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INTRODUÇÃO .................................................................................................. 4
2.2 Funções.............................................................................................. 10
5 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS........................................................................ 17
8 BENS ........................................................................................................ 21
9 DIREITOS ................................................................................................. 22
10 Obrigações ............................................................................................ 23
14 CONTAS ................................................................................................ 28
18 LIVRO DIÁRIO....................................................................................... 37
19 LIVRO RAZÃO....................................................................................... 38
20 RAZONETEs ......................................................................................... 38
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21 EXERCÍCIO ECONÔMICO ................................................................... 40
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 54
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INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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1 CONCEITOS E TIPOS DE CONTABILIDADE
1.1 Introdução
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transformação da riqueza (e que são os dos ambientes interno e externo
que envolvem os meios patrimoniais).
Até 1940
Mercado incipiente com economia agrária;
Profissão ainda muito desorganizada com o predomínio do “guarda-
livros”.
Decreto Lei nº 2.627 de 1940
Influência da escola italiana;
Em 1494, em Veneza (Itália), foi estabelecido o “Tratado particular de
conta e escrituração”, pelo frei e matemático Luca Paccioli;
Sociedades formadas por familiares;
Visão escritural: registro, controle e atendimento ao fisco.
Necessidades de Mudanças
Evolução da economia: abertura do capital das empresas e influências
de firmas de auditoria;
Ampliação da quantidade e maior confiabilidade nas informações.
Mudanças Significativas
Contabilidade vista como sistema de informações;
Aprimoramento das Demonstrações;
Introdução da Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados,
mostrando de forma clara o lucro ou prejuízo do exercício;
Introdução da Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos,
mostrando a eficiência da administração;
Obrigatoriedade das Notas Explicativas para fornecer informações
complementares;
Escrituração e registros desvinculados da legislação fiscal (mais
importante);
Contabilidade elaborada para a entidade;
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Valorização do profissional;
Novas funções e áreas de atuação: gerencial, custos, auditoria, analista
financeiro, perito contábil, consultoria, tributarista, controller;
Classificação das contas no Balanço;
Horizonte temporal: distinção do curto e longo prazo;
Definição do Exercício Social.
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2.1 Conceitos
2.2 Funções
2.3 Finalidades
3 A CONTABILIDADE APLICADA
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privada, não é correta, pois cada entidade, dentro do seu ramo de atividade e das
suas peculiaridades apresenta especificidades próprias, só encontradas naquele
segmento, ou seja, em uma entidade filantrópica a Contabilidade será exercida
observando toda a legislação que envolve este tipo de entidade.
Se compararmos a Contabilidade pública com a Contabilidade privada,
observaremos que enquanto a pública não tem objetivo de apurar resultados (lucros),
a privada tem. O conjunto de bens da área pública recebe um tratamento contábil
específico, enquanto na área privada esses mesmos bens recebem outro tratamento.
Note-se que enquanto no setor público os bens não são depreciados e corrigidos
monetariamente, no setor privado estes bens têm objetivos de gerar resultados, ou
seja, são realizados através da depreciação e são corrigidos monetariamente para
manter o seu valor atualizado.
Muitos outros exemplos poderiam ser expostos para demonstrar que a
Contabilidade é igual em qualquer entidade, tendo como diferença entre elas as
especificidades de cada entidade. Assim, concluímos que independentemente do tipo
de atividade, do setor, da entidade, etc., a Contabilidade tem a mesma finalidade, o
mesmo objetivo e utiliza-se das mesmas técnicas e métodos para registrar e controlar
os patrimônios das entidades.
A entidade econômico-administrativa é o patrimônio de propriedade pública ou
privada, que tem como elementos indispensáveis: o trabalho, a administração e o
patrimônio, e tem finalidades: sociais, econômicas e socioeconômicas.
Sociais: que possuem a riqueza como meio para atingir seus fins.
Ex: associações beneficentes, educacionais, esportivas, culturais e religiosas
Econômicas: são as que têm a riqueza como meio e fim e têm como objetivo
aumentar seu patrimônio, obtendo lucro. Ex: empresas mercantis.
Socioeconômicas: que possuem a riqueza como meio e fim, porém o aumento
do patrimônio que possuem serve para beneficiar toda a comunidade.
Ex: instituto de aposentadorias e pensões e fundações.
A Contabilidade distingue-se em duas grandes ramificações: a pública e a
privada.
Contabilidade Pública: ocupa-se com o estudo e registro dos fatos
administrativos das pessoas de direito público e da representação gráfica de seus
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patrimônios, visando três sistemas distintos: orçamentário, financeiro e patrimonial,
para alcançar os seus objetivos, ramificando-se conforme a sua área de abrangência
em federal, estadual, municipal e autarquias.
Contabilidade Privada: ocupa-se do estudo e registro dos fatos administrativos
das pessoas de direito privado, tanto as físicas quanto as jurídicas, além da
representação gráfica de seus patrimônios, dividindo-se em civil e comercial.
Contabilidade Civil: é exercida pelas pessoas que não têm como objetivo final
o lucro, mas sim o instituto da sobrevivência ou bem-estar social. Divide-se em:
Contabilidade Doméstica: exercida pelas pessoas físicas em geral,
individualmente ou em grupo.
Contabilidade Social: usada pelas pessoas que têm como objetivo final o bem-
estar social da comunidade, tais como: clubes, associações de caridade,
sindicatos, igrejas, etc.
Contabilidade Comercial: é exercida pelas pessoas que exploram atividades
que objetivam o lucro. Divide-se em:
Contabilidade Mercantil: usada por pessoas com objetivo social de compra e
venda direta de mercadorias. Ex: Supermercados, sapataria e açougues.
Contabilidade Industrial: exercida por pessoas que têm como objetivo social a
produção de bens de capitais ou de consumo, através do beneficiamento ou da
transformação de matérias-primas, do plantio, da criação ou extração de
riquezas. Ex: Indústria de móveis, pecuária, agricultura.
Contabilidade de Serviços: é usada pelas pessoas que têm como objetivo
social a prestação de serviços. Ex: Estabelecimento de ensino,
telecomunicações e clínicas médicas.
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orçamentos que são aprovados oficialmente, devendo a Contabilidade pública
registrar as transações em função deles, atuando como instrumento de
acompanhamento dos mesmos. A Lei nº 4.320/64, constituindo-se na carta magna da
legislação financeira do País, estatui normas gerais para a elaboração e controle dos
orçamentos e balanços públicos.
Gerencial: auxilia a administração na otimização dos recursos disponíveis na
entidade, através de um controle adequado do patrimônio.
Financeira: elabora e consolida as demonstrações contábeis para disponibilizar
informações aos usuários externos.
Auditoria: compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e
obtenção de informações, internas e externas, relacionadas com o controle do
patrimônio, objetivando mensurar a exatidão destes registros e das demonstrações
contábeis deles decorrentes.
Perícia Contábil: elabora laudos em processos judiciais ou extrajudiciais sobre
organizações com problemas financeiros causados por erros administrativos.
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3.3 Usuários Da Contabilidade
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de gerar benefícios futuros, e não pela sua capacidade imediata de ser útil somente à
entidade.
Exemplo:
O balanço patrimonial somente reflete adequadamente a situação econômico-
financeira do patrimônio no momento de sua elaboração quando há presunção de que
a entidade prosseguirá no processo contínuo de realização de suas atividades, pois
se estas forem interrompidas, a realização dos valores patrimoniais não será
processada de acordo com o balanço, devido a motivos como a imediata interrupção
de suas receitas e não dos custos fixos, que prosseguem na fase de liquidação,
quando há cessação das atividades da entidade.
5 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS
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5.1 O Princípio da Entidade
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5.6 O Princípio da Prudência
Observância Obrigatória:
A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da
profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBC).
Por exemplo, o princípio de competência, que exige o registro das receitas e
despesas no período que ocorrerem, não pode ser substituído por adoção do regime
de caixa (onde as receitas e despesas são registradas somente por ocasião de seu
pagamento).
6 CONVENÇÕES CONTÁBEIS
7 PATRIMÔNIO
8 BENS
São bens tudo o que possui valor econômico e que pode ser convertido em
dinheiro, sendo utilizado na realização do objetivo principal de seu proprietário. São
as coisas úteis, capazes de satisfazer as necessidades das pessoas e das empresas.
Os bens classificam-se em: Bens Móveis, Bens Imóveis, Bens Tangíveis e Bens
Intangíveis. Os bens fazem parte do ATIVO (patrimônio bruto).
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8.1 Bens Móveis
São móveis os bens passíveis de remoção sem danos, seja por força própria
ou por força alheia. Ou seja, objetos concretos, palpáveis, físicos, que não são fixos
ao solo. Ex.: dinheiro, veículos, móveis, utensílios, máquinas, estoques, animais (que
possuem movimentos próprios, semoventes), etc.
São imóveis os bens que não podem ser retirados de seu lugar natural (solo e
subsolo) sem destruição ou dano, ou seja, aqueles que, para serem deslocados, terão
de ser total ou parcialmente destruídos (pois são fixos ao solo). Ex.: árvores, edifícios,
terrenos, construções, etc.
9 DIREITOS
10 OBRIGAÇÕES
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O PL também figura no lado do Passivo em virtude de o capital, reservas, etc.,
pertencerem aos proprietários da empresa (sócios, acionistas) e não deixa de ser uma
obrigação da empresa pessoa jurídica para com os proprietários pessoa física.
Conceitos importantes:
12 BALANÇO PATRIMONIAL
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empresa, refletindo sua posição financeira em um determinado momento (no fim do
ano ou em qualquer data predeterminada).
No Balanço, o Patrimônio se encontra em equilíbrio, equilibra os bens e direitos
com as obrigações e as participações dos acionistas. Desta forma, ele é a igualdade
patrimonial. O BP mostra o Patrimônio da entidade tanto quantitativa quanto
qualitativamente (apresenta cada item que faz parte do Patrimônio e quanto se tem
de cada um).
O termo "Balanço" origina-se do equilíbrio:
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Também no lado direito são discriminadas as contas do Patrimônio Líquido,
sendo as obrigações para com a empresa. São os recursos que os acionistas, sócios
investiram na entidade. Ex.: investimento feito pelos proprietários (dinheiro aplicado),
reserva de lucros, etc.
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Já no Patrimônio Líquido (PL) (que faz parte do Passivo), também do lado
direito do Balanço Patrimonial, as contas são originadas de recursos próprios, como
investimentos feitos pelos proprietários (dinheiro aplicado) para abertura da empresa,
por reserva de lucros, prejuízos ou lucros acumulados, etc. Quando o saldo do PL
aumenta, significa que a empresa ficou mais rica. Quando o saldo do PL diminui,
significa que ela ficou mais pobre.
É importante saber que os Lucros Acumulados só podem existir em empresas
de pequeno porte. Nas Sociedades por Ações (SAs, Companhias, empresas de
grande porte), deve haver distribuição de lucros, sendo a conta Lucros Acumulados
uma conta transitória usada para a transferência do lucro apurado do exercício.
De acordo com a Lei 11.638/07, torna-se obrigatória a destinação total dos
Lucros nas SAs e empresas de grande porte.
De acordo com o artigo 178 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações),
as contas são classificadas nos seguintes grupos, segundo os elementos do
patrimônio que representam:
O artigo 179 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) fala sobre como
as contas deverão ser classificadas. Porém, podemos classificá-las da seguinte forma
para um melhor entendimento:
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As contas que fazem parte dos grupos e subgrupos acima demonstrados se
classificam de formas diferentes. A partir da próxima página veremos qual o
significado de cada grupo (Ativo, Passivo Exigível e Patrimônio Líquido) e também
seus subgrupos e contas existentes.
14 CONTAS
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É através das contas que a contabilidade consegue exercer o seu papel. Todos
os acontecimentos que ocorrem diariamente na empresa (como compras, vendas,
pagamentos e recebimentos) são registrados pela contabilidade em contas próprias.
Assim, toda movimentação de dinheiro efetuada dentro da entidade é
registrada em uma conta denominada Caixa, os objetos comercializados pela
entidade são registrados em uma conta denominada Mercadorias/Estoques, e assim
por diante.
Exemplo: Suponha que você vá ao banco e efetue um depósito em seu próprio
nome. Sendo correntista do banco, você terá uma conta aberta em seu nome, o que
significa dizer que o valor depositado vai ser anotado em um registro, destinado a
demonstrar todas as suas transações com o banco, chamado Conta. Da mesma forma
que o banco, as empresas utilizam contas para registrar as transações ocorridas.
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14.3 Teoria Patrimonialista
Contas Patrimoniais
Contas de Resultado
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São acontecimentos que modificam a situação líquida da empresa e
representam variações no Patrimônio da entidade. Estas contas não fazem parte do
Balanço Patrimonial, mas permitem que o resultado do exercício seja apurado.
15 EQUAÇÕES PATRIMONIAIS
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d) Ativo + Patrimônio Líquido = Passivo - Nesta situação, a empresa se
encontra em estado de insolvência, uma parcela das obrigações ficará sem ser paga,
mesmo que a empresa venda todo o seu ativo. Ou seja, o ativo não é suficiente para
liquidar todas as dívidas. Para eliminar o déficit, deve-se aumentar o PL com o
acréscimo de capital por parte dos seus proprietários. Esta é uma situação
denominada Passivo a Descoberto. É uma situação desfavorável, negativa
ou deficitária.
Em resumo, os bens, direitos e obrigações podem ser chamados
de componentes patrimoniais, sendo o patrimônio representado da seguinte forma:
16 MÉTODOS DE ESCRITURAÇÃO
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como mercadorias, veículos, imóveis, despesas, receitas, etc., são controlados extra
contabilmente. Nele, apenas uma das operações débito (D) ou crédito (C) é
contabilizada.
Descrito pela primeira vez em 1494, na Itália, pelo frade Luca Pacioli no livro
“Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalità” (Coleção de
conhecimentos de Aritmética, Geometria, Proporção e Proporcionalidade), no capítulo
“Particulario de computies et Scripturis” (Contabilidade por Partidas Dobradas), que
fala sobre um tratado da contabilidade. Neste capítulo, ele enfatiza que a teoria
contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos.
O método teve rápida difusão e foi universalmente aceito e adotado desde esta época,
sendo hoje considerado um dos pilares da contabilidade moderna.
Este método descreve que em cada lançamento, o valor total lançado nas
contas a débito deve ser sempre igual ao total do valor lançado nas contas a crédito.
Ou seja, não há devedor sem credor correspondente. A todo débito
corresponde um crédito de igual valor e vice-versa. Se aumentar de um lado, deve
consequentemente aumentar do outro lado também.
Como é mais comum uma transação conter somente duas entradas, sendo
uma entrada de crédito em uma conta e uma entrada de débito em outra conta, daí a
origem do nome "dobrado".
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Ativo = Passivo + PL
Saldo devedor = Saldo credor
Não há débito sem crédito
Não há crédito sem débito
Exemplo
A empresa XYZ possui $200.000,00 do item dinheiro no seu patrimônio. Em
determinado momento, foi apurada a necessidade de comprar um veículo para uso
da empresa no valor de $40.000,00. Realizada a compra, o item veículo aumentou em
$40.000,00 e o item dinheiro foi diminuído nesse mesmo valor.
A utilização das Partidas Dobradas permite que através de um único
lançamento, as duas alterações sejam anotadas:
Redução de $40.000,00 no dinheiro existente no patrimônio; e
Aumento de $40.000,00 aplicados em aquisição de veículo.
Em termos contábeis: Debita-se a conta veículos (representando a aplicação
de recurso) e credita-se a conta caixa (representando a origem dos recursos
aplicados).
17 DÉBITO E CRÉDITO
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Há duas formas de os lançamentos débito e crédito serem feitos:
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Obs.: Para corrigir um erro em um lançamento contábil, não se usa borracha
ou corretivo. Para corrigi-lo, faz-se o registro contrário. Um débito anula um crédito e
vice-versa (operação conhecida como estorno). Pode-se usar para corrigir os erros
em geral (inversão das contas, lançamentos em duplicidade, omissão de
lançamentos, erro no valor, etc.) vários tipos de métodos, como por exemplo, estorno
do lançamento, lançamento retificativo, lançamento complementar e ressalva por
profissional qualificado.
18 LIVRO DIÁRIO
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19 LIVRO RAZÃO
20 RAZONETES
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Razão e razonete são a mesma coisa. O razonete deriva do razão, ele é uma
versão simplificada, uma forma didática do razão.
O razonete, também denominado gráfico ou conta em T, é bastante utilizado
pelos contadores e é por meio dele que são feitos os registros individuais por conta.
Ele foi criado para ser um recurso que ajude o entendimento da mecânica dos
lançamentos contábeis.
No lado esquerdo do razonete são lançados os débitos (saldos devedores) e
no lado direito são lançados os créditos (saldos credores), ficando o nome da conta
na parte de cima do T.
Sendo assim, de um lado do razonete registram-se os aumentos e do outro as
diminuições. A natureza da conta é que determina que lado deve ser utilizado para
aumentos e que lado deve ser utilizado para diminuições.
Toda conta de Ativo e todo acréscimo de Ativo são lançados no lado esquerdo
do razonete (lado do débito). Toda conta de Passivo ou Patrimônio Líquido, bem como
os acréscimos, serão lançados no lado direito do razonete (lado do crédito). Toda
diminuição de Ativo será lançada no lado direito e toda diminuição de Passivo será
lançada no lado esquerdo do razonete.
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Em resumo, a importância dos razonetes é principalmente didática, para ajudar
a entender como as operações de uma empresa ou organização são processadas
pela contabilidade. Na prática, a fonte de dados para a obtenção do balancete (que é
a fonte do Balanço Patrimonial e da DRE), é o Livro Diário
No razonete da conta Veículos, o valor foi debitado (lado esquerdo) pois gerou
um aumento no ativo (bens e direitos) da empresa. Já no razonete da conta Bancos,
o valor foi creditado (lado direito) pois gerou uma diminuição de ativo (diminuiu o valor
disponível da conta).
21 EXERCÍCIO ECONÔMICO
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As entidades sem fins lucrativos nas quais predominam registros contábeis de
pagamentos e de recebimentos, tais como: a União, os Estados e os Municípios,
trabalham com o período administrativo de gestão denominado exercício financeiro.
22.1 Estoques
Fonte: blog.egestor.com.br
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garantir o suprimento de matéria-prima para a produção ou de mercadorias para o
consumidor, impedir desvios, evitar prejuízos por perda da validade de produtos, e até
mesmo, para ter a certeza de que o cliente receberá os produtos que comprou no
prazo definido.
No entanto, gerenciar o estoque é um desafio que pode consumir muito tempo
do gestor e inviabilizar outras ações de extrema importância para a produtividade e o
crescimento do negócio.
Os estoques são bens tangíveis ou intangíveis adquiridos ou fabricados pelas
empresas com o objetivo de venda ou de consumo no curso de suas atividades. O
Pronunciamento CPC nº 16 define que os estoques são ativos:
Mantidos para venda no curso normal dos negócios;
Em processo de produção para essa venda; ou
Na forma de materiais ou suprimentos, a serem consumidos ou transformados
no processo de produção ou na prestação de serviços.
O momento de registro da compra de itens do estoque, regra geral, é quando
ocorre a transmissão de propriedade do bem para a empresa compradora, enquanto
que o momento do registro da saída do bem do estoque, por venda, é quando há a
transmissão de propriedade do ativo para o cliente.
São contas contábeis integrantes do grupo estoque:
Estoque de matéria-prima ou de insumos;
Estoque de produtos em elaboração (ou em fabricação);
Estoque de produtos acabados;
Estoque de mercadorias;
Estoque de almoxarifado;
Estoque de mercadorias entregues em consignação.
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transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos
acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, devoluções de compras e
abatimentos obtidos são deduzidos na determinação do custo de aquisição.
22.4 Contabilização
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A apuração do custo da mercadoria vendida (CMV) é realizada a cada
transação de venda. Assim, ao longo do período, o saldo de estoque é atualizado a
cada operação de compra e de venda. O inventário físico dos itens em estoque não é
requerido para apurar o saldo final de estoque.
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23.2 Critério do Custo específico
Segundo esse critério, a saída de um item de estoque será valorada pelo custo
de aquisição ou de fabricação do primeiro item que entrou em estoque.
Exemplo:
Informações:
- Dia 01/jan – Compra de 200 unidades de mercadoria pelo valor total de $4.000,00
- Dia 10/jan – Compra de 400 unidades de mercadoria pelo valor total de $12.000,00
- Dia 15/jan – Compra de 300 unidades de mercadoria pelo valor total de $12.000,00
- Dia 20/jan – Venda de 700 unidades de mercadoria pelo valor total de $30.00
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23.4 Último que Entra é o Primeiro que Sai (UEPS)
Segundo esse critério, a saída de um item de estoque será valorada pelo custo
de aquisição ou de fabricação do último item que entrou em estoque.
Exemplo: (mesmos dados do item anterior)
Segundo esse critério, a saída de um item de estoque será valorada pelo custo
médio ponderado das entradas de todos os itens em estoque. O valor do custo médio
utilizado para valorar o custo de saída de cada item de estoque é alterado pelo custo
de entrada (compra). Esse critério também é conhecido como preço médio ou custo
médio, e é o mais adotado pelas empresas no Brasil.
Exemplo: (mesmos dados do item anterior)
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exemplo, o custo de uma entrada ocorrida no dia 20 do mês influenciará a valoração
do custo de uma mercadoria vendida no dia 15, portanto, antes da citada compra.
Já pelo critério da média ponderável móvel, o custo médio utilizado para a
valoração da saída de estoque é aquele apurado até o momento da venda, não sendo,
portanto, influenciado por entradas (compras) posteriores de mercadorias naquele
mês. O valor do custo médio utilizado para valorar o custo de saída de cada item de
estoque é alterado a cada nova entrada (compra).
O critério da média ponderável fixa não é aceito pelo fisco para as empresas
que calculam o imposto de renda pela modalidade do lucro real.
24 ATIVO IMOBILIZADO
Fonte: investorcp.com
24.3 Depreciação
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A depreciação é a forma como a contabilidade registra, sistematicamente, a
perda do valor econômico dos itens registrados no ativo imobilizado, durante sua vida
útil estimada.
Para proceder ao cálculo da depreciação é necessário conhecer as seguintes
definições:
Valor contábil: Valor do custo de aquisição do ativo imobilizado menos o saldo
da conta depreciação acumulada e do valor de eventual conta retificadora para
perda por redução ao valor recuperável. Também é conhecido como valor
contábil líquido;
Valor depreciável: Valor do ativo imobilizado sujeito à depreciação. É a base
de cálculo da depreciação. Caso um valor residual seja estabelecido pela
empresa, o valor depreciável corresponde ao custo de aquisição do ativo
imobilizado deduzido do valor residual;
Vida útil é:
- O período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo; ou
- O número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a
entidade espera obter pela utilização do ativo.
Taxa de depreciação: Percentual mensal ou anual aplicado sobre o valor
depreciável do bem, que varia de acordo com a vida útil estimada.
24.4 Exaustão
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24.5 Ativo Intangível
Os chamados "ativos intangíveis" são aqueles que não têm existência física.
Como exemplos de intangíveis: os direitos de exploração de serviços públicos
mediante concessão ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, direitos
autorais adquiridos, softwares e o fundo de comércio adquirido.
Trata-se de um desmembramento do ativo imobilizado, que, a partir da vigência
da Lei 11.638/2007, ou seja, a partir de 01.01.2008, passa a contar apenas com bens
corpóreos de uso permanente.
Mensalmente deve ser contabilizada a amortização desses bens, em conta
redutora específica.
Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se:
For provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao
ativo serão gerados em favor da entidade; e
O custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade.
Os direitos classificados no intangível devem ser avaliados pelo custo incorrido
na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização, feita em função
do prazo legal ou contratual de uso dos direitos ou em razão da sua vida útil
econômica, deles o que for menor.
O fundo de comércio e outros valores intangíveis adquiridos são avaliados pelo
valor transacionado, deduzido das respectivas amortizações, calculadas com base na
estimativa de sua utilidade econômica.
Pesquisa
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pesquisa de projeto interno) devem ser reconhecidos como despesa quando
incorridos.
Gastos Retroativos
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Manual de contabilidade básica. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2000.
MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 8ª edição. São Paulo: Editora Atlas,
2006.
53
BIBLIOGRAFIA
MILLER, Aderbal. Contabilidade Introdutória. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica – Série Em Foco - 30ª Ed. São Paulo:
Saraiva, 2017.
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