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Dificuldade de Aprendizagem Contribuições da

Educação Inclusiva

TEMA: A LEITURA E ESCRITA PARA


DEFICIENTES INTELECTUAIS
Profª. de Recurso:Gilva Adriana
CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 205 – Educação é direito de TODOS


Concepção de
ensino-
aprendizagem
Dificuldade de Aprendizagem

“É um termo genérico
que abrange um
grupo heterogêneo
de problemas
capazes de alterar
as possibilidades
de a criança
aprender,
independentemente
de suas condições
neurológicas para
fazê-lo”.
Fatores envolvidos nas dificuldades de aprendizagem
Fatores relacionados com a escola
Fatores relacionados com a família
Fatores relacionados com a criança

Alterações sensoriais (problemas visuais e auditivos) e


físicos (desnutrição, p.ex);
Problemas psicológicos (timidez, baixa auto-estima,
ansiedade, desmotivação, etc);
Problemas neurológicos

Paralisia cerebral, Transtornos Globais, bem como Deficiência


Distúrbio de aprendizagem
Inteligência normal ou não
Histórico anterior de distúrbio de linguagem oral
Distúrbio fonológico, falha nas habilidades sintáticas, semânticas e
pragmáticas das linguagens oral e escrita
Dificuldade na linguagem em suas modalidades oral e escrita nos
períodos pré-escolar e escolar
Habilidade narrativa comprometida para a contagem, recontagem
e compreensão de histórias(uso dos processos de atenção, memória
e percepção), ou seja, dificuldade quanto ao número de frases
completas, à organização do texto, ao uso de ligações coesivas
entre as frases ao sequenciamento lógico de eventos do texto e
dificuldade em responder a perguntas inferências presentes na
estrutura textual
Déficits na função receptiva, expressiva e alteração no
processamento de informações auditivas e visuais
Dificuldade em organizar, planejar e executar atividades
matemáticas isoladas e com leitura prévia
Não ocorre diferença do nível cognitivo verbal (QIV) = nível
cognitivo de execução(QIE ) estarão rebaixados se comparados
à idade e a escolaridade das crianças.
LINGUAGEM

Para Vygotsky e Bakhtin a linguagem é


o principal instrumento de mediação e
é por meio dela e nela, na interação
dialógica, que o homem se constitui
como sujeito consciente, capaz de
criar e modificar seu meio
sociocultural. “A linguagem falada
diferencia a nossa espécie de
todas as outras criaturas já
existentes”.
LINGUAGENS: GESTOS

O CORPO FALA.
LINGUAGENS: DANÇA

DÉBORA COLKER
EM “CASA” (1999)

COREOGRAFIA VASOS DO
ESPETÁCULO “4 POR 4” (2002)

O CORPO FALA.
LINGUAGENS: ESCULTURA

“Guiado pela minha primeira


inspiração (Dante), imaginei
um outro pensador, um homem
nu, sentando em uma rocha,
os pés encolhidos, ele sonha.
O pensamento fértil devagar se
desenvolve em seu cérebro.
Ele não é mais um pensador,
ele é criador.”
Auguste Rodin

A ESCULTURA TATEIA.
“O Pensador” (Auguste Rodin)
LINGUAGENS:
QUADRINHOS
LINGUAGENS: TRÂNSITO
LINGUAGENS: TEATRO

Fernanda Montenegro ao lado de Fernando


Torres, em cena da peça "Dias Felizes"
(1985/6).

O TEATRO ENCENA O
VERBAL, O VISUAL E O
SONORO.
LINGUAGEM É...
... a atividade humana que, nas
representações de mundo que constrói,
revela aspectos históricos, sociais e
culturais. É por meio da linguagem que o
ser humano organiza e dá forma às suas
experiências. Seu uso ocorre na interação
social e pressupõe a existência de
interlocutores*. São exemplos de
diferentes linguagens utilizadas pelo ser
humano as línguas, a pintura, a dança, os
logotipos, os quadrinhos, os sistemas
gestuais, entre outros.

* Interlocutor: cada um dos participantes de um diálogo.


Fala de uma professora da Rede no CEE em
2006
“Sabe... ensinar um aluno com deficiência é
assim, a gente descobre o trieiro para chegar
perto do aluno, fica na espreita, em alguns
casos como se estivesse de tocaia, não para
pegar de surpresa, mas para observar
atentamente a pessoa, sua vida, seu jeito,
seus hábitos, mais que observar, para ad-
mirar (olhar de fora com gosto, com sabor,
com sabedoria, como se estivesse
apaixonado).
De repente nova brecha se abre e o professor-
admirador aproveita, provoca – do latim joga sua
voz para frente para ter retorno, aproxima, se o
outro permite, baixa a guarda - entra na vida
daquele ser humano. Quando isso acontece a
gente pensa: agora vou professar as minhas
regras de ensino. Mas as minhas normas,
didáticas, pedagogias não funcionam naquele
mundo. Tudo vira de ponta cabeça, pois entrar
na vida do outro é conviver – viver juntos.
Aí acontece a transmutação, aquele que professa
(que é profissional, que é professor) passa a ser
educador, aquele que alimenta, que é comensal
– que come junto, que tira de dentro, faz parto,
aquele que conduz ao conhecimento, não por
ele, mas com ele. Conduzir é acompanhar, é
cuidar. Lembro sempre de uma gravura do
tempo de criança: um anjo cuidando-
amparando-protegendo uma menina na
travessia de uma pinguela em uma noite de
tempestade. O objetivo é chegar do outro lado.
Quando a gente chega lá a surpresa: o mundo da
pessoa deficiente é único e belo também. Dá-se
aquilo que ninguém esperava. O mundo da
pessoa com deficiência mudou as regras do
mundo da eficiência. Quando a gente entra no
mundo dele todo o nosso mundo muda.”
É ver o outro (aluno
com deficiência)
como potencial
latente, como sujeito
aprendente e com
capacidade diferente
para criar.

“Eu sou um outro você”!


CONCEPÇÃO INTERACIONISTA

É uma dinâmica que envolve uma


construção cognitiva, na qual há
interferência da afetividade e das relações
sociais. Propõem textos autênticos,
completos, em situações reais de uso,
respeitando suas necessidades e desejos.
A leitura é um processo interativo entre os
conhecimentos do leitor e aqueles que
emergem do texto. Assim ler é interpretar
o que o outro nos quer dizer.
As práticas pedagógicas que visem o
desenvolvimento da leitura e escrita
valorizando a construção de um sujeito
autônomo e reflexivo devem, portanto, estar
direcionadas a problematizar as situações
do cotidiano que compõe o saber já
construído pelos educandos (nível de
desenvolvimento real) e problematizar
novos desafios para que devido as
interações dos mediadores, o educando
consiga construir novos saberes (nível de
desenvolvimento potencial).

Constata-se, assim, que ler e escrever bem


requer esforço e dedicação do aluno, mas
também a orientação e a mediação segura
do professor
Os aspectos de aprendizagem da
leitura e escrita
Letramento: Conjunto de práticas sociais que
usam a escrita enquanto sistema simbólico em
contextos e objetivos específicos.
À dimensão desejante : Partir de seus
interesses, respeitando suas possibilidades
motoras, cognitivas e afetivas, com solicitações
que promovam o avanço conceitual desse aluno.
Às expectativas do entorno, ensino e
interações escolares: As relações sociais
estabelecidas deverão considerar a criança com
deficiência como uma pessoa ativa, interativa e
capaz de aprender.
CONCEITUANDO MEDIAÇÃO
• A mediação pedagógica são as
intervenções feitas no sentido de apoiar o
aluno no desenvolvimento das atividades
ou, estimulá-lo no sentido de despertar seu
interesse quando esse se mostra
desmotivado para sua realização.
A mediação pedagógica é mais
significativa e eficiente quando resulta na
combinação de estratégias variadas,
orientadas em função das dificuldades e
potencialidades dos sujeitos e da situação-
problema.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Relação entre desenho e texto.
. 1. O sentido do texto esta no desenho.
. 2. O sentido do desenho esta ora no desenho,
ora no texto.
. 3. Atribuem o sentido ao texto

Estratégias de leitura.
. 1. Estratégia com base no contexto.
. 2. Estratégia de associação de letras.
. 3. Estratégias de decodificação, com e sem
compreensão.
Produção de riscos e/ou Realismo Nominal:
Utilização de mesmos O nome das coisas
rabiscos típicos da escrita sinais gráficos para
que tem como forma básica ou pessoas tem relação
escrever o que deseja. com o seu tamanho ou
(modelo):
idade. (Pessoa grande =
• Modelo letra imprensa: nome grande)
rabiscos separados, Eixo qualitativo: (Pessoa pequena
retas e curvas. Para ler = nome pequeno)
ou escrever uma
palavra torna-se
• Modelo letra cursiva: necessário uma Fatos conceituais que se
grafismos ondulados ou variedade de caracteres observa:
ligados
Sub-fase (mais evoluída) gráficos. -variedade mínima de 3
Descoberta de que coisas Correspondência global: letras para ser uma
diferentes têm nomes lê palavras ou orações palavra (critério interno
diferentes. sem atentar ainda para as de quantidade)
Diferenças nas grafias partes. Não há
mudando a ordem das letras. correspondência termo a
termo entre o que fala e o P A A LA GATO
que está escrito E R
O Processo de Alfabetização deve ser visto do ponto de vista de quem aprende e não daquele
que ensina.
A criança trabalha com a A escrita silábica é
hipótese de que a escrita um grande avanço e é
representa partes sonoras As exigências de quantidade e um dos mais
da fala. Para ela, cada letra variedade de letras podem importantes
vale por uma sílaba, sem desaparecer esquemas
valor sonoro. momentaneamente, mas construídos pela
quando a criança faz a leitura criança durante o seu
de algo que escreveu, pode desenvolvimento.
acrescentar mais letras à
palavra e estranhar a escrita Silábico evoluído /
com símbolos gráficos. Restrito

Os conflitos levarão a criança a novos avanços

A criança tem seu processo próprio de aprender, independente do que o professor


ensinou
A criança escreve usando sílabas
completas e outras incompletas.
O conflito entre a hipótese silábica e a
exigência de um mínimo de letras, leva a
criança a abandonar a hipótese silábica e
Ex: MAIA PUL MARIA
a fazer uma análise além da sílaba.
PAULA

SANA SUZANA

CAVLU CAVALO

Nessa fase, costuma-se pensar que a criança está omitindo letras. Na verdade está
acrescentando letras à sua escrita da fase anterior.
A criança venceu as A criança escreve como
barreiras do sistema de fala:
Venceu a barreira do
representação da código, porém não os MACACU
linguagem escrita. É capaz da ortografia.
de fazer uma análise
sonora dos fonemas e das
palavras que escreve.

Os conflitos levam a criança a reformular suas hipóteses, até chegar à descoberta das leis
que regulam o sistema.
Disortografia: demais erros
• Advinhações; bilhetes,
• Descrições; Listas; Registros de
acontecimentos
• Absurdos;Comparações;
• Problemas, Charadas;
• Soletração, Escrita conjunta;
• Jogos; Caça palavras ;Cruzadinha;
• Acróstico; Fazer rimas;
• Bingo; Dominó;
Completar letras;Confecção de agenda ou
diário;Substituir palavras mantendo estrutura
gramatical;Correção da fala do gibi do Chico
Bento, etc.
ANALISE DO DESEMPENHO DOS ALUNOS

Crianças que apresentam dificuldade de atenção e


concentração, cujo comportamento se caracteriza por
constantes dispersões, agitação e desinteresse por
atividades, ao fazer análise de seu desempenho deve
se contemplar não somente os avanços da escrita,
mas também os ganhos na aquisição de atitudes:
Cooperação, participação e interação no grupo,
interesse por leitura e contação de histórias, registros
orais e escritos, desenho, modelagem, jogos
pedagógicos, uso de letras móveis, fichas com
palavras,escrita do nome próprio, pois a medida que
avançam nas atitudes, favorecem a aquisição da
escrita.
Como a escola pode ajudar?
Destacamos algumas sugestões que consideramos
importantes para que ele se sinta seguro, querido e
aceito pelo professor e pelos colegas.

• O aluno com deficiência tem uma história de fracassos e


cobranças que o fazem sentir-se incapaz. Motivá-lo,
exigirá da escola mais esforço e disponibilidade do que
dispensamos aos demais;
• Não receie que seu apoio ou atenção vá acomodar o
aluno ou fazê-lo sentir-se menos responsável. Depois de
tantos insucessos e auto-estima rebaixada, ele tende a
demorar mais a reagir para acreditar nele mesmo;
Melhorando a auto-estima
Incentive o aluno a restaurar o confiança em si próprio,
valorizando o que ele gosta e faz bem feito;
Ressalte os acertos, ainda que pequenos, e não enfatize os erros;
Valorize o esforço e interesse do aluno;
Atribua-lhe tarefas que possam fazê-lo sentir-se útil;
Evite usar a expressão "tente esforçar-se" ou outras
semelhantes, pois o que ele faz é o que ele é capaz de fazer no
momento;
Fale francamente sobre suas dificuldades sem, porém, fazê-lo
sentir-se incapaz, mas auxiliando-o a superá-las;
Respeite o seu ritmo, pois a criança com dificuldade de
linguagem tem problemas de processamento da informação. Ela
precisa de mais tempo para pensar, para dar sentido ao que ela viu
e ouviu;
Um professor pode elevar a auto-estima de um aluno estando
interessado nele como pessoa;
    Nós não aprendemos pelo fracasso, mas sim pelos sucessos.
Dê explicações de "como fazer" sempre que possível
posicionando-se ao seu lado;
Utilize o computador, mas certifique-se de que o
programa é adequado ao seu nível. Crianças com
dificuldade de linguagem são mais sensíveis às críticas
e o computador, quando usado com programas que
emitem sons estranhos cada vez que a criança erra, só
reforçará as idéias negativas que elas tem de s
mesmas e aumentará sua ansiedade;
Esquematize o conteúdo das aulas quando o assunto
for muito difícil para o aluno. Assim, a professora terá a
garantia de que ele está adquirindo os principais
conceitos da matéria através de esquemas claros e
didáticos;
•"Uma imagem vale mais que mil palavras": demonstrações e
filmes podem ser utilizados para enfatizar as aulas, variar as
estratégias e motivá-los. Auxiliam na integração da modalidade
auditiva e visual , e a discussão em sala que se segue auxilia o
aluno organizar a informação. Por exemplo: para explicar a
mudança do estado físico da água líquida para gasosa, faça-o
visualizar uma chaleira com a água fervendo;
•Não insista para que o aluno leia em voz alta perante a
turma, pois ele tem consciência de seus erros. A maioria dos
textos de seu nível é difícil para ele;
    Alunos com deficiência podem ser bem sucedidos em uma 
classe regular. O sucesso dependerá do cuidado em relação 
à sua leitura e das estratégias usadas.
Monitoramento na tarefas
Certifique-se de que as tarefas de casa foram
compreendidas e anotadas corretamente;
Certifique-se de que seu aluno pode ler e
compreender o enunciado ou a questão. Caso
contrário, leia as instruções para ele;
Leve em conta as dificuldades específicas do aluno
e as dificuldades da nossa língua quando corrigir os
deveres;
Estimule a expressão verbal do aluno;
Dê instruções e orientações curtas e simples que
evitem confusões;
Dê "dicas" específicas de como o aluno pode
aprender ou estudar a sua disciplina;
Oriente o aluno sobre como organizar-se no tempo
e no espaço;
Não insista em exercícios de fixação repetitivos e
numerosos, pois isso não diminui a sua dificuldade;
Avaliação
As crianças com dificuldade de linguagem têm problemas com testes
e provas:
Em geral, não conseguem ler todas as palavras das questões do
teste e não estão certas sobre o que está sendo solicitado.
- Elas têm dificuldade de escrever as respostas;
- Sua escrita é lenta, e não conseguem terminar dentro do tempo
estipulado
Recomendamos que, ao elaborar, aplicar e corrigir as avaliações do
aluno , especialmente as realizadas em sala de aula, adote os
seguintes procedimentos:
- Leia as questões/problemas junto com o aluno, de maneira que ele
entenda o que está sendo perguntado;
- Explicite sua disponibilidade para esclarecer-lhe eventuais dúvidas
sobre o que está sendo perguntado;
- Dê-lhe tempo necessário para fazer a prova com calma;
- Ao recolhê-la, verifique as respostas e, caso seja necessário,
confirme com o aluno o que ele quis dizer com o que escreveu,
anotando sua(s) resposta(s)
- Ao corrigi-la, valorize ao máximo a produção do aluno, pois frases
aparentemente sem sentido e palavras incompletas ou
gramaticalmente erradas não representam conceitos ou informações
erradas;
- Você pode e deve realizar avaliações orais também.
    Se o aluno não pode aprender do jeito que ensinamos, temos 
que ensinar do jeito que ele aprende.
O professor deve proporcionar o trabalho com variados
gêneros textuais para que os alunos possam se
apropriar da estrutura e características de cada um
deles, pois o contato com a leitura melhora a escrita.
BOLHAS

OLHA A BOLHA D’ÁGUA


NO GALHO!
OLHA O ORVALHO!
OLHA A BOLHA DE VINHO
NA ROLHA!
OLHA A BOLHA!
OLHA A BOLHA NA MÃO
QUE TRABALHA!
OLHA A BOLHA DE SABÃO
NA PONTA DA PALHA:
BRILHA, ESPELHA
E SE ESPALHA.
OLHA A BOLHA!
OLHA A BOLHA
QUE MOLHA
A MÃO DO MENINO:
A BOLHA DA CHUVA DA CALHA!

MEIRELES, CECÍLIA. OU ISTO OU AQUILO. RIO DE


JANEIRO:

NOVA FRONTEIRA, 1991.


_ALÔ, TATU TÁ AÍ?
_NÃO, TATU NÃO TÁ,
MAS A MULHER DO TATU TANDO
É A MESMA COISA DO TATU TÁ.

UM, DOIS,
FEIJÃO COM ARRO Z;
TRÊS, QUATRO ,
MACARRÃONO PRATO;
CINCO, SEIS,
BOLO INGLÊS;
SETE, OITO,
CAFÉ COM BISCOITO;
NOVE , DEZ,
COMER PASTÉIS.
O GALO QUE LOGROU A RAPOSA
Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa
árvore. A raposa, desapontada,
murmurou consigo: “Deixe estar, seu malandro, que já te curo!...e
em voz alta:
— Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais.
Lobo e cordeiro, gavião e pinto,
onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos andam agora aos beijos como
namorados. Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.
— Muito bem! — exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que
beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldade e traições! Vou já descer para
abraçar a amiga raposa, mas... como lá vêm vindo três cachorros, acho bom esperá-
los, para que também eles tomem parte na confraternização.
Ao ouvir falar em cachorro, Dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou de
pôr-se a fresco, dizendo:
— Infelizmente, amigo có-ri-có-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos
cães. Fica para outra vez a festa,
sim? Até logo.
E raspou-se.
Autor:
Monteiro Lobato.
Moral da História: “Contra esperteza, esperteza e meia”.
BRIGADEIRO
INGREDIENTES:

•1 lata de leite condensado


•1 colher de sopa de margarina sem sal
•7 colheres de sopa de Nescau ou 4 colheres de sopa de chocolate
em pó
• chocolate granulado para passar nas bolinhas

MODO DE PREPARO:

-Coloque em uma panela funda o leite condensado,


a margarina e o chocolate em pó
-Cozinhe em fogo médio e mexa sem parar com
uma colher de pau
3 -Cozinhe até que o brigadeiro comece a desgrudar da panela
4 -Deixe esfriar bem, então unte as mãos com margarina, faça
bolinhas e envolva-as em chocolate granulado.
A onça pintada O ELEFANTE
Também conhecida como jaguar ou
O elefante é o maior mamífero terrestre
jaguaretê, vive mais de 20 anos. Atinge
1,2 metros de comprimento e pesa até do mundo. É também um dos que vivem
200 quilos, sendo o maior carnívoro mais tempo: de cem a cento e vinte anos.
das Américas. É um animal noturno, Além do seu tamanho, outra
solitário e caçador de extrema característica que chama a atenção no
agilidade. elefante é a sua tromba. As pessoas
Sua caça favorita são os veados, as costumam pensar que o elefante bebe
capivaras e as antas. Existem muitas água pela tromba, mas, isso não é
lendas verdade. Ela é o nariz do elefante e
sobre a onça-pintada, contadas pelos
índios e pantaneiros. Apesar de
funciona como uma espécie de canudo.
feroz, a onça só mata para defender ou Ele puxa a água e esguincha-a dentro da
saciar a fome. Devido a sua pele, é boca para beber ou nas costas para se
alvo dos caçadores profissionais. Isso e refrescar.
a deterioração das florestas estão Adaptado
ameaçando a onça de extinção no livro de Ciências 4º Ano
Brasil.
Marcos - Belo Horizonte Março/
Selvagem e preservação. São Paulo: 2007
Abril
Cultural, 2.000)
O Mistério do casarão

A rua estava deserta. Na noite fria e encoberta pela névoa, Tomás e seus
irmãos caminhavam a passos largos. Apertavam o passo sempre que se
aproximavam do velho casarão.
Nesse momento, um grito cortou o silêncio da noite. Bia estancou...
paralisada de medo. Curiosos, Tomás e Davi puxaram a irmã e se
aproximaram do portão.
— Esse casarão é mal assombrado! — sussurrou Davi, tentando esconder ...
— Eu não acredito em assombração! — falou Tomás, o mais velho dos três.
Outro grito. A voz lamuriosa vinha, provavelmente, do porão.
— Quem será? Por que está gritando? O que vamos fazer? — disparou
Davi, bombardeando os irmãos com perguntas e mais perguntas, como se
eles soubessem mais do que ele.
Ainda assustada e sem prestar atenção às perguntas do irmão, Bia disse:
— Acho melhor irmos pra casa. Mamãe deve estar preocupada com a
nossa...
A menina não pôde completar, pois uma mão grande e peluda calou a e
sorrateiramente levou-a para os fundos do casarão.
Tomás e o irmão estavam tão distraídos com os gritos, que não perceberam
nada. (...)
Macaco de espécie rara nasce no Rio
Fernanda Pontes
Especial para o Estado

RIO – O Zoológico do Rio apresentou ontem um


filhote de macaco caiarara branco (Cebus
albifrons), animal em extinção que havia quinze
anos não era reproduzido em cativeiro. O
macaquinho, que nasceu no dia 28, foi batizado de
Severino. Ele pesa 170 gramas e foi levado para a
creche do zôo, já que sua mãe, Xuxa, teve um
parto difícil, ficou estressada e abandonou o
filhote. Severino está sendo alimentado com
mamadeiras de leite, vitaminas e sais minerais.
Segundo avaliação dos veterinários, em 60 dias
Severino deve voltar a conviver com a família. De
acordo com os biólogos, a reprodução do caiarara
branco em cativeiro é difícil porque
não se conhece bem essa espécie rara. O caiarara
branco é natural dasflorestas tropicais da
Colômbia, Bolívia, Peru e região amazônica do
Brasil.

A12 — GERAL QUINTA-FEIRA, 24 DE


DEZEMBRO DE 1998

O
ESTADO DE S. PAULO
BIBLIOGRAFIA
Aprendizagem e desenvolvimento – um processo sócio-
histórico - Vygotshy
A institucionalização invisível.
Crianças que não aprendem na Escola.
Pensamento e linguagem – Vygotsky
Fonaodiologia na escola.
O corpo fala.
A representação da escrita pela criança portadora de
deficiência intelectual. Revista Brasileira de Educação
Especial – v.3 nº 5 – 1999ª UMP.
A formação social da mente – Vygotsky.
Letramento: Um tema em três gêneros
Atendimento educacional Especializado – Deficiência
Mental
Filmes sugeridos
A professora maluquinha
O solista
Mente brilhantes
O leitor
O menino do pijama listrado
O estranho no ninho
O milagre de Ana Sulliva
Educação da pequena árvore
Nell
Meu pé esquerdo – def. física
A chave de casa – Def. múltiplas
Escritores da liberdade
“Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina
acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie
do destino e acredite em você. Gaste mais horas
realizando que sonhando, fazendo que planejando,
vivendo que esperando, porque, embora quem
quase morre esteja vivo, quem quase vive já
morreu.” Luís Fernando Veríssimo
Obrigada!!!

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