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MANUAL TÉCNICO DE PROCESSAMENTO DE IMAGENS AÉREAS

Geração de MDS e Ortomosaico com Pontos de Controle no


Software Agisoft PhotoScan

PhotoScan é um software de processamento de imagens, da empresa Agisoft, que têm como


função principal, a elaboração de nuvens densas de pontos georreferenciadas, modelos poligonais
texturizados, modelos digitais de elevação e ortomosaicos através da sobreposição longitudinal e
lateral de imagens aéreas, capturadas em um sistema de referência arbitrário.
Este documento tem como principal objetivo orientar pessoas iniciantes à realização de
processamento de imagens com pontos de controle, através do software PhotoScan.
Além dos principais procedimentos a serem realizados no software, o documento apresenta, ao
final, glossário com os principais termos e conceitos utilizados no setor de VANTs e de
processamento de imagens obtidas por esta tecnologia.

1. Preferências do PhotoScan

Abra a caixa de diálogo “Preferences”, usando o correspondente comando do menu “Tools”.

Defina os seguintes valores para os parâmetros na aba “General”:

1
Visão Estereoscópica:
Modo: Anaglyph (usar “Hardware” caso seu cartão gráfico suporte uma placa de vídeo “Quad
Buffered Stereo”)  Quando o desktop não está equipado com placa de vídeo GeForce, torna-
se necessário o uso de óculos anaglifos para visualização tridimensional.

Paralaxe: 1.0
“Write log to file”: Especifique o diretório onde as configurações do PhotoScan serão
armazenadas. Defina os parâmetros na aba “OpenCL”, selecionando as caixas de diálogo que
aparecerem no seu visor. Pode-se notar, que a cada caixa de dialógo selecionada, um ciclo de
core da CPU cai. Isso significa que o programa irá trabalhar com mais potência nas placas de
vídeos, e consequentemente, menos na CPU.

Defina os seguintes valores para os


parâmetros na guia “Advanced”:
Compression level (Nível de compressão
do projeto): 6
Selecionar opção “Keep depth maps”
(Manter mapas de profundidade) .
Selecionar opção “Check for updates on
program startup” (Procurar por
atualizações na inicialização do
programa).
Selecionar opção “Enable VBO support”
(Ativar o suporte VBO).

Adicionar Fotos

Para adicionar fotos, selecione a opção “Add Photos” no menu principal “Workflow” ou clique
no botão localizado na barra de ferramentas do “Workspace”.
Na caixa de diálogo “Adicionar Fotos” navege até a pasta em que está localizada as fotos a
serem processadas e selecione. Clique no botão “Open” (Abrir).
O botão “Import EXIF”, localizado no painel “Reference” é usado para carregar
informações sobre as posições da câmara no momento da captura da imagem, caso estiver
disponível.

2
A seguir, clique no botão “Settings” no painel “Reference” e na caixa de diálogos “Reference
Settings” selecione o sistema de coordenadas do projeto. Configure a acurácia da câmera em
metros e graus de acordo com a necessidade do projeto.

A opção “Ground Altitude” deve ser especificada no caso da captura de fotos oblíquas.
Clique em OK e as posições de câmera serão marcadas no “Model View” utilizando as suas
coordenadas geográficas.

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Alinhamendo das Fotos (Aerotriangulação)

Nesta etapa é realizada a busca por pontos homólogos entre as sobreposições das imagens,
estimação das posições da câmera em casa foto e geração da nuvem de pontos esparsa (sparse
clound model).
Selecione a opção “Align Photos” no menu “Workflow”.

Configure os seguintes valores recomendados para os parâmetros na caixa de diálogo “Align


Photos”:
Accuracy (Acurácia): High (Alto).A escolha de uma menor acurácia resulta-se em posições
aproximadas da câmera em um tempo de processamento mais curto.
Pair preselection (Par de pré-seleção): Reference (Referência) (Quando as posições da
câmera é desconhecida, pode-se usar a seleção “Generic”).
Constrain features by mask (Restringir características por máscara): Disabled
(Desativado). Usado em casos em que a área já foi mascarada antes do processamento.
Key point limit (Limite de ponto-chave): 40000
Tie point limit (Limite ponto Tie): 1000

Clique no botão OK para iniciar o alinhamento das fotos. Após o tempo de processamento, será
possível visualizar a nuvem de pontos esparsa. As posições e orientações da câmera em cada
momento de captura da imagem são indicados por retângulos azuis na janela de exibição.

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Pontos de Controle (Markers)

Os pontos de controle são utilizados para otimizar as posições da câmera e dados de orientação,
que permitem melhores resultados da reconstrução do modelo digital.
Para gerar uma ortofoto georreferenciada com maior acurácia, pelo menos de 10 a 15 pontos de
controle no terreno (GCPs) devem ser distribuídos de forma uniforme ao longo da área de
interesse.

Importar pontos de controle

Importe as coordenadas dos pontos de controle a partir de um arquivo (*.txt). Na caixa de


diálogo “Import CSV”, localizado no painel “Reference”, selecione o arquivo que contém
as informações dos pontos de controle.
A estrutura do arquivo de carregamento deve conter o nome de cada ponto, seguido das
coordenadas x, y e z. Note que o caractere # indica uma linha que não é contada na numeração
das linhas.
Indique no programa qual parâmetro é especificado em cada coluna, através da seleção dos
números de coluna corretos na seção “Columns” (Colunas).
Além disso, recomenda-se especificar o sistema de coordenadas válidas no campo
correspondente para os valores usados para dados da câmera.

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Clique no botão OK. Os dados serão carregados no painel “Reference”.

Otimizar o alinhamento da câmera (Optimize Camera Alignment)

Para que seja possível conseguir uma maior acurácia no cálculo de parâmetros externos e
internos da câmera, deve-se corrigir eventuais distorções presentes em tal (por exemplo, "efeito
bowl", distorção radial, distorção descentrada e etc.), sendo necessário a execução do
procedimento de otimização. Este passo é especialmente recomendado se as coordenadas dos
pontos de controle no terreno são conhecidas quase que precisamente - acurácia dentro da casa
dos centímetros ( procedimento de otimização das marcações). Clique no botão “Settings”
(Configurações) no painel “Reference” (Referência) e nas configurações “Reference Settings”,
selecione o sistema de coordenadas de acordo com o sistema de coordenadas dos pontos de
controle.

Defina os seguintes valores para os parâmetros na seção de precisão de medição:

6
Camera accuracy (Acurácia da Câmera): 10.
Marker accuracy (Acurácia dos pontos de controle): 0,005 (Recomenda-se seja
fixada a acurácia em 0,005, se a acurácia do ponto real é dentro de 0,02 m).
Scale bar accuracy (Acurácia barra de escala): 0,001.
Projection accuracy (Acurácia da projeção): 0,1.
Tie point accuracy (Acurácia do ponto de empate) 4.

Clique no botão OK.

No painel “Reference”, desmarque todas as fotos e selecione os marcadores a serem utilizados


no processo de otimização. O restante dos pontos que não forem levados em consideração no
procedimento, serão utilizados como pontos de check, assim, servem como pontos de
verificação para avaliar os resultados da otimização.
As coordenadas de câmera são geralmente mensuradas com acurácia consideravelmente
inferior
aos GCPs, o que também permite excluir quaisquer possíveis casos irregulares para posições
de
câmera à bordo causados pelas falhas do dispositivo GPS.
Clique no botão “Optimize” (otimizar) na barra de ferramentas painel “Reference”.

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Selecione os parâmetros que você gostaria de otimizar. Clique no botão OK para iniciar o
processo de otimização.

Definir Caixa Delimitadora (Bounding Box)

A caixa delimitadora é usada para definir a área da reconstrução do modelo.

É redimensionável e rotativa através das funções “Resize Region” e “Rotate Region”


na barra de ferramentas principal.

Importante: O plano de cor vermelha da caixa delimitadora indica o plano representativo do


plano terrestre. Ele é ajustado sob o modelo paralelo ao plano XY.

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Construção da nuvem densa de pontos (Build Dense Cloud)

Com base nas posições de câmera estimadas, o programa calcula informações de profundidade
para cada câmera, que serão combinados em uma única nuvem densa de pontos.
Selecione “Build Dense Cloud” a partir do menu “Workflow”.

Defina os seguintes valores recomendados para os parâmetros de construção da nuvem densa:


Qualiity (Qualidade): Médio. (Alta qualidade leva mais tempo de processamento e exige mais
esforço computacional, já a qualidade baixa pode ser usada para o processamento rápido).
Depth filtering (Profundidade): Agressivo (se a geometria da cena a ser reconstruída for
complexa, com numerosos pequenos detalhes ou superfícies sem textura, como telhados,
recomenda-se a definir o modo de filtragem de profundidade leve “Mild” para que
características importantes sejam mantidas).

Pontos da nuvem densa podem ser removidos com a ajuda de ferramentas de seleção e corte
(Crop/Delete), localizados na barra de ferramentas.

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Construir Malha (Build Mesh)

Após a construção da nuvem densa de pontos, é possível a geraração de um modelo de malha


poligonal com base nos dados da nuvem densa.
Selecione “Build mesh” a partir do menu “Workflow”.

Defina os seguintes valores recomendados para os parâmetros “Build Mesh”:


Surface Type (Tipo de superfície): Heigh Field (Altura Campo)
Source data (Dados Fonte): Dense Cloud (Nuvem densa)
Polygon Count (Contagem de polígonos): Medium (Média). Número máximo de faces do
modelo resultante. Os valores indicados ao lado de “High/Medium/Low” (alta/média/baixa)
são rótulos predefinidos baseados nos números de pontos na nuvem densa. Valores
personalizados podem ser usados na reconstrução da superfície mais detalhada.
Interpolation (Interpolação): Enable (Ativado).
Clique no botão OK para iniciar a construção da malha.

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Editar Geometria (Edit Geometry)

As vezes é necessário editar a geometria antes de construir o mapa de textura e exportar o modelo.

Faces indesejadas podem ser removidas do modelo. Primeiramente, você precisa indicar as
feições que serão deletadas utilizando-se as ferramentas de selecão da barra de ferramentas
principal. As áreas selecionadas são destacadas na cor vermelha no “Model View”. Assim, para
remover a seleção use o botão “Delete” na barra de ferramentas ou use o botão de seleção de
corte na barra de ferramentas para remover todos os selecionados.

Se a sobreposição das imagens originais não for suficiente, pode ser adequado usar o comando
“Close Holes” a partir do menu “Tools” na fase de edição de geometria. Na caixa de diálogo
“Close Holes” (fechar buracos), selecione o tamanho do maior buraco a ser fechado (em
porcentagem do tamanho total do modelo).

Construir Textura (Texture)

Este passo não é realmente necessário para exportar o ortomosaico, porém pode ser necessário
para inspecionar um modelo texturizado antes de exportá-lo, ou pode ser útil para a marcação
de pontos de controle.
Selecione “Build Texture” no menu “Workflow”.

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Defina os seguintes valores recomendados para os parâmetros “Build Texture”:
Mapping mode (modo de mapeamento): Orthophoto.
Blending mode (Modo de mesclagem): Mosaic (mosaico).
Texture size/count (Tamanho textura/contagem): 8192 (largura e altura do atlas de textura
em pixels).
Enable color correction (Ativar correção de cor): desabilitado (o recurso é útil para o
processamento de conjuntos de dados com variação de brilho extremo, mas para o caso geral
pode ser deixada em branco para salvar o tempo de processamento).
Clique no botão OK para iniciar a geração de textura.

Construir Modelo de revestimento (Tiled Model)

Permite a visualização de modelos digitais em alta resolução, sendo possivel exportar e visualizar
na plataforma Agisoft Viewer – ferramenta complementar do PhotoScan.
O modelo de revestimento é gerado baseando-se na nuvem densa de pontos

Para gerar o “tiled model”:


1. Cheque se a caixa delimitadora esteja cobrindo apenas o limite da nuvem de pontos gerada.
2. Selecione a opção “Build Tiled Model” no menu principal “Workflow”.
3. Defina os seguintes valores recomendados para os parâmetros “Build Tiled Model”:
a. Tamanho do Pixel (m) – o software estima valores em metros para o tamanho do
pixel que será utilizado.
b. Tamanho do Quadro – fornecido em pixels. Quanto menor o tamanho do quadro,
mais rapida será a visualização.

Gerar Modelo Digital de Superfície (DEM)

O modelo digital de superfície pode ser gerado baseando-se na nuvem densa de pontos ou na
malha. Geralmente a nuvem densa é a opção mais preferida, pois providencia uma melhor
acurácia dos resultados.
Selecione o comando “Build DEM” do menu principal “Workflow”:

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O sistema de coordenadas deve ser especificado em acordância com o sistema usado para
referenciar o modelo. Na exportação do modelo, é possível que se exporte o produto em outro
sistema de coordenadas diferente.

Gerar Ortomosaico (Orthomosaic)


Selecione o comando “Build Orthomosaic” localizado no menu principal.

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Selecione a superfície desejada para a construção do mosaico: Mesh ou DEM e o modo de
mistura.
O tamanho do pixel já vem sugerido pelo programa, tendo como base as informações primária
das imagens.
O ortomosaico gerado pode ser visualizado no visualizador, pelo simples duplo clique na etapa
descrita “Ortho” no painel “WorkSpace”

Exportar DEM
Selecione o comando “Export DEM” → Export GeoTIFF/BIL/XYZ a partir do menu
“File” (Arquivo).

Defina os seguintes valores recomendados para os parâmetros na caixa de diálogo “Exportar


DEM”:
Projection Type (Tipo de Projeção): Geographic (Geográfico)
Projection (Projeção): por padrão, o conjunto de projeção nas configurações de referência é
usado.
Crop invalid DEM (Coleta de DEMs inválidos): marque esta opção para cortar as regiões
com dados de elevação pouco confiáveis, uma vez que eles são visíveis em menos de duas
fotos de origem.

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Pixel size (Tamanho do pixel): você pode aumentar a resolução efetiva em comparação com
o valor padrão.
Split in blocks (Dividir em blocos): 10000 x 10000 (se a área exportada forr grande,
recomenda-se ativar, uma vez que o consumo de memória é bastante elevado na fase de
exportação).
Region (Região): definir os limites da parte do modelo que deve ser apresentada como DEM.

Clique em “Export” (Exportar) e, em seguida, especifique o nome do arquivo de destino.


Selecione o tipo do arquivo exportado (por exemplo, GeoTIFF). Clique no botão “Save”
(salvar) para iniciar a geração de DEM.

Exportar Ortofoto
Selecione o comando “Export Orthophoto” → Export JPEG/TIFF/PNG no menu
“File” (Arquivo).

Defina os seguintes valores recomendados para os parâmetros na caixa de diálogo Exportar


Orthophoto:
Projection Type (Tipo de Projeção): Geographic (Geográfico).
Projection (Projeção): por padrão, o conjunto de projeção nas configurações de referência é
usado.
Blending mode (Modo de mesclagem): Mosaic (mosaico).
Enable color correction (Ativar correção de cor): desabilitado (o recurso é útil para o
processamento de conjuntos de dados com variação de brilho extremo, mas para o caso geral
pode ser deixada em branco para salvar o tempo de processamento).

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Pixel size (Tamanho do pixel): resolução máxima eficaz é mostrada por padrão (por favor,
note que para a coordenada “WGS84” as unidades do sistema devem ser especificado em graus.
Use o botão “Metres” (Metros) para especificar a resolução em metros).
Split in blocs (Dividir em blocos): 10000 x 10000 (se a área exportada for grande
recomenda-se permitir a divisão em blocos de recurso, uma vez que o consumo de memória é
bastante elevado em fase de exportação).
Region (Região): definir os limites da parte do modelo que deve ser projetada e apresentada
como ortofoto.

GLOSSÁRIO RELACIONADO À TECNOLOGIA DE VANTS


A
Altimetria
Processo de medição de elevação de pontos da superfície. Diz-se do conjunto formado pelas curvas de
uma carta ou mapa.
Altitude
Distância vertical a partir de um datum, geralmente o nível médio do mar, até um ponto ou objeto da
superfície da Terra. Não confundir com altura, ou elevação, que se referem a pontos ou objetos acima
da superfície terrestre.
Altura ortométrica
Altitude ou altura preliminar, à qual foi aplicada a correção ortométrica. Esta correção visa o não
paralelismo existente entre diferenças de nível, tomadas em altitude ou alturas diferentes.
Altura geoidal
Ondulação do geóide. Distância do geóide ou elipsóide de referência.
ANAC
Sigla para Agência Nacional de Aviação Civil.
Apoio de campo
Controle de campo ou controle terrestre.
Apoio suplementar
Pontos estabelecidos por levantamentos geodésicos para controle de fotografias aéreas usadas num
mapeamento.
Arquivo ASCII
Arquivo cujas informações estão codificadas de acordo com a tabela ASCII.
ASCII
American Standart Code for Information Interchange. Tabela de códigos de oito bits estabelecida pelo
American National Standart Institute (ANSI), para todos os caracteres do teclado do computador. Define
um padrão para equipamentos de computação.
B
Banda
Um dos níveis de uma imagem multiespectral, representado por valores refletidos de luz ou calor de uma
faixa específica do espectro eletromagnético.
C
Câmera digital
Câmera destinada à produção de fotografias para fins cartográficos, cujo registro da imagem é
efetuado de maneira binária em meio magnético, gerando imagens digitais (raster).
Cobertura aerofotogramétrica
Conjunto de fotografias aéreas necessário para a elaboração de estudos ou mapeamento de
determinada área.
Coordenadas cartesianas
Sistemas de coordenadas na qual a localização de pontos no espaço é expressa em referência a três
planos, chamados planos de coordenadas (X,Y e Z), perpendiculares entre si.

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Cota
Número que exprime a altitude de um ponto em relação a uma superfície de nível de referência.
Curvas de nível
Linhas e curvas representadas numa carta ou mapa, que unem pontos de mesma elevação e que se
destinam a retratar a forma do relevo.
D
Dados vetoriais
Conjunto de vetores que permitem formar pontos, linhas ou linhas fechadas (polígonos).
Datum
Superfície de referência para controle horizontal (X,Y) e vertical (Z) de pontos.
Datum altimétrico
Destinado ao posicionamento altimétrico de pontos sobre a superfície terrestre. É materializado por um
ponto fixo, cuja altitude sobre o nível do mar é conhecida. Usualmente utiliza-se o nível médio dos
mares como altitude zero.
Datum geodésico
Destinado ao posicionamento planimétrico de pontos sobre a superfície terrestre. É definido por:
– uma origem fisicamente materializada (marca de origem);
– as coordenadas geográficas do marco de origem;
– um modelo matemático de simulação da superfície terrestre (elipsóide);
– a altura geoidal do ponto de partida;
– a orientação do modelo matemático (azimute de partida).
Display
Dispositivo de representação visual como monitor do computador.
Drone
Termo “drone” é uma expressão genérica utilizada para descrever desde pequenos multirrotores
controlados via rádio. Possuem aplicação militar, autônoma ou de recreação.
DTM
Digital Terrain Model. Ou Modelo Digital do Terreno. Representação digital da superfície terrestre, sem
a presença de feições naturais e artificiais, através de uma malha triangular ou lista de coordenadas
tridimensionais.
DEM
Digital Elevation Model. Ou Modelo Digital de Elevação. Representação digital da superfície terrestre,
adicionado da presença de feições naturais e artificiais, através de uma malha triangular ou lista de
coordenadas tridimensionais.
DWG
DWG é a extensão de arquivos de desenho em 2D e 3D nativa do software AutoCAD. Este formato,
diferentemente do DXF, é proprietário. Pertence à Autodesk, fabricante do AutoCAD.
DXF
O formato DXF (Drawing Exchange Format) em padrão aberto. Foi desenvolvido pela Autodesk, em
1982, para resolver o problema de troca de arquivos entre programas e promover a interoperabilidade
entre softwares. Hoje, a grande maioria dos softwares CAD é capaz de abrir e salvar no formato DXF.
E
Elevação
Ponto elevado da altura dos astros acima do horizonte.
Elipsóide
1 – Figura matemática muito próxima do geóide na forma e no tamanho, utilizada como superfície
terrestre de referência nos cálculos dos levantamentos geodésicos;
2 – Sólido geométrico obtido pela rotação de uma elipse sobre um de seus eixos. No caso cartográfico,
utiliza-se como geratriz o eixo de rotação terrestre.
Estereograma
Par de fotografias ou fotogramas que possibilita visualização em três dimensões, através de princípios
de estereoscópia.

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F
Fotografia Aérea
Fotografia obtida por sensores a bordo de aeronaves.
Fotogrametria
1 – Ciência da elaboração de cartas, mediante fotografias aéreas, utilizando-se aparelhos e métodos
estereoscópicos. O mesmo que Aerofogrametria;
2 – Técnica de determinação das curvas de nível, nos levantamentos cartográficos, por meio de pares
de fotografias.
Fotoíndice
Conjunto de fotografias aéreas, superpostas pelos detalhes que lhes são comuns, reduzido
fotograficamente. Permite visualizar o conjunto fotografado e identificar fotografias e faixas de vôo
pelos seus códigos.
Fototriangulação
Processo da extensão do controle horizontal ou vertical, por meio do qual as medições de ângulo ou de
distâncias em fotografias estereoscópicsa têm relação com uma solução espacial, usando-se os
princípios da perspectiva das fotografias. Este processo implica, em geral, no uso de fotografias
aéreas, recebendo a denominação de aerocaminhamento.
Fuso UTM
Zona de projeção delimitada por dois meridianos cuja longitude difere de 6 graus e por dois paralelos
de latitude 80 graus, Norte e Sul.
G
Geóide
Superfície equipotencial do campo gravimétrico da Terra, coincidindo com o nível médio inalterado do
mar, e que se estende por todos os continentes, sem interrupção. A direção da força da aceleração da
gravidade é perpendicular ao geóide é a sua superfície de referência para as observações
astronômicas e para o nivelamento geodésico.
GNSS
GNSS é a sigla para Global Navigation Satellite System. Basicamente, são todas as tecnologias que
utilizam navegação ou posicionamento por satélites e os problemas que as envolvem.
GPS
Global Positioning System. Sistema de Posicionamento Global. Sistema americano, criado para
navegação utilizando sinais emitidos por satélites artificiais. Suas aplicações incluem navegação e
posicionamento no mar, no ar e sobre a superfície terrestre.
I
Imagem
Registro permanente em material fotográfico de acidentes naturais, artificiais, objetos e atividades,
obtido por sensores como o infravermelho pancromático e o radar de alta resolução.
Imagem de radar
Combinação do processo fotográfico e de técnicas de radar. Impulsos elétricos são emitidos em
direções predeterminadas, e os raios refletidos, ou devolvidos, são utilizados para fornecer imagens
em tubos de raios catódicos. As imagens são, depois, obtidas da informação exposta nos tubos.
Imagem de satélite
Imagem captada por um sensor a bordo de um satélite artificial, codificada e transmitida para uma
estação rastreadora na Terra (imagem raster).
Imagem multiespectral
Imagem de múltiplas bandas, isto é, obtida por vários sensores que detectam a energia em bandas de
diferentes comprimentos de onda.
Informação georreferenciada
Dados alfanuméricos geograficamente referenciados às informações gráficas de um mapa.
L
Latitude
Ângulo entre o plano do horizonte e o eixo de rotação da Terra; isto é, de forma simplificada, a

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distância em graus de um dado ponto da superfície terrestre à linha do Equador. A latitude vai de 0º a
90º tanto para o Norte como para o Sul.
Longitude
Ângulo entre o plano de um meridiano qualquer e o plano do Meridiano de Greenwich. De forma mais
simplificada, é a distância em graus de um dado ponto da superfície terrestre ao Meridiano de origem
(Greenwich). A Longitude vai de 0º a 180º para o Leste e para o Oeste
M
Mapa de bits (bitmap)
Representação de imagem armazenada na memória do computador, onde cada elemento (pixel) da
imagem é representado por um padrão (conjunto) de bits.
Meridianos
Círculos máximos que cortam a Terra em duas partes idênticas, de pólo a pólo. Todas as linhas de
meridianos entrecruzam-se nos pólos. Convencionalmente, no Congresso Internacional de Cartografia
de Londres em 1985, resolveu-se adotar como meridiano origem o que passa sobre o Observatório de
Greenwich. Todos os meridianos possuem a mesma extensão – 40.036 km.
Mosaico
Conjunto de fotografias aéreas superpostas, recortadas artisticamente e montadas pelos detalhes
comuns. Permite uma visão contínua da superfície fotografada.
O
Orientação absoluta
Fixação de escala, posição e orientação do modelo estereoscópico, reproduzido pela orientação
relativa referente às coordenadas do terreno.
Orientação analítica
As fases de cálculo necessárias à determinação da inclinação, da direção da linha principal da altura
do vôo, da preparação dos gabaritos de controle na escala de retificação, dos elementos angulares e
dos elementos lineares na preparação das fotografias aéreas para a retificação. Dados desenvolvidos
são convertidos em valores, a fim de serem fixados em círculos e escalas do retificador ou do copiador-
transformador.
Orientação relativa
Reconstrução das mesmas condições perspectivas entre o par estereoscópico existente no momento
em que as respectivas fotografias foram expostas.
Ortofoto digital
Imagem fotográfica obtida através de processos computacionais a partir de uma fotografia em
perspectiva, na qual os deslocamentos de imagem devidos à inclinação e ao relevo foram corrigidos
matematicamente
Ortofotografia
Fotografia aérea cuja distorção, devida a inclinação, curvatura e relevo, é corrigida. Fotografia
resultante da transformação de sua original, que é uma perspectiva central do terreno, numa projeção
ortogonal sobre um plano, complementada por símbolos, linhas e quadrículas, com ou sem legenda,
podendo conter informações planialtimétricas ou somente planimétricas.
P
Padrão de exatidão cartográfica
Indicador estatístico de dispersão, relativo a 90% de probabilidade, que define a exatidão de trabalhos
cartográficos.
Paralelos
Círculos da superfície da Terra, paralelos ao plano do Equador. Entre o Equador e cada pólo, têm-se
noventa paralelos de um grau cada (cada grau é subdividido em sessenta minutos e cada minuto, em
sessenta segundos). Os paralelos diminuem de comprimento à medida que se afastam da origem,
linha do Equador (0º), até tornarem-se um ponto nos pólos (90º).
Perfil
Representação gráfica de um corte da superfície do terreno.
PDI
Em Geotecnologia, PDI é a sigla utilizada para Processamento Digital de Imagens. Seu uso geralmente
é para as tecnologias relacionadas ao tratamento de imagens oriundas de Sensoriamento Remoto.

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Pixels
Abreviatura de “picture elements”, elementos formadores das estruturas raster, definidos por linhas
verticais e horizontais espaçadas regularmente.
Planimetria
Processo de medição horizontal, ou seja, medição de todas as características do terreno, exceto o
relevo.
Pontos de controle
Pontos topográficos ou geodésicos, identificados numa fotografia e usados para verificar e
correlacionar todas as demais informações nela contidas.
Precisão
Exatidão dos cálculos ou da gama de valores que expressam uma quantidade.
Processamento batch
Modo de operação do computador no qual instruções e programas são executados sem referência do
usuário.
Projeção cartográfica
Conjunto de métodos usados na representação da superfície terrestre, segundo o qual cada ponto da
Terra corresponde a um ponto da carta e vice-versa.
Projeção de Mercator
Projeção conforme, do tipo cilíndrica. O equador é representado por uma linha reta em escala
verdadeira, e os meridianos geográficos são retas paralelas, perpendiculares à linha representada pelo
equador. Os paralelos geográficos são representados por um segundo sistema de retas,
perpendiculares às linhas que representam os meridianos, e, portanto, paralelas ao equador. A
conformidade é conseguida mediante análise matemática, aumentando-se cada vez mais o
espaçamento dos paralelos a partir do equador, a fim de conformar a escala que se expande ao longo
dos paralelos, resultando em meridianos formados por retas paralelas.
Projeção ortogonal
Processo de redução de uma figura espacial para o plano. Dá-se através da projeção de cada ponto da
figura (terreno) perpendicularmente a um plano de referência (planta).
R
Radar-altímetro
Instrumento que determina a altura de vôo de um avião sobre o terreno (altímetro), através da medida
de intervalos de tempo entre a emissão e a devolução de impulsos eletromagnéticos (radar).
Raster
Imagem raster. Informações não simbolizadas por equações matemáticas e sim por células ou pixels.
Resolução de imagem
Tamanho mínimo de detalhe que pode ser detectado na imagem.
Resolução de tela
Medida normalmente expressa em pontos por polegada (dpi – dots per inch). Define a nitidez horizontal
e vertical das imagens geradas por um dispositivo de saída, com um monitor, uma impressora laser ou
uma plotter. Nos monitores, a resolução corresponde ao número de pixels exibidos na tela.
Resolução do sistema de lentes (de câmara fotográfica)
Capacidade que esse sistema possui de discriminar dois objetos bem definidos, ou seja, capacidade
de mostrar detalhes muito próximos entre si.
Resolução espacial
Capacidade que o filme fotográfico, em combinação com o sistema de lentes e os filtros utilizados por
uma câmara, tem de registrar diferentes pormenores do terreno.
Resolução radiométrica ou Espectral
Medida da largura das faixas espectrais e da sensibilidade do sistema sensor (a bordo de um satélite)
que distingue entre dois níveis de intensidade do sinal de retorno. Ex. resolução de 30m.
RPA/ARP
Aeronave Remotamente Pilotada. Denota um subgrupo de VANT, destinado à operação remotamente
pilotada. Atualmente no Brasil, de acordo com a ANAC, só é permitido operar esse tipo de Aeronave.

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S
Shapefile
O shapefile é um formato de armazenagem de dados vetoriais da Esri para armazenar a posição,
formato e atributos de feições geográficas. Os arquivos shapefile são armazenados como um conjunto
de arquivos relacionados. Geralmente contêm grandes feições com muitos dados associados e são,
atualmente, o formato vetorial mais usado no mundo para armazenamento de feições geográficas.
Sensor
1 – Recurso técnico destinado a aumentar os sentidos naturais do homem. Ex.: a bússola, a lente, o
termômetro, o auto-falante, etc.
2 – Dispositivo ou aparelho sensorial que capta e registra, sob a forma de imagem, a energia refletida
ou emitida pela configuração do terreno, objetos e acontecimentos, incluindo os acidentes artificiais, os
fenômenos físicos e as atividades do homem. A energia pode ser nuclear, eletromagnética (com
inclusão das partes visíveis e invisíveis do espectro), química, biológica, térmica, mecânica, e ainda os
ventos, os sons e a vibração da terra.
Sensoriamento remoto
Detecção e/ou identificação de um objeto sem que se tenha um sensor em contato direto com um
objeto. Inclui análises por satélite e fotos aéreas. Registro da energia refletida ou emitida por objetos ou
elementos da superfície terrestre ou de outros astros, por sensores localizados a grandes distâncias
(geralmente no espaço).
Sistema de projeção
Correspondência matemática contínua entre os pontos de um elipsóide de referência e os pontos de
um plano (mapa).
Sistema geodésico
Rede de triangulação ou poligonação referida a um mesmo datum geodésico.
Sistema geodésico brasileiro
Conjunto de pontos geodésicos implantados no país, determinados e calculados segundo
procedimentos operacionais fixos e modelos geodésicos padrão, previstos em lei.
T
Triangulação
Método de levantamento em que as estações são pontos do terreno, localizados nos vértices de uma
cadeia ou rede de triângulos. Os ângulos são medidos por instrumento, e os lados escolhidos como
bases, cujos comprimentos são conseguidos por medição direta no terreno.
U
UAV/UAM
Do inglês Unmanned Aerial Vehicle. É o equivalente a VANT.
UTM
Projeção Universal Transversa de Mercator. Sistema de coordenadas planas que circulam o globo
baseado em 60 zonas de tendência, no sentido norte-sul, cada uma com 6 graus de largura de longitude.
V
VANT
Termo referente a Veículos Aéreos Não Tripulados. É todo e qualquer tipo de aeronave que não
necessita de pilotos embarcados para ser guiada. Geralmente é utilizado para descrever pequenas
aeronaves que são empregadas em finalidades não recreativas.
Vetor
Segmento de linha reta, com o tamanho normalmente representado pelos pares de coordenadas dos
pontos extremos. Dados vetoriais referem-se a dados em forma tabular com uma dimensão.
Vetorização
Processo de geração de arquivos gráficos com dados vetoriais, utilizando softwares de SIG, CAD ou
de interpretação de imagens digitais em formato raster (vetorização automática).

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X
X – Coordenadas
Distâncias este-oeste, também chamadas abcissas.
Y
Y – Coordenadas
Distâncias norte-sul, também chamadas ordenadas.
Z
Zona de projeção
Região do elipsóide de referência normalmente representada por um sistema de projeção, de modo
que as alterações de projeção ficam fracas. A superfície pode ser estendida além dos limites normais a
fim de assegurar o reconhecimento parcial de outras áreas contíguas.

Adaptado de: Instituto GEOEDUC. Glossário de Geotecnologias. Disponível em:


http://www.geoeduc.com/glossario-de-geotecnologia/. Acesso em: 30/08/2016.

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