 Investimentos em imóveis 124.016.334.672 125.377.191.386


Em 2017, na sequência do aumento do capital de Dezembro de 2017. O quadro abaixo resume a Energy Fund II & III 11.250.920.211 10.955.402.605
do Millennium BCP, a Sonangol E.P. adquiriu posição no balanço da empresa: Gateway Fund 46.495.131.658 42.089.909.252
2.163.186.020 acções no montante de AOA 37.882.756 Outros activos financeiros 1.043.653 -
181.763.430.194 178.422.503.244
Justo valor
Ano N.º Acções
EUR AOA
31-12-2007 180.000.000 525.600.000 58.030.181.977
31-12-2008 469.000.000 379.890.000 42.032.258.380 7.1.1 INVESTIMENTOS EM IMÓVEIS
31-12-2009 469.000.000 397.008.500 51.025.914.471
31-12-2010 685.138.638 398.750.687 48.676.293.902 A 31 de Dezembro de 2017, a composição de investimentos em imóveis foi:
31-12-2011 794.933.620 108.110.564 13.671.878.185
Rubricas 2017 2016
31-12-2012 3.803.587.403 285.268.647 13.671.878.185
Investimentos em imóveis:
31-12-2013 3.803.587.403 635.877.509 85.245.738.843
- Hotéis 13.534.883.496 13.405.428.410
31-12-2014 10.534.115.358 695.251.614 86.982.929.381
- Imóveis no Exterior 13.316.705.054 13.930.331.400
31-12-2015 10.534.115.358 516.171.653 76.689.170.933
- Outros imóveis 13.554.923.474 14.310.124.529
31-12-2016 (*) 140.454.871 150.427.167 28.021.873.581
40.406.512.025 41.645.884.338
31-12-2017 (*) 2.946.353.914 801.408.265 149.304.763.921
Investimentos em imóveis em curso:
(*) após conversão das acções
- Hotéis 79.693.946.673 79.731.936.681
- Outros imóveis 3.915.875.974 3.999.370.367
83.609.822.647 83.731.307.048
Variações no justo valor no ano:
124.016.334.672 125.377.191.386

Saldo inicial Compras Variação de justo valor Saldo final


Valor em EUR 150.427.167 355.948.133 295.032.964 801.408.265
Valor em AOA 28.021.873.581 66.310.699.460 54.972.190.880 149.304.763.921 A rubrica de Hotéis inclui essencialmente Com referência a 31 de Dezembro de 2017, o
investimentos nos Hotéis HCTA (AOA 10.092.520 investimento em curso referente ao Hotel Eixo
milhares), Maianga (AOA 997.622 milhares), Florença Viário encontra-se registado ao custo histórico. Na
A participação da Sonangol no Millennium BCP é de Restruturação o que resultou na valorização (AOA 2.066.584 milhares) e Base do Kwanda data de apresentação de contas, encontra-se em
um investimento estratégico, já que é um suporte das acções do banco em cerca de AOA 54.972.191 (AOA 378.157 milhares). Estes hotéis estão a ser revisão o modelo de gestão tendente à rentabilização
relevante para a diversificação do seu investimento, milhares durante o exercício de 2017, registada por explorados por entidades terceiras ao abrigo de deste investimento, sendo que em resultado deste
em geografias como África e a Europa, e acentua a contrapartida de proveitos financeiros (ver nota 31). contratos de gestão e exploração, recebendo o processo poderá ser identificada uma redução
natureza e vocação internacional da empresa. Grupo rendas pela sua exploração (Nota 24). A linha de valor face ao valor actualmente registado,
Estes títulos estão sob custódia do Millennium BCP, edifícios no exterior corresponde ao edifício detido considerando os níveis de retorno associados a este
Apesar da desvalorização prolongada em bolsa nos termos do contrato de custódia assinado com a no exterior do país explorado pela entidade do Grupo investimento em resultado do modelo de gestão que
ao longo dos últimos anos, o Millennium BCP tem SONANGOL EP em 2017. Solo Properties. vier a ser adoptado, aferição essa, que de forma
feito progressos na implementação do seu Plano fiável, não estamos em condições de realizar a esta
A rubrica de Investimentos em Imóveis em data. Não obstante, o Grupo perspectiva termos e
Curso inclui projectos em curso relacionados condições contratuais que salvaguardam o retorno e
essencialmente com os investimentos no Hotel recuperabilidade total do investimento.
Eixo Viário (anteriormente designado Hotel
Intercontinental – Hotel & Casino) e Hotel Riomar, Perspectivas para os Activos Hoteleiros
nos montantes de AOA 74.730.881 milhares e AOA No âmbito das acções futuras que visam rentabilizar
4.963.065 milhares, respectivamente. os investimentos em unidades hoteleiras (HCTA,

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
136 137

Hotel Florença, Hotel Suite Maianga, Hotel Riomar, • Assegurar junto dos operadores a melhoria da po- Os valores relatados para os investimentos em gy, Inc. e o fundo Energy Fund III detém investimentos
Hotel Eixo Viário), que garantam um melhor lítica comercial e marketing no sentido de captarem capital de risco – Energy Fund II e Energy Fund III – na Cobalt International Energy, Inc, Moreno Energy,
acompanhamento na gestão das referidas unidades, novos clientes, promoção de novos serviços e pene- representam o justo valor dos mesmos, de acordo Inc, Talen e Targe Energy.
maximização das receitas e redução de custos, o tração em outros seguimentos do mercado; com os respectivos relatórios finais do gestor inde-
Grupo perspectiva desenvolver dentre outras as pendente a 31 de Dezembro de 2017. O quadro abaixo resume os compromissos de investi-
seguintes acções: • Revenue Assurance e recuperação de dívidas; mento assumidos pela Sonangol E.P. junto da entida-
Com referência a 31 de Dezembro de 2017, o fundo de gestora no que se refere aos Energy Fund II e III:
• Assegurar a entrada em funcionamento do Hotel • Redução dos custos com maior incidência para os Energy Fund II detém investimentos na Cobalt Ener-
no Eixo Viário; custos administrativos e de manutenção;
Descrição Energy Fund II Energy Fund III

• Criação de um Comité de acompanhamento das • Reavaliação das decisões de investimento a serem % Participação
9.94% 10,45%
actividades das Unidades Hoteleiras; realizados neste segmento, tendo em conta o actual USD AOA USD AOA
contexto macroeconómico, bem como o ciclo de vida Valor/Compromisso 100.000.000 16.674.900.000 397.000.000 66.199.353.000
• Avaliação técnica das unidades hoteleiras e a res- económica de cada unidade hoteleira. Investimentos à data 120.940.130 20.166.645.737 372.937.628 62.186.976.531
pectiva análise dos contratos de gestão e exploração Distribuições revogáveis 25.039.053 4.175.237.049 30.978.631 5.165.655.741
em vigor; Compromisso remanescente 4.098.923 683.491.311 55.041.003 9.178.032.210

7.1.2 FUNDOS DE INVESTIMENTO - ENERGY FUND II E III E GATEWAY FUND


7.2.2 GATEWAY FUND
Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos no justo valor dos fundos de investimento Energy Fund II
e III e Gateway: O quadro abaixo resume o detalhe do fundo de investimento:

Movimentos do período 2017 2016


Rubricas Rubricas
Ganhos / perdas no Conversão dem. USD AOA USD AOA
Saldo inicial Outros movimentos Saldo final
período Financeiras
Carteira de investimento 155.714.469 25.965.231.991 83.294.027 13.887.446.534
Energy Fund II 1.050.616.651 (157.366.080) - 121.203 893.371.774
Saldo em gestão de liquidez 123.118.577 20.529.899.666 169.152.528 28.202.462.718
Energy Fund III 9.904.785.954 6.248.431.631 (5.796.983.300) 1.314.152 10.357.548.437
Justo valor do investimento 278.833.046 46.495.131.657 252.446.555 42.089.909.252
Gateway Fund 42.089.909.252 4.399.743.921 - 5.478.484 46.495.131.658
Totais AOA 53.045.311.857 10.490.809.472 (5.796.983.300) 6.913.839 57.746.051.869
Totais USD 318.154.790 62.916.556 (34.766.110) 346.305.236
O valor relatado para o investimento em capital de regiões de África e Ásia e ao saldo na carteira de
No período foram registados em resultados do exercício ganhos de AOA 12.473.118 milhares na rubrica de risco Gateway Fund com compromisso de inves- gestão de liquidez.
Ganhos em investimentos e activos financeiros e perdas de AOA 1.982.309 milhares na rubrica de Perdas em timento no montante de AOA 41.687.250 milhares
investimentos e activos financeiros relativos a estes fundos (ver nota 31). (USD 250.000 milhares), representa o seu justo valor, O quadro abaixo resume os movimentos acumulados
conforme o relatório final do gestor independente a da carteira de investimento desde o momento da sua
31 de Dezembro de 2017 e corresponde essencial- constituição:
7.2.1 ENERGY FUND II E III mente a investimentos associados a empresas nas

O quadro abaixo resume os movimentos acumulados dos fundos de investimento desde o momento da sua Rubricas
2017

constituição: USD AOA


Capital investido 150.210.930 25.047.522.367
Rubricas Energy Fund II Energy Fund III Saldo Final 2017 Ganhos / perdas acumuladas da carteira 27.070.395 4.513.961.296
Custo Original (capital investido) 20.166.645.737 62.186.976.698 82.353.622.435 Distribuições (19.815.640) (3.304.238.154)
Ganhos/ perdas de capital realizadas 22.074.793.063 32.548.622.580 54.623.415.643 Custos de gestão (8.128.016) (1.355.338.540)
Distribuições (brutas) (41.221.945.253) (83.496.011.664) (124.717.956.917) Outros proveitos e custos associados à carteira 6.376.800 1.063.325.023
Ganhos/Perdas não realizados (1.006.573.669) (6.628.922.237) (7.635.495.906) Valor do investimento 155.714.469 25.965.231.991
Justo valor dos investimentos 12.919.878 4.610.665.377 4.623.585.255
Outras contribuições e activos associados ao fundo 3.373.057.134 12.199.905.611 15.572.962.745
Custos de gestão (2.492.605.238) (6.453.022.551) (8.945.627.789)
Valor do investimento 893.371.774 10.357.548.437 11.250.920.211

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
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O quadro abaixo resume os movimentos do Gateway Fund ocorridos durante o ano: 9. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES E CONTAS A RECEBER

Rubricas
Carteira de Gestão de Liquidez Carteira de Investimento 9.1. DECOMPOSIÇÃO POR NATUREZA
USD AOA USD AOA
Saldo de abertura 169.152.528 28.202.462.718 83.294.027 13.887.446.534 A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição dos outros activos não correntes e contas a receber foi:
Investimento (65.999.503) (11.005.351.126) 65.999.503 11.005.351.126
Corrente Não Corrente
Custos de gestão - - (2.859.601) (477.012.673) Rubricas
2017 2016 2017 2016
Ganhos / perdas da carteira 1.573.332 262.351.538 27.672.760 4.614.405.057
Clientes 205.916.312.053 362.003.383.761 21.740.870.521 -
Desinvestimento / Distribuições 18.392.220 3.066.884.293 (18.392.220) (3.006.884.293)
Fornecedores - saldos devedores 6.173.990.086 4.851.395.286 - -
Ajustamentos cambiais - 3.552.243 - 1.926.241
Estado 3.399.467.597 18.145.814.885 - -
Saldo de fecho 123.118.577 20.529.899.667 155.714.469 25.965.231.991
Estado (PNUH - Centralidades) 130.209.218.927 146.348.502.033 282.827.039.063 412.984.241.118
Participantes e participadas 19.685.805.285 15.025.144.238 54.392.493.075 106.369.424.609
Os valores apresentados em AOA, relativos aos fundos de investimento correspondem aos valores em USD Pessoal 2.462.621.731 2.207.397.334 - -
convertidos à data de fecho de 31 de Dezembro de 2017.
Direitos Concessionária - Activo 232.793.159.247 105.201.103 - -
Transacções enquanto Concessionária 667.824.753.952 -
Devedores da actividade mineira 135.295.853.721 132.374.730.284 - -

8. EXISTÊNCIAS Devedores - Underlift 238.223.804.130 22.639.052.046 - -


Outros devedores 71.488.060.810 42.237.337.467 29.353.285.617 93.833.859.375
8.1 MOVIMENTOS, OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, NAS EXISTÊNCIAS 1.713.473.047.540 745.937.958.438 388.313.688.276 613.187.525.103

A rubrica de Existências apresenta a seguinte decomposição com referência a 31 de Dezembro de 2017: O saldo de clientes, acima enunciado, está maiorita- Encontram-se incluídos, na rubrica Devedores da Ac-
riamente relacionado com clientes estrangeiros de pe- tividade Mineira, a 31 de Dezembro de 2017, os valores
Rubricas Valor bruto 2017 Provisões Acumuladas 2017 Valor Líquido 2017 Valor Líquido 2016 tróleo bruto e gás natural e fornecimento de produtos em dívida pelos membros dos grupos empreiteiros,
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 26.789.755.639 (7.177.159.298) 19.612.596.341 11.319.216.690 derivados a organismos estatais. A redução verificada resultantes das operações conjuntas em Blocos em
Produtos e trabalhos em curso 44.885.614.008 - 44.885.614.008 44.681.924.126 comparativamente ao exercício anterior é explicada que o Grupo detém interesses participativos. Estas
Produtos acabados e intermédios 6.302.765.050 (181.214.855) 6.121.550.195 8.376.730.806 pela melhoria do processo de cobrança aos organis- dívidas são resultantes da diferença entre os fundos
Mercadorias 59.812.329.150 (6.929.540.881) 52.882.788.269 35.589.266.420 mos estatais e encontro de contas realizados em 2017. solicitados para desenvolvimento das operações nos
Matérias-primas, mercadorias e materiais em trânsito 2.738.171.643 - 2.738.171.643 579.955.012 blocos e as despesas incorridas nestes blocos.
140.528.635.490 (14.287.915.034) 126.240.720.456 100.547.093.054 O saldo de clientes não corrente no montante de AOA
21.740.870 milhares, está essencialmente relacionado A posição devedora de underlifting está essencial-
com vendas a prazo de activos imobiliários no seg- mente relacionada com a posição em três blocos não
mento non core. operados (14, 15/06 e FS/FST) e o bloco operado (3.05).
A rubrica de Matérias-primas, subsidiárias e de ção e subsequentemente deduzidos das respectivas
consumo regista principalmente os valores das exis- provisões para perda de valor.
tências de materiais de suporte às operações petrolí-
feras, armazenados nas bases logísticas da Empresa Adicionalmente, a rubrica de existências apresenta
em onshore e offshore, assim como os materiais um aumento em relação ao ano de 2016, devido a adi-
adquiridos, mas ainda em posse de terceiros. Os ma- ção do valor referente ao stock Oil, não levantado pelo
teriais encontram-se valorizados ao preço de aquisi- grupo empreiteiro no final do ano de 2017.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
140 141

9.2 PARTICIPANTES E PARTICIPADAS 9.2.2 PARTICIPANTES E PARTICIPADAS (CORRENTE)

A 31 de Dezembro de 2017 os saldos a receber associados a entidades participadas valoriza- Rubrica Valor Bruto 2017 Provisões Acumuladas 2017 Valor Líquido 2017 Valor Líquido 2016

dos ao custo menos perdas por imparidade (quando aplicáveis) decompõem-se de seguida: ESSA 1.215.769 - 1.215.769 -
Sonangol Cabo Verde, SA 167.621.219 - 167.621.219 348.605.270
Mota Engil Angola 650.247.050 - 650.247.050 355.012.600
SONAID 4.806.245.099 - 4.806.245.099 4.805.899.202
9.2.1 PARTICIPANTES E PARTICIPADAS (NÃO CORRENTE) Paenal 438.119.496 - 438.119.496 796.143.559
Porto STP 402.961.132 - 402.961.132 402.961.132
Rubrica Valor Bruto 2017 Provisões Acumuladas 2017 Valor Líquido 2017 Valor Líquido 2016
Aeroporto STP 874.896.074 - 874.896.074 1.411.345.256
Puaça 11.423.732.695 (919.514.849) 10.504.217.845 10.503.322.746
BAI 1.331.811.870 - 1.331.811.870 -
Genius 30.083.832.007 (30.083.832.007) - 10.234.389.679
Sonamet/Sonacergy 942.545.376 - 942.545.376 995.299.363
Embal 172.510.006 (172.510.006) - -
Kwanda 1.144.653.437 - 1.144.653.437 1.227.105.126
Lobinave 1.670.601.483 (1.670.601.483) - -
Petromar 897.339.511 - 897.339.511 -
Biocom 13.659.002.656 - 13.659.002.656 13.658.297.123
ACS 699.958.764 - 699.958.764 492.216.239
Bauxite 83.370.000 (83.370.000) - -
Net One - - - 132.507.933
Paenal 8.526.249.900 - 8.526.249.900 8.525.636.280
Angola Cables - - - 581.453.328
Luanda Waterfront 3.046.339.800 - 3.046.339.800 3.046.120.560
Unitel - - - 245.534.510
Diranis 7.230.736.767 (7.230.401.723) 335.044 -
Paz-Flor 2.127.015.684 - 2.127.015.684 1.824.349.317
Sonasing OPS - - - 1.469.438.531
Unidades de Trading - - - 1.395.187.264
Angoflex 298.220.387 (298.220.387) - 58.413.815
Sonasing OPS 3.935.429.982 - 3.935.429.982 -
Sonangol Starfish Oil & Gas, S.A. 94.448.495.027 (94.448.495.027) - -
Puma Energy 1.100.543.437 - 1.100.543.437 -
Sonangol Hidrocarbonetos USA, Ltd. 16.777.621.478 (16.777.621.478) - -
Outros 165.201.386 - 165.201386 11.524.139
Exem Africa Limited - - - 16.001.037.904
19.685.805.285 - 19.685.805.285 15.025.144.238
Esperaza Holding B.V. 1.168.225.062 - 1.168.225.062 1.168.093.380
Cobalt - - - 41.682.000.000
Sonangol São Tomé 33.351.602 (11.714.685) 21.636.917 21.630.915
Iraque 17.466.485.851 - 17.466.485.851 -
9.3 OUTROS DEVEDORES
Outros - - - 1.043.676
206.088.774.720 (151.696.281.646) 54.392.493.075 106.369.424.609
Os saldos a receber associados a outros devedores decompõem-se da seguinte forma:

9.3.1 OUTROS DEVEDORES (NÃO CORRENTE)


Os suprimentos do Grupo para cada uma das enti- A variação verificada na linha Cobalt no montante de
dades acima mencionadas estão sujeitos aos res- AOA 41.682.000 milhares, refere-se à reclassificação Rubrica Valor Bruto 2017 Provisões Acumuladas 2017 Valor Liquido 2017 Valor Liquido 2016

pectivos contratos. Estes suprimentos constituem do montante pago para aquisição de interesses parti- Cohydro (Nessergy) 29.188.588.599 - 29.188.588.599 29.184.388.599
investimentos efectuados pelo Grupo em empresas cipativo nos Blocos 20/11 e 21/09, para rubrica Activos Monumental 187.582.500 (187.582.500) - -
participadas, em que o prazo da sua recuperação está de avaliação e exploração. Space Group 247.622.265 (247.622.265) - -
diferido nos termos dos respectivos contratos. Force Petroleum Angola 30.077.445.970 (29.914.787.978) 162.657.992 17.964.295.529
A variação na linha Iraque no montante de AOA Geni 8.952.077.947 (8.952.077.947) - 20.235.810.457
Em 2018, o Grupo iniciou um conjunto de diligências 17.466.485 milhares refere-se à reclassificação do Lektron 21.138.804.329 (21.138.804.329) - 8.625.653.073
junto das entidades devedoras, de forma a garantir a empréstimo apresentado anteriormente na nota 9.3.1 Iraque - - 17.464.326.841
recuperabilidade das dívidas. A estratégia adoptada Outros devedores (não corrente), por se tratar de uma
Carry à Cupet 3.930.273.930 (3.930.273.930) - -
tem-se demonstrado bastante favorável e com efeitos entidade participada do Grupo.
Outros 2.039.026 - 2.039.026 359.384.876
imediatos, na medida em que foram registados os
93.724.434.566 (64.371.148.949) 29.353.285.617 93.833.859.375
primeiros reembolsos do capital mutuado.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
142 143

Em 25 de Outubro de 2012 a Sonangol E.P. acordou É expectativa da Administração da Sonangol que se Em 2016 o saldo devedor relativo à Receita da concessionária, no montante de 13.201.815 milhares de AOA,
com a Nessergy Ltd. a compra da participação que dê continuidade às negociações com RDC – Cohydro foi apresentado como uma dedução à rubrica do passivo Transacções enquanto Concessionária Nacional (ver
esta detinha na Zona de Interesse Comum (ZIC) afecta para definição de um CPP para a ZIC, com rentabili- nota 19.2).
à Republica Democrática do Congo (95%) para poste- dade e retorno assegurado para as partes.
rior transferência da mesma para a COHYDRO (NOC
Congolesa) pelo valor de USD 200 milhões. Atendendo a natureza de parte dos referidos emprés- 9.5.1 RECEITA DA CONCESSIONÁRIA
timos concedidos, à data de balanço encontram-se
O “Preliminary Commercial Agreement” celebrado em análise com as entidades Estatais competentes, Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos nas entregas da Concessionária Nacional:
entre a Sonangol E.P. e Cohydro, datado de 27 de Ja- os termos e condições que garantam o retorno justo e
neiro de 2015, estabelece que o valor devido à Sonan- efectivo dos fundos para a esfera do Grupo. Quadro Geral das Transacções com a Concessionária
Rubricas
gol E.P. será reembolsado pela Cohydro, através do 2016 (Nota 19.2) Valor a pagar Valor a receber
Valores
Encontro Contas
Regularização
2017
Liquidados de saldos
profit oil obtido enquanto Concessionária na ZIC a ser
Receita da
definido no futuro Contrato de Partilha de Produção Concessionária
(408.753.548.667) (1.157.385.055.291) 71.487.695.387 193.334.678.732 936.600.347.347 - (364.715.882.492)
(CPP) a ser celebrado entre as partes. Crédito
69.902.378.741 - 399.090.811.485 - - 21.320.334.830 490.313.525.056
clientes OGE
Subvenções 111.210.869.095 - 27.433.218.694 - - - 138.644.087.789
9.3.2 OUTROS DEVEDORES (CORRENTE) Liquidação
2.994.312.383 - 7.451.805.537 - - - 10.446.117.920
indústrias ZEE
Rubrica 2017 2016
Liquidação
Fundo Social 24.114.756.727 (4.825.086.237) PNUH (capital 157.275.144.988 - 154.588.953.402 - - - 311.864.098.390
e juros)
Fundo Social – Adiantamento 4.210.758.100 4.210.758.100
Pagamentos
Exem Africa Ldt 13.904.812.487 - a entidades 96.997.496.601 - - - - - 96.997.496.601
Fundo de Pensões 4.827.266.989 1.191.316.960 estatais

Valores a receber ZEE - 3.499.421.449 Outros


(16.424.837.945) - - - - 700.148.633 (15.724.689.312)
movimentos
Outros devedores da actividade imobiliária 7.757.392.917 28.548.782.527
Totais 13.201.815.196 (1.157.385.055.291) 660.052.484.505 193.334.678.732 936.600.347.347 22.020.483.463 667.824.753.952
Angola Maritime Training Services 113.599.882 112.168.388
Unidades de Trading 318.099.602 179.367.979
Outros 16.241.374.106 9.320.608.301
71.488.060.810 42.237.337.467
As subvenções incluem os montantes de 2015 e 2016 A data de relato, encontra-se em fase final a recon-
não liquidados à data de 31 de Dezembro de 2017, ciliação das dividas entre o Grupo e o Ministério das
A rubrica Fundo Social respeita essencialmente à redução das dívidas a receber de clientes, de acordo com o bem como as subvenções relativas ao ano de 2017 no Finanças, que deverá culminar com a celebração
despacho sobre benefícios sociais das obrigações contratuais dos trabalhadores da Sonangol EP para com o montante de 27.433.219 milhares de AOA. Este saldo de um acordo da posição da dívida histórica entre as
Grupo, resultantes da comercialização de habitações através da subsidiária SONIP. será integralmente regularizado, de forma faseada partes e a definição de modelo de regularização de
pelo Estado angolano. tais saldos.

9.4 DIREITOS CONCESSIONÁRIA - ACTIVO

Os activos com a descrição Direitos Concessionária - Activo dizem respeito ao número de barris corresponden-
te a 7% em 2017 (direitos remanescentes) atribuíveis à Sonangol E.P. onde esta se encontra na qualidade de
Concessionária Nacional e incluem a quota parte do profit oil atribuível ao Estado angolano no âmbito dos CPP,
correspondente a 93%.

9.5 TRANSACÇÕES ENQUANTO CONCESSIONÁRIA NACIONAL

A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição dos saldos associados a tran-


sacções enquanto Concessionária Nacional foi:

Rubricas 2017 2016


Transacções com a Concessionária
Receita da concessionária 667.824.753.952 -
667.824.753.952 -

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
144 145

9.6.1 DEVEDORES DA ACTIVIDADE MINEIRA 10. CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS


Encontram-se incluídos, na rubrica Devedores da Actividade Mineira, a 31 de Dezembro de 2017, os valores 10.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA
em dívida pelos membros dos grupos empreiteiros, resultantes das operações conjuntas em Blocos em que o
Grupo detém interesses participativos. Estas dívidas são resultantes da diferença entre os fundos solicitados A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição da natureza da rubrica de caixa e depósitos bancários foi:
para desenvolvimento das operações nos blocos e as despesas incorridas nestes blocos.
Corrente Não Corrente
Rubricas
A rubrica Devedores da actividade mineira regista os saldos devedores dos Parceiros nos blocos operados pelo 31-12-2017 31-12-2016 31-12-2017 31-12-2016
Grupo Sonangol, como segue: Títulos Negociáveis - 19.834.813.655 - -
Meios Monetários em Trânsito - 24.308.355.547 - -
Rubrica 2017 2016
Saldos em bancos 858.571.140.142 782.763.898.275 274.858.738.713 222.410.168.298
NORSK HYDRO ANGOLA/STATOI 3.932.321.774 4.288.232.066
Caixa 25.359.740 35.242.759 - -
CHINA SONANGOL 9.596.865.344 6.966.422.545
858.596.499.882 826.942.310.235 274.858.738.713 222.410.168.298
INAFTAPLIN - 105.754.599
SOMOIL 77.466.235.400 68.842.076.231
ENI ANGOLA 3.785.544.802 300.843.713 A rubrica Saldos em bancos corrente inclui um destes fundos, que foi feita, em total consenso com
TOTAL E&P 12.239.131.145 - montante de AOA 57.131.945 milhares referente a todos os parceiros internacionais.
NAFTAGAS 643.850.905 -
contribuições efectuadas pelos parceiros nos Blocos
19, 20, 21, 35, 38 e 39, acrescidas de juros, com vista Além do elevado investimento que o Centro de Investi-
ACR 2.041.596.217 238.976.225
ao financiamento do futuro Centro de Investigação e gação e Tecnologia implica em termos de construção,
BRASPETRO 72.609.018 74.648.238
Tecnologia (CITEC), o qual se encontra depositado em há ainda que levar em linha de conta a necessidade
PHILIPS - 3.193.431.991
conta bancária autónoma. de acrescentar mais um montante elevadíssimo de
TULLOW OIL 1.386.769.392 1.425.716.726
fundos, para equipamento e contratação de pessoal
ROCOIL 2.673.973.791 - O Grupo está a avaliar com os seus parceiros inter- altamente qualificado, que nesta altura não estão
REPSOL 429.238.106 6.017.302.219 nacionais, BP, Statoil e Cobalt, a forma de rentabilizar disponíveis.
PETROBRAS 31.406.174 12.138.504.660 os fundos cedidos para a construção do CITEC, que
TEIKOKU 361.552.185 356.648.272 se encontra em fase de planeamento, e que constitui O montante de AOA 274.858.739 milhares apresenta-
SOCO 32.243.420 65.393.131 uma peça chave no desenvolvimento e qualificação de do nos Saldos em Bancos não corrente encontra-se
POLIEDRO OIL CORPORATION, 13.625.428.805 13.616.198.418 quadros do Grupo. depositados em escrow accounts (contas com movi-
KOTOIL, SA. 14.533.142.994 14.523.798.292 mentação restrita a autorização) tituladas pela So-
FRIEDLANDER 46.216.153 47.514.131
O contexto internacional do mercado petrolífero, que nangol EP e corresponde às contribuições dos grupos
CONOCOPHILLIPS COMPANY - 3.441.731.091
se alterou de forma significativa nos últimos dois empreiteiros dos blocos 15 e 17 para dar cobertura a
anos, aconselhava a uma prudente gestão e aplicação futuras despesas de desmantelamento.
PRODOIL 2.834.829.214 3.668.795.474
EXEM 1.430.320.396 1.436.934.119
OUTROS, incluindo Cut Back (11.867.421.514) (8.374.191.857)
135.295.853.721 132.374.730.284

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
146 147

10.2 COMPOSIÇÃO DOS TÍTULOS NEGOCIÁVEIS 12. CAPITAL SOCIAL E PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES
O movimento do ano na rubrica de títulos negociáveis é como se segue: A Sonangol E.P. é detida na sua totalidade pelo Estado angolano.
O Capital Social da Empresa em 31 de Dezembro de 2017 encontrava-se totalmente
Montante Montante
Alteração do
Montante Montante Data Data de subscrito e realizado ascendendo a AOA 1.000.000.000 milhares.
Produtos perímetro
Inicial (USD) Reembolsado (USD) Líquido (USD) Líquido (AOA) Aquisição Vencimento
Consolidação (USD)
Obrigações BPA 25.000.000 (25.000.000) - - - 31.12.2011 01.01.2017 O quadro abaixo enuncia os movimentos do Capital Social e Prestações Suplementares
Obrigações do Tesouro 2.252.222 - (2.252.222) - - 14.12.2015 27.11.2017
em 2017:
Obrigações do Tesouro 1.269.069 - (1.269.069) - - 14.12.2015 17.12.2017
Rubricas 2016 Aumentos 2017
Obrigações do Tesouro 1.504.825 - (1.504.825) - - 14.12.2015 16.09.2022
Capital Social 1.000.000.000.000 - 1.000.000.000.000
Obrigações do Tesouro 17.255.331 - (17.255.331) - - 14.12.2015 30.10.2022
Prestações suplementares e prestações acessórias de capital 946.558.748.877 900.390.559.111 1.846.949.307.988
Obrigações do Tesouro 12.372.161 - (12.372.161) - - 01.06.2016 29.03.2018
1.946.558.748.877 900.390.559.111 2.846.949.307.988
Obrigações do Tesouro 15.465.995 - (15.465.995) - - 31.03.2016 17.11.2018
Obrigações do Tesouro 15.465.845 - (15.465.845) - - 17.03.2016 23.02.2018
Obrigações do Tesouro 6.168.237 - (6.168.237) - - 14.07.2016 17.11.2018 O aumento verificado nas prestações Acessórias no montante de AOA 900.390.559 milhares
Obrigações do Tesouro 2.158.598 - (2.158.598) - - 09.07.2016 19.07.2018 correspondem às últimas entradas de fundos do Accionista único da Sonangol EP, ao abrigo
Obrigações do Tesouro 5.242.925 - (5.242.925) - - 07.09.2016 19.07.2018 do contrato de Prestações Acessórias celebrado entre as partes no montante total de USD
Obrigações do Tesouro 2.466.907 - (2.466.907) - - 27.09.2016 28.09.2018 10.000.000 milhares.
Obrigações do Tesouro 3.084.271 - (3.084.271) - - 28.09.2016 28.09.2018
Obrigações do Tesouro 3.701.537 - (3.701.537) - - 07.10.2016 08.02.2018
Obrigações do Tesouro
Obrigações do Tesouro
3.700.273
1.856.907
-
-
(3.700.273)
(1.856.907)
-
-
-
-
26.10.2016
16.09.2016
18.10.2018
10.02.2017
13. RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS
Total USD 118.965.103 (25.000.000) (93.965.103) - -
A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição das reservas e fundos foi:
Total AOA 19.834.813.655 (4.168.199.992) (15.666.613.663) - -
Rubricas 2016 Aplicação RLE RLE 2017 Ganhos/Perdas Alteração Correcções de Outros 2017
actuárias perímetro de anos anteriores movimentos
A redução verificada nesta rubrica é explicada pelo perímetro de consolidação em 2017 da subsidiária consolidação
vencimento das Obrigações do Banco Millennium SONILS, empresa do Grupo que detinha, com referên- Reservas 73.050.147.081 - - (12.504.600) - (50.003.879.094) 23.033.763.387
Atlântico detidas pela Sonangol EP e reembolsadas cia a 31 de Dezembro de 2016 os investimentos em Legais
em 1 de Janeiro de 2017 e pela exclusão saída do Obrigações do Tesouro. Outras 322.972.636.221 22.747.551 - (36.541.957.280) (1.058.626.931) (141.467.110.479) 60.158.782.749 204.086.471.831
Reservas
Fundo de 190.521.373.503 - - - - (11.670.959.999) 178.850.413.504
11. OUTROS ACTIVOS CORRENTES avaliação
Fundo 774.945.200.920 - - - - 165.605.150.411 940.550.351.331
Investimento
A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição dos outros activos correntes foi: Resultados (1.023.390.645.332) 13.258.930.673 - - (69.978.927.072) (815.527.595.256) (166.889.094.066) (2.062.527.331.053)
Transitados
Rubricas 2017 2016
338.098.712.393 13.281.678.224 - (36.541.957.280) (71.050.058.603) (956.994.705.735) (2.799.999.999) (716.006.331.000)
Proveitos a facturar:
Ajustamento 838.166.239.916 - - - (15.671.409.784) 245.499.693.348 (287.697.975) 1.067.706.825.505
Facturação - Produtos Refinados - 451.376.649 de Conversão
DF´s
Facturação - Aeronaves 915.084 -
Resultado de 13.281.678.224 (13.281.678.224) 27.365.021.947 - - - - 27.365.021.947
Facturação - Rendas 4.850.196.563 295.310.343
Exercício
Facturação - Outros 1.493.816.330 3.072.333.500
851.447.918.140 (13.281.678.224) 27.365.021.947 - (15.671.409.784) 245.499.693.348 (287.697.975) 1.095.071.847.452
6.344.927.977 3.819.020.492
1.189.546.630.533 - 27.365.021.947 (36.541.957.280) (86.721.468.387) (711.495.012.387) (3.087.697.974) 379.065.516.452
Encargos a repartir por exercícios futuros:
Encargos - Docagem e frete 101.295.583 499.312.086
Encargos - Seguros 40.637.544 93.139.992
Encargos - Outros 811.226.870 3.668.702.991
953.159.997 4.261.155.069
7.298.087.974 8.080.175.562

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
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Anulação da capitalização de diferenças de cambiais Reversão de juros de financiamento capitalizados em


efectuadas em 2016 por contrapartida de reservas de anos anteriores
conversão cambial O montante de AOA 51.008.217 milhares corresponde
De acordo com o Decreto Presidencial nº 42/10, de • Outros fundos voluntários que forem aprovados Em 2016, o Grupo registou em reservas de conversão ao impacto da correcção da metodologia de cálculo dos
10 de Maio (que estabelece a Política de distribui- pelo Conselho de Administração e homologados cambial o montante de AOA 241.394.325 milhares refe- juros incorridos em anos anteriores com financiamen-
ção de Resultados), os resultados da Empresa, após pelos órgãos competentes do Estado. rente a diferenças cambiais potenciais incorridas pela to de activos qualificáveis e da análise às perspectivas
dedução dos impostos a reter, deverão ter o seguinte Sonangol EP com financiamentos contraídos para a de recuperabilidade dos activos associados. Conside-
destino: A coluna de ganhos e perdas actuariais reflecte os aquisição de partes de capital de subsidiárias. Durante rando que a correcção da metodologia e os indícios de
movimentos do ano associados a esta natureza ad- o exercício de 2017 o Grupo reviu o seu entendimento imparidade decorrem de exercícios anteriores, proce-
• 10% para constituição da reserva legal, cujo vindos dos planos de benefícios pós emprego (pen- quanto a este enquadramento contabilístico, tendo deu-se à regularização do ajustamento por contrapar-
valor cumulativo não deve exceder 2% do capital sões e actos médicos) do Grupo, bem como dos mo- concluído que o mesmo não é compatível com as tida de Resultados Transitados.
estatutário; vimentos registados no passivo de corte, decorrente Políticas Contabilísticas definidas pelo actual Conselho
da extinção em 2012 da atribuição destes benefícios de Administração e adoptadas pelo Grupo Sonangol Regularização da provisão para abandono
• Pelo menos 10% para a constituição do fundo para os então trabalhadores activos. na preparação das suas demonstrações financeiras O montante de AOA 28.100.800 milhares, corresponde
para avaliação dos potenciais de exploração dos consolidadas, pelo que este montante foi corrigido por a correcções de exercícios anteriores decorrente da
recursos de hidrocarbonetos; Atendendo a necessidade de harmonizar o relato contrapartida de Resultados Transitados. revisão e ajustamento dos pressupostos adoptados no
financeiro do Grupo aos princípios contabilísticos cálculo da provisão de abandono de 2016, às melhores
• Pelo menos 5% para o fundo de outros investi- geralmente aceites e em conformidade com as boas Imparidade de activos mineiros práticas de indústria petrolífera, nomeadamente, tendo
mentos; praticas definidas pelas normas nacionais e inter- O montante de AOA 194.529.677 milhares correspon- em conta os modelos de abandono recomendados pela
nacionais, foram realizados diversos ajustamentos de a correcções de imparidades registadas em anos concessionária nacional, e a actualização dos poços
• Até 5% para o fundo social; considerados como erros fundamentais, que como anteriores decorrentes da revisão e do ajustamento explorados e a abandonar no futuro. Tratando-se de
tal, foram reconhecidos em Outras Reservas ou Re- dos pressupostos adoptados no cálculo de imparidade informação que já se encontrava disponível naquela
• Distribuição de estímulos individuais aos tra- sultados Transitados, conforme aplicável. de 2016 nomeadamente, da taxa de desconto, curva de data de relato, o respectivo impacto foi reconhecido em
balhadores e aos membros do órgão de gestão, a preços, bem como a consideração nos testes de im- Resultados transitados.
título de comparticipação nos lucros, dentro dos paridade de reservas certificadas por entidade externa
limites fixados na legislação aplicável; independente. Tratando-se de informação que já se Encargos fiscais no segmento Downstream
encontrava disponível na data de relato de 2016, este O montante de AOA 21.460.410 milhares, resulta de
montante foi reconhecido em Resultados transitados. cobranças adicionais de imposto industrial referente a
O mapa abaixo apresenta a decomposição dos movimentos ocorridos em Outras exercícios anteriores, no segmento Downstream.
Reservas no exercício de 2017 relativos a correcção de exercícios anteriores: Registo da responsabilidade para actos médicos
O montante de AOA 175.348.644 milhares correspon- Outros
Descrição AOA dente ao reconhecimento das responsabilidades por A rubrica de Outros inclui o efeito das regularizações
Anulação dos "Activos reversíveis" (139.074.517.595) serviços passados com benefícios do Plano de Saúde que foram efectuadas no âmbito do processo de
Outros (2.392.592.884) Sonangol pós emprego, cujo registo inicial da respon- preparação das demonstrações financeiras individuais
Total Geral (141.467.110.479) sabilidade com referência a 1 de Janeiro de 2017 foi das subsidiárias, com referência a 31 de Dezembro
efectuado por contrapartida de Resultados Transitados, de 2016, após o processo de elaboração das
conforme divulgado na Nota 17.1. demonstrações financeiras consolidadas do Grupo
Anulação dos “Activos reversíveis” Sonangol de 2016. Em 2017, e face à materialidade
O montante de AOA 139.074.517.595 milhares corresponde ao desreconhecimento de activos Imparidades de empréstimos concedidos das referidas regularizações, o Grupo reconheceu
reversíveis, conforme divulgado nas Notas 2.4 e 4B. O Grupo mantém registado nas suas demonstrações nas demonstrações financeiras consolidadas o efeito
financeiras financiamentos a empresas do tecido destes registos subsequentes por contrapartida de
O mapa abaixo apresenta a decomposição dos movimentos ocorridos em Resultados transi- empresarial privado concedidos com o objectivo de Resultados Transitados.
tados no exercício de 2017 relativos a correcção de exercícios anteriores, considerados como promover o desenvolvimento económico e o empreen-
erros fundamentais: dedorismo. Em conformidade com a política conta- Adicionalmente, a coluna Outros movimentos inclui um
bilística definida pelo Grupo, com referência a 31 de conjunto de regularizações entre Reservas, Resultados
Descrição AOA Dezembro de 2017 o Grupo procedeu à análise das Transitados e Fundos de Investimento e Avaliação. De
Anulação de capitalização de diferenças cambiais efectuada em 2016 por contrapartida de reservas de conversão cambial (241.394.325.466) perspectivas de recuperabilidade dos empréstimos forma a reflectir nas demonstrações financeiras con-
Imparidade de activos mineiros (194.529.677.022) concedidos tendo concluído pela existência de fortes solidadas do Grupo Sonangol as reservas registadas ao
Registo da responsabilidade para actos médicos (175.348.643.819) indícios de imparidade, pelo que registou perdas por nível da Sonangol EP em Fundo de Investimento e Fun-
Imparidade de empréstimos concedidos (56.497.934.399) imparidade no montante de AOA 55.653.927 milhares, do de Avaliação, procedeu-se à reclassificação entre a
Reversão de juros de financiamento capitalizados em anos anteriores (51.008.217.315) conforme divulgado na Nota 9, e na medida em que rubrica de Resultados Transitados de AOA 175.526.217
Regularização da provisão para abandono (28.100.799.990) estes indícios já existiam no exercício anterior, o Grupo milhares e AOA -11.670.960 milhares, respectivamente.
Encargos fiscais no segmento Downstream (21.460.409.651)
reconheceu estas perdas por imparidade em contra- Adicionalmente, procedeu-se à regularização da rubri-
partida de Resultados Transitados. ca de Outras reservas para Fundo de Investimento, no
Outros (47.187.587.594)
montante de AOA -9.921.067 milhares.
Total Geral (815.527.595.256)

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
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15. EMPRÉSTIMOS Durante o exercício de 2017, o Grupo recorreu a te ao investimento efectuado no âmbito do PNUH,
financiamentos bancários internacionais para finan- o Estado reconhece o montante total em dívida e o
ciar os seus projectos estruturantes e outras despe- seu reembolso ocorre mensalmente por encontro de
O quadro abaixo resume a posição dos empréstimos do Grupo no curto e médio sas operacionais, tendo-os liquidado ainda durante o contas via Receita da Concessionária, nos termos do
e longo prazo a 31 de Dezembro de 2017. exercício. plano de reembolso acordado entre as partes.

Rubricas
Corrente Não Corrente Os financiamentos acima referidos têm uma garantia Esta é uma questão relevante sobre a apreciação téc-
2017 2016 2017 2016 corporativa, em que os “convénios financeiros” obri- nica dos convénios financeiros do Grupo, na medida
Empréstimos Banca Internacional 205.246.243.620 436.059.281.229 610.597.380.607 1.123.493.003.462 gam a Sonangol, E.P. à observância do seguinte: em que, de acordo com o entendimento expresso do
Empréstimos Banca Nacional - 840.700.596 - - Conselho de Administração da Sonangol, concorre
Descoberto Bancário 16.262.566.000 70.573.459.764 - - (a) O valor da “Situação Líquida” não deverá, sobre estes rácios uma certa inconsistência nos
Outros Empréstimos (Carry) - - - 21.075.501.491 em circunstância alguma, ser inferior a AOA parâmetros de cálculo utilizados.
221.508.809.620 507.473.441.589 610.597.380.607 1.144.568.504.953 1.200.000.000.000,00;
Este facto decorre de, naturalmente estar a ser
(b) O rácio “EBITDA/Dívida Líquida” não deverá ser considerado para o apuramento do “DEBT” e do “NET
Os empréstimos obtidos junto da banca nacional ser- dívida corrente reconhecido na rubrica de Devedores inferior a 0.5; DEBT” o valor da divida contraída pela Sonangol
viram para financiar os projectos do segmento non- da actividade mineira e a reclassificação do montante Finance na sua totalidade, mas em nenhuma medida
-core, tendo sido integralmente liquidados em 2017. de 9.458.087 milhares referente ao Bloco 3.05A para (c) O rácio “EBITDA / Serviço da Dívida” não deverá estarem a ser expressos no apuramento do “EBITDA”
Resultados transitados. ser inferior a 1.3; os reembolsos do Estado sobre os investimentos
A variação verificada nos Outros Empréstimos (Carry), efectuados no PNUH.
resultam da reclassificação do montante de AOA (d) O rácio “Dívida Líquida/EBITDA” não deverá ser
11.617.414 milhares referente ao Bloco 32, para superior a 2.5; Posto isto, e atendendo à relevância de tal consta-
tação, foi apresentado ainda em 2016 pela Sonangol
(e) “Gearing Ratio” não deverá ser superior a 100%. uma proposta de ajustamento à definição contratual
do “EBITDA” da Sonangol E.P com o objetivo de pas-
15.1 EMPRÉSTIMOS BANCA INTERNACIONAL O Programa Nacional de Urbanismo e Habitação sar a incluir no seu apuramento os Reembolsos do
(“PNUH”) é uma iniciativa do Executivo, parcialmen- PNUH, a qual mereceu a devida aprovação junto de
O quadro abaixo resume a posição dos empréstimos do Grupo correntes e não correntes te implementada pelo Grupo com recurso à dívida alguns dos parceiros internacionais em 2017.
à data de 31 de Dezembro de 2017 contraídos junto da banca internacional. contraída junto da Banca Internacional. Relativamen-

Ano Conversão Parte Não Maturidade


Rubricas 2016 Aumentos Reembolsos 2017 Parte Corrente
Aquisição Df's Corrente (Meses)
Financiamentos cuja amortização ocorreu antecipadamente:
Empréstimos Banca
Internacional: Em 2017 o Grupo concluiu o processo de reestruturação da dívida financeira que
SNL Finance $1Bi 2010 9.924.285.714 - (9.925.535.714) 1.250.000 - - - -
culminou com o encerramento antecipado dos seguintes financiamentos abaixo:
(CDB&SCB)
Montantes reembolsados antecipadamente
SNL Finance $2,5Bi (ICBC) 2010 104.204.999.930 - (104.218.124.930) 13.125.000 - - - - Financiamentos Data de Assinatura Data de reembolso antecipado
USD AOA
SNL Finance $1Bi (CA-SCB) 2011 77.806.400.071 - (77.816.200.071) 9.800.000 - - - -
ICBC $2,5Bn 19-nov-10 30-jun-17 494.791.667 82.506.015.681
SNL Finance $1Bi (SCB-KS) 2011 73.638.200.071 - (16.674.899.877) 9.275.167 56.972.575.361 16.674.900.000 40.297.675.361 41
CA-CIB & SCB $1,0Bn 28-jun-11 03-jul-17 425.000.000 70.868.325.000
SNL Finance $2Bi (CDBC) 2011 166.728.000.139 - (166.748.999.930) 20.999.791 - - - -
CDB $2,0Bn 21-nov-11 31-ago-17 883.333.333 147.294.949.944
SNL Finance $1.5Bi (SCB) 2012 25.009.200.000 - (25.012.350.000) 3.150.000 - - - -
SCB $2,5Bn 22-mar-13 30-jun-17 458.333.333 76.426.624.944
SNL Finance $1Bi (CDB) 2012 100.036.800.070 - (50.024.699.703) 12.600.000 50.024.700.367 16.674.900.000 33.349.800.367 36*
SCB $1,5Bn 28-jun-12 30-jun-17 25.000.000 4.168.725.000
SNL Finance $2,5Bi (SCB) 2013 111.151.999.931 - (111.165.999.931) 14.000.000 - - - -
SCB & AFREXIM $0,5Bn 23-dez-16 30-jun-17 361.111.111 60.214.916.648
SNL Finance $2Bi (SCB) 2014 240.088.320.000 - (53.359.680.000) 30.240.000 186.758.880.000 53.359.680.000 133.399.200.000 42
CDB $1,0Bn 27-dez-12 30-nov-17 200.000.000 33.349.800.333
SNL Finance $1,5Bi (SCB) 2014 217.471.278.780 - (43.499.739.281) 27.391.520 173.998.931.019 43.499.713.620 130.499.217.399 46
2.847.569.444 474.829.357.550
SNL Finance $2Bi (CDB) 2014 266.764.799.987 - (33.349.800.007) 33.600.000 233.448.599.980 33.349.800.000 200.098.799.980 84
SNL Finance $1Bi (SCB) 2015 166.728.000.000 - (52.109.062.500) 21.000.000 114.639.937.500 41.687.250.000 72.952.687.500 32
SCB & AFREXIM $0,5 Bn 2017 - 83.374.500.000 (83.374.500.000) - - - - - Durante o exercício de 2017, foi efectuado um reembolso parcial de AOA 33.349.800 milhares
1.559.552.284.691 83.374.500.000 (827.279.591.942) 196.431.478 815.843.624.227 205.246.243.620 610.597.380.607 referente ao financiamento CDB $1,0Bn, sendo que o remanescente a 31 de Dezembro de 2017 no
* Este empréstimo foi reembolsado antecipadamente em Janeiro de 2018, sendo que o seu término previsto a 31 de Dezembro de 2017 era de 31 de Dezembro de 2020. montante de AOA 50.024.700 milhares foi integralmente liquidado no dia 31 de Janeiro de 2018.

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Condições dos Financiamentos 17.2 TIPOS DE BENEFÍCIOS


A taxa de juro média dos financiamentos em aberto durante o exercício de 2017 rondou os
3,5% mais indexação à Libor. Planos de benefícios definidos
Os tipos de planos de Benefícios Definidos existentes são os indicados no quadro seguinte:
Todos os contratos têm como garantia a obrigatoriedade de alocação de receitas mensais na
proporção de 125% do valor do serviço da dívida a ser efectuado em determinado período. Nome do plano Tipo Destinatários Localização
Plano de Pensões da Sonangol Benefício Definido Reformados e pensionistas da Sonangol Angola
Ex-colaboradores com direitos adquiridos
Plano de Pensões ENSA Benefício Definido – com fundo constituído na ENSA Reformados e pensionistas da ex-Fina Angola

17. PROVISÕES PARA BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO


Até ao final do ano 2011, o pessoal da Empresa estava e pensionistas, incluindo todos colaboradores que se
O quadro abaixo resume a posição das provisões para benefícios pós-emprego coberto por um “Plano de Benefícios Definidos” da reformaram ou cessaram o vínculo com a empresa
do Grupo à data de 31 de Dezembro de 2017. Sonangol que foi fechado (corte) à entrada de novos entre 1 de Janeiro de 2012 a 13 de Outubro de 2017,
participantes com efeitos a 1 de Janeiro de 2012, ten- data da implementação legal e aprovação do plano de
Rubricas 2017 2016 do os participantes activos sido transferidos e incor- contribuição definida pelas entidades competentes
Plano Pensões Sonangol 114.183.727.744 97.421.350.369 porados num “Plano de Contribuição Definida”. (Despacho nº 685/17 do Ministério das Finanças).
Plano de Saúde Sonangol 208.049.725.818 -
Plano de Pensões da SONILS - Fénix Pensões - 253.480.545 O valor das responsabilidades por serviços passados O Grupo encontra-se a depositar numa conta bancária
Plano de Pensões ENSA 8.462.510.151 6.884.265.144 dos colaboradores activos na data do corte, corres- titulada pela Sonangol E.P. os montantes referentes
330.695.963.713 104.559.096.058 ponde ao montante com que as associadas do novo às contribuições para o fundo de pensões de contri-
plano terão de fundear o Fundo de Pensões da Sonan- buição definida e benefícios definidos. A 31 de Dezem-
gol. Esta responsabilidade, actualizada com referência bro de 2017 o saldo da referida conta bancária ascen-
a 31 de Dezembro de 2017, encontra-se apresentada de a AOA 136.599.217 milhares.
17.1 RESPONSABILIDADES POR BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO na rubrica de Contas a Pagar (ver nota 19).
Plano de contribuição definida
As responsabilidades por benefícios pós-emprego, por tipo de benefício, são as Desta forma, o “Plano de Pensões da Sonangol” O plano de Contribuição Definida existente é o indica-
indicadas no quadro seguinte: mantém a responsabilidade relativa aos reformados do a seguir:

Plano de Pensões Plano de Saúde Plano de Pensões SONILS Plano de Total


Sonangol Sonangol - Fénix Pensões pensões ENSA
Saldo em 31 de Dezembro de 2016
Obrigação com benefícios pós-emprego 97.421.350.369 - 253.480.545 12.834.968.031 110.509.798.944 Nome do Plano Tipo Destinatários Localização
Justo valor dos cativos do plano - - - (5.950.702.886) (5.950.702.886) Plano de Pensões da Sonangol Contribuição Definida Empregados da Sonangol Angola
97.421.350.369 - 253.480.545 6.884.265.144 104.559.096.058
Saldo a (receber) / pagar 97.421.350.369 - 253.480.545 6.884.265.144 104.559.096.058
Saldo em 31 de Dezembro de 2017 O plano de pensões em regime de contribuição efectuadas e do mercado financeiro. Os associados
Obrigação com benefícios pós emprego 114.183.727.744 208.049.725.818 - 13.575.825.062 335.809.278.624 definida e do tipo contributivo, baseia-se em contri- (subsidiárias) não serão responsáveis, agora ou no fu-
Justo valor dos cativos do plano - - - (5.113.314.911) (5.113.314.911) buições dos participantes (trabalhadores ou membros turo, pelo nível de rendimentos gerados ou pelos be-
114.183.727.744 208.049.725.818 - 8.462.510.151 330.695.963.713 do órgão de gestão da Sonangol E.P. e subsidiárias). nefícios proporcionados ao abrigo do plano. A forma
Saldo a (receber) / a pagar 114.183.727.744 208.049.725.818 - 8.462.510.151 330.695.963.713
O valor capitalizado na conta de valor acumulado do de financiamento do plano de pensões será escolhida
participante, constituída ao abrigo deste plano de pelos associados sendo que o veículo corresponderá
pensões, está sujeito a variar positiva ou negativa- ao perfil de risco definido e seleccionado segundo
mente, em consequência da evolução das aplicações critério dos associados.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
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Plano de Saúde Sonangol Conforme estudo actuarial realizado com referência a 31 de Dezembro de 2017, a estimativa de pagamento de be-
O plano de Saúde Sonangol existente é o indicado a seguir: nefícios de pensões em 2018 ascende a AOA 8.789.648 milhares relativos ao Plano Sonangol, AOA 690.132 relativos
ao Plano ENSA e AOA 3.298.650 milhares relativos ao Plano de Saúde da Sonangol.
Nome do Plano Tipo Destinatários Localização
Plano de Saúde Sonangol Benefício Definido – sem fundo constituído Reformados e agregado Angola Plano de Plano de Benefícios Plano de Pensões
Plano de
Pensões da de Reforma da SONILS - Fénix Total
pensões ENSA
Sonangol consagrado na LGT Pensões
Os cuidados de saúde pós-emprego do Grupo, corres- O Grupo reconhece que a contabilização dos passivos Obrigação relativa a benefícios definidos, em 1 de
73.789.171.873 11.578.789.433 - 10.551.697.994 95.919.659.300
pondem à responsabilidade construtiva relacionada com decorrentes da aplicação do normativo internacional é Janeiro de 2016
a necessidade de garantia de prestação de assistência um passo fundamental no que concerne a uma imagem Custo dos juros 3.427.767.216 - - 500.550.923 3.928.318.139
médica e medicamentos aos reformados e seus agre- verdadeira e apropriada da sua posição financeira e Custo do serviço corrente - - - 194.255.483 194.255.483
gados no âmbito do Plano de Saúde Sonangol (previsto desempenho. Neste âmbito a Administração deliberou Benefícios pagos (6.397.250.209) - - (1.214.535.451) (7.611.785.660)
na Norma interna de Comparticipação da Assistência o reconhecimento das responsabilidade futuras as- Ganhos e perdas actuariais 9.705.186.656 - - 396.027.720 10.101.214.376
Médica e Medicamentosa), prestados maioritariamente sociadas ao plano de saúde vigente no Grupo Sonan- Diferenças cambiais 16.896.474.832 - - 2.406.971.362 19.303.446.194
pela empresa do Grupo Clínica Girassol. gol. Esta responsabilidade apesar de identificada em
Cessação das Responsabilidades - (11.578.789.433) 253.480.545 - (11.325.308.888)
exercícios anteriores, não foi reconhecida devido a falta
Obrigação relativa a benefícios definidos, em 31 de
A contabilização e relato das responsabilidades futuras de fiabilidade na sua mensuração, situação que veio a Dezembro de 2016
97.421.350.369 - 253.480.545 12.834.968.031 110.509.798.944
com Planos de Benefícios pós-emprego encontra-se ser ultrapassada em 2017, com a melhoria qualitativa
temporariamente excluída do Plano Geral de Conta- substancial na base de dados do Grupo. O registo inicial
bilidade, até que venham a ser regulamentadas, as desta responsabilidade, com referência a 1 de Janeiro Os principais pressupostos actuariais usados à data do balanço para determinar a
disposições contantes das normas internacionais de de 2017, foi reconhecido por contrapartida de resultados obrigação com benefícios pós-emprego foram os indicados no quadro seguinte:
contabilidade. transitados.
2017 2016
Pressupostos financeiros para ambos os planos (Sonangol, LGT e ENSA) % %
Taxa de desconto 3,70 4,25
17.3 MOVIMENTO DAS RESPONSABILIDADES COM BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO Taxa de crescimento salarial 3,00 3,00
Taxa de crescimento das pensões (Plano Sonangol) 1,00 1,00
A conciliação entre os saldos de abertura e de fecho do valor presente da obrigação de benefícios Taxa de crescimento dos custos com cuidados de saúde 5,00
para os exercícios divulgados é a indicada no quadro seguinte: Tábua de mortalidade ANGV2020P ANGV2020P

Plano de Pensões Plano de Saúde Plano de Pensões SONILS Plano de


Total
Sonangol Sonangol _ Fénix Pensões pensões ENSA
Obrigação relativa a benefícios
definidos, em 1 de Janeiro de 2017
97.421.350.369 - 253.480.545 12.834.968.031 110.509.798.944 17.4 JUSTO VALOR DOS ACTIVOS DOS PLANOS
Reconhecimento inicial da
- 175.348.643.819 - - 175.348.643.819
responsabilidade para actos médicos A conciliação entre os saldos de abertura e de fecho do justo valor dos activos do plano de Pensões
Custo dos juros 3.983.206.196 7.392.556.734 - 532.495.402 11.908.258.332 ENSA, o único com fundo autónomo constituído, encontra-se no quadro seguinte:
Custo do serviço corrente - 4.875.169.530 - 223.115.461 5.098.284.991
Plano de Pensões ENSA
Benefícios pagos (7.491.885.353) (2.684.105.387) - (848.199.761) (11.024.190.501)
Benefício definido (com fundo constituído)
Ganhos e perdas actuariais 20.257.768.297 23.093.890.805 - 831.916.634 44.183.575.736
Justo valor dos activos do plano em 1 de Janeiro de 2017 5.950.702.886
Diferenças cambiais 13.288.235 23.570.318 - 1.529.295 38.387.847
Retorno esperado 239.893.083
Exclusão da Sonils do perímetro de
- - (253.480.545) - (253.480.545) Benefícios pagos (848.199.761)
consolidação
Obrigação relativa a benefícios Outros ganhos e perdas (229.759.853)
114.183.727.744 208.049.725.818 - 13.575.825.062 335.809.278.624
definidos, em 31 de Dezembro de 2017 Diferenças de câmbio em planos estrangeiros 678.556
Justo valor dos activos do plano em 31 de Dezembro de 2017 5.113.314.911

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
156 157

Plano de Pensões ENSA 18. PROVISÕES PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOS


Benefício definido (com fundo constituído)
Justo valor dos activos do plano em 1 de Janeiro de 2016 5.401.794.287 18.1 DECOMPOSIÇÃO PROVISÕES PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOS
Retorno esperado 251.941.177
Transferência para a Sonangol Vida O quadro abaixo detalha as provisões para riscos e encargos.
Benefícios pagos (1.214.535.451)
Rubricas 2017 2016
Outros ganhos e perdas 281.643.904
Provisões para processos judiciais 2.240.610.760 3.419.861.036
Diferenças de câmbio em planos estrangeiros 1.229.858.971
Provisão para desmantelamento - Sonangol Investidora 294.706.399.278 228.124.410.974
Justo valor dos activos do plano em 31 de Dezembro de 2016 5.950.702.886
Fundeamentos para desmantelamento (Concessionária) 701.693.556.783 632.319.993.564
Contingências fiscais 435.643.630.851 322.086.827.568
Provisões para outros riscos e encargos 27.767.737.769 36.141.658.766
17.5 GANHOS E PERDAS ACTUARIAIS 1.462.051.935.441 1.222.092.751.908

Conforme referido na Nota 2.3 s) o Grupo reconhece milhares relativos a ganhos actuariais decorrentes
os ganhos e perdas actuariais na totalidade em ca- da movimentação do passivo de corte (ver nota 19)
pital próprio (reservas). O montante reconhecido no e que corresponde a trabalhadores considerados
ano totaliza os AOA 36.541.957 milhares, conforme originalmente no passivo de corte, mas que tendo 18.2 PROVISÕES PARA PROCESSOS JUDICIAIS
apresentado na Nota 13, que inclui AOA 44.183.576 passado a situação de reforma até Outubro de 2017
milhares relativos a perdas actuariais nas responsa- foram ainda beneficiados pelo Plano de benefício de- O valor referente a Provisões para processos judiciais contempla integralmente todos os litígios nos quais
bilidades por serviços passados dos Planos de Pen- finido, sendo consequentemente considerados como o Grupo se encontra envolvido em que são prováveis eventuais exfluxos financeiros no futuro.
sões e Cuidados Médicos, AOA 229.760 milhares de um ganho actuarial no passivo de corte e uma perda
perdas actuariais com o activo do plano de pensões actuarial no plano de pensões de beneficio definido.
da ENSA, conforme acima descrito e AOA 7.871.379
18.3 CONTINGÊNCIAS FISCAIS

17.6 ANÁLISE DE SENSIBILIDADE Nesta rubrica estão registadas, entre outras, as tiva de liquidação e podem diferir dos valores finais a
provisões para cobrir as contingências fiscais resul- pagar em virtude das revisões subsequentes.
Os quadros abaixo enunciam os resultados decorrentes da análise de sensibilidade à taxa de desconto, tantes das auditorias aos custos recuperáveis dos
taxa de crescimento de Pensões e Taxa de crescimento salarial dos Planos de Pensões. blocos em que o Grupo detém interesses participa- Encontra-se em curso o processo de reconciliação e
tivos. Estas contingências resultam, principalmente negociação dos processos fiscais e aduaneiros entre
QUADROS EM AOA do não cumprimento do estabelecido nos contratos a Administração Geral Tributária (AGT) e o Grupo,
3,7% 3,45% 3,95% de partilha de produção e contratos de associação. sendo que não se prevê a necessidade de reconheci-
Sensibilidade à taxa de desconto Cenário contabilização -25 p.b Var. .+ 25 p.b Var. Os valores registados representam a melhor estima- mento de contingências adicionais.
Plano de Pensões 114.183.727.744 116.826.223.492 2% 111.601.170.257 -2%
Plano de Saúde 208.049.725.818 219.016.746.184 5% 197.640.648.773
ENSA 13.575.825.062 13.957.425.242 3% 13.204.657.907 -3%
335.809.278.624 349.800.394.918 4% 322.446.476.936 -4%
18.4 PROVISÃO PARA DESMANTELAMENTO – SONANGOL INVESTIDORA
1,00% 0,75% 1,25%
Sensibilidade à taxa de crescimento de Pensões Cenário contabilização -25 p.b Var. .+ 25 p.b Var.
O quadro abaixo detalha os movimentos, ocorridos durante o exercício de 2017, nas provisões
para desmantelamento onde a Sonangol participa enquanto empresa investidora:
Plano de Pensões 114.183.727.744 111.620.518.477 2% 116.805.808.245 2%
ENSA 13.575.825.062 13.243.247.832 2% 13.916.754.314 3% Rubricas 2016 Diferenças Aumentos Diminuições Juro Abandono 2017
127.759.552.806 124.863.766.309 -2% 130.722.562.559 2% Cambiais

3,00% 2,75% 3,25% Provisão para desmantelamento -


228.124.410.974 1.394.973.519 75.447.705.970 (23.856.654.503) 13.595.963.318 294.706.399.278
Sonangol Investidora
Sensibilidade à taxa de crescimento Salarial Cenário contabilização -25 p.b Var. .+ 25 p.b Var.
Totais 228.124.410.974 1.394.973.519 75.447.705.970 (23.856.654.503) 13.595.963.318 294.706.399.278
ENSA 13.575.825.062 13.520.224.607 0% 13.631.654.125 0%
13.575.825.062 13.520.224.607 0% 13.631.654.125 0%
3,00% 2,50% 3,50%
Sensibilidade à taxa de crescimento de custos com cuidados de saúde Cenário contabilização -50 p.b Var. .+ 50 p.b Var.
Plano de Saúde 208.049.725.818 171.837.566.677 -17% 251.962.545.540 21%
208.049.725.818 171.837.566.677 -17% 251.962.545.540 21%

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
158 159

A variação ocorrida na rubrica, está essencialmente relacionada com as revisões 19. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES E CONTAS A PAGAR
das estimativas à data de relato e com o reconhecimento do juro financeiro relati-
vo à actualização da provisão . Os principais pressupostos inerentes ao cálculo da 19.1 DECOMPOSIÇÃO DOS OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES E CONTAS A PAGAR
provisão de desmantelamento, são seguintes:
A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição dos outros passivos não correntes e contas a pagar foi:
• Taxa de Desconto: 4,94%;
Corrente Não Corrente
Rubricas
• Inflação: 2%; 2017 2016 2017 2016
Fornecedores - correntes 310.799.367.394 456.227.345.639 1.852.294.953 -
• Maturidade: data limite da licença de concessão; Transacções enquanto Concessionária Nacional 186.262.266.908 172.141.549.950 - -
Clientes - saldos credores 1.224.721.834 4.971.729.823 - -
• Estimativa de dispêndios do grupo empreiteiro. Estado 224.217.220.777 84.725.759.186 1.987.294.000 -
Participantes e participadas 1.351.506.983 4.235.296 - -
Pessoal 1.073.411.111 5.386.846.638 - -

18.5 FUNDEAMENTOS PARA DESMANTELAMENTO (CONCESSIONÁRIA) Credores - compras de imobilizado 85.834.058 114.634.493 - 1.958.099.968
Credores actividade mineira 345.438.074.703 263.359.996.019 127.246.312.653 127.532.756.370
Credores - overlift 18.103.179.837 5.231.430.283 - -
O quadro abaixo detalha os movimentos ocorridos, nas provisões de fundeamentos
Fundo de Pensões - corte (Nota 17) 110.378.000.258 118.242.102.148 - -
para desmantelamento (Concessionária):
Direitos Concessionária - passivo 425.326.526.699 - - -
Rubricas 2016 Aumentos Diminuições Regularizações Diferenças Cambiais 2017 Fundo de Pensões - retenções 37.692.215.204 27.463.751.373 - -
Provisões para Fundo de Abandono – Outros credores 31.130.010.726 13.363.428.304 678.220.454 8.209.390.074
632.319.993.564 69.370.087.401 - - 3.475.817 701.693.556.783
Concessionária
1.693.082.336.491 1.151.232.809.152 131.764.122.060 137.700.246.412
632.319.993.564 69.370.087.401 - - 3.475.817 701.693.556.783

Em 2017, o Grupo apresenta contas bancárias a tutela da Empresa, enquanto concessionária para 19.2 TRANSACÇÕES ENQUANTO CONCESSIONÁRIA NACIONAL
tituladas pela Sonangol E.P. com um saldo devedor os hidrocarbonetos. Estes destinam-se a cobertura
de AOA 533.535.010 milhares referente aos valores de despesas futuras com o encerramento de poços A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição dos saldos associados a transacções
fundeados pelos diferentes grupos empreiteiros para petrolíferos, remoção de plataformas e outras insta- enquanto Concessionária Nacional foi:
fazer face aos custos de abandono. lações, quando se esgotarem as reservas.
Rubricas 2017 2016

O montante de provisões para Fundeamentos para Os principais influxos do ano dizem respeito aos Transacções com a Concessionária
fundo de abandono (Concessionária) acima referido fundeamentos associados ao abandono dos blocos 15 Receita da concessionária - (13.201.815.196)
foi constituído pelos operadores e transferidos para e 17 operados pela ESSO e Total EP, respectivamente. Bónus 45.654.321.936 45.282.401.154
Price Cap 82.072.328.936 82.072.328.936
CITEC 58.535.616.037 57.988.635.056
186.262.266.908 172.141.549.950

Em 2017 a Receita da concessionária apresenta um saldo devedor, tendo por isso sido
apresentada em Outros activos não correntes e contas a receber (Nota 9.5.1).

19.2.2 PRICE CAP

Como se verifica no quadro seguinte, não ocorreram movimentos no período na rubrica do Price Cap:

Rubrica 2016 Aumentos Diminuições Regularizações 2017


Price cap 82.072.328.936 - - - 82.072.328.936
82.072.328.936 - - - 82.072.328.936

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
160 161

19.3 ESTADO 19.7 OUTROS CREDORES

A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição da natureza das rubricas com o Estado foi: 19.7.1 OUTROS CREDORES (NÃO CORRENTE)
Rubricas 2017 2016 A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição dos outros credores (não corrente) foi:
Estado
Impostos sobre os lucros 94.941.546.771 38.385.591.145 Rubricas 2017 2016

Impostos sobre de produção e consumo 1.739.190.835 301.073.260 Conta especial de compensação - OGE 511.561.670 1.987.294.000

Impostos sobre de rendimento do petróleo 46.011.821 123.510.801 Outros credores Academia 30.839.520 6.169.050.563

Taxa a Produção - 4.976.595.756 Outros UT's 135.819.265 53.045.511

Retenções na fonte 30.241.694.691 4.517.027.871 678.220.455 8.209.390.074

Outros impostos 97.248.776.659 36.421.960.353


224.217.220.777 84.725.759.186

19.7.2 OUTROS CREDORES (CORRENTE)


A linha Outros impostos inclui as distintas naturezas de impostos em dívida pelo Gru-
po, à data de balanço, nomeadamente imposto de aplicação de capitais, imposto de A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição dos outros credores (corrente) foi:
consumo, imposto de selo, entre outros.
Rubricas 2017 2016
Somoil - vendas por conta 3.325.768.187 2.660.364.492
19.4 CREDORES DA ACTIVIDADE MINEIRA Poliedro - vendas por conta - 67.946.729
Prodoil - vendas por conta - 1.044.095.589
Encontram-se incluídos, na rubrica Credores da Acti- pativos. Estas dívidas são resultantes da diferença Force Petroleum - vendas por conta 3.322.087.979 -
vidade Mineira, a 31 de Dezembro de 2017, os valores entre os fundos solicitados para desenvolvimento Acrep - vendas por conta - 1.445.172.775
em dívida resultantes das operações conjuntas em das operações nos blocos e as despesas incorridas Fundo social 3.540.798.761 -
Blocos em que o Grupo detém interesses partici- nestes blocos. EXEM 11.888.704.792 -
FINA (Accionistas minoritários) 333.037.500 333.037.500

19.5 FUNDO DE PENSÕES Projecto SAR 123.254.206 2.776.156.737


Outros 8.596.359.300 5.036.654.482
31.130.010.725 13.363.428.304
A linha fundo de pensões – corte corresponde ao mon- de benefícios definido mencionado na Nota 17.3. Desta
tante que o Grupo terá a fundear à sociedade gestora forma, este montante foi considerado como um ganho
do novo plano de pensões (contribuição definida) con- actuarial registado em reservas. A restante variação Os montantes a pagar à Somoil e Force Petroleum são valores referentes à venda
forme mencionado na Nota 17. No exercício de 2017 na rubrica respeita a diferenças de câmbio na respon- de petróleo bruto por conta destes no final do ano de 2017, cuja entrega se verifica
foi deduzido deste passivo o excesso de AOA 7.871.379 sabilidade denominada em USD. no exercício seguinte.
milhares, referente aos trabalhadores reformados no
período compreendido entre 1 de Janeiro de 2012 a 31 O valor fundo de pensões – retenções subsidiárias diz
de Outubro de 2017, data de aprovação formal do corte respeito às retenções acumuladas entre 2012 e 2017
e da constituição do plano de contribuição definida, e efectuadas aos colaboradores do Grupo Sonangol ao
que ainda foram contemplados no plano de pensões abrigo do plano de pensões – contribuição definida.

19.6 CREDORES - OVERLIFT

A rubrica Credores – overlift refere-se ao acerto dos saldo será ajustado nos direitos dos blocos em ques-
direitos de levantamentos devidos aos grupos em- tão durante o exercício de 2018. Este saldo deve-se
preiteiros, na perspectiva do Grupo enquanto parceiro principalmente ao bloco não operado 31, e aos blocos
nos diferentes blocos e Concessionaria Nacional. Este operados 3/05 e 3/05A

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
162 163

21. OUTROS PASSIVOS CORRENTES 22. VENDAS


A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição dos outros passivos correntes foi: O quadro abaixo enuncia as vendas por produto durante 2017.

Rubricas 2017 2016 Rubricas 2017 2016


Encargos a pagar Petróleo bruto – Associação 715.995.187.415 521.916.748.701
Encargos - custos com pessoal 15.951.607.462 12.787.401.901 Petróleo bruto – Concessionária 1.273.392.537.501 859.970.418.952
Encargos - consultoria 20.916.543.368 10.531.076.623 Refinados – Gasolina 194.000.637.580 214.015.895.655
Encargos - trab. especializados/assistência técnica 22.440.728.446 16.197.285.649 Refinados – Gasóleo 392.914.496.052 475.509.796.983
Encargos - actividade mineira (blocos não operados) 4.448.320.093 7.112.139.133 Jet A1 44.514.244.632 44.873.650.130
Encargos - actividade mineira (blocos operados) 20.694.093.358 11.257.501.327 Jet B 13.063.542.926 11.991.809.461
Encargos - rendas 280.451.003 341.023.346 LPG 36.444.764.446 27.443.551.289
Encargos - obras e aquisição condomínios 4.482.480.002 6.290.864.010 Petróleo Ilum. 6.361.200.561 14.274.082.792
Encargos - juros bancários 1.301.086.863 1.753.493.662 Fuel Óleo 63.302.803.236 34.666.611.545
Encargos - docagem e frete (Suezmax, LNG, Outros) 5.549.348.350 3.105.428.832 Nafta 22.575.783.734 18.233.791.232
Encargos - outros 68.206.589.584 23.140.255.379 Subvenção 27.329.197.705 24.217.340.272
164.271.248.529 92.516.469.860 Outras vendas 35.061.816.576 36.663.485.423
Proveitos a repartir por exercícios futuros 2.824.956.212.364 2.283.777.182.435
Proveitos diferidos - actualização cambial 367.053.630 -
Proveitos diferidos - facturação 2.676.761.332 12.119.844.455 Em 2017 o Grupo reconheceu os underliftings associados a actividade de Concessionária
Proveitos diferidos - outros 309.175.091 311.821.180 Nacional. Deste modo, as vendas de petróleo bruto da Concessionária incluem o mon-
3.352.990.053 12.431.665.635 tante de AOA 195.069.121 milhares, referente a posição devedora com os grupos em-
167.624.238.582 104.948.135.495 preiteiros (underlift) a data de 31 de Dezembro de 2017.

A linha de encargos – custos com pessoal refere-se facturas não foram recepcionadas à data de relato. 23. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
essencialmente a encargos com férias e subsídios a Os trabalhos de requalificação e obras em questão
liquidar aos colaboradores em 2018. estão essencialmente relacionados com melhorias O quadro abaixo enuncia as prestações de serviços por actividade e natureza durante 2017.
nos Condomínios, o Hotel Eixo-Viário e o parque de
O aumento verificado na linha de encargos – con- estacionamento do Mutu-Ya-Kevela. Rubricas 2017 2016

sultoria está relacionada com o aumento da procura Aluguer de aeronaves 18.156.142.362 36.143.615.543
de serviços de consultoria em 2017 e por outro lado, A linha de encargos – docagem e frete corresponde Fretes de navios 50.994.093 4.704.087.512
pelo processo de validação e reconhecimento factu- aos acréscimos de custos para docagem dos navios Serviços de comunicação 9.460.280.806 12.962.068.904
ras já emitidas. das frotas Suezmax e LNG, bem como dos navios não Serviços de saúde e assistência médica 7.461.795.146 12.022.556.397
pertencentes ao Grupo, mas cuja responsabilidade Actividades de formação 1.859.624.217 2.089.414.656
As linhas de Encargos – Actividade Mineira referem- de efectuar a docagem recai sobre o Grupo ao abrigo Serviços integrados de logística - 47.683.212.923
-se à especialização de encargos decorrentes da dos contratos de “Bare boat” celebrados. Gestão Fundo de Pensões 562.582.319 1.066.316.960
actividade mineira (petróleo e gás).
Outros 1.892.019.408 2.216.533.725
A variação verificada nos proveitos diferidos - factu-
Prestações de serviços - Mercado Interno 39.443.438.351 118.887.806.622
A rubrica de Encargos – Obras e Aquisição de Con- ração, está essencialmente relacionada com redução
Aluguer de aeronaves 4.874.708.079 8.987.939.487
domínios encontra-se relacionada com trabalhos da actividade no segmento Non-Core.
Fretes de navios 21.450.357.848 24.764.035.411
de requalificação realizados por fornecedores cujas
Arrendamento imóveis 538.146.481 584.300.539
Prestações de serviços - Mercado Externo 26.863.212.408 34.336.275.437
66.306.650.759 153.224.082.059

A redução na linha Aluguer de aeronaves está rela- A redução na linha Serviços integrados de logística é
cionada com as restrições impostas pela industria da explicada pela saída da SONILS LDT do perímetro de
aviação, quanto à operacionalidade dos helicópteros consolidação conforme nota 2.1.4.
Super-puma H225.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
164 165

24. OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS 26. ENTREGAS AO ESTADO DAS VENDAS DA CONCESSIONÁRIA
O quadro abaixo enuncia os outros proveitos operacionais durante 2017. O quadro abaixo resume as Entregas ao Estado das vendas da Concessionária Nacional:

Rubricas 2017 2016 Receita da Concessionária 2017 2016


Serviços suplementares 3.318.706.988 4.535.774.076 Entrega de Vendas ao Estado
Management fees 48.788.547 55.543.761 Concessionaria - Bloco 2-05 400.420.798 343.871.398
Refacturação custos operacionais (Combustível) - 2.517.909.635 Concessionaria - Bloco 3-05 23.409.612.367 28.694.241.944
Injecção de gás no bloco 17 - 98.781.516 Concessionaria - Bloco 3-05A 629.232.683 120.668.141
Royalties 75.735.552 10.201.857 Concessionaria - Bloco 4-05 1.410.488.005 1.549.580.352
Gestão imobiliária (Hotéis) 1.284.108.258 1.313.675.364 Concessionaria - Bloco 14 65.289.848.617 60.175.259.766
Outros proveitos e ganhos operacionais 20.053.770.099 6.360.674.799 Concessionaria - Bloco 15 293.376.404.610 287.803.591.842
24.781.109.444 14.892.561.009 Concessionaria - Bloco 15/06 27.018.593.170 14.547.011.885
Concessionaria - Bloco 17 584.259.776.733 392.612.882.310
Concessionaria - Bloco 18 71.150.181.441 80.026.213.216
O montante de AOA 75.735 milhares refere-se a royalties cobrados à Oil & Gas Provi-
Concessionaria - Bloco 31 31.426.441.607 29.262.752.709
ders pela venda de garrafas de gás com a marca do Grupo (Sonagás).
Concessionaria - Bloco Cabinda Sul 303.323.130 265.395.964

Os serviços suplementares estão relacionados essencialmente com os débitos 1.098.674.323.161 895.401.469.527

efectuados para compensação de custos técnicos incorridos pelo gestor técnico dos Posição final dos levantamentos de crude enquanto Concessionaria
navios da frota LNG. Entregas à Concessionária - UnderLift 185.716.912.340 -
Entregas à Concessionária - OverLift 18.187.816.473 -
203.904.728.813 -

25. VARIAÇÃO NOS PRODUTOS ACABADOS E EM VIAS DE FABRICO


1.302.579.051.974 895.401.469.527

O quadro abaixo enuncia os movimentos nos produtos acabados e em vias de fabrico, em 2017. Este valor corresponde à diferença entre as receitas re- As linhas de underlift e overlift refletem o exercício da
sultantes da venda de petróleo bruto – direitos da Con- actividade de Concessionária Nacional, em que o Grupo
Rubricas 2017 2016 cessionária e a margem da Concessionária Nacional, de tenha efectuado levantamentos da quota parte do profit
Produtos acabados e intermédios (818.890.956) 908.098.645 acordo com a Lei 13/13 de 7 de Março, Capítulo IV, artigo oil afecto ao Estado angolano, abaixo (Underlifting) ou
Under/overLift 841.046.973 3.218.676.389 8.º, é definida em 7% e calculada com base no preço do acima (Overlifting) dos seus direitos calculados de acor-
Direitos da Concessionária 11.266.160.258 (290.196.788) barril do Orçamento Geral do Estado de 2017. do com o contrato de partilha de produção (CPP).
11.288.316.275 3.836.578.246

27. CUSTOS DAS EXISTÊNCIAS VENDIDAS


E DAS MATÉRIAS-PRIMAS CONSUMIDAS
O quadro abaixo enuncia os custos das existências vendidas e das matérias-pri-
mas e subsidiárias consumidas em 2017.

Rubricas 2017 2016


Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 8.377.052.863 (34.208.982.978)
Mercadorias 393.455.055.547 421.593.097.552
401.832.108.410 387.384.114.574

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
166 167

27A. CUSTOS DA ACTIVIDADE MINEIRA Os custos de pesquisa e produção reduziram em operadoras a nível nacional e maior rigor do Grupo
2017, tendo como principais razões a política de no controlo de custos incorridos com os diversos
O quadro abaixo enuncia os custos da actividade mineira durante 2017. optimização de custos implementada em 2017 pelas fornecedores.

Rubricas 2017 2016


Custos de pesquisa 2.599.036.254 7.765.571.323
Custos de produção 200.988.209.374 204.254.546.456 28. CUSTOS COM O PESSOAL
Taxas aduaneiras 4.232.649.900 3.871.530.239
Despesas de comercialização - (1.607.628.983) O quadro abaixo enuncia os custos com o pessoal em 2017.
Taxa Produção (royalties) 67.273.008.014 50.792.667.994
Rubricas 2017 2016
Outros 2.414.682 -
Ordenados, salários e outras rem. adicionais 123.705.741.595 131.069.177.412
275.095.318.224 265.076.687.029
Serviços extraordinários 185.538.424 257.866.190
Subsídio de turno de função 671.155.732 749.399.790
A redução registada nas rubricas de Custos de Pesquisa e de Produção Activi- Despesas com formação 1.586.303.360 2.101.176.835
dade Mineira está influenciada pelo efeito cambial da desvalorização do kwanza Abono de família 256.066.257 452.088.193
(AOA) face ao dólar (USD). Encargos com a segurança social 4.873.564.801 4.869.304.136
Festas de confraternização e acção social 190.041.950 1.877.307.517

27A.1. DETALHE DOS CUSTOS DE PESQUISA E PRODUÇÃO. Despesas de estadia 897.849.195 784.133.317
Encargos com seguros 1.143.703.467 1.473.567.501
Benefícios pós-emprego 16.766.650.240 3.870.632.445
O quadro abaixo enuncia os custos de pesquisa e produção durante 2017.
Fardamentos 2.309.999 2.926.325
2017 2016 Outros custos com pessoal 2.673.720.820 10.380.878.523
Rubricas Produção Pesquisa Total Total 152.952.645.840 157.888.458.184
Bloco 0 92.396.994.310 - 92.396.994.310 83.329.325.350
FS/FST 6.989.071.070 79.802.001 7.045.531.359 6.379.115.365
B03.05 13.268.760.102 - 13.268.760.102 12.551.023.032 Gastos com benefícios pós-emprego
B03.05A 583.310.821 - 583.310.821 620.696.440 O gasto total com benefícios pós-emprego reconhecido na rubrica de Gastos com
B04.05 6.006.551.825 (3.667.527) 6.002.884.298 2.896.476.374 o Pessoal e a respectiva decomposição é a indicada no quadro seguinte:
B05.06 4.285.859 112.582.233 116.868.092 2.756.663.030
Plano de Pensões Sonangol Plano de Saúde Sonangol Plano de Pensões ENSA
B09.09 652.312 404.364 1.056.676 (29.401.257)
Benefício definido Benefício definido Benefício definido Total
B14.00 8.280.490.437 131.725 8.280.622.162 17.820.807.022
Custo líquido de 2016
B14.KU 588.205.882 - 588.205.882 1.415.390.863
Custo dos serviços correntes - - 194.255.483 194.255.483
B15.06 32.609.708.612 254.113.950 32.863.822.562 21.612.709.740
Custo dos juros 3.427.767.216 - 500.550.923 3.928.318.139
B17.06 2.802.236 19.629.572 22.431.808 27.348.698
Retorno esperado dos activos do plano - - (251.941.177) (251.941.177)
B18.06 - -822.435 (822.435) 35.285.839
Total 3.427.767.216 - 442.865.229 3.870.632.445
B21.09 115.545.960 456.114.359 571.660.319 1.150.708.995
Custo líquido de 2017
B22.11 - 490.586.076 490.586.076 505.085.627
Custo do serviço corrente - 4.875.169.530 223.115.461 5.098.284.991
B31.00 38.406.878.534 - 38.406.878.534 41.164.862.399
Custo de juros 3.983.206.196 7.392.556.734 532.495.402 11.908.258.332
B32.00 499.608.646 214.846.155 714.454.801 573.779.846
Retorno esperado dos activos do plano - - (239.893.083) (239.893.083)
B35.11 - 208.850.071 208.850.071 276.176.928
Total 3.983.206.196 12.267.726.264 515.717.780 16.766.650.240
B36.11 - 145.978.087 145.978.087 377.136.941
B37.11 - 111.668.775 111.668.775 410.600.999
BOC.ST 954.939.864 - 954.939.864 1.011.810.237
GEP -Total 597.818 - 597.818 437.559
Outros 279.805.085 - 279.805.085 15.406.830.517
SHI CUBA - 508.818.849 508.818.849 1.703.693.650
TOTAL 200.988.209.374 2.599.036.254 203.587.245.628 212.020.117.779

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
168 169

29. AMORTIZAÇÕES 31. RESULTADOS FINANCEIROS


O quadro abaixo enuncia os custos com amortizações em 2017. O quadro abaixo enuncia os resultados financeiros a 31 de Dezembro de 2017.

Rubricas 2017 2016 Rubricas 2017 2016


Imobilizações corpóreas 52.891.750.691 68.819.328.565 Proveitos e ganhos financeiros:
Imobilizações incorpóreas 938.491.053 1.093.802.641 Juros Obtidos 44.014.528.403 37.705.793.018
Imobilizado Actividade Mineira - desenvolvimento 350.239.436.329 250.590.987.784 Rendimentos de investimentos em imóveis 190.139.844 2.237.194.078
Imobilizado Actividade Mineira – abandono 20.942.060.285 49.084.862.295 Ganhos em investimentos e activos financeiros 67.445.309.384 3.123.663.963
425.011.738.358 369.588.981.285 Ganhos na alienação de participações financeiras 12.466.431.918 -
Descontos de pronto pagamento obtidos 33.694 342.818.574
Outros proveitos financeiros 540.341.947 8.093.348.544

30. OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS 124.656.785.190 51.502.818.177


Custos e perdas financeiras:
Encargos com juros (58.139.414.667) (36.536.545.181)
O quadro abaixo enuncia os outros custos e perdas operacionais a 31 de Dezembro de 2017.
Despesas bancárias (629.222.922) (3.522.325.031)
Rubricas 2017 2016 Encargos com financiamentos (2.084.275.000) (2.587.538)
Água e electricidade 667.192.018 967.440.132 Perdas em investimentos e activos financeiros (1.982.309.031) (52.260.941.253)
Assistência técnica 1.902.095.586 5.055.663.425 Perdas na alienação de aplicações financeiras - (525.066.294)
Auditores e consultores 21.779.702.534 13.286.341.786 Juro de abandono (13.595.963.318) (11.204.759.629)
Combustíveis e lubrificantes 2.202.434.149 5.364.602.168 Juros de mora (custo) (26.490.731.296) (7.446.500.502)
Comissões e intermediários 146.740.036 343.059.526 Outros custos financeiros (248.622.156) (67.776.466)
Comunicação 4.105.898.628 6.971.350.338 (103.170.538.390) (111.566.501.894)
Conservação e reparação 12.554.695.071 16.605.831.519 Diferencias de câmbio (líquido) 45.548.289.241 6.031.441.031
Contencioso e notariado 483.409.093 370.463.717 67.034.536.041 (54.032.242.686)
Deslocações e estadas 1.262.290.351 424.496.808
Despesas de representação 171.811.434 887.927.720
Géneros alimentícios e refeições 422.815.636 3.062.986.763
Os encargos com juros incluem o montante de variação de justo valor deste investimento financei-
Honorário e avenças 1.709.674.134 2.691.628.474 AOA 56.157.930 milhares, sobre os quais não foram ro originou uma perda de AOA 48.667.297 milhares
Impostos e taxas 19.682.183.018 20.422.507.986 capitalizados quaisquer montantes no ano (AOA registada na rubrica de Perdas em investimentos e
Livros e doc. Técnica 36.441.913 87.817.329 71.131.979 milhares em 2016, dos quais foram capi- activos financeiros.
Material de escritório 697.089.681 934.644.770 talizados 35.836.369 milhares de AOA), referentes aos
Material de higiene e conforto 3.433.396.419 2.774.786.055 encargos financeiros decorrentes dos empréstimos A rubrica de Juros de Mora (custo) no montante de
Material informático 4.075.712.248 5.037.984.676 apresentados na Nota 15. AOA 26.490.731 milhares (AOA 7.446.501 milhares em
Ofertas e donativos 29.964.409 96.793.844 2016) encontra-se relacionada com os atrasos nos
Publicidade e propaganda 3.698.739.197 4.482.361.150
A rubrica Ganhos em investimentos e activos finan- pagamentos a fornecedores.
Rendas e alugueres 9.021.950.716 12.234.660.736
ceiros inclui o montante de AOA 54.972.191 milhares
referente às variações de justo valor do Investimento
Seguros 2.552.122.064 4.791.056.021
financeiro (Millennium BCP), em 2017. Em 2016, a
Serviços de vigilância e segurança 6.428.784.794 7.103.231.146
Subcontratos 14.052.774.449 21.832.724.376
Trabalhos especializados 17.920.675.382 34.898.138.097
Operação Houston Express 5.819.945.942 6.740.564.765
Cobranças aos Blocos / Operação e manutenção de navios 20.987.105.670 24.173.368.579
Outros-FST 13.757.247.601 23.070.858.270
169.602.892.173 224.713.290.176

A rubrica de Outros custos e perdas operacionais reduziu em cerca de 25% face ao exercí-
cio anterior, sustentado fundamentalmente pela política de redução de custos e de renego-
ciação de contratos dos principais fornecedores do Grupo.

RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
170 171

32. RESULTADOS DE INVESTIMENTOS EM PARTICIPADAS 33. RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS


O quadro abaixo enuncia os resultados de filiais e associadas que resultam dos dividendos O quadro abaixo enuncia os resultados não operacionais a 31 de Dezembro de 2017.
distribuídos por empresas participadas em 2017.
Rubricas 2017 2016
Empresas participadas 2017 2016 Proveitos e ganhos não operacionais:
BAI 1.331.811.870 411.202.708 Reposição de provisões - existências 793.240.819 28.754.980.903
Banco Caixa Geral Totta Angola 1.363.985.836 1.169.033.832 Reposição de provisões - Cobrança duvidosa 70.299.620.304 6.295.710.968
Enco 105.567.966 106.660.565 Reposição de provisões - Processos judiciais - 183.547.447
Esperaza 14.699.306.700 - Reposição de provisões - Garantias a clientes - 23.400
Kwanda 194.939.996 42.038.808 Reposição de provisões - Fundo abandono 586.279 39.111.952.782
Mota Engil 295.234.450 355.012.600 Reposição de provisões - Contingências fiscais 4.512.520.668 (269.104)
Puma Energy 1.100.543.437 - Reposição de provisões – Outras 5.192.374.656 20.088.525.219
Sonadiets 259.640.683 428.185.889 Ganhos em imobilizações 85.041.197.092 277.266.772.694
Sonagalp 872.371.701 - Ganhos em existências 3.798.981.825 2.281.721.037
Sonasing Kuito 100.049.400 - Recuperação de dívidas - 3.030.804.010
Sonasurf 1.278.038.580 1.642.866.120 Outros proveitos e ganhos não operacionais 17.057.804.651 38.714.163.969
ALNG FLEET MANAGEMENT 17.211.752 - 186.696.326.294 415.727.933.326
Sonasing OPS 833.725.000 - Custos e perdas não operacionais:
22.452.427.371 4.155.000.522 Provisões – existências (2.966.434.808) (6.950.983.259)
Provisões - Cobrança duvidosa (42.017.798.300) (89.691.188.349)
Provisões - Processos judiciais (71.082.899) (65.389.055)
Provisões - Contingências fiscais (30.826.198.976) (11.066.236.118)
Provisões Acidentes de trabalho (240.286) -
Provisões – Outras (351.701.451) (3.433.508.761)
Amortizações extraordinárias (589.448) -
Perdas em imobilizações (231.144.917.485) (197.279.462.101)
Perdas em existências (5.092.348.777) (4.472.060.699)
Dívidas Incobráveis (62.734.390) (47.834.407.663)
Outros custos e perdas não operacionais (32.390.428.939) (33.107.231.100)
(344.924.475.759) (393.900.467.104)
Correcções relativas a períodos anteriores (12.621.421.581) (30.356.046.206)
(170.849.571.046) (8.528.579.984)

A rubrica de Ganhos em imobilizações inclui o montante de AOA 84.822.931 milhares referente a reversões
de imparidades de activos mineiros, decorrentes dos testes de imparidade realizados no exercício, conforme
divulgado na Nota 4A.

Em 2017 o Grupo reconheceu em Resultados não operacionais, perdas por imparidade de activos onde desta-
camos as seguintes:

• Imparidades de propriedades não provadas de petróleo e gás (AOA 158.411.550 milhares);

• Áreas de desenvolvimento (Poços) sem viabilidade económica “unsuccessful” (AOA 44.047.390 milhares);

• Imparidade da Central de Ciclo Combinado ( AOA 22.174.485 milhares).

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34. RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 37. CONTINGÊNCIAS


O quadro abaixo enuncia os resultados extraordinários a 31 de Dezembro de 2017. No decurso normal da actividade do Grupo existem vencional contra a PT Ventures SGPS, S.A., em valor
contingências de risco possível de natureza fiscal, a determinar pelo Tribunal, com base no justo valor
Rubricas 2017 2016 administrativa e laboral, envolvendo clientes, for- de mercado das acções das Rés no capital social da
Proveitos e ganhos extraordinários necedores, autoridades fiscais e empregados. As Unitel, S.A.
Sinistros 2.496.953 1.079.742 contingências cujas perdas foram estimadas como
Outros proveitos e ganhos extraordinários 2.256.302.347 77.393.575 possíveis não requerem a constituição de provisões e Tendo por base a avaliação efetuada pelos seus
2.258.799.300 78.473.316 são periodicamente reavaliadas. De seguida apresen- assessores legais, nomeadamente o facto de não
2.258.799.300 78.473.316 ta-se as contingências possíveis mais significativas: se prever como provável um desfecho desfavorável
relativamente ao referido processo, o Conselho de
Arbitragem PT Venture Administração classificou este processo como um
Em 2016um dos accionistas da UNITEL, a PT Ven- passivo contingente (risco possível), não tendo por-
tures, SGPS, SA, colocou em tribunal uma acção tanto sido registada qualquer provisão relativamente
35. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO de condenação contra os restantes accionistas da a este processo a 31 de Dezembro de 2017.
sociedade Unitel, S.A. (incluindo a Mercury-MSTele-
O quadro abaixo enuncia o detalhe do custo imposto sobre o rendimento a 31 de Dezembro de 2017. com - Serviços de Telecomunicações, S.A.), devido a Contingências fiscais
um alegado incumprimento de um Acordo Parasso- A 31 de Dezembro de 2017 existia um conjunto de
Rubricas 2017 2016 cial celebrado entre as partes, nomeadamente o não contingências fiscais possíveis decorrentes de ins-
Imposto de rendimento de petróleo 61.152.057.652 34.348.193.431 pagamentos dos dividendos atribuídos em exercícios pecções fiscais e outras situações que se encontram
Imposto do ano - Imposto Industrial 31.708.122.829 48.952.240.441 anteriores àquele accionista. em litígio com o Estado. Conforme referido na nota
Outros impostos 929.523.101 767.942.045 9.5.1 encontra-se em fase final a reconciliação das
93.789.703.582 84.068.375.918 Em 31 de Dezembro de 2017, este litígio de natureza dívidas, não petrolíferas, entre o Grupo e o Ministério
cível corre os seus trâmites no Tribunal Arbitral da das Finanças, que deverá culminar com a celebração
Câmara de Comércio Internacional de Paris, onde se de um acordo da posição da dívida histórica entre as
encontra em fase de alegações finais. partes e a definição de modelo de regularização de
tais saldos.
36. RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS E NÃO De salientar igualmente que, as Rés intentaram
REFLECTIDAS NO BALANÇO perante o mesmo Tribunal Arbitral um pedido recon-

A 31 de Dezembro de 2017 o Grupo assumiu responsabilidades não reflectidas no


balanço, cujas mais significativas se apresentam seguidamente:
38. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DE BALANÇO
• Aquisição de dois navios sonda no montante de USD 902 milhões;
Após a data de balanço foram verificados os se-
• Tal como referido na nota 38, o Grupo tem o compromisso de pagar USD guintes acontecimentos relevantes com potenciais É ainda convicção do Conselho de Administração, que
500 milhões para aquisição do interesse participativo em blocos detidos pela impactos nas Demonstrações financeiras do Grupo: a concretização do negócio oferece inúmeras oportu-
Cobalt; nidades para o Grupo, atendendo às perspectivas fa-
Aquisição de interesses participativos voráveis verificadas do mercado e os diplomas legais
• Nos termos dos contratos com os Grupos Empreiteiros nos quais o Grupo Em finais de 2017 o Grupo concluiu um acordo (Decretos Legislativos Presidenciais nº 5/18, 6/18 e
Sonangol detém interesses participativos, o Grupo tem que fazer face a cash amigável com a Cobalt International Energy, Inc. 7/2018) recentemente aprovados, sobre os termos
calls solicitados pelo operador dos blocos em questão. colocando fim ao litígio instaurado por esta entidade fiscais e financeiros para as concessões petrolíferas.
contra a Sonangol em 8 de Maio de 2017.
Serviços Aéreos
O acordo celebrado prevê a transferência definitiva Em 29 de Abril de 2016 um helicóptero do tipo Super
dos interesses participativos detidos pela Cobalt Puma H225, operado pela empresa CHC Helicopter
International Energy, Inc. de 40% em cada um dos Services esteve envolvido em um acidente fatal no
blocos 20/11 e 21/09, para a esfera do Grupo, após a Mar do Norte (Noruega). Em decorrência do acidente,
realização do último pagamento no montante de USD as autoridades da aviação civil da Noruega e Reino
500 milhões. Este pagamento foi realizado no dia 11 Unido, instauraram de imediato um inquérito, coor-
de Junho de 2018, tendo a transferência dos referidos denado pela Accident Investigation Board Norway
interesses participativos para o Grupo Sonangol sido (“AIBN”), determinando a imediata suspensão de
concretizada nessa data.

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todas as operações comerciais de passageiros com Desvalorização cambial do Kwanza business tendo por base a necessidade de tornar Blocos 20/11 e 21/09, bem como da posição de
aeronaves do tipo Super Puma (H225 e AS332 L2) Verifica-se em 2018 uma desvalorização muito a Sonangol mais competitiva e rentável, com foco Operador;
na Noruega e Reino Unido, tendo sido seguida pelas significativa da cotação cambial do AOA face ao na cadeia primária. E nesta conformidade, em 2018
autoridades da aviação civil da União Europeia (EASA) USD e face ao Euro. Esta situação, de acordo com foram celebrados um conjunto de acordos com • Assinatura do acordo com a Operadora Petrolí-
e angolana (INAVIC). as normas contabilísticas, deve ser divulgada e não entidades de elevada reputação com o objectivo de fera norueguesa Equinor (ex. Statoil), que instala o
ajustada nas demonstrações financeiras de 31 de imprimir maior dinâmica ao Grupo, dentre os quais compromisso, entre as partes, de desenvolver uma
O relatório preliminar da AIBN de 28 de Abril de Dezembro de 2017. Caso fosse ajustável, teria um destacamos: maior cooperação nas áreas de gestão, logística,
2017 aponta que o acidente foi resultado de questões impacto na mensuração de activos e passivos cuja financeira, científica, pesquisa, desenvolvimento e
mecânicas. moeda nominal seja diferente do AOA. • A celebração do acordo de assistência técni- operações no sector petrolífero;
ca e financeira para o sector da refinação, com
A SonAir como operadora de 16 (dezasseis) aero- Serviços Aéreos – Encerramento da rota US Ex- o objectivo de optimizar a Refinaria de Luanda, • A celebração de um acordo com a Total E&P
naves do tipo Super Puma, das quais 12 (doze) do press e venda de aeronaves através da instalação da unidade de Platforming, Angola para o fornecimento de gasolina ao merca-
modelo H225 sua propriedade e 4 (quatro) do modelo No decorrer do exercício de 2018, foi determinado bem como a prestação de serviços de assistência do nacional.
AS332 L2 propriedade de terceiros, apresentou a 26 pela Administração o fim da operação Houston Ex- técnica visando o melhoramento da fiabilidade do
de Abril de 2018 uma acção junto do Tribunal Comer- press a partir de 29 de Março de 2018 e a consequen- processo de produção, sua qualidade e o aumento É convicção do Conselho de Administração, que a
cial de Marseille reclamando, com referência a Abril te alienação das aeronaves Boeing 747 que serviam da capacidade de produção de gasolina; concretização dos acordos acima oferece inúmeras
de 2018, uma compensação de USD 1,27 mil milhões a referida rota. No entender da Administração, o oportunidades para o Grupo e permitirá garantir
correspondentes, fundamentalmente, mas não se encerramento da operação Houston Express não • Assinatura do memorando de entendimento maior retorno ao accionista.
limitando, a i) perdas de exploração pela ausência da implica quaisquer impactos nas demonstrações fi- entre a Sonangol E.P. e as companhias de aviação
operação de helicópteros, ii) custos operacionais de nanceiras com referência a 31 de Dezembro de 2017, luxemburguesa Helicónia, e canadiana CHC;
manutenção, seguros e outros suportados e iii) valo- para além dos já contabilizados e / ou divulgados.
res recebidos pela Airbus em contrapartida da venda • Realização do data showroom de cessão parcial
dos helicópteros. Alienação do interesse participativo dos interesses participativos da Sonangol nos
no Bloco 20/11 e 21/09
Cessão da participação na Sonangol P&P Iraque No decorrer do exercício de 2018, o Grupo apre-
Em 2018 a Sonangol entrou num Contrato de Compra sentou uma oferta pública de alienação parcial dos
e Venda com o Grupo Vertex Capital Investments para interesses participativos detidos nos Blocos 20/11 e
a cessão de 86% da participação detida na Sonangol 21/09 bem como da posição de Operador dos refe-
P&P Iraque, empresa sediada nas ilhas Cayman e ridos blocos, com vista a reduzir a sua exposição e
que detém, via sucursal constituída no Iraque, inte- obter maior eficiência operacional. A data de aprova- 39. AUXÍLIO DO GOVERNO E OUTRAS ENTIDADES
resses participativo em dois campos petrolíferos no ção das contas este processo encontrava-se em fase
Iraque. Este acordo prevê que o Grupo Vertex passe de avaliação das propostas recebidas durante os data Em 2017 o Grupo não beneficiou de qualquer auxílio do Governo ou de outras entidades.
a financiar a totalidade das operações, ou seja, a showrooms realizados em Luanda e Houston-Texas,
Sonangol estará num regime de full carry. De referir sendo expectável que o valor de venda seja superior
ainda que o acordo prevê que a Sonangol venha a ser ao valor líquido contabilístico dos interesses partici-
ressarcida pelos investimentos já realizados até esta pativos nestes blocos. 40. SALDOS E TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS
data. A boa prossecução deste acordo encontra-se
dependente de i. conclusão da due diligence realiza- Programa de Regereneração Os saldos e transacções com entidades relacionadas foram anulados no processo de conso-
da pelo Grupo Vertex e ii. consentimento formal por Em 2018 o Conselho de Administração aprovou o lidação, não existindo por isso saldos e transacções em aberto a 31 de Dezembro de 2017.
parte da National Oil Company do Iraque da transfe- Programa de Regeneração do Grupo Sonangol, que
rência das acções. Caso estas condições não venham mereceu a parecer favorável do Accionista único.
a ser cumpridas, o contrato será automaticamente Este programa visa regenerar o Grupo e maximi-
rescindido. zar o potencial dos activos com maior foco no core

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41. INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS


Não existem informações exigidas por diplomas legais.

42. GARANTIA DE FINANCIAMENTO


A Sonangol EP assume-se como o garante de um financiamento externo da República
de Angola junto de instituições financeiras internacionais. Estas garantias são efectiva-
das pela consignação de carregamentos/vendas de petróleo bruto, conforme as cláusu-
las contratuais.

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ANEXOS

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