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Guia de procedimentos para emissão e registo de DCRs e CEs

para edifícios de habitação ou pequenos edifícios de serviços

sem sistemas de climatização (HsC e PESsC)

SISTEMA NACIONAL DE CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA E DA


QUALIDADE DO AR INTERIOR NOS EDIFÍCIOS

Versão 2.2

23/02/2010
ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 3
1.1 OBJECTIVOS .......................................................................................................................................... 3
1.2 ENQUADRAMENTO GLOBAL ..................................................................................................................... 3

2 ORIENTAÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO ............................................................ 4


2.1 SELECÇÃO DO TIPO DE DOCUMENTO A EMITIR E REGISTAR (PASSO 0) ....................................................... 6
2.2 IDENTIFICAÇÃO DO EDIFÍCIO OU FRACÇÃO AUTÓNOMA (PASSO 1) .............................................................. 7
2.3 IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO/PROMOTOR E DOS TÉCNICOS ENVOLVIDOS (PASSO 2) ......................... 15
2.4 CARACTERIZAÇÃO DO EDIFÍCIO OU FRACÇÃO AUTÓNOMA (PASSO 3) ....................................................... 17
2.5 NECESSIDADES NOMINAIS DE ENERGIA E EMISSÕES DE CO2 ASSOCIADAS (PASSO 4) .............................. 20
2.6 ENVOLVENTE OPACA (PASSO 5) ........................................................................................................... 21
2.7 VÃOS ENVIDRAÇADOS NÃO ORIENTADOS A NORTE E ENVIDRAÇADOS HORIZONTAIS (PASSO 6) .................. 24
2.8 CLIMATIZAÇÃO (PASSO 7)..................................................................................................................... 27
2.9 PREPARAÇÃO DE ÁGUA QUENTES SANITÁRIAS (AQS) (PASSO 8) ............................................................ 36
2.10 SISTEMAS DE APROVEITAMENTO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS (PASSO 9) .................................................. 38
2.11 VENTILAÇÃO (PASSO 10) ..................................................................................................................... 44
2.12 PROPOSTAS DE MEDIDAS DE MELHORIA DO DESEMPENHO ENERGÉTICO E DA QUALIDADE DO AR
INTERIOR (PASSO 11) ................................................................................................................................... 46

2.13 NOTAS E OBSERVAÇÕES (PASSO 12) .................................................................................................... 58


2.14 DOCUMENTAÇÃO ENTREGUE AO PROPRIETÁRIO (PASSO 13) .................................................................. 61

3 IMPORTAÇÃO ATRAVÉS DE XML ....................................................................................................... 62

4 PAGAMENTOS DE TAXAS ................................................................................................................... 63


4.1 SELECÇÃO DE PROCESSOS .................................................................................................................. 63
4.2 DADOS PARA FACTURAÇÃO .................................................................................................................. 64
4.3 MÉTODOS DE PAGAMENTO ................................................................................................................... 65

5 CONSULTAS .......................................................................................................................................... 68
5.1 PROCESSOS EM CURSO ....................................................................................................................... 71
5.2 PESQUISA DE PROCESSOS ................................................................................................................... 71
5.3 PROCESSOS PAGOS............................................................................................................................. 74

6 ANEXOS ................................................................................................................................................. 78

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1 INTRODUÇÃO

1.1 OBJECTIVOS
O presente Guia pretende constituir uma abordagem à área reservada do portal SCE e permitir um
mais fácil manuseamento do sistema pelos peritos qualificados (PQ) na emissão e registo de
declarações de conformidade regulamentar (DCR) e certificados energéticos e da qualidade do ar
interior (CE) para edifícios de habitação ou pequenos edifícios de serviços sem sistemas de
climatização no âmbito do RCCTE, bem como descrever as funcionalidades que o sistema dispõe
para gestão de processos, tais como consulta de processos em curso, pesquisa de processos, entre
outras facilidades.

Trata-se de um documento que, periodicamente, será revisto e actualizado, em função dos


desenvolvimentos e de novas funcionalidades que serão incorporadas no sistema.

1.2 ENQUADRAMENTO GLOBAL


A União Europeia e Portugal têm objectivos exigentes para a eficiência energética do parque
edificado actual e futuro. E tudo indica que o grau de exigência tende a aumentar e a acelerar.

A experiência já colhida no SCE permite passar a uma nova fase de ainda maior qualidade e eficácia
da sua acção, em direcção ao objectivo estratégico de o edificado português consumir menos
energia, emitir menos gases com efeito de estufa, produzir mais energia renovável, assegurar
melhores condições de conforto e de saúde aos utentes e, também, eliminar patologias.

É unânime o reconhecimento de que o sucesso daquele objectivo assenta grandemente no sucesso


no desempenho da sua missão por cada um dos PQ, baseado num elevado padrão de qualidade
decorrente do seu saber especializado e continuamente actualizado e da qualidade global do
desempenho da sua multifacetada missão. E decorrente também do elevado contributo geral de
Engenheiros, Arquitectos e Engenheiros Técnicos para o Desenvolvimento Sustentável, na sua tripla
vertente social, económica e ambiental.

O papel dos PQ tem sido e continuará a ser fulcral. O presente Guia é uma ferramenta que visa
contribuir para eliminar algumas não-qualidades por vezes ainda patentes, e para generalizar o uso
das melhores práticas.

A pluralidade intrínseca de funções da missão dos PQ implica um padrão de excelência em todas


elas. O Anexo I dá uma visão global das funções implícitas da missão dos PQ e das orientações a
respeitas pelos mesmos na elaboração de DCRs/CEs.

A qualidade do conteúdo, da forma e estilo usados pelo PQ no preenchimento de cada campo da


Base de Dados do SCE são um dos motores de indução de mudanças dos vários públicos a que se
destinam os CE e as DCR, em direcção aos objectivos de eficiência energética do edificado. O
presente Guia visa potenciar a passagem a um novo patamar de excelência do cumprimento da
missão estratégica do SCE português.

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2 ORIENTAÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO
No preenchimento de uma DCR ou um CE, o PQ deve ter em conta que:

 uma DCR ou CE é um documento técnico. Nesse sentido, deve-se privilegiar o rigor técnico
empregue na aplicação da metodologia regulamentar e que;

 por outro lado, estes documentos devem ter como objectivo clarificar a informação para o
público interessado: actuais e futuros proprietários.

A emissão de uma DCR ou CE é feita com recurso ao preenchimento de um formulário específico


para cada tipo de edifício. A informação introduzida pelo PQ em cada campo desse formulário pode
ser utilizada para constar:

 apenas na DCR ou CE;

 apenas na base de dados do SCE ou;

 tanto na DCR/CE como na base de dados.

Para emitir um documento, o PQ terá que seleccionar o menu “Emissão e Registo”, onde poderá
optar pelo tipo de documento que pretende emitir e registar, CE ou DCR.

Uma vez no formulário de preenchimento e após selecção do tipo de documento a emitir e registar, o
PQ tem ao seu dispor um conjunto de opções comuns a todos os passos, conforme indicado de
seguida:

 “Anterior”: Para voltar ao passo anterior, deverá seleccionar a opção “Anterior”. Esta opção
também grava a informação introduzida no formulário.

 “Gravar”: Para guardar a informação, o PQ deverá seleccionar a opção “Guardar”.

 “Limpar”: Para eliminar os dados introduzidos no passo do formulário, deverá seleccionar a


opção “Limpar”.

 “Seguinte”: Para guardar a informação e seguir para o passo seguinte, deverá seleccionar a
opção “Seguinte”. Cada passo, uma vez iniciado, só poderá ser gravado após todos os
campos obrigatórios estarem devidamente preenchidos. Uma vez gravado, o passo será
assinalado com um visto na barra identificativa dos passos do formulário.

 “Início”: Para voltar ao passo inicial, o PQ deverá seleccionar a opção “Inicio”.

 “Concluir”: Para concluir a emissão de uma DCR ou CE, após todos os campos obrigatórios
estarem devidamente preenchidos, ou seja, todos os passos estarem assinalados com um
visto na barra identificativa dos passos do formulário, deverá seleccionar a opção “Concluir”.
Esta opção direcciona o PQ para campo de pagamento de taxas, onde se poderá efectuar o
pagamento do registo do certificado.

 “Impressão de teste”: Será possível efectuar uma impressão de teste do CE/DCR, através
da selecção da opção “Impressão de teste”. Esta ferramenta é fundamental para completar

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com sucesso o controlo de qualidade, de forma a garantir o sucesso dos objectivos
estratégicos da certificação energética e da qualidade e ar interior.

Tanto nas impressões de teste, como na emissão definitiva, o documento será gerado em formato
PDF, pelo que, para visualizar o mesmo, deverá dispor do programa Adobe Acrobat Reader versão
7.0.8 ou superior (http://www.adobe.com).

Por restrições de segurança e integridade dos dados, apenas o PQ emissor pode ter acesso aos
dados dos seus processos e, uma vez colocado “para pagamento” um determinado processo, o
mesmo não pode mais ser alterado. Qualquer correcção ou alteração de processos no estado
“Pago”, pressupõe a emissão de novo documento e pagamento integral do respectivo registo,
não havendo devolução do valor de taxas de registo da DCR ou CE submetido anteriormente
no SCE. A qualidade e correcção dos dados introduzidos são da exclusiva responsabilidade do PQ
emissor.

Deverá ser garantida a introdução cuidada dos dados no formulário, por forma a que exista coerência
entre conceitos adoptados pelos vários PQs e uma boa apresentação gráfica da DCR/CE. Para este
efeito, os peritos qualificados deverão observar as indicações apresentadas nos próximos pontos
para cada um dos campos do formulário, bem como as especificações gerais comuns a todos os
passos do respectivo procedimento descritas no Anexo II do presente Guia.

No Anexo III ao presente Guia consta a lista de campos que compõe o modelo de dados para registo
e emissão de uma DCR/CE de edifícios de habitação ou pequenos edifícios de serviços no âmbito do
RCCTE, bem como a indicação da finalidade para que é utilizada a informação introduzida em cada
um desses campos.

Por fim, importa realçar eu todos os resultados e dados introduzidos no sistema para preenchimento
de DCR ou CE devem estar sempre devidamente justificados e suportados por evidências que
permitam confirmar, à posteriori, a informação fornecida ao sistema. Ao realizar o seu trabalho de
peritagem, o PQ deve ter sempre este aspecto em consideração, recolhendo os elementos
necessários e indispensáveis a uma eventual verificação em contexto de fiscalização. No caso de
edifícios existentes, o PQ deve recolher as evidências necessárias a este propósito, sempre na
perspectiva de que poderá não ser possível uma visita ao imóvel após a certificação e, como tal, os
elementos recolhidos (documentos, registos audiovisuais, etc.) devem ser suficientes para a
confirmação efectiva das opções tomadas.

No Anexo IV constam orientações relativas à aplicação do disposto no Art.º 20.º do RSECE,


inspecções periódicas a caldeiras, sistemas de aquecimento com caldeiras e equipamentos de ar
condicionado, no âmbito do SCE.

O Anexo V contém uma lista das designações que deverão ser adoptadas para indicação das
propostas de medidas de melhoria do desempenho energético dos edifícios no quadro síntese
disponível para este efeito no CE/DCR.

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2.1 SELECÇÃO DO TIPO DE DOCUMENTO A EMITIR E REGISTAR (PASSO 0)
De seguida, apresenta-se uma descrição sobre o tipo de informação pretendida nos vários campos
que compõem o formulário correspondente ao passo 0:

 “Situação do edifício”: Campo predefinido em que o PQ terá de seleccionar uma das


opções disponíveis relativas à situação do edifício ou fracção autónoma:

o novo;

o grande remodelação/reabilitação;

o existente;

o ruína/devoluto.

 “Tipo de documento a emitir e registar”: Campo predefinido em que o PQ terá de


seleccionar uma das opções disponíveis:

o DCR - para declarações de conformidade regulamentar de novos edifícios ou


fracções;

o 1º CE - para o primeiro certificado energético e da QAI de novos edifícios ou fracções


no final da construção;

o CE: para o certificado energético e da QAI de edifícios ou fracções existentes.

 “Tipo de edifício”: Campo predefinido em que o PQ terá de seleccionar uma das opções
disponíveis relativas ao tipo edifício ou fracção autónoma:

o HsC - Edifício de Habitação sem Sistemas de Climatização;

o HcC - Edifício de Habitação com Sistemas de Climatização;

o PESsC - Pequeno Edifício de Serviços sem Climatização;

o PEScC - Pequeno Edifício de Serviços com Climatização;

o GES - Grande Edifício de Serviços;

De notar que “Sem climatização” significa sem sistema(s) ou com sistema(s) com potência térmica
instalada igual ou inferior a 25 kW. “Com climatização” significa com sistema(s) com potência térmica
instalada superior a 25 kW.

Caso pretenda criar um CE no seguimento de uma DCR, deverá seleccionar a opção disponível e
indicar o n.º da DCR da mesma fracção ou edifício (“Validar Código”). O sistema irá validar se, nos
processos de registo de DCR do PQ, existe a DCR indicada, ajustando assim o valor da taxa de
registo aos 30% do valor total. Nas situações em que tenha sido outro PQ a emitir a DCR, não poderá
ocorrer a validação descrita, devendo o PQ consultar a ADENE para orientações sobre a forma de
proceder.

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Fig. 1 – Passo 0 para emissão e registo de CE/DCR

Fig. 2 – Passo 0 para emissão e registo de CE/DCR

2.2 IDENTIFICAÇÃO DO EDIFÍCIO OU FRACÇÃO AUTÓNOMA (PASSO 1)


De seguida, apresenta-se uma descrição sobre o tipo de informação pretendida nos vários grupos de
campos que compõem o formulário correspondente ao passo 1:

 “Número da DCR/CE”: Número de identificação da DCR/CE. Este campo é preenchido


automaticamente pelo sistema;

 Identificação Postal:

o “Morada/localização”: Indicar a morada postal do edifício ou fracção autónoma de


acordo com as evidências contidas em documentos oficiais. Eis alguns exemplos
ilustrativos de diferentes situações:

Exemplo 1 (identificação para o caso da certificação de uma fracção autónoma,


baseada na Certidão da Conservatória):

Avenida Miguel Torga 4 a 14, Empreendimento Jardins de Campolide, Lote 1, 3Esq

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Exemplo 2 (identificação para o caso da certificação de uma fracção autónoma,
baseada na Certidão da Conservatória):

Praceta Júlio Tomás 2, Espadanal, Fragosela

Exemplo 3 (identificação para o caso da certificação de um edifício de serviços a


construir, baseada na Certidão da Conservatória):

Madragoa, Loteamento Municipal de Ferreira, Zona Norte, Lote 48

Exemplo 4 (caso de uma moradia em cuja certidão da Conservatória e certidão da


matriz das Finanças consta não existir número de identificação e, durante a vistoria o
PQ ter confirmado que de facto não há número atribuído pela Câmara Municipal):

Rua Pedro Sintra sn, Portela

Nota: O PQ traduz esse facto indicando “sn”, significando “sem número”. Tal
procedimento evidencia que a ausência do número não resulta de lapso do PQ no
preenchimento do campo na Base de Dados. O acrónimo “sn” é facilmente entendível
pelos diversos destinatários/utentes do CE e também pelo carteiro, se o PQ ou o SCE
enviar correspondência para o local, porque no endereço da correspondência e na
Base de Dados consta também outra informação complementar para identificar
claramente o edifício, nomeadamente o nome do proprietário do edifício. Também
consta o número de matriz e a freguesia respectiva, bem como a identificação na
Conservatória, para efeitos de utilização por Notário e Conservador.

Exemplo 5 (caso anterior mas para a hipótese em que o PQ confirma na vistoria que,
de facto, já havia evidência suficiente e credível de que a Câmara Municipal já havia
atribuído o nº à moradia):

Rua Pedro Sintra 25, Portela

No campo de Observações e Notas, deve o PQ mencionar que confirmou a existência


do número oficial de identificação do edifício, para informação do Notário e de outros
utentes do CE.)

Nota: Em alguns empreendimentos urbanísticos modernos, o sistema de identificação


pode não ser o tradicional. Um exemplo já clássico é o do Parque das Nações em
Lisboa. Como sempre, o PQ baseia-se nos documentos oficiais (Finanças,
Conservatória, escritura oficial, etc.). Mas, até para sua orientação no caminho para o
local, o PQ deve procurar saber interpretar o sistema de identificação aplicado nesses
casos.

Se o PQ verificar existir evidência de erro no próprio documento oficial (lapso,


engano) que manifestamente põe em contradição a identificação real encontrada na
vistoria com a constante no documento oficial, deve optar pela designação da
evidência real, mas deve mencionar tal facto no campo “Observações e Notas” no
final da DCR/CE.

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o “Código postal”: Indicar o código postal do edifício ou fracção autónoma. Para
pesquisa ou verificação de qualquer código postal, pode utilizar a funcionalidade de
“Pesquisa de Código Postal”, disponível para esse efeito em www.ctt.pt. Enquanto
não introduza os últimos 3 dígitos, o sistema não preencherá automaticamente os
campos “Localidade”, “Freguesia”, “Concelho” e “Região”;

Fig. 3 – Confirmação de dados através da introdução Código Postal

o “Localidade”: Localidade onde se encontra o edifício ou fracção autónoma. Este


campo é preenchido automaticamente pelo sistema caso o código postal esteja
completo. Neste caso, os dados apresentados no formulário devem ser alvo de
verificação e confirmação por forma a prosseguir no preenchimento do formulário;

o “Freguesia”: Freguesia onde se encontra o edifício ou fracção autónoma. Este


campo é preenchido automaticamente pelo sistema caso o código postal esteja
completo. Neste caso, os dados apresentados no formulário devem ser alvo de
verificação e confirmação por forma a prosseguir no preenchimento do formulário;

o “Concelho”: Concelho onde se encontra o edifício ou fracção autónoma. Este


campo é preenchido automaticamente pelo sistema caso o código postal esteja
completo. Neste caso, os dados apresentados no formulário devem ser alvo de
verificação e confirmação por forma a prosseguir no preenchimento do formulário;

o “Região”: Região onde se encontra o edifício ou fracção autónoma, distinguindo


apenas entre Portugal Continental, Região Autónoma da Madeira e Região Autónoma
dos Açores. Este campo é preenchido automaticamente pelo sistema caso o código
postal esteja completo. Neste caso, os dados apresentados no formulário devem ser
alvo de verificação e confirmação por forma a prosseguir no preenchimento do
formulário;

o “Coordenadas GPS”: Indicar as coordenadas em latitude e longitude do local onde


está/será construído o imóvel. As coordenadas deverão ser apresentadas no formato

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decimal. No caso da emissão de DCR, para obtenção da licença ou autorização de
edificação, as coordenadas introduzidas deverão corresponder o ponto da soleira
principal.

Nem todos os sistemas de localização usam a notação decimal. Nos casos em que o
PQ utilize software ou medições expressas em medidas sexagesimais (graus,
minutos e segundos) deve o PQ fazer previamente a sua tradução para o sistema
decimal, fazer a verificação de que tal operação não contém qualquer erro de cálculo
e só depois introduzir as coordenadas na Base de Dados. Para esse efeito deve:

1. Dividir os segundos por 60

2. Somar os resultados aos minutos

3. Dividir os minutos por 60

4. Somar o resultado aos graus

Exemplo 1:

38.773558, -9.120883 (formato decimal)

Exemplo 2:

Coordenadas nas medidas sexagesimais: 38º 50’ 36’’, -9º 38’ 45.4’’

Cálculo auxiliar feito pelo perito manualmente ou em software de cálculo (devendo o


PQ não introduzir esse cálculo na Base de Dados e ter o cuidado de não introduzir
por “copy, paste” expressões usadas no cálculo auxiliar):

1. 36/60 = 0,6 (45,4/60 = 0,756667)

2. 0,6 + 50 = 50,6 (0,756667 + 38 = 38,756667)

3. 50,6/60 = 0,843333 (38,756667/60 = 0,645944)

4. 38+0,843333 = 38,843333 (9 + 0,645944 = 9,645944)

Formato decimal das coordenadas: 38,843333, -9.64594

 Identificação Registral

o “Imóvel inscrito na”: Indicar o n.º da conservatória do concelho onde o imóvel está
inscrito, colocando apenas o número (p.e. “1” e não “1ª”). O sistema fará a
composição necessária para surgir a indicação correcta. Quando se tratar de uma
conservatória única, inserir um hífen “-“. Caso não exista nº de Conservatória
seleccionar a opção “Conservatória única”.

o “Sob o n.º”: Indicar o n.º de inscrição do imóvel na conservatória referida


anteriormente. Máximo de 10 dígitos, apenas caracteres numéricos.

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 Identificação Fiscal

o “Código de Freguesia”: Indicar o conjunto de 6 (seis) dígitos que identifica a


Freguesia Fiscal correspondente ao imóvel. Após a introdução deste código, que
poderá ser consultado na Caderneta de Registo Predial do imóvel, concatenando os
2 dígitos relativos ao Distrito juntamente com os 2 dígitos relativos ao Distrito e os 2
dígitos relativos Freguesia, surge a indicação da freguesia que corresponde ao
código introduzido, O PQ deverá verificar se está correcta, antes de prosseguir. Caso
não exista informação relativa ao Código de Freguesia consultar a listagem das
freguesias fiscais disponível na zona de “Downloads”.

o “Artigo matricial n.º”: Indicar o n.º do artigo matricial correspondente ao imóvel. Se


o artigo for omisso, indicar “omisso”. Se for um artigo provisório, indicar “P”, seguido
do número

De seguida apresentam-se alguns exemplos ilustrativos da forma de aplicação da


regra anteriormente indicada:

Exemplo 1 (identificação para o caso da certificação de um edifício de serviços a


construir, com Artigo Provisório):

P12345

Exemplo 2 (identificação para o caso da certificação de uma fracção autónoma


existente):

1628

o “Fracção”: Indicar a identificação da fracção autónoma, utilizando a letra (ou


conjunto de letras) respectiva. No caso de edifícios já formalmente constituídos em
propriedade horizontal, deve evitar-se a utilização de quaisquer outras indicações
para além da(s) letra(s) identificativas.

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Nos casos de edifícios em propriedade horizontal, o PQ deve sempre preferir a
designação oficial da fracção e não a designação corrente, para identificar na Base
de Dados e no CE a fracção certificada.

No caso de edifícios ou facções de edifícios ainda não existentes ou aos quais ainda
não foi atribuído “número de polícia”, o perito deve sempre usar a evidência que
melhor se adapta às várias finalidades da Certificação Energética, apoiando-se
sempre que possível em documentos oficiais autênticos, nomeadamente processos
municipais de licenciamento. Deve sempre, nestes casos, mencionar no campo
“Observações e Notas” esta situação.

Também não é incomum ter ocorrido mudanças de designação toponímicas de


artérias públicas e até de números de polícia que ainda não foram actualizadas nos
documentos oficiais (Conservatória e/ou Finanças). O PQ deve sempre, optar pelas
evidências mais actuais, sem deixar de mencionar no campo “Observações e Notas”
tal situação.

Exemplo 1 (caso de edifício não em propriedade horizontal: terceiro andar, lado


Esquerdo):

3Esq

Exemplo 2 (idem, no caso em que a identificação verificada pelo PQ na vistoria ou em


eventual contrato de arrendamento, o modelo de identificação usado é deste tipo.
Este tipo de designação significa geralmente que o apartamento tem as portas
identificadas pela letra D e pela letra E, mas não costuma significar “Direito” nem
“Esquerdo”.):

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Piso 2 D-E

Exemplo 3 (Idem):

Piso 1, Sala 109

Exemplo 4 (exemplo de caso de edifício em propriedade horizontal, com grande


número de fracções autónomas, em que a identificação da fracção certificada,
constante na Certidão da Conservatória ou das Finanças ou na Escritura de
Constituição da Propriedade Horizontal ou no Regulamento do Condomínio ou da
Escritura de Aquisição ou outro documento idóneo é a correspondente a AX):

AX

Fig 4 – Código de freguesia Fiscal

o “Nº de identificação de prédio (NIP)” Indicar o n.º identificação de prédio (NIP), que
poderá ser consultado na Caderneta de Registo Predial, quando disponível.

 Identificação Municipal (Só aplicável em DCR ou 1º CE)

o “Nº de Processo: Indicar o n.º de processo atribuído pela entidade licenciadora.


Máximo de 9 dígitos, apenas caracteres numéricos.

o “Data de registo do processo”: Introduzir a data de registo que consta no processo


municipal no formato MM/AAAA.

o “Nº de Alvará de Licença/Autorização de Construção”: Introduzir o número de


alvará municipal de licença/autorização de construção, Máximo de 15 dígitos, apenas
caracteres numéricos.

o “Data de Alvará de Licença / Autorização de Construção”: Introduzir a data do


alvará municipal de licença/autorização de construção que consta no processo
municipal no formato MM/AAAA.

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 “Número de DCR/CE anterior”: N.º da DCR/CE que o presente documento vem substituir.
Campo preenchido automaticamente pelo sistema (apenas aplicável no caso de CE emitido
na sequência de uma DCR ou CE para a mesma fracção);

 “Validade do CE até”: Prazo de validade da DCR/CE. Campo preenchido automaticamente


pelo sistema (DCR não tem prazo de validade e CE tem a validade de 10 anos);

 “Foto do imóvel”: Inserir uma fotografia do imóvel até 150 KB no formato JPG. No caso de o
edifício não estar construído (emissão de DCR) deve ser utilizada uma imagem do alçado
principal do imóvel ou fracção (onde se encontra a porta principal de entrada). No caso de
edifícios já construídos, a imagem deve identificar claramente o imóvel. Não são aceites
fotografias do imóvel que não tenham sido tiradas pelo PQ no momento da visita (por
exemplo, fotografias aéreas obtidas no Google Maps, fotografias tiradas pelo proprietário,
etc.).

Fig. 7 – Passo 1 para emissão e registo de CE/DCR

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 14
Toda a informação de identificação do imóvel deve ser rigorosa e sem erros, de forma a permitir:

 a correcta pesquisa e validação da existência do documento no Portal SCE, possibilitando a


qualquer utilizador confirmar a validade do documento em versão impressa ou digital;

 o processo de consulta e integração de informação com outras bases de dados como, por
exemplo, a base de dados do Registo Predial para identificação das transacções que não
foram acompanhadas de certificado e com os serviços de IRS para validação da atribuição
dos incentivos previstos para os edifícios classes A e A+.

O PQ deve também ter em particular atenção os casos de DCR ou de 1º CE de edifícios novos, em


que os dados a introduzir devem corresponder à melhor informação disponível no momento da
emissão.

Importa realçar que o PQ deve sempre diligenciar no sentido de obter do proprietário ou promotor as
evidências necessárias para demonstrar a correcta identificação do imóvel na DCR ou CE emitido.
Nos casos em que não exista informação disponível para algum dos campos atrás indicados, o PQ
deve:

i. suportar-se das evidências necessárias à demonstração de que diligenciou no sentido de obter


do proprietário os referidos elementos e/ou que existe uma indicação por parte do proprietário do
imóvel;

ii. explicitar e justificar a inexistência de informação no campo para “Observações” na DCR ou CE.

Nos casos em que as duas condições anteriores não se verifiquem, será considerado que qualquer
erro ou omissão na informação na DCR/CE é da responsabilidade do PQ, incluindo a eventual
necessidade de anulação do documento e substituição por outro corrigido.

2.3 IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO/PROMOTOR E DOS TÉCNICOS ENVOLVIDOS (PASSO


2)
De seguida, apresenta-se uma descrição sobre o tipo de informação pretendida nos vários campos
que compõem o formulário correspondente ao passo 2:

 Proprietário/promotor:

o “Nome /designação”: Indicar o nome do proprietário/promotor ou, caso seja uma


empresa, a sua designação;

o “Endereço”: Indicar residência/sede do proprietário/promotor;

o “Contacto(s) telefónico(s)”: Indicar contactos telefónicos do proprietário/promotor;

o “E-mail”: Indicar endereço de correio electrónico do proprietário/promotor;

o “Número do registo profissional”: Indicar n.º de registo profissional do promotor.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 15
Futuramente, será também solicitado o n.º de identificação fiscal do proprietário do imóvel no
momento em que é emitida a DCR ou o CE.

 Técnico responsável pelo projecto:

o “Nome do técnico”: Indicar o nome do técnico responsável pela demonstração do


cumprimento das exigências decorrentes do RCCTE, de acordo com o artigo 13.º do
referido regulamento. No caso de DCR e 1º CE de edifícios novos, o PQ deve
necessariamente preencher este campo; nos CE de edifícios existentes, sempre que
disponível, o PQ deve indicar também esta informação.

o “Ordem ou associação profissional”: Indicar a ordem ou associação profissional


onde o técnico está inscrito. Campo de preenchimento facultativo. No caso de DCR e
1º CE de edifícios novos, o PQ deve necessariamente preencher este campo; nos CE
de edifícios existentes, sempre que disponível, o PQ deve indicar também esta
informação.

o “Número de Membro da Ordem ou Associação Profissional”: Indicar o n.º de


inscrição do técnico na respectiva ordem ou associação profissional. Campo de
preenchimento facultativo. No caso de DCR e 1º CE de edifícios novos, o PQ deve
necessariamente preencher este campo; nos CE de edifícios existentes, sempre que
disponível, o PQ deve indicar também esta informação.

o “Empresa ao serviço da qual interveio neste projecto”: Indicar o n.º nome da


empresa ao serviço da qual o técnico responsável pelo projecto interveio. Campo de
preenchimento facultativo.

 Técnico responsável pela obra:

o “Nome do técnico”: Indicar o nome do técnico responsável pela direcção técnica da


obra. No caso de 1º CE de edifícios novos, o PQ deve necessariamente preencher
este campo; nos CE de edifícios existentes, sempre que disponível, o PQ deve
indicar também esta informação.

o “Ordem ou associação profissional”: Indicar a ordem ou associação profissional


onde o técnico está inscrito. No caso de 1º CE de edifícios novos, o PQ deve
necessariamente preencher este campo; nos CE de edifícios existentes, sempre que
disponível, o PQ deve indicar também esta informação.

o “Número de Membro da Ordem ou Associação Profissional”: Indicar o n.º de


inscrição do técnico na respectiva ordem ou associação profissional. No caso de 1º
CE de edifícios novos, o PQ deve necessariamente preencher este campo; nos CE
de edifícios existentes, sempre que disponível, o PQ deve indicar também esta
informação.

o “Nº de Alvará no IMOPPI da Empresa”: Indicar o n.º de alvará no InCI (ex-IMOPPI)


da empresa na qual o técnico pertence. No caso de 1º CE de edifícios novos, o PQ

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 16
deve necessariamente preencher este campo; nos CE de edifícios existentes, sempre
que disponível, o PQ deve indicar também esta informação.

o “Empresa ao serviço da qual interveio nesta obra”: Indicar o nome da empresa


ao serviço da qual o técnico responsável pela obra interveio. No caso de 1º CE de
edifícios novos, o PQ deve necessariamente preencher este campo; nos CE de
edifícios existentes, sempre que disponível, o PQ deve indicar também esta
informação.

Fig. 8 – Passo 2 para emissão e registo de CE/DCR

2.4 CARACTERIZAÇÃO DO EDIFÍCIO OU FRACÇÃO AUTÓNOMA (PASSO 3)


De seguida, apresenta-se uma descrição sobre o tipo de informação pretendida nos vários campos
que compõem o formulário correspondente ao passo 3:

 “Tipologia”: Campo predefinido em que o PQ terá seleccionar uma das opções disponíveis
relativas à tipologia do edifício ou fracção autónoma, sabendo que o tipo de fogo é definido
pelos n.º de quartos de dormir, de acordo com a definição constante no n.º 5 do Art.º 66 do
RGEU: Não aplicável, T0, T1, T2, T3, etc. No caso de PESsC este campo é preenchido
automaticamente e bloqueado com a opção “Não aplicável”;

 “Ano de construção”: Indicar o ano de construção do edifício. No caso de uma DCR, não
preencher este campo. Nas restantes situações, o PQ deve necessariamente preencher este
campo, tendo por base a melhor informação disponível;

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 17
 “Área útil de pavimento”: Indicar a área útil de pavimento do edifício ou da fracção
autónoma.

No caso de CEs de edifícios existentes, o perito qualificado, deve tentar obter evidência do
valor considerado, utilizando para o efeito desenhos de arquitectura, esquema de
levantamento dimensional devidamente cotado ou fotografia com sobreposição de fita métrica
sobre um elemento construtivo (quando não é possível efectuar uma visita ao local pela
fiscalização) que permita confirmar os valores indicados no referido levantamento ou desenho
de arquitectura;

 “Pé-direito médio ponderado”: Indicar o pé-direito calculado pela altura média, medida pelo
interior, entre o pavimento e o tecto, dos vários espaços do edifício ou fracção autónoma,
devidamente ponderado pelas áreas.

No caso de CEs de edifícios existentes, o perito qualificado, deve tentar obter evidência do
valor considerado, utilizando para o efeito desenhos de arquitectura, esquema de
levantamento dimensional devidamente cotado ou fotografia com sobreposição de fita métrica
sobre uma parede;

 “Inércia térmica”: Campo predefinido em que o PQ terá de seleccionar a inércia térmica do


edifício, podendo esta ser:

o Fraca;

o Média;

o Forte.

No caso de CEs de edifícios existentes, o PQ deve obter evidências que suportem o tipo de
inércia considerado para a fracção em análise, como por exemplo fotografias ilustrativas de
todos os revestimentos superficiais das diferentes soluções construtivas;

 “Descrição sucinta do edifício ou fracção autónoma”: Descrever, de forma sucinta a


fracção, começando pela descrição da localização do edifício, seguida da descrição do
edifício onde se insere a fracção a certificar e, por último, a fracção em si. Esta descrição
deve conter entre 500 e 1000 caracteres (incluindo espaços) e permitir uma rápida e efectiva
identificação do imóvel em estudo e da sua zona envolvente, bem como das principais
características que afectam o desempenho energético do mesmo.

Esta descrição deve proporcionar ao proprietário uma rápida associação ao imóvel em


estudo, em particular aos elementos que influenciam o desempenho e que são familiares aos
ocupantes, sem necessidade de consulta detalhada das restantes partes descritas do
documento. Neste contexto, é expectável que alguns elementos sejam repetidos nesta
descrição sucinta e no restante DCR/CE.

Assim, nesta descrição é obrigatória a referência a (entre outros elementos):

o tipo de utilização (habitação, serviços ou misto);

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 18
o n.º de pisos e n.º de corpos distintos que constituem o edifício (se existirem);

o situação da fracção face a outras fracções ou edifícios adjacentes (por exemplo,


entre pisos, último piso, r/c sobre garagem, etc.)

o orientação das fachadas;

o principais espaços não úteis na fracção ou em contacto com a mesma (garagens,


armazens, lojas, etc) e por onde ocorrem as perdas térmicas mais significativas

o inércia térmica;

o sombreamentos;

o tipologia (n.º de quartos);

o compartimentos da fracção autónoma em estudo;

o tipos de sistemas de climatização e de produção de AQS e formas de energia


utilizadas;

o tipo de ventilação (natural ou mecânica)

o toda a informação que achar relevante para a caracterização do edifício e da fracção


autónoma em estudo.

Exemplo:

Fracção de habitação de um edifício unifamiliar composto por dois pisos, um dos quais em
cave e destinado a estacionamento, localizado em Pardais, concelho de Vila Viçosa, numa
zona abrangida por gás natural. A fracção possui fachadas na orientação Nascente/Poente, e
não existem quaisquer obstáculos/edifícios que provoquem sombreamento. A fracção
autónoma é de tipologia T4, composta por uma sala de jantar, uma cozinha, despensa, quatro
quartos, três instalações sanitárias e uma garagem na cave, apresenta inércia térmica forte e
a ventilação processa-se de forma natural. Como sistema de arrefecimento encontra-se
instalado um sistema multi-split com EER 3. O sistema de aquecimento e de produção de
águas quentes sanitárias é uma caldeira mural com exaustão natural alimentada a gás
natural.

 “Zona climática de Inverno”: Indicar a zona climática de Inverno de acordo com o Anexo III
do DL 80/2006;

 “Zona Climática de Verão”: Indicar a zona climática de Verão de acordo com o Anexo III do
DL 80/2006;

 “Altitude”: Indicar a altitude medida em metros do local onde se encontra o edifício.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 19
Fig. 9 – Passo 3 para emissão e registo de CE/DCR

2.5 NECESSIDADES NOMINAIS DE ENERGIA E EMISSÕES DE CO2 ASSOCIADAS (PASSO 4)


De seguida, apresenta-se uma descrição sobre o tipo de informação pretendida nos vários campos
que compõem o formulário correspondente ao passo 4:

 Aquecimento:

o “Necessidades nominais de energia útil para aquecimento (Nic)”: Indicar o valor


2
das necessidades nominais de energia útil para aquecimento em kWh/(m .ano) de
acordo com o Anexo IV do DL 80/2006;

o “Valor limite para as necessidades nominais de energia útil para aquecimento


(Ni)”: Indicar o valor limite para as necessidades nominais de energia útil para
2
aquecimento em kWh/(m .ano) de acordo com o Artigo 15.º do DL 80/2006.

 Arrefecimento:

o “Necessidades nominais de energia útil para arrefecimento (Nvc)”: Indicar o


2
valor das necessidades nominais de energia útil para arrefecimento em kWh/(m .ano)
de acordo com o Anexo V do DL 80/2006;

o “Valor limite para as necessidades nominais de energia útil para arrefecimento


(Nv)”: Indicar o valor limite para as necessidades nominais de energia útil para
2
arrefecimento em kWh/(m .ano) de acordo com o Artigo 15.º do DL 80/2006.

 Preparação de AQS:

o “Necessidades nominais de energia útil para preparação de AQS (Nac)”: Indicar


o valor das necessidades nominais de energia útil para preparação de AQS em
2
kWh/(m .ano) de acordo com o Anexo VI do DL 80/2006;

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 20
o “Valor limite para as necessidades nominais de energia útil para preparação de
AQS (Na)”: Indicar o valor limite para as necessidades nominais de energia útil para
2
preparação de AQS em kWh/(m .ano) de acordo com o Artigo 15.º do DL 80/2006.

 Energia primária:

o “Necessidades nominais globais de energia primária (Ntc)”: Indicar o valor das


2
necessidades nominais globais de energia primária em kgep/(m .ano) de acordo com
o Artigo 15.º do DL 80/2006;

o “Valor limite para as necessidades nominais globais de energia primária (Nt)”:


Indicar o valor limite para as necessidades nominais globais de energia primária em
2
kgep/(m .ano) de acordo com o Artigo 15.º do DL 80/2006;

o “Classe energética calcula pelo sistema”: Este campo é preenchido


automaticamente pelo sistema com base nos valores de Ntc e Nt introduzidos;

o “Emissões de CO2 associadas às necessidades nominais globais de energia


primária da fracção autónoma ou edifício”: Este campo é de preenchimento
automático pelo sistema em resultado da multiplicação do valor de Ntc por factor de
0,0012 toneladas equivalentes de CO2 por kgep e pela área útil do edifício.

Fig. 10 – Passo 4 para emissão e registo de CE/DCR

2.6 ENVOLVENTE OPACA (PASSO 5)


De seguida, apresenta-se uma descrição sobre o tipo de informação pretendida nos vários campos
que compõem o formulário correspondente ao passo 5:

 “Tipo de elemento da envolvente”: Campo predefinido em que o PQ terá seleccionar uma


das opções disponíveis relativas ao tipo de elemento da envolvente:

o fachada exterior;

o cobertura exterior;

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 21
o pavimento sobre o exterior;

o parede interior;

o pavimento interior;

o cobertura interior;

o ponte térmica plana.

 “Descrição dos elementos da envolvente”: Descrever, de forma sucinta, o elemento da


envolvente, referindo:
o a sua localização (exterior ou interior)
o o tipo de solução construtiva (p.e, parede dupla de alvenaria, parede simples de
cantaria, parede de taipa, etc.), incluindo referência à existência ou não de
isolamento (incluindo localização – exterior, caixa de ar ou interior), a espessura total
da parede e a cor da pintura exterior (quando aplicável), bem como outra informação
geral considerada relevante para a caracterização da solução;
o a descrição das diferentes camadas que compõem a solução, explicitando, para cada
camada, os seguintes elementos:
o Material;
o Espessura;
o Massa volúmica;
o Coeficiente de condutibilidade térmica ou resistência térmica;
o Outra informação considerada relevante.

No caso de CEs de edifícios existentes, deverão ser apresentadas evidências documentais


de que foi solicitado ao proprietário ou a outra entidade, qualquer informação sobre as
características da envolvente (por exemplo ficha técnica da habitação, processo de
licenciamento camarário, etc…). Os registos fotográficos apresentados deverão permitir
sustentar a aproximação considerada na solução preconizada pela NT-SCE-01 (por exemplo,
fotografia ilustrativa da espessura da parede).

Nesta descrição não deverá ser feita menção ao D.L. 80/2006, aos ITE 50/54 ou à Nota
Técnica SCE 01, como substituição da descrição da solução construtiva. Essa referência
apenas poderá ser feita como complemento à descrição detalhada de acordo com as regras
acima indicadas. A indicação de que foram utilizadas essas ou outras referências deve ser
feita, preferencialmente, no campo de “Observações” no final da DCR ou CE.

Poderá acrescentar elementos da envolvente, através da opção “Acrescentar Envolvente”. De


forma idêntica, poderá eliminar elementos da envolvente que tenha introduzido e não queira
manter através da opção “Eliminar Envolvente”.

Exemplo 1 (DCR/especificações técnicas fabricante):

Ponte Térmica Plana (pilares) de 38,5 cm, isolada pelo exterior, composta (do interior para o
3
exterior) por 0,015 m de estuque de gesso fino projectado de elevada dureza de 1500 kg/m e

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 22
coeficiente de condutibilidade térmica 0,56 W/(m.ºC); pilar em betão armado com 0,30 m de
espessura e coeficiente de condutibilidade térmica 2,00 W/(m.ºC); isolamento térmico fixado
mecanicamente com 50 mm de espessura, constituído por 4 cm de poliestireno expandido
moldado com 15 kg/m3, ligado a uma camada de um compósito alveolar de fibras de madeira
aglutinadas por cimento com 1 cm de espessura e resistência térmica 1,10 m2.ºC/W. No
exterior a parede é rebocada com 0,02 m de argamassa convencional com coeficiente de
condutibilidade térmica 1,30 W/(m.ºC), pintada a cor de laranja e a cinzento (será considerada
cor média).

Exemplo 2 (DCR/ITE 50):

Parede Exterior em alvenaria dupla de 34 cm de espessura, com isolamento na caixa-de-ar,


constituída (do interior para o exterior) por estuque projectado com massa volúmica aparente
seca de 1000 kg/m3, espessura de 0,01 m e coeficiente de condutibilidade térmica de 0,43
W/(m.ºC); pano de alvenaria de tijolo furado com 0,11 m de espessura e resistência térmica
de 0,27 m2.ºC/W; isolamento térmico em poliestireno expandido extrudido - XPS com 0,03 m
de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 0,037 W/(m.ºC) preenchendo
parcialmente a caixa-de-ar e fixado na face exterior do pano interior de alvenaria; caixa-de-ar
não ventilada com 0,05 m de espessura; pano de alvenaria de tijolo furado com 0,15 m de
espessura e resistência térmica de 0,39 m2.ºC/W; reboco exterior pintado à cor branca com
0,02 m de espessura e coeficiente de condutibilidade térmica de 1,3 W/(mºC).

Exemplo 3 (Ficha Técnica Habitação):

Parede Exterior em alvenaria dupla com 34 cm de espessura, com isolamento na caixa-de-ar,


constituída (do interior para o exterior) por estuque projectado com 0,01 m de espessura;
pano de alvenaria de tijolo furado com 0,11 m de espessura; isolamento térmico em
poliestireno expandido - EPS com 0,04 m de espessura e preenchendo parcialmente a caixa-
de-ar; caixa-de-ar ventilada com 0,05 m de espessura; pano de alvenaria de tijolo furado com
0,15 m de espessura; reboco exterior de cor branca com 0,02 m de espessura.

Exemplo 4 (ITE 54):

Parede Exterior em parede simples de cantaria de calcário, com uma espessura total da
parede de 0,60 m, sem qualquer isolamento térmico, com revestimento interior em estuque
tradicional com uma espessura expectável entre 15 a 30 mm.

Exemplo 5 (NT-SCE-01):

Parede Exterior em alvenaria de tijolo furado revestida exteriormente a azulejo de cor branca
e pelo interior a estuque (anterior a 1960), com uma espessura total da parede de 0,30 m.

 “Coeficiente de transmissão térmica superficial (U)”: Indicar o valor do coeficiente de


2
transmissão térmica superficial em W/(m .ºC) da solução adoptada para o elemento da
envolvente. No caso de CE de edifícios existentes, o valor de U a inserir neste campo não
deve ser majorado (para compensar as pontes térmicas planas).

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 23
 “Coeficiente de transmissão térmica superficial máximo (Umax)”: Indicar o valor do
2
coeficiente de transmissão térmica superficial máximo em W/(m .ºC) para o elemento da
envolvente, de acordo com o anexo IX do RCCTE.

No caso de CE de edifícios existentes, apesar de estes não estarem sujeitos a requisitos


mínimos de valor de Umax, também deve ser indicado este valor máximo, de forma a constituir
referência para o proprietário em relação à maior ou menor qualidade térmica destes
elementos. Nessas situações, deve ser incluída uma explicação no campo de “Observações e
Notas” no final do CE, referindo que os valores máximos para os coeficientes de transmissão
térmica indicados nos certificados apenas são aplicáveis a novos edifícios e que, para
edifícios existentes, devem ser tomados como referência para efeitos de identificação de
oportunidades de melhoria.

Fig. 11 – Passo 5 para emissão e registo de CE/DCR

2.7 VÃOS ENVIDRAÇADOS NÃO ORIENTADOS A NORTE E ENVIDRAÇADOS HORIZONTAIS


(PASSO 6)
De seguida, apresenta-se uma descrição sobre o tipo de informação pretendida nos vários campos
que compõem o formulário correspondente ao passo 6.

A descrição dos vãos deverá contemplar todos os vãos existentes, incluído os vãos a Norte e os vãos
interiores. Nos vãos orientados a Norte, apenas deve ser colocada o factor solar da solução, não se
preenchendo o campo do valor máximo regulamentar. Nos vãos interiores, não colocar valores para
factor solar da solução, nem para o factor solar máximo regulamentar.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 24
 “Descrição do vão envidraçado”: Descrever, de forma sucinta, o vão envidraçado, sendo
obrigatória a referência a:

o localização (por exemplo, a(s) orientação(ões) da(s) fachada(s) onde existe este tipo
de vão e/ou o(s) compartimento(s) que serve). e posição do vão (se for horizontal);

o tipo de vão envidraçado (vão simples, vão duplo);

o tipo de caixilharia;

o tipo de abertura do vão;

o tipo de vidro (vidro simples corrente ou outro simples, devendo este último ser
devidamente descrito, nomeadamente com a sua espessura e outras características
relevantes; vidro duplo corrente ou outro duplo, devendo este último especificar a
espessura e características dos vários elementos e descrever a espessura da lâmina
de ar);

o tipo e características dos dispositivos de protecção solar existentes;

o tipo e características dos dispositivos e elementos de sombreamento relevantes.


Caso existam diferentes dispositivos ou elementos a afectar o mesmo vão, estes
devem ser referidos no mesmo campo descritivo;

o valor do coeficiente de transmissão térmica do vão envidraçado;

o outra informação relevante para a caracterização da solução.

Poderá acrescentar vários tipos de vão envidraçados, através da opção “Acrescentar Vão
Envidraçado”. De forma idêntica, poderá eliminar vários tipos de vão envidraçado que
tenha introduzido e não queira manter através da opção “Eliminar Vão envidraçado”.

Exemplo 1 (DCR/vidro especial):

Vão Simples inserido nas fachadas nordeste e sudoeste (cozinha e sala de estar), com
caixilharia de alumínio de correr com corte térmico, sem classificação de permeabilidade ao
ar, com vidro duplo colorido com baixa emissividade, com espessura da lâmina de ar com 16
mm preenchida com árgon, protecção solar exterior por estores venezianos com lâminas
orientáveis de cor clara, com coeficiente de transmissão térmica (U) igual a 2,2 W/(m2.ºC).

Exemplo 2 (DCR/ITE 50):

Vão Simples inserido na fachada Sul (quartos e sala de estar), em caixilharia metálica de
correr com corte térmico, sem classificação de permeabilidade ao ar, com vidro duplo colorido
na massa de 5 mm + incolor de 6 mm com lâmina de ar de 16 mm), protecção solar exterior
com persianas de réguas plásticas de cor clara, com coeficiente de transmissão térmica (U)
igual a 2,5 W/(m2.ºC).

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 25
Exemplo 3 (Ficha Técnica Habitação)

Vão Simples inserido na fachada oeste (instalações sanitária), sombreado parcialmente pela
varanda da fracção superior, em caixilharia de madeira, sem classificação de permeabilidade
ao ar, vidro duplo incolor corrente (espessura da lâmina de ar de 16 mm), protecção solar
interior com cortina opaca de cor clara, com coeficiente de transmissão térmica (U) igual a 2,4
W/(m2.ºC).

Exemplo 4 (Vão interior)

Vão Simples em contacto com lavandaria (local não aquecido), em caixilharia em PVC
giratória, com vidro simples incolor corrente e coeficiente de transmissão térmica (U) igual a
3,4 W/(m2.ºC).

Exemplo 5 (Vão a norte)

Vão Simples inserido na fachada norte (cozinha), em caixilharia de PVC, sem classificação de
permeabilidade ao ar, com vidro duplo incolor corrente (espessura da lâmina de ar de 6 mm),
protecção solar interior com cortina opaca de cor média, com coeficiente de transmissão
térmica (U) igual a 2,9 W/(m2.ºC).

 “Coeficiente de transmissão térmica superficial (U)”: Indicar o valor do coeficiente de


2
transmissão térmica superficial em W/(m .ºC) da solução adoptada para o vão envidraçado.
Deve preencher este campo independentemente de ter já indicação o valor de U na descrição
do vão envidraçado;

 “Factor solar do vão envidraçado”: Indicar o valor do factor solar (entre 0 e 1, com duas
casas decimais) do vão envidraçado com a protecção 100% activada;

 “Factor solar máximo admissível do envidraçado”: Indicar o valor do factor solar máximo
admissível (com duas casas decimais) do envidraçado, de acordo com o anexo IX do
RCCTE.

No caso de CE de edifícios existentes, apesar de estes não estarem sujeitos a requisitos de


valor de factor solar máximo admissível, também deve ser indicado este valor máximo, de
forma a constituir referência para o proprietário em relação à maior ou melhor qualidade
térmica destes elementos. Nessas situações, deve ser incluída uma explicação no campo de
“Observações” no final do CE, referindo que os valores para o factor solar máximo admissível
indicados nos certificados apenas são aplicáveis a novos edifícios e que, para edifícios
existentes, devem ser tomados como referência para efeitos de identificação de
oportunidades de melhoria.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 26
Fig. 12 – Passo 6 para emissão e registo de CE/DCR

2.8 CLIMATIZAÇÃO (PASSO 7)


De seguida, apresenta-se uma descrição sobre o tipo de informação pretendida nos vários campos
que compõem o formulário correspondente ao passo 7:

 “Tipo sistema”: Campo predefinido em que o PQ terá seleccionar uma das opções
disponíveis relativas ao tipo de sistemas de climatização:

o Não dispõe;

o Sistema Centralizado;

o Unidades Individuais;

o Sistema Centralizado + Unidades Individuais.

 “Tipo de climatização”: Campo predefinido em que o PQ terá seleccionar uma das opções
disponíveis relativas ao tipo de climatização:

o aquecimento;

o arrefecimento;

o aquecimento e arrefecimento.

 Aquecimento:

o “Potência total para aquecimento”: Indicar a potência térmica total acumulada


do(s) sistema(s) de produção de energia térmica para aquecimento em kW.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 27
No caso de sistema(s) tipo bomba de calor considerar potência térmica da(s)
unidade(s) exterior(es) e no caso de sistemas de aquecimento central por caldeira
considerar a potencia térmica da(s) caldeira(s).

Caso se trate de um sistema centralizado ao nível do edifício (várias fracções


servidas pela mesma unidade de produção), a potência a indicar para a fracção
deverá ser a soma das potências térmicas das unidades interiores. Apenas no caso
de não ser possível obter esta informação, poderá determinar, de forma aproximada,
a potência para cada fracção mediante ponderação da potência global da unidade
exterior pela área de cada fracção. Nestes casos, o PQ deve fazer referência
explícita a este pressuposto no campo “Observações e Notas” no final da DCR/CE.

No caso de existir mais do que um sistema de aquecimento, indicar a soma das


potências dos sistemas individuais.

 Sistema de aquecimento:

o “Tipo de sistema de aquecimento”: Campo predefinido em que o PQ terá de


seleccionar uma das opções disponíveis relativas ao tipo de sistema de aquecimento:
caldeira, bomba de calor, sistema split, multisplit ou VRV. Caso a solução não
apareça nas opções pré-definidas, seleccionar a opção ”outro”;

o “Descrição do sistema de aquecimento”: Descrever, de forma sucinta, o sistema


de aquecimento, com referência obrigatória ao:

 Tipo, potência térmica, rendimento/COP e combustível/forma de energia


usada no sistema de produção de energia térmica;

 tipo, número e características de equipamentos utilizados para distribuição e


emissão de energia térmica nos espaços;

 sistemas e dispositivos de medição e controlo das instalações;

 indicação das divisões ou espaços da fracção/edifício climatizados por este


sistema;

 data de instalação ou idade aproximada do sistema;

 estado de conservação e de funcionamento dos equipamentos, com


verificação da existência (ou não) de evidências da realização de
manutenção periódica e de eventuais intervenções recentes para
melhoria/correcção;

 verificação da existência (ou não) de evidências da realização da inspecções


periódicas obrigatórias para os casos descritos no Anexo IV.

Nesta descrição não deverá ser feita menção ao D.L. 80/2006 ou à Nota Técnica SCE
01, como substituição da descrição do sistema de aquecimento. Tais referências
apenas poderão ser feitas como complemento à descrição, de acordo com as regras

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 28
acima indicadas. A indicação de que foram utilizadas essas ou outras referências
deve ser feita, preferencialmente, no campo de “Observações” no final da DCR ou
CE.
Quando existir mais do que um sistema deve descrever os vários sistemas através da
opção “Acrescentar sistema de aquecimento”. De forma idêntica, poderá eliminar
vários tipos de sistemas de aquecimento que tenha introduzido e não queira manter
através da opção “Eliminar sistema de aquecimento”.

Exemplo 1 (DCR/Sistema aquecimento central com caldeira e radiadores)

Caldeira mural ventilada para aquecimento central, com uma potência térmica de 24,1
kW, eficiência a 30% da carga nominal de 89,4 %, alimentada a gás natural,
interligada a 12 radiadores distribuídos pelas várias divisões que compõem a fracção
(sala de estar, quartos, cozinha, circulações e instalações sanitárias) através de
tubagens de cobre isoladas com espuma elastomérica com 19 mm de espessura,
sendo o fluido de transporte água e controlado através de válvulas termostáticas.

Exemplo 2 (DCR/Ar condicionado - bomba de calor):

Sistema do tipo split, reversível (bomba de calor), instalado nas divisões principais da
fracção autónoma (sala de estar, quartos e suite), composto por 4 unidades exteriores
e 4 unidades interiores tipo mural, cada uma com potência térmica para aquecimento
de 3,5 kW e 3,0 kW para arrefecimento, com eficiência em modo de aquecimento
(COP) de 2,72 e arrefecimento (EER) 2,56. O controlo dos equipamentos é realizado
através de termóstatos instalados nas várias divisões.

Exemplo 3 (CE/sistema eléctrico)

Acumuladores de calor eléctricos (4 unidades) instalados nas divisões principais da


fracção autónoma (sala de estar, quartos e suite), cada uma com potência térmica de
1,5 kW e eficiência de 100%. O controlo dos equipamentos é realizado através de
comandos digitais instalados nas várias divisões. Os equipamentos, instalados e
colocados em funcionamento em 2006, apresentam um bom estado de conservação.

Exemplo 4 (CE/Sistema aquecimento central com bomba de calor e pavimento


radiante):

Sistema de aquecimento ambiente para as divisões principais da fracção autónoma


(sala de estar, quartos e suite), composto uma bomba de calor ar-água, com potência
térmica para aquecimento de 13,5 kW, eficiência em modo de aquecimento (COP) de
3,72, interligada aos circuitos hidráulicos distribuídos pelas várias divisões que
compõem a fracção (sala de estar, quartos, cozinha, circulações e instalações
sanitárias) através de tubagens de polietileno reticulado (PEX), aplicados sobre
placas de isolamento térmico. O fluido de transporte é água, sendo controlado através
de uma central electrónica digital, interligada a um sonda exterior, sonda de impulsão,
sondas de temperatura ambiente, válvulas de 3 vias com cabeças electrotérmica. O

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sistema foi instalado e colocado em funcionamento em 2006, possuindo manutenção
periódica realizada por técnicos devidamente habilitados para o efeito. O plano de
manutenção encontra-se actualizado, tendo sido agendada a próxima revisão em
Março de 2010. A inspecção periódica ao equipamento de produção de energia
térmica foi realizada em Março de 2009, no âmbito das actividades previstas no plano
de manutenção, tendo sido apresentada a Ficha n.º 10, definida no Anexo V do
RSECE, com indicação da eficiência nominal. A próxima inspecção ao equipamento
deverá ser realizada até Março de 2012.

Exemplo 5 (CE/NT-SCE-01):

Sistema de multi-split, tipo bomba de calor, composto por uma unidade exterior e
cinco unidades interiores tipo mural, instaladas nas divisões principais da fracção
autónoma (sala de estar, quartos e suite). O controlo dos equipamentos é realizado
através de termóstatos instalados nas várias divisões. O sistema, instalado e
colocado em funcionamento em 1998, apresenta um evidente estado de degradação,
pelo que se sugere que seja realizada a manutenção ao equipamento, incluindo
limpeza e substituição de todos os componentes imprescindíveis para o seu correcto
funcionamento. Visto que não foi possível aferir as especificações técnicas dos
equipamentos, considerou-se as eficiências definidas no Anexo VIII, da NT-SCE-01,
COP 3,25 e EER 2,75.

o “Fracção das necessidades nominais de energia útil para aquecimento do


edifício satisfeitas por este sistema: Indicar a razão entre energia útil fornecida por
este sistema em particular e as necessidades nominais totais de energia útil para
aquecimento do edifício ou fracção (entre 0 e 1, com duas casas decimais). No caso
de ser o único sistema de aquecimento instalado, indicar 1;

Exemplo 1 (Bomba de calor + caldeira)

Sistema de aquecimento composto por bomba de calor para climatização de sala de


jantar, representando 30% da área útil de pavimento da fracção e aquecimento
central composto por caldeira e radiadores para os restantes espaços,
correspondendo a 70% da área útil de pavimento.

Fracção das necessidades nominais de energia útil para aquecimento do edifício


satisfeitas pela bomba de calor => 0,3;

Fracção das necessidades nominais de energia útil para aquecimento do edifício


satisfeitas pelo sistema de aquecimento central => 0,7.

o “Combustível / Fonte de energia convencional utilizada pelo sistema para


aquecimento”: Campo predefinido em que o PQ terá de seleccionar uma das
opções disponíveis relativas ao tipo de combustível utilizado pela solução proposta:
Electricidade, GPL, gás natural, gás propano, gás butano, gasóleo, biomassa, outros
combustíveis gasosos, líquidos ou sólidos;

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o “Potência do sistema de aquecimento”: Indicar a potência térmica instalada deste
sistema de aquecimento em particular, em kW. Caso exista apenas um sistema de
aquecimento, este valor será igual ao valor indicado no campo “Potência total para
aquecimento”;

o “Rendimento do sistema de aquecimento (ηi_sistema)”: Indicar o rendimento do


grupo de produção de energia térmica utilizado neste sistema de aquecimento (entre
0 e 1, com duas casas decimais). Preencher apenas caso tenha seleccionado
caldeira ou outros equipamentos no campo “Tipo de sistema de aquecimento”.

o “COP”: Indicar o coeficiente de desempenho da unidade de produção de energia


térmica utilizada no sistema de aquecimento. Preencher apenas caso tenha
seleccionado bomba de calor, sistema split, multisplit ou VRV no campo “Tipo de
sistema de aquecimento”.

o “Necessidades anuais de energia útil para aquecimento satisfeitas pelo sistema


(Nic_sistema)”: Indicar o valor das necessidades anuais de energia útil, em
kWh/ano, satisfeitas pelo sistema de climatização para aquecimento. Este valor
poderá ser obtido pela multiplicação do valor Nic da fracção autónoma pela
respectiva área útil e pela fracção das necessidades nominais de energia útil para
aquecimento do edifício satisfeitas por este sistema.

 Arrefecimento:

o “Potência total para arrefecimento”: Indicar a potência térmica total do(s)


sistema(s) de produção de energia térmica para arrefecimento em kW.

No caso de sistema(s) tipo máquina frigorifica/bomba de calor considerar potência


térmica da(s) unidade(s) exterior(es).

Caso se trate de um sistema centralizado ao nível do edifício (várias fracções


servidas pela mesma unidade de produção), a potência a indicar para a fracção
deverá ser a soma das potências térmicas das unidades interiores. Apenas no caso
de não ser possível obter esta informação, poderá determinar, de forma aproximada,
a potência para cada fracção mediante ponderação da potência global da unidade
exterior pela área de cada fracção. Nestes casos, o PQ deve fazer referência explícita
a este pressuposto no campo “Observações e Notas” no final da DCR/CE.

No caso de existir mais do que um sistema de arrefecimento, indicar a soma das


potências dos sistemas individuais.

 Sistema de arrefecimento:

o “Tipo de sistema”: Campo predefinido em que o PQ terá de seleccionar uma das


opções disponíveis relativas ao tipo de sistema de arrefecimento: bomba de calor,
máquina frigorífica, expansão directa, sistema split, multisplit e VRV. Caso a sua
solução não apareça nas opções pré-definidas, seleccionar a opção ”outro”;

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o “Descrição do sistema de arrefecimento”: Descrever, de forma sucinta, o sistema
de arrefecimento, com referência obrigatória ao:

 Tipo, potência térmica, EER e forma de energia usada no sistema de


produção de energia térmica;

 tipo, número e características de equipamentos utilizados para distribuição e


emissão de energia térmica nos espaços;

 sistemas e dispositivos de medição e controlo das instalações;

 indicação das divisões ou espaços da fracção/edifício climatizados por este


sistema;

 data de instalação ou idade aproximada do sistema;

 estado de conservação e de funcionamento dos equipamentos, com


verificação da existência (ou não) de evidências da realização de
manutenção periódica e de eventuais intervenções recentes para
melhoria/correcção;

 verificação da existência (ou não) de evidências da realização da inspecções


periódicas obrigatórias para os casos descritos no Anexo IV:

Nesta descrição não deverá ser feita menção ao D.L. 80/2006 ou à Nota Técnica SCE
01, como substituição da descrição do sistema de arrefecimento. Tais referências
apenas poderão ser feitas como complemento à descrição, de acordo com as regras
acima indicadas. A indicação de que foram utilizadas essas ou outras referências
deve ser feita, preferencialmente, no campo de “Observações” no final da DCR ou
CE.
Quando existir mais do que um sistema deve descrever os vários sistemas através da
opção “Acrescentar sistema de arrefecimento”. De forma idêntica, poderá eliminar
vários tipos de sistemas de arrefecimento que tenha introduzido e não queira manter
através da opção “Eliminar sistema de arrefecimento”.

Exemplo 1 (DCR/Ar condicionado-bomba de calor):

Sistema do tipo split, reversível (bomba de calor), instalado nas divisões principais da
fracção autónoma (sala de estar, quartos e suite), composto por 4 unidades exteriores
e 4 unidades interiores tipo mural, cada uma com potência térmica para arrefecimento
de 3,0 kW e para aquecimento 3,5 kW, com eficiência em modo de arrefecimento
(EER) 2,56 e aquecimento (COP) de 2,72. O controlo dos equipamentos é realizado
através de termóstatos instalados nas várias divisões.

Exemplo 2 (DCR/Ar condicionado-multisplit):

Sistema do tipo multi-split, reversível (bomba de calor), composto por 4 unidades


interiores tipo mural, instaladas nas divisões principais da fracção autónoma (sala de

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estar, quartos e suite), e uma unidade exterior com potência térmica para
arrefecimento de 12,0 kW e para aquecimento 14,0 kW, com eficiência em modo de
arrefecimento (EER) 2,56 e aquecimento (COP) de 2,72. O controlo dos
equipamentos é realizado através de termóstatos instalados nas várias divisões.

Exemplo 3 (DCR/VRV para o edifício):

Sistema do tipo VRF, reversível (bomba de calor), tipo 2 tubos, composto por 5
unidades interiores tipo mural, distribuídas uniformemente pelo estabelecimento
comercial, e uma unidade exterior com potência térmica para arrefecimento de 20,0
kW e para aquecimento 22,5 kW, com eficiência em modo de arrefecimento (EER)
2,89 e aquecimento (COP) de 3,72. O controlo dos equipamentos é realizado através
de um controlador, com indicação do temperatura, estado de funcionamento e
temporizador.

Exemplo 4 (CE/Chiller-bomba de calor):

Sistema de climatização para as divisões principais da fracção autónoma (sala de


estar, quartos e suite), composto um chiller reversível (bomba de calor) ar-água, com
potência térmica de arrefecimento de 23,5 kW e aquecimento 24,6 kW, eficiência em
modo de arrefecimento (EER) de 3,23 e em modo de aquecimento (COP) de 3,72,
interligada aos circuitos hidráulicos distribuídos pelas várias divisões que compõem a
fracção (sala de estar, quartos, cozinha, circulações e instalações sanitárias) através
de tubos capilares em polipropileno e tubagens de polietileno reticulado (PEX),
instalados no tecto (funcionamento em modo de arrefecimento) e no pavimento
(funcionamento em modo de aquecimento), respectivamente. O fluido de transporte é
água, sendo controlado através de uma central electrónica digital, interligada a um
sonda exterior, sonda de impulsão, sondas de temperatura ambiente, válvulas de 3
vias com cabeças electrotérmica. O sistema foi instalado e colocado em
funcionamento em 2006, possuindo manutenção periódica realizada por técnicos
devidamente habilitados para o efeito. O plano de manutenção periódica encontra-se
actualizado, tendo sido agendada a próxima revisão em Março de 2010. A inspecção
periódica ao equipamento de produção de energia térmica foi realizada em Março de
2009, no âmbito das actividades previstas no PMP, tendo sido apresentada a Ficha
n.º 10, definida no Anexo V do RSECE, com indicação da eficiência nominal. A
próxima inspecção ao equipamento deverá ser realizada até Março de 2012.

Exemplo 5 (CE/NT-SCE-01):

Sistema de multi-split, tipo bomba de calor, composto por uma unidade exterior e
cinco unidades interiores tipo mural, instaladas nas divisões principais da fracção
autónoma (sala de estar, quartos e suite). O controlo dos equipamentos é realizado
através de termóstatos instalados nas várias divisões. O sistema, instalado e
colocado em funcionamento em 1998, apresenta um elevado estado de degradação,

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 33
pelo que se sugere que seja realizada a manutenção ao equipamento, incluindo
limpeza e substituição de todos os componentes imprescindíveis para o seu correcto
funcionamento. Visto que não foi possível aferir as especificações técnicas dos
equipamentos, considerou-se as eficiências definidas no Anexo VIII, da NT-SCE-01,
EER 2,75 e COP 3,25.

o “Fracção das necessidades nominais de energia útil para arrefecimento do


edifício satisfeitas por este sistema”: Indicar a razão entre energia útil fornecida
por este sistema em particular e as necessidades nominais totais de energia útil para
arrefecimento do edifício ou fracção (entre 0 e 1, com duas casas decimais). No caso
de ser o único sistema de aquecimento instalado, indicar 1;

o “Combustível / Fonte de energia convencional utilizada pelo sistema para


arrefecimento”: Campo predefinido em que o PQ selecciona o tipo de combustível
utilizado pela solução proposta: Electricidade, GPL, gás natural, gasóleo, biomassa,
outros combustíveis gasosos, líquidos ou sólidos;

o “Potência do sistema de arrefecimento”: Indicar a potência térmica instalada


deste sistema de arrefecimento em particular, em kW. Caso exista apenas um
sistema de arrefecimento, este valor será igual ao valor indicado no campo “Potência
total para arrefecimento”;

o “Rendimento do sistema de arrefecimento (ηv_sistema)”: Indicar rendimento do


grupo de produção de energia térmica utilizado no sistema de arrefecimento (entre 0
e 1, com duas casas decimais). Preencher apenas caso tenha seleccionado outros
equipamentos no campo “Tipo de sistema de arrefecimento”. Caso tenha
seleccionado bomba de calor, máquina frigorífica, expansão directa, sistema split,
multisplit ou VRV no campo “Tipo de sistema de arrefecimento” não deve preencher
este campo mas o seguinte.

o “EER”: Indicar o índice de eficiência energética (EER) da unidade de produção de


energia térmica utilizada no sistema de arrefecimento. Preencher apenas caso tenha
seleccionado bomba de calor, máquina frigorífica, expansão directa, sistema split,
multisplit ou VRV no campo “Tipo de sistema de arrefecimento”.

o “Necessidades anuais de energia útil para arrefecimento satisfeitas pelo


sistema (Nvc_sistema)”: Indicar o valor das necessidades anuais de energia útil,
em kWh/ano, satisfeitas pelo sistema de climatização para arrefecimento. Este valor
poderá ser obtido pela multiplicação do valor Nvc da fracção autónoma pela
respectiva área útil e pela fracção das necessidades nominais de energia útil para
arrefecimento do edifício satisfeitas por este sistema.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 34
Fig. 13 – Passo 7 para emissão e registo de CE/DCR

No caso de sistemas de climatização tipo bomba de calor, em que o mesmo sistema satisfaça as
funções de aquecimento e arrefecimento, pode o PQ apresentar apenas uma “Descrição…” comum,
inserindo-a no campo relativo ao aquecimento e colocando no campo descritivo do sistema de
arrefecimento a indicação “Ver descrição dos sistema de aquecimento. O mesmo sistema realiza
ambas as funções (aquecimento e arrefecimento)”. Nestas situações, o PQ deve:

 cuidar que a descrição apresentada permite caracterizar adequadamente o sistema no que


respeita às duas funções;

 os restantes campos que caracterizam o arrefecimento (tipo de sistema, fracção das


necessidades, combustível/energia, potência, etc.) são correcta e totalmente preenchidos.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 35
2.9 PREPARAÇÃO DE ÁGUA QUENTES SANITÁRIAS (AQS) (PASSO 8)
De seguida, apresenta-se uma descrição sobre o tipo de informação pretendida nos vários campos
que compõem o formulário correspondente ao passo 8:

 Sistemas convencionais de preparação de AQS:

o “Dispõe de sistema convencional de preparação de AQS?”: Campo pré-definido


(sim/não) onde o PQ deverá indicar se o edifício ou fracção autónoma dispõe de um
sistema de preparação de água quente sanitária (AQS);

o “Descrição do sistema de preparação de AQS”: Descrever, de forma sucinta, o


sistema de preparação de AQS, com referência obrigatória ao:

 Tipo, potência térmica, rendimento/COP (considerando a eficiência nominal a


30% da carga parcial e tendo em consideração a existência ou não de
isolamento nas redes de tubagem de distribuição de AQS internas à fracção)
e combustível/forma de energia usada no sistema de produção de energia
térmica;

 tipo e características de eventuais equipamentos utilizados para acumulação


de AQS;

 sistemas e dispositivos de medição e controlo das instalações;

 verificação da existência (ou não) de isolamento nas redes de tubagem de


distribuição de AQS. Caso exista isolamento, indicar as suas características
incluindo o tipo de isolamento e respectiva espessura;

 data de instalação ou idade aproximada do sistema;

 estado de conservação e de funcionamento dos equipamentos, com


verificação da existência (ou não) de evidências da realização de
manutenção periódica e de eventuais intervenções recentes para
melhoria/correcção;

 verificação da existência (ou não) de evidências da realização da inspecções


periódicas obrigatórias para os casos descritos no Anexo IV:

Nesta descrição não deverá ser feita menção ao D.L. 80/2006 ou à Nota Técnica SCE
01, como substituição da descrição do sistema de produção de AQS. Tais referências
apenas poderão ser feitas como complemento à descrição, de acordo com as regras
acima indicadas. A indicação de que foram utilizadas essas ou outras referências
deve ser feita, preferencialmente, no campo de “Observações e Notas” no final da
DCR ou CE.
Poderá acrescentar vários tipos de sistemas de preparação de AQS, através da
opção “Acrescentar sistema”. De forma idêntica, poderá eliminar vários tipos de

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 36
sistemas preparação de AQS que tenha introduzido e não queira manter através da
opção “Eliminar sistema”;

Exemplo 1 (DCR/Esquentador gás natural):

Esquentador a gás natural, ventilado, com 18,6 kW de potência nominal e eficiência


de 0,75 a 30% de carga nominal. Dispõe de ignição electrónica e modulação
automática de chama. O controlo do equipamento é efectuado através de um display
digital LCD com indicação da temperatura de água quente e códigos de anomalia. As
redes de tubagem de distribuição de AQS são isoladas termicamente com espuma
elastomérica com 12 mm de espessura.

Exemplo 2 (DCR/Caldeira mista de catálogo):

Caldeira mural ventilada para aquecimento central e produção de AQS (mista), com
uma potência térmica de 24,1 kW para aquecimento ambiente e 28,3 kW para
produção de AQS, eficiência a 30% da carga nominal de 89,4 %, alimentada a gás
natural, interligada aos radiadores distribuídos pelas várias divisões que compõem a
fracção. Dispõe de microacumulação de água quente sanitária através do recurso a
um permutador de calor para águas quentes sanitárias de maiores dimensões, aliado
a um sensor de caudal e a um sensor de temperatura. Possui controlo electrónico
com regulação do modo de funcionamento. As redes de tubagem de distribuição de
AQS são isoladas termicamente com espuma elastomérica com 15 mm de
espessura.

Exemplo 3 (DCR/Termoacumulador eléctrico):

Termoacumulador eléctrico, com 3,0 kW de potência e eficiência 0,8. Dispõe de uma


capacidade de 300 litros e isolamento em espuma de poliuretano de alta densidade
com 50 mm de espessura. O controlo de temperatura é efectuado através de uma
sonda e dispõe de indicador de temperatura. As redes de tubagem de distribuição de
AQS não são isoladas termicamente.

Exemplo 4 (DCR/Bomba de calor AQS):

Bomba de calor para produção de AQS, com 1,96 kW de potência e eficiência (COP)
3,5. Dispõe de uma capacidade de 290 litros e isolamento em espuma de poliuretano
de alta densidade com 80 mm de espessura. O controlo de temperatura é efectuado
através de uma sonda incorporado no depósito e dispõe de regulação de temperatura
e modo de funcionamento. As redes de tubagem de distribuição de AQS são isoladas
termicamente com espuma elastomérica com 15 mm de espessura.

Exemplo 5 (CE/ Esquentador NT-SCE-01):

Esquentador a gás natural, com exaustão natural. Dispõe de chama-piloto


permanente. Não dispõe de qualquer controlo do equipamento. O esquentador,
instalado e colocado em funcionamento em 1994, apresenta um avançado estado de

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 37
degradação, pelo que se sugere que seja realizada a manutenção ao equipamento,
incluindo limpeza e substituição de todos os componentes imprescindíveis para o seu
correcto funcionamento. As redes de tubagem de distribuição de AQS não são
isoladas termicamente. Não foi possível aferir a especificação técnica do
equipamento.

 Desagregação por sistema:

o “Tipo de sistema”: Campo predefinido em que o PQ terá seleccionar uma das


opções disponíveis relativas ao tipo de sistema de preparação de AQS: caldeira,
esquentador, termoacumulador e bomba de calor. Caso a sua solução não apareça
nas opções pré-definidas, seleccionar a opção ”outro”;

o “Combustível/fonte de energia convencional utilizada pelo sistema de


preparação de AQS”: Campo predefinido em que o PQ selecciona o tipo de
combustível utilizado pela solução proposta;

o “Potência do sistema de preparação de AQS”: Indicar a potência térmica instalada


do sistema de preparação de AQS, em kW.

o “Rendimento do sistema de preparação de AQS (ηa_sistema)”: Indicar o


rendimento do sistema de preparação de AQS, considerando a eficiência nominal a
30% da carga parcial.

Fig. 14 – Passo 8 para emissão e registo de CE/DCR

2.10 SISTEMAS DE APROVEITAMENTO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS (PASSO 9)


De seguida, apresenta-se uma descrição sobre o tipo de informação pretendida nos vários campos
que compõem o formulário correspondente ao passo 9:

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 38
 Sistema Solar de preparação de AQS:

o “Dispõe de Sistema Solar de Preparação de AQS?”: Campo pré-definido


(sim/não) onde o PQ deverá indicar se o edifício ou fracção autónoma dispõe de um
sistema solar para preparação de AQS;

o Descrição dos sistemas de colectores solares para preparação de AQS”:


Descrever o sistema solar térmico para preparação de AQS, sendo obrigatória a
referência a:

 tipologia do sistema (ver descrição mais adiante);

 tipo de colectores solares instalados, com indicação do tipo de tecnologia,


por exemplo colector solar plano, CPC, tubos de vácuo, etc.;

 área de colectores solares instalada. No caso de sistemas colectivos,


começar por indicar a área total do sistema e, após isso, indicar a área
equivalente associada à fracção em análise;

 azimute e inclinação dos colectores solares;

 presença de eventuais obstruções do horizonte e sombreamentos que


influenciam o sistema;

 localização, posição, material e isolamento dos depósitos de acumulação de


AQS;

 tipo e eficácia dos permutadores;

 sistemas e dispositivos de medição e controlo das instalações;

 existência de colectores certificados, instalador acreditado e garantia de


manutenção do sistema durante um período mínimo de 6 anos;

 data de instalação ou idade aproximada do sistema;

 estado de conservação e de funcionamento dos equipamentos, com


verificação da existência (ou não) de evidências da realização de
manutenção periódica e de eventuais intervenções recentes para
melhoria/correcção;

Nesta descrição não deverá ser feita menção ao D.L. 80/2006 ou à Nota Técnica SCE
01, como substituição da descrição dos sistemas de colectores solares para
preparação de AQS. Tais referências apenas poderão ser feitas como complemento à
descrição, de acordo com as regras acima indicadas. A indicação de que foram
utilizadas essas ou outras referências deve ser feita, preferencialmente, no campo de
“Observações” no final da DCR ou CE. Um dos aspectos que poderá constar como
informação completar é o método de cálculo utilizado para determinar a contribuição
solar (Solterm ou de acordo com o ponto 18 e Anexo VII da NT-SCE-01).

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 39
Poderá acrescentar vários tipos de sistemas de preparação de AQS, através da
opção “Acrescentar sistema”. De forma idêntica, poderá eliminar vários tipos de
sistemas preparação de AQS que tenha introduzido e não queira manter através da
opção “Eliminar sistema”.

Exemplo 1 (DCR/Sistema colectivo com colectores comuns e depósito e apoio


individual)

Sistema solar térmico colectivo com colectores comuns e deposito e apoio individual,
para produção de AQS para 18 fracções autónomas, composto por 20 colectores
solares planos perfazendo uma área total de 40 m2 (área equivalente para a fracção
em estudo de 2,22 m2), instalados na cobertura plana com azimute sul e inclinação
de 35º, não existindo obstruções assinaláveis do horizonte. Os depósitos de
acumulação possuem 150 litros de capacidade com permutador de calor em
serpentina, com eficácia de 55%, localizado no interior da fracção e instalado na
posição vertical, construído em aço vitrificado e possuindo isolamento térmico em
espuma rígida de poliuretano com espessura 50 mm. O controlo do sistema é
efectuado por um comando diferencial ligado a sondas de temperatura NTC. Os
painéis têm certificação “Solar Keymark”, o instalador dos mesmos é acreditado pela
DGGE e existe contrato de manutenção do sistema por um período mínimo de 6
anos.

Exemplo 2 (DCR/Sistema individual circulação forçada):

Sistema solar térmico individual de circulação forçada, composto por 2 colectores


solares planos perfazendo uma área total de 4 m2, instalado na cobertura inclinada
com azimute 15º e inclinação de 30º, não existindo obstruções assinaláveis do
horizonte. O depósito de acumulação possui 300 litros de capacidade com
permutador de calor em serpentina, com eficácia de 55%, localizado no interior da
fracção e instalado na posição vertical, construído em aço vitrificado e possuindo
isolamento térmico em espuma rígida de poliuretano com espessura 50 mm. O
controlo do sistema é efectuado por um comando diferencial ligado a sondas de
temperatura NTC. Os painéis têm certificação “Solar Keymark”, o instalador dos
mesmos é acreditado pela DGGE e existe contrato de manutenção do sistema por
um período mínimo de 6 anos.

Exemplo 3 (DCR/Sistema individual termosifão)

Sistema solar térmico individual termosifão, composto por 1 colector solar plano
perfazendo uma área total de 2 m2, instalado na cobertura plana com azimute sul e
inclinação de 35º, não existindo obstruções assinaláveis do horizonte. O depósito de
acumulação possui 200l de capacidade com permutador de calor em camisa, com
eficácia de 35%, localizado no exterior da fracção e instalado na posição horizontal,
construído em aço vitrificado e possuindo isolamento térmico em poliuretano com 50

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 40
mm de espessura. O colector solar tem certificação “Solar Keymark”, o instalador dos
mesmos é acreditado pela DGGE e existe contrato de manutenção do sistema por
um período mínimo de 6 anos.

Exemplo 4 (CE/ Sistema individual circulação forçada de acordo com NT-SCE-01


com manutenção):

Sistema solar térmico individual de circulação forçada, composto por 2 colectores


solares planos perfazendo uma área total de 4 m2, sem certificação “Solar Keymark”,
instalados na cobertura inclinada com azimute 25º e inclinação de 20º, existindo
obstruções assinaláveis do horizonte, no intervalo 5º a 15º, com um ângulo de 40º. O
deposito de acumulação possui 290 litros de capacidade com permutador de calor
em serpentina, com eficácia de 55%, localizado no interior da fracção e instalado na
posição vertical, construído em aço vitrificado e possuindo isolamento térmico em
espuma rígida de poliuretano. O controlo do sistema é efectuado por um comando
diferencial ligado a sondas de temperatura NTC. O sistema foi instalado e colocado
em funcionamento em 2004, possuindo um contrato de manutenção válido, sendo as
intervenções realizadas por um instalador solar térmico acreditado pela DGGE. O
plano de manutenção periódica (PMP) encontra-se actualizado, tendo sido agendada
a próxima revisão em Março de 2010.

Exemplo 5 (CE/ Sistema individual termosifão de acordo com NT-SCE-01 sem


manutenção)

Sistema solar térmico individual termosifão, composto por 1 colector solar plano
perfazendo uma área total de 2 m2, instalado na cobertura plana com azimute sul e
inclinação de 35º, não existindo obstruções assinaláveis do horizonte. O depósito de
acumulação possui 200 litros de capacidade com permutador de calor em camisa,
com eficácia de 35%, localizado no exterior da fracção e instalado na posição
horizontal, construído em aço vitrificado e possuindo isolamento térmico em
poliuretano. O painel não tem certificação “Solar Keymark” e não existe contrato de
manutenção do sistema, pelo que a sua contribuição não pode ser considerada no
cálculo do desempenho energético do edifício.

o “Tipologia de sistema de colectores solares para preparação de AQS”: Campo


predefinido em que o PQ terá seleccionar uma das opções disponíveis relativas à
tipologia de sistema solar térmico para preparação de AQS:

 sistema individual compacto;

 sistema individual não compacto;

 sistema colectivo com colectores, depósito e apoio comum;

 sistema colectivo com colectores e depósito comuns e apoio individual;

 sistema colectivo com colectores comuns, depósito e apoio individuais;

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 41
 outro.

o “Área de colectores solares”: Indicar a área de colectores solares instalados (ou


área equivalente no caso de sistemas colectivos) para a fracção em análise. Não
deve ser indicado o valor da área total dos colectores solares no caso de sistemas
colectivos;

o “Contribuição do sistema solar (Esolar)”: Indicar o valor da contribuição do


sistema solar térmico para preparação de AQS em kWh/ano. Para obter esta
informação deverá consultar o relatório obtido pela simulação no programa Solterm
ou de acordo com o ponto 18 e Anexo VII da NT-SCE-01, no caso de edifícios
existentes.

 Sistema de aproveitamento de energias renováveis:

o “Dispõe de Sistema de Aproveitamento de Energias Renováveis”: Campo pré-


definido (sim/não) onde o PQ deverá indicar se o edifício ou fracção autónoma dispõe
de um sistema de aproveitamento de energias renováveis;

o “Tipo de sistema de aproveitamento de fontes renováveis”: Campo predefinido


em que o PQ terá seleccionar uma das opções disponíveis relativas ao tipo de
sistema de sistema aproveitamento de fontes renováveis:

 Sistema solar fotovoltaico ligado à rede

 Sistema solar fotovoltaico autónomo sem apoio

 Sistema solar fotovoltaico autónomo com gerador de apoio

 Aerogerador ligado à rede

 Aerogerador autónomo sem apoio

 Aerogerador autónomo com gerador de apoio

 Sistema de aproveitamento de energia geotérmica

 Sistema de aproveitamento de energia hídrica

 Sistema de aproveitamento de biomassa

 Outro

o “Descrição do sistema de aproveitamento de energias renováveis”: Descrever,


de forma sucinta, o sistema de aproveitamento de energias renováveis para
preparação de AQS, sendo obrigatória a referência a:

 tipo de sistema;

 principais equipamentos instalados;

 potência instalada;

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 42
 rendimento e/ou eficiência de conversão de energia;

 integração com outros sistemas energéticos da fracção/edifício;

 data de instalação ou idade aproximada do sistema;

 estado de conservação e de funcionamento dos equipamentos, com


verificação da existência (ou não) de evidências da realização de
manutenção periódica e de eventuais intervenções recentes para
melhoria/correcção;

Nesta descrição não deverá ser feita menção ao D.L. 80/2006 ou à Nota Técnica
SCE 01, como substituição da descrição do sistema de aproveitamento de energias
renováveis. Tais referências apenas poderão ser feitas como complemento à
descrição, de acordo com as regras acima indicadas. A indicação de que foram
utilizadas essas ou outras referências deve ser feita, preferencialmente, no campo de
“Observações e Notas” no final da DCR ou CE. Um dos aspectos que poderá constar
como informação completar é o método de cálculo utilizado para determinar a
contribuição do sistema de aproveitamento de energias renováveis, como por
exemplo o programa Solterm ou estudos específicos e credíveis que fundamentem os
valores apresentados.

Poderá acrescentar vários tipos de sistemas de aproveitamento de energias


renováveis, através da opção “Acrescentar sistema de aproveitamento de energia
renováveis”. De forma idêntica, poderá eliminar vários tipos de sistemas preparação
de AQS que tenha introduzido e não queira manter através da opção “Eliminar
sistema de aproveitamento de energia renováveis”.

Exemplo (CE/Sistema fotovoltaico):

Sistema solar fotovoltaico ligado à rede, composto por 22 módulos fotovoltaicos, com
células de silicio policristalino, organizados em 11 ’strings’ com 2 módulos cada,
instalados na cobertura inclinada (30º e orientada a sul), com uma área total de 28,1
m2 e inversor com 3,5 kW. A potência nominal do sistema de 3,67 kW.

o “Contribuição do sistema de energias renováveis para a satisfação das


necessidades energéticas (Eren)”: Indicar o valor da contribuição do sistema de
energias renováveis para preparação de AQS, determinado através de um método
devidamente justificado e reconhecido.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 43
Fig. 15 – Passo 9 para emissão e registo de CE/DCR

2.11 VENTILAÇÃO (PASSO 10)


De seguida, apresenta-se uma descrição sobre o tipo de informação pretendida nos vários campos
que compõem o formulário correspondente ao passo 10:

 “Tipo de ventilação”: Campo predefinido em que o PQ terá seleccionar uma das opções
disponíveis relativas ao tipo de ventilação previsto: natural ou mecânica;

 “Descrição da forma ou sistema de ventilação adoptado”:

o Nos casos de sistemas de ventilação natural descrever, de forma sucinta, a forma ou


sistema de ventilação adoptado, sendo obrigatória a referência a:

o tipo de ventilação (neste caso natural);

o forma como se processa a admissão e extracção de ar, com referência a


eventuais dispositivos preconizados ou instalados para esse efeito, como por
exemplo grelhas de admissão de ar nas fachadas;

o rugosidade;

o altura ao solo;

o classe de exposição;

o classe de caixilharia (permeabilidade ao ar);

o percentagem total aproximada de vãos que são dotados de caixas de


estores;

o vedação das portas;

o cumprimento da norma NP 1037- 1;

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 44
o valor da taxa de renovação horária (rph).

Exemplo 1 (DCR):

A ventilação é processada de forma natural, sem quaisquer dispositivos de admissão


de ar na fachada. A fracção situa-se no interior de uma zona urbana, com um altura
ao solo média da fachada inferior a 10 metros, resultando numa classe de exposição
2. A caixilharia não possui classificação de permeabilidade ao ar, existindo caixas de
estore em 70% dos vãos. As portas bem vedadas e área envidraçada inferior a 15%
da área de pavimento, não cumprindo com a norma NP 1037-1, resultando numa taxa
de renovação horária (rph) = 0,95

Exemplo 2 (CE):

A ventilação é processada de forma natural, sem quaisquer dispositivos de admissão


de ar na fachada. A fracção situa-se fora da malha urbana de Barcelos, com uma
altura ao solo média da fachada inferior a 10 metros, resultando numa classe de
exposição 2. Não foi possível determinar a classificação da caixilharia na
permeabilidade ao ar. A fracção não possui caixas de estore. As portas não possuem
vedação em todo o seu perímetro, e a área envidraçada é inferior a 15% da área de
pavimento, e existe um exaustor na cozinha com funcionamento pontual, não
cumprindo com a norma NP 1037-1, resultando numa taxa de renovação horária (rph)
= 0,95

o Nos casos de sistemas de ventilação forçada descrever, de forma sucinta, a forma ou


sistema de ventilação adoptado, sendo obrigatória a referência a:

o número, potência e caudal de ventiladores;

o número de horas diárias de funcionamento;

o valor da taxa de renovação horária (rph);

o eventual contribuição da ventilação natural;

o existência de dispositivos de recuperação de calor.

Exemplo 1 (DCR):

A ventilação é processada de forma mecânica, através de dois ventiladores


instalados nas prumadas das 2 instalações sanitárias, que funcionam em contínuo
durante as 24 h do dia. A potência de cada um dos ventiladores para a fracção em
causa é de 45 W, e o caudal extraído é de 75 m3/h, resultando um caudal extraído
total de 150 m3/h. Não existe influência das infiltrações, considerando a classe de
exposição 2 onde se insere o edifício. O valor de rph é de 0,65 h-1.

Exemplo 2 (CE):

A ventilação é processada de forma mecânica com dois Ventiladores a funcionar em


contínuo em cada uma das instalações sanitárias. Foi considerada uma potência de

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 45
31 W para os dois ventiladores e um caudal de extracção de 200 m3/h, resultando
numa taxa de renovação horária (rph) = 0,96

 “Taxa de renovação horária nominal (rph)”: Indicar o valor da taxa de renovação horária
nominal;

 “Cumprimento da NP 1037-1”: Campo pré-definido (sim/não) onde o PQ deverá indicar se o


edifício ou fracção autónoma cumpre com a norma NP 1037-1;

 “Potência total do(s) ventilador(es) afecta ao edifício ou fracção autónoma”: Indicar o


valor da potência dos ventiladores afectos ao edifício ou fracção autónoma, em W;

 “Dispositivo de recuperação de calor”: Campo predefinido (sim/não) onde o PQ deverá


indicar se o edifício ou fracção autónoma dispõe de dispositivos de recuperação de calor do
ar extraído pelo sistema de ventilação.

Fig. 16 – Passo 10 para emissão e registo de CE/DCR

2.12 PROPOSTAS DE MEDIDAS DE MELHORIA DO DESEMPENHO ENERGÉTICO E DA


QUALIDADE DO AR INTERIOR (PASSO 11)
De seguida, apresenta-se uma descrição sobre o tipo de informação pretendida nos vários campos
que compõem o formulário correspondente ao passo 11:

 “Pressupostos e explicações sobre as medidas propostas”: Descrever, de forma sucinta,


os pressupostos considerados sobre as medidas propostas. A informação colocada neste
campo deve respeitar a todas as medidas de melhoria elencadas na DCR/CE e proporcionar
os elementos essenciais que suportem as soluções propostas, nomeadamente ao nível da
sua exequibilidade técnica (ou condicionantes práticas à sua execução), das estimativas de
investimento, de redução dos custos energéticos e de retorno do investimento. É obrigatória a
referência aos seguintes aspectos:

o Tipo de medida, especificando aquelas que correspondem a, por exemplo:

o medidas construtivas, incluindo as que se destinam a:

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 46
 correcção de patologias construtivas,

 redução das necessidades energia pela envolvente,

 adopção de sistemas de energias renováveis e

 aumento de eficiência dos sistemas energéticos;

o Medidas de utilização racional de energia ou de natureza comportamental


pelos utilizadores do imóvel;

o Medidas com efeito positivo nas condições de salubridade e de conforto de


parte ou da totalidade da fracção ou edifício a certificar;

o medida de melhoria da qualidade do ar interior

o As formas de energia (electricidade, gás, etc.) utilizadas nos cálculos (em particular
e, para cada uma deles, os seguintes elementos:

o tarifa / preço

o conteúdo energético (p.e. PCI)

o consumo evitado com a medida proposta

o eventuais consumos adicionais por alteração da forma de energia utilizada


(por exemplo, consumo de gás em substituição do anterior consumo em
electricidade).

o Os preços ou valores de referência consideradas para o investimento associado a


implementação, indicando se os mesmos incluem (ou não):

o Materiais

o Mão de obra

o Operação

o Manutenção, etc.

o Eventuais parâmetros utilizados na análise financeira de cada uma ou de todas as


medidas, como por exemplo, incentivos, inflação, deriva do preço da energia
substituída, taxa de actualização, custos e/ou juros de financiamento, etc..

o Indicação das medidas que;

o por condicionantes técnicas ou por viabilidade económica limitada, apenas


devem ser consideradas em contexto de uma intervenção de reabilitação ou
remodelação na fracção ou no edifício;

o cuja aplicação prática envolva uma intervenção que vai para além da fracção
autónoma em estudo ou que impliquem o acordo de vários proprietários e ou
entidades.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 47
 Medida proposta:

o “Medida associada a”: Campo predefinido em que o PQ terá seleccionar uma das
opções disponíveis relativas ao tipo de elemento da envolvente e/ou sistema alvo de
propostas de melhorias:

 Envolventes opacas - Paredes

 Envolventes opacas - Coberturas

 Envolventes opacas - Pavimentos

 Envolventes opacas – Pontes Térmicas Planas

 Vãos envidraçados

 Climatização – Sistema Aquecimento

 Climatização – Sistema Arrefecimento

 AQS

 Sistemas de Energias Renováveis – Colectores solares

 Sistemas de Energias Renováveis – Outros sistemas

 Ventilação

No caso de uma medida proposta não se enquadrar, directa ou indirectamente, nas


opções disponíveis neste campo, deverá apenas ser indicada e descrita no campo
“Pressupostos e explicações sobre as medidas propostas”.

o “Designação sucinta da medida proposta”:

Campo predefinido em que o PQ terá seleccionar uma das opções disponíveis


relativas à tipologia de sistema solar térmico para preparação de AQS:

 Envolventes opacas – Paredes:

 Aplicação de isolamento térmico pelo exterior com revestimento


aplicado sobre o isolante em paredes exteriores

 Aplicação de isolamento térmico pelo exterior com revestimento


independente e espaço de ar ventilado em paredes exteriores

 Aplicação de isolamento térmico pelo interior com revestimento leve


em paredes exteriores

 Aplicação de isolamento térmico pelo interior associado a uma forra


pesada em paredes exteriores

 Aplicação de isolamento térmico pelo exterior com revestimento


aplicado sobre o isolante em paredes interiores

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 48
 Aplicação de isolamento térmico pelo interior com revestimento leve
em paredes interiores

 Aplicação de isolamento térmico pelo interior associado a uma forra


pesada em paredes interiores

 Substituição de porta por outra com melhor desempenho térmico em


paredes exteriores

 Substituição de porta por outra com melhor desempenho térmico em


paredes interiores

 Outras

 Envolventes opacas – Coberturas:

 Aplicação de isolamento térmico sobre/sob a laje de esteira da


cobertura

 Aplicação de isolamento térmico nas vertentes sobre a estrutura


resistente da cobertura

 Aplicação de isolamento térmico na cobertura horizontal

 Montagem de tecto falso

 Outras

 Envolventes opacas – Pavimentos:

 Aplicação de isolamento térmico sobre a laje de pavimento exterior

 Aplicação de isolamento térmico sob a laje de pavimento exterior

 Aplicação de isolamento térmico na camada intermédia de pavimento


exterior

 Aplicação de isolamento térmico sobre a laje de pavimento interior

 Aplicação de isolamento térmico sob a laje de pavimento interior

 Aplicação de isolamento térmico na camada intermédia de pavimento


interior

 Outras

 Envolventes Opacas - Pontes Térmicas Planas

 Aplicação de isolamento térmico pelo exterior com revestimento


aplicado sobre o isolante para correcção das pontes térmicas planas

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 49
 Aplicação de isolamento térmico pelo exterior com revestimento
independente e espaço de ar ventilado para correcção das pontes
térmicas planas

 Aplicação de isolamento térmico pelo interior com revestimento leve


para correcção das pontes térmicas planas

 Aplicação de isolamento térmico pelo interior associado a uma forra


pesada para correcção das pontes térmicas planas

 Colocação de isolamento térmico na caixa de estore

 Outras

 Vãos envidraçados:

 Conservação da caixilharia existente, substituindo o vidro e


introduzindo protecção solar exterior nos vãos envidraçados

 Conservação da caixilharia existente, substituindo o vidro e


introduzindo protecção solar interior nos vãos envidraçados

 Conservação da caixilharia existente, substituindo e melhorando o


factor solar do vidro

 Instalação de uma segunda caixilharia interior e introdução de


protecção solar exterior nos vãos envidraçados

 Instalação de uma segunda caixilharia interior e introdução de


protecção solar interior nos vãos envidraçados

 Instalação de uma segunda caixilharia interior e melhoria do factor


solar dos vidros

 Substituição de caixilharia existente por uma nova caixilharia e


introdução de protecção solar exterior nos vãos envidraçados

 Substituição de caixilharia existente por uma nova caixilharia e


introdução de protecção solar interior nos vãos envidraçados

 Substituição de caixilharia existente por uma nova caixilharia e


melhoria das características solares dos vidros

 Instalação de dispositivos de sombreamento nos vãos envidraçados


no quadrante Sul

 Outras

 Climatização – Sistema Aquecimento:

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 50
 Substituição do equipamento actual e/ou instalação de caldeira de
condensação para aquecimento ambiente

 Substituição do equipamento actual e/ou instalação de unidade


individual de ar condicionado split reversível (bomba de calor) tipo
inverter com classe energética A, para climatização

 Substituição do equipamento actual e/ou instalação de sistema de ar


condicionado multisplit reversível (bomba de calor) tipo inverter com
classe energética A, para climatização

 Efectuar inspecção periódica obrigatória (Art.º 20º do RSECE – DL


79/2006) do equipamento de climatização

 Outras

 Climatização – Sistema Arrefecimento:

 Substituição do equipamento actual e/ou instalação de unidade


individual de ar condicionado split reversível (bomba de calor) tipo
inverter com classe energética A, para climatização

 Substituição do equipamento actual e/ou instalação de sistema de ar


condicionado multisplit reversível (bomba de calor) tipo inverter com
classe energética A, para climatização

 Efectuar inspecção periódica obrigatória (Art.º 20º do RSECE – DL


79/2006) do equipamento de climatização

 Outras

 AQS:

 Substituição do equipamento actual e/ou instalação de esquentador


de elevado rendimento para preparação de águas quentes sanitárias

 Substituição do equipamento actual e/ou instalação de caldeira de


condensação para preparação de águas quentes sanitárias

 Substituição do equipamento actual e/ou instalação de caldeira mural


a gás para preparação de águas quentes sanitárias

 Substituição do equipamento actual e/ou instalação de caldeira mural


a gasóleo para preparação de águas quentes sanitárias

 Substituição do equipamento actual e/ou instalação de bomba de


calor de elevado COP para preparação de águas quentes sanitárias

 Instalação e/ou reforço do isolamento do depósito de acumulação da


água quente sanitária

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 51
 Aplicação de isolamento nas tubagens do sistema de distribuição de
água quente sanitária

 Manutenção do aparelho de AQS

 Efectuar inspecção periódica obrigatória (Art.º 20º do RSECE – DL


79/2006) do equipamento de produção de águas quentes sanitárias

 Outras

 Sistemas de Energias Renováveis – Colectores solares:

 Instalação de sistema solar térmico colectivo totalmente centralizado

 Instalação de sistema solar térmico colectivo com apoio individual

 Instalação de sistema solar térmico colectivo com apoio e depósito


de acumulação individualizado

 Instalação de sistema solar térmico individual

 Instalação de sistema solar térmico colectivo com depósito de


acumulação

 Outras

 Sistemas de Energias Renováveis – Outros sistemas:

 Instalação de sistema solar fotovoltaico ligado à rede de baixa tensão

 Instalação de sistema solar fotovoltaico autónomo sem apoio

 Instalação de sistema solar fotovoltaico autónomo com gerador de


apoio

 Instalação de aerogerador ligado à rede de baixa tensão

 Instalação de aerogerador autónomo sem apoio

 Instalação de aerogerador autónomo com gerador de apoio

 Instalação de sistema de aproveitamento de energia geotérmica

 Instalação de sistema de aproveitamento de energia hídrica

 Instalação de caldeira de biomassa

 Outras

 Ventilação:

 Instalação, nas fachadas, de aberturas permanentes auto-reguláveis

 Instalação de extracção de ar em todos os compartimentos de


serviço

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 52
 Instalação de caixilharias com permeabilidade ao ar reduzida

 Instalação de dispositivos de passagem de ar entre os


compartimentos

 Instalação de um ventilador na cozinha, de velocidade variável, com


um caudal mínimo constante, associado a grelha regulável de
admissão de ar.

 Colocar os dispositivos de combustão do tipo B (esquentadores) no


exterior do espaço útil

 Colocação de vedantes no contorno das aberturas de portas e


janelas

 Colocação de um ventilador mecânico nas instalações sanitárias

 Colocação de ventilador mecânico com recuperador de calor

 Outras

No caso de seleccionar a opção “Outras”, a mesma deve ser descrita, de forma clara
mas sucinta, utilizando, no máximo, 180 caracteres (incluindo espaços);

Esta informação irá surgir na tabela síntese das medidas propostas que consta do
campo 4 do certificado, juntamente com a respectiva estimativa de custo, redução da
factura e tempo de retorno.

o “Descrição detalhada da medida proposta”: Descrever, de forma detalhada, a


medida proposta, sugerindo-se a referência a toda a informação que achar relevante
para a caracterização mesma.

Esta informação deverá complementar a designação sucinta anteriormente indicada e


conter elementos que sejam úteis e orientadores em posteriores acções do
proprietário no sentido da respectiva implementação. Deve conter referência a:

 Características técnicas e/ou propriedades de materiais, equipamentos e/ou


sistemas, como por exemplo:

 coeficiente de transmissão (ou resistência) térmica e espessura do


isolamento;

 factor solar e U do vidro;

 tipo e classe de caixilharia, existência ou não de corte térmico;

 potência, rendimento/eficiência, forma de energia / combustível; etc.

 Quantidades, dimensões, capacidades, etc., como os seguintes exemplos:

 área a isolar termicamente;

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 53
 área, quantidade e dimensões dos colectores solares a instalar;

 capacidade de depósitos de acumulação de AQS; etc.

 Aspectos prévios e eventuais condicionantes técnicas, legais ou práticas à


execução da medida proposta, como por exemplo:

 verificação prévia da compatibilidade com eventuais limitações


resultantes do RGEU ou qualquer outro regulamento / especificação
municipal;

 obras que implicam autorizações da Câmara Municipal, da


assembleia de condomínio ou qualquer outra entidade;

 necessidade de assegurar interligação do sistema fotovoltaico com


rede eléctrica;

 aplicação do isolamento térmico pelo exterior apenas em contexto de


reabilitação de todo o edifício, etc.

 Requisitos ou recomendações de instalação, operação e manutenção, como


por exemplo:

 recorrer a técnicos credenciados ou acreditados para instalação;

 existência de plano de manutenção preventiva;

 necessidade de inspecção periódica;

 condições ambientais necessárias a um instalação eficaz;

 colocação de protecção mecânica sobre isolamento térmico exterior;

 necessidade de aplicação de placas de gesso cartonado sobre


isolamento de lâ de rocha pelo interior da fracção; etc ;

Na sugestão ou descrição de qualquer medida de melhoria, não deve ser feita


referência explícita a marcas e/ou modelo de materiais, equipamentos ou sistemas.

Poderá acrescentar várias medidas de melhoria, através da opção “Acrescentar


medida”. De forma idêntica, poderá eliminar várias medidas de melhoria que tenha
introduzido e não queira manter através da opção “Eliminar medida”.

Exemplo 1 (Correcção de patologias)

Substituição das caixilharias em alumínio existentes que se encontram em estado


degradado, em alguns vãos, com corrosão do alumínio originando elevadas perdas
térmicas. As novas caixilharias deverão ser compostas por alumínio com corte
térmico, de forma a manter o aspecto com as demais fracções do edifício, e os vidros
serão duplos incolores 6 mm + 5 mm com caixa-de-ar de 12 mm, resultando um
2
coeficiente de transmissão térmica (U) de 2,3 W/(m .ºC). O custo estimado do

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 54
2
trabalho é de 230 €/m , e inclui material e mão-de-obra e a remoção das caixilharias
existentes. O período de retorno desta medida é elevado (>15 Anos), no entanto, o
conforto que proporciona obriga à sua recomendação. Durante a operação de
montagem, que deverá decorrer em apenas um dia, deverá ser tida em especial
atenção a junta entre os caixilhos e as paredes, de forma a garantir o seu correcto
isolamento sem micro-fissuras que originem pontes térmicas.

Exemplo 2 (Aplicação de isolamento térmico pelo exterior com revestimento aplicado


sobre o isolante em paredes exteriores)

Aplicação de 3 cm de isolamento térmico poliestireno expandido extrudido (XPS) em


paredes exteriores orientadas nos quadrantes Norte e Oeste, reduzindo o valor do
2
coeficiente de transmissão térmica em 0,76 W/(m .ºC). A solução é constituída por
uma camada de base de 2 mm que deverá ser aplicada sobre a parede (que deverá
ter um tratamento prévio de limpeza), rede de fibra de vidro e sobre esta uma nova
camada de base com 2 mm, com aplicação de primário e finalmente a camada de
revestimento delgado com ½ mm e acabamento em pintura de cor branca. O custo
de investimento estimado para esta medida de melhoria foi de 2750 €, para uma
redução anual de energia de 125 €. Apesar do período de retorno elevado, esta
medida reduz as perdas térmicas e elimina as condensações verificadas no interior
da habitação, melhorando as condições de conforto dos espaços.

Exemplo 3 (Introdução de uma segunda caixilharia interior e melhorar as


características solares dos vidros)

Instalação de uma caixilharia adicional pelo exterior em alumínio sem corte térmico,
com espaçamento entre caixilhos de 150 mm, ficando a protecção solar existente
entre os vãos, reduzindo o valor do coeficiente de transmissão térmica em 1,80
2
W/(m .ºC). Os vãos envidraçados são constituídos por vidros duplos (4+6+5 mm)
com factor solar de 0,78. O custo de investimento estimado para esta medida de
melhoria foi de 2322 €, para uma redução anual de energia de 145 €. Apesar do
período de retorno elevado, esta medida reduz as perdas térmicas pela envolvente,
reduzindo também o sobreaquecimento devido à radiação solar incidente no vidro,
melhorando assim as condições de conforto dos espaços.

Exemplo 4 (Instalação de sistema solar térmico individual):

Instalação de sistema solar térmico individual termosifão, para produção de AQS,


composto por 2 colectores solares planos perfazendo uma área total aproximada de
4,5 m2, instalados na cobertura plana com azimute sul e inclinação de 35º, acoplado
a um depósito com capacidade de acumulação de aproximadamente 280 litros, com
permutador de calor em camisa, com eficácia de 35%, localizado no exterior da
fracção e instalado na posição horizontal. Os colectores solares deverão possuir
certificação “Solar Keymark”, instalados por um instalador acreditado pela DGGE e

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 55
ser objecto de um contrato de manutenção do sistema válido por um período mínimo
de 6 anos. O custo de investimento para esta medida de melhoria será de
aproximadamente 2000 €, considerando os incentivos incluídos no Programa Solar
Térmico 2009, e uma redução anual estimada nos custos de energia de 300 €.

Exemplo 5 (Substituição do equipamento actual e/ou instalação de esquentador de


elevado rendimento para preparação de águas quentes sanitárias):

Instalação de um esquentador estanque com tecnologia de condensação, para


produção de AQS, alimentado a gás natural, com 23,6 kW de potência nominal e
eficiência de 1,01 (101 %) a 30% de carga nominal. Deve dispor de ignição
electrónica e modulação automática de chama. O controlo do equipamento deve ser
efectuado através de um display digital LCD para selecção de temperatura,
funcionamento solar e diagnóstico de anomalia. O controlo remoto e receptor deverão
estar incluídos (requer instalação). O custo de investimento estimado para esta
medida de melhoria será de 855 €, para uma redução anual da factura energética de
225 €.

o “Redução anual da Factura Energética”: Campo predefinido em que o PQ terá


seleccionar uma das opções disponíveis relativas ao intervalo do valor de redução
anual da factura energética estimado com a implementação da medida de melhoria:

 menos de 100 €/ano;

 entre 100 € e 499 €/ano;

 entre 500 € e 999 €/ano;

 mais de 1000 €/ano.

Caso não seja aferido o valor, seleccionar a opção ”não estimado” e justificar
detalhadamente a não indicação de nenhum intervalo de valores, no campo
“Pressupostos e explicações sobre as medidas propostas”.

o “Custo estimado do investimento”: Campo predefinido em que o PQ terá


seleccionar uma das opções disponíveis relativas ao intervalo do custo estimado do
investimento para implementação da medida de melhoria:

 menos de 200 €;

 entre 200 € e 999 €;

 entre 1000 € e 4999 €;

 mais de 5000 €.

Caso não seja aferido o valor, seleccionar a opção ”não estimado” e justificar
detalhadamente a não indicação de nenhum intervalo de valores, no campo
“Pressupostos e explicações sobre as medidas propostas”.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 56
o “Período de retorno do investimento”: Campo predefinido em que o PQ terá
seleccionar uma das opções disponíveis relativas ao intervalo do período de retorno
do investimento estimado com a implementação da medida de melhoria:

 inferior a 5 anos;

 entre 5 e 10 anos;

 entre 10 a 15 anos;

 mais de 15 anos.

Caso não seja aferido o valor, seleccionar a opção ”não estimado” e justificar
detalhadamente a não indicação de nenhum intervalo de valores, no campo
“Pressupostos e explicações sobre as medidas propostas”.

o “Medida para recalculo de Classe Energética”: Campo predefinido (sim/não) onde


o PQ deverá indicar se a medida proposta foi estudada (em conjunto com outras
medidas assinaladas da mesma forma) no âmbito do recalculo de classe energética
expectável indicada no campo descrito em seguida.

 “Classe energética após implementação de todas as medidas propostas”: Campo


predefinido em que o PQ terá de seleccionar uma das opções disponíveis relativas ao classe
energética estimada com a implementação de todas as medidas de melhoria assinaladas
anteriormente. Esta classe energética deverá corresponder à situação em que todas as
medidas assinaladas com “sim” no campo “Medida para recalculo de Classe Energética”
sejam implementadas, ou seja, considerando o efeito conjunto das medidas assinaladas.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 57
Fig. 17 – Passo 11 para emissão e registo de CE/DCR

2.13 NOTAS E OBSERVAÇÕES (PASSO 12)


De seguida, apresenta-se uma descrição sobre o tipo de informação pretendida nos vários campos
que compõem o formulário correspondente ao passo 12:

 “Notas e observações do perito qualificado sobre o presente certificado”: Indicar, entre


outros aspectos:

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 58
o eventuais considerações, observações, aproximações, pressupostos e/ou limitações
da análise realizada, que permitam a adequada interpretação e/ou controlo de
qualidade da informação apresentada;

o questões relativas à identificação de edifícios e fracções ou a


contradição/desactualização de documentos oficiais;

o questões que interessem ao uso eficiente do CE e da DCR pelos vários públicos


especializados, mas excluindo todas as questões que ponham em causa direitos de
pessoas ou instituições (bom nome, imagem, intimidade, etc.);

o eventual incumprimento de normas regulamentares aplicáveis relativamente à


certificação energética.

 Data da visita e identificação de quem assistiu à vistoria e de quem autorizou a entrada


do PQ no edifício, data-hora de início e fim da vistoria;

 Documentação suporte solicitada pelo PQ e entregue pelo proprietário, como por


exemplo:

o Certidão da Conservatória e das Finanças;

o Projecto de Arquitectura ou de Alterações e Telas Finais;

o Projecto de Estruturas;

o Projecto de Térmica ou outra documentação no âmbito do RCCTE inicial e


projectos de outras especialidades conexas com a documentação térmica;

o Licença de construção e/ou de utilização;

o Certificado dos colectores solares, certificado de aptidão profissional do instalador


e contrato de manutenção do sistema solar térmico;

o Ficha Técnica Habitação;

o Fichas técnicas dos equipamentos e sistemas instalados;

o Relatórios das inspecções periódicas a caldeiras, sistemas de aquecimento e


equipamentos de ar condicionado.

 Documentação ou informação solicitada, mas não entregue pelo proprietário.

 Eventual informação sobre a actualidade e autenticidade da documentação entregue ao


PQ, bem como a indicação da data de devolução integral e em bom estado, pelo PQ, de
toda a documentação que lhe fora entregue (se aplicável).

 Critério/método usado pelo PQ para determinar o ano de construção;

 Documentação suporte utilizada no estudo, como por exemplo:

o D.L. 80/2006;

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 59
o ITE 50/54;

o Nota Técnica SCE 01.

 Limitações na obtenção de informação, como por exemplo:

o O imóvel não se encontra descrito na Conservatória de Registo Predial nem


inscrito nas Finanças.

o Indicação sumária das diligências prévias e atempadas levadas a cabo pelo PQ


junto do Proprietário (indicar data do envio da respectiva listagem e de indicação
das formas correntes da obtenção da informação solicitada e da eventualidade de
necessidade de acesso do PQ a partes comuns do Condomínio) para obtenção
da documentação necessária para a vistoria e certificação, no caso de ter havido
insucesso parcial ou total dessas diligências,

o Impedimento no acesso a partes comuns do condomínio para obtenção de


evidências necessárias à boa qualidade das propostas de melhoria ou análise de
partes do edifício ou de equipamentos colectivos com interesse para a
Certificação Energética.

o Impedimento de acesso a partes do edifício a certificar, com prejuízo para o rigor


e qualidade da certificação.

o Incumprimento pelo proprietário da informação ao inquilino da data e hora da


vistoria ou a recusa deste a permitir a entrada na unidade residencial.

Nota 1: No caso de haver limitações importantes que retirem rigor à certificação


energética, o PQ deve mencionar tal facto no campo “Observações e Notas”,
indicando o erro provável no rigor da determinação dos parâmetros de que resulta a
classificação energética.

Nota 2: No caso de a determinação com rigor do ano de construção ter impacte na


avaliação de grau de cumprimento ou incumprimento de normas regulamentares
relativas à eficiência energética, deve o PQ mencionar tal facto no campo
“Observações e Notas”, indicando também a fundamentação clara da inexistência de
evidência credível sobre o ano de construção do edifício. Este procedimento torna-se
especialmente importante após a entrada em vigor do RCCTE na primeira versão e
da actual.

 Considerações relacionadas com a emissão do CE, como por exemplo:

o Emissão de n CE’s para um espaço comercial amplo composto por n Fracções


Autónomas.

o Outros casos que o PQ considere de interesse para a eficácia real do SCE.

No caso de CE de edifícios existentes, caso sejam adoptadas as simplificações constantes na NT-


SCE-01, deve ser incluída uma explicação neste campo, referindo que os valores para os coeficientes

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 60
de transmissão térmica (U) são majorados 35% para efeitos de determinação da classe energética.
Deve ser indicado, igualmente, que os valores máximos para os coeficientes de transmissão térmica
(Umax) indicados nos CE’s de edifícios existentes, relativamente a elementos da envolvente opaca,
bem como o factor solar máximo admissível dos vãos envidraçados, são apenas aplicáveis a novos
edifícios e que, para edifícios existentes, devem ser tomados como referência para efeitos de
identificação de oportunidades de melhoria.

Para concluir a emissão e proceder ao registo de uma DCR ou CE, após todos os campos
obrigatórios estarem devidamente preenchidos, deverá seleccionar a opção “Concluir”. Esta opção
direcciona o PQ para campo de pagamento de taxas, onde se poderá efectuar o pagamento do
registo do certificado.

Fig. 18 – Passo 12 para emissão e registo de CE/DCR

2.14 DOCUMENTAÇÃO ENTREGUE AO PROPRIETÁRIO (PASSO 13)


De seguida, apresenta-se uma descrição sobre o tipo de informação pretendida nos vários campos
que compõem o formulário correspondente ao passo 13. Este passo apenas é aplicável no caso de
edifícios existentes e a informação nele constante refere-se ao trabalho desenvolvido pelo PQ para
elaboração do CE, permitindo assim a adequada interpretação e/ou controlo de qualidade da
informação apresentada.

 Vistoria:

o “Data da visita”: Indicar a data da visita ao local pelo PQ. Formato dd-mm-aaaa;

o “Hora de Início”: Indicar a hora de inicio da visita ao local pelo PQ. Formato hh:mm;

o “Hora de Fim”: Indicar a hora do final da visita ao local pelo PQ. Formato hh:mm.

 Relatório síntese:

o “Relatório Síntese”: Inserir o relatório síntese da peritagem e estudos realizados no


formato PDF. Este documento deve conter informação que permita identificar o
imóvel em estudo, bem como descrever o trabalho de peritagem realizado e
apresentaras evidências que permitem suportar as opções tomadas pelo PQ.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 61
o “Folha de Cálculo Regulamentar”: Inserir a folha de cálculo regulamentar ou outro
output de programa ce cálculo utilizado para determinação da classe energética no
imóvel no formato PDF;

 Estudo de medidas de melhoria:

o “Estudo de Medidas de Melhoria”: Inserir o estudo de medidas de melhoria do


imóvel no formato PDF.

o “Observações”: Indicar, entre outros aspectos, eventuais considerações,


observações, aproximações, pressupostos e/ou limitações ao estudo realizado, que
permitam a adequada interpretação e/ou controlo de qualidade da informação
apresentada;

O tamanho de todos os ficheiros para upload neste passo não deverá exceder os 4MB e todos os
ficheiros deverão estar no formato PDF.

Fig. 19 – Passo 13 para emissão e registo de CE/DCR

3 IMPORTAÇÃO ATRAVÉS DE XML


Este interface permite o carregamento de informação no formulário de preenchimento de CEs/DCRs
através de um ficheiro em formato XML, possibilitando o preenchimento off-line da informação a
constar nos certificados energéticos. O desenvolvimento dessa funcionalidade para integração com o
Portal deverá ser feito pelos próprios utilizadores do sistema ou pelas empresas que forneçam
software neste âmbito.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 62
Para utilizar esta funcionalidade, deve aceder ao menu “Emissão e Registo” e seleccionar a opção
“Importação CE/DCR Externos” para upload dos ficheiros provenientes das ferramentas utilizadas
para verificação e cálculo regulamentar.

Os PQs que pretendam obter informações referentes à importação de ficheiros no formato XML,
nomeadamente o arquivo que contém as definições na linguagem XML (XML Schema Definition),
descrevendo a estrutura e definindo as regras de validação dos documentos no formato XML, bem
como o manual do interface e exemplos do ficheiro XML, deverão solicitar as mesmas à ADENE
através do endereço electrónico peritos.sce@adene.pt.

Fig. 20 – Importação de ficheiros no formato XML

4 PAGAMENTOS DE TAXAS
Para aceder aos vários processos que aguardam pagamento, deverá seleccionar o menu
“Pagamento de Taxas”.

Fig. 21 – Passo 1 para pagamento de taxas

4.1 SELECÇÃO DE PROCESSOS


Nesta opção, poderá escolher quais os DCRs/CEs que pretende efectuar o pagamento da taxa de
registo no SCE e que irão estar associados a uma só entidade de facturação (o próprio PQ ou outra
entidade). Para tal, deve seleccionar o conjunto de documentos que irá incluir numa só factura.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 63
À medida que forem seleccionadas as DCRs/CEs irá aparecer o nº total de documentos e o valor a
pagar (sem IVA).

Fig. 22 – Selecção de DCR/CE para pagamento de taxas

4.2 DADOS PARA FACTURAÇÃO


Uma vez concluída a selecção dos vários DCRs/CEs que pretende pagar numa só factura, é
solicitada a indicação da entidade a quem se reporta essa factura. O sistema, por defeito, selecciona
o próprio PQ como entidade a facturar e preenche de forma automática os dados de facturação com
base na informação do PQ previamente registada no SCE.

 “Próprios dados para facturação”: Deverá seleccionar esta opção, caso a entidade a
facturar seja o perito qualificado, sabendo que todos os dados que vão surgir na factura são
os que o perito qualificado tem no momento registados no SCE e que nesta opção surgem
automaticamente;

Fig 23 – Dados de facturação - Perito Qualificado

 “Outros dados para facturação”: Deverá seleccionar esta opção, caso a entidade a
facturar seja distinta do perito qualificado, indicando o nome, morada, localidade, código
postal, n.º de contribuinte, e-mail da respectiva entidade e região para facturação da entidade
(se a região for Madeira ou Açores e se o Edifício/Fracção também seja, o IVA aplicável
respeita a respectiva taxa da região autónoma)

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 64
Fig. 24 – Dados de Facturação - Outra Entidade

o “Gravar”: Caso tencione mais tarde reutilizar a entidade de facturação noutros


pagamentos, poderá guardar os dados desta entidade através da selecção desta
opção;

o “Limpar”: limpa todos os campos de entidade de facturação

o “Eliminar”: apaga da base de dados a entidade de facturação.

4.3 MÉTODOS DE PAGAMENTO


De seguida, deverá seleccionar o modo de pagamento, que poderá ser Online ou Offline:

 “VISA (Pagamento Online)”: Nesta forma de pagamento, o PQ deve introduzir o nº de


cartão, a data de validade e o CCV. Após seleccionar na opção “Efectuar Pagamento”, o
documento irá passar para o estado “Em pagamento” e finalmente, quando o Sistema receber
a informação de que a transacção foi bem sucedida, passará a “Pago”. Caso a transacção
seja concluída com sucesso (autorizada pelo entidade bancária/SIBS/UNICRE), as
DCRs/CEs e as respectivas facturas ficam disponíveis imediatamente. O PQ e a entidade
indicada nos dados para facturação receberão por e-mail a factura/recibo relativa ao
pagamento da taxa de registo no sistema e, por sua vez, o estado da DCR/CE passará para
“Pago”, concluindo desta forma o processo de emissão e registo do documento.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 65
Fig. 25 – Pagamento Online

 “Multibanco / Transferência bancária / Cheque / Numerário (Pagamento Offline)”: Se


pretender o pagamento através de multibanco, transferência bancária, cheque ou numerário
(nas instalações da ADENE), deverá seleccionar esta opção. Os prazos estimados para
disponibilidade das DCR/CE, em caso de sucesso no pagamento, são os seguintes:

 Pagamento de serviços no Multibanco (ou Homebanking) - Nas 24 horas seguintes,


nos dias úteis.

 Transferência bancária / Numerário / Cheque: 5 dias úteis.

Se pretender o pagamento através de multibanco, transferência bancária, cheque ou


numerário, deverá seleccionar esta opção e carregar em “Efectuar Pagamento”. Depois de
confirmar que deseja efectuar o pagamento, carregar em “OK”.

Fig. 26 – Pagamento Offline

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 66
Irá então surgir uma página com as informações necessárias para pagamento da taxa de
registo e será enviado um e-mail com as mesmas informações para o endereço de e-mail do
PQ e para o e-mail da Entidade de Facturação.

Fig. 27 - Instruções de pagamento

A entidade indicada nos dados de facturação irá receber, por e-mail, a respectiva factura pró-
forma electrónica para que possa proceder ao pagamento.

Na opção de transferência bancária, o utilizador deverá indicar o nº da factura pró-forma no


campo destinado ao descritivo da transferência.

Para pagamentos por transferência bancária ou cheque, o utilizador deverá enviar uma cópia
do comprovativo de transferência bancária ou o cheque, conforme aplicável, juntamente com
uma cópia da factura pró-forma, para os seguintes contactos:

ADENE - Centro de Serviço a Clientes

R. Dr. António Loureiro Borges, 5 – 6º

Arquiparque – Miraflores

1495-131 Algés – Portugal

E-mail: peritos.sce@adene.pt

Fax: 214 722 898

O pagamento por cheque só será considerado como realizado após boa cobrança.

Para pagamentos em numerário, a entrega será presencial nas instalações da ADENE, na


morada anteriormente referida.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 67
Fig. 28 – Exemplo de Factura Pró-forma

Após confirmação do pagamento, através de qualquer uma das opções de pagamento disponíveis,
será emitida a respectiva factura/recibo para a entidade indicada nos dados de facturação e, por sua
vez, o estado da DCR/CE passará para “Pago/Registado, concluindo desta forma o processo de
emissão e registo do documento.

5 CONSULTAS
Em qualquer instante, o PQ dispõe de um conjunto de consultas aos seus documentos,
independentemente do estado em que se encontrem. Existem três áreas de consulta que permitem
aceder de forma selectiva a um ou vários CE/DCR´s do PQ.

Fig 29 – Consultas de processos

São vários os estados que os processos poderão possuir:

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 68
 “Pendente”: O estado “Pendente” indica que não foram preenchidos todos os
campos obrigatórios para emissão e registo de CE/DCR ou seleccionada a opção
“Concluir”;

 “Concluído”: O estado “Concluído” indica que todos os campos obrigatórios foram


devidamente preenchidos e que foi seleccionada a opção “Concluir”;

 “Em pagamento”: O estado “Em pagamento” indica que se encontra em curso a


validação do pagamento do CE/DCR;

 “Pago”: O estado “pago” indica que se encontra emitido e registado o CE/DCR no


sistema;

 “Em análise”: O estado “Em análise” indica que se encontra em análise o pedido de
anulação do CE/DCR;

 “Anulado”: O estado “Anulado” indica que o pedido de anulação do CE/DCR foi


diferido.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 69
Formato do nº Estado Descrição Características do PDF FUNCIONALIDADES DISPONÍVEIS

DCR/CE incompleto, podem faltar preencher


Impressão de teste sem Impressão de teste; Consultar;
TEMP######### Pendente alguns campos ou não foi dado como
validade legal Editar/Alterar; Gravar; Copiar; Eliminar
concluído pelo PQ

Impressão de teste; Consultar;


Formulário completo; É possível editar o Impressão de teste sem
DCR/CE######## Concluído Editar/Alterar; Gravar; Enviar para
Formulário validade legal
pagamento; Copiar; Eliminar

Impressão de teste; Consultar; Copiar;


Aguarda pagamento pelo PQ ou por outra Impressão de teste sem Eliminar
DCR/CE######## Em pagamento
entidade indicada pelo PQ; Não editável. validade legal

DCR e CE sem marca


DCR/CE######### Pago DCR/CE final; Não editável. Impressão final; Consultar; Anular; Copiar
água

Aguarda resultado da análise do pedido de DCR e CE com marca


DCR/CE######### Em análise Impressão de teste; Consultar; Copiar
anulação de DCR/CE. Não editável. água

Pedido de anulação de DCR/CE diferido. Não


DCR/CE######### Anulado Não disponível Consultar; Copiar
editável.
5.1 PROCESSOS EM CURSO
Através da selecção do submenu “Processos em Curso”, menu “Consultas”, o PQ pode aceder a uma
lista de processos pendentes, concluídos e em pagamento (aguardam tratamento).

Encontram-se disponíveis as seguintes funcionalidades que passamos a descrever:

 “Copiar”: A selecção da opção “Copiar” permite criar uma cópia de um CE/DCR


existente, à excepção dos dados do edifício;

 “Eliminar”: A selecção da opção “Eliminar” permite apagar do sistema um CE/DCR.


Esta opção encontra-se disponível para processos nos estados “pendente”,
“concluído” e “em pagamento”;

 Consulta de processo: Para consulta ou actualização de um processo, basta


seleccionar o processo pretendido e proceder às alterações;

 Visualização de documentos: Para visualizar o documento, deverá seleccionar o


ícone do ficheiro pretendido e proceder ao download do mesmo:

o DCR/CE:

o Factura:

o Relatório síntese:

o Folha de cálculo regulamentar:

o Estudo das medidas de melhoria:

Fig 30 – Consulta de processos em curso

5.2 PESQUISA DE PROCESSOS


Através da selecção do submenu “Pesquisa de Processos”, menu “Consultas”, o PQ poderá
pesquisar por todos os processos em curso, concluídos e pagos.
Para efectuar uma pesquisa, existe um filtro que permite seleccionar qualquer processo,
independente do estado em que estiver. No entanto, quanto mais se restringir a pesquisa, menor será
o conjunto de resultados apresentados. Desta forma será aconselhável restringir o leque de possíveis
respostas e, para tal, o perito pode usar os seguintes filtros:

 Tipo de Documento: CE, DCR e Ce após DCR

 Tipo de Edifício: Edifício de Habitação sem Sistema(s) de Climatização; Edifício de


Habitação Com Sistema(s) de Climatização ; Pequeno Edifício de Serviços sem
Sistema(s) de Climatização; Pequeno Edifício de Serviços com Sistema(s) de
Climatização e Grande Edifício de Serviços;

 Nº de Certificado: só é necessário digitar os algarismos, com excepção dos zeros


após a sigla CE ou DCR (ex. para CE000000000012345 basta introduzir 12345)

 Morada: pode ser introduzido texto livre

 Localidade: pode ser introduzido texto livre

 Freguesia: pode ser introduzido texto livre

 Concelho: pode ser introduzido texto livre

 Região: Continente ou regiões autónomas da Madeira e Açores

 Data de Modificação ou Emissão: CEs/DCRs entre duas datas

 Estado do Certificado: Pendente, Em processamento, Pago, Em aprovação,


Aprovado, Concluído, Anulado, Em análise

Fig. 31 – Pesquisa de Processos

Uma vez seleccionados os critérios de pesquisa neste filtro, o sistema irá devolver como resultado
todos os CEs/DCRs que verificam as condições especificadas, como mostra a figura seguinte:

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 72
Fig. 32 – Pesquisa de Processos

Encontram-se disponíveis as seguintes funcionalidades:

 “Anular”: A selecção da opção “Anular” permite submeter para apreciação um


pedido de anulação de um CE/DCR. Esta opção encontra-se disponível para
processos no estado “pago”;

 “Copiar”: A selecção da opção “Copiar” permite criar uma cópia de um CE/DCR


existente, à excepção dos dados de identificação do imóvel;

 “Eliminar”: A selecção da opção “Eliminar” permite apagar do sistema um CE/DCR.


Esta opção encontra-se disponível para processos nos estados “pendente”,
“concluído” e “em pagamento”;

 Consulta de processo: Para consulta ou actualização de um processo, basta


seleccionar o processo pretendido e proceder às alterações;

 Visualização de documentos: Para visualizar o documento, deverá seleccionar o


ícone do ficheiro pretendido e proceder ao download do mesmo:

o DCR/CE:

o Factura:

o Relatório síntese:

o Folha de cálculo regulamentar:

o Estudo das medidas de melhoria:

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 73
5.3 PROCESSOS PAGOS
Através da selecção do submenu “Processos Pagos”, menu “Consultas”, o PQ poderá pesquisar por
processos pagos.

Fig. 33 – Consulta processos pagos

Encontram-se disponíveis as seguintes funcionalidades que passamos a descrever:

 “Anular”: A selecção da opção “Anular” permite submeter para apreciação um


pedido de anulação de um CE/DCR. Esta opção encontra-se disponível para
processos no estado “pago”;

 “Copiar”: A selecção da opção “Copiar” permite criar uma cópia de um CE/DCR


existente, à excepção dos dados de identificação do imóvel;

 Consulta de processo: Para consulta de um processo, basta seleccionar o processo


pretendido;

 Visualização de documentos: Para visualizar o documento, deverá seleccionar o


ícone do ficheiro pretendido e proceder ao download do mesmo:

o DCR/CE:

o Factura:

o Relatório síntese:

o Folha de cálculo regulamentar:

o Estudo das medidas de melhoria:

No que respeita à funcionalidade “Anular”, que se destina somente a CE/DCR’s pagos, o pedido de
anulação deve ser devidamente justificado, indicando as razões da anulação e qual o nº da DCR ou
CE que substitui o anulado. Cabe à ADENE a decisão da aceitação ou não do pedido de anulação e
a resposta ao pedido pode demorar vários dias.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 74
Qualquer pedido de anulação só será apreciado após confirmação de que o edifício ou fracção já
dispõe de um novo certificado válido entretanto emitido, devidamente entregue ao proprietário que
contratou o serviço de certificação.

Para aceder a esta funcionalidade deve seleccionar a opção “Anular”.

Fig 34 – Pedido de Anulação do CE/DCR

Após a confirmação de que pretende prosseguir com o pedido de anulação, surgirá a seguinte
página:

Fig 35 – Preenchimento do Pedido de Anulação do CE/DCR

Alguns dos dados solicitados são automaticamente preenchidos, nomeadamente:

 data do pedido de anulação

 nº e nome do PQ

 nº de Certificado

Os campos de preenchimento obrigatório são os seguintes:

 Justificação do Pedido (explicação detalhada dos motivos do pedido)

 Nº de DCR/CE registado que substitui o documento em anulação: tem que existir o


documento no SCE

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 75
 Informação Adicional: anexar ficheiro, caso pretenda.

Depois de carregar em confirmar o pedido de anulação, surge a seguinte página.

Fig. 36 – Pedido de Anulação do CE/DCR

Seguidamente, este pedido ficará no estado “Em análise”, tal como o PQ poderá constatar se
efectuar uma pesquisa, colocando esse estado nos critérios de pesquisa.

Fig. 37 – Pesquisa de processos em análise

Fig. 38 – Consulta de pedido de anulação

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 76
Após análise do pedido de anulação submetido, tendo por base a justificação apresentada e
o documento indicado, o PQ recebe um e-mail com o deferimento ou indeferimento do
pedido.

Fig. 39 - Deferimento do Pedido de anulação de DCR/CE

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 77
ANEXO I

Uma visão global da missão

dos Peritos Qualificados (PQ) do SCE

A eficiência energética do parque edificado actual e futuro é uma questão de importância estratégica
para a economia europeia e portuguesa e para a qualidade de vida das pessoas. Essa eficiência
depende muito da qualidade dos projectos dos edifícios novos e das alterações e reabilitações dos
existentes, bem como da qualidade de execução das respectivas obras e do grau de cumprimento
das normas regulamentares.

Mas as normas regulamentares representam geralmente mínimos admissíveis. A estratégia europeia


e nacional vai no sentido de, sempre que possível e viável, procurar atingir-se níveis de eficiência
superiores aos regulamentares, quer nas características dos próprios edifícios, quer no seu uso real.
Os conhecimentos especializados e a atitude proactiva dos PQ são meios essenciais de apoio ao
sucesso desta estratégia.

Na fase de projecto do edificado futuro e da alteração e reabilitação geral ou especificamente


energética do edificado existente, o conhecimento do PQ permite-lhe detectar oportunidades de
melhoria da eficiência energética dos edifícios, para além dos mínimos regulamentares e com
maximização da relação dos benefícios energéticos, climáticos, sociais, fiscais e de criação de valor
de mercado, em relação aos custos globais das respectivas soluções.

Dada a importância crescente da eficiência energética e do seu impacto na saúde dos utentes, nos
riscos climáticos e na produtividade dos agentes económicos, o Estado adequa a política fiscal aos
objectivos estratégicos em causa. A missão dos PQ é essencial para a eficácia e justiça da política
fiscal neste campo.

Em síntese e sem prejuízo de outros aspectos decorrentes da lei e das boas práticas, a missão do
PQ integra as seguintes funções:

1. Representação do Estado na relação com vários públicos abrangidos directa e


indirectamente pela certificação energética.

O PQ, nesta função, integra-se na estratégia nacional da prestação de serviço público de


elevada qualidade e é objecto de fiscalização do seu próprio padrão de desempenho.

2. Representação do Sistema de Certificação Energética (SCE).

Nesta função o PQ dá permanente contributo positivo para a boa imagem, credibilidade,


prestígio e reputação do SCE a nível nacional e internacional, contribuindo para o respectivo
benchmarking, na qualidade dos resultados e no alto padrão global de ética e deontologia.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 78
3. Fiscalização de qualidade de projectos e fiscalização a posteriori da qualidade de execução
de obras de construção, reparação e alteração de edifícios certificados, bem como do
cumprimento ou incumprimento de normas regulamentares no tocante às questões de
consumo e produção de energia, qualidade no ar interior e patologia edificativa.

Nesta função, o PQ procede com isenção, imparcialidade, rigor e argúcia, mas com justiça,
equidade e proporcionalidade adequadas.

4. Conselho e indução de mudanças duráveis de comportamentos para o desenvolvimento


sustentável, de vários agentes com intervenção na eficiência energética dos edifícios, tais
com projectistas, técnicos responsáveis pelas obras, construtores, proprietários, utentes dos
edifícios, gestores dos condomínios, fiscais de outros Serviços.

Nesta função, o PQ usa as boas práticas indutoras de mudanças comportamentais, desde


dar o próprio exemplo e mostrar exemplos de outros influenciadores de comportamento dos
alvos, até ao convencimento (pela racionalidade e afectividade) das vantagens, para os alvos,
em mudar o seu comportamento e atitude quanto a melhoria da eficiência energética do
edificado.

O PQ, na sua qualidade de especialista, dá também informação sobre as várias vantagens da


melhoria da eficiência energética, inclusive no campo fiscal, captação de valor de mercado e
aumento da produtividade. E evidencia riscos resultantes de má eficiência energética,
inclusive no campo de infracções regulamentares, menos-valias comerciais do imóvel em
relação à concorrência, não benefícios fiscais ou até prejuízos fiscais, afectação possível da
saúde dos utentes e da sua consequente produtividade e competitividade.

5. Prestação de um serviço ao Cliente consumidor do seu serviço.

Nesta função, o PQ fornece serviço com qualidade que respeita os direitos dos seus
Consumidores e compromissos contratuais.

6. Prestação de apoio a Consumidores e Fornecedores de serviços imobiliários relativos a


imóveis certificados

Nesta função, o PQ nomeadamente, determina com rigor e imparcialidade a classe de


certificação energética, faz propostas fundamentadas de melhoria, sob o ponto de vista
técnico, bem como de, viabilidade económica e jurídica e presta a informação pertinente e
segundo as boas normas. E assegura a credibilidade da sua argumentação e da
demonstração das evidências em que se baseia.

7. Redacção e emissão de documentos administrativos importantes para o direito de


propriedade e para a segurança jurídica das operações jurídicas imobiliárias (transacção,
arrendamento).

Nesta função, o PQ actua com o rigor adequado ao respectivo enquadramento legal e


administrativo, controla a qualidade final dos documentos que emite e dos registos que faz na
Base de Dados do SCE, eliminando erros, enganos, lapsos, imprecisões e outras não-

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 79
qualidades, respeita prazos e compromissos assumidos e contribui para a agilidade e
simplicidade de processos. Em caso de eventual não-qualidade, age com diligência para a
sua superação.

8. Fundamentação legal, clara, rigorosa, segura, transparente, justa e imparcial dos cálculos e
critérios que adopta na atribuição da classificação energética, da qualidade do ar interior, na
resolução de patologias e na caracterização das propostas de melhoria.

O PQ tem em conta que esta fundamentação deve ser entendível por uma pluralidade de
públicos que utilizam directa ou indirectamente os Certificados Energéticos (CE) ou as
Declarações de Conformidade Regulamentar (DCR), os quais têm culturas técnicas diversas
e interesses por vezes contraditórios. Entre os vários públicos estão: 1) vendedor e
comprador; 2) proprietário e inquilino; 3) investidores, financiadores e avaliadores; 4)
projectistas, responsável técnico, fiscais municipais, entidades reguladoras, advogados,
consultores, etc.; 5) consultores de eficiência energética; 6) empreiteiros e projectistas de
medidas de melhoria; 7) condóminos e administradores de condomínios; 8) vários serviços do
próprio SCE (fiscalização, informática, controlo de qualidade);

E tem também em conta as boas práticas que caracterizam uma comunicação eficaz e fácil
com os destinatários da respectiva fundamentação.

O PQ assegura que as evidências em que se baseia sejam as melhores e que a sua


fundamentação seja susceptível de fácil verificação posterior, por outros especialistas,
nomeadamente: projectistas, técnicos de obras, avaliadores de valor dos edifícios,
consultores dos vários interessados, fiscalizadores de qualidade do próprio SCE.

9. Utilização de sistemas informáticos de elevada qualidade, em particular a Base de Dados


do SCE e outro software auxiliar que use para efeitos da certificação energética e das
propostas de melhoria.

Nesta função, o PQ utiliza a Base de Dados do SCE, com elevado padrão de


profissionalismo, evitando todo o tipo de não-qualidades, em particular evitando a poluição da
informação que introduz, com erros, enganos, esquecimentos, falhas, introdução de
informação não solicitada (por exemplo: usar no preenchimento de campos expressões
estranhas ao campo provenientes de software auxiliar) ou a introdução de informação errada,
incompleta ou desorganizada (em particular nos campos de texto livre).

Em síntese: na utilização da base de dados do SCE o PQ faz sempre o controlo de qualidade


relativo a cada campo que digitaliza ou decide não preencher. E respeita todas as normas e
procedimentos, quer operacionais, quer de segurança aplicáveis.

10. Integração proactiva no corpo de peritos qualificados do SCE.

Nesta função, o PQ contribui para o elevado padrão ético-técnico característico da missão


geral de “perito”, incluindo a elaboração cuidadosa e atempada dos respectivos relatórios de
peritagem e seus complementos, de acordo com as normas aplicáveis, bem como a

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 80
devolução atempada e integral de documentação que lhe tenha sido entregue
temporariamente.

E faz eventuais propostas visando fundadamente a melhoria da eficácia do SCE, dos PQ e do


próprio Guia, no objectivo nacional da estratégia energética quanto ao património edificado.

A presente visão global da missão dos Peritos Qualificados do SCE visa integrar a pluralidade das
questões abordadas no Guia.

O estilo e o conteúdo dos relatórios dos PQ e dos seus registos na Base de Dados do SCE tendem a
reflectir a aplicação da visão global à estratégia nacional e europeia de eficiência energética do
edificado.

Como já há muito se tornou claro, “a mensagem é o meio”. Ou seja, o impacto real da missão do PQ
depende não só de factores técnicos mas também de outros factores meta-técnicos. O Presente Guia
procura contribuir para o sucesso global do SCE e dos diversos actores no campo da eficiência
energética.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 81
ANEXO II

Especificações gerais
comuns para preenchimento de DCRs/CEs

Sem prejuízo para as regras gerais contidas no presente Anexo indicam-se algumas regras especiais,
destinadas a caracterizar um estilo eficaz, claro e facilmente interpretado de comunicação dos PQ
com os vários públicos a que se destinam CE/DCR:

Regra 1: Não deixe de escrever o essencial, mas evite a redundância excessiva ou de difícil
apreensão por públicos de cultura média.
a. Os campos de texto livre devem ser sempre baseados na língua portuguesa, não sendo
aceites termos de línguas estrangeiras de uso corrente em Portugal. Exemplo: não usar
“reemplazar” em vez de “substituir”.
b. Usar frases de leitura directa simples, tão curtas quanto conveniente. Períodos extensos
tornam a apreensão difícil ou exigem excessivo esforço.
c. Se uma mensagem clara puder ser expressa com 1 000 caracteres, não usar 1 200 ou 1 500.
Nem usar só 100 caracteres se o texto assim construído não transmitir a mensagem capaz de
atingir o objectivo pretendido.
d. O PQ, ao fazer o controlo de qualidade do seu trabalho, procurará colocar-se no lugar dos
diversos destinatários que utilizarão o seu texto.

Regra 2: Atenção os “pequenos nadas”


Uma mensagem com erros ortográficos ou sintácticos, com informação errada ou não
fundamentada, escrita em linguagem desleixada, confusa, desordenada, usando conceitos
mal ou não definidos, omissa sobre informação necessária ou prolixa em outras partes,
ofendendo regras sociais ou contendo informação interpretável como tentativa de passar
publicidade encapotada ou outros interesses eticamente criticáveis – retira grande parte do
efeito positivo que ela podia e devia ter. Com a agravante de pôr em risco a imagem e o bom
nome do emissor, a sua competência e a credibilidade do conteúdo da mensagem. E vir a
repercutir-se no bom nome e na imagem do corpo de PQ do SCE.

Regra 3: cada “Cliente” insatisfeito com a qualidade causa danos tanto mais pesados quanto
maior for a razão que lhe assiste.
É essencial para o sucesso da estratégia de eficiência energética que o impacto do CE e da
DCR cause boa impressão desde o primeiro momento, seja numa análise completa, seja
numa leitura em diagonal ou numa análise aprofundada, levada a cabo por outros
especialistas, de alguma parte do documento.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 82
O controlo da qualidade global final, pelo PQ, constitui uma das fases mais importantes do
seu trabalho de criação e emissão de documentos no âmbito do SCE.

Regra 4: adopte soluções que facilitem a clareza e utilidade da mensagem.


a. Mantenha os textos de um mesmo campo organizados e ordenados segundo uma lógica e
critério de prioridades fáceis de apreender pelos leitores.
b. Não misture assuntos que devem ser mantidos em campos separados. Uma “Observação ou
nota ao CE” aplica-se globalmente ao CE e tem, portanto, função diferente de um
“pressuposto ou observação a considerar na interpretação da informação apresentada no
campo 4 do CE ou seja nas propostas de medidas de melhoria”.
c. Não deixe de transmitir informação ou esclarecimento essencial aos vários tipos de públicos
que podem necessitar de analisar o CE (notário, conservador, avaliador, empreiteiro das
melhorias, proprietário, inquilino, projectistas, responsável técnico pela construção,
fiscalização SCE, condóminos, etc.).

Regra : Use o estilo de letras e os caracteres que as pessoas comuns estão habituadas a
encontrar frequentemente ou são impostas pelas normas técnico-científicas.
a. Não escreva textos correntes em MAIÚSCULAS.
b. Reduza ao mínimo indispensável o uso de abreviaturas ou de acrónimos, em especial nos
casos que não são de conhecimento generalizado por pessoas de cultura média. Exemplo:
não escreva “cald.”, em vez de “caldeira” nem “canal.” em vez de “canalização”. Mas “DL
80/2006” é facilmente descodificado como “Decreto-Lei nº 80/2006”.
c. Não escreva símbolos de unidades físicas em desacordo com as normas portuguesas e a
Física. Exemplo 1: a unidade de energia kWh (que é o produto da potência pelo tempo) não
pode ser escrito sob a forma de kW/h (que simboliza um quociente em vez de um produto).
Este tipo de erros resulta de mera distracção do PQ, mas dá sempre uma imagem negativa
do saber do PQ, tendencialmente generalizável ao conjunto dos PQ.
Exemplo 2: os símbolos de unidades físicas devem respeitar a norma portuguesa. Assim:
deve escrever-se “2 cm” e não “2 cms”. Deve escrever-se “m/s” e não “m/seg”.
Exemplo 3: Os símbolos das unidades não são seguidos de um ponto. Assim deve escrever-
se “com 2 cm de espessura” e não “com 2 cm. de espessura”.
Exemplo 4: Os prefixos correspondentes a um milhão ou valor superior escrevem-se sempre
com maiúscula. Assim: 5 milhões de toneladas escreve-se 5 Mt. Enquanto que 5 mil milhões
de toneladas escreve-se 5 Gt.
Exemplo 5: Os prefixos inferiores a um milhão escrevem-se com caracteres romanos (ou
excepcionalmente gregos, no caso de micro) minúsculos. Assim 3 kg é correcto, mas 3 Kg é
incorrecto.
Exemplo 6: Os símbolos das unidades escrevem-se sempre com minúsculas, excepto se o
nome deriva de um nome próprio (como é o caso da unidade de potência, W, cuja
designação é homenagem a Watt). Assim, 8 toneladas é escrito de forma correcta 8 t,

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 83
enquanto que 8 T é forma incorrecta. Já a potência de oito kilowatts se escreve de forma
correcta 8 kW, enquanto que a forma 8 KW é errada (o prefixo quilo escreve-se com
minúscula), como também é errada a forma 8 kw (porque este símbolo de potência deriva de
um nome próprio e, portanto, escreve-se com maiúscula).
Nota: quando a escrita científica usa expoentes, a sua digitalização deve ser simplificada.
2
Exemplo: em vez de “m ” deve o PQ digitalizar “m2”, para introdução na Base de Dados.
d. Nos textos corridos, o uso de números inteiros inferiores a dez, deve ser feito por extenso,
para diminuir a probabilidade de erro de digitalização. Exemplo: “Substituir cinco janelas”
Quando o texto contém expressões quantitativas correspondentes a números decimais ou a
números inteiros maiores que nove, devem usar-se algarismos. Exemplo: “com espessura de
15 centímetros” ou “com a espessura de 15 cm”.
e. Para escrever quantidades decimais, deve sempre ser usado o separador “vírgula” e não o
“ponto”. Exemplo: 0,65 e não 0.65 nem .65 nem ,65.
Nota: a escrita de números, para efeitos de registo na Base de Dados depende do tipo de
campos em que se está a introduzi-los.

Uma situação é escrever um número num campo de texto. Outra situação é escrever o número
num campo numérico da Base de Dados.

Exemplo 1: numa descrição de medida (ou seja, num campo de texto), o PQ pretende escrever
que o custo da medida é dez mil e quinhentos euros. Os sistemas operativos correntes permitem
várias “opções regionais” relativamente a formatos de números, de datas, de tempo (horas,
minutos e segundos) e de valores monetários. Na escrita por algarismos, de números com várias
classes (unidades, milhares, milhões, etc.), são comuns duas alternativas: 1) separar as classes
da parte inteira do número por ponto, por vírgula ou por um espaço; 2) não separar as classes da
parte inteira por nenhum “carácter separador”, escrevendo os algarismos todos seguidos.

Por questão de uniformidade de estilo e de facilidade de interpretação, nos campos de texto da


BD do SCE, os PQ devem usar o “espaço” como separador entre classes da parte inteira dos
números. Assim, escreverão, p. ex., “ o custo da medida é 10 500 €”.

Por igual razão devem os PQ usar nos campos de texto o separador “vírgula” para separar a
parte inteira da decimal, p. ex.: 310,5 (com vírgula). Não devem usar 310.5 (com ponto). Também
não devem usar cumulativamente mais de um separador entre a parte inteira e a parte decimal, p.
ex., 310,5 e não devem usar 310 ,5 (com espaço antes da vírgula) nem 310, 5 (com espaço
depois da vírgula).

Exemplo 2: introduzir números em campos numéricos da Base de Dados

Os PQ devem respeitar a seguinte norma:

O número não deve conter nenhum separador entre todos os seus algarismos, excepto, quando o
número tiver parte decimal, caso em que o número só pode ter um único separador, ou seja, a
vírgula para separar a parte inteira da decimal.

Formato “certo” para campos numéricos da BD: 1) 35,4; 2) 0,00026; 3) 25320; 25320,4

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 84
Formato “errado” para campos numéricos da BD: 1) 35, 4; 2) 35.4; 3) 0.00026; 4) .00026; 5)
25 320; 6) 25.320; 7) 18 ,7; 8) 18, 7 .

Regra 6: Algarismos significativos e números aproximados: respeitar as normas científicas


habituais
a. Todas as medidas feitas numa obra ou numa planta enfermam de erro que depende da
precisão do instrumento de medida e/ou do método usado na medição. Mesmo usando uma
fita métrica exacta à temperatura ambiente, com a fita rigorosamente horizontal, e bem
“esticada”, a medição não traduz o comprimento real, mas um valor aproximado, cujo erro
absoluto real é desconhecido, mas cuja ordem de grandeza é facilmente avaliada.
Geralmente não se pode garantir com precisão erros inferiores a meio centímetro, mesmo
com a fita graduada em milímetros.
b. Nesse caso, o número que representa o comprimento medido em centímetros não terá mais
que uma casa decimal e o algarismo decimal será geralmente o cinco ou o zero. Exemplo:
306,5 cm ou seja 3,065 m. Escrever o resultado de tal medida com mais algarismos decimais
é pura fantasia que não merece qualquer credibilidade. Exemplos errados: 3,06578 m ou
3,0650 m .
c. No caso da medida da alínea anterior:
i. 3,065 tem 4 algarismos significativos;
ii. 3,06578 tem necessariamente os 4 mesmos algarismos significativos 3,065. Os
algarismos 7 e 8 não são significativos.
iii. 3,0650 tem necessariamente os 4 mesmos algarismos significativos. O último zero
não é algarismo significativo.
iv. Se o número que exprime a medida for 3,06, então isso significa, para o leitor, que o
medidor só garante três algarismos significativos.
v. Mas se o número que exprime a medida for 3,060, então isso significa que o medidor
considera que a medida real será inferior a 3,065 ou seja, o último zero de 3,060 é
também algarismo significativo e o número tem 4 algarismos significativos.
d. Geralmente a avaliação de quais e quantos são os algarismos significativos de um número
que exprime uma medição faz-se aplicando as seguintes regras:
i. Todos os algarismos não nulos são significativos. Exemplo: o número 65432 tem
tantos algarismos significativos como o número 0,65432. Ou seja, ambos têm 5
algarismos significativos.
ii. O dígito não nulo mais à esquerda é o primeiro algarismo significativo. Exemplo: no
número 65,432 o primeiro algarismo significativo é o 6. O mesmo acontece no
número 0,65432 e no número 0,00065432. Em todos os três números, o primeiro
número significativo é o 6. E, portanto, todos estes três números têm 5 algarismos
significativos.
iii. Nos números decimais, o dígito (nulo ou não) mais à direita é o último algarismo
significativo. Exemplo: no número 0,65432 o 2 é o último algarismo significativo; no

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 85
número 0,654320, o último algarismo significativo é o 0 (e o número tem portanto 6
algarismos significativos; o número 0,654000 tem 6 algarismos significativos; o
número 0,0006540 tem 4 algarismos significativos (os quatro primeiros zeros, à
esquerda não são significativos, mas o zero à direita é algarismo significativo).
iv. Se o número não tem nenhuma casa decimal, o dígito não nulo mais à direita é o
último algarismo significativo. Exemplo: o número 65400 só tem três algarismos
significativos.
v. Todos os dígitos (nulos ou não nulos) situados entre o algarismo mais significativo e
o menos significativo são sempre algarismos significativos. Exemplo: o número
0,650001 tem 6 algarismos significativos (o primeiro zero não é significativo, mas os
três zeros situados entre o 5 e o 1 são significativos.
e. Número e algarismos significativos numa multiplicação ou divisão: o resultado não deve ter
mais do que o número de algarismos significativos do operando com menor número de
algarismos significativos. Exemplo: área de um compartimento rectangular com 6,24 m de
largura por 10,76 m de comprimento. Como a largura tem 3 algarismos significativos e o
comprimento tem 4 algarismos significativos, então a área só terá 3 algarismos significativos.
Multiplicando numa calculadora 6,24 por 10,76, obtemos o número 67,1424 que tem 6
algarismos significativos. Como o número de algarismos significativos não pode exceder o do
operando com menor número de algarismos significativos, isso significa que o resultado
67,1424 tem de ser arredondado para 3 algarismos significativos ou seja 67,1 m2.
Nota: Ao multiplicar um número exacto por um número aproximado (por exemplo: calcular o
perímetro de um quadrado com 1,345 m de lado), então o resultado do produto tem o mesmo
número de algarismos significativos do que o número aproximado. Exemplo: 4x1,345 = 5,380
(quatro algarismos significativos)
f. Número e algarismos significativos numa adição ou subtracção: o resultado deve ter o
número de casas decimais igual ao operando com menor número de casa decimais.
Exemplo: Somar 10, 34 com 6,245. Na calculadora obtemos 16,585. Como o menor número
de casas decimais da parcelas é duas, o resultado da soma deve ser arredondada para
16,59, com duas casas decimais.

Regra 7: O cálculo de valores estimados: não dar a sensação de rigor quando de facto ele não
existe
Por exemplo, ao estimar custos aproximados de medidas de melhoria não deve o PQ usar um
número de algarismos significativos incoerente com o grau de rigor do resultado da
estimativa. Exemplo: se o PQ apresentar como custo estimado, p. ex., 3846€, como pelas
regras de interpretação de algarismos significativos todos os quatro algarismos são
significativos o que significa que o PQ está implicitamente a afirmar que calculou o valor do
custo com erro da ordem de um euro – o que não foi certamente o caso. Se o PQ escrever
que o valor estimado é 3800€, isso significa que ele, ao usar somente dois algarismos
significativos , está a transmitir a mensagem de que o valor indicado admite um erro da ordem

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 86
dos 100€ acima ou abaixo do valor provável real. Se o PQ escrever que o valor estimado é de
4000€, isso significa que ele, ao usar só um algarismo significativo, está a transmitir a
mensagem de que o valor indicado admite um erro da ordem dos 500€ acima ou abaixo do
valor provável real.

Regra 8: Cuidado no uso de folhas de cálculo e outras softwares para cálculos necessários ao
CE ou DCR
a. As folhas de cálculo exigem grande cuidado na verificação da correcção dos valores e das
fórmulas, pelo elevado risco de enganos e erros. É regra mínima de prudência o PQ fazer
cuidadosa verificação de qualidade.
b. Também a folha de cálculo pode não ter em conta as regras dos algarismos significativos e
os algoritmos de arredondamentos têm de ser bem entendidos pelo PQ.
c. O uso de “copy e paste” pode introduzir caracteres de fórmulas da folha sob a forma de
caracteres matemáticos em campos de texto da Base de Dados, poluindo-a.

Regra 9: Os aspectos jurídico/administrativos têm de respeitar o grau de rigor adequado.


A identificação/localização do imóvel, a inscrição na matriz da respectiva freguesia e a
descrição da conservatória têm de estar correctos, para evitar complicações burocrático-
legais e os seus impactes financeiros directos e indirectos.

Regra 10: Problemas “singulares” e contradições entre documentos oficiais


Por razões de formalismos jurídico-burocráticas, há alguns casos em que um mesmo edifício
pertence a uma freguesia para efeitos de matriz predial nas Finanças e a outra freguesia
diferente para efeitos de descrição na Conservatória. Em Lisboa isso não é incomum.
Resultou de uma reforma, há décadas, da organização administrativa que alterou o figurino
das freguesias. A reforma entrou em vigor para um dos Ministérios mas não entrou para o
outro. Assim pode a certidão das Finanças indicar uma freguesia e a da Conservatória indicar
outra freguesia. Se não for possível ao PQ distinguir esta situação no próprio formulário de
preenchimento, o PQ deve introduzir no campo respectivo a freguesia da matriz e identificar
no campo Observações e Notas o nome da freguesia a que corresponde a descrição na
Conservatória.
Em outros casos os documentos oficiais estão desactualizados em relação a nomes de ruas
ou numeração da polícia. Deve o PQ usar a designação actual, desde que comprovadamente
correcta, e mencionar no campo Observações e Notas a existência de esse tipo de
contradição. Também pode acontecer que a designação do arruamento ou do “número de
polícia” constante no processo de licenciamento tenha sido alterada pela Câmara quando da
conclusão da obra. Em ambos os casos, deve o perito escolher a alternativa
comprovadamente actual e mencionar tal facto no campo de Observações e Notas.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 87
Regra 11: Textos estruturados e bem organizados reduzem erros e facilitam a compreensão da
mensagem e a análise da informação
Frases curtas. Uso de conceitos bem definidos. Ordem lógica de prioridades das informações
e argumentos, nos campos extensos de texto livre. Respeito da ordem legal estabelecida por
normas do SCE para as prioridades de estudo de medidas de melhoria da eficiência. Uso de
linguagem normalizada, utilização de termos de uso corrente em Portugal. Uso de
abreviaturas normalizadas e sem prejuízo das práticas tradicionais na escrita de dados na
Conservatória e nas Finanças. Tudo isto aumenta a eficácia da mensagem.
Os utilizadores dos CE e das DCR apreciam um estilo estruturado para cada tipo de
documento. Todos sabemos que documentos como escrituras, requerimentos têm um modelo
tradicional de redacção e de estruturação. Para procurarmos certo tipo de informação, já
sabemos que ela se encontra em zonas tradicionais do documento. Podemos dizer que é um
estilo user-friendly. A imprensa também se preocupa com o estilo das mensagens produzidas
pelos jornalistas, facilitando a sua apreensão pelos leitores. Análoga preocupação de estilo
deve ser adoptado nos documentos do SCE, tornando fáceis e cómodas a apreensão e
análise do seu conteúdo.

Regra 12: Um mínimo de redundância é importante para o sucesso da mensagem do PQ


Há informação que deve ser repetida em alguns campos. Por exemplo: a descrição sucinta do
imóvel e algumas das descrições, ao longo do certificado, dos elementos que afectam o
desempenho energético o custo estimado do investimento, a redução anual da factura
energética e o período de retorno do investimento que, além de constarem como intervalos de
valores, devem constar em valor absoluto no detalhe das respectivas medidas e, se
conveniente, no relatório-síntese. Os destinatários do CE ficam em muito melhores condições
de decidir em consciência sobre que comportamento adoptar.

Regra 13: Preferir a frase afirmativa e o estilo directo, recusar a imprecisão, a incerteza a
ambiguidade e a dúvida.
Trata-se de uma regra básica de estilo nas mensagens que têm por objectivo induzir
mudanças de comportamento e atitude, no respeito pelo princípio da boa-fé. Como é o caso
da melhoria da eficiência energética dos edifícios.

Regra 14: Comunicar, de forma a induzir comportamentos favoráveis à melhoria real da


eficiência energética
Comunicar com os destinatários de CE e de DCR é esclarecer, prevenir dúvidas e objecções
e outros obstáculos de boa-fé, procurando induzir com verdade e rigor à acção de melhoria
da eficiência energética. Tal exige estilos de redacção e argumentação simples, concisos,
claros, precisos e genuinamente convincentes, assentes na verdade dos factos e das
evidências, mostrando as vantagens sem esconder eventuais inconvenientes e riscos e

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 88
sugerindo formas eficientes e justas de os ultrapassar. Não escrever demais nem deixar em
claro informação importante.
Esta regra é altamente importante no preenchimento das descrições de soluções de melhoria.
O PQ deve ser claro ao preencher a zona de pressupostos e observações a considerar na
interpretação das propostas/recomendações de medidas de melhoria, informando com
clareza os condicionamentos e valores que serviram de base á concepção das suas
propostas, tais como os aspectos gerais de viabilidade económica, apoios ou riscos fiscais,
enquadramento técnico, jurídico e de direitos de propriedade.
A experiência mostra que os conselhos credíveis do PQ para o controlo de qualidade da
execução dos trabalhos de melhoria são muito importantes para o sucesso ou insucesso da
recomendação do PQ. Também o PQ deve informar com precisão sobre a demonstração dos
custos das soluções propostas, incluindo os principais custos, incluindo os custos indirectos e
financeiros. Entre os custos indirectos está o eventual custo implicado pela impossibilidade de
ocupação durante algum tempo de decurso das obras. No caso de os custos serem
conhecidos com relativa imprecisão, deve o PQ tornar claro tal facto, indicando se possível o
erro máximo de precisão da sua estimativa.
No caso de o CE incluir várias medidas é importante para o sucesso que o PQ esclareça
também não só os impactos positivos e negativos da solução global, mas também de cada
uma solução parcial, isoladamente.

Regra 15: Bases de Dados, dos dados ao conhecimento


A Base de Dados do SCE tem milhões de dados. A sua utilização para, a partir deles,
produzir conhecimento útil às políticas de eficiência energética exige que cada PQ faça a
digitalização de dados de forma a evitar erros e todos os outros tipos de poluição digital. O
erro de digitalização pode surgir por vários motivos. O PQ deve sempre controlar a exactidão
e o conteúdo de cada campo, antes de o gravar na Base de Dados. Por razões de segurança
da Base de Dados, as palavras-passe atribuídas a cada PQ são para seu uso pessoal e
exclusivo, devendo protegê-las cuidadosamente e evitar totalmente o seu uso por outrem.

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 89
ANEXO III

Modelo de dados
que constitui o formulário a preencher pelo perito qualificado para emissão de um DCR/CE
de edifícios de habitação ou pequenos edifícios de serviços no âmbito do RCCTE.

Passo Campo Tipo Preenchimento


0 Caracterização da Intervenção
0.1 Situação do edifício E M
Tipo de documento a
0.2 emitir e registar E M
0.3 Tipo de edifício ou fracção E M
1 Identificação do edifício ou fracção autónoma
1.1 Nº de Certificado T A
1.2 Identificação Postal
1.2.1 Morada T M
1.2.2 Código Postal N M
1.2.3 Localidade PD M
1.2.4 Freguesia PD M
1.2.5 Concelho PD M
1.2.6 Região PD M
1.2.7 Coordenadas GPS E M
1.3 Identificação Registral
1.3.1. Imóvel inscrito na N M
Conservatória do Registo
1.3.2 T M
Predial de
1.3.3 Sob o nº N M
1.4 Identificação Fiscal
1.4.1 Código de Freguesia N M
1.4.2 Artigo matricial nº N M
1.4.3 Fracção T M
Nº de identificação de
1.4.4 E M
prédio(NIP)
1.5 Identificação Municipal
1.5.1 Nº de Processo Interno E M
Data de registo do
1.5.2 D M
processo
N.º de Alvará de Licença /
1.5.3 E M
Autorização de Construção
Data de Alvará de Licença /
1.5.4 D M
Autorização de Construção
1.6 Nº de DCR/CE anteriores N A
1.7 Validade do CE N A
1.8 Foto do imóvel Foto M
Identificação do proprietário/promotor e dos técnicos
2 envolvidos
2.1 Proprietário/promotor
2.1.1 Nome/Designação T M

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 90
2.1.2 Endereço T M
2.1.3 Contacto(s) telefónico(s) T M
2.1.4 E-mail T M
Número de registo
2.1.5 profissional E M
2.2 Técnico responsável pelo projecto
2.2.1 Nome do técnico T M
Ordem ou Associação
2.2.2 Profissional PD M
Número de Membro da
Ordem ou Associação
2.2.3 Profissional E M
Empresa ao serviço da qual
2.2.4 interviu neste projecto T M
2.3 Técnico responsável pela obra
2.3.1 Nome do técnico T M
Ordem ou Associação
2.3.2 Profissional PD M
Número de Membro da
Ordem ou Associação
2.3.3 Profissional E M
Empresa ao serviço da qual
2.3.4 interviu neste projecto T M
3 Caracterízação do edifício ou fracção autónoma
3.1 Tipologia PD M
3.2 Ano de construção D M
Área útil de pavimento
3.3 (m2) N M
Pé-direito médio
3.5 ponderado (m) N M
3.6 Inércia térmica PD M
Descrição sucinta do
edifício ou fracção
3.7 autónoma T M
3.8 Zona climática de Inverno PD M
3.9 Zona climática de Verão PD M
3.10 Altitude (m) N M
Necessidades nominais de energia e emissões de CO2
4 associadas
4.1 Aquecimento
Necessidades nominais de
energia útil para
aquecimento (Nic)
4.1.1 (kWh/m2.ano) N M
Valor limite para as
necessidades nominais de
energia útil para
aquecimento (Ni)
4.1.2 (kWh/m2.ano) N M
4.2 Arrefecimento
Necessidades nominais de
4.2.1 energia útil para N M

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 91
arrefecimento (Nvc)
(kWh/m2.ano)
Valor limite para as
necessidades nominais de
energia útil para
arrefecimento (Nv)
4.2.2 (kWh/m2.ano) N M
4.3 Preparação de AQS
Necessidades nominais de
energia útil para
preparação de AQS (Nac)
4.3.1 (kWh/m2.ano) N M
Valor limite para as
necessidades nominais de
energia útil para
preparação de AQS (Na)
4.3.2 (kWh/m2.ano) N M
4.4 Energia primária
Necessidades nominais
globais de energia primária
4.4.1 (Ntc) (kgep/m2.ano) N M
Valor limite para as
necessidades nominais
globais de energia primária
4.4.2 (Nt) (kgep/m2.ano) N M
Classe energética calculada
4.4.3 pelo Sistema E A
Emissões de CO2 associadas às
necessidades nominais globais de energia
primária da fracção autónoma ou edifício
4.5 (ton CO2/ano) N A
5 Envolvente opaca
5.n Elemento da envolvente opaca
Tipo de elemento da
5.n.1 envolvente PD M
Descrição do elementos da
5.n.2 envolvente T M
Coeficiente de transmissão
térmica superficial (U)
5.n.3 (W/m2.ºC) N M
Coeficiente de transmissão
térmica superficial máximo
5.n.4 (Umax) (W/m2.ºC) N M
Vãos envidraçados não orientados a Norte e
6 envidraçados horizontais
6.n Vão envidraçado
Descrição do vão
6.n.1 envidraçado T M
Coeficiente de transmissão
6.n.2 térmica superficial N M
Factor solar do
envidraçado na estação de
6.n.4 arrefecimento (Verão) N M
Factor solar máximo
6.n.5 admissível do envidraçado N M

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 92
na estação de
arrefecimento (Verão)
7 Climatização
7.1 Tipo de Sistema PD M
7.2 Tipo de Climatização PD M
7.3 Aquecimento
Potência total para
7.3.1 aquecimento (kW) N M
7.3.n Sistema de aquecimento
7.3.n.1 Tipo de sistema PD M
Descrição do sistema de
7.3.n.2 aquecimento T M
Fracção das necessidades
nominais de energia útil
para aquecimento do
edifício satisfeitas por este
7.3.n.3 sistema (%) N M
Combustível / Fonte de
energia convencional
utilizada pelo sistema para
7.3.n.4 aquecimento PD M
Potência do sistema de
7.3.n.5 aquecimento (kW) N M
Rendimento do sistema de
aquecimento (ηi_sistema)
7.3.n.6 (%) N M
7.3.n.7 COP N M
Consumo de energia útil
para aquecimento no
sistema (Nic_sistema)
7.3.n.8 (kWh/ano) N M
7.4 Arrefecimento
Potência total para
7.4.1 arrefecimento N M
7.4.n Sistema de arrefecimento
7.4.n.1 Tipo de sistema PD M
Descrição do sistema de
7.4.n.2 arrefecimento T M
Fracção das necessidades
nominais de energia útil
para arrefecimento do
edifício satisfeitas por este
7.4.n.3 sistema (%) N M
Combustível / Fonte de
energia convencional
utilizada pelo sistema para
7.4.n.4 arrefecimento PD M
Potência do sistema de
7.4.n.5 arrefecimento (kW) N M
Rendimento do sistema de
arrefecimento (ηi_sistema)
7.4.n.6 (%) N M
7.4.n.7 COP N M

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 93
Consumo de energia útil
para arrefecimento no
sistema (Nic_sistema)
7.4.n.8 (kWh/ano) N M
8 Preparação de águas quentes sanitárias (AQS)
Sistemas convencionais de preparação de
8.1 AQS S/N
Descrição dos sistema de preparação de
8.2 AQS T M
8.3 Desagregação por Sistema
8.3.n.1 Tipo de sistema PD M
Combustível / Fonte de
energia convencional
utilizada pelo sistema de
8.3.n.2 preparação de AQS PD M
Potência do sistema
convencional de
8.3.n.3 preparação de AQS (kW) N M
Rendimento do sistema de
preparação de AQS
8.3.n.4 (ηi_sistema) (%) N M
9 Sistemas de aproveitamento de energias renováveis
9.1 Sistema solar de preparação de AQS S/N M
Descrição dos sistema de colectores
9.2 solares para preparação de AQS T M
Tipologia de sistema de
colectores solares para
9.1.1 preparação de AQS PD M
Área de colectores solares
9.1.2 (m2) N M
Contribuição do sistema
9.1.3 solar (Esolar) N M
Sistema de aproveitamento de energias
9.3 renováveis S/N M
Tipo de sistema de
aproveitamento de fontes
9.3.n.1 renováveis T M
Descrição do sistema de
aproveitamento de
9.3.n.2 energias renováveis T M
Contribuição do sistema de
energias renováveis para a
satisfação das
necessidades energéticas
9.3.n.3 (Eren) (kWh/ano) N M
10 Ventilação
10.1 Tipo de ventilação PD M
Descrição da forma ou sistema de
10.2 ventilação adoptado T M
10.3 Taxa de renovação horária nominal (rph) N M
10.4 Cumprimento da NP 1037-1 S/N M
Potência total do(s) ventilador(es) afecta
10.5 ao edifício ou fracção autónoma (W) N M

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 94
10.6 Dispositivo de recuperação de calor S/N M
Propostas de medidas de melhoria do desempenho
11 energético e da qualidade do ar interior
Pressupostos e explicações sobre as
11.1 medidas propostas T M
11.2 Medida proposta
11.2.n.1 Medida associada a… PD M
Designação sucinta da
11.2.n.2 medida proposta PD M
Descrição detalhada da
11.2.n.3 medida proposta T M
Redução anual da Factura
11.2.n.4 Energética PD M
Custo estimado de
11.2.n.5 Investimento PD M
Período de retorno do
11.2.n.6 investimento (anos) PD M
Medida Considerada no
Reclaculo da Classe
11.2.n.8 Energética S/N M
Classe energética que pode ser atingida
por implementação das medidas abaixo
11.3 assinaladas para recalculo (e só essas) PD M
12 Notas e observações
Notas e observações do perito qualificado
12.1 sobre o presente certificado T M
13 Documentação entregue ao proprietário
13.1 Vistoria
13.1.1 Data da visita D M
13.1.2 Hora de Início E M
13.1.3 Hora de Fim E M
13.2 Relatório síntese
13.2.1 Relatório Síntese Ficheiro PDF M
Folha de Cálculo
13.2.2 Regulamentar Ficheiro PDF M
13.3 Estudo de medidas de melhoria
Estudo de medidas de
13.3.1 melhoria Ficheiro PDF M
13.3.2 Observações T M

Legenda:

Tipo: Tipo de campo (T - Texto; N - Número; E - Especial, PD - Pré-definido; D - Data; S/N - Sim ou
Não)

Preenchimento: Forma de preenchimento (M - Manual, pelo utilizador; A - Automático, pelo sistema;


C - Calculado pelo sistema)

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ANEXO IV

Inspecções periódicas de caldeiras, sistemas de aquecimento


com caldeiras e equipamentos de ar condicionado
As inspecções periódicas apresentam o seguinte âmbito de aplicação:

Tipo de sistema Tipo de Potência Idade do Sistema de Inspecção Periodicidade


combustível nominal (kW) Aquecimento em 4 de Pontual a partir de inspecções
Julho de 2006 (anos) de… (anos)

Combustível líquido
20 < P ≤ 100 - 1 Janeiro 2009 6
ou sólido
Combustível líquido
100 < P ≤ 500 - 1 Janeiro 2009 2
ou sólido
Caldeiras
Combustível líquido
P > 500 - 1 Janeiro 2009 1
ou sólido
Combustível gasoso 100 < P ≤ 500 - 1 Janeiro 2009 3
Combustível gasoso P > 500 - 1 Janeiro 2009 2
De acordo com a
> 15 Até 4 Julho 2009 potência nominal
da caldeira
Sistemas de Até 6 meses após
- P > 20
Aquecimento o decurso de 15 De acordo com a
< 15 anos desde a data potência nominal
da sua entrada em da caldeira
funcionamento

Equipamentos de - 12 < P ≤ 100 - 1 Janeiro 2009 3


ar condicionado - P > 100 - 1 Janeiro 2009 1

O cumprimento efectivo deste requisito regulamentar nos prazos atrás referidos deve ser
objecto de verificação, por parte dos peritos qualificados, em contexto de aplicação do SCE.
Tal poderá ser constatado pelo PQ mediante apresentação, pelo proprietário, de
evidência(s) de que foi realizada uma intervenção no equipamento ou sistema onde tenha
sido determinada, de forma qualitativa, a respectiva eficiência.

Em caso de incumprimento, o PQ deve assinalar esse facto, de forma explícita, no campo


descritivo relativo ao sistema de produção de AQS ou aos sistemas de aquecimento e de
arrefecimento. Também nestes casos, o PQ deve indicar no respectivo campo de medidas
de melhoria, a necessidade do proprietário efectuar a inspecção obrigatória.

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ANEXO V

Designação sucinta de medidas de melhoria

Envolventes Opacas - Paredes


Aplicação de isolamento térmico pelo exterior com revestimento aplicado sobre o isolante em paredes exteriores
Aplicação de isolamento térmico pelo exterior com revestimento independente e espaço de ar ventilado em paredes
exteriores
Aplicação de isolamento térmico pelo interior com revestimento leve em paredes exteriores
Aplicação de isolamento térmico pelo interior associado a uma forra pesada em paredes exteriores
Aplicação de isolamento térmico pelo exterior com revestimento aplicado sobre o isolante em paredes interiores
Aplicação de isolamento térmico pelo interior com revestimento leve em paredes interiores
Aplicação de isolamento térmico pelo interior associado a uma forra pesada em paredes interiores
Substituição de porta por outra com melhor desempenho térmico em paredes exteriores
Substituição de porta por outra com melhor desempenho térmico em paredes interiores
Envolventes Opacas - Coberturas
Aplicação de isolamento térmico sobre/sob a laje de esteira da cobertura
Aplicação de isolamento térmico nas vertentes sobre a estrutura resistente da cobertura
Aplicação de isolamento térmico na cobertura horizontal
Montagem de tecto falso
Envolventes Opacas – Pavimentos
Aplicação de isolamento térmico sobre a laje de pavimento exterior
Aplicação de isolamento térmico sob a laje de pavimento exterior
Aplicação de isolamento térmico na camada intermédia de pavimento exterior
Aplicação de isolamento térmico sobre a laje de pavimento interior
Aplicação de isolamento térmico sob a laje de pavimento interior
Aplicação de isolamento térmico na camada intermédia de pavimento interior
Envolventes Opacas - Pontes Térmicas Planas
Aplicação de isolamento térmico pelo exterior com revestimento aplicado sobre o isolante para correcção das pontes
térmicas planas
Aplicação de isolamento térmico pelo exterior com revestimento independente e espaço de ar ventilado para correcção das
pontes térmicas planas
Aplicação de isolamento térmico pelo interior com revestimento leve para correcção das pontes térmicas planas
Aplicação de isolamento térmico pelo interior associado a uma forra pesada para correcção das pontes térmicas planas
Colocação de isolamento térmico na caixa de estore
Vãos Envidraçados
Conservação da caixilharia existente, substituindo o vidro e introduzindo protecção solar exterior nos vãos envidraçados
Conservação da caixilharia existente, substituindo o vidro e introduzindo protecção solar interior nos vãos envidraçados
Conservação da caixilharia existente, substituindo e melhorando o factor solar do vidro
Instalação de uma segunda caixilharia interior e introdução de protecção solar exterior nos vãos envidraçados
Instalação de uma segunda caixilharia interior e introdução de protecção solar interior nos vãos envidraçados
Instalação de uma segunda caixilharia interior e melhoria do factor solar dos vidros
Substituição de caixilharia existente por uma nova caixilharia e introdução de protecção solar exterior nos vãos
envidraçados

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Substituição de caixilharia existente por uma nova caixilharia e introdução de protecção solar interior nos vãos envidraçados
Substituição de caixilharia existente por uma nova caixilharia e melhoria das características solares dos vidros
Instalação de dispositivos de sombreamento nos vãos envidraçados no quadrante Sul

Climatização - Sistema Aquecimento


Substituição do equipamento actual e/ou instalação de caldeira de condensação para aquecimento ambiente
Substituição do equipamento actual e/ou instalação de unidade individual de ar condicionado split reversível (bomba de
calor) tipo inverter com classe energética A, para climatização
Substituição do equipamento actual e/ou instalação de sistema de ar condicionado multisplit reversível (bomba de calor)
tipo inverter com classe energética A, para climatização
Efectuar inspecção periódica obrigatória (Art.º 20º do RSECE – DL 79/2006) do equipamento de climatização

Climatização - Sistema Arrefecimento


Substituição do equipamento actual e/ou instalação de unidade individual de ar condicionado split reversível (bomba de
calor) tipo inverter com classe energética A, para climatização
Substituição do equipamento actual e/ou instalação de sistema de ar condicionado multisplit reversível (bomba de calor)
tipo inverter com classe energética A, para climatização
Efectuar inspecção periódica obrigatória (Art.º 20º do RSECE – DL 79/2006) do equipamento de climatização

Água Quente Sanitária


Substituição do equipamento actual e/ou instalação de esquentador de elevado rendimento para preparação de águas
quentes sanitárias
Substituição do equipamento actual e/ou instalação de caldeira de condensação para preparação de águas quentes
sanitárias
Substituição do equipamento actual e/ou instalação de caldeira mural a gás para preparação de águas quentes sanitárias
Substituição do equipamento actual e/ou instalação de caldeira mural a gasóleo para preparação de águas quentes
sanitárias
Substituição do equipamento actual e/ou instalação de bomba de calor de elevado COP para preparação de águas quentes
sanitárias
Instalação e/ou reforço do isolamento do depósito de acumulação da água quente sanitária
Aplicação de isolamento nas tubagens do sistema de distribuição de água quente sanitária
Manutenção do aparelho de AQS
Efectuar inspecção periódica obrigatória (Art.º 20º do RSECE – DL 79/2006) do equipamento de produção de águas quentes
sanitárias

Sistemas de Energias Renováveis - Colectores Solares Térmicos


Instalação de sistema solar térmico colectivo totalmente centralizado
Instalação de sistema solar térmico colectivo com apoio individual
Instalação de sistema solar térmico colectivo com apoio e depósito de acumulação individualizado
Instalação de sistema solar térmico individual
Instalação de sistema solar térmico colectivo com depósito de acumulação

Sistemas de Energias Renováveis - Outros Sistemas


Instalação de sistema solar fotovoltaico ligado à rede de baixa tensão
Instalação de sistema solar fotovoltaico autónomo sem apoio
Instalação de sistema solar fotovoltaico autónomo com gerador de apoio
Instalação de aerogerador ligado à rede de baixa tensão
Instalação de aerogerador autónomo sem apoio
Instalação de aerogerador autónomo com gerador de apoio
Instalação de sistema de aproveitamento de energia geotérmica
Instalação de sistema de aproveitamento de energia hídrica
Instalação de caldeira de biomassa

Guia de procedimentos para emissão/registo de CE/DCR – HsC e PESsC – Versão 2.2 de Fev 2010 98
Ventilação
Instalação, nas fachadas, de aberturas permanentes auto-reguláveis
Instalação de extracção de ar em todos os compartimentos de serviço
Instalação de caixilharias com permeabilidade ao ar reduzida
Instalação de dispositivos de passagem de ar entre os compartimentos
Instalação de um ventilador na cozinha, de velocidade variável, com um caudal mínimo constante, associado a grelha
regulável de admissão de ar.
Colocar os dispositivos de combustão do tipo B (esquentadores) no exterior do espaço útil
Colocação de vedantes no contorno das aberturas de portas e janelas
Colocação de um ventilador mecânico nas instalações sanitárias
Colocação de ventilador mecânico com recuperador de calor

Nota: as designações acima indicadas apenas se destinam a efectuar a descrição sucinta das
medidas de melhoria estudadas e propostas pelo PQ. Não devem ser utilizadas para a descrição
detalhada do CEs de cada medida de melhoria, na qual deve constar mais informação específica,
conforme regras descritas no presente guia.

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