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DE GESTÃO
& CONTAS
CONSOLIDADAS
2017
ÍNDICE GERAL RESUMIDO
1 MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO......................................................................................4
2 SONANGOL E.P.....................................................................................................................................................................8
00
2.1 MODELO EMPRESARIAL DA SONANGOL, E.P................................................................................................................10
2.2 GOVERNO CORPORATIVO...............................................................................................................................................14
3 SÍNTESE DO DESEMPENHO................................................................................................................................................18
3.1 SUMÁRIO EXECUTIVO....................................................................................................................................................20
3.2 DESEMPENHO OPERACIONAL – EBITDA.......................................................................................................................21
3.3 DESEMPENHO OPERACIONAL – RESULTADO LÍQUIDO................................................................................................22
3.4 INVESTIMENTOS............................................................................................................................................................22
4 DESEMPENHO POR SEGMENTO DE NEGÓCIO.....................................................................................................................24
4.1 CONCESSIONÁRIA.........................................................................................................................................................26
ÍNDICE GERAL
4.1.1 EXPLORAÇÃO........................................................................................................................................................27
4.1.2 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO & GÁS.............................................................................................................30
RESUMIDO
4.1.3 GESTÃO ECONÓMICA DAS CONCESSÕES.............................................................................................................39
4.1.4 EXPORTAÇÕES DA CONCESSIONÁRIA..................................................................................................................40
4.2 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR – SEGMENTO UPSTREAM...............................................................................................42
4.2.1 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO DA SONANGOL INVESTIDORA.......................................................................42
4.2.2 PRODUÇÃO DE GÁS DA SONANGOL E.P................................................................................................................43
4.3 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR – SEGMENTO MIDSTREAM..............................................................................................44
4.3.1 NEGÓCIO DE REFINAÇÃO......................................................................................................................................44
4.3.2 NEGÓCIO DE TRANSPORTE DE PETRÓLEO BRUTO, REFINADOS E GÁS...............................................................47
4.4 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR SEGMENTO DOWNSTREAM...........................................................................................48
4.4.1 NEGÓCIO DE LOGÍSTICA........................................................................................................................................49
4.4.2 NEGÓCIO DE DISTRIBUIÇÃO.................................................................................................................................51
4.4.3 COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL..................................................................................................................53
4.5 NEGÓCIOS NÃO NUCLEARES.........................................................................................................................................57
4.5.1 AVIAÇÃO – SONAIR................................................................................................................................................57
4.5.2 TELECOMUNICAÇÕES – MSTELCOM.....................................................................................................................58
4.5.3 SAÚDE - CLÍNICA GIRASSOL.................................................................................................................................59
4.5.4 GESTÃO IMOBILIÁRIA - SONIP..............................................................................................................................60
4.5.5 FORMAÇÃO – ACADEMIA SONANGOL...................................................................................................................61
4.6 CORPORATIVO & FINANCEIRO......................................................................................................................................62
4.6.1 FINANCIAMENTOS................................................................................................................................................62
4.6.2 RECURSOS HUMANOS..........................................................................................................................................62
4.6.3 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS CORPORATIVOS....................................................................................................64
5 COMPROMISSO COM A SOCIEDADE....................................................................................................................................66
6 PERSPECTIVAS PARA O FUTURO........................................................................................................................................70
6.1 NOVA PRODUÇÃO..........................................................................................................................................................72
6.2 REFINAÇÃO....................................................................................................................................................................73
6.3 PROGRAMA DE REGENERAÇÃO.....................................................................................................................................73
7 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS......................................................................................................................74
7.1 RESULTADOS E PROPOSTA DE APLICAÇÃO..................................................................................................................76
8 ACRÓNIMOS E SIGLAS........................................................................................................................................................78
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
01
MENSAGEM DO PRESIDENTE DO
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
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01
MENSAGEM DO PRESIDENTE DO
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
O ano 2017, para a Sonangol, E.P. tendo como principais objectivos retomarem as actividades de ex- Todas estas realizações não te-
e Subsidiárias revelou-se bastante regenerar a empresa, visando ploração petrolífera, optimizarem riam sido possíveis sem o voto de
favorável, na medida em que o transformá-la numa Companhia a produção e transferirem conhe- confiança concedido pelo nosso
mercado internacional recuperou Nacional de Petróleos integrada e cimento aos quadros nacionais. accionista e o esforço abnega-
do elevado declínio de anos ante- eficiente, focada na cadeia primá- do dos nossos colaboradores,
riores, como resultado da melho- ria de valor e desencadear esfor- Realizámos o concurso público parceiros de negócio, clientes
ria dos fundamentos da procura e ços para aumentar a capacidade para a selecção de investidores e fornecedores, que muito têm
oferta de petróleo bruto, aliado ao interna de produção de derivados para os projectos de construção contribuído para o fortalecimento
crescimento económico registado de petróleo. de uma grande refinaria, a ser da companhia.
na economia mundial. construída na cidade do Lobito e
Desde então, o actual Conselho uma pequena refinaria, na provín- Entrámos num novo ciclo em que
A produção de petróleo bruto em de Administração deu passos cia de Cabinda. iremos primar pelo realinhamento
Angola ascendeu a 595.810.124 significativos para o relançamento da empresa ao seu core business,
barris, equivalentes a uma média da imagem da Sonangol, en- Foram lançadas as bases para para alcançar uma maior eficiên-
diária de 1.632.357 barris. Compa- quanto Concessionária Nacional a reestruturação da Sonangol, cia e eficácia do desempenho
rativamente ao período homólogo, e companhia petrolífera credível, mediante o Programa de Regene- organizacional, com a contribui-
o volume de produção alcançado assim como para relançar a acti- ração, programa este, extensivo e ção de todos os colaboradores.
decresceu em 5%. Este decrésci- vidade de exploração e produção abrangente, que inclui a análise e Para tal, deveremos pautar-nos
mo é explicado pelos constrangi- de petróleo bruto e gás natural, avaliação do negócio de explora- nas nossas actividades diárias
mentos operacionais nos prin- aproximando-se dos principais ção e produção de petróleo, a refi- pela humildade, muita dedicação,
cipais blocos em produção, pelo intervenientes do sector. nação de petróleo bruto, o negócio disciplina, seriedade, protecção
decréscimo da actividade na in- de gás natural liquefeito e gás da informação, conhecimento,
dústria petrolífera angolana e pela Participámos activamente nos de petróleo liquefeito, a logística capacidade, flexibilidade, traba-
falta de sancionamento de novos Grupos de Trabalho para discus- de combustíveis, a distribuição lho em equipa, rigor na análise e
projectos de desenvolvimento. são de assuntos considerados e comercialização de derivados, ponderação na tomada de decisão
fundamentais para a melhoria do a continuidade dos negócios, as e firmeza para compreender todos
Todavia, o aumento verificado desempenho do sector petrolífero finanças corporativas, os negócios os intervenientes da indústria.
nos preços de exportação das nacional, designadamente o prin- não nucleares, os investimentos e
ramas petrolíferas, na ordem dos cípio de tolerância e flexibilidade o enquadramento regulatório. Em nome do Conselho de Admi-
19%, mais do que compensou o contratual, a actividade explora- nistração agradeço e reafirmo o
declínio. O Resultado Líquido do tória dentro das áreas de desen- O Programa de Regeneração terá compromisso de continuar empe-
Exercício foi de 27,25 mil milhões volvimento, a desburocratização uma duração de 30 meses, com nhado em garantir a estabilidade
de kwanzas, correspondente a um dos concursos públicos, a norma- acções concretas implementáveis e a sustentabilidade da Sonangol,
aumento de 107%, face a 2016, re- lização dos fundos de abandono e a curto prazo e outras a longo reforçando o seu papel de baluarte
flectindo os ganhos da estratégia o regime jurídico que permitirá a prazo. Incluirá igualmente um da economia e do desenvolvimento
adoptada pela OPEP. monetização e desenvolvimento de programa de gestão da mudan- social do País.
recursos de gás. ça, digitalização e sistemas de
A indicação de um novo Conselho informação e transferência de
de Administração em Novembro Estabelecemos parcerias com as conhecimento através da Acade-
de 2017, foi recebida com gran- principais Operadoras do sector, mia Sonangol.
de sentido de responsabilidade, para entre diversos assuntos,
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SONANGOL E. P.
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SONANGOL E. P.
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Figura 1 Figura 2
A Sonangol, E.P. Como Empresa Integrada de Petróleo e Gás Matriz Empresarial da Sonangol, E.P.
Sonangol
Hidrocarbonetos Sonangol Sonangol Sonangol Sonangol
Internacional Gás Natural Logística Gás Natural Gás Natural
Corporativo e Financeiro
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CARLOS SATURNINO
PRESIDENTE DO CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRADORES EXECUTIVOS
SEBASTIÃO MARTINS ALICE SOPAS BALTAZAR MIGUEL LUÍS MARIA ROSÁRIO ISAAC CARLOS PINTO
ADMINISTRADORES NÃO-EXECUTIVOS
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PRESIDENTE DO CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO (PCA)
CARLOS SATURNINO
SONANGOL PESQUISA E PRODUÇÃO, SA GABINETE DO PRESIDENTE SONANGOL COMERCIALIZAÇÃO SONANGOL HOLDINGS, LDA
(SNL, P&P) DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (GPCA) INTERNACIONAL (SONACI) JOSINA BAIÃO MAGALHÃES
RICARDO VAN-DESTE (INTERINO) JANUÁRIO VICENTE LUÍS PEDRO MANUEL
DIRECÇÃO DE RECURSOS
HUMANOS (DRH) SONANGOL FINANCE
MARIA DO ROSÁRIO VIEGAS
SONANGOL INVESTIMENTO LUXERVIZA, LDA SONANGOL INTEGRATED LOGISTIC GABINETE DE ARQUIVO PETRO ATLÉTICO
QUICOMBO SUPORTE LOGÍSTICO INDUSTRIAIS (SIIND) (GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA) SERVICE (SONILS) E GESTÃO DE DADOS (GAD) TOMÁS FARIA
EUGÉNIO BRAVO DA ROSA JOÃO DA SILVA HELDER SOUSA ISABEL POLICARPIO DA SILVA
SONANGOL HIDROCARBONETO
CENTRO DE APOIO EMPRESARIAL (CAE) NÚCLEO DE PETROQUÍMICA INTERNACIONAL
JOB CONTREIRAS VASCONCELOS
FREDERICO FERRAZ DOMINGOS
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SÍNTESE DO DESEMPENHO
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desempenho da Sonangol, E.P. e 185% face ao ano anterior, devido internas, adquiriu-se do merca- 200.000 O EBITDA registado no segmento
das suas Subsidiárias, durante o ao bom desempenho da fábrica do do externo um total de 3.267.227 100.000 Downstream (Logística e Distribui-
ano de 2017, com realce para os Angola LNG. toneladas métricas de produtos 0
ção) atingiu os 148 mil milhões de
resultados alcançados nas diver- refinados, tendo a importação re- -100.000
Kwanzas, representando 24% do
-98.630
sas actividades programadas. De Janeiro a Dezembro de 2017 duzido 7% face ao período homó- Corporate Upstream Midstream Downstream Non Core Ajustamentos Total
total do exercício e registando um
foram processados pela Refinaria logo de 2016. & Financing Consolidação decréscimo de 37% face ao exercí-
No decorrer do ano 2017, a acti- de Luanda uma média de 52.159 cio anterior, devido essencialmen-
vidade de exploração em Angola barris de Petróleo Bruto por dia, Foram comercializadas no merca- te à diminuição do consumo de
resultou na conclusão de oito correspondente a uma taxa de do externo 198.301.082 barris de O EBITDA consolidado atingiu os média diária de 245 mil Bbls. produtos derivados.
programas de processamento sís- utilização de 80% da capacidade petróleo bruto, quantidade inferior 625.270 milhões de Kwanzas, um Relativamente à produção de gás,
mico, totalizando 13.766 Km2 de instalada. A produção total de refi- em 3% face ao ano de 2016, tendo crescimento de 19%, motivado em a Sonangol registou um aumen- As actividades de aprovisionamen-
sísmica 3D, bem como na perfura- nados atingiu as 2.473.434 tone- o preço médio das ramas angola- grande parte pelo desempenho to de 35% na produção de LPG, to e armazenagem registaram
ção de setenta e quatro (74) poços ladas métricas (incluindo o LPG), nas atingido os USD 54,06/Bbl. da actividade de Upstream, onde que passou de 277 mil toneladas um decréscimo de 10% e 22%,
de desenvolvimento, dos quais 3% abaixo da produção alcançada o aumento do preço do petróleo métricas para 373 mil toneladas respectivamente, devido à retrac-
cinquenta e três (53) produtores e no ano transacto. bruto foi o factor mais relevante, e métricas. ção no consumo de derivados.
vinte e um (21) injectores (poços pelo desempenho do Downstream. Internamente, a comercialização
de serviço). No período em análise, a So- Estes dois segmentos representa- Em 2017, o EBITDA imputado ao de produtos refinados registou
nangol transportou um total de ram, respectivamente, 87% e 24% segmento de Midstream (Refina- igualmente um decréscimo de
Durante o ano de 2017 foram 14.940.021 toneladas métricas do total do EBITDA de 2017. ção e Transporte) representou 7% 15%, explicado pela contracção da
produzidos 595.810.124 barris de de produtos, dos quais 9.788.210 do total do EBITDA da Sonangol. procura, decorrente da conjuntura
petróleo bruto, correspondentes toneladas métricas de petró- No segmento de Corporate and No ano em referência, a refinaria económica nacional.
a uma média diária de 1.632.357 leo bruto e 5.151.811 toneladas Financing, o EBITDA de 2017 de Luanda adquiriu 18.579.108
barris, registado-se uma redução métricas de produtos refinados. foi negativo em cerca de 98.630 toneladas métricas de Petróleo No segmento de Negócios não-
de 5%, relativamente ao ano de As quantidades transportadas milhões de Kwanzas, uma vez que Bruto, sendo que a utilização da -nucleares, O EBITDA em 2017
2016. durante o ano de 2017 represen- este segmento de negócio agre- capacidade instalada se situou nos foi negativo, em 9,8 mil milhões
taram um aumento de 7% face ao ga algumas das actividades de 80%, tendo observado um decrés- de Kwanzas, representando uma
Dos volumes alcançados, coube- ano anterior. suporte à actividade dos restantes cimo de 1,5% face ao ano anterior. redução de 11,2 mil milhões de
ram à Sonangol 216.825.582, dos segmentos. Kwanzas face a 2016. O indicador
quais 134.307.947 (62%) sob a for- Em termos de distribuição foram Com a menor disponibilidade de foi fortemente afectado pelo de-
ma de direitos da Concessionária comercializadas 5.106.682 tonela- O segmento de Upstream (Ex- petróleo bruto, foram processa- créscimo de actividade, traduzido
e 82.517.635 (38%), respeitantes à das métricas de Produtos Refina- ploração e Produção) representa dos, em média, 52.159 barris de pela redução do número de horas
Sonangol Investidora. dos, sendo 3.638.761 no mercado cerca de 87% do EBITDA registado Petróleo Bruto por dia, repre- de vôo realizadas pela Sonair, pela
doméstico e 1.467.920 no mercado no exercício e teve uma variação sentando uma variação negativa redução do tráfego de voz na MS-
A produção de Gás de Angola foi externo (incluindo gás butano e positiva de 106% face a 2016, de 3% face a 2016. A produção Telcom e pela redução da activida-
de 5.822.681 toneladas métri- propano), o correspondente a um devido ao aumento do preço médio de produtos refinados atingiu as de da Clínica Girassol.
cas, das quais 1.227.193 de LPG, decréscimo de 9% no volume total de comercialização das ramas 2.473.434 toneladas métricas, re-
4.371.017 de LNG e 224.471 de de produtos comercializados, face angolanas. presentando uma variação negati-
Condensados. Desta produção ao ano 2016. O total da produção teve uma va de 3% face ao ano anterior.
coube à Sonangol um total de variação homóloga positiva de No que respeita ao transporte de
1.421.195 toneladas métricas, 5%, resultando numa produção petróleo bruto, observou-se um
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DESEMPENHO
POR SEGMENTO DE NEGÓCIO
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DESEMPENHO 4.1.1.1 AQUISIÇÃO SÍSMICA
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Entre Janeiro e Dezembro do ano em análise, esteve em curso o processamento sísmico de dezasseis (16) Em 2017 foram concluídos seten- e quatro (4) poços injectores, no
programas, conforme a tabela seguinte: ta e quatro (74) poços de desen- Onshore Congo, onde foram con-
volvimento, dos quais cinquenta cluídos sete (7) poços produtores,
e três (53) poços de desenvol- no Bloco 15/06, onde foram con-
Tabela 4 vimento produtor e vinte e um cluídos cinco (5) poços produtores
Processamento Sísmico Concluído (21) poços de desenvolvimento e um (1) poço injector, por fim, no
injector – Poços de Serviços. Bloco 31, onde foram concluídos
Sísmica Bloco Programa Início Progresso Extensão dois (2) poços injectores.
2D 32 2D-MCWGAngolaUDA PSD IV Trimestre/2016 97% 3.740 Km As operações de sondagem
Total 2D 3.740 Km de desenvolvimento estiveram Por sua vez, as operações de
0 3D-O-Area B Great 105-B Area II Trimestre/2017 85% 586 km2 concentradas no Bloco 17, onde workover estiveram concentradas,
3D-14 Greater Tomb-Land VM e well calibration III Trimestre/2017 95% 1660 km2
foram concluídos doze (12) po- na Associação Cabinda, Bloco
14 ços produtores e seis (6) poços O, com vinte e seis (26) poços,
3D-14 Greater Land AVO and Pre-stack Inversion III Trimestre/2017 60% 471 km2
injectores, no Bloco 0, onde no Bloco 14 com vinte e um (21)
3D-15/06 PGS 16 PSDM I Trimestre/2017 99% 1.032 km2
foram concluídos treze (13) poços poços, no Onshore do Soyo com
3D-15/06PSDM Revision Omocola North Area I Trimestre/2017 99% 550 km2 produtores e três (3) poços injec- dezanove (19) poços, e nos Blocos
15/06
3D-15/06 PSG16 AVO Analysis I Trimestre/2017 45% 1.032 km2 tores, no Bloco 32, onde foram 15 e 17 com dois (2) poços cada e
3D-15/06 PSG16 Lower Miocene Oligocene PSDM I Trimestre/2017 98% 1.000 km2 concluídos onze (11) poços produ- o Bloco 32 com um (1) poço.
3D
3D-32LO2007 C12SW PSDM III Trimestre/2015 99% 520 km2 tores e cinco (5) poços injectores,
3D-32HDGIC2006 PSDM II Trimestre/2016 99% 520 km2 no Bloco 15, onde foram concluí-
dos cinco (5) poços produtores
3D-32 Colorau South dedicated imaging IV Trimestre/2016 99% 590 km2
32 3D-32 Louro RTM Remigration-Phase 2 I Trimestre/2017 85% 590 km2
3D-32 Louro RTM Remigration-Phase 1 IV Trimestre/2017 99% 590 km2
Mostarda VMB & imaging IV Trimestre/2017 8% 826 km2 4.1.1.4 PROJECTOS DE DESENVOLVIMENTO
Caril 3D/4D Pre-Processing II Trimestre/2017 99% 211 km2
Total 3D 10.178 Km2 Tabela 6
4D 17 4D CLOV-Baseline & Monitor 1 Full Processing II Trimestre/2016 67% 729 km2 Projectos de Desenvolvimento
Total 4D 729 Km2
Início de Progresso
Projectos Bloco Ponto de Situação Até Dezembro De 2017
Produção Actual Geral (%)
Polo Oeste, Ochigufu 1T 2018 83 Decorre o comissionamento dos equipamentos submarinos.
4.1.1.3 SONDAGEM-ACTIVIDADE DE EXPLORAÇÃO, Polo Oeste, Vandunbu 15 4T 2018 90 Preparação para a fabricação dos umbilicais UG8A e UG9A.
AVALIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO Polo Oeste, SMBS 4T 2018 73 Decorre a fabricação da última unidade.
CLOV fase 1 17 2T 2018 93 Decorre a campanha de fabricação e instalação de well jumpers
Tabela 5 Registados atrasos na entrega do FPSO. Início de produção
Poços de Sondagem Kaombo 32 4T 2018 91
previsto para julho 2018
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Gráfico 4
Produção de Petróleo Bruto de Angola por Bloco
Bloco 17 36,7%
Bloco 15 17,2%
Durante o ano de 2017, foram à falta de aprovação de contrata- 2017, com um poço produtor de Ajoco 625.052 589.751 568.737 469.278 2.252.818 -23%
produzidos em Angola 595.810.124 ção de sondas e outros contratos, óleo, cuja produção diária foi de Acrep 119.774 123.723 113.298 103.266 460.061 -18%
barris de petróleo bruto, equi- assim como a falta de sanciona- 1.800 barris de óleo. INA-NAFTA 125.010 117.950 113.747 93.856 450.564 -23%
valentes a uma média diária de mento de novos projectos. NAFTAGAS 125.010 117.950 113.747 93.856 450.564 -23%
1.632.357 barris. Comparativa- Por origem, o Bloco 17 foi o que Prodoil 83.117 85.637 78.658 73.011 320.423 -17%
mente ao período homólogo, o Ao longo do ano, destacou-se a mais contribuiu para a produção,
Pluspetrol 46.839 52.736 63.928 69.621 233.124 -23%
volume de produção alcançado entrada em produção do Campo seguido dos Blocos 15, 0, 31 e 18,
China Sonangol 55.017 50.450 26.310 - 131.777 -96%
decresceu em 5%. Olombendo no Bloco 15/06, no dia representando de forma agregada
8 de Fevereiro, com uma produção 84,7% da produção de petróleo Force Petroleum 17.032 19.177 23.246 25.317 84.772 -23%
Na base do decréscimo estiveram diária de 12.868 barris de óleo e a bruto em Angola. Falcon Oil 15.685 15.141 15.003 20.001 65.831 -1%
os constrangimentos operacio- entrada em produção do projecto Kotoil, S.A 9.803 9.463 9.377 12.501 41.145 -1%
nais nos blocos em produção, o Girassol M14, no FPSO Girassol Poliedro Oil 9.803 9.463 9.377 12.501 41.145 -1%
decréscimo de actividade devido do Bloco 17, no dia 05 de Junho de Cupet 4.258 4.794 5.812 6.329 21.193 -23%
Total 147.436.522 148.712.936 153.568.978 146.091.688 595.810.124 -5%
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Tabela 9
Produção de Petróleo Bruto por Operador
U.M.: Bbls
Execução Variação
Companhias
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Produção Homóloga
Total 55.818.234 53.636.652 55.276.528 53.759.304 218.490.718 -5%
Chevron 27.996.909 31.389.117 31.759.743 30.446.390 121.592.160 -3%
ESSO 26.247.570 25.857.392 25.969.527 24.287.327 102.361.816 -11%
BP 25.398.423 22.889.160 23.269.306 21.514.261 93.071.150 -16%
ENI 7.460.696 10.609.310 13.124.094 12.456.409 43.650.509 54%
SNL P&P 3.711.769 3.558.142 3.397.929 2.830.475 13.498.315 -22%
Somoil 717.760 677.279 655.619 670.938 2.721.596 -11%
Pluspetrol 85.161 95.884 116.232 126.584 423.861 -23%
Total 147.436.522 148.712.936 153.568.978 146.091.688 595.810.124 -5%
Média diária 1.638.184 1.634.208 1.669.228 1.587.953 1.632.357 -5%
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
34 35
performance dos reservatórios e derivado ao bom desempenho Reservatórios. Os niveis de pro- Os direitos da Concessionária alcançaram os 134.307.947 barris de
dos trabalhos de optimização de dos Reservatórios, especialmente dução foram sustentados com a petróleo bruto, correspondente a uma média diária de 367.967 barris.
gas lift, ocorreram alguns proble- com a entrada em produção do entrada em produção do projecto O período foi marcado por um decréscimo de 6%, resultante principal-
mas operacionais em alguns po- poço BAV-106 e a estabilização da Dália Fase 1A e 2ª e Girassol M14. mente da redução da produção como consequência do declínio natural
ços e a paragem não programada. Planta do ALNG. dos campos dos Bloco 17 (Girassol, Jasmim, Rosa, Dália e Pazflor) e 15
• Bloco 18 (Kizomba A e B, Mondo, Saxi e Batuque).
• Bloco 14k • Bloco 15/06 Os níveis de produção foram com-
Foi observado um declínio acen- A produção esteve acima do prometidos devido à baixa pressão
tuado da produção do campo previsto, devido ao bom desem- dos reservatórios, alguns poços Gráfico 6
Lianzi, devido essencialmente à penho dos Reservatórios com a foram fechados a nível do bloco Direitos de Petróleo Bruto da Concessionária por Bloco
formação de “Scale”. entrada em produção do campo para optimização da produção e 70.000.000
Cabaça Sudeste com dois poços e redução da água produzida.
• Bloco 15 a entrada do poço injector de gás 60.000.000
água e do alto teor de gás, no Os níveis de produção estiveram vatório, em função dos vários
200.000
III trimestre a produção esteve ligeiramente abaixo do previsto, constrangimentos no sistema de 30.000.000
150.000
ligeiramente acima do previsto, devido ao bom desempenho dos tratamento de água de injecção. 100.000
50.000
20.000.000
0
Bloco 2/05 Cabinda Bloco Bloco 4/05 Bloco
Onshore 3/05 A 14K
10.000.000
2017 2016
Tabela 10
Direitos de Petróleo Bruto da Concessionária Nacional
Relativamente aos levantamentos por blocos, destacam-se os Blocos 17 e 15, perfa-
U.M.: Bbls zendo 77% do volume total levantado. Realçamos ainda que os maiores levantamentos
Associações Execução Variação
efectuados foram feitos nas ramas Dália, Girassol, Plutónio, Pazflor, Hungo e Mondo.
& Blocos I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre LEVANTAMENTO Homóloga
Cabinda Onshore 7.407 7.792 9.265 10.013 34.480 -21%
Bloco 2/05 30.000 - 20.000 20.000 70.000 n.a
Bloco 3/05 1.633.064 870.689 711.571 857.053 4.072.377 -17%
Bloco 3/05A 60.000 50.000 - - 110.000 -4%
Bloco 4/05 - 81.321 - 79.800 161.121 -27%
Bloco 14 1.664.662 1.608.742 2.083.129 2.279.483 7.636.016 -12%
Bloco 14K 59.756 50.067 70.969 51.935 232.726 -19%
Bloco 15 9.252.460 7.416.370 10.482.994 7.834.591 34.986.415 -20%
Bloco 15/06 488.538 626.231 1.058.409 968.488 3.141.666 32%
Bloco 17 14.516.626 15.277.678 17.969.499 20.700.021 68.463.824 9%
Bloco 18 2.936.101 2.907.348 2.910.042 2.856.522 11.610.013 -18%
Bloco 31 1.124.916 962.665 939.399 762.332 3.789.312 -22%
Total 31.773.530 29.858.903 36.255.277 36.420.238 134.307.947 -6%
Média diária 349.160 328.120 394.079 395.872 367.967 -6%
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
36 37
Durante o ano de 2017 foram produzidos em Angola 1.188.248 pés cúbicos de gás nas concessões petrolíferas 4%
em produção, o que corresponde a um decréscimo de 8% face ao ano de 2016. Cabinda
Gas Plant
29%
Sanha
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
38 39
Angola LNG 913.402 1.027.650 1.194.231 1.235.734 4.371.017 387% Custo de Produção Variação
Blocos
2017 2016 Homóloga
Total 913.402 1.027.650 1.194.231 1.235.734 4.371.017 387%
Bloco 0 11,67 11,80 -1%
Bloco 2/05 31,37 15,22 106%
Tabela 14 Bloco 3/05 14,71 17,84 -18%
Produção de Condensados de Angola
Bloco 3/05A 13,93 6,78 105%
U.M.: TM Bloco 4/05 28,78 33,00 -13%
Execução Variação Bloco 14 7,11 12,00 -41%
Origem
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Produção Homóloga Bloco 14K 7,64 17,18 -56%
Angola LNG 43.679 55.391 62.003 63.398 224.471 199% Bloco 15 5,69 4,42 29%
Total 43.679 55.391 62.003 63.398 224.471 199% Bloco 15/06 11,27 10,43 8%
Bloco 17 3,85 6,36 -39%
Bloco 18 6,33 6,87 -8%
A produção de Gás Natural Li- Comparativamente ao ano de 2016 tendo-se ainda verificado uma para-
quefeito, no ano em análise, foi de registou-se um aumento de 199%. gem em Agosto do mesmo ano. Já Bloco 31 4,82 4,73 2%
4.371.017 toneladas métricas, 387% em 2017 não se registou nenhuma Cabinda Sul 16,11 12,38 30%
acima do volume atingido no ano De realçar que em 2016 a fábrica paragem que afectasse em grande Associação FS 29,70 25,42 17%
anterior. Relativamente aos Conden- do Angola LNG começou a produ- medida a produção, o que justifica o Associação FST 27,94 21,59 29%
sados, registou-se uma produção zir apenas no mês de Maio, depois substancial aumento. Custo Médio Ponderado 6,74 7,66 -12%
de 224.471 toneladas métricas. de um longo período de paragem,
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
40 41
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
42 43
4.2 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR – SEGMENTO UPSTREAM No decorrer do ano 2017 verifi- -se um acréscimo de 4% devido Bloco 15/06, Bloco não Operado,
cou-se um acréscimo de 3% na ao aumento da produção na área onde a Sonangol participa como
produção de Petróleo Bruto da A, com a entrada em produção de investidora, no qual entraram dois
A actividade de Exploração e sentando um aumento de 3% em no aumento da produção de 35% Sonangol Investidora, comparati- (13) treze poços do projecto Mafu- poços em produção no campo
Produção é um segmento crítico relação ao período homólogo. Este e na redução das importações em vamente ao período homólogo em meira Sul. Cabaça Sudeste.
da actividade da Sonangol, o que acréscimo resulta essencialmen- 98% face ao ano anterior. 2016.
se reflete na própria estratégia te do aumento da produção da Quanto à Pesquisa e Produção,
de investimento da Companhia, Sonangol Pesquisa e Produção no Em 2017 a cadeia primária do Relativamente à quota-parte da verificou-se um acréscimo de 2%
com este segmento a representar Bloco 15/06 em 54% e, do aumen- Upstream registou vendas cor- Sonangol EP, no Bloco 0 verificou- devido ao aumento da produção no
90,6% do investimento total rea- to da produção da Sonangol E.P. respondentes a AOA 2.130.340
lizado em 2017, tal como referido no Bloco 0, área A, em 13%. milhões e um EBITDA de AOA
no ponto 2.4. 541.117 milhões, equivalente a
No que diz respeito à produção de 87% do EBITDA total da empresa.
Angola produziu em 2017 um total LPG, o aumento da produção da 4.2.2 PRODUÇÃO DE GÁS DA SONANGOL E.P
de 595.810.124 barris de Petróleo fábrica de ALNG onde a Sonangol
Bruto, dos quais 82.517.635 são tem uma participação de 22,8%, 4.2.2.1 PRODUÇÃO DE LPG
respeitantes à Sonangol, repre- veio a reflectir-se positivamente
Tabela 19
Produção de LPG Quota-Parte Sonangol
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
44 45
Tabela 22
4.2.2.2 PRODUÇÃO DE LNG E CONDENSADOS Taxa Média de Utilização da Capacidade Instalada
Durante o ano de 2017, a produção de LNG da Sonangol ascendeu as 996.592 toneladas métricas e a de
Condensados atingiu as 51.179 toneladas métricas, ambas provenientes da fábrica da Angola LNG. Em 2017, a Refinaria de Luanda adquiriu 18.579.108 barris de petróleo bruto distribuídos pelas ramas Plutó-
nio (52%), Palanca (42%), Hungo (4%) e Nemba (2%).
Foram processados 19.038.157 barris de Petróleo Bruto, correspondente a uma média diária de 52.159 barris,
i.e., uma produção total de 2.473.434 TM de produtos refinados.
4.3 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR – SEGMENTO MIDSTREAM
Tabela 24
O segmento de Refinação e Transporte registou em 2017 vendas equivalentes a AOA 208.776 milhões e um Produção de Refinados
EBITDA de AOA 41.207 milhões, correspondente a 7% do EBITDA total da Sonangol. Relativamente à acti- U.M.: TM
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
46 47
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
48 49
O transporte de refinados também reduziu Ainda assim, o Gasóleo foi o produto mais 4.4.1 NEGÓCIO DE LOGÍSTICA
8% seguindo a mesma base de compara- transportado, com 41,9%, devido à sua múlti-
ção. A frota Cabotagem foi preponderante pla utilização (transporte e indústria), seguido 4.4.1.1 APROVISIONAMENTO
no volume de produtos transportados, do LNG com 25,6%, Gasolina com 22,7%, LPG
representando 74%, tendo a frota LNG par- com 9,3%, Jet A1, Lubrificante & Óleo e Que-
Tabela 27
ticipado com apenas 26%. rosene com 0,5% cumulativamente. Aquisição de Produtos Refinados por Origem
Gráfico 9 U.M.: TM
Transporte de Produtos Refinados e Gás Execução
Variação
Produtos Quantidade
9% I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre
Aprovisionada
Homóloga
23%
LPG 0%
Querosene Importação 605.149 726.313 1.067.573 835.228 3.267.227 -7%
Gasolina
0% Sonangol Logística 595.276 716.145 1.048.015 855.059 3.214.495 -6%
Lubrif. & Óleo
Gasóleo 363.253 455.131 764.786 640.536 2.223.706 -5%
Gasolina 232.023 261.014 283.229 181.559 957.825 -7%
Jet A1 - - - 32.964 32.964 0%
Sonagás - - 1.600 - 1.600 -98%
26%
LNG LPG - - 1.600 - 1.600 -98%
Sonangol Distribuidora 9.873 10.168 17.958 13.133 51.132 113%
Gasóleo (MGO) - - - - - -100%
Asfalto 9.873 10.168 17.958 13.133 51.132 113%
Refinaria de Luanda 279.581 269.402 287.972 285.720 1.122.675 9%
42% Gasóleo 152.595 141.180 157.787 157.891 609.453 2%
Gasóleo
Gasolina 11.211 11.719 15.500 15.203 53.633 91%
Jet A1 70.047 71.933 72.196 72.967 287.143 28%
Jet B 17.120 17.079 14.283 11.538 60.020 -20%
Querosene 21.399 19.964 21.805 22.514 85.681 11%
4.4 CADEIA PRIMÁRIA DE VALOR SEGMENTO DOWNSTREAM LPG 7.209 7.527 6.401 5.607 26.744 -2%
Topping Malongo 20.551 19.574 19.993 19.882 80.001 5%
O segmento de Logística e Dis- homólogo. Entretanto, realça-se a ser a Gasolina e o Gasóleo,
Gasóleo 15.593 14.889 14.894 14.798 60.175 -2%
tribuição registou em 2017 ven- que 36% da quantidade total representando mais de 70% das
das equivalentes a AOA 743.645 aprovisionada teve origem no vendas, com especial destaque Jet A1 606 484 411 387 1.889 -34%
milhões e um EBITDA de AOA mercado nacional. para o segmento do Consumo Querosene 4.352 4.200 4.688 4.697 17.937 48%
148.332 milhões, correspondente e do Retalho. Estes, apesar de Sanha Gás 32.869 33.886 41.132 36.961 144.848 -15%
a 10% do EBITDA total alcançado Na actividade de logística e em serem os segmentos com maior LPG 32.869 33.886 41.132 36.961 144.848 -15%
pela Sonangol. linha com a contracção da pro- consumo, também são os que Angola LNG 38.035 46.952 48.487 48.807 182.281 266%
cura, registou-se uma redução enfrentam maior concorrência. LPG 38.035 46.952 48.487 48.807 182.281 266%
O aumento dos preços dos pro- dos volumes aprovisionados em
Total 986.058 1.106.295 1.483.116 1.239.731 4.797.032 -1%
dutos refinados, como consequ- 10% e da capacidade de arma- Em termos de mercado inter-
ência da eliminação da subven- zenagem em 22%, esta última nacional, também se registou
ção ao preço ocorrido em 2016, devido à rescisão do contrato de uma redução da exportação de Durante o período em análise, Das aquisições totais, 68% tive- de Luanda cresceram 9%, com-
continua a impactar directamen- aluguer do navio para armaze- Petróleo Bruto (decréscimo de foram adquiridos 4.797.032 TM ram origem no mercado externo, parado com o mesmo período de
te este segmento de negócios. nagem flutuante. 3%), enquanto que a exportação de produtos refinados, registan- enquanto que o mercado interno 2016, motivadas principalmente
Registou-se uma redução de 1% de produtos refinados aumentou do-se um decréscimo de 1% face foi responsável por 32%. pelo aumento de produção de
na aquisição de produtos refi- Relativamente à actividade de em 8%. ao período homólogo, devido à Gasolina e Jet A1.
nados e de e 15% nos produtos Distribuição, os produtos mais retracção no consumo de deri- Apesar do desempenho geral ter
comercializados face ao período comercializados continuam vados. reduzido, as compras à Refinaria
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
50 51
Tabela 28
Aprovisionamento de Produtos Refinados 4.4.2 NEGÓCIO DE DISTRIBUIÇÃO
4.4.2.1 COMERCIALIZAÇÃO
U.M.: TM
Execução
Variação
Produtos Quantidade
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Homóloga
Aprovisionada Tabela 30
Gasóleo 531.441 611.201 937.467 813.225 2.893.334 -18% Quantidades de Produtos Refinados Comercializados
U.M.: TM
Gasolina 243.234 272.733 298.729 196.762 1.011.458 -4%
Execução
Jet A1 70.653 72.417 72.607 73.354 289.032 27% Variação
Produto Quantidade
Jet B 17.120 17.079 14.283 11.538 60.020 -20% I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Homóloga
Comercializada
Kerosene 25.751 24.164 26.492 27.210 103.618 16%
Gasóleo 521.067 508.238 464.234 532.204 2.025.744 -23%
Asfalto 9.873 10.168 17.958 13.133 51.132 113%
Gasolina 163.675 159.050 161.355 158.871 642.951 -22%
LPG 78.113 88.365 97.621 91.375 355.473 12%
LPG (Gás butano) 77.133 80.484 82.330 80.945 320.892 44%
Total 976.185 1.096.127 1.465.158 1.226.598 4.764.068 -10%
Jet A1 64.408 65.782 68.647 71.065 269.901 7%
Outros 20.182 12.966 96.149 18.386 147.683 1075%
Os produtos com maior volume aprovisionado fo- Jet B 17.033 12.027 18.561 22.821 70.443 -9%
ram o Gasóleo (53%) e a Gasolina (25%), totalizan- Asfalto 1.671 5.883 12.564 40.932 61.049 136%
do 79%; registou-se um incremento nos volumes
Fuel Extra Heavy 35.592 1.282 313 6.013 43.199 -71%
de LPG (12%) e um ligeiro aumento no volume
Querosene 11.315 13.139 7.498 4.551 36.503 -33%
aprovisionado de Jet A1 (15%), comparativamente
ao ano de 2016. Fuel Oil 1500 - - - 11.005 11.005 37%
Lubrificantes 2.706 2.369 2.346 1.821 9.242 -34%
Cutback 24 44 66 - 134 -86%
Gás de aviação 5 - 8 3 16 -100%
4.4.1.2 ARMAZENAGEM Total 914.811 861.265 914.070 948.615 3.638.761 -15%
Tabela 29
Capacidade de Armazenagem
U.M.: M3
A comercialização de derivados de Gráfico 10
Execução Comercialização de produtos refinados
Capacidade Média Variação petróleo foi de 3.638.761 TM, re- por Segmento de Negócios
de Armazenagem Quantidade Homóloga gistando-se uma redução de 15%,
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre 60%
Aprovisionada
face ao período homólogo.
49%
Terra 358.510 358.510 358.510 358.510 358.510 -6% 50%
45%
Flutuante 340.170 340.170 340.170 340.170 340.170 -34% Esta redução é explicada pela con- 40%
Total 698.680 698.680 698.680 698.680 698.680 -22% tracção da procura, face à actual 32% 33%
30%
conjuntura económica nacional.
20%
15%
A capacidade de armazena- Esta redução deveu-se à retirada O Gasóleo e a Gasolina continuam 10%
11%
8%
gem de produtos refinados em operação do navio Múcua, a ser os produtos mais comer- 6%
0,28% 0,35%
foi de 698.680 M3, dos quais em função do reajustamento cializados, representando, no seu 0%
Consumo Retalho Marinha Aviação Lubrificante
358.510 M3 em terra e 340.170 das necessidades da empresa, conjunto, 73% das quantidades 2017 2016
M3 em navios de armazenagem tendo resultado na rescisão do vendidas.
flutuante, verificando-se um contrato de aluguer da referida Por segmento de negócios, verifica-se uma
decréscimo de 22% comparara- unidade. maior representatividade no consumo,
tivamente ao período homólogo. derivado ao fornecimento de gasóleo para
as centrais térmicas.
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
52 53
Gráfico 11
Quota de Mercado por Segmento de Negócios
4.4.3 COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL
120% 4.4.3.1 PETRÓLEO BRUTO
100% 100% 100%
100% 92% 86% 89%
Quota de Mercado
80% 72%
66%
60% 56%
60% Tabela 31
Exportação de Petróleo Bruto por Rama
40%
0% Execução
Marinha Aviação Consumo Retalho Lubrificantes
Variação
Ramas Quantidade
2017 2016
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Homóloga
Exportada
Os segmentos de Retalho e de Consumo são os que Dália 4.624.518 8.410.537 9.239.320 11.116.434 33.390.809 19%
enfrentaram maior concorrência, pelo que sofreram Saturno 7.355.548 6.414.777 6.391.202 5.435.306 25.596.833 -14%
reduções das respectivas quotas em 2017. Contraria- Cabinda 5.594.177 6.449.950 6.404.239 6.494.517 24.942.883 15%
mente, a quota de mercado no segmento de Lubrifi- Nemba 5.671.775 5.749.208 5.701.543 6.697.587 23.820.113 -7%
cantes teve um acréscimo de 6 pontos percentuais, Girassol 5.135.506 3.917.805 3.961.685 4.957.618 17.972.614 -12%
devido à establização da unidade de produção.
Paz-flor 3.756.048 1.947.787 2.765.414 3.671.129 12.140.378 44%
Mondo 2.777.320 2.762.183 2.706.385 2.866.678 11.112.566 7%
Figura 3
Comercialização de Produtos Refinados por Regiões Hungo 3.623.917 1.842.596 4.667.001 - 10.133.514 -36%
Sangos 2.718.548 1.855.762 2.720.532 1.813.867 9.108.709 -24%
5,6% Kissanje 1.809.652 1.855.970 1.891.373 2.762.341 8.319.336 -17%
Cabinda
(17)
Olombendo 410.926 1.946.315 2.814.199 1.811.919 6.983.359 n.a
6%
Zaire 0,9% CLOV 1.000.554 1.001.546 2.003.079 954.840 4.960.019 -2%
(12) Uíge
(26) Saxi-batuque 940.027 955.624 916.882 1.903.865 4.716.398 -28%
0,5% Palanca 1.022.065 - - 986.646 2.008.711 2%
Bengo
(7) 0,7% 0,7%
57,7%
Cuanza
2,1%
Lunda Norte Plutónio 980.257 - 949.911 - 1.930.168 -60%
Luanda Malanje
Norte (8)
(18)
(89) (4) Gimboa - 547.989 - 534.817 1.082.806 -36%
0,3% Lianzi 81.866 - - - 81.866 -96%
Lunda Sul
1,6% (9)
Cuanza Sul Total 47.502.704 45.658.049 53.132.765 52.007.564 198.301.082 -3%
(21)
3,8% 1,1%
2,8%
As vendas externas de petróleo um aumento devido a um desem-
Huambo Bié
8,2% (50) (16) Moxico
Benguela
(52)
(11)
bruto reduziram 3%, compara- penho positivo dos diferenciais
tivamente ao período homólogo alcançados nas ramas angolanas,
4,4%
Huíla de 2016, tendo sido exportados motivado pela forte procura por
(43)
2% 0,9%
198.301.082 barris. parte dos refinadores asiáticos,
Namibe
(16) 0,8%
Cuando Cubango bem como pela escassez global
(12)
Cunene
(8)
Esta redução deveu-se a uma da oferta de ramas pesadas, que
ligeira diminuição dos Direitos acabou contribuindo positivamen-
de Levantamento da Sonangol te para um melhor posicionamen-
5 Maiores centros de consumo 5 Menores centros de consumo
durante o ano de 2017. Todavia, to da Sonangol nas negociações
em termos de receitas registou-se destas ramas.
Outros centros de consumo (#) Número de PA’s operacionias
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
54 55
Tabela 32
Gráfico 12
Exportação de Petróleo Bruto por Rama
Em termos de representativida- Exportação de Petróleo Bruto por Destino
de, no petróleo bruto exportado U.M.: TM
4% 4% sobressaem as ramas Dália com Execução
5% Kissanje Olombendo
3% 18%, Saturno com 14%, Cabin- Variação
Sangos Destino Quantidade
5% Outros da com 13%, Nemba com 13% e I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Homóloga
Exportada
Hungo
Girassol com 9%, perfazendo 67%
China 37.983.356 31.438.574 32.291.649 36.306.420 138.019.999 8%
6% do volume total comercializado.
Mondo 18% Por outro lado, as ramas com India 3.898.292 5.898.929 6.766.699 5.719.290 22.283.210 12%
Dália
menor peso sobre as exportações Canadá 905.911 2.123.643 3.764.940 954.840 7.749.334 -8%
6% totais do período foram Lianzi, Taiwan 946.807 - 1.849.288 2.836.431 5.632.526 n.a
Paz-flor
Gimboa, Palanca e Plutónio que África do Sul - - 1.854.134 2.849.416 4.703.550 -18%
9% totalizaram 3%. Espanha 907.060 997.000 908.245 1.859.423 4.671.728 -2%
Girassol
14% Malasia 1.306.718 950.843 1.888.940 - 4.146.501 12%
Saturno
Portugal 1.004.560 956.057 1.002.100 - 2.962.717 -49%
13%
Nemba 13% Colômbia - 957.077 1.405.384 - 2.362.461 n.a
Cabinda
Japão - 1.952.854 - - 1.952.854 n.a
E.U. América - - 1.401.386 534.817 1.936.203 -1%
Indonesia - - - 946.927 946.927 n.a
Tailândia 550.000 - - - 550.000 n.a
Italia - 383.072 - - 383.072 -60%
Figura 4
Destino do Petróleo Bruto Total 47.502.704 45.658.049 53.132.765 52.007.564 198.301.082 -3%
A China (70%) e a Índia (11%) foram os principais destinos das exportações de petróleo bruto ango-
lano, tendo adquirido, de forma agragada, 81% do volume total exportado durante o ano de 2017.
3,9%
Canada
4.4.3.2 PREÇO DAS RAMAS ANGOLANAS
Gráfico 13
2,4% 0,2% Evolução do Preço do Brent e Ramas Angolanas
1,5% Espanha Itália
1% Portugal 1%
EUA 69,6% 70,00
USD/Bbl
Malásia 54,67 55,11
Colombia Indonésia 57,36
55,00 52,54
51,56 51,64 56,05
53,61 54,28
50,43 49,22
50,00 50,87 51,33 48,47 51,48
49,89
48,45
45,00 46,21
2,4%
África do Sul 40,00
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
* Os preços das ramas angolanas são indexados ao Brent datado (petróleo bruto extraído no Mar
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
do Norte e comercializado na Bolsa de Londres); preço da rama angolana = preço brent datado +
Prémio/desconto.
56 57
Nos últimos meses do ano, as refinadores a nível global, inde- 4.5 NEGÓCIOS NÃO NUCLEARES
ramas angolanas foram comercia- pendentemente das condições de
lizadas a prémio, devido às baixas mercado. Neste sentido, o com- 4.5.1 AVIAÇÃO – SONAIR
taxas de frete, às boas margens portamento positivo dos diferen-
dos destilados médios e pesados e ciais foi mais notório nas ramas Tabela 34
à diminuição do diferencial Brent/ mais pesadas, em consequência Mapa de Indicadores Operacionais da Sonair
Dubai. da procura dominante no mercado
Execução
internacional e devido aos perío- Variação
Indicadores Operacionais Serviços
As ramas angolanas, por se- dos sazonais mais favoráveis para I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Homóloga
Prestados
rem ramas médias, adaptam-se este tipo de ramas.
Nº de Horas Voadas 2.411 2.430 2.617 2.879 10.337 -48%
facilmente a um maior leque de
Nº de Horas Voadas- Asa Rotativa 621 454 594 412 2.081 -79%
Contratação Comercial 595 309 398 212 1.514 -82%
Não Contratualizadas 27 25 16 6 74 15%
4.4.3.3 EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS REFINADOS Casa Militar e Presidência da República - 120 180 193 493 -66%
Tabela 33 Nº de Horas Voadas- Asa Fixa 1.790 1.976 2.023 2.467 8.256 -16%
Quantidade de Produtos Refinados Exportados Frota SonAir 213 171 163 121 668 -56%
U.M.: TM Contratação Comercial 53 33 27 29 141 -87%
Execução Não Contratualizadas 160 138 136 92 526 17%
Variação
Refinados Quantidade Outras (H.E, Carreira, Spots Charter) 1.456 1.504 1.578 2.209 6.747 1%
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Homóloga
Exportada
MAT e Estado 120 301 282 138 841 -49%
Fuel Oil 275.706 220.348 283.762 197.457 977.273 2%
Houston Express (Load Factor) 38% 40% 37% 36% 38% 5%
Nafta 64.328 60.469 64.039 62.793 251.630 -13%
Carga Transportada (Ton) 29 26 19 28 102 -61%
Gás Propano 63.992 - 20.088 31.674 115.754 252%
Nº Passageiros Transportados 49.174 50.861 51.492 53.992 205.519 -17%
Gás Butano 22.850 - 26.846 20.633 70.329 n.a
Disponibilidade Média das Aeronaves 64% 64% 60% 57% 61% -22%
Gasóleo 5.898 10.918 5.892 4.987 27.695 -6%
Utilização Média das Aeronaves 82% 72% 85% 95% 83% -19%
Jet A1 1.416 2.426 1.516 12.288 17.646 -28%
Gasolina 1.845 2.411 1.715 1.623 7.594 15%
Total 436.035 296.572 403.858 331.455 1.467.920 8%
60%
segmentos, com maior impacto no Mar do Norte, que apesar do des financeiras conjunturais, não
no segmento de Asa Rotativa, com levantamento da suspensão, os foi possível colocar a frota Sikor-
50%
uma redução de 79% derivada es- clientes petrolíferos recusaram o sky operacional na sua totalidade,
40%
sencialmente de uma carteira de uso das mesmas, o que originou o nem adquirir outra frota alternati-
30% clientes que desde Abril de 2017 cancelamento de muitos contratos va, tornando a situação ainda mais
21%
20% 17% contou com apenas o contrato de e de uma maior utilização da frota precária, considerando que os
10% 8%
5%
1 Sikorsky S76C++ com a P&P, ao Sikorsky. A baixa disponibilidade clientes estão cépticos em utilizar
0%
2% 2% 2% 2% 1% 0% 1% 0% contrário do ano transacto, em (3-4 aeronaves) e as inconformi- os S76 C++ da SonAir.
Fuel oil Nafta Gasóleo Gás Propano Gás Butano Jet a1 Gasolina que a carteira de clientes incluía dades detectadas nas auditorias
2017 2016
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
58 59
A utilização da capacidade disponível homólogo, através da activação ração por parte dos operadores de
do Satélite – VSAT, Banda C, reduziu de linhas telefónicas a diversos interligação.
0,5% em relação ao período homó- Clientes.
logo, sobretudo pela desactivação de Contrariamente, o número médio de
serviços por parte de uma empresa, Houve uma redução do Tráfego de reclamações por 100 Clientes au-
por incumprimento nos prazos de voz (minutos) em 10,4% relativa- mentou 8,5%, em relação ao período
pagamento, criando grandes cons- mente ao período homólogo, devido homólogo, justificado pela falta de
trangimentos à MSTelcom junto do à concorrência. Entretanto, importa equipamentos, interrupções na rede
seu fornecedor. referir que a facturação dos minutos de fibra óptica e sistema eléctrico,
de voz dos serviços de interligação falta de verbas para pagamento de
O número de linhas telefónicas au- ocorreu com um mês de atraso, ajuda de custos e fornecedores de
mentou 2,6% em relação ao período pela verificação e aceitação da factu- serviços de manutenção.
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
60 61
Execução Variação
4.5.4 GESTÃO IMOBILIÁRIA - SONIP Indicadores
I Trimestre II Trimestre III Trimestre IV Trimestre Total Homóloga
1. Formação
O período ficou marcado por um esforço de ajusta- O stock actual até à data de reporte foi de 23 imóveis, 1.1 Número de Acções de formação realizadas (Unid) 347 357 341 288 1.333 -19%
mento da actividade da Sonip à realidade do Grupo sendo 18 no condomínio M´bembo M´bote (Cabinda)
1.1.1 Escola Petrotécnica e Engenharia - - - - - -100%
Sonangol. Neste sentido, priorizou-se a identificação e 5 no condomínio Mazozo (Kwanza Sul), que não
e concretização de medidas de impacto imediato na foram comercializadas no âmbito da Deliberação n.º 1.1.2 Escola de Gestão e Liderança 1 - - - 1 -83%
contenção de custos e na captação de receitas, assim 033/2016 de 28 de Junho do Conselho de Administra- 1.1.3 Escola de Segurança 321 357 341 288 1.307 -20%
como no levantamento e análise rigorosa de informa- ção da Sonangol EP, conforme ilustra a tabela abaixo: 1.1.4 Laboratório - ISPTEC 25 - - - 25 n.a
ção de gestão essencial para a tomada de decisões. 1.2 Número de Horas de Formação 3.816 3.908 3.732 2.932 14.388 -13%
2. BOLSAS DE ESTUDOS
2.1 Número de Bolsas de Estudos Disponibilizadas 1.917 1.644 1.536 1.517 1.517 -18%
3.1 Dpto. de Engenharias e Tecnologias 1.565 1.534 1.367 1.382 1.382 28%
3.1.5 Engenharia de Produção Industrial 288 282 245 252 252 15%
3.2 Dpto. de Ciências Sociais Aplicadas 841 838 705 731 731 19%
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
62 63
A Sonangol, relativamente à sua mostra o esforço da Academia na A escola de Segurança continua Gráfico 16
Força de Trabalho Efectiva por Segmento de Negócio
responsabilidade de formação e oferta de um maior número de a ministrar cursos de segurança
capacitação dos seus recursos cursos de formação. à indústria Petrolífera certifica- 23%
27%
humanos, do sector petrolífero e dos por autoridades marítimas Logística Negócios
e Distribuição não Nucleares
da economia em geral realizou em No âmbito do programa de bolsas internacionais. O material do seu
2017, 1.333 acções de formação, de estudo, a Academia geriu um centro de treinamento marítimo
representando um decréscimo total de 1.517 bolsas, das quais está integralmente certificado de
na ordem dos 19% face ao ano 415 internas e 1.102 externas. acordo com a norma ISO 9000.
anterior. 6%
Refinação
A Academia é responsável pela No ano Académico 2017, o ISPTEC e Transporte
Em termos de carga horária foram gestão do processo de bolsas, registou um total de 2.113 estu- 26%
administradas 14.388 horas num coordenada pela Sonangol em dantes inscritos, sendo 1.382 no 18% Corporativo
e Financeiro
total de 34 cursos. Em relação cinco geografias principais: EUA, ramo de engenharia e tecnologias Exploração
e Produção
ao período homólogo de 2016, Reino Unido, França, Brasil e e 731 estudantes no ramo de ciên-
registaram-se reduções de 13% Portugal. Em 2017 não foram con- cias sociais aplicadas, represen-
nas horas de formação, mas um cedidas novas bolsas, mas sim, tando respectivamente 65% e 35% A Sonangol E.P foi a empresa com maior representação, 26%
aumento de 55% no número de mantidos os actuais contratos do total dos estudantes. da força de trabalho activa, seguida da Sonangol Distribui-
cursos ministrados, o que de- com os bolseiros. dora com 18%. Por segmento de negócio, a maior parcela da
força do trabalho está concentrada no segmento de Logística
e Distribuição (27%), seguido do segmento Corporativo e
Financeiro (26%) e dos Negócios Não Nucleares (23%).
4.6 CORPORATIVO & FINANCEIRO
A força de trabalho da Sonangol é representada maioritaria-
4.6.1 FINANCIAMENTOS mente por homens (71,84%).
Gráfico 15 33%
Número de Trabalhadores da Sonangol Apoio Operacional
2500
e Administrativo
2.117 2.208 2.264
2.012
2000 1.839 1.738
1.454 1.486
1500
Em termos de distribuição de trabalhadores efectivos por
1000
banda funcional, 48% pertencem à categoria Técnica, 33% à
481 481
500 categoria de Apoio Operacional e Administrativa, 11% à cate-
0
Corporativo Exploração Refinação Logística Negócios Não
goria de Gestores e 7% à categoria de Especialistas.
e Financeiro e Produção e Transporte e Distribuição Nucleares
2017 2016
A idade média dos colaboradores da Sonangol é de 44 anos.
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
64 65
Para o Grupo Sonangol, a QSSA é mais do que uma prioridade. Ela integra os valores e a
cultura da empresa, abrangendo, por isso, os seus colaboradores, prestadores de serviço,
clientes e as comunidades em que opera.
Durante o ano de 2017, a empresa envidou esforços visando reforçar as 12 Regras Básicas
de Segurança (ferramenta focada nas áreas consideradas críticas para a prevenção de
acidentes), impossibilitando a ocorrência de fatalidades e promovendo a manutenção da
tendência contínua de redução de acidentes de trabalho.
Gráfico 18
Indicadores de Desempenho de Segurança Sonangol, E.P e Subsidiárias
10,00
7,00
4,73
4,00
3,37
1,83
1,00 1,63
2017 2016
TFCA TFSA
O reforço e implementação de talmente pela escassez na distri- de venda de crude, com um grau
ferramentas de suporte ao cum- buição de produtos refinados. Os de tratamento de 100%.
primento com os requisitos legais, negócios com melhor índice de
a prevenção de acidentes am- satisfação foram os relacionados Mantêm-se certificados os negó-
bientais, a gestão adequada dos com a venda de petróleo bruto e cios de distribuição de combus-
resíduos gerados pela empresa, armazenamento de refinados, 92% tível, aviação, refinação e venda
bem como as acções de sensibi- e 90%, respectivamente. de crude. A crise financeira não
lização ambiental foram áreas de permitiu realizar auditorias de
destaque para a empresa. Foram tratadas 73% das recla- certificação dos negócios de
mações dos clientes recebidas no armazenamento e distribuição
A nível da Qualidade, o índice de período em análise, uma melhoria de combustível e do negócio de
satisfação do cliente do grupo comparativamente aos 68% do ano telecomunicações.
Sonangol foi de 78% durante o anterior, com realce positivo para
ano de 2017, afectado fundamen- o negócio de telecomunicações e
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05
COMPROMISSO
COM A SOCIEDADE
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68 69
05
COMPROMISSO
COM A SOCIEDADE
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06
PERSPECTIVAS
PARA O FUTURO
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
72 73
06
PERSPECTIVAS
PARA O FUTURO
6.1 NOVA PRODUÇÃO 6.2 REFINAÇÃO
Face ao quadro actual, caracte- O défice na produção interna de produtos derivados de petróleo obri-
rizado pelo declínio acentuado ga a um esforço para importar. Com efeito, pretende-se inverter esta
da produção de petróleo bruto, realidade mediante uma estratégia de refinação assente nos três eixos
perspectiva-se realizar um esforço seguintes:
para incremento da actividade de
exploração e produção, visando • Optimização da produção da Refinaria de Luanda, visando incre-
descobrir recursos para incre- mentar a produção de gasolina;
mentar a taxa de substituição de
reservas, com base no trinómio • Construção de uma Refinaria de alta conversão, com capacidade
recursos – reservas- produção, para processar até 200.000 Bbl/dia, na cidade de Lobito;
de forma a sustentar os níveis de
produção a curto, médio e longo • Construção de uma refinaria de menor capacidade, na província de
prazo. Cabinda.
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07
PROPOSTAS DE APLICAÇÃO
DE RESULTADOS
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76 77
07
PROPOSTAS DE APLICAÇÃO
DE RESULTADOS
De acordo com o Decreto Pre- Avaliação dos Potenciais de e homologados pelos órgãos
sidencial n.º 222/17, de 27 de Exploração dos Recursos de competentes do Estado;
Setembro (que estabelece a Hidrocarbonetos (Art. 41.º,
política de aplicação de resulta- alínea b) - Dec. Pres. N.º • Distribuição de estímulos
dos), os resultados da Empresa, 222/17); individuais aos trabalhadores
após dedução dos impostos a e aos membros do órgão de
reter, deverão ter o seguinte • Pelo menos 5% para o gestão, a título de compartici-
destino: Fundo de Outros Investimen- pação nos lucros, dentro dos
tos (Art. 41.º, alínea c) - Dec. limites fixados na legislação
• 10% para constituição de Pres. N.º 222/17); aplicável;
Reserva Legal, cujo valor
cumulativo não deve exceder • Até 5% para o Fundo Social • Contribuição para o Orça-
20% do Capital Estatutário (Art. 41.º, alínea d) - Dec. mento Geral do Estado, via
(Art. 41.º, alínea a) - Dec. Pres. N.º 222/17); distribuição de dividendos ao
Pres. N.º 222/17); acionista (conforme Art. 30.º,
• Outros Fundos Voluntários ponto 2, Dec. N.º 8/02).
• Pelo menos 10% para a que forem aprovados pelo
constituição do Fundo para Conselho de Administração
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Tabelas:
Tabela 1 – Programa de investimentos da Sonangol E.P de 2017..........................................................................................23
Tabela 2 - Actividade de Exploração [Aquisição Sísmica].......................................................................................................27
Tabela 3 - Processamento Sísmico Concluído........................................................................................................................27
Tabela 4 - Processamento Sísmico em Curso........................................................................................................................28
Tabela 5-Poços de Sondagem.................................................................................................................................................28
Tabela 6 - Projectos de Desenvolvimento...............................................................................................................................29
Tabela 7 - Produção de Petróleo Bruto de Angola..................................................................................................................30
Tabela 8 - Direitos de Produção de Petróleo Bruto por Companhias.....................................................................................31
Tabela 9 - Produção de Petróleo Bruto por Operador............................................................................................................32
Tabela 10 – Direitos de Petróleo Bruto da Concessionária Nacional.....................................................................................34
Tabela 11 - Produção Gás Natural Associado.........................................................................................................................36
Tabela 12 - Produção de LPG de Angola.................................................................................................................................37
Tabela 13 - Produção de LNG de Angola.................................................................................................................................38
Tabela 14 - Produção de Condensados de Angola..................................................................................................................38
Tabela 15 - Custos de Operação nas Concessões em Produção............................................................................................39
Tabela 16 - Mapa de Exportações da Sonangol Concessionária............................................................................................40
Tabela 17 - Custos Recuperados nas Concessões em Produção...........................................................................................41
Tabela 18 - Produção de Petróleo Bruto da Sonangol Investidora.........................................................................................42
Tabela 19 - Produção de LPG Quota-Parte Sonangol.............................................................................................................43
Tabela 20 - Produção de LNG Quota-Parte Sonangol.............................................................................................................44
Tabela 21 - Produção de Condensados Quota-Parte Sonangol..............................................................................................44
Tabela 22 – Taxa Média de Utilização da Capacidade Instalada.............................................................................................45
Tabela 23 - Volume de Petróleo Bruto Processado................................................................................................................45
Tabela 24 – Produção de Refinados.........................................................................................................................................45
Tabela 25 - Volume de Petróleo Bruto Transportado..............................................................................................................47
Tabela 26 - Volume de Produtos Derivados Transportado Por Segmentos...........................................................................47
Tabela 27 – Aquisição de Produtos Refinados por Origem.....................................................................................................49
Tabela 28 - Aprovisionamento de Produtos Refinados...........................................................................................................50
Tabela 29 - Capacidade de Armazenagem..............................................................................................................................50
Tabela 30 - Quantidades de Produtos Refinados Comercializados........................................................................................51
Tabela 31 – Exportação de Petróleo Bruto Por Rama.............................................................................................................53
Tabela 32 – Exportação de Petróleo Bruto Por Destino..........................................................................................................55
Tabela 33 – Quantidade de Produtos Refinados Exportados..................................................................................................56
Tabela 34 – Mapa de Indicadores Operacionais da Sonair......................................................................................................57
Tabela 35 - Mapa de Indicadores MSTELCOM.........................................................................................................................58
Tabela 36 - Mapa de Indicadores Operacionais da Clínica Girassol.......................................................................................59
Tabela 37 – Stock Imobiliário Comercializado........................................................................................................................60
Tabela 38 – Principais Indicadores de Ensino e Formação.....................................................................................................61
Figuras:
Figura 1 – A Sonangol, E.P. como empresa integrada de Petróleo e Gás..............................................................................11
Figura 2 - Matriz Empresarial da Sonangol, E.P.....................................................................................................................12
Figura 3 – Comercialização de Produtos Refinados por Regiões...........................................................................................52
Figura 4 – Destino do Petróleo Bruto......................................................................................................................................54
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
2017
ÍNDICE
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS: 17.2 TIPOS DE BENEFÍCIOS..............................................................................................................................................153
BALANÇO CONSOLIDADO............................................................................................................................................... 90 17.3 MOVIMENTO DAS RESPONSABILIDADES COM BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO........................................................154
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADA POR NATUREZA............................................................................ 91 17.4 JUSTO VALOR DOS ACTIVOS DOS PLANOS..............................................................................................................155
17.5 GANHOS E PERDAS ACTUARIAIS.............................................................................................................................156
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: 17.6 ANÁLISE DE SENSIBILIDADE...................................................................................................................................156
1. ACTIVIDADE E INFORMAÇÃO CORPORATIVA.............................................................................................................. 92 18. PROVISÕES PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOS....................................................................................................157
2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ADOPTADAS NA PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS....................... 93 18.1 DECOMPOSIÇÃO PROVISÕES PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOS......................................................................157
2.1 BASES DE PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS...............................................93 18.2 PROVISÕES PARA PROCESSOS JUDICIAIS...............................................................................................................157
2.2 JULGAMENTOS, ESTIMATIVAS E PRESSUPOSTOS SIGNIFICATIVOS UTILIZADOS......................................................96 18.3 CONTINGÊNCIAS FISCAIS.........................................................................................................................................157
2.3 BASES DE VALORIMETRIA ADOPTADAS NA PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS.....101 18.4 PROVISÃO PARA DESMANTELAMENTO – SONANGOL INVESTIDORA.....................................................................157
2.4 ALTERAÇÕES NAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS.....................................................................................................117 18.5 FUNDEAMENTOS PARA DESMANTELAMENTO (CONCESSIONÁRIA)......................................................................158
3. SEGMENTOS OPERACIONAIS....................................................................................................................................117 19. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES E CONTAS A PAGAR......................................................................................159
4. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS....................................................................................................................................122 19.1 DECOMPOSIÇÃO DOS OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES E CONTAS A PAGAR................................................159
4.1 IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS.....................................................................................................................................122 19.2 TRANSACÇÕES ENQUANTO CONCESSIONÁRIA NACIONAL...................................................................................159
4.A. PROPRIEDADES DE PETRÓLEO E GÁS.....................................................................................................................124 19.3 ESTADO......................................................................................................................................................................160
4.B. ACTIVOS REVERSÍVEIS..............................................................................................................................................126 19.4 CREDORES DA ACTIVIDADE MINEIRA......................................................................................................................160
5. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS................................................................................................................................127 19.5 FUNDO DE PENSÕES................................................................................................................................................160
5.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA...................................................................................................................................127 19.6 CREDORES - OVERLIFT.............................................................................................................................................160
5.2 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, NO VALOR BRUTO..................................................................127 19.7 OUTROS CREDORES.................................................................................................................................................161
5.3 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, NAS AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS....................................127 21. OUTROS PASSIVOS CORRENTES.............................................................................................................................162
5.A. ACTIVOS DE EXPLORAÇÃO E AVALIAÇÃO..................................................................................................................128 22. VENDAS...................................................................................................................................................................163
6. INVESTIMENTOS FINANCEIROS EM PARTICIPADAS..................................................................................................130 23. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS......................................................................................................................................163
6.1 COMPOSIÇÃO POR MÉTODO DE MENSURAÇÃO........................................................................................................130 24. OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS......................................................................................................................164
6.2 COMPOSIÇÃO POR ENTIDADE – INVESTIMENTOS FINANCEIROS – CUSTO MENOS IMPARIDADE.........................131 25. VARIAÇÃO NOS PRODUTOS ACABADOS E EM VIAS DE FABRICO..............................................................................164
6.3 COMPOSIÇÃO POR ENTIDADE – INVESTIMENTOS FINANCEIROS – JUSTO VALOR..................................................133 26. ENTREGAS AO ESTADO DAS VENDAS DA “CONCESSIONÁRIA”................................................................................165
7. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS...............................................................................................................................135 27. CUSTOS DAS EXISTÊNCIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS-PRIMAS E SUBSIDIÁRIAS CONSUMIDAS........................165
7.1 DECOMPOSIÇÃO POR NATUREZA..............................................................................................................................135 27.A. CUSTOS DA ACTIVIDADE MINEIRA..........................................................................................................................166
8. EXISTÊNCIAS............................................................................................................................................................138 28. CUSTOS COM O PESSOAL........................................................................................................................................167
8.1 MOVIMENTOS, OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, NAS EXISTÊNCIAS................................................................138 29. AMORTIZAÇÕES......................................................................................................................................................168
9. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES E CONTAS A RECEBER......................................................................................139 30. OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS...........................................................................................................168
9.1. DECOMPOSIÇÃO POR NATUREZA.............................................................................................................................139 31. RESULTADOS FINANCEIROS....................................................................................................................................169
9.2 PARTICIPANTES E PARTICIPADAS..............................................................................................................................140 32. RESULTADOS DE FILIAIS E ASSOCIADAS.................................................................................................................170
9.3 OUTROS DEVEDORES.................................................................................................................................................141 33. RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS..........................................................................................................................171
9.4 DIREITOS CONCESSIONÁRIA - ACTIVO......................................................................................................................142 34. RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS...........................................................................................................................172
9.5 TRANSACÇÕES ENQUANTO CONCESSIONÁRIA NACIONAL.....................................................................................142 35. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO............................................................................................................................172
10. CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS............................................................................................................................145 36. RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS E NÃO REFLECTIDAS NO BALANÇO.................................................................172
10.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA.................................................................................................................................145 37. CONTINGÊNCIAS.....................................................................................................................................................173
10.2 COMPOSIÇÃO DOS TÍTULOS NEGOCIÁVEIS..............................................................................................................146 38. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DE BALANÇO......................................................................................................173
11. OUTROS ACTIVOS CORRENTES...............................................................................................................................146 39. AUXÍLIO DO GOVERNO E OUTRAS ENTIDADES........................................................................................................175
12. CAPITAL SOCIAL E PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES...............................................................................................147 40. SALDOS E TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS.................................................................................175
13. RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS..............................................................................................................147 41. INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS..................................................................................................176
15. EMPRÉSTIMOS........................................................................................................................................................150 42. GARANTIA DE FINANCIAMENTO.............................................................................................................................176
15.1 EMPRÉSTIMOS BANCA INTERNACIONAL................................................................................................................150 RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE ÀS CONTAS CONSOLIDADAS............................................................................177
17. PROVISÕES PARA BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO......................................................................................................152 PARECER DO CONSELHO FISCAL ÀS CONTAS CONSOLIDADAS.....................................................................................181
17.1 RESPONSABILIDADES POR BENEFÍCIOS DE PENSÕES E DE CESSAÇÃO DE EMPREGO......................................152 ANEXOS........................................................................................................................................................................184
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS.......................................................................................................186
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADA
31 DE DEZEMBRO DE 2017 POR NATUREZA PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE
DEZEMBRO DE 2017
BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017
31-12-2017 31-12-2016 31-12-2017 31-12-2016
AOA AOA AOA
AOA
ACTIVO
VENDAS 22 2.824.956.212.364 2.283.777.182.435
ACTIVO NÃO CORRENTE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 23 66.306.650.759 153.224.082.059
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS 4 833.867.089.852 937.802.927.657
OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS 24 24.781.109.444 14.892.561.009
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS 5 35.477.064.092 65.059.719.976
2.916.043.972.567 2.451.893.825.503
PROPRIEDADES DE PETRÓLEO E GÁS 4A 2.370.485.025.148 2.447.205.577.713
VARIAÇÃO NOS PRODUTOS ACABADOS E EM VIAS DE FABRICO 25 11.288.316.275 3.836.578.246
ACTIVOS REVERSÍVEIS 4B - 167.395.967.501
ENTREGAS AO ESTADO DAS VENDAS DA “CONCESSIONÁRIA” 26 (1.302.579.051.974) (895.401.469.527)
ACTIVOS DE EXPLORAÇÃO E AVALIAÇÃO 5A 451.174.932.728 724.759.575.062
CUSTOS DAS EXISTÊNCIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS-PRIMAS CONSUMIDAS 27 (401.832.108.410) (387.384.114.574)
INVESTIMENTOS FINANCEIROS EM PARTICIPADAS 6 601.791.286.099 470.928.863.134
CUSTOS DA ACTIVIDADE MINEIRA 27A (275.095.318.224) (265.076.687.029)
OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS 7 181.763.430.194 178.422.503.244
CUSTOS COM O PESSOAL 28 (152.952.645.840) (157.888.458.184)
OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES 9 388.313.688.276 613.187.525.103
AMORTIZAÇÕES 29 (425.011.738.358) (369.588.981.285)
DEPÓSITOS BANCÁRIOS 10 274.858.738.713 222.410.168.298
OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS 30 (169.602.892.173) (224.713.290.176)
TOTAL ACTIVO NÃO CORRENTE 5.137.731.255.102 5.827.172.827.688
(2.715.785.438.704) (2.296.216.422.529)
ACTIVO CORRENTE
RESULTADOS OPERACIONAIS: 200.258.533.863 155.677.402.974
EXISTÊNCIAS 8 126.240.720.456 100.547.093.054
RESULTADOS FINANCEIROS 31 67.034.536.041 (54.032.242.686)
CONTAS A RECEBER 9 1.713.473.047.540 745.937.958.438
RESULTADOS DE INVESTIMENTOS EM PARTICIPADAS 32 22.452.427.371 4.155.000.522
DISPONIBILIDADES 10 858.596.499.882 826.942.310.235
RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS 33 (170.849.571.046) (8.528.579.984)
OUTROS ACTIVOS CORRENTES 11 7.298.087.974 8.080.175.562
(81.362.607.634) (58.405.822.148)
TOTAL ACTIVO CORRENTE 2.705.608.355.852 1.681.507.537.289
RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS: 118.895.926.229 97.271.580.826
TOTAL ACTIVO 7.843.339.610.954 7.508.680.364.977
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 35 (93.789.703.582) (84.068.375.918)
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
RESULTADOS LÍQUIDOS DAS ACTIVIDADES CORRENTES: 25.106.222.647 13.203.204.908
CAPITAL PRÓPRIO
RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 34 2.258.799.300 78.473.316
CAPITAL 12 1.000.000.000.000 1.000.000.000.000
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 27.365.021.947 13.281.678.224
PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES 12 1.846.949.307.988 946.558.748.877
RESERVAS 13 1.346.521.000.053 1.361.489.357.725
RESULTADOS TRANSITADOS 13 (2.062.527.331.053) (1.023.390.645.332)
AJUSTAMENTOS CAMBIAIS CONVERSÃO. DEM. FIN. 1.067.706.825.505 838.166.239.916
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 27.365.021.947 13.281.678.224
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO 3.226.014.824.440 3.136.105.379.410
PASSIVO NÃO CORRENTE
EMPRÉSTIMOS 15 610.597.380.607 1.144.568.504.953
PROVISÕES PARA BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO 17 330.695.963.713 104.559.096.058
PROVISÃO PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOS 18 1.462.051.935.441 1.222.092.751.908
OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES 19 131.764.122.060 137.700.246.412
TOTAL PASSIVO NÃO CORRENTE 2.535.109.401.821 2.608.920.599.331
PASSIVO CORRENTE
CONTAS A PAGAR 19 1.693.082.336.491 1.151.232.809.152
EMPRÉSTIMOS 15 221.508.809.620 507.473.441.589
OUTROS PASSIVOS CORRENTES 21 167.624.238.582 104.948.135.495
TOTAL PASSIVO CORRENTE 2.082.215.384.693 1.763.654.386.236
TOTAL PASSIVO 4.617.324.786.514 4.372.574.985.567
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 7.843.339.610.954 7.508.680.364.977
92 93
As presentes Demonstrações financeiras consolida- ao Grupo. Activos e passivos não monetários expres-
1 ACTIVIDADE E INFORMAÇÃO CORPORATIVA das e respectivas notas foram preparadas de acordo sos em moeda estrangeira registados ao justo valor
com os princípios e políticas contabilísticas definidas são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em
A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola E.P. bruto e gás natural onshore e offshore, quer como e aprovadas pelo Conselho de Administração, no Ma- que o justo valor foi determinado.
(doravante designada “Sonangol E.P.” ou “Empresa” operador quer como não operador em acordos con- nual de Políticas Contabilísticas da Sonangol (MPC)
enquanto entidade individual, ou “Grupo Sonangol” juntos. e tomam por referência as disposições do normativo As Demonstrações Financeiras respeitam as caracte-
ou “Grupo” quando referida a Sonangol E.P. e o contabilístico nacional e das Normas Internacionais rísticas de relevância e fiabilidade, foram preparadas
conjunto de entidades que compõem o seu perímetro Midstream de Relato Financeiro (IFRS) em vigor. Esses princípios na base da continuidade das operações e do acrésci-
de consolidação, conforme definido pelo Conselho de Este segmento inclui as actividades de refinação e e políticas contabilísticas são integralmente explana- mo e em obediência aos princípios contabilísticos da
Administração da Sonangol E.P.) com sede na Rua transporte de petróleo bruto, gás natural e produtos dos ao longo das Notas 2 e 3 do presente Relatório e consistência, materialidade e comparabilidade.
Rainha Ginga n.º 29-31 – Luanda, tem como activi- derivados. Contas.
dade principal operar na indústria petrolífera desde
a fase inicial de pesquisa e produção de hidrocarbo- Downstream Para efeitos da preparação das presentes Demons-
netos (upstream) passando pela totalidade de activi- Este segmento inclui as actividades de armazena- trações Financeiras, o Grupo Sonangol seguiu o
dades conexas até ao momento da venda ao cliente gem, comercialização e distribuição dos produtos princípio do custo histórico, excepto quanto ao indi-
final (midstream/downstream). derivados de petróleo bruto e gás natural ao cliente cado na Nota 2.3. q), segundo o qual os activos foram
final. reconhecidos pela quantia de dinheiro e seus equiva-
Por força da Lei nº 10/04 (Lei das Actividades Pe- lentes pagos ou a pagar, ao câmbio para a moeda de
trolíferas), a Sonangol E.P. é a empresa angolana a Non Core preparação, à data da aquisição; e os passivos foram
quem o Estado concedeu os direitos mineiros para a Este segmento inclui todas as demais actividades reconhecidos pela quantia dos produtos e serviços
prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção complementares e não relacionadas com a cadeia de recebidos em troca da obrigação presente ou pelas
de hidrocarbonetos líquidos ou gasosos. Na sua qua- valor do negócio de petróleo e gás. quantias de dinheiro a pagar, ao câmbio para a moeda
lidade de Concessionária Nacional, a Sonangol E.P. de preparação, à data da transacção.
está autorizada a associar-se a entidades estran- Estas Demonstrações financeiras consolidadas
geiras ou nacionais para realização das operações foram aprovadas pelo Conselho de Administração da As quantias escrituradas dos itens monetários de-
petrolíferas no território nacional. Estas operações Sonangol E.P., na reunião de 10 de Agosto de 2018, nominados em moeda estrangeira (face à moeda de
estão actualmente consubstanciadas em contratos estando ainda sujeitas a aprovação do Accionista e da preparação) são actualizadas cambialmente, a cada
de associação, contratos de partilha de produção e Tutela, os quais têm a capacidade de as alterar após data de relato, com base nas taxas de câmbio publi-
contratos de serviços com risco. a autorização para emissão pelo Conselho de Admi- cadas pelo Banco Nacional de Angola, a essa data.
nistração da Sonangol E.P. Com referência a 31 de Dezembro de 2017 foi consi-
O Grupo está presente em diversas actividades re- derada a última taxa de venda publicada pelo Banco
lacionadas com Petróleo e Gás, actividades conexas O Conselho de Administração da Sonangol E.P. as- Nacional de Angola. As quantias escrituradas dos
e outras, as quais se dividem em cinco segmentos sume que estas Demonstrações financeiras conso- itens não monetários registados ao custo histórico
principais, conforme se detalha de seguida: lidadas reflectem de forma verdadeira e apropriada denominados em moeda estrangeira (quando compa-
as operações do Grupo Sonangol, bem como a sua rados com a moeda de preparação) são convertidos à
Corporate & Financing posição e performance financeira de acordo com as taxa de câmbio da data da transacção e não são ac-
Este segmento inclui as actividades relacionadas regras e princípios contabilísticos definidos e apre- tualizadas para o novo câmbio a cada data de relato.
com os investimentos financeiros e com os financia- sentados nas Notas 2 e 3. As diferenças de câmbio favoráveis ou desfavoráveis
mentos bancários do Grupo. daqui resultantes são reconhecidas na demonstração
dos resultados, nas rubricas de proveitos e ganhos fi-
Upstream nanceiros ou custos e perdas financeiros, respectiva-
Este segmento desenvolve actividades de pesquisa, mente, consoante sejam favoráveis ou desfavoráveis
exploração, desenvolvimento e produção de petróleo
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
94 95
da moeda de preparação, foram como segue: de conversão; várias subsidiárias a consolidar pelo método de Descrição Sonils Inloc
consolidação integral; Activo (A) 116.128.365.621 14.912.888.758
Taxa de fecho 2017 2016 • ao indicado na Nota 4A e na Nota 13 relativa- Capitais Próprios (CP) 72.357.981.360 14.386.353.397
1 USD = 166,749 166,728 AOA mente à correcção dos valores de imparidades • Eliminação de participações financeiras em Passivo (P) 43.770.384.261 526.535.361
1 EURO = 186,303 186,282 AOA em activos mineiros registados em 2016; subsidiárias contra o capital próprio das subsi-
A-(P+CP) - -
1 GBP = 225,561 203,958 AOA diárias;
• ao indicado na Nota 13 quanto à imparidade
1 ZAR = 13,458 12,223 AOA
de empréstimos concedidos pela Sonangol a • Ajustamentos por aplicação do método da
Taxa média 2017 2016
empresas do tecido empresarial privado de compra – apuramento de goodwill e dos ‘interes-
1 USD = 166,742 164,021 AOA Angola, no âmbito da Lei de Fomento do Em- ses que não controlam’;
1 EURO = 186,296 182,942 AOA presariado Privado Angola; e,
1 GBP = 216,469 221,009 AOA • Eliminação de saldos e transacções intra-grupo;
1 ZAR = 12,624 11,605 AOA • às restantes situações consideradas como
erros fundamentais e reconhecidas em Outras • Outros ajustamentos de consolidação neces-
reservas e Resultados transitados, conforme sários.
detalhado na Nota 13.
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
96 97
A saída destas empresas do perímetro originou 2.2 JULGAMENTOS, ESTIMATIVAS Na classificação de um acordo conjunto o Conselho 2.2.2 ESTIMATIVAS E PRESSUPOSTOS
uma redução do goodwill ao nível do Grupo no E PRESSUPOSTOS SIGNIFICATIVOS de Administração analisa os seus direitos e obriga- Os pressupostos chave respeitantes ao futuro e
montante de 27.768.098 milhares de AOA, confor- UTILIZADOS ções decorrentes dos acordos. Especificamente, o outras fontes críticas de incerteza nas estimativas
me divulgado na nota 5 e uma redução dos capi- A preparação das Demonstrações financeiras Conselho de Administração considera: apuradas na data de reporte que apresentam risco
tais próprios ao nível consolidado no montante de consolidadas requer que sejam efectuados julga- significativo de causarem ajustamentos materiais
86.721.468 milhares de AOA, conforme divulgado mentos, estimativas e que sejam assumidos pres- • A estrutura do acordo conjunto – se este é aos valores contabilísticos dos activos e passivos
na nota 13. supostos que afectam o valor dos proveitos, custos, estruturado através de um veículo separado; durante o ano fiscal subsequente, encontram-se des-
activos, passivos, divulgações correspondentes e critos abaixo. O Grupo suporta os seus pressupostos
Em 2017, foi concluído o processo de construção a divulgação de passivos contingentes à data das • Quando o acordo é estruturado através de um e estimativas com base em parâmetros e informação
dos dois navios Suezmax que se encontravam em Demonstrações financeiras consolidadas. veículo separado, o Conselho de Administra- disponível aquando da preparação das demons-
construção desde 2014, e cujo activo se encontrava ção considera também os direitos e obrigações trações financeiras consolidadas. Circunstâncias e
registado nas demonstrações financeiras da So- As estimativas e os julgamentos são continuamente decorrentes de: pressupostos assumidos sobre desenvolvimentos
nangol EP como imobilizado em curso. Para opera- avaliados e baseados na experiência da Adminis- futuros, podem, no entanto, mudar, em consequência
cionalização dos referidos navios foram criadas tração e em outros factores, incluindo a expectativa --A forma legal do veículo separado; de alterações no mercado ou de circunstâncias fora
em 2017 as subsidiárias Sonangol Cazenga Limi- sobre eventos futuros que se acredita que sejam --Os termos do acordo contratual; do controlo do Grupo. Tais alterações são reflectidas
ted e Sonangol Maiombe Limited que passaram a razoáveis dadas as circunstâncias. No entanto, a --Outros factos e circunstâncias (quando rele- nos pressupostos quando ocorrem.
integrar o perímetro de consolidação e para onde incerteza sobre os pressupostos usados e sobre as vantes).
foram transferidos navios. estimativas efectuadas podem levar a resultados (i) Reservas de hidrocarbonetos
finais que requerem ajustamentos materiais aos Estas análises usualmente requerem julgamento As estimativas das reservas de petróleo bruto são
O valor das diferentes rubricas do balanço destas valores contabilísticos dos activos ou passivos em profissional e podem afectar de forma significativa a uma parte integrante do processo de tomada de de-
novas empresas é apresentado no mapa abaixo: períodos futuros. respectiva contabilização. cisão relativamente aos activos da actividade mineira,
suportando adicionalmente o desenvolvimento ou a
Em particular, o Grupo identificou as seguintes Investimentos em empresas associadas e em acor- implementação de técnicas de recuperação assistida
Valores em Milhares AOA
áreas onde julgamentos significativos, estimativas e dos conjuntos encontram-se mensurados ao custo (secundária e terciária).
Descrição Sonangol Sonangol pressupostos são necessários. Informações adicio- menos perdas por imparidade.
Maiombe Limited Cazenga Limited nais em cada uma destas áreas e como impactam Os volumes de reservas provadas de petróleo bruto
Activo (A) 11.722.611.554 11.724.440.614 as variadas politicas contabilísticas encontram-se (ii) Contingências que a Empresa utiliza para efeitos de preparação das
Capitais Próprios (CP) 11.367.270.826 11.408.605.735 descritas abaixo e também nas Notas relevantes às Pela sua natureza, as contingências são resolvidas Demonstrações financeiras, provêm de relatórios de
Passivo (P) 355.340.728 315.834.879 Demonstrações financeiras. apenas quando um ou mais eventos futuros incertos peritos independentes externos. Esta informação é
A-(P+CP) - - Alterações nas estimativas são tratadas prospecti- ocorrem ou acabam por não ocorrer. A análise da actualizada anualmente e é utilizada para o cálculo
vamente. existência, e potencial quantificação da contingência da amortização dos activos afectos à actividade de
envolvem o exercício de julgamento significativo e exploração e produção de petróleo e gás de acordo
o uso de estimativas com relação ao resultado de com o método das unidades de produção bem como
2.2.1 JULGAMENTOS eventos futuros. para o reconhecimento anual dos custos de desman-
telamento dos campos. Para avaliação da imparidade
(i) Acordos conjuntos O custo final de processos judiciais, liquidações dos investimentos em Propriedades de petróleo e
O Conselho de Administração exerce julgamento para e outros litígios pode variar devido a estimativas gás e em Activos de exploração e avaliação (Ver Nota
determinar quando é que o Grupo apresenta controlo baseadas em diferentes interpretações das normas, 2.2.2 v)), o Grupo recorre a fontes de informação cer-
conjunto sobre um acordo contratual, o que requer opiniões e avaliações finais do montante de perdas. tificadas por entidades independentes, consideran-
um entendimento das actividades relevantes e quan- Consequentemente, alterações nas circunstâncias do, as reservas provadas e prováveis, assim como o
do é que as decisões em relação a essas actividades relacionadas com contingências podem ter um efeito futuro investimento a realizar para se aceder a estas
requerem consentimento unânime. O Grupo deter- significativo no valor da provisão para contingências reservas.
minou que as actividades relevantes são as relacio- registado.
nadas com as decisões de operação e capital, tais A estimativa das reservas está sujeita a revisões fu-
como a aprovação do programa de investimento para turas, com base em nova informação disponível, por
cada ano e apontar, remunerar, e terminar a relação exemplo, relativamente às actividades de desenvolvi-
contratual com o pessoal responsável pela gestão mento (perfuração e produção), preços, datas de fim
ou fornecedores do acordo conjunto. Ver Nota 2.3.b) de contrato ou planos de desenvolvimento (sanciona-
para maiores detalhes. mento de projectos de desenvolvimento), advento de
novas tecnologias, etc.
O Conselho de Administração exerce, ainda, julga-
mento quanto à classificação de um acordo conjunto.
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O impacto nas amortizações e provisões para des- nar o montante das depreciações e amortizações a • Despesas futuras de capital (capex); to por avaliadores externos, tendo em conta o melhor
mantelamento resultante de variações nas reservas reconhecer na demonstração dos resultados con- uso que seria atribuído ao imóvel no mercado.
estimadas é tratado de forma prospectiva, amor- solidados de cada período. Estes dois parâmetros • Custos com desmantelamento (com base nas
tizando o valor líquido remanescente dos activos e são definidos de acordo com o melhor julgamento informações actualizadas dos operadores); Os imóveis testados encontram-se apresentados na
reforçando a provisão para custos de desmantela- do Conselho de Administração para os ativos em Nota 7 Outros activos financeiros – Investimentos em
mento, respectivamente, em função da produção questão. • Percentagem de working interest e net entitlement. imóveis, líquidos de qualquer imparidade apurada no
futura prevista. exercício.
(v) Valor recuperável dos activos Os testes de imparidade são realizados em USD e
(ii) Despesas de exploração e avaliação A cada data de relato, o Grupo avalia os seus activos posteriormente convertidos para AOA à taxa de câm- Goodwill
A aplicação da política contabilística do Grupo no ou unidades geradoras de caixa para determinar a bio à data de relato. O Grupo Sonangol tem registado goodwill relativo à
que respeita a despesas de exploração e avaliação existência de qualquer indicador de imparidade. Para aquisição da Refinaria de Luanda à Fina Petróleos
requer julgamento para determinar se os benefícios o caso específico do goodwill, este é sempre sujeito a As propriedades de petróleo e gás testadas encon- correspondendo a uma unidade geradora de caixa
económicos futuros são prováveis, através de futura teste de imparidade a cada data de balanço. Sempre tram-se apresentadas na Nota 4.A. Propriedades (UGC) independente.
exploração ou venda, ou se actividades não chegarão que se considera existir um indicador de imparida- de petróleo e gás, líquidas de qualquer imparidade
a um estágio que permitam uma avaliação razoável de, é realizada uma estimativa do valor recuperável, apurada no exercício e em exercícios anteriores. O valor recuperável do goodwill foi determinado de
da existência de reservas. A determinação de reser- calculada como o maior entre o Justo valor menos acordo com a melhor estimativa do Conselho de
vas e recursos é por si só um processo de estimativa custos de vender e o Valor de uso. Activos de exploração e avaliação Administração do Grupo, tendo por base modelos
que envolve variados graus de incerteza dependendo O Grupo utiliza a metodologia dos esforços bem-suce- de fluxos de caixa projectados por cinco anos e uma
de como os recursos são classificados. A política de Na determinação do valor recuperável de um activo, didos na capitalização dos seus activos de exploração e perpetuidade sem taxa de crescimento, tendo sido
capitalização de despesas obriga a gestão a fazer e em particular o montante do Justo valor menos avaliação, isto é, os dispêndios incorridos são capitaliza- assumidos pressupostos quanto à curva de preços
certas estimativas e assumir pressupostos sobre custos de vender, nos casos em que não existiram dos na medida em que seja expectável que os mesmos do petróleo e gás natural (considerando os preços
eventos e circunstâncias futuras, em particular, transacções de mercado recentes e semelhantes, o resultem na descoberta de recursos de hidrocarbonetos actuais e históricos, tendências de preços e factores
sobre se uma extracção economicamente viável Grupo utilizou técnicas de fluxo de caixa descontado, com viabilidade técnica, económica e comercial e os relacionados), taxa de desconto, custos operacionais,
pode ser estabelecida. Se, após a capitalização de tendo os pressupostos sido ajustados com base em resultados das actividades de avaliação, tais como a incluindo custos com paragem para manutenção
despesas, a informação disponibilizada sugere que a pressupostos que participantes de mercado utiliza- perfuração de poços adicionais ou poços de delineação, quando aplicável, despesas futuras de capital e per-
recuperação da propriedade deixa de ser provável, é riam para avaliar o activo, unidade geradora de caixa se venham a revelar positivos e favoráveis à extracção formance operacional.
reconhecida em resultados uma imparidade relativa- ou grupo de unidades geradoras de caixa. Segundo dos hidrocarbonetos descobertos.
mente aos valores capitalizados anteriormente. esta metodologia, os fluxos de caixa, assim como a Nos testes de imparidade realizados, a taxa de desconto
taxa de desconto, são considerados após imposto. Na determinação do valor recuperável dos activos de nominal em AOA é de cerca de 14% para a Refinaria de
(iii) Amortização dos activos de Petróleo e Gás – Mé- exploração e avaliação, o Conselho de Administração Luanda (projecções desenvolvidas em AOA).
todo das unidades de produção Propriedades de petróleo e gás do Grupo utilizou a sua melhor expectativa quanto ao
As propriedades de Petróleo e Gás são amortizadas O valor recuperável das propriedades de petróleo e facto dos benefícios económicos futuros esperados O goodwill encontra-se apresentado na Nota 5 Outras
de acordo com o método das unidades de produção gás foi determinado de acordo com a melhor estima- com a extracção de hidrocarbonetos serem superio- imobilizações incorpóreas, líquido de perdas por
(MUP) baseado no total das reservas de hidrocarbo- tiva do Conselho de Administração do Grupo, tendo res ao investimento efectuado, tendo, para o efeito, imparidade.
netos provadas desenvolvidas. Isto resulta num custo como base o seu valor de uso, correspondente ao sido consideradas as reservas prováveis das áreas
com amortização proporcional à depleção da pro- valor descontado dos fluxos de caixa estimados para em teste. Investimento financeiro na Angola LNG
dução remanescente do campo. A vida útil de cada o período de exploração dos blocos/campos, tendo O valor recuperável do investimento financeiro na
activo, analisada pelo menos numa base anual, tem em consideração os seguintes pressupostos: A análise foi desenvolvida em USD, tendo sido pos- Angola LNG foi determinado de acordo com a melhor
em consideração limitações físicas de vida útil e ava- teriormente convertida para AOA, à taxa de câmbio à estimativa do Grupo, tendo como base o valor de uso,
liações presentes sobre as reservas economicamente • Reservas provadas e prováveis (reservas 2P), data de relato. apurado com base na estimativa dos fluxos de caixa
recuperáveis do campo onde o activo está situado. O certificadas por peritos independentes externos; Os activos de exploração e avaliação testados encon- do negócio, da curva de preços do gás natural (consi-
cálculo do rácio da amortização utilizando o MUP é tram-se apresentados na Nota 5.A. Activos de explo- derando os preços actuais e históricos, tendências de
impactado por alterações da estimativa de reservas • Curva de preços do petróleo e gás natural e ração e avaliação, líquidos de qualquer imparidade preços e factores relacionados), taxas de desconto,
futuras. Alterações nas reservas provadas podem diferenciais de preços para cada uma das ramas apurada no exercício e em exercícios anteriores. estimativa de custos operacionais, despesas futuras
ocorrer decorrentes de alterações nos pressupostos de petróleo ($62,26/barril em 2018, $62,65/barril de capital, e performance operacional (inclui volumes
utilizados nas estimativas de reservas, nomeada- em 2019, $65/barril em 2020 e crescimento de Imóveis de produção e vendas).
mente dos preços futuros estimados. 2% nos anos seguintes); O Grupo possui diversos imóveis (terrenos, edifícios
ou partes de edifícios) detidos com o objectivo de ca- Nos testes de imparidade realizados, preparados em
(iv) Vidas úteis e valores residuais de ativos tangíveis • Taxa de desconto de entre os 11% e 12%; pitalização de valor, obtenção de rendas, ou ambas. USD e posteriormente convertidos para AOA à taxa
A determinação dos valores residuais e das vidas Na determinação do valor recuperável dos imóveis, o de câmbio à data de relato, o Grupo considerou uma
úteis dos ativos, bem como o método de depreciação/ • Custos operacionais (custo de produção por barril); Conselho de Administração do Grupo considerou os taxa de desconto nominal de cerca de 10% e a me-
amortização a aplicar é essencial para determi- montantes apurados segundo o método do rendimen- lhor estimativa da curva de preços de gás natural.
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trolo conjunto é a partilha de controlo acordada contra- rado pelo justo valor dos bens entregues, instrumentos revistos em cada período de reporte para confirmar que após avaliação/apreciação (perfuração de poços adicio-
tualmente em que as decisões Estratégicas, Financeiras de capital emitidos e passivos incorridos ou assumidos não existem quaisquer indicações que o valor líquido nais), o custo permanece contabilizado como activos de
e Operacionais relacionadas com a actividade exigem na data de aquisição. Os activos identificáveis adquiridos contabilístico dos activos excede o seu valor recuperável. exploração e avaliação, enquanto são desenvolvidos os
consentimento unânime das partes que partilham o e os passivos e passivos contingentes assumidos numa Esta revisão inclui a confirmação que a perfuração de trabalhos para determinar o tamanho, características e
controlo. concentração de actividades empresariais, são mensu- exploração está em curso ou perfeitamente planeada, potencial comercial do reservatório seguidos da des-
rados inicialmente ao justo valor na data de aquisição, ou que foi determinada, ou trabalhos estão já em curso coberta inicial de hidrocarbonetos, incluindo os custos
i) Operações conjuntamente controladas independentemente da existência de interesses que não no sentido de determinar que a descoberta é economi- com poços de avaliação onde ainda não foram encontra-
Operações conjuntamente controladas são um tipo de controlam. O excesso do custo de aquisição relativa- camente viável baseada num conjunto de considerações dos hidrocarbonetos.
acordo conjunto onde as partes que apresentam contro- mente ao justo valor da participação do Grupo nos acti- técnicas e comerciais e que progressos suficientes
lo conjunto de uma actividade económica têm direitos vos identificáveis adquiridos é registado como goodwill. estão a ser efectuados no sentido de estabelecer planos Tais custos capitalizados estão sujeitos a revisão técnica,
sobre activos e obrigações sobre os passivos, relaciona- de desenvolvimento. comercial e da gestão, assim como à revisão de indi-
dos com o acordo. Os custos directamente atribuíveis à aquisição são re- cadores de imparidade pelo menos uma vez ao ano.
Com relação aos seus interesses em operações conjun- gistados quando ocorrem em resultados do exercício. Direitos e licenças são amortizados pelo método das Isto serve para confirmar a intenção continuada para o
tamente controladas, o Grupo, reconhece os seus: unidades de produção sobre o total das reservas pro- desenvolvimento ou por outro lado o valor potencial da
Se o justo valor dos activos líquidos identificáveis ad- vadas desenvolvidas e não desenvolvidas da área em extracção associada à descoberta. Quando não é mais o
• Activos, incluindo a sua percentagem em qualquer quiridos é superior ao valor da importância transferida, questão. caso, os custos capitalizados são registados na demons-
activo detido conjuntamente; antes do reconhecimento do ganho, o Grupo analisa se tração de resultados.
identificou correctamente todos os activos adquiridos e Caso futuras actividades não se encontrem planeadas
• Passivos, incluindo a sua quota-parte sobre qual- todos os passivos assumidos e revê os procedimentos ou a licença tenha sido abandonada, cancelada ou expi- Quando reservas provadas de petróleo e gás natural são
quer passivo incorrido conjuntamente; usados para mensurar os valores a serem reconhecidos rada, o valor líquido contabilístico dos custos de aqui- identificadas e o desenvolvimento aprovado, as despe-
na data de aquisição. Se na avaliação efectuada conti- sição da licença e propriedade são reconhecidos como sas capitalizadas são primeiramente avaliadas quanto
• Rédito da venda da sua quota-parte do output origi- nuar a resultar um excesso do justo valor dos activos custo na demonstração de resultados. a eventuais indícios de imparidade e (caso necessário)
nado pelas operações conjuntamente controlada; líquidos identificáveis sobre a importância transferida, o qualquer imparidade necessária é registada em resul-
ganho correspondente é reconhecido na demonstração Após o reconhecimento de reservas provadas e após se- tados e em seguida, o valor remanescente é transferido
• Quota-parte do rédito originado da venda do output de resultados. rem obtidas as necessárias aprovações com vista ao seu para a rubrica Propriedades de petróleo e gás. Excep-
da operação conjuntamente controlada; desenvolvimento, as despesas associadas são transferi- tuando os custos com licenças, amortizados ao longo do
Após o reconhecimento inicial, o goodwill é valorizado ao das para a rubrica Propriedades de Petróleo e Gás. período da licença, não é registada qualquer amortiza-
• Despesas, incluindo a sua percentagem de qual- custo menos qualquer perda por imparidade. Para efei- ção durante a fase de exploração e desenvolvimento.
quer despesa incorrida conjuntamente. tos de testes de imparidade, o goodwill adquirido numa iii) Custos com a exploração e avaliação
combinação de negócios é, desde a data de aquisição, As actividades de exploração e avaliação envolvem a iv) Custos de desenvolvimento
ii) Entidades conjuntamente controladas alocado a cada unidade geradora de caixa do Grupo que procura de recursos de hidrocarbonetos, a determina- Despesas incorridas com a construção, instalação, ou
Uma entidade conjuntamente controlada é um tipo se espere que venha a beneficiar de sinergias decorren- ção da viabilidade técnica e a avaliação da viabilidade realização de infraestruturas como plataformas, pipe-
de empreendimento onde as partes que têm controlo tes da combinação de negócios, independentemente de económica dos recursos identificados. lines, e a perfuração de poços de desenvolvimento ou
conjunto sobre um acordo têm direitos sobre os activos outros activos ou passivos da adquirida serem alocados poços de delineação, são capitalizados em propriedades
líquidos (capital próprio) do empreendimento conjunto. a essas unidades. Custos com geologia e geofísica são reconhecidos na de petróleo e gás, nos termos da Nota 2.3 e).
Os investimentos do Grupo em entidades conjuntamente demonstração de resultados quando incorridos.
controladas são contabilizados ao custo de aquisição (e) Despesas de exploração e avaliação (f) Propriedades de petróleo e gás
menos perdas por imparidade, estando apresentados na Despesas de exploração e avaliação são registadas Assim que o direito legal para exploração seja adquirido, e Imobilizações corpóreas
Nota 6.1 deste relatório. tendo em conta a aplicação da política contabilística dos custos directamente associados com poços explora- O Grupo considera como propriedades de petróleo e
esforços bem-sucedidos, encontrando-se detalhada nas tórios são capitalizados como activos intangíveis de gás, os activos corpóreos directamente afectos aos
(c) Outros investimentos financeiros Notas 5A e 27A. exploração e avaliação até ao momento que a perfura- campos/blocos petrolíferos. Estes activos são apresen-
Exceptuando as participações financeiras mensuradas ção do poço é completa e o resultado avaliado. Estes tados separadamente na face do balanço na rubrica
a justo valor (ver Notas 2.3 q), 6.3 e 7) as restantes par- i) Custos com pré-licenças custos incluem remunerações directamente atribuídas Propriedades de petróleo e gás.
ticipações financeiras (i.e. instrumentos de capital em Os custos com pré-licenças são reconhecidos em resul- a empregados, materiais, combustíveis usados, custos
empresas terceiras) são valorizadas ao custo de aqui- tados no período em que ocorrem. de sondagem e pagamentos efectuados a empreiteiros. i) Mensuração inicial
sição líquido de imparidade (quando aplicável), sendo Propriedades de petróleo e gás e Imobilizações corpó-
apresentadas na Nota 6.2. ii) Custos de aquisição de licenças e propriedades Caso não sejam descobertos recursos potenciais co- reas são mensuradas inicialmente ao custo de aquisição
Custos com a aquisição de licenças de exploração e merciais de hidrocarbonetos, os activos de exploração deduzido das respectivas amortizações e perdas por
(d) Concentrações de actividades propriedades são registados como activos intangíveis são reconhecidos na demonstração de resultados como imparidade acumuladas (se e quando aplicáveis).
empresariais e Goodwill na rubrica de “Activos de Exploração e Avaliação” e são poço seco (custos não operacionais). Quando sejam
As combinações de negócios são registadas usando o amortizados pelo período coberto pela licença. descobertos hidrocarbonetos extraíveis e seja provável O custo de aquisição do activo compreende o seu custo
método da compra. O custo de uma aquisição é mensu- Custos com a aquisição de licenças e propriedades são que os mesmos sejam comercialmente desenvolvidos, de aquisição ou custo de construção, o qual inclui o
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custo de compra, as despesas de transporte, os custos condição de uso, isto é, quando se encontram na locali- • Reconhecimento do ganho ou perda da transacção petrolíferos, verifica-se existir, findo o prazo da conces-
de instalação e montagem, outros custos directamente zação e na condição necessária para serem capazes de associada à diferença entre o justo valor da contra- são, activos investidos pelos Grupos Empreiteiros que
atribuíveis para colocar o imobilizado na localização e operar da forma pretendida e cessam quando se extin- partida pelo farm out e o respectivo valor contabilísti- revertem para a Sonangol E.P., denominados activos
condição necessárias para operarem da forma preten- guem os benefícios económicos futuros incorporados co. O ganho apenas é reconhecido quando o valor da reversíveis.
dida e ainda, estimativa do Grupo dos custos que se es- por imparidade total ou desreconhecimento. compensação pode ser fiavelmente mensurado. Caso
peram incorrer com o desmantelamento e remoção dos contrário, o Grupo regista a compensação recebida Os activos reversíveis correspondem a activos que são
activos e de restauração dos respectivos locais e, para Propriedades de petróleo e gás como uma redução do valor líquido contabilístico do deduzidos ao conceito de petróleo-lucro da operação
os activos qualificáveis, i.e., cuja construção demora um Propriedades de petróleo e gás são amortizadas de activo; petrolífera, e como tal, retirados das contribuições
período substancial de tempo (maior do que 12 meses), acordo com a taxa de amortização calculada com base efectuadas pelos Grupo Empreiteiros à Concessionária
os respectivos custos de empréstimos. no método das unidades de produção apurado de acordo • Testes de imparidade aos valores retidos se os Nacional. A Sonangol E.P. reconhece estes activos como
com o coeficiente calculado pela proporção do volume termos do acordo indicarem que os interesses retidos activos corpóreos quando os riscos e benefícios dos
Especificamente, no caso das propriedades de petróleo de produção de hidrocarbonetos verificado em cada possam estar em imparidade. activos são substancialmente transferidos para a So-
e gás, quando um projecto de desenvolvimento avança período, sobre o total de reservas de hidrocarbonetos nangol E.P. Por norma, esta transferência ocorre apenas
para a fase de produção, a capitalização de custos com provadas desenvolvidas (reservas 1PD). Imobilizações corpóreas no final do período do contracto com o Grupo Emprei-
construção/desenvolvimento cessa, e os custos são con- As outras imobilizações corpóreas são desreconhecidas teiro, razão pela qual estes activos não se encontram
siderados como parte integrante do custo de existências Imobilizações corpóreas em consequência de abandono ou quando não existem registadas nas demonstrações financeiras consolidadas
ou como gastos, excepto para custos que qualificam Relativamente às outras imobilizações corpóreas, o benefícios económicos futuros expectáveis através do da Sonangol EP. Quando esta transferência ocorre os
para capitalização nomeadamente novos desenvolvi- Grupo optou por aplicar o método da linha recta sobre uso ou da venda. Quaisquer ganhos e perdas decorren- activos são mensurados inicialmente ao justo valor,
mentos ou aumentos nas propriedades de petróleo e a respectiva vida útil estimada numa base duodecimal. tes do desreconhecimento do activo (calculado como a registados na rubrica de Imobilizações corpóreas e
gás existentes. As principais taxas de amortização utilizadas corres- diferença entre o valor recuperável e o valor líquido con- amortizados prospectivamente de acordo com a vida útil
pondem aos seguintes períodos de vida útil estimada tabilístico) são incluídos na demonstração de resultados remanescente.
ii) Capitalização de custos com empréstimos e ou- (excepto para as refinarias que é geralmente de 15 quando o activo é desreconhecido.
tros custos directamente atribuíveis anos e para custos significativos com inspecção é de 3 (h) Imobilizações incorpóreas
Os juros de empréstimos atribuíveis à aquisição ou a 5 anos, que representa o período estimado antes da Imobilizados incorpóreos adquiridos separadamente
construção de activos são capitalizados como parte do próxima inspecção): v) Grandes manutenções, inspecções e reparações são mensurados ao custo de aquisição inicial. O custo
custo desses activos. Um activo elegível para capitaliza- Despesas com grandes manutenções, inspecções ou do imobilizado incorpóreo adquirido numa concentração
ção é um activo que necessita de um período de tempo reparações compreendem o custo de substituição do empresarial é o seu justo valor à data de aquisição. Após
substancial para estar disponível para uso ou para Classe de Activos Anos activo ou partes do activo. Quando um activo, ou parte o reconhecimento inicial os imobilizados incorpóreos
venda. O montante de juros a capitalizar é determinado Edifícios e outras construções 50 de um activo, que é amortizado de forma separada é com vidas úteis definidas são mensurados ao custo
através da aplicação de uma taxa de capitalização sobre Equipamento básico: substituído e é provável que benefícios económicos menos amortização acumulada (calculada numa base
o valor dos investimentos efectuados. A taxa de capita- - Construções, equipamento 15 – 18 futuros fluirão para o Grupo associados ao novo item, o linear sobre a vida útil respectiva) e imparidades, caso
lização corresponde à média ponderada dos juros com - Outros 6 – 10
custo de substituição é capitalizado. existam. Imobilizados incorpóreos com vida útil indefini-
empréstimos aplicável aos empréstimos em aberto no da (e.g. Goodwill) não são amortizados, sendo testados
Equipamento de transporte 4–5
período. A capitalização de custos com empréstimos Quando parte do activo substituído não é considerado quanto à imparidade numa base anual, com referência à
Equipamento informático 3–7
inicia-se quando tem início o investimento, já foram in- separadamente como uma componente e por con- data de relato.
corridos juros com empréstimos e já se encontram em Equipamento administrativo 3–7 sequência não amortizado separadamente, o valor
curso as actividades necessárias para preparar o activo de substituição é usado para estimar o valor líquido Imobilizados incorpóreos com vida útil finita são amor-
para estar disponível para uso ou para venda. A capitali- contabilístico do activo(s) substituído(s), o qual é imedia- tizados sobre a vida económica do activo e analisados
zação é terminada quando todas as actividades neces- tamente desreconhecido. quanto a imparidade quando há indicadores de que o
sárias para colocar o activo como disponível para uso ou Os valores residuais do activo, vidas úteis e métodos de imobilizado incorpóreo possa estar em imparidade. O
para venda se encontram substancialmente concluídas. amortização são revistos a cada período de reporte e Custos com inspecções associados a programas de período e método de amortização do imobilizado incor-
ajustados prospectivamente, caso aplicável. grandes manutenções são capitalizados até ao perío- póreo são revistos pelo menos no final de cada período
O Grupo suspende a capitalização dos custos de em- do da nova inspecção. Todas as outras reparações, de de reporte. Alterações na vida útil expectável ou no
préstimos obtidos durante períodos prolongados em iv) Desreconhecimento menor significância, são registadas na demonstração de padrão de consumo de benefícios económicos futuros
que suspenda o desenvolvimento de um activo que se resultados quando incorridas. são considerados para modificar o período ou método
qualifica, ou quando surgem factos e circunstâncias de Propriedades de petróleo e gás de amortização, quando apropriado, e são tratados com
que a quantia escriturada excede a quantia recuperável. O Grupo contabiliza farm-outs, fora da fase de explora- (g) Activos Reversíveis alterações das estimativas contabilísticas. O gasto com
ção, conforme se detalha de seguida: No âmbito dos contractos celebrados entre a Sonangol amortização de imobilizados incorpóreos com vidas
iii) Amortização E.P., enquanto Concessionária Nacional dos direitos úteis finitas é reconhecido na demonstração de resulta-
As amortizações das propriedades de petróleo e gás e • Desreconhecimento da quota-parte do activo de prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção dos na rubrica de amortizações.
das outras imobilizações corpóreas iniciam-se a partir vendido; de hidrocarbonetos líquidos e gasosos, com os vários
do momento em que os activos se encontram na sua Grupos Empreiteiros que executam/operam blocos
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Ganhos ou perdas decorrentes do desreconhecimento • as expectativas de flutuações dos valores e tempes- amortização, caso não tivesse sido reconhecida qual- ceiros que obrigam à entrega de bens dentro de um pra-
do activo são mensuradas entre a diferença entre o valor tividade destes fluxos de caixa; quer imparidade no passado. Esta reversão é reconheci- zo acordado são reconhecidas na data da transacção na
recuperável e o valor líquido contabilístico do activo e da na demonstração de resultados. qual o Grupo se obriga a comprar ou a vender o activo.
são reconhecidas na demonstração de resultados quan- • aplicação da taxa de desconto antes de impostos, Quando há lugar ao registo de uma perda por impari-
do o activo é desreconhecido. associado a um conceito de custo médio ponderado dade ou à sua reversão, a amortização dos respectivos Contas a receber e outros activos correntes
do capital; e activos é recalculada prospectivamente de acordo com o e não correntes
(i) Imparidade de activos valor recuperável ajustado da imparidade reconhecida. Esta categoria é a mais relevante para o Grupo. Contas
• outros factores que devem ser considerados nesta a receber, outros activos correntes e não correntes são
i) Activos não financeiros (excluindo goodwill) análise, tais como a falta de liquidez que os partici- ii) Goodwill activos financeiros não derivados com pagamentos fixos
O Grupo analisa a cada data de reporte se existe qual- pantes do mercado, possam reflectir nos fluxos de O Goodwill é testado por imparidade anualmente a cada ou determinados que não se encontram cotados em
quer indicador que um activo (ou unidade geradora de caixa futuros que a entidade espera obter do activo. data de relato ou sempre que as circunstâncias indi- mercado activo. Após a mensuração inicial, tais activos
caixa) pode estar em imparidade. Relativamente às Pro- quem que o mesmo pode estar em imparidade. financeiros são mensurados pelo valor nominal deduzi-
priedades de petróleo e gás, a Gestão avaliou as suas O valor em uso não reflecte fluxos de caixa futuros asso- A imparidade é determinada para o Goodwill avaliando do de perdas, necessárias para os colocar ao seu valor
unidades geradoras de caixa como sendo o poço/área ciados à reestruturação e ao melhoramento ou reforço o valor recuperável da unidade geradora de caixa (ou realizável líquido esperado. As perdas são registadas na
de exploração, o qual é o nível mais baixo para os quais da performance operacional do activo. Pelo contrário, grupo de unidades geradoras de caixa) à qual o Goodwill demonstração de resultados quando existe uma evidên-
fluxos de caixa são significativamente independentes de para o cálculo do justo valor menos custos de vender, está alocado. Quando o valor recuperável da unidade cia objectiva de que a totalidade ou parte dos montantes
outros activos. o modelo de fluxo de caixa descontados inclui fluxos de geradora de caixa é inferior ao seu valor contabilístico em dívida, conforme as condições originais das contas a
caixa associados a custos com reestruturação e melho- uma perda por imparidade é reconhecida. As perdas receber, não será recebida.
Sempre que exista um indicador de imparidade, ou seja ramento quando tal corresponde a uma expectativa de por imparidade relacionadas com o Goodwill não são
política do Grupo a realização de um teste de imparida- mercado. revertidas no futuro. Relativamente à actividade de exploração e produção pe-
de anual, o Grupo estima o valor recuperável da unidade trolífera, no caso em que o Grupo tenha efectuado levan-
geradora de caixa ou do activo. O valor recuperável de O Grupo baseia os seus cálculos de imparidade em iii) Investimentos financeiros e investimentos tamentos abaixo ou acima dos seus direitos calculados
uma unidade geradora de caixa ou activo é o maior entre orçamentos e previsões detalhadas, as quais são em imóveis de acordo com o contrato de partilha de produção (CPP)
o justo valor menos custos de venda e o valor de uso. O preparadas separadamente para cada unidade gera- O Grupo possui investimentos financeiros e inves- considera-se existir Underlifting ou Overlifting respecti-
valor recuperável é determinado para um activo indivi- dora de caixa às quais os activos estão alocados. Estes timentos em imóveis (registados em outros activos vamente, sendo as quantidades mensuradas ao preço
dual, a não ser que, não gere fluxos de caixa que são lar- orçamentos e previsões geralmente têm em conside- financeiros) mensurados ao custo menos imparidade e de venda e registadas como contas a receber ou a pagar,
gamente independentes de outros associados a outros ração um horizonte temporal de 6 anos. Para períodos investimentos financeiros e outros activos financeiros por contrapartida de demonstração de resultados.
grupos de activos, neste caso, o activo é testado como superiores, uma taxa de crescimento de longo prazo é mensurados ao justo valor através de resultados. Para
parte da maior unidade geradora de caixa onde perten- calculada e aplicada aos fluxos de caixa futuros, estima- os investimentos financeiros e investimentos em imó-
ce. Quando o valor líquido contabilístico de um activo ou dos após o sexto ano. veis mensurados ao custo, a imparidade é determinada Outros activos financeiros não correntes
unidade geradora de caixa excede o seu valor recuperá- de acordo com regras e metodologias de cálculo seme-
vel, o activo ou unidade geradora de caixa considera-se Perdas por imparidade sobre operações continuadas, lhantes às enunciadas para os activos não financeiros. Investimentos financeiros em imóveis
em imparidade e deve ser diminuído até ao seu valor incluindo imparidade sobre existências, são reconheci- Para os investimentos financeiros e outros activos finan- O Grupo possui diversos hotéis e imóveis classificados
recuperável. das na demonstração de resultados nas categorias de ceiros mensurados ao justo valor o cálculo tem como como investimentos financeiros em imóveis. Estes
custo consistentes com a função/natureza do activo em base a cotação reportada por avaliadores independentes investimentos em imóveis são inicialmente registadas
O cálculo do justo valor menos os custos de venda, questão. e para o caso dos activos cotados em bolsa é utilizada ao custo de aquisição ou construção, incluindo impostos
pode basear-se: i) no preço de venda acordado contra- informação de mercado. não dedutíveis (p.e. SISA), as despesas de instalação e
tualmente numa transacção entre terceiros não rela- Para activos/unidades geradoras de caixa, excluindo montagem, os outros custos directamente atribuíveis
cionados, deduzindo os custos de venda; ii) o preço de goodwill, é efectuada uma avaliação a cada data de Instrumentos financeiros para colocar os activos na localização e condição neces-
mercado se o activo for negociado num mercado activo; reporte para determinar se existe qualquer indicação Um instrumento financeiro é qualquer contrato que dá sárias para operarem da forma pretendida, a estimativa
ou iii) o justo valor calculado como uma estimativa dos que perdas por imparidade reconhecidas no passado origem a um activo financeiro de uma entidade e um dos custos que se esperam incorrer com o desmante-
fluxos de caixa futuros que qualquer agente de mercado não são mais aplicáveis ou de valor reduzido. Se tal passivo financeiro ou instrumento da capital a outra lamento e remoção dos activos (quando aplicável) e os
esperaria obter do activo. Segundo a metodologia em indicação existe, o Grupo estima o valor recuperável dos entidade, sendo reconhecido inicialmente quando o respectivos custos com empréstimos no caso de activos
iii), os fluxos de caixa, assim como taxa de desconto, são activos ou unidades geradoras de caixa. Uma perda por Grupo se torna parte das correspondentes disposições qualificáveis, líquido das correspondentes perdas por
considerados após imposto. imparidade reconhecida no passado é revertida apenas contratuais, sendo mensurado inicialmente ao custo da imparidade destinadas a garantir que o custo não exce-
se existe uma alteração nos pressupostos usados para transacção. de o valor de realização.
No cálculo do valor em uso, aplica-se a metodologia determinar o valor recuperável do activo/ unidade gera-
dos fluxos de caixa descontados, e inclui os seguintes dora de caixa desde que a última perda por imparidade (j) Activos financeiros Fundos de investimento
elementos: foi registada. A reversão é limitada até ao limite de que Os activos financeiros do Grupo incluem contas a rece- O Grupo possui unidades de participação em fundos de
o valor líquido contabilístico do activo/ unidade gerado- ber (clientes e outros), outros activos correntes e não investimento. Estes investimentos financeiros detidos
• uma estimativa dos fluxos de caixa futuros que a ra de caixa não excede o valor recuperável, ou o valor correntes, outros activos financeiros não correntes e pela Sonangol são mensurados ao custo, o qual com-
entidade espera obter do activo; liquido contabilístico que seria determinado, líquido de disponibilidades. As compras e vendas de activos finan- preende o preço de aquisição, os encargos suportados
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com a aquisição, tais como prémios de corretagem, no caso de ter havido uma redução ou um perdão de dí- o preço de factura, despesas de transporte e seguro, As diferenças entre o custo de aquisição e o respectivo
honorários e despesas e comissões bancárias. Sub- vida, o valor nominal é reduzido, de forma directa, para o utilizando-se o custo médio ponderado como método valor realizável líquido das existências, no caso em que
sequentemente, estes investimentos financeiros são seu valor de realização, sendo reconhecido um Proveito de custeio das saídas. o mesmo é inferior ao custo, são registadas em Resul-
mensurados ao justo valor, apurado com base no rela- extraordinário na Demonstração de Resultados. tados não operacionais (Ver Nota 33); as suas rever-
tório final dos gestores dos fundos, por contrapartida de O Grupo desreconhece passivos financeiros apenas b. Produtos e trabalhos em curso sões, nos casos em que já não se verifiquem quaisquer
Resultados financeiros. quando a correspondente obrigação seja liquidada, O custo de produção inclui materiais, fornecimentos e diferenças entre o custo de aquisição e o respectivo
cancelada ou expire. serviços externos e gastos gerais. valor realizável líquido são reconhecidas na rubrica de
Depósitos bancários Resultados não operacionais.
O Grupo reconhece em depósitos bancários os saldos Empréstimos c. Produtos acabados e intermédios
em bancos (depósitos á ordem e a prazo) sujeitos a um Estas rubricas incluem os empréstimos obtidos de insti- • Petróleo bruto – Corresponde ao petróleo bruto A variação dos produtos e trabalhos em curso e dos pro-
risco insignificante de perda de valor, meios monetários tuições de crédito e outras entidades mensurados ao va- produzido na actividade de exploração e produção dutos acabados e intermédios à data de relato, quando
em trânsito e aplicações de excedentes de tesouraria lor nominal nas suas parcelas não corrente e corrente. petrolífera e que se encontra em stock em 31 de De- comparado com a sua posição no início do período, é
em produtos financeiros (p.e. Obrigações do Tesouro zembro de cada ano, correspondente à quota-parte registada como variação da produção.
Angolano) os quais se encontram registados na sub-ru- Os encargos com juros são reconhecidos quando incor- no total do stock de cada uma das áreas de desenvol-
brica de Títulos negociáveis. ridos. vimento. O Grupo reconhece como Custo das mercadorias ven-
Os encargos financeiros de empréstimos, relacionados didas e matérias consumidas, as saídas de existências
Nos termos dos contratos entre a Sonangol e os diver- com a aquisição, construção ou desenvolvimento de • Produtos derivados do petróleo – As entradas de das sub-rubricas de mercadorias e as matérias-primas,
sos grupos empreiteiros para cada bloco, a Sonangol activos, são capitalizados, fazendo parte do custo do res- produtos acabados e intermédios são valorizadas subsidiárias e de consumo.
é beneficiária de depósitos bancários com mobilização pectivo activo. A capitalização destes encargos começa com base no custo de produção, o qual é constituído
restrita “escrow accounts” e que se encontram afectos após o início da preparação das actividades de constru- pelos consumos de matérias-primas e outras, pelos (m) Locações
ao encerramento dos poços, desmantelamentos de ção ou desenvolvimento do activo e cessa quando o acti- encargos com mão-de-obra directa e pelos gastos O Grupo Sonangol reconhece uma locação, quando se
activos e recuperação paisagística e ambiental após vo se contra na localização e condição de uso ou quando gerais de fabrico. No caso de produtos adquiridos torna parte das correspondentes disposições contra-
exploração das áreas / blocos afectos a cada grupo em- o projecto em causa se encontra suspenso. Quaisquer a terceiros, estes são valorizados ao custo de aqui- tuais (até ao respectivo termo), as quais são sempre
preiteiro. Estes depósitos são mensurados ao custo. proveitos financeiros gerados por empréstimos relacio- sição, o qual inclui o preço da factura, despesas de classificadas como locações operacionais. As locações
nados com um investimento específico são deduzidos transporte e seguro, utilizando-se o FIFO aplicado a enquanto locador e enquanto locatário são reconhecidas
(k) Passivos financeiros aos encargos financeiros elegíveis para capitalização. famílias de produtos, constituídas tendo em conside- e mensuradas como segue:
Os passivos financeiros do Grupo incluem contas a pa- ração as características das mesmas, como método
gar (fornecedores e outras contas a pagar) e emprésti- (l) Existências de custeio das saídas. • Locações operacionais enquanto locatário: as
mos de médio e longo prazo. Um instrumento financeiro As Existências são consideradas pelo menor entre o rendas a pagar são reconhecidas como custo na
é classificado como um passivo financeiro quando existe custo de aquisição ou produção e o valor realizável • Outros produtos acabados e intermédios – O custo demonstração dos resultados consolidado no período
uma obrigação contratual por parte do emissor de liqui- líquido. de produção, inclui matérias-primas, custos indus- a que respeitam contratualmente, pelo valor nominal
dar capital e/ou juros, mediante a entrega de dinheiro triais variáveis e fixos, utilizando-se o custo médio da renda a pagar;
ou de outro activo financeiro, independentemente da sua O custo de aquisição ou de produção é determinado, ponderado como método de custeio de saídas.
forma legal. consoante a natureza das existências e dos vários negó- • Locações operacionais enquanto locador: as rendas
cios desenvolvidos, tendo o Grupo registado os seguin- d. Mercadorias a receber são reconhecidas como proveito na de-
Contas a pagar tes tipos de existências numa base consolidada: O custo de aquisição inclui o preço da factura, despesas monstração dos resultados consolidado no período a
Os saldos de fornecedores e outros passivos correntes de transporte e seguro, utilizando-se o custo médio que respeitam contratualmente (Ver Nota 2.3. j)), pelo
são registados pelo seu valor nominal. a. Matérias-primas e subsidiárias ponderado para o gás natural, GPL (gás de petróleo valor nominal da renda a receber. Os activos locados
• Petróleo bruto – O custo de aquisição inclui o liquefeito), derivados de petróleo e restantes mercado- no âmbito destas locações, são, maioritariamente,
O saldo de fornecedores e outros passivos correntes preço da factura, despesas de transporte e seguro, rias, como método de custeio das saídas. registados na rubrica de “Outros activos financeiros”
são, regra geral, valorizados ao custo histórico. utilizando-se como método de custeio das saídas de – Investimentos em imóveis.
existências o FIFO (primeiras entradas, primeiras As matérias-primas e subsidiárias e mercadorias em
O custo histórico corresponde ao montante inicial saídas), aplicado a uma família única, a qual inclui a trânsito, por não se encontrarem disponíveis para con- (n) Provisões para outros riscos e encargos
registado (valor nominal) eventualmente corrigido para totalidade das ramas. sumo ou venda, encontram-se segregadas das restan- São reconhecidas provisões sempre que (i) exista uma
reflectir (i) juros vencidos, relativos a dívidas que não te- tes existências e são valorizadas ao custo de aquisição obrigação legal ou construtiva, como resultado dos
nham sido pagas na data de pagamento e (ii) diferenças • Outras matérias-primas (excluindo materiais ge- específico. acontecimentos passados, (ii) seja provável que um
de câmbio não realizadas e determinadas pela aplicação rais) – O custo de aquisição inclui o preço da factura, exfluxo de recursos será necessário para liquidar a obri-
da taxa de câmbio à data de fecho, às quantias em moe- despesas de transporte e seguro, utilizando-se como O valor realizável líquido das existências é baseado no gação, e (iii) possa ser efectuada uma estimativa fiável
da estrangeira em dívida na data de relato. método de custeio das saídas o FIFO, aplicado a famí- valor de venda estimado no decurso ordinário do negó- do montante da obrigação.
lias de produtos, constituídas tendo em consideração cio, deduzidos de custos estimados para a finalização
Sempre que, em condições excepcionais o valor de liqui- as características das diversas matérias. do produto e custos necessários para a realização da Não são reconhecidas provisões para perdas opera-
dação for inferior ao custo histórico, como por exemplo • Materiais gerais – O custo de aquisição, que inclui venda. cionais futuras. As provisões são revistas na data do
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balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor As taxas de desconto utilizadas para calcular o valor Tributação das Actividades Petrolíferas encontra-se As principais categorias de rédito do Grupo são como
estimativa a essa data. presente dos fluxos de caixa estimados, corresponde a regulamentada na lei 13/14. segue:
uma taxa de juro que considera o real valor do dinheiro
Se o efeito temporal do dinheiro é material, as provisões no tempo e no mercado em que o Grupo se insere, ten- De acordo com esta Lei, o rendimento tributável repor- a) Vendas de Petróleo bruto – participante no grupo
são descontadas ao valor presente usando uma taxa do em consideração o horizonte temporal dos fluxos de ta-se ao presumível lucro apurado mensal e proviso- empreiteiro;
de desconto (antes de imposto) que reflecte, quando caixa associados, e são revistas a cada data de relato. riamente em cada bloco de produção, comunicado às
apropriado, os riscos específicos associados ao passi- autoridades fiscais competentes através de declarações b) Vendas de Petróleo bruto – concessionária;
vo. Quando o desconto é usado, o aumento da provisão O valor da provisão para desmantelamento é incremen- fiscais provisórias e liquidado nos prazos previstos
decorrente da passagem do tempo é reconhecido em tado na data de relato financeiro, em função do efeito legalmente. c) Vendas de produtos refinados;
custos financeiros. Com excepção das provisões para temporal do dinheiro, sendo o diferencial entre exercí-
desmantelamento, o custo associado a qualquer provi- cios reconhecido como custo financeiro nas Demonstra- As declarações fiscais provisórias são substituídas no d) Subvenções estatais;
são é apresentado na demonstração de resultados. ções financeiras. final do exercício pelas declarações fiscais definitivas,
corrigidas pelos “preços de referência fiscal”, pelos cus- e) Prestações de serviços - alugueres;
(i) Provisão para desmantelamento Quando a provisão para desmantelamento é ajustada tos finais incorridos nas operações petrolíferas e pelos
O Grupo reconhece uma provisão para desmantelamen- por alterações na taxa de desconto, o efeito da alteração custos de estrutura incorridos pelas empresas. f) Prestações de serviços - fretes de navios;
to quando o Grupo tem uma obrigação presente (legal da responsabilidade é decomposto entre i) o efeito tem-
ou construtiva) como resultado de eventos passados, é poral do dinheiro resultante da passagem de mais um Os impostos, direitos e taxas acima referidos incluem: g) Prestações de serviços – logística.
provável que um exfluxo de recursos venha a ser neces- ano, o qual é reconhecido nos resultados financeiros e ii)
sário para liquidar a obrigação e possa ser efectuada o efeito da variação do valor actual da responsabilidade, • Imposto sobre a produção do petróleo – incide Vendas de petróleo bruto – participante no grupo
uma estimativa fiável do montante da obrigação. o qual é reconhecido no activo associado à responsabili- sobre as quantidades de petróleo bruto e gás natural empreiteiro
dade de abandono. produzido no ano, valorizado aos preços de referência O rédito da venda de petróleo bruto e gás natural e
A obrigação geralmente ocorre quando o activo é insta- fiscal; derivados é reconhecido quando os riscos significativos
lado ou o terreno/ meio ambiente é alterado no local do Ao longo do tempo, o passivo descontado é aumentado e benefícios inerentes à posse dos activos são trans-
campo. Quando o passivo é inicialmente reconhecido, o pela alteração do valor presente baseado na taxa de • Taxa de transacção do petróleo – incide sobre feridos, o que é considerado ocorrer quando o activo é
valor presente dos custos totais de desmantelamento desconto que reflecte avaliações correntes do mercado o lucro anual apurado ao abrigo de Contratos de passado para o cliente. Isto geralmente ocorre quando o
estimados é capitalizado, aumentando o valor líquido e riscos específicos do passivo. Associação à taxa de 70% e dedutível para efeitos de produto é fisicamente transferido para o navio ou outro
dos activos de petróleo e gás correspondentes. determinação da matéria colectável do imposto sobre mecanismo de entrega.
Alterações no tempo ou custo do desmantelamento A estimativa de custos de desmantelamento dos activos o rendimento do petróleo;
estimado são tratadas prospectivamente com o registo associados aos interesses participativos nos blocos O rédito da produção de petróleo e gás, onde o Grupo
de um ajustamento à provisão efectuada assim como ao onde o Grupo actua como investidor (na sua quota-parte • Imposto sobre o rendimento do petróleo – incide tem interesses participativos com outros produtores, é
activo correspondente. de interesse participativo) não está relacionado com o sobre o lucro anual (liquido do imposto sobre a pro- reconhecido com base no quota-parte do interesse no
papel do Grupo enquanto Concessionária Nacional. dução do petróleo e a taxa de transacção do petróleo) Grupo empreiteiro conforme preconizado nos contratos
Qualquer diminuição na provisão para desmantelamen- apurado ao abrigo dos Contratos de Associação e de de partilha e produção (CPP).
to e, consequentemente, qualquer diminuição ao valor (ii) Fundo para abandono (Concessionária) Partilha e Produção.
do activo associado, não poderá exceder o valor líquido Os valores afectos a fundo para abandono (Concessioná- Quando contratos de venda ou compra futuros de petró-
contabilístico do mesmo. Caso aconteça, qualquer ria) foram constituídos pelos operadores e transferidos Impostos diferidos leo ou gás natural são celebrados, as vendas ou com-
excesso sobre o valor líquido contabilístico é ajustado para a tutela da Empresa, enquanto “Concessionária O imposto apurado refere-se em exclusivo ao imposto pras associadas são reportadas pelo líquido.
directamente na demonstração de resultados. Nacional” para os hidrocarbonetos. Estes destinam-se corrente, não sendo apurado nem registado qualquer
a cobertura de despesas futuras com o encerramento imposto diferido, activo ou passivo, resultante das Vendas de Petróleo bruto – concessionária
Se a alteração da avaliação da responsabilidade com de poços petrolíferos, remoção de plataformas e outras diferenças temporárias entre as bases contabilística e Enquanto Concessionária Nacional (“CN”), a Sonangol
desmantelamento resultar num aumento da provisão instalações, quando se esgotarem as reservas, tal como fiscal. E.P. é detentora dos direitos mineiros, que lhe foram
para desmantelamento e, consequentemente, um divulgado na nota 18.1. atribuídos pelo Estado Angolano (Lei 10-04 artº4). A CN
aumento do valor líquido do activo associado, o Grupo (p) Vendas e prestações de serviços pode associar-se a outras entidades para executar as
considera se este facto é um indicador de imparidade (o) Impostos O rédito é reconhecido até à extensão que é provável que operações petrolíferas ou solicitar ao Governo que lhe
do activo como um todo, e em caso afirmativo, testa benefícios económicos fluirão para o Grupo e o rédito atribua directamente a concessão, sujeito a autorização
o activo para efeitos de imparidade. Se, para campos Impostos petrolíferos pode ser fiavelmente mensurado. O rédito é mensurado do Ministério da Tutela a abertura de concurso público.
maduros, a estimativa do valor revisto para os activos As empresas do Grupo Sonangol associadas ao sector ao justo valor da compensação recebida ou a receber,
de petróleo e gás deduzidos de passivos de desmante- de exploração e produção de petróleo bruto e gás natu- excluindo descontos, impostos e outras obrigações A CN define quem são as suas associadas, assim como
lamento exceder o valor recuperável, essa proporção do ral encontram-se sujeitas à lei da tributação das activi- inerentes à sua concretização. o conteúdo do contrato para a execução das operações
aumento é registada directamente na demonstração de dades petrolíferas apresentados na Nota 19.3, estando petrolíferas (e.g. contratos de partilha de produção), su-
resultados. isentas de outros impostos de rendimento aplicado às jeito a aprovação da Tutela relativamente à associação,
demais empresas com operações em Angola. A lei da assim como ao conteúdo do respectivo contrato.
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Os bónus de assinatura pagos pelas associadas à CN O decreto executivo 706/15 de 30 de Dezembro de 2015, Quando necessário, o Grupo utiliza técnicas de valo- assim como outras responsabilidades reconhecidas
revertem integralmente a favor do Estado, não sendo definiu que com a excepção do petróleo iluminante e gás rização apropriadas e para as quais existe suficiente no período associados ao serviço prestado que serão
como tal, considerados parte do rédito. butano, todos os demais produtos refinados passariam informação disponível para mensurar o justo valor, liquidados no futuro excluindo Benefícios de cessação
para o regime de formação de preços livres, cessando maximizando o uso de inputs relevantes observáveis e de emprego e Planos de benefício pós-emprego. Estes
Os Recebimentos da CN correspondem principalmente assim, a obrigação do Estado em custear quaisquer minimizando o uso de inputs não observáveis. são geralmente reconhecidos na rubrica de Custos com
à parte do petróleo lucro conforme estabelecido em subvenções, cabendo ao Grupo Sonangol determinar o O Grupo utiliza as cotações de mercado para valorizar pessoal quando incorridos.
cada contrato, sendo o petróleo lucro o petróleo bruto novo preço. os investimentos em empresas cotadas e relatórios
produzido e arrecadado e não utilizado nas operações das entidades responsáveis pela gestão dos fundos de De acordo com a legislação em vigor, os trabalhadores
petrolíferas deduzido do petróleo bruto para recupera- Prestações de serviços – alugueres investimento para mensurar as suas participações em do Grupo têm anualmente direito a um mês de férias e a
ção de custos. O rédito de alugueres respeita principalmente ao alu- investimentos de capital de risco. um mês de subsídio de férias, direito esse adquirido no
guer de aeronaves e imóveis, podendo incluir com- ano anterior ao do seu pagamento. Assim, esta respon-
A partilha do petróleo lucro geralmente resulta da apli- ponentes de rendas fixa ou variável, de acordo com o (r) Classificação corrente e não corrente sabilidade é registada no exercício em que os trabalha-
cação da fórmula definida em cada contrato de partilha estabelecido contratualmente. As rendas são reconheci- O Grupo apresenta activos e passivos no seu balanço, dores adquirem o respectivo direito, independentemente
de produção (CPP), em função da rentabilidade do Grupo das em resultados no período a que respeitam. baseado na classificação corrente/não corrente. da data do seu pagamento.
Empreiteiro na área de desenvolvimento e da profundi-
dade das águas a que foi obtido. Prestações de serviços - fretes de navios Um activo é corrente quando: ii) Benefícios de cessação de emprego
O rédito proveniente de fretes de navios é reconhecido • Expectativa de realização ou intenção para ser ven- Os benefícios de cessação de emprego são reconheci-
Por outro lado, também em conformidade com a legis- no momento de chegada ao porto de destino, aquando dido ou consumido no normal ciclo operacional; dos quando o Grupo Sonangol cessa o emprego antes
lação em vigor, a Sonangol deve entregar ao Estado o do cumprimento integral das obrigações contratuais. da data normal de reforma, ou quando um empregado
valor correspondente às vendas efectuadas na qualidade • Detido com o objectivo principal de venda; aceita a cessação de emprego em troca destes benefí-
de Concessionária Nacional deduzidas da sua margem (q) Mensuração ao justo valor cios. O Grupo Sonangol reconhece a responsabilidade
(em 2017 de 7%), calculadas sobre as referidas vendas O Grupo mensura em cada período de reporte as par- • Expectativa de realização em 12 meses após a data com benefícios de cessação de emprego na mais antiga
valorizadas ao preço de referência fiscal do Orçamento ticipações financeiras em empresas cotadas e partici- de balanço; das seguintes datas: na qual o Grupo deixa de poder
de Estado. A lei da aprovação do Orçamento Geral do pações financeiras em fundos de investimento ao justo retirar a oferta dos benefícios; ou na qual o Grupo
Estado de 31 de Dezembro de 2017, fixou o preço de valor. Adicionalmente, para efeitos dos testes de impa- • Disponibilidades não restritas para serem trocadas reconhece os gastos de uma reestruturação, no âmbito
referência fiscal do Orçamento Geral do Estado em 46 ridade, o valor recuperável considera o mais alto entre ou usadas para o pagamento de um passivo até 12 do registo das provisões. Os benefícios devidos com
USD/Barril para o exercício de 2017. A margem retida valor em uso ou justo valor menos custos de venda. meses após a data de balanço. maturidade superior a 12 meses, após o final do período
deverá fazer face às despesas com a supervisão e con- de reporte, são descontados para o seu valor presente.
trolo das suas associadas e das operações petrolíferas. Justo valor é o preço que seria recebido para vender um Todos os outros activos são classificados como não
Este valor é reconhecido enquanto um custo do exercício activo ou pagamento para liquidar um passivo numa correntes. iii) Planos de benefício pós-emprego
na rubrica Entregas ao Estado das Vendas à “Concessio- transacção ordinária entre participantes independentes Até ao final do ano 2011, o pessoal da Empresa estava
nária”. de mercado. A mensuração ao justo valor é baseada na Um passivo é classificado como corrente quando: coberto por um “Plano de Benefícios Definidos” da So-
presunção que a transacção para vender um activo ou • seja expectável que o passivo seja regularizado no nangol que foi fechado à entrada de novos participantes
Vendas de produtos refinados para pagar um passivo toma lugar ou: ciclo operacional (até 12 meses); com efeitos a 1 de Janeiro de 2012, tendo os participan-
As vendas de produtos refinados correspondem princi- tes activos sido transferidos e incorporados num novo
palmente à venda de gasolina e gasóleo entre outros, • No mercado principal/activo do activo ou passivo; • seja detido essencialmente para negociação; “Plano de Contribuição Definida” o qual é contributivo, ou
sendo reconhecido o rédito no momento da venda con- seja, financiado por contribuições destes no que se refere
forme preçário em vigor. • Na ausência de um mercado principal/activo, no • seja exigível dentro de um período até 12 meses aos serviços futuros. O novo plano deverá abranger todos
mercado mais vantajoso para o activo ou passivo. após a data do balanço: os colaboradores que no futuro venham a ser admitidos.
Subvenção devida pelo Estado
De acordo com o Decreto executivo n.º 17/95 actualizado O justo valor de um activo ou passivo é mensurado no a. conforme definido em contrato; ou Relativamente ao plano de benefícios definidos persiste
pelo Decreto executivo nº127/04 e complementarmente pressuposto de que os participantes de mercado terão a responsabilidade relativa aos reformados e pensio-
pelo Decreto executivo nº27/05, pelo Despacho n.º 77/10 em consideração o preço do activo ou passivo, assu- b. conforme pedido formal de pagamento recebi- nistas, sendo que o corte efectuado corresponderá ao
e pelo decreto presidencial 1/12, a Empresa, reconhece mindo que estes agem com base no melhor dos seus do do credor, após verificação de incumprimento montante que as subsidiárias incluídas no novo plano
com base da estrutura definida de encargos, margens interesses económicos. contratual. terão de fundear aquando da constituição e operacio-
e preços de venda ao público, uma subvenção a pre- nalização da nova sociedade gestora. No entanto, foram
ços decorrente da quantidade de produtos vendidos no A mensuração ao justo valor de um activo financeiro tem (s) Planos de benefício de empregados abrangidos pelo regime de benefícios definidos, os
período. Assim, no período em que o rédito da venda de em consideração a habilidade do participante de mer- colaboradores que se reformaram ou cessaram o vín-
produtos é reconhecido de acordo com a tabela anexa ao cado para gerar benefícios económicos pela utilização i) Benefícios de curto prazo culo com a empresa até 13 de Outubro de 2017, data da
Decreto Executivo n.º 97/12 de 26 de Março, é também do activo na sua melhor consideração ou pela venda do Os benefícios de curto prazo correspondem aos gastos implementação legal e aprovação do plano de contribui-
reconhecida a correspondente subvenção. mesmo a outro participante de mercado. incorridos com remunerações, quer fixas quer variáveis, ção definida pelas entidades competentes (Despacho nº
outros gastos relacionados directamente com o pessoal, 685/17 do Ministério das Finanças).
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A gestão do fundo constituído para o Plano de Pensões (t) Especialização do exercício ser para uso próprio dos grupos empreiteiros petrolífe- (x) Partes relacionadas
da Sonangol foi confiada à AAA Pensões S.A. até 31 de Os custos e proveitos são registados de acordo com o ros e a liquidação dos saldos de Under e Overlifting ser São consideradas partes relacionadas pelo Grupo
Dezembro de 2013, tendo a responsabilidade da ges- princípio de especialização do exercício, pelo que os efetuada em produto físico (Barris de Petróleo Bruto). Sonangol as entidades incluídas parte do perímetro de
tão do fundo sido transferida para a Sonangol Vida em mesmos são reconhecidos à medida que são gerados, Assim, as contas a receber e as contas a pagar não são consolidação.
2014. Desta essa data a Sonangol Vida é responsável independentemente do momento em que são recebi- avaliadas ao justo valor (own use exemption).
pela gestão do fundo de cobertura e responsabilidades dos ou pagos. As diferenças entre os montantes pagos (y) Acontecimentos após a data do balanço
associadas ao Fundo de Pensões da Sonangol. ou recebidos e os correspondentes custos e proveitos Enquanto Concessionária Nacional Os eventos ocorridos após a data das Demonstrações
são registadas na conta de ‘Outros activos correntes’ No seu papel de Concessionária Nacional a Sonan- financeiras que proporcionem informação adicional
Planos de Pensões e ‘Outros passivos correntes’, consoante as diferenças gol também poderá estar numa posição de Under ou sobre condições que existiam à data de relato são
Os benefícios são, regra geral, apurados através da con- correspondam a um direito ou a uma responsabilidade Overliftings face à sua parcela de petróleo lucro, o qual é reconhecidos nas Demonstrações financeiras do Grupo.
jugação de um ou mais factores, como sejam a idade, os do Grupo Sonangol. registado como uma conta a receber ou pagar por con- Os eventos ocorridos após a data das Demonstrações
anos de serviço e a retribuição base relevante (pensão). trapartida da rubrica de Entregas ao Estado das vendas financeiras que proporcionem informação sobre condi-
As responsabilidades do Grupo com pensões de reforma Assim, nas sub-rubricas de ‘Encargos a repartir’ e ‘Pro- da Concessionáia. ções que ocorram após a data de relato são divulgados
são calculadas anualmente, na data de fecho de contas, veitos a repartir’ estão incluídas as despesas e as re- no anexo às Demonstrações financeiras consolidadas,
por peritos independentes, para cada plano, com base ceitas que já ocorreram, mas que respeitam a períodos (v) Políticas de resultados se considerados materiais.
no Método da Unidade de Crédito Projectada. A taxa de futuros e que serão imputadas aos resultados de cada
desconto utilizada neste cálculo é determinada com um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde, i) Resultados extraordinários e não operacionais (z) Relato por segmentos
base nas taxas de mercado associadas a obrigações de enquanto nos ‘Proveitos a facturar’ e nos ‘Encargos a A rubrica de resultados extraordinários inclui os custos O Grupo apresenta os segmentos operacionais baseado
empresas de “rating” elevadoe com uma maturidade pagar’ respeitam a montantes de proveitos ou custos e os proveitos extraordinários resultantes de eventos na informação de Gestão de acordo com actividades
semelhante à data do termo das obrigações do plano. incorridos, mas que serão facturados em exercícios claramente distinguíveis das actividades operacionais desenvolvidas pelas diversas empresas que concorrem
futuros. da entidade e que, por essa razão, não se espera que para o perímetro de consolidação.
As responsabilidades estão cobertas por provisões re- ocorram nem de forma frequente nem regular.
gistadas no balanço das empresas do Grupo Sonangol. (u) Under/overlifting A rubrica de resultados não operacionais destina-se Considera-se como segmento operacional uma compo-
a registar os factos ou acontecimentos de natureza nente do Grupo:
Os ganhos e perdas actuariais resultantes: (i) das dife- Enquanto membro dos Grupos Empreiteiros corrente que tenham carácter não recorrente ou não i. Que desenvolve actividades de negócio de que pode
renças entre os pressupostos actuariais e financeiros É prática da indústria efetuar Under ou Overliftings da frequente. obter réditos e incorrer em gastos;
utilizados e os valores efectivamente verificados; e (ii) sua quota-parte no crude, com a qual se pretende otimi-
das alterações de pressupostos actuariais são reconhe- zar os custos de transporte entre os parceiros. ii) Resultados financeiros ii. cujos resultados operacionais são regularmente
cidos em reservas. Os resultados financeiros incluem os juros pagos pelos revistos pelo principal responsável pela tomada
O Underlifting é de facto, numa perspetiva de prevalência empréstimos obtidos, juros de mora, os juros recebidos de decisões operacionais do Grupo para efeitos da
O Grupo reconhece em resultados operacionais, na sua da substância sobre a forma, uma venda efetuada pelo de aplicações efectuadas, os ganhos e perdas resultan- tomada de decisões sobre a imputação de recursos
demonstração dos resultados, os custos com serviço parceiro de stock que por direito é da Sonangol. Assim, tes de diferenças de câmbio realizadas e não realiza- ao segmento e da avaliação do seu desempenho;
corrente e com serviços passados e o juro líquido sobre no caso do Underlifting, o parceiro efetuou uma venda das, assim como as variações de justo valor relativas a
o passivo (activo). por conta da Sonangol, pelo que a Sonangol regista instrumentos financeiros. iii. relativamente à qual esteja disponível informação
uma conta a receber por contrapartida de vendas. Caso financeira distinta.
Planos de cuidados médicos o preço de mercado do crude no final de cada período Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da
As empresas do Grupo Sonangol em angola conce- de reporte seja inferior ao preço considerado na valori- especialização dos períodos. Os valores reportados para cada segmento operacional
dem benefícios no âmbito dos quais os colaboradores zação da conta a receber é registada uma imparidade resultam da agregação das subsidiárias e das unidades
e agregado familiar elegível beneficiam de condições na demonstração dos resultados por contrapartida da iii) Resultados de filiais e associadas de negócio definidas no perímetro de cada segmento.
favoráveis em serviços de assistência médica e medica- conta a receber. Os resultados de filiais e associadas incluem somen- As anulações das transacções intra-segmentos são
mentosa, as quais se manifestam através da prestação te os dividendos recebidos de empresas que o Grupo efectuadas no próprio segmento e inter-segmentos são
de cuidados médicos assegurados através de infraestru- O Overlifting é uma venda efetuada pela Sonangol de detém como um investimento financeiro. Os dividendos efectuados na rubrica ajustamentos de consolidação.
turas detidas e geridas internamente na Clinica Girassol stock que por direito era do parceiro. Assim, no caso do são reconhecidos na data em que se estabelece o direito
Overlifting, a empresa regista um gasto na rubrica Custo ao seu recebimento. (aa) Políticas contabilísticas, estimativas contabilísti-
Estes planos de cuidados médicos são classificados com actividade mineira e em vias de fabrico por contra- cas e erros
como planos de benefícios definidos. As responsabilida- partida de Contas a pagar. (w) Custos da actividade mineira
des estão cobertas por provisões registadas no balanço Esta rubrica inclui a quota-parte do Grupo Sonangol, Estimativa contabilística
das empresas do Grupo Sonangol. Os recebimentos e pagamentos dos saldos de Under dos custos das operações conjuntas que lhe são debita- O processo de estimativa envolve juízos fundamentais
e Overlifting são compensados em data posterior por das pelos operadores dos blocos/campos e, ainda, a sua baseados na última informação disponível. As estimati-
O reconhecimento e a mensuração das responsabilida- barris de crude como definido no contrato de partilha. A quota-parte dos custos incorridos enquanto operador de vas contabilísticas devem ser revistas quando ocorrerem
des com os planos de cuidados médicos são idênticos Empresa considera que na substância sobre a forma do blocos/campos. alterações respeitantes às circunstâncias nas quais a
ao referido anteriormente para os planos de pensões de CPP não está sujeita ao risco de preço, dado a operação estimativa se baseou, ou em resultado de novas infor-
benefícios definidos.
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mações, de mais experiência ou de desenvolvimentos aplicada aos acontecimentos e transacções em causa 2.4 ALTERAÇÕES NAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
subsequentes. Os efeitos das alterações das estimativas como se tivesse estado sempre em uso, sendo o res-
contabilísticas são reconhecidos na Demonstração de pectivo impacto nos saldos de abertura reconhecido em Com excepção do abaixo, não ocorreram alterações de
resultados do período corrente, na mesma rubrica usa- resultados transitados. politicas contabilísticas face ao ano anterior.
da anteriormente para reconhecer a própria estimativa.
Erros Em 2016 o Grupo alterou a política contabilística relativa
Face aos princípios contabilísticos da consistência e da A correcção de erros na preparação de Demonstrações ao reconhecimento dos activos físicos adquiridos pelos
comparabilidade dos saldos, as alterações de políticas financeiras de um ou mais períodos anteriores que Grupos Empreiteiros no âmbito dos Contratos de Parti-
contabilísticas só devem ser efectuadas nos seguintes sejam descobertos no período corrente deve ser reco- lha de Produção celebrados com a Concessionária Na-
casos: nhecida nos Resultados líquidos do período corrente, cional, passando os mesmos a ser apresentados no seu
excepto se reunirem as características para serem con- balanço na rubrica de Activos Reversíveis pelo montante
• Se for exigido por disposições contabilísticas emiti- siderados erros fundamentais, caso em que a correcção de 167.395.968 milhares de AOA.
das por órgão competente para o efeito; é reconhecida nos resultados transitados.
No decurso de 2017, e após uma análise aprofundada
• Se a alteração resultar numa apresentação mais Erros fundamentais são aqueles erros que têm um dos direitos e obrigações relativos a estes activos, o
apropriada de acontecimentos ou transacções nas efeito de tal significado nas Demonstrações financeiras Grupo Sonangol reverteu a referida decisão, tendo re-
demonstrações financeiras da entidade. de um ou mais períodos anteriores que essas demons- gistado os impactos desta decisão, no montante de AOA
trações financeiras não podem ser consideradas terem 149.542.492 milhares por contrapartida de Outras reser-
Alterações de políticas contabilísticas sido fiáveis à data da sua emissão. vas. Desta forma, com referência a 31 de Dezembro de
Regra geral, uma alteração numa política contabilística 2017 as demonstrações financeiras consolidadas não
é aplicada retrospectivamente isto é, a nova política é incluem Activos Reversíveis, tendo os activos associados
a Contratos de Partilha de Produção cujos direitos e
obrigações pertencem à Sonangol, sido reclassificados
para a rubrica de imobilizações corpóreas.
3. SEGMENTOS OPERACIONAIS
Para efeitos de gestão, o Grupo está organizado por A gestão monitoriza os resultados operacionais do seu
unidades de negócio, baseados nos produtos e serviços negócio separadamente, com o propósito de tomar
prestados, subdividido em 5 segmentos de reporte: decisões sobre a alocação de recursos e a avaliação de
performance respectiva. A performance de um segmento
• Corporate & Financing, que inclui os investimentos é avaliada com base nos seus proveitos e custos opera-
financeiros core e financiamentos obtidos e emprésti- cionais os quais são valorizados consistentemente com
mos concedidos pelo Grupo; os proveitos e custos operacionais consolidados.
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Custos das existências vendidas e das matérias-primas e subsidiárias - (9.990.139.462) (116.392.298.659) (499.487.627.725) (3.798.909.008) 227.836.866.444 (401.832.108.410)
consumidas
Custos da actividade mineira - (277.370.139.798) (437.828.110) - - 2.712.649.684 (275.095.318.224)
Custos com o pessoal (44.625.473.771) (8.277.167.154) (14.510.638.557) (50.013.142.784) (39.864.773.855) 4.338.550.281 (152.952.645.840)
Amortizações (1.822.730.895) (371.492.437.402) (13.471.375.268) (18.727.298.744) (19.497.896.049) - (425.011.738.358)
Outros custos e perdas operacionais (54.004.691.503) (2.323.818.095) (34.833.043.468) (47.230.058.258) (43.283.148.398) 12.071.867.549 (169.602.892.173)
(100.452.896.169) (1.960.766.593.627) (181.040.835.980) (614.040.319.576) (106.444.727.310) 246.959.933.958 (2.715.785.438.704)
Resultados operacionais: (100.452.896.169) 169.624.668.430 27.735.524.824 129.605.155.957 (29.332.319.273) 3.078.400.094 200.258.533.863
Resultados financeiros 155.355.994.725 (28.135.108.804) (37.647.338.344) (33.593.417.900) 11.054.406.364 - 67.034.536.041
Resultados de filiais e associadas - - 17.211.109 - 22.435.216.262 - 22.452.427.371
Resultados não operacionais (31.295.873.083) (73.064.795.553) (20.240.622.488) (39.935.733.509) (6.312.546.413) - (170.849.571.046)
124.060.121.642 (101.199.904.357) (57.870.749.723) (73.529.151.409) 27.177.076.213 - (81.362.607.634)
Resultados antes de impostos: 23.607.225.473 68.424.764.073 (30.135.224.899) 56.076.004.548 (2.155.243.060) 3.078.400.094 118.895.926.229
Imposto sobre o rendimento - (59.719.892.808) (4.994.794.227) (26.743.957.447) (2.331.059.100) - (93.789.703.582)
Resultados líquidos das act. correntes: 23.607.225.473 8.704.871.265 (35.130.019.126) 29.332.047.101 (4.486.302.160) 3.078.400.094 25.106.222.647
Resultados extraordinários - - - 2.496.952 2.256.302.348 - 2.258.799.300
Resultado líquido do exercício 23.607.225.473 8.704.871.265 (35.130.019.126) 29.334.544.053 (2.229.998.812) 3.078.400.094 27.365.021.947
O exercício acima enunciado enumera os valores agregados do conjunto das empresas que compõem os respecti-
vos segmentos operacionais, sobre os quais apenas são deduzidos de anulações intra-grupo dentro das empresas
que compõem cada sector, por considerarmos que, desta forma é enunciada de uma maneira mais clara e efectiva
a realidade de cada sector operacional do Grupo Sonangol. A coluna de ajustamentos de consolidação reflecte
assim, todo o conjunto de anulações entre empresas do Grupo pertencentes a diferentes sectores de actividade
operacional. A conversão para USD obedeceu a política cambial prescrita na Nota 2.1.2.
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4.1 IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos no valor bruto das imobilizações corpóreas:
4.1.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA Rubricas Saldo inicial Alterações de Aumentos Diminuições Transferências Conversão Regularizações Saldo Final
perímetro dem. Finan-
ceiras
Terrenos e 7.162.059.413 - 95.698.182 - - 45.703.944 429.470.078 7.732.931.617
A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição por natureza das Imobilizações corpóreas foi: recursos naturais
Edifícios e outras 563.481.737.724 (125.971.516.717) 3.873.745.708 (8.249.930.261) 33.960.441.045 38.408.825 (771.123.505) 466.361.762.819
Rubricas Valor bruto 2017 Amortizações Valor Líquido 2017 Valor Líquido 2016 construções
Acumuladas 2017 Equipamento 432.334.857.107 (224.690.389) 21.761.367.735 (15.016.521.285) 5.550.604.622 89.543.238 1.356.417.062 445.851.578.090
Terrenos e recursos naturais 7.732.931.617 - 7.732.931.617 7.162.059.413 básico
Equipamento de 40.973.170.744 (17.429.348.189) 741.339.777 (567.953.338) 5.069.378 3.354.191 (2.399.553) 23.723.233.010
Edifícios e outras construções 466.361.762.819 (147.156.633.786) 319.205.129.033 364.722.150.458
transporte
Equipamento básico 445.851.578.090 (188.572.473.402) 257.279.104.688 267.357.009.821 Equipamento 33.294.026.395 - 8.324.006 (55.201.224) 4.535.552 2.769.701 (95.024.102) 33.159.430.328
Equipamento de transporte 23.723.233.010 (20.459.280.975) 3.263.952.035 10.745.029.018 informático
Equipamento informático 33.159.430.328 (31.495.117.321) 1.664.313.007 10.933.284.820 Equipamento 45.516.540.276 (4.657.594.873) 150.004.467 (522.070.208) 313.903.892 9.346.362 (352.648.096) 40.457.481.820
administrativo
Equipamento administrativo 40.457.481.820 (33.099.314.457) 7.358.167.363 (281.476.434)
Outras 5.642.317.970 (1.884.675.527) - (76.689.412) - 435.107 - 3.681.388.138
Outras Imobilizações Corpóreas 3.681.388.138 (3.073.842.880) 607.545.258 1.137.287.692 Imobilizações
Corpóreas
Imobilizado em curso 236.754.443.421 - 236.754.443.421 269.865.527.420
Imobilizado em 269.865.527.420 (10.798.197.378) 8.430.037.986 (4.865.623.612) (27.363.787.075) 16.285.548 1.470.200.532 236.754.443.421
Adiantamentos por conta de 1.503.430 - 1.503.430 6.162.055.451 curso
Imobilizações Corpóreas
Adiantamentos 6.162.055.451 - - (4.146.427) - 775.385 (6.157.180.979) 1.503.430
1.257.723.752.673 (423.856.662.821) 833.867.089.852 937.802.927.657 por conta de
Imobilizações
Corpóreas
1.404.432.292.500 (160.966.023.073) 35.060.517.861 (29.358.135.767) 12.470.767.414 206.622.301 (4.122.288.563) 1.257.723.752.673
No ano de 2017, os principais investimentos em curso em obter interesse participativo na refinaria do Lobito,
do Grupo encontram-se relacionados com: onde foram recepcionadas cerca de 64 propostas,
das quais foram selecionadas 7, sendo que dentre
• Construção da Refinaria do Lobito no segmento estas, serão seleccionadas as empresas que deverão As transferências incluem 16.153.145 milhares de
midstream; integrar o consórcio para a materialização do projeto. AOA relativos a activos reclassificados da rubrica
É expectável que este processo de selecção esteja Activos Reversíveis.
• Construção de 2 navios sonda no segmento ups- concluído até finais de 2018.
tream; Concorrem para as diminuições verificadas na ru-
A Administração da Sonangol pretende que esta brica, a imparidade no montante de AOA 22.174.485
• Obras nas instalações logísticas da barra do Dande nova visão estratégica incorpore os investimentos já milhares, referente à central de geração de energia
no segmento downstream. realizados e a sua rentabilização com a exploração da “Ciclo Combinado” do segmento midstream detalha-
futura refinaria e com o desenvolvimento de projectos das na nota 33. Resultados não Operacionais.
Refinaria do Lobito industriais adjacentes à mesma, nomeadamente, pro-
Em 2016, a Administração da Sonangol deliberou a jectos de indústria petroquímica alimentados pelas Em 2017, foi concluído o processo de construção dos
suspensão das obras de construção da Refinaria do descobertas de hidrocarbonetos em blocos offshore dois navios Suezmax, tendo os mesmos sido transfe-
Lobito tendo em consideração o contexto macroeco- próximos do Lobito. ridos para Imobilizado corpóreo. Estes navios encon-
nómico. tram-se em exploração pelas empresas do Grupo
Navios Sonda Sonangol Cazenga Limited e Sonangol Maiombe
Entretanto em 2017 o Estado angolano reafirmou O processo de construção continua em curso e a en- Limited.
o seu compromisso em levar avante o projecto de trada em operação far-se-á de acordo com as regras
construção da refinaria do Lobito, por se tratar de de Compliance da legislação Angolana (decreto 48/06)
um projecto estratégico nacional para garantia da e serão praticadas tarifas média diária competitivas,
autossuficiência na produção de refinados e redução indexadas a preços de referência do sector.
das importações.
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4.1.3 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO NAS AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS 4.A.2 MOVIMENTOS DO ANO NO VALOR BRUTO
Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos no valor das amortizações acumuladas: Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos no valor bruto das propriedades de petróleo e gás:
Rubricas Saldo inicial Alterações de Aumentos Diminuições Transferências Conversão Regularizações Saldo Final Rubricas 2016 Aumentos Diminuições Transferências Conversão dem. Regularizações 2017
perímetro dem. Financeiras
Financeiras
Despesas de 3.647.861.468.902 95.478.176.281 (3.466.853.810) 172.303.070.515 316.490.523 (2.927.313.286) 3 909 565 039 125
Edifícios 198.759.587.266 (79.642.307.236) 20.788.422.334 (200.859.150) (192.388) 6.968.053 7.445.104.907 147.156.633.786 desenvolvimento
e outras
Despesas de 310.687.127.845 56745.282.041 (1.630.357.589) - 21.667.506 (64 440 213 383) 301 383 506 420
construções
abandono
Equipamento 164.977.847.286 (160.454.699) 25.437.345.948 (884.901.791) - 39.431.939 (836.795.281) 188.572.473.402
Imobilizado 998.177.269.543 156.693.085.443 (161.483.291) 5.480.827.381 126.344.104 (49.076.893.755) 1 111 239 149 425
básico
mineiro em curso
Equipamento 30.228.141.726 (11.615.277.315) 1.755.501.509 (512.238.153) - 2.741.659 600.411.549 20.459.280.975
4.956.725.866.290 308.916.543.765 (5.258.694.690) 177.783.897.896 464.502.132 (116.444.420.424) 5 322 187 694 970
de transporte
Equipamento 22.360.741.576 - 1.162.573.589 (156.262.985) - 6.821.035 8.121.244.106 31.495.117.321
informático
Equipamento 45.798.016.710 (4.083.336.412) 3.486.804.133 (3.841.499.952) 192.388 4.356.193 (8.265.218.603) 33.099.314.457 Os aumentos do ano no valor bruto de propriedades de petróleo e gás respeitam essencialmente aos investi-
administrativo mentos nos blocos 15.06 e 32.00.
Outras 4.505.030.279 (1.655.213.013) 248.159.256 (22.671.529) - 341.818 (1.803.931) 3.073.842.880
Imobilizações
Corpóreas As transferências respeitam à reclassificação de activos de exploração e avaliação incorridos nos blocos 15.06
466.629.364.843 (97.156.588.675) 52.878.806.769 (5.618.433.560) - 60.660.697 7.062.852.747 423.856.662.821
e 32.00 (nota 5A), uma vez confirmadas as declarações de descoberta comercial do poço ou campo, conforme
política contabilística adoptada pelo Grupo.
4.A. PROPRIEDADES DE PETRÓLEO E GÁS Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos nas amortizações
acumuladas das propriedades de petróleo e gás:
4.A.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA
Rubricas 2016 Aumentos Diminuições Transferências Conversão dem. Regularizações 2017
Financeiras
É incluído nesta rúbrica todo o investimento de ex- infraestruturas tais como plataformas, pipelines bem
Despesas de 2.100.421.076.067 350.239.436.329 - - 200.490.601 41.799.444.433 2.492.660.447.430
ploração e desenvolvimento directamente associado como outros custos de desenvolvimento são regista- desenvolvimento
à actividade mineira. São considerados como inves- dos no imobilizado em curso até à data em que ficam Despesas de 179.537.732.594 20.942.060.285 - - 16.057.186 (18.864.439.620) 181.631.410.445
timento em curso os custos incorridos com a perfu- disponíveis para uso. As despesas de desenvolvimen- abandono
ração de poços de exploração até que resultem em to são amortizadas utilizando o método das unidades 2.279.958.808.661 371.181.496.614 - - 216 547 787 22.935.004.813 2.674.291.857.875
descoberta comercial, caso contrário, são registados produzidas, que representa o coeficiente calculado
como despesas se não se concluir que a descoberta pela proporção do volume de produção verificado em
é comercial. Por outro lado, as despesas relaciona- cada período sobre o volume de reservas provadas
das com a construção, instalação e completação de desenvolvidas no início desse período. 4.A.4 MOVIMENTOS DO ANO DAS IMPARIDADES ACUMULADAS
Rubricas Valor bruto 2017 Amortizações Imparidades Valor Líquido 2017 Valor Líquido 2016 Rubricas 2016 Reforços Reversões Transferências Conversão dem. Regularizações 2017
Acumuladas 2017 Acumuladas 2017 Financeiras
Despesas de desenvolvimento 3.909.565.039.125 (2 492 660 447.430) (268.126.235.049) 1.148.778.356.646 1.317.878.912.919 Despesas de 229 561 479 916 227.385.653.559 (88 107 344 194) - 10 449 315 (100.724.003.547) 268.126.235.049
desenvolvimento
Despesas de abandono 301.383.506.420 (181.631.410.445) (9.284.576.898) 110.467.519.077 131.149.395.251
Despesas de - 13.668.024.752 - - 389.287 (4.383.837.141) 9.284.576.898
Imobilizado mineiro em curso 1.111.239.149.425 - - 1.111.239.149.425 998.177.269.543
abandono
5.322.187.694.970 (2.674.291.857.875) (277.410.811.947) 2.370.485.025.148 2.447.205.577.713
229.561.479.916 241.053.678.311 (88. 107.344.194) - 10.838.602 (105 107 840.688) 277.410.811.947
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
126 127
O reforço de imparidades, inclui o montante de seu valor recuperável aumentado face ao exercício 5. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
194.529.677, reconhecido em Resultados transitados, anterior, devido essencialmente à nova estimativa de
conforme divulgado na Nota 13 relativo a correcções curva de preços e à taxa de desconto o que resultou 5.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA
de períodos anteriores. Os reforços do período na reversão de imparidades dos activos mineiros no
incluem ainda o reconhecimento de imparidades de montante de AOA 84.822.931 milhares, reconhecidas
poços sem viabilidade económica, conforme referido na rubrica de Resultados não operacionais. A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição por natureza das Imobilizações incorpóreas foi:
na Nota 33.
Rubricas Valor bruto 2017 Amortizações Valor Líquido 2017 Valor Líquido 2016
Acumuladas 2017
Em 2017, o Grupo realizou testes de imparidade
Goodwill 33.783.792.000 - 33.783.792.000 61.547.521.500
aos activos mineiros em fase de produção, tendo o
Trespasses 1.364.645.267 (322.249.105) 1.042.396.162 2.125.039.342
Despesas de constituição 104.139.029 (104.139.029) - -
Outras Imobilizações Incorpóreas 20.988.741.980 (20.337.866.050) 650.875.930 1.387.159.134
56.241.318.276 (20.764.254.184) 35.477.064.092 65.059.719.976
4.B. ACTIVOS REVERSÍVEIS
A variação verificada no Goodwill, face ao exercício anterior, resulta da saída da Sonils e
4.B.1 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, EM VALOR BRUTO Inloc do perímetro de Consolidação do Grupo.
Conforme referido na Nota 2.4., no decurso de milhares. Desta forma, com referência a 31 de O goodwill acima apresentado é composto pelo seguinte efeito:
2017, e após uma análise aprofundada dos direitos Dezembro de 2017 as demonstrações financeiras
e obrigações relativos a estes activos, o Grupo consolidadas não incluem Activos Reversíveis, tendo • Excesso do agregado da importância transferida para aquisição da Refinaria de Luanda à
Sonangol EP reverteu o registo de activos reversíveis, os activos associados a Contratos de Partilha de Fina Petróleos e o justo valor dos activos líquidos identificáveis da adquirida e dos passivos
tendo registado os impactos desta decisão por Produção cujos direitos e obrigações pertencem assumidos; AOA 33.783.792 milhares.
contrapartida de Outras reservas, no montante de à Sonangol, sido reclassificados para a rubrica
AOA 139.074.518 milhares, e por valores a receber de imobilizações corpóreas, conforme política
do Estado angolano, no montante de AOA 10.467.974 contabilística descrita na Nota 2.3 g). 5.2 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO, NO VALOR BRUTO
Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos no valor bruto das outras imobilizações incorpóreas:
Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos na rubrica de Activos reversíveis:
Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições/Alterações do Conversão dem. Saldo Final
perímetro Financeiras
Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Transferências Conversão dem. Saldo Final
Financeiras Goodwill 61.547.521.500 - (27.768.097.500) 4.368.000 33.783.792.000
Activos reversíveis 167.395.967.501 - 149.542.491.726 17.853.475.775 - - Trespasses 2.365.013.267 - (1.000.368.000) - 1.364.645.267
167.395.967.501 - 149.542.491.726 17.853.475.775 - - Despesas de constituição 104.128.980 - - 10.049 104.139.029
Outras Imobilizações Incorpóreas 21.163.598.749 35.643.468 (216.030.080) 5.529.843 20.988.741.980
A diminuição verificada na rubrica, resulta da reversão dos activos reversíveis no montante de AOA 149.542.492 85.180.262.496 35.643.468 (28.984.495.580) 9.907.892 56.241.318.276
milhares na sequência da descontinuidade de aplicação da politica adoptada em 2016.
A diminuição verificada no Goodwill e nos Trespasses, face ao exercício anterior é explicada
A transferência ocorrida no exercício no montante de AOA 17.853.476 milhares, corresponde ao activo pela saída da Sonils do perímetro de Consolidação do Grupo.
imobiliário em uso pelo Grupo recebido dos grupos empreiteiros dos Blocos 18 e 31, reconhecidos
maioritariamente em Imobilizado corpóreo – Edifícios e Outras construções.
5.3 MOVIMENTOS OCORRIDOS DURANTE O EXERCÍCIO,
NAS AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
128 129
5.A.1 COMPOSIÇÃO POR NATUREZA Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos na imparidade acumulada
dos Activos de exploração e avaliação:
A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição por naturezas dos Activos de exploração e avaliação foi:
Rubricas 2016 Aumentos Diminuições Transferências Regularizações Conversão Dem. 2017
Financeiras
Rubricas Valor bruto 2017 Amortizações Imparidades Valor Líquido 2017 Valor Líquido 2016
Acumuladas 2017 Acumuladas Activos de exploração e
avaliação:
Activos de exploração e avaliação 69.730.294.839 - (4.770 927.841) 64.959.366.998 509.723.972.264
B37.11 - 840.618.621 - - - 35.290 840.653.911
Aquisição de interesses participativos 567 936.115.691 - (181.720 549.961) 386.215.565.730 215.035.602.798
Venezuela 3.929.778.960 - - - - 494.970 3.930.273.930
637.666 410.530 - (186.491 477.802) 451.174.932.728 724.759.575.062
3.929.778.960 840.618.621 - - - 530.260 4.770.927.841
Aquisição de interesses
A rubrica Activos de exploração e avaliação regista com a perfuração de poços de exploração até que participativos:
todo o investimento de exploração e avaliação resultem em descoberta comercial, em contrário são
B09.09 23.306.064.477 - - - - 2.935.484 23.308.999.961
directamente associado à actividade mineira. despesas. Caso resultem em descoberta comercial
B31.00 - 158.404.900.000 - - - 6.650.000 158.411.550.000
São considerados como investimento em curso os activos são transferidos para Propriedades de
23.306.064.477 158.404.900.000 - - - 9.585.484 181.720.549.961
de exploração e avaliação os custos incorridos petróleo e gás.
27.235.843.437 159.245.518.621 - - - 10.115.744 186.491.477.802
5.A.2 MOVIMENTOS DO ANO NO VALOR BRUTO As imparidades no período incluem o montante de do valor recuperável. A Administração da Sonangol
AOA 158.411.550 milhares referente propriedades acredita que existe potencial de rentabilização do
Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos no valor bruto dos Activos de exploração e avaliação: não provadas de petróleo e gás, registados na 2nd Hub do Bloco 31 pelo volume total de recursos
Demonstração de resultados em resultados não contingentes estimados. Os respectivos recursos
Rubricas 2016 Aumentos Diminuições Transferências Regularizações Conversão Dem. 2017 operacionais. encontram-se compartimentalizados e distribuídos
Financeiras
por 15 campos de pequena dimensão, tornando o
Activos de exploração
e avaliação:
Bloco 21.09 seu desenvolvimento oneroso à luz dos conceitos de
B15.06 64.214.806.872 16.968.118.291 - (79.710.723.136) - 5.454.407 1.477.656.434
A Administração acredita que existe potencial de desenvolvimento convencionais. Contudo, existem
rentabilização deste bloco, pelo volume de recursos esforços para explorar técnicas e conceitos mais
B22.11 (162.059.729) - - - - (20.636) (162.080.361)
contingentes de petróleo e gás. O potencial deste eficientes, dos quais resulta a real expectativa
B31.00 310.003.279.154 - - - (309.462.174.207) 26.054.591 567.159.538
bloco está associado à existência de uma matriz de reduzir em grande escala as necessidades de
B32.00 98.662.666.362 191.939.884 (97.827.660.292) - 8.328.051 1.035.274.006
contratual de gás, que se encontra neste momento investimento em infraestruturas, aumentando
B37.11 - 840.618.621 - - - 35.290 840.653.911 em desenvolvimento por um grupo de trabalho consequentemente a sua atratividade económica
B21.09 - 24.353.503 - - 21.597.080.637 907.690 21.622.341.830 interministerial, do qual a Sonangol E.P. faz e consequente recuperação do valor líquido
Bloc 2 - S.Tomé - - - 3.409.075.000 - - 3.409.075.000 parte. Na ausência de um regulamento claro que contabilístico.
Iraque 37.005.279.600 - - - - 4.660.950 37.009.940.550 permita valorizar os recursos de gás associados,
Venezuela 3.929.778.960 - - - - 494.970 3.930.273.930 é difícil realizar uma avaliação razoável, assente Aquisições a COBALT
513.653.751.223 18.025.030.299 - (174.129.308.427) (287.865.093.570) 45.915.313 69.730.294.834 em pressupostos sólidos e consistentes com o Durante o exercício de 2017 o Grupo concluiu
Aquisição de interesses que pode ser o resultado dos trabalhos do grupo amigavelmente a arbitragem instaurada pela Cobalt
participativos: interministerial. Contudo, a Administração da International Energy, Inc. em 08 de Maio de 2017,
B09.09 23.306.064.477 - - - - 2.935.484 23.308.999.961 Sonangol E.P. tem a expectativa que este esforço relativamente a aquisição pela Sonangol dos blocos
B31.00 - - - - 309.462.174.207 12.991.539 309.475.165.746 iniciado pelo Governo de Angola permita uma 20/11 e 21/09.
B21.09 215.035.602.798 41.685.500.000 - - -(21.597.080.637) 27.927.823 235.151.949.984 valorização e monetização destes recursos, em linha O acordo celebrado entre as partes, determinou
238.341.667.275 41.685.500.000 - - 287.865.093.570 43.854.846 567.936.115.691 com as expectativas de retorno previstas à data de que para além do pagamento efectuado à Cobalt
751.995.418.498 59.710.530.299 - (174.129.308.427 - 89.770.159 637.666.410.530
investimento no bloco. em 2015, no montante de 250 milhões de USD a
título de adiantamento para aquisição de interesses
Bloco 31 participativos divulgado na nota 9.2.1 em 2016, a
No decurso de 2017 a Administração da Sonangol Sonangol deverá efectuar pagamentos adicionais ao
reconheceu uma perda por imparidade no Bloco longo do exercício de 2018 no montante de USD 500
31 no montante de AOA 158.411.550 milhares por milhões.
contrapartida de Resultados não operacionais, por
forma a reduzir o valor contabilístico dos activos
associados a este bloco para a melhor estimativa
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
130 131
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
132 133
Petromar 30% 9.198.728 - 9.198.728 9.198.728 Adicionalmente o Grupo detém uma participação a refinaria e o cliente final. A SOMG é a empresa
Puaça 100% 4.234.624.283 (4.234.624.283) - (61.876.949) financeira de 50% na Angola LNG Marketing Limited responsável por fazer a manutenção e reparação das
Puma Energy 28% 101.387.608.141 - 101.387.608.141 101.387.608.141 (ALM). infraestruturas da refinaria e a OPCO é a empresa
S. Tomé e Principe Offshore 51% 765.000 (765.000) - - responsável por fornecer os técnicos especializados
Somg 23% 3.801.877 - 3.801.877 3.801.398 A empresa LNG Ltd. corresponde à refinaria de gás na operação da refinaria. Finalmente a ALM é
Sonacergy 40% 304.168.263 - 304.168.263 304.168.263 e é o foco principal do investimento do consórcio. responsável por fazer a comercialização do produto
Sonadiets 30% 6.439.161 - 6.439.161 6.439.470 A LNG Supply Services é a empresa responsável nos mercados Europeus e foi criada com o intuito de
Sonadiets Service 30% 309 - 309 -
por fazer o serviço de expedição das cargas entre substituir a ALNG SS.
Sonaid 30% 11.705.107 - 11.705.107 11.705.107
Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos no investimento financeiro Angola LNG Ltd:
Sonair USA 50% 1.875.000 - 1.875.000 1.875.000
Sonamet 40% 356.351.721 - 356.351.721 356.351.721 Entidade Valor Liquido 2016 Valores Pagos Valores Provisões Outros Ajustamentos Valor Líquido 2017
Sonangalp 51% 501.880.661 - 501.880.661 501.880.661 Recebidos Ajustamentos Cambiais
Sonangol Cabo-Verde 100% 2.162.710.815 - 2.162.710.815 2.162.710.815 270.294.704.175 (15.207.508.800) (789.947.901) 33.946.082 254.331.193.556
Angola LNG Ltd. - -
Sonangol Hidrocarbonetos USA, Ltd. 100% 21.287.491.915 (21.287.491.915) - -
Sonangol Holdings USA 100% 399.528.106 (399.528.106) - - 270.294.704.175 - (15.207.508.800) (789.947.901) 33.946.082 254.331.193.556
-
Sonangol São Tomé e Príncipe 100% 1.091.346.145 (515.413.862) 575.932.283 579.770.322
Sonangol Starfish Oil & Gas, S.A. 100% 28.399.740.260 (28.399.740.260) - -
Sonasing Kuito 30% 233.922.597 (233.922.597) - - Em 2015 e 2016 o Grupo reconheceu perdas por imparidade nesta participação financeira nos montantes de
Sonasing Mondo 10% 107.545 - 107.545 107.545 82.237.344 milhares de AOA e 58.354.800 milhares de AOA, respectivamente.
Sonasing OPS 50% 537.726 - 537.726 537.726
Sonasing Sanha 30% 270.000 - 270.000 270.000
Novos testes de imparidades realizados no corrente exercício ao investimento financeiro na Angola LNG
Ltd, não resultaram no apuramento de imparidades adicionais, justificado essencialmente pela melhoria
Sonasing Saxi - Batuque 10% 107.545 (107.545) - -
da situação operacional e financeira do projecto e pela expectativa de melhoria significativa das receitas em
Sonasing Xicomba 30% 270.000 - 270.000 270.000
2018, resultantes do aumento da produção e preços.
Sonasurf International 49% 401.360.038 - 401.360.038 401.360.038
Sonatide Mar - SMS 51% 52.460 - 52.460 52.460 A recente aprovação da Lei do Gás - Decreto Legislativo Presidencial 7/18 de 18 de Maio, permitirá novos
Sonatide SML 51% 43.786 - 43.786 43.786 desenvolvimentos no sector. Os accionistas da Angola LNG estão alinhados no seu apoio a esta iniciativa
Sonils 30% 6.439.161 - 6.439.161 - legal, mostrando-se disponíveis para investir em novas fontes de abastecimento de gás. Consequentemente,
Spal 50% 48.932.000 - 48.932.000 48.932.002 encontra-se em discussão com as autoridades competentes, o tema relacionado com outras medidas
Technip Angola 40% 1.042.720 - 1.042.720 1.042.720 específicas que permitirão ao Angola LNG desempenhar um papel ainda mais relevante enquanto investidor
Sonasurf Angola 50% 187.500 - 187.500 187.500 em novos projectos de gás.
Miramar Empreendimentos 40% 75.600.000 - 75.600.000 75.600.000
Sonimech, Lda. 30% - - - 25.009.200
No decurso de 2017 os accionistas da Angola LNG Ltd. deliberaram uma redução do capital social no
Sonils Limited 100% - - - 560.206
montante USD 400 milhões, dos quais USD 91,2 milhões (AOA 15.207.509 milhares) atribuíveis à Sonangol,
cujo recebimento foi registado por contrapartida de uma redução do investimento nesta participada.
Unitel 25% 3.646.655.808 - 3.646.655.808 3.646.199.199
Societe Ivoirienne de Reffinage 20% 3.375.000.000 (3.375.000.000) - -
764.859.122.534 (312.372.600.356) 452.486.522.178 442.906.989.553 6.3 COMPOSIÇÃO POR ENTIDADE – INVESTIMENTOS FINANCEIROS – JUSTO VALOR
Em relação ao exercício 2016, foram incluídas nesta Investimento financeiro Angola LNG A 31 de Dezembro de 2017 os investimentos financeiros valorizados ao justo valor correspondem ao investi-
rubrica as participações nas empresas Sonils Ltd. e Os investimentos financeiros na Angola LNG Limited, mento no Banco Millennium BCP conforme abaixo descrito:
Inloc limited as quais foram excluídas do perímetro Angola LNG Operating Company – Sociedade
de consolidação em 2017, conforme referido na nota Operacional Angola LNG (OPCO), Angola Gas Pipeline Rubricas % partic. Justo valor em 2017 Justo valor em 2016
2.1.4. Company – Sociedade de Operações e Manutenção Banco Millennium BCP 19,49% 149.304.763.921 28.021.873.581
de Gasodutos, S.A. (SOMG) e Angola LNG Supply 149.304.763.921 28.021.873.581
No decurso de 2017, o Grupo reconheceu a mais valia Services,, correspondem a uma participação de
decorrente da alienação da participação financeira no 22,8% em empresas responsáveis pela refinação
Banco Millenium Angola e Banco Privado Atlântico de gás natural em Angola, na qual a Sonangol
no montante de 12.466.432 milhares de AOA, tendo Gás Natural participa em conjunto com outros
registado a respectiva alienação dos investimentos operadores nomeadamente a Chevron com 36,4%
financeiros nestas entidades. e a Total, BP Amoco e ENI, todas elas com 13,6%.
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
134 135
Em 2016, na sequência do aumento do capital e do milhares. Adicionalmente, durante 2017 a Sonangol 7. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS
reagrupamento de acções, que implicou que cada EP adquiriu 642.713.023 acções, no montante
lote de 75 acções passasse a representar uma única de AOA 28.427.943 milhares. Desta forma, com 7.1 DECOMPOSIÇÃO POR NATUREZA
acção do Millennium BCP, a Sonangol E.P. passou a referência a 31 de Dezembro de 2017 a empresa é
ser titular de 140.454.871 acções representativas de titular de 2.946.353.914 acções representativas de A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição por natureza dos outros activos financeiros foi:
uma participação qualificada no capital do banco de uma participação qualificada no capital do banco
14.87%, com referência a 31 de Dezembro de 2016. de 19,49% e valorizadas ao preço de mercado (fair Rubricas 2017 2016
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
136 137
Hotel Florença, Hotel Suite Maianga, Hotel Riomar, • Assegurar junto dos operadores a melhoria da po- Os valores relatados para os investimentos em gy, Inc. e o fundo Energy Fund III detém investimentos
Hotel Eixo Viário), que garantam um melhor lítica comercial e marketing no sentido de captarem capital de risco – Energy Fund II e Energy Fund III – na Cobalt International Energy, Inc, Moreno Energy,
acompanhamento na gestão das referidas unidades, novos clientes, promoção de novos serviços e pene- representam o justo valor dos mesmos, de acordo Inc, Talen e Targe Energy.
maximização das receitas e redução de custos, o tração em outros seguimentos do mercado; com os respectivos relatórios finais do gestor inde-
Grupo perspectiva desenvolver dentre outras as pendente a 31 de Dezembro de 2017. O quadro abaixo resume os compromissos de investi-
seguintes acções: • Revenue Assurance e recuperação de dívidas; mento assumidos pela Sonangol E.P. junto da entida-
Com referência a 31 de Dezembro de 2017, o fundo de gestora no que se refere aos Energy Fund II e III:
• Assegurar a entrada em funcionamento do Hotel • Redução dos custos com maior incidência para os Energy Fund II detém investimentos na Cobalt Ener-
no Eixo Viário; custos administrativos e de manutenção;
Descrição Energy Fund II Energy Fund III
• Criação de um Comité de acompanhamento das • Reavaliação das decisões de investimento a serem % Participação
9.94% 10,45%
actividades das Unidades Hoteleiras; realizados neste segmento, tendo em conta o actual USD AOA USD AOA
contexto macroeconómico, bem como o ciclo de vida Valor/Compromisso 100.000.000 16.674.900.000 397.000.000 66.199.353.000
• Avaliação técnica das unidades hoteleiras e a res- económica de cada unidade hoteleira. Investimentos à data 120.940.130 20.166.645.737 372.937.628 62.186.976.531
pectiva análise dos contratos de gestão e exploração Distribuições revogáveis 25.039.053 4.175.237.049 30.978.631 5.165.655.741
em vigor; Compromisso remanescente 4.098.923 683.491.311 55.041.003 9.178.032.210
O quadro abaixo resume os movimentos acumulados dos fundos de investimento desde o momento da sua Rubricas
2017
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
138 139
O quadro abaixo resume os movimentos do Gateway Fund ocorridos durante o ano: 9. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES E CONTAS A RECEBER
Rubricas
Carteira de Gestão de Liquidez Carteira de Investimento 9.1. DECOMPOSIÇÃO POR NATUREZA
USD AOA USD AOA
Saldo de abertura 169.152.528 28.202.462.718 83.294.027 13.887.446.534 A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição dos outros activos não correntes e contas a receber foi:
Investimento (65.999.503) (11.005.351.126) 65.999.503 11.005.351.126
Corrente Não Corrente
Custos de gestão - - (2.859.601) (477.012.673) Rubricas
2017 2016 2017 2016
Ganhos / perdas da carteira 1.573.332 262.351.538 27.672.760 4.614.405.057
Clientes 205.916.312.053 362.003.383.761 21.740.870.521 -
Desinvestimento / Distribuições 18.392.220 3.066.884.293 (18.392.220) (3.006.884.293)
Fornecedores - saldos devedores 6.173.990.086 4.851.395.286 - -
Ajustamentos cambiais - 3.552.243 - 1.926.241
Estado 3.399.467.597 18.145.814.885 - -
Saldo de fecho 123.118.577 20.529.899.667 155.714.469 25.965.231.991
Estado (PNUH - Centralidades) 130.209.218.927 146.348.502.033 282.827.039.063 412.984.241.118
Participantes e participadas 19.685.805.285 15.025.144.238 54.392.493.075 106.369.424.609
Os valores apresentados em AOA, relativos aos fundos de investimento correspondem aos valores em USD Pessoal 2.462.621.731 2.207.397.334 - -
convertidos à data de fecho de 31 de Dezembro de 2017.
Direitos Concessionária - Activo 232.793.159.247 105.201.103 - -
Transacções enquanto Concessionária 667.824.753.952 -
Devedores da actividade mineira 135.295.853.721 132.374.730.284 - -
A rubrica de Existências apresenta a seguinte decomposição com referência a 31 de Dezembro de 2017: O saldo de clientes, acima enunciado, está maiorita- Encontram-se incluídos, na rubrica Devedores da Ac-
riamente relacionado com clientes estrangeiros de pe- tividade Mineira, a 31 de Dezembro de 2017, os valores
Rubricas Valor bruto 2017 Provisões Acumuladas 2017 Valor Líquido 2017 Valor Líquido 2016 tróleo bruto e gás natural e fornecimento de produtos em dívida pelos membros dos grupos empreiteiros,
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 26.789.755.639 (7.177.159.298) 19.612.596.341 11.319.216.690 derivados a organismos estatais. A redução verificada resultantes das operações conjuntas em Blocos em
Produtos e trabalhos em curso 44.885.614.008 - 44.885.614.008 44.681.924.126 comparativamente ao exercício anterior é explicada que o Grupo detém interesses participativos. Estas
Produtos acabados e intermédios 6.302.765.050 (181.214.855) 6.121.550.195 8.376.730.806 pela melhoria do processo de cobrança aos organis- dívidas são resultantes da diferença entre os fundos
Mercadorias 59.812.329.150 (6.929.540.881) 52.882.788.269 35.589.266.420 mos estatais e encontro de contas realizados em 2017. solicitados para desenvolvimento das operações nos
Matérias-primas, mercadorias e materiais em trânsito 2.738.171.643 - 2.738.171.643 579.955.012 blocos e as despesas incorridas nestes blocos.
140.528.635.490 (14.287.915.034) 126.240.720.456 100.547.093.054 O saldo de clientes não corrente no montante de AOA
21.740.870 milhares, está essencialmente relacionado A posição devedora de underlifting está essencial-
com vendas a prazo de activos imobiliários no seg- mente relacionada com a posição em três blocos não
mento non core. operados (14, 15/06 e FS/FST) e o bloco operado (3.05).
A rubrica de Matérias-primas, subsidiárias e de ção e subsequentemente deduzidos das respectivas
consumo regista principalmente os valores das exis- provisões para perda de valor.
tências de materiais de suporte às operações petrolí-
feras, armazenados nas bases logísticas da Empresa Adicionalmente, a rubrica de existências apresenta
em onshore e offshore, assim como os materiais um aumento em relação ao ano de 2016, devido a adi-
adquiridos, mas ainda em posse de terceiros. Os ma- ção do valor referente ao stock Oil, não levantado pelo
teriais encontram-se valorizados ao preço de aquisi- grupo empreiteiro no final do ano de 2017.
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
140 141
A 31 de Dezembro de 2017 os saldos a receber associados a entidades participadas valoriza- Rubrica Valor Bruto 2017 Provisões Acumuladas 2017 Valor Líquido 2017 Valor Líquido 2016
dos ao custo menos perdas por imparidade (quando aplicáveis) decompõem-se de seguida: ESSA 1.215.769 - 1.215.769 -
Sonangol Cabo Verde, SA 167.621.219 - 167.621.219 348.605.270
Mota Engil Angola 650.247.050 - 650.247.050 355.012.600
SONAID 4.806.245.099 - 4.806.245.099 4.805.899.202
9.2.1 PARTICIPANTES E PARTICIPADAS (NÃO CORRENTE) Paenal 438.119.496 - 438.119.496 796.143.559
Porto STP 402.961.132 - 402.961.132 402.961.132
Rubrica Valor Bruto 2017 Provisões Acumuladas 2017 Valor Líquido 2017 Valor Líquido 2016
Aeroporto STP 874.896.074 - 874.896.074 1.411.345.256
Puaça 11.423.732.695 (919.514.849) 10.504.217.845 10.503.322.746
BAI 1.331.811.870 - 1.331.811.870 -
Genius 30.083.832.007 (30.083.832.007) - 10.234.389.679
Sonamet/Sonacergy 942.545.376 - 942.545.376 995.299.363
Embal 172.510.006 (172.510.006) - -
Kwanda 1.144.653.437 - 1.144.653.437 1.227.105.126
Lobinave 1.670.601.483 (1.670.601.483) - -
Petromar 897.339.511 - 897.339.511 -
Biocom 13.659.002.656 - 13.659.002.656 13.658.297.123
ACS 699.958.764 - 699.958.764 492.216.239
Bauxite 83.370.000 (83.370.000) - -
Net One - - - 132.507.933
Paenal 8.526.249.900 - 8.526.249.900 8.525.636.280
Angola Cables - - - 581.453.328
Luanda Waterfront 3.046.339.800 - 3.046.339.800 3.046.120.560
Unitel - - - 245.534.510
Diranis 7.230.736.767 (7.230.401.723) 335.044 -
Paz-Flor 2.127.015.684 - 2.127.015.684 1.824.349.317
Sonasing OPS - - - 1.469.438.531
Unidades de Trading - - - 1.395.187.264
Angoflex 298.220.387 (298.220.387) - 58.413.815
Sonasing OPS 3.935.429.982 - 3.935.429.982 -
Sonangol Starfish Oil & Gas, S.A. 94.448.495.027 (94.448.495.027) - -
Puma Energy 1.100.543.437 - 1.100.543.437 -
Sonangol Hidrocarbonetos USA, Ltd. 16.777.621.478 (16.777.621.478) - -
Outros 165.201.386 - 165.201386 11.524.139
Exem Africa Limited - - - 16.001.037.904
19.685.805.285 - 19.685.805.285 15.025.144.238
Esperaza Holding B.V. 1.168.225.062 - 1.168.225.062 1.168.093.380
Cobalt - - - 41.682.000.000
Sonangol São Tomé 33.351.602 (11.714.685) 21.636.917 21.630.915
Iraque 17.466.485.851 - 17.466.485.851 -
9.3 OUTROS DEVEDORES
Outros - - - 1.043.676
206.088.774.720 (151.696.281.646) 54.392.493.075 106.369.424.609
Os saldos a receber associados a outros devedores decompõem-se da seguinte forma:
pectivos contratos. Estes suprimentos constituem do montante pago para aquisição de interesses parti- Cohydro (Nessergy) 29.188.588.599 - 29.188.588.599 29.184.388.599
investimentos efectuados pelo Grupo em empresas cipativo nos Blocos 20/11 e 21/09, para rubrica Activos Monumental 187.582.500 (187.582.500) - -
participadas, em que o prazo da sua recuperação está de avaliação e exploração. Space Group 247.622.265 (247.622.265) - -
diferido nos termos dos respectivos contratos. Force Petroleum Angola 30.077.445.970 (29.914.787.978) 162.657.992 17.964.295.529
A variação na linha Iraque no montante de AOA Geni 8.952.077.947 (8.952.077.947) - 20.235.810.457
Em 2018, o Grupo iniciou um conjunto de diligências 17.466.485 milhares refere-se à reclassificação do Lektron 21.138.804.329 (21.138.804.329) - 8.625.653.073
junto das entidades devedoras, de forma a garantir a empréstimo apresentado anteriormente na nota 9.3.1 Iraque - - 17.464.326.841
recuperabilidade das dívidas. A estratégia adoptada Outros devedores (não corrente), por se tratar de uma
Carry à Cupet 3.930.273.930 (3.930.273.930) - -
tem-se demonstrado bastante favorável e com efeitos entidade participada do Grupo.
Outros 2.039.026 - 2.039.026 359.384.876
imediatos, na medida em que foram registados os
93.724.434.566 (64.371.148.949) 29.353.285.617 93.833.859.375
primeiros reembolsos do capital mutuado.
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
142 143
Em 25 de Outubro de 2012 a Sonangol E.P. acordou É expectativa da Administração da Sonangol que se Em 2016 o saldo devedor relativo à Receita da concessionária, no montante de 13.201.815 milhares de AOA,
com a Nessergy Ltd. a compra da participação que dê continuidade às negociações com RDC – Cohydro foi apresentado como uma dedução à rubrica do passivo Transacções enquanto Concessionária Nacional (ver
esta detinha na Zona de Interesse Comum (ZIC) afecta para definição de um CPP para a ZIC, com rentabili- nota 19.2).
à Republica Democrática do Congo (95%) para poste- dade e retorno assegurado para as partes.
rior transferência da mesma para a COHYDRO (NOC
Congolesa) pelo valor de USD 200 milhões. Atendendo a natureza de parte dos referidos emprés- 9.5.1 RECEITA DA CONCESSIONÁRIA
timos concedidos, à data de balanço encontram-se
O “Preliminary Commercial Agreement” celebrado em análise com as entidades Estatais competentes, Em 2017 foram verificados os seguintes movimentos nas entregas da Concessionária Nacional:
entre a Sonangol E.P. e Cohydro, datado de 27 de Ja- os termos e condições que garantam o retorno justo e
neiro de 2015, estabelece que o valor devido à Sonan- efectivo dos fundos para a esfera do Grupo. Quadro Geral das Transacções com a Concessionária
Rubricas
gol E.P. será reembolsado pela Cohydro, através do 2016 (Nota 19.2) Valor a pagar Valor a receber
Valores
Encontro Contas
Regularização
2017
Liquidados de saldos
profit oil obtido enquanto Concessionária na ZIC a ser
Receita da
definido no futuro Contrato de Partilha de Produção Concessionária
(408.753.548.667) (1.157.385.055.291) 71.487.695.387 193.334.678.732 936.600.347.347 - (364.715.882.492)
(CPP) a ser celebrado entre as partes. Crédito
69.902.378.741 - 399.090.811.485 - - 21.320.334.830 490.313.525.056
clientes OGE
Subvenções 111.210.869.095 - 27.433.218.694 - - - 138.644.087.789
9.3.2 OUTROS DEVEDORES (CORRENTE) Liquidação
2.994.312.383 - 7.451.805.537 - - - 10.446.117.920
indústrias ZEE
Rubrica 2017 2016
Liquidação
Fundo Social 24.114.756.727 (4.825.086.237) PNUH (capital 157.275.144.988 - 154.588.953.402 - - - 311.864.098.390
e juros)
Fundo Social – Adiantamento 4.210.758.100 4.210.758.100
Pagamentos
Exem Africa Ldt 13.904.812.487 - a entidades 96.997.496.601 - - - - - 96.997.496.601
Fundo de Pensões 4.827.266.989 1.191.316.960 estatais
Os activos com a descrição Direitos Concessionária - Activo dizem respeito ao número de barris corresponden-
te a 7% em 2017 (direitos remanescentes) atribuíveis à Sonangol E.P. onde esta se encontra na qualidade de
Concessionária Nacional e incluem a quota parte do profit oil atribuível ao Estado angolano no âmbito dos CPP,
correspondente a 93%.
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
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RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
146 147
10.2 COMPOSIÇÃO DOS TÍTULOS NEGOCIÁVEIS 12. CAPITAL SOCIAL E PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES
O movimento do ano na rubrica de títulos negociáveis é como se segue: A Sonangol E.P. é detida na sua totalidade pelo Estado angolano.
O Capital Social da Empresa em 31 de Dezembro de 2017 encontrava-se totalmente
Montante Montante
Alteração do
Montante Montante Data Data de subscrito e realizado ascendendo a AOA 1.000.000.000 milhares.
Produtos perímetro
Inicial (USD) Reembolsado (USD) Líquido (USD) Líquido (AOA) Aquisição Vencimento
Consolidação (USD)
Obrigações BPA 25.000.000 (25.000.000) - - - 31.12.2011 01.01.2017 O quadro abaixo enuncia os movimentos do Capital Social e Prestações Suplementares
Obrigações do Tesouro 2.252.222 - (2.252.222) - - 14.12.2015 27.11.2017
em 2017:
Obrigações do Tesouro 1.269.069 - (1.269.069) - - 14.12.2015 17.12.2017
Rubricas 2016 Aumentos 2017
Obrigações do Tesouro 1.504.825 - (1.504.825) - - 14.12.2015 16.09.2022
Capital Social 1.000.000.000.000 - 1.000.000.000.000
Obrigações do Tesouro 17.255.331 - (17.255.331) - - 14.12.2015 30.10.2022
Prestações suplementares e prestações acessórias de capital 946.558.748.877 900.390.559.111 1.846.949.307.988
Obrigações do Tesouro 12.372.161 - (12.372.161) - - 01.06.2016 29.03.2018
1.946.558.748.877 900.390.559.111 2.846.949.307.988
Obrigações do Tesouro 15.465.995 - (15.465.995) - - 31.03.2016 17.11.2018
Obrigações do Tesouro 15.465.845 - (15.465.845) - - 17.03.2016 23.02.2018
Obrigações do Tesouro 6.168.237 - (6.168.237) - - 14.07.2016 17.11.2018 O aumento verificado nas prestações Acessórias no montante de AOA 900.390.559 milhares
Obrigações do Tesouro 2.158.598 - (2.158.598) - - 09.07.2016 19.07.2018 correspondem às últimas entradas de fundos do Accionista único da Sonangol EP, ao abrigo
Obrigações do Tesouro 5.242.925 - (5.242.925) - - 07.09.2016 19.07.2018 do contrato de Prestações Acessórias celebrado entre as partes no montante total de USD
Obrigações do Tesouro 2.466.907 - (2.466.907) - - 27.09.2016 28.09.2018 10.000.000 milhares.
Obrigações do Tesouro 3.084.271 - (3.084.271) - - 28.09.2016 28.09.2018
Obrigações do Tesouro 3.701.537 - (3.701.537) - - 07.10.2016 08.02.2018
Obrigações do Tesouro
Obrigações do Tesouro
3.700.273
1.856.907
-
-
(3.700.273)
(1.856.907)
-
-
-
-
26.10.2016
16.09.2016
18.10.2018
10.02.2017
13. RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS
Total USD 118.965.103 (25.000.000) (93.965.103) - -
A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição das reservas e fundos foi:
Total AOA 19.834.813.655 (4.168.199.992) (15.666.613.663) - -
Rubricas 2016 Aplicação RLE RLE 2017 Ganhos/Perdas Alteração Correcções de Outros 2017
actuárias perímetro de anos anteriores movimentos
A redução verificada nesta rubrica é explicada pelo perímetro de consolidação em 2017 da subsidiária consolidação
vencimento das Obrigações do Banco Millennium SONILS, empresa do Grupo que detinha, com referên- Reservas 73.050.147.081 - - (12.504.600) - (50.003.879.094) 23.033.763.387
Atlântico detidas pela Sonangol EP e reembolsadas cia a 31 de Dezembro de 2016 os investimentos em Legais
em 1 de Janeiro de 2017 e pela exclusão saída do Obrigações do Tesouro. Outras 322.972.636.221 22.747.551 - (36.541.957.280) (1.058.626.931) (141.467.110.479) 60.158.782.749 204.086.471.831
Reservas
Fundo de 190.521.373.503 - - - - (11.670.959.999) 178.850.413.504
11. OUTROS ACTIVOS CORRENTES avaliação
Fundo 774.945.200.920 - - - - 165.605.150.411 940.550.351.331
Investimento
A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição dos outros activos correntes foi: Resultados (1.023.390.645.332) 13.258.930.673 - - (69.978.927.072) (815.527.595.256) (166.889.094.066) (2.062.527.331.053)
Transitados
Rubricas 2017 2016
338.098.712.393 13.281.678.224 - (36.541.957.280) (71.050.058.603) (956.994.705.735) (2.799.999.999) (716.006.331.000)
Proveitos a facturar:
Ajustamento 838.166.239.916 - - - (15.671.409.784) 245.499.693.348 (287.697.975) 1.067.706.825.505
Facturação - Produtos Refinados - 451.376.649 de Conversão
DF´s
Facturação - Aeronaves 915.084 -
Resultado de 13.281.678.224 (13.281.678.224) 27.365.021.947 - - - - 27.365.021.947
Facturação - Rendas 4.850.196.563 295.310.343
Exercício
Facturação - Outros 1.493.816.330 3.072.333.500
851.447.918.140 (13.281.678.224) 27.365.021.947 - (15.671.409.784) 245.499.693.348 (287.697.975) 1.095.071.847.452
6.344.927.977 3.819.020.492
1.189.546.630.533 - 27.365.021.947 (36.541.957.280) (86.721.468.387) (711.495.012.387) (3.087.697.974) 379.065.516.452
Encargos a repartir por exercícios futuros:
Encargos - Docagem e frete 101.295.583 499.312.086
Encargos - Seguros 40.637.544 93.139.992
Encargos - Outros 811.226.870 3.668.702.991
953.159.997 4.261.155.069
7.298.087.974 8.080.175.562
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15. EMPRÉSTIMOS Durante o exercício de 2017, o Grupo recorreu a te ao investimento efectuado no âmbito do PNUH,
financiamentos bancários internacionais para finan- o Estado reconhece o montante total em dívida e o
ciar os seus projectos estruturantes e outras despe- seu reembolso ocorre mensalmente por encontro de
O quadro abaixo resume a posição dos empréstimos do Grupo no curto e médio sas operacionais, tendo-os liquidado ainda durante o contas via Receita da Concessionária, nos termos do
e longo prazo a 31 de Dezembro de 2017. exercício. plano de reembolso acordado entre as partes.
Rubricas
Corrente Não Corrente Os financiamentos acima referidos têm uma garantia Esta é uma questão relevante sobre a apreciação téc-
2017 2016 2017 2016 corporativa, em que os “convénios financeiros” obri- nica dos convénios financeiros do Grupo, na medida
Empréstimos Banca Internacional 205.246.243.620 436.059.281.229 610.597.380.607 1.123.493.003.462 gam a Sonangol, E.P. à observância do seguinte: em que, de acordo com o entendimento expresso do
Empréstimos Banca Nacional - 840.700.596 - - Conselho de Administração da Sonangol, concorre
Descoberto Bancário 16.262.566.000 70.573.459.764 - - (a) O valor da “Situação Líquida” não deverá, sobre estes rácios uma certa inconsistência nos
Outros Empréstimos (Carry) - - - 21.075.501.491 em circunstância alguma, ser inferior a AOA parâmetros de cálculo utilizados.
221.508.809.620 507.473.441.589 610.597.380.607 1.144.568.504.953 1.200.000.000.000,00;
Este facto decorre de, naturalmente estar a ser
(b) O rácio “EBITDA/Dívida Líquida” não deverá ser considerado para o apuramento do “DEBT” e do “NET
Os empréstimos obtidos junto da banca nacional ser- dívida corrente reconhecido na rubrica de Devedores inferior a 0.5; DEBT” o valor da divida contraída pela Sonangol
viram para financiar os projectos do segmento non- da actividade mineira e a reclassificação do montante Finance na sua totalidade, mas em nenhuma medida
-core, tendo sido integralmente liquidados em 2017. de 9.458.087 milhares referente ao Bloco 3.05A para (c) O rácio “EBITDA / Serviço da Dívida” não deverá estarem a ser expressos no apuramento do “EBITDA”
Resultados transitados. ser inferior a 1.3; os reembolsos do Estado sobre os investimentos
A variação verificada nos Outros Empréstimos (Carry), efectuados no PNUH.
resultam da reclassificação do montante de AOA (d) O rácio “Dívida Líquida/EBITDA” não deverá ser
11.617.414 milhares referente ao Bloco 32, para superior a 2.5; Posto isto, e atendendo à relevância de tal consta-
tação, foi apresentado ainda em 2016 pela Sonangol
(e) “Gearing Ratio” não deverá ser superior a 100%. uma proposta de ajustamento à definição contratual
do “EBITDA” da Sonangol E.P com o objetivo de pas-
15.1 EMPRÉSTIMOS BANCA INTERNACIONAL O Programa Nacional de Urbanismo e Habitação sar a incluir no seu apuramento os Reembolsos do
(“PNUH”) é uma iniciativa do Executivo, parcialmen- PNUH, a qual mereceu a devida aprovação junto de
O quadro abaixo resume a posição dos empréstimos do Grupo correntes e não correntes te implementada pelo Grupo com recurso à dívida alguns dos parceiros internacionais em 2017.
à data de 31 de Dezembro de 2017 contraídos junto da banca internacional. contraída junto da Banca Internacional. Relativamen-
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
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Plano de Saúde Sonangol Conforme estudo actuarial realizado com referência a 31 de Dezembro de 2017, a estimativa de pagamento de be-
O plano de Saúde Sonangol existente é o indicado a seguir: nefícios de pensões em 2018 ascende a AOA 8.789.648 milhares relativos ao Plano Sonangol, AOA 690.132 relativos
ao Plano ENSA e AOA 3.298.650 milhares relativos ao Plano de Saúde da Sonangol.
Nome do Plano Tipo Destinatários Localização
Plano de Saúde Sonangol Benefício Definido – sem fundo constituído Reformados e agregado Angola Plano de Plano de Benefícios Plano de Pensões
Plano de
Pensões da de Reforma da SONILS - Fénix Total
pensões ENSA
Sonangol consagrado na LGT Pensões
Os cuidados de saúde pós-emprego do Grupo, corres- O Grupo reconhece que a contabilização dos passivos Obrigação relativa a benefícios definidos, em 1 de
73.789.171.873 11.578.789.433 - 10.551.697.994 95.919.659.300
pondem à responsabilidade construtiva relacionada com decorrentes da aplicação do normativo internacional é Janeiro de 2016
a necessidade de garantia de prestação de assistência um passo fundamental no que concerne a uma imagem Custo dos juros 3.427.767.216 - - 500.550.923 3.928.318.139
médica e medicamentos aos reformados e seus agre- verdadeira e apropriada da sua posição financeira e Custo do serviço corrente - - - 194.255.483 194.255.483
gados no âmbito do Plano de Saúde Sonangol (previsto desempenho. Neste âmbito a Administração deliberou Benefícios pagos (6.397.250.209) - - (1.214.535.451) (7.611.785.660)
na Norma interna de Comparticipação da Assistência o reconhecimento das responsabilidade futuras as- Ganhos e perdas actuariais 9.705.186.656 - - 396.027.720 10.101.214.376
Médica e Medicamentosa), prestados maioritariamente sociadas ao plano de saúde vigente no Grupo Sonan- Diferenças cambiais 16.896.474.832 - - 2.406.971.362 19.303.446.194
pela empresa do Grupo Clínica Girassol. gol. Esta responsabilidade apesar de identificada em
Cessação das Responsabilidades - (11.578.789.433) 253.480.545 - (11.325.308.888)
exercícios anteriores, não foi reconhecida devido a falta
Obrigação relativa a benefícios definidos, em 31 de
A contabilização e relato das responsabilidades futuras de fiabilidade na sua mensuração, situação que veio a Dezembro de 2016
97.421.350.369 - 253.480.545 12.834.968.031 110.509.798.944
com Planos de Benefícios pós-emprego encontra-se ser ultrapassada em 2017, com a melhoria qualitativa
temporariamente excluída do Plano Geral de Conta- substancial na base de dados do Grupo. O registo inicial
bilidade, até que venham a ser regulamentadas, as desta responsabilidade, com referência a 1 de Janeiro Os principais pressupostos actuariais usados à data do balanço para determinar a
disposições contantes das normas internacionais de de 2017, foi reconhecido por contrapartida de resultados obrigação com benefícios pós-emprego foram os indicados no quadro seguinte:
contabilidade. transitados.
2017 2016
Pressupostos financeiros para ambos os planos (Sonangol, LGT e ENSA) % %
Taxa de desconto 3,70 4,25
17.3 MOVIMENTO DAS RESPONSABILIDADES COM BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO Taxa de crescimento salarial 3,00 3,00
Taxa de crescimento das pensões (Plano Sonangol) 1,00 1,00
A conciliação entre os saldos de abertura e de fecho do valor presente da obrigação de benefícios Taxa de crescimento dos custos com cuidados de saúde 5,00
para os exercícios divulgados é a indicada no quadro seguinte: Tábua de mortalidade ANGV2020P ANGV2020P
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
156 157
Conforme referido na Nota 2.3 s) o Grupo reconhece milhares relativos a ganhos actuariais decorrentes
os ganhos e perdas actuariais na totalidade em ca- da movimentação do passivo de corte (ver nota 19)
pital próprio (reservas). O montante reconhecido no e que corresponde a trabalhadores considerados
ano totaliza os AOA 36.541.957 milhares, conforme originalmente no passivo de corte, mas que tendo 18.2 PROVISÕES PARA PROCESSOS JUDICIAIS
apresentado na Nota 13, que inclui AOA 44.183.576 passado a situação de reforma até Outubro de 2017
milhares relativos a perdas actuariais nas responsa- foram ainda beneficiados pelo Plano de benefício de- O valor referente a Provisões para processos judiciais contempla integralmente todos os litígios nos quais
bilidades por serviços passados dos Planos de Pen- finido, sendo consequentemente considerados como o Grupo se encontra envolvido em que são prováveis eventuais exfluxos financeiros no futuro.
sões e Cuidados Médicos, AOA 229.760 milhares de um ganho actuarial no passivo de corte e uma perda
perdas actuariais com o activo do plano de pensões actuarial no plano de pensões de beneficio definido.
da ENSA, conforme acima descrito e AOA 7.871.379
18.3 CONTINGÊNCIAS FISCAIS
17.6 ANÁLISE DE SENSIBILIDADE Nesta rubrica estão registadas, entre outras, as tiva de liquidação e podem diferir dos valores finais a
provisões para cobrir as contingências fiscais resul- pagar em virtude das revisões subsequentes.
Os quadros abaixo enunciam os resultados decorrentes da análise de sensibilidade à taxa de desconto, tantes das auditorias aos custos recuperáveis dos
taxa de crescimento de Pensões e Taxa de crescimento salarial dos Planos de Pensões. blocos em que o Grupo detém interesses participa- Encontra-se em curso o processo de reconciliação e
tivos. Estas contingências resultam, principalmente negociação dos processos fiscais e aduaneiros entre
QUADROS EM AOA do não cumprimento do estabelecido nos contratos a Administração Geral Tributária (AGT) e o Grupo,
3,7% 3,45% 3,95% de partilha de produção e contratos de associação. sendo que não se prevê a necessidade de reconheci-
Sensibilidade à taxa de desconto Cenário contabilização -25 p.b Var. .+ 25 p.b Var. Os valores registados representam a melhor estima- mento de contingências adicionais.
Plano de Pensões 114.183.727.744 116.826.223.492 2% 111.601.170.257 -2%
Plano de Saúde 208.049.725.818 219.016.746.184 5% 197.640.648.773
ENSA 13.575.825.062 13.957.425.242 3% 13.204.657.907 -3%
335.809.278.624 349.800.394.918 4% 322.446.476.936 -4%
18.4 PROVISÃO PARA DESMANTELAMENTO – SONANGOL INVESTIDORA
1,00% 0,75% 1,25%
Sensibilidade à taxa de crescimento de Pensões Cenário contabilização -25 p.b Var. .+ 25 p.b Var.
O quadro abaixo detalha os movimentos, ocorridos durante o exercício de 2017, nas provisões
para desmantelamento onde a Sonangol participa enquanto empresa investidora:
Plano de Pensões 114.183.727.744 111.620.518.477 2% 116.805.808.245 2%
ENSA 13.575.825.062 13.243.247.832 2% 13.916.754.314 3% Rubricas 2016 Diferenças Aumentos Diminuições Juro Abandono 2017
127.759.552.806 124.863.766.309 -2% 130.722.562.559 2% Cambiais
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
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A variação ocorrida na rubrica, está essencialmente relacionada com as revisões 19. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES E CONTAS A PAGAR
das estimativas à data de relato e com o reconhecimento do juro financeiro relati-
vo à actualização da provisão . Os principais pressupostos inerentes ao cálculo da 19.1 DECOMPOSIÇÃO DOS OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES E CONTAS A PAGAR
provisão de desmantelamento, são seguintes:
A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição dos outros passivos não correntes e contas a pagar foi:
• Taxa de Desconto: 4,94%;
Corrente Não Corrente
Rubricas
• Inflação: 2%; 2017 2016 2017 2016
Fornecedores - correntes 310.799.367.394 456.227.345.639 1.852.294.953 -
• Maturidade: data limite da licença de concessão; Transacções enquanto Concessionária Nacional 186.262.266.908 172.141.549.950 - -
Clientes - saldos credores 1.224.721.834 4.971.729.823 - -
• Estimativa de dispêndios do grupo empreiteiro. Estado 224.217.220.777 84.725.759.186 1.987.294.000 -
Participantes e participadas 1.351.506.983 4.235.296 - -
Pessoal 1.073.411.111 5.386.846.638 - -
18.5 FUNDEAMENTOS PARA DESMANTELAMENTO (CONCESSIONÁRIA) Credores - compras de imobilizado 85.834.058 114.634.493 - 1.958.099.968
Credores actividade mineira 345.438.074.703 263.359.996.019 127.246.312.653 127.532.756.370
Credores - overlift 18.103.179.837 5.231.430.283 - -
O quadro abaixo detalha os movimentos ocorridos, nas provisões de fundeamentos
Fundo de Pensões - corte (Nota 17) 110.378.000.258 118.242.102.148 - -
para desmantelamento (Concessionária):
Direitos Concessionária - passivo 425.326.526.699 - - -
Rubricas 2016 Aumentos Diminuições Regularizações Diferenças Cambiais 2017 Fundo de Pensões - retenções 37.692.215.204 27.463.751.373 - -
Provisões para Fundo de Abandono – Outros credores 31.130.010.726 13.363.428.304 678.220.454 8.209.390.074
632.319.993.564 69.370.087.401 - - 3.475.817 701.693.556.783
Concessionária
1.693.082.336.491 1.151.232.809.152 131.764.122.060 137.700.246.412
632.319.993.564 69.370.087.401 - - 3.475.817 701.693.556.783
Em 2017, o Grupo apresenta contas bancárias a tutela da Empresa, enquanto concessionária para 19.2 TRANSACÇÕES ENQUANTO CONCESSIONÁRIA NACIONAL
tituladas pela Sonangol E.P. com um saldo devedor os hidrocarbonetos. Estes destinam-se a cobertura
de AOA 533.535.010 milhares referente aos valores de despesas futuras com o encerramento de poços A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição dos saldos associados a transacções
fundeados pelos diferentes grupos empreiteiros para petrolíferos, remoção de plataformas e outras insta- enquanto Concessionária Nacional foi:
fazer face aos custos de abandono. lações, quando se esgotarem as reservas.
Rubricas 2017 2016
O montante de provisões para Fundeamentos para Os principais influxos do ano dizem respeito aos Transacções com a Concessionária
fundo de abandono (Concessionária) acima referido fundeamentos associados ao abandono dos blocos 15 Receita da concessionária - (13.201.815.196)
foi constituído pelos operadores e transferidos para e 17 operados pela ESSO e Total EP, respectivamente. Bónus 45.654.321.936 45.282.401.154
Price Cap 82.072.328.936 82.072.328.936
CITEC 58.535.616.037 57.988.635.056
186.262.266.908 172.141.549.950
Em 2017 a Receita da concessionária apresenta um saldo devedor, tendo por isso sido
apresentada em Outros activos não correntes e contas a receber (Nota 9.5.1).
Como se verifica no quadro seguinte, não ocorreram movimentos no período na rubrica do Price Cap:
RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO & CONTAS CONSOLIDADAS 2017
160 161
A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição da natureza das rubricas com o Estado foi: 19.7.1 OUTROS CREDORES (NÃO CORRENTE)
Rubricas 2017 2016 A 31 de Dezembro de 2017, a decomposição dos outros credores (não corrente) foi:
Estado
Impostos sobre os lucros 94.941.546.771 38.385.591.145 Rubricas 2017 2016
Impostos sobre de produção e consumo 1.739.190.835 301.073.260 Conta especial de compensação - OGE 511.561.670 1.987.294.000
Impostos sobre de rendimento do petróleo 46.011.821 123.510.801 Outros credores Academia 30.839.520 6.169.050.563
A rubrica Credores – overlift refere-se ao acerto dos saldo será ajustado nos direitos dos blocos em ques-
direitos de levantamentos devidos aos grupos em- tão durante o exercício de 2018. Este saldo deve-se
preiteiros, na perspectiva do Grupo enquanto parceiro principalmente ao bloco não operado 31, e aos blocos
nos diferentes blocos e Concessionaria Nacional. Este operados 3/05 e 3/05A
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A linha de encargos – custos com pessoal refere-se facturas não foram recepcionadas à data de relato. 23. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
essencialmente a encargos com férias e subsídios a Os trabalhos de requalificação e obras em questão
liquidar aos colaboradores em 2018. estão essencialmente relacionados com melhorias O quadro abaixo enuncia as prestações de serviços por actividade e natureza durante 2017.
nos Condomínios, o Hotel Eixo-Viário e o parque de
O aumento verificado na linha de encargos – con- estacionamento do Mutu-Ya-Kevela. Rubricas 2017 2016
sultoria está relacionada com o aumento da procura Aluguer de aeronaves 18.156.142.362 36.143.615.543
de serviços de consultoria em 2017 e por outro lado, A linha de encargos – docagem e frete corresponde Fretes de navios 50.994.093 4.704.087.512
pelo processo de validação e reconhecimento factu- aos acréscimos de custos para docagem dos navios Serviços de comunicação 9.460.280.806 12.962.068.904
ras já emitidas. das frotas Suezmax e LNG, bem como dos navios não Serviços de saúde e assistência médica 7.461.795.146 12.022.556.397
pertencentes ao Grupo, mas cuja responsabilidade Actividades de formação 1.859.624.217 2.089.414.656
As linhas de Encargos – Actividade Mineira referem- de efectuar a docagem recai sobre o Grupo ao abrigo Serviços integrados de logística - 47.683.212.923
-se à especialização de encargos decorrentes da dos contratos de “Bare boat” celebrados. Gestão Fundo de Pensões 562.582.319 1.066.316.960
actividade mineira (petróleo e gás).
Outros 1.892.019.408 2.216.533.725
A variação verificada nos proveitos diferidos - factu-
Prestações de serviços - Mercado Interno 39.443.438.351 118.887.806.622
A rubrica de Encargos – Obras e Aquisição de Con- ração, está essencialmente relacionada com redução
Aluguer de aeronaves 4.874.708.079 8.987.939.487
domínios encontra-se relacionada com trabalhos da actividade no segmento Non-Core.
Fretes de navios 21.450.357.848 24.764.035.411
de requalificação realizados por fornecedores cujas
Arrendamento imóveis 538.146.481 584.300.539
Prestações de serviços - Mercado Externo 26.863.212.408 34.336.275.437
66.306.650.759 153.224.082.059
A redução na linha Aluguer de aeronaves está rela- A redução na linha Serviços integrados de logística é
cionada com as restrições impostas pela industria da explicada pela saída da SONILS LDT do perímetro de
aviação, quanto à operacionalidade dos helicópteros consolidação conforme nota 2.1.4.
Super-puma H225.
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24. OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS 26. ENTREGAS AO ESTADO DAS VENDAS DA CONCESSIONÁRIA
O quadro abaixo enuncia os outros proveitos operacionais durante 2017. O quadro abaixo resume as Entregas ao Estado das vendas da Concessionária Nacional:
efectuados para compensação de custos técnicos incorridos pelo gestor técnico dos Posição final dos levantamentos de crude enquanto Concessionaria
navios da frota LNG. Entregas à Concessionária - UnderLift 185.716.912.340 -
Entregas à Concessionária - OverLift 18.187.816.473 -
203.904.728.813 -
O quadro abaixo enuncia os movimentos nos produtos acabados e em vias de fabrico, em 2017. Este valor corresponde à diferença entre as receitas re- As linhas de underlift e overlift refletem o exercício da
sultantes da venda de petróleo bruto – direitos da Con- actividade de Concessionária Nacional, em que o Grupo
Rubricas 2017 2016 cessionária e a margem da Concessionária Nacional, de tenha efectuado levantamentos da quota parte do profit
Produtos acabados e intermédios (818.890.956) 908.098.645 acordo com a Lei 13/13 de 7 de Março, Capítulo IV, artigo oil afecto ao Estado angolano, abaixo (Underlifting) ou
Under/overLift 841.046.973 3.218.676.389 8.º, é definida em 7% e calculada com base no preço do acima (Overlifting) dos seus direitos calculados de acor-
Direitos da Concessionária 11.266.160.258 (290.196.788) barril do Orçamento Geral do Estado de 2017. do com o contrato de partilha de produção (CPP).
11.288.316.275 3.836.578.246
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27A. CUSTOS DA ACTIVIDADE MINEIRA Os custos de pesquisa e produção reduziram em operadoras a nível nacional e maior rigor do Grupo
2017, tendo como principais razões a política de no controlo de custos incorridos com os diversos
O quadro abaixo enuncia os custos da actividade mineira durante 2017. optimização de custos implementada em 2017 pelas fornecedores.
27A.1. DETALHE DOS CUSTOS DE PESQUISA E PRODUÇÃO. Despesas de estadia 897.849.195 784.133.317
Encargos com seguros 1.143.703.467 1.473.567.501
Benefícios pós-emprego 16.766.650.240 3.870.632.445
O quadro abaixo enuncia os custos de pesquisa e produção durante 2017.
Fardamentos 2.309.999 2.926.325
2017 2016 Outros custos com pessoal 2.673.720.820 10.380.878.523
Rubricas Produção Pesquisa Total Total 152.952.645.840 157.888.458.184
Bloco 0 92.396.994.310 - 92.396.994.310 83.329.325.350
FS/FST 6.989.071.070 79.802.001 7.045.531.359 6.379.115.365
B03.05 13.268.760.102 - 13.268.760.102 12.551.023.032 Gastos com benefícios pós-emprego
B03.05A 583.310.821 - 583.310.821 620.696.440 O gasto total com benefícios pós-emprego reconhecido na rubrica de Gastos com
B04.05 6.006.551.825 (3.667.527) 6.002.884.298 2.896.476.374 o Pessoal e a respectiva decomposição é a indicada no quadro seguinte:
B05.06 4.285.859 112.582.233 116.868.092 2.756.663.030
Plano de Pensões Sonangol Plano de Saúde Sonangol Plano de Pensões ENSA
B09.09 652.312 404.364 1.056.676 (29.401.257)
Benefício definido Benefício definido Benefício definido Total
B14.00 8.280.490.437 131.725 8.280.622.162 17.820.807.022
Custo líquido de 2016
B14.KU 588.205.882 - 588.205.882 1.415.390.863
Custo dos serviços correntes - - 194.255.483 194.255.483
B15.06 32.609.708.612 254.113.950 32.863.822.562 21.612.709.740
Custo dos juros 3.427.767.216 - 500.550.923 3.928.318.139
B17.06 2.802.236 19.629.572 22.431.808 27.348.698
Retorno esperado dos activos do plano - - (251.941.177) (251.941.177)
B18.06 - -822.435 (822.435) 35.285.839
Total 3.427.767.216 - 442.865.229 3.870.632.445
B21.09 115.545.960 456.114.359 571.660.319 1.150.708.995
Custo líquido de 2017
B22.11 - 490.586.076 490.586.076 505.085.627
Custo do serviço corrente - 4.875.169.530 223.115.461 5.098.284.991
B31.00 38.406.878.534 - 38.406.878.534 41.164.862.399
Custo de juros 3.983.206.196 7.392.556.734 532.495.402 11.908.258.332
B32.00 499.608.646 214.846.155 714.454.801 573.779.846
Retorno esperado dos activos do plano - - (239.893.083) (239.893.083)
B35.11 - 208.850.071 208.850.071 276.176.928
Total 3.983.206.196 12.267.726.264 515.717.780 16.766.650.240
B36.11 - 145.978.087 145.978.087 377.136.941
B37.11 - 111.668.775 111.668.775 410.600.999
BOC.ST 954.939.864 - 954.939.864 1.011.810.237
GEP -Total 597.818 - 597.818 437.559
Outros 279.805.085 - 279.805.085 15.406.830.517
SHI CUBA - 508.818.849 508.818.849 1.703.693.650
TOTAL 200.988.209.374 2.599.036.254 203.587.245.628 212.020.117.779
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A rubrica de Outros custos e perdas operacionais reduziu em cerca de 25% face ao exercí-
cio anterior, sustentado fundamentalmente pela política de redução de custos e de renego-
ciação de contratos dos principais fornecedores do Grupo.
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A rubrica de Ganhos em imobilizações inclui o montante de AOA 84.822.931 milhares referente a reversões
de imparidades de activos mineiros, decorrentes dos testes de imparidade realizados no exercício, conforme
divulgado na Nota 4A.
Em 2017 o Grupo reconheceu em Resultados não operacionais, perdas por imparidade de activos onde desta-
camos as seguintes:
• Áreas de desenvolvimento (Poços) sem viabilidade económica “unsuccessful” (AOA 44.047.390 milhares);
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todas as operações comerciais de passageiros com Desvalorização cambial do Kwanza business tendo por base a necessidade de tornar Blocos 20/11 e 21/09, bem como da posição de
aeronaves do tipo Super Puma (H225 e AS332 L2) Verifica-se em 2018 uma desvalorização muito a Sonangol mais competitiva e rentável, com foco Operador;
na Noruega e Reino Unido, tendo sido seguida pelas significativa da cotação cambial do AOA face ao na cadeia primária. E nesta conformidade, em 2018
autoridades da aviação civil da União Europeia (EASA) USD e face ao Euro. Esta situação, de acordo com foram celebrados um conjunto de acordos com • Assinatura do acordo com a Operadora Petrolí-
e angolana (INAVIC). as normas contabilísticas, deve ser divulgada e não entidades de elevada reputação com o objectivo de fera norueguesa Equinor (ex. Statoil), que instala o
ajustada nas demonstrações financeiras de 31 de imprimir maior dinâmica ao Grupo, dentre os quais compromisso, entre as partes, de desenvolver uma
O relatório preliminar da AIBN de 28 de Abril de Dezembro de 2017. Caso fosse ajustável, teria um destacamos: maior cooperação nas áreas de gestão, logística,
2017 aponta que o acidente foi resultado de questões impacto na mensuração de activos e passivos cuja financeira, científica, pesquisa, desenvolvimento e
mecânicas. moeda nominal seja diferente do AOA. • A celebração do acordo de assistência técni- operações no sector petrolífero;
ca e financeira para o sector da refinação, com
A SonAir como operadora de 16 (dezasseis) aero- Serviços Aéreos – Encerramento da rota US Ex- o objectivo de optimizar a Refinaria de Luanda, • A celebração de um acordo com a Total E&P
naves do tipo Super Puma, das quais 12 (doze) do press e venda de aeronaves através da instalação da unidade de Platforming, Angola para o fornecimento de gasolina ao merca-
modelo H225 sua propriedade e 4 (quatro) do modelo No decorrer do exercício de 2018, foi determinado bem como a prestação de serviços de assistência do nacional.
AS332 L2 propriedade de terceiros, apresentou a 26 pela Administração o fim da operação Houston Ex- técnica visando o melhoramento da fiabilidade do
de Abril de 2018 uma acção junto do Tribunal Comer- press a partir de 29 de Março de 2018 e a consequen- processo de produção, sua qualidade e o aumento É convicção do Conselho de Administração, que a
cial de Marseille reclamando, com referência a Abril te alienação das aeronaves Boeing 747 que serviam da capacidade de produção de gasolina; concretização dos acordos acima oferece inúmeras
de 2018, uma compensação de USD 1,27 mil milhões a referida rota. No entender da Administração, o oportunidades para o Grupo e permitirá garantir
correspondentes, fundamentalmente, mas não se encerramento da operação Houston Express não • Assinatura do memorando de entendimento maior retorno ao accionista.
limitando, a i) perdas de exploração pela ausência da implica quaisquer impactos nas demonstrações fi- entre a Sonangol E.P. e as companhias de aviação
operação de helicópteros, ii) custos operacionais de nanceiras com referência a 31 de Dezembro de 2017, luxemburguesa Helicónia, e canadiana CHC;
manutenção, seguros e outros suportados e iii) valo- para além dos já contabilizados e / ou divulgados.
res recebidos pela Airbus em contrapartida da venda • Realização do data showroom de cessão parcial
dos helicópteros. Alienação do interesse participativo dos interesses participativos da Sonangol nos
no Bloco 20/11 e 21/09
Cessão da participação na Sonangol P&P Iraque No decorrer do exercício de 2018, o Grupo apre-
Em 2018 a Sonangol entrou num Contrato de Compra sentou uma oferta pública de alienação parcial dos
e Venda com o Grupo Vertex Capital Investments para interesses participativos detidos nos Blocos 20/11 e
a cessão de 86% da participação detida na Sonangol 21/09 bem como da posição de Operador dos refe-
P&P Iraque, empresa sediada nas ilhas Cayman e ridos blocos, com vista a reduzir a sua exposição e
que detém, via sucursal constituída no Iraque, inte- obter maior eficiência operacional. A data de aprova- 39. AUXÍLIO DO GOVERNO E OUTRAS ENTIDADES
resses participativo em dois campos petrolíferos no ção das contas este processo encontrava-se em fase
Iraque. Este acordo prevê que o Grupo Vertex passe de avaliação das propostas recebidas durante os data Em 2017 o Grupo não beneficiou de qualquer auxílio do Governo ou de outras entidades.
a financiar a totalidade das operações, ou seja, a showrooms realizados em Luanda e Houston-Texas,
Sonangol estará num regime de full carry. De referir sendo expectável que o valor de venda seja superior
ainda que o acordo prevê que a Sonangol venha a ser ao valor líquido contabilístico dos interesses partici-
ressarcida pelos investimentos já realizados até esta pativos nestes blocos. 40. SALDOS E TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS
data. A boa prossecução deste acordo encontra-se
dependente de i. conclusão da due diligence realiza- Programa de Regereneração Os saldos e transacções com entidades relacionadas foram anulados no processo de conso-
da pelo Grupo Vertex e ii. consentimento formal por Em 2018 o Conselho de Administração aprovou o lidação, não existindo por isso saldos e transacções em aberto a 31 de Dezembro de 2017.
parte da National Oil Company do Iraque da transfe- Programa de Regeneração do Grupo Sonangol, que
rência das acções. Caso estas condições não venham mereceu a parecer favorável do Accionista único.
a ser cumpridas, o contrato será automaticamente Este programa visa regenerar o Grupo e maximi-
rescindido. zar o potencial dos activos com maior foco no core
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