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É sabido que a arte da escrita tem a virtude de criar, eternizar, denunciar e embelezar a vida.
Ademais, é clichê dizer o quanto ela transmite conhecimento, histórias, momentos e
sentimentos, fazendo-nos viajar sem sair do aconchego de nossas casas. Enfim, a escrita tem
todas essas funções e características, mas é sob outro prisma que será abordada neste artigo.
“A priori”, vamos analisar a escrita como instrumento de comunicação, com a existência de
dois polos: o do emissor da mensagem, que é o escritor, e o do receptor, nosso caro leitor.
Muito fala-se dos desdobramentos e reflexos dessa mensagem no leitor, aquele que a recebe,
interpreta e extrai dela o que lhe aprouver. Porém, pouco se menciona a respeito dos reflexos
que essa mensagem exerce sobre o autor, sobre o próprio escritor. É olhando através desse
prisma que analisaremos a escrita.
Primeiramente, o poeta ou o escritor tem seu lado altruísta, quer sim ser lido, deseja
alcançar um elevado número de leitores, sonha que seu texto inspire e mude a vida de
alguém, ou apenas que lhe abra um leve sorriso e aquiete o coração. Mas o que poucos sabem
é que o poeta é também egoísta, ele escreve, em primeiro lugar, para si, para sanar suas
necessidades. Como assim? Quais necessidades são essas? Muito simples, necessidade de
expressar-se, de desabafo, de descargo emocional, de fuga do mundo externo, de abrigo na
arte. Antes de mais nada, os autores são seres humanos, não estão isentos dos problemas
cotidianos, das dores, das tristezas e nem do amor. Logo, eles buscam na escrita alento, ou
usam-na como crítica social, denunciadora do que veem e sentem. De todo modo, os autores,
como seres humanos, pais, filhos, alunos, cidadãos, apaixonados e profissionais que são,
precisam da escrita mais, talvez, do que ela precisa deles para existir. É esse o ponto essencial
de tal artigo, fazê-los compreender que a escrita é a vida pulsando no escritor, sem ela, ele
simplesmente não vive, pois não se expressa.
(...)
Há uma bela reflexão feita por Clarisse Lispector que exprime exatamente o caráter
egoístico, mas nem por isso desnobrecedor, do eu lírico dos autores. “Eu escrevo como se
fosse para salvar a vida de alguém, provavelmente a minha própria vida” (Clarisse Lispector -
Um sopro de vida). Certamente, os autores escrevem para salvarem-se de si mesmos e das
pressões do mundo, escrevem para se entenderem; organizam pensamentos, opiniões, críticas
e amores que estão lhe atormentando o juízo, cuja transposição para o papel parece ser seu
álibi. Dessa forma, o autor é tão dependente da escrita quanto ela desse. O eu lírico do poeta,
por exemplo, necessita da poesia para sobreviver, não apenas a faz por hobby ou prazer, a faz
porque ela o mantém vivo, e sem ela, o poeta, nada mais é do que um mero mortal sem
identidade. Fazendo uma analogia, a poesia está para o poeta como a lágrima está para aquele
que sofre. Ambas têm o poder de afagar o coração, propiciar aquela sensação de alívio e
descarregar um peso que cansava a alma. O choro não é sinônimo de tristeza, mas sim de
liberdade, assim como a poesia, que liberta o poeta de suas próprias amarras, trazendo-o à luz
de fora da caverna. Portanto, a poesia é para o poeta e o texto é para o escritor, pura
liberdade, pura identidade, pura vida transposta em palavras.
Na frase “Ademais, é clichê dizer o quanto ela transmite conhecimento (...)”, a vírgula em
destaque é obrigatória, porque separa o vocativo.
Na frase “(...) a escrita tem todas essas funções e características, mas é sob outro prisma que
será abordada neste artigo.”, a vírgula em destaque é obrigatória, porque antecede uma
conjunção aditiva.
Na frase “(...) sonha que seu texto inspire e mude a vida de alguém, ou apenas que lhe abra
um leve sorriso e aquiete o coração.”, a vírgula em destaque é obrigatória, porque separa uma
oração coordenada explicativa.
Na frase “(...) os autores são seres humanos, não estão isentos dos problemas cotidianos, das
dores, das tristezas e nem do amor.”, as vírgulas em destaque são obrigatórias, porque
separam elementos de mesma função sintática.
e Na frase “(...) a escrita é a vida pulsando no escritor, sem ela, ele simplesmente não vive
(...)”, a vírgula em destaque é obrigatória, porque assinala a supressão do verbo.
02
A vírgula logo após o termo “máquina” (ℓ .12) poderia ser eliminada sem prejuízo para a
correção gramatical do período no qual ela aparece.
Certo
Errado
RESPOSTA: ERRADO
03
A correção gramatical e os sentidos do texto 1A9BBB seriam preservados se fosse isolado por
vírgulas o termo
a “a gente” (ℓ.4).
b mas” (ℓ.6).
c “hoje” (ℓ.10).
d “assim” (ℓ.29).
e “então” (ℓ.4).
RESPOSTA: D
04
II. As vírgulas no trecho “Um estudo desenvolvido pelo luthier americano Joseph Curtin e a
engenheira acústica Claudia Fritz, da Universidade Pierre e Marie Curie, coloca essa percepção
arraigada à prova” (linhas 04 e 05), exercem função de isolar aposto.
III. As vírgulas no trecho “Também os ouvintes na plateia – músicos, críticos musicais, luthiers e
engenheiros acústicos – foram incapazes de distinguir o som produzido pelos instrumentos”
(linhas 12 e 13), exercem função de separar orações.
RESPOSTA: D
05
A indústria alimentícia brasileira, tem cumprido seu papel de oferecer alimentos de boa
qualidade, com variedade e a preço acessível. Esse processo teve seu início nos anos 1990,
com a abertura do mercado e a estabilização da economia, inserindo o país na globalização.
RESPOSTA: D
06
b
uma vírgula fosse inserida imediatamente depois do vocábulo “mundo” (linha 4), que integra
uma expressão adverbial antecipada.
a vírgula após “abrasador” (linha 11) fosse substituída por ponto final, feitos os devidos ajustes
de maiúscula e minúscula.
d uma vírgula fosse inserida imediatamente depois do vocábulo “solo” (linha 17).
o ponto final após “trigo” (linha 29) fosse substituído por ponto e vírgula, feitos os devidos
ajustes de maiúscula e minúscula.
RESPOSTA: E
07
Assinale a alternativa em que está indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem
preencher as lacunas da frase abaixo:
RESPOSTA: D
08
TEXTO 2
Fran Alavina.
http://outraspalavras.net/brasil/foucault-as-palavras-e-as-coisas/
Assinale a alternativa que explica corretamente o uso do ponto e vírgula e da vírgula neste
período.
O ponto e vírgula separa orações subordinadas, ligadas pela conjunção “e”, que têm sujeitos
diferentes e já apresentam vírgula; a vírgula sinaliza uma pausa estilística.
Ambos, o ponto e vírgula e a vírgula, foram igualmente empregados para separar orações
coordenadas.
O ponto e vírgula marca uma pausa estilística prolongada; a vírgula sinaliza a supressão do
termo ‘discursivo’.
O ponto e vírgula separa orações coordenadas, ligadas pela conjunção “e”, que têm sujeitos
diferentes e já apresentam vírgula; a vírgula sinaliza a supressão do verbo ser.
O ponto e vírgula separa orações coordenadas que têm sujeitos diferentes; a vírgula sinaliza a
supressão do verbo e do termo ‘discursivo’.
RESPOSTA: D
09
Aplicada em: 2017Banca: IESESÓrgão: Prefeitura de São José do Cerrito - SCProva: Bioquímico
Farmacêutico
LÍNGUAS MUDAM
Que as línguas mudam é um fato indiscutível.O que interessa aos estudiosos é verificar o que
muda, em que lugares uma língua muda, a velocidade e as razões da mudança. Desde a década
de 1960, um fator foi associado sistematicamente à mudança: a variação. Isso quer dizer que,
antes que haja mudança de uma forma a outra, há um período de variação, quando as duas
(ou mais) ocorrem – inicialmente em espaços ou com falantes diferentes. Aos poucos, a forma
nova vai sendo empregada por todos; depois, a antiga desaparece. [...].
De vez em quando, há discussões sobre certos casos. Dois exemplos: o pronome ‘cujo’ e a
segunda pessoa do plural dos verbos (‘jogai’ etc.). Minha avaliação (bastante informal) é que
‘cujo’ desapareceu. O que quer dizer “desapareceu”? Que não se emprega mais? Não! Quer
dizer que não é mais de emprego corrente; só aparece em algumas circunstâncias –
tipicamente, em textos muito formais (em geral de autores idosos). E, claro, em textos antigos.
Que apareça em textos antigos é uma evidência de que a forma era / foi empregada. Que
apareça cada vez menos é um indício de que tende a desaparecer. Com um detalhe:
desaparecer não quer dizer não aparecer nunca mais em lugar nenhum. Quer dizer não ser de
uso corrente. Para fazer uma comparação, ‘cujo’ é como a gravata borboleta: só usamos esse
item em certas cerimônias, ou seu uso é uma idiossincrasia [...].
Curiosamente, uma das formas de manifestar chateação, com perdão da expressão, é “p***
que o pariu”! Aqui, o pronome oblíquo aparece! Entretanto, ninguém vai dizer que esse é um
argumento para sustentar que o pronome oblíquo está vivo. Se disser...
Curiosamente, uma das formas de manifestar chateação, com perdão da expressão, é “p***
que o pariu”! Aqui, o pronome oblíquo aparece! Entretanto, ninguém vai dizer que esse é um
argumento para sustentar que o pronome oblíquo está vivo. Se disser...
III. As aspas foram empregadas para indicar que a expressão é própria da linguagem verbal.
IV. O segundo ponto de exclamação que aparece no trecho foi empregado para indicar
espanto.
RESPOSTA: B
10
A sociedade do medo
No seu Quando as Ruas Queimam: Manifesto pela Emergência, você diz que nossa época vai
passar para a história como o momento em que a crise virou uma forma de governo. Você está
falando do medo que é gerado pela crise?
Sim, como efeito. É importante entender como o discurso da crise se transformou num modo
de gestão social. As crises vêm para não passar. Por exemplo, nós vivemos numa crise global
há oito anos. Isso do lado socioeconômico. No que diz respeito aos problemas de segurança,
vivemos uma situação de emergência há quinze anos, desde 2001. Ou seja, são situações nas
quais vários direitos vão sendo flexibilizados, em que os governos vão tendo a possibilidade de
intervir na vida privada dos seus cidadãos em nome de sua própria segurança. É muito mais
fácil você gerir uma sociedade em crise. Então, a sociedade em crise é uma sociedade,
primeiro, amedrontada; segundo, é uma sociedade aberta a toda forma de intervenção do
poder soberano, mesmo aqueles que quebram as regras, quebram as normas constitucionais.
Como estamos em uma situação excepcional, essas quebras começam a virar coisa normal.
Esses discursos a respeito da luta contra a crise são muito claros no sentido de impedir a
sociedade de reagir. Não se reage porque “a situação é de crise”.
E aí entra o medo.
De fato, o discurso da maneira como eu estava colocando pode dar um pouco a impressão de
que há uma espécie de grande sujeito por trás. Eu diria que o que acontece é: nós partilhamos
de um modo de existência que, por não conseguir realizar as suas próprias promessas, e
também por impedir uma abertura em direção a outros modos de existência, começa a
funcionar numa chave de conservação. É importante falar de modos de existência porque isso
tira um pouco a figura do sujeito que delibera.
Então temos, sei lá, o poder do Estado, a burocracia que controla o poder do Estado, o capital
financeiro. É inegável que haja de fato projetos de grupos nos modos de gestão social, mas
para além disso há uma coisa muito mais brutal: uma forma de racionalidade que se
transformou para nós em um elemento quase natural, que faz com que todos comecem a
pensar dessa maneira. Essa forma de racionalidade, que acaba operando esses processos de
dominação, deixa uma situação mais complexa. Não se trata simplesmente de subverter o
poder, mas de pensar de outra maneira, o que é muito mais complicado do que pode parecer.
Quais são os instrumentos de que dispomos pra romper com essa racionalidade, com esse
circuito baseado no medo? O que fazer?
Tenho duas colocações a fazer. A primeira é: muitos acreditam que a melhor maneira de se
contrapor a circuitos de afetos vinculados ao medo seja constituir outros circuitos vinculados
aos afetos que seriam o oposto ao medo – por exemplo, a esperança. Só que aí há uma
reflexão muito interessante, de toda uma tradição filosófica, de insistir que o medo e a
esperança não são afetos contraditórios – são complementares. O que é o medo a não ser a
expectativa de um mal que pode ocorrer? O que é a esperança a não ser a expectativa de um
bem que pode ocorrer? Quem tem a expectativa de que um mal ocorra, também espera que
esse mal não ocorra. Da mesma maneira, quem tem a expectativa de que um bem ocorra,
teme que esse bem não ocorra. Então, a reversão contínua de um polo a outro, da esperança
ao medo, é uma constante, porque são dois tipos de afetos ligados a um mesmo modo de
experiência temporal. São afetos ligados à projeção de um horizonte de expectativas. Nesse
sentido, toda forma de pensar o tempo de maneira simétrica vai produzir resultados
simétricos. Então, um outro afeto seria necessariamente um afeto que teria uma outra relação
com a ideia de acontecimento.
[...]
Freitas, Almir. Disponível em: <https://goo.gl/qggKy8>. Acesso em: 27 set. 2017 [Fragmento
adaptado].
“[...] para além disso há uma coisa muito mais brutal: uma forma de racionalidade que se
transformou para nós em um elemento quase natural [...]”
Na língua oral, as pontuações são marcadas, principalmente, por pausas, com diversas
finalidades distintas.
No caso desse trecho, o autor utilizou os dois-pontos como um recurso estilístico da língua
escrita para indicar:
RESPOSTA: B
11
TEXTO I
O Parque das Águas de Caxambu, principal atração turística da cidade localizada no Sul de
Minas Gerais, ganha nova gestão a partir do dia 1º de outubro de 2017. A Companhia de
Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), proprietária do empreendimento,
assume a administração do espaço, que estava sob gestão da Prefeitura Municipal desde 1989.
O funcionamento do Parque das Águas e o acesso da comunidade e dos turistas serão
mantidos, permanecendo o valor de R$ 5,00 para os turistas e R$ 2,50 para a comunidade
caxambuense. O plano da Empresa para o empreendimento, incluindo o balneário, prioriza a
recuperação dos ativos, por meio de melhorias em calhas, telhado, equipamentos (duchas,
banheiras, sauna) e instalações (rede de água quente, louças, metais, bomba, drenagem), além
de limpeza geral e revitalização de pisos e paredes, por exemplo.
Em junho deste ano, o setor de Engenharia da Codemig realizou vistoria no local, para
avaliação das condições das edificações e dos equipamentos do parque, visando o
recebimento do patrimônio público estadual que se encontrava sob gestão da Prefeitura
Municipal. O custo total estimado para colocar em melhores condição de uso foi orçado em
aproximadamente R$ 11 milhões, incluindo serviços no balneário (caldeira, pinturas,
equipamentos, pisos, paredes, telhado, calhas, instalações, limpeza geral), na área da piscina,
nas lojas, na área do pedalinho, nas portarias, nos fontanários e coreto, além de redes
internas, quadras, brinquedos, pavimentações, cercamento, regularização do AVCB,
desassoreamento do lago, iluminação e instalações elétricas, entre outros.
Em paralelo, a Codemig está preparando licitação para captar um parceiro privado visando à
formação de uma Sociedade em Conta de Participação para o negócio de águas minerais e
seus correlatos. Dados apresentados pela Prefeitura Municipal de Caxambu apontaram que o
resultado financeiro do Parque é historicamente deficitário: o resultado de 2013 a 2016 teve
déficit acumulado de R$ 1.089.695,64 — parte do prejuízo deve-se ao número excessivo de
empregados contratados pela Administração Municipal para atuação no Parque e à não
cobrança dos aluguéis referentes a cessão de espaço.
Em meio a esse cenário contábil de reiteradas perdas e frente aos desafios que se impõem ao
alcance e à manutenção da viabilidade econômica em um mercado cada vez mais competitivo,
a Codemig considerou essencial a construção conjunta de uma solução eficaz e efetiva. A
Empresa busca potencializar o dinamismo do empreendimento, ampliar o público-alvo do local
e valorizar a eficiência na prestação dos serviços à população, além de contribuir para maior
projeção de Caxambu e Minas Gerais no segmento turístico, respeitando sempre as
comunidades local e regional.
A Codemig reconhece a importância do Parque das Águas de Caxambu para além das esferas
local e regional, valorizando o espaço como rico e diversificado patrimônio. Empresa pública
indutora do desenvolvimento de Minas Gerais, a Codemig atua em prol do crescimento
econômico sustentável, do bem-estar dos mineiros e da preservação de acervos turísticos e
históricos do estado.
[...]
II. No trecho “[...] incluindo serviços no balneário (caldeira, pinturas, equipamentos, pisos,
paredes, telhado, calhas, instalações, limpeza geral) [...]”, os parênteses podem ser
substituídos por travessões.
a I e II, apenas.
b I e III, apenas.
c II e III, apenas.
d I, II e III.
RESPOSTA:
12
Vou Te Encontrar
Paulo Miklos
No céu, no horizonte
No inverno, verão
Uma constelação
Vou te encontrar...
Vou te encontrar
No beijo da moça
No alto e no chão
Na luz da visão
No meu coração
Vou te encontrar...
Vou te encontrar
a pausa.
b segurança.
c hesitação.
d certeza.
e reflexão
RESPOSTA:
13
Interrupção do discurso, para reforço da reflexão em relação à ideia que vem em seguida.
Uma pausa para tomar fôlego, pois o personagem ficou sem ar ao ver o desmatamento.
14
realçar a ironia da autora em relação à desistência dos jovens diante dos obstáculos.
acentuar o valor significativo de acordo com o contexto em que o termo foi empregado.
RESPOSTA:
15
RESPOSTA:
16
apresentação de um exemplo
RESPOSTA: