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O GATO COM BOTAS * O

BOI INTELIGENTE
A CINZENTINHA
Havia uma vez um vendedor muito rico que tinha uma filha muito bonita e
amável.
Um dia morreu-se a esposa do vendedor e ele casou-se com uma outra senhora
viúva que já tinha duas filhas.
Nem a nova esposa do vendedor nem as suas filhas gostavam da menina. Por
isso a obrigavam a realizar os trabalhos mais pesados da casa.
Como a deixavam dormir nas cinzas da cozinha, a cinzentinha.
um dia o Rei daquela região organizou uma festa de danças e mandou
convidar a todas as jovens do seu reino.
As irmãs da Cinzentinha arrumaram vestidos muito bonitos e disseram-na:
- O Príncipe vai-se casar com uma de nós duas.
A Cinzentinha perguntou-lhe a sua madrasta:
- Poderei ir também à festa do Rei?
- Assim será se realizares todas as tuas tarefas.
Mas a madrasta não queria que a Cinzentinha fosse na festa porque era muito
mais bonita do que as suas filhas.
No dia da festa, misturou um pacote de lentilhas nas cinzas e mandou à menina
limpar tudo.
- Se terminares com tempo, virás connosco.
Ela sabia muito bem que a Cinzentinha não poderia fazê-lo e teria que passar
toda a noite na cozinha.
Quando chegou a hora foram-se todos e a deixaram sozinha na cozinha.
A Cinzentinha pôs-se a chorar e chamou à sua madrinha, que era uma Fada.
- Por que choras, preciosa? – disse-lhe a fada
- Porque gostava de ir à festa do rei e todas se foram e eu fiquei.
- Isso tem solução.
A Fada soprou as lentilhas e ficaram limpas no momento.
- Agora é teu turno, minha querida afilhada.
Tocou-a com a sua varita magica e no instante ficou vestida de ouro.
A Cinzentinha estava tao surpresa que não podia nem respirar ou movimentar-
se. Tudo era tao estranho e parecia um sono.
- agora necessitas um carro adequado para te levar até ao palácio.
A Fada converteu uma fruta de abobra num carro e os ratos conduziam.
A Cinzentinha subiu no carro ajudada pela sua madrinha. Despediu
carinhosamente dela e lhe disse:
- Vai na festa. Mas lembra-te de voltar antes de que seja a meia noite, pois
nessa hora a minha magia desaparece.
o Príncipe dançou toda a noite com a Cinzentinha porque era foi a mais bonita
de todas as convidadas.
A sua madrasta e irmãs diziam sem conhecê-la:
- Quem será esta princesa tao bonita?
Começaram a soa as campainhas do zero horas da noite e a cinzentinha
marchou-se a correr.
Tao de presa ia que deixou cair um dos sapatos de cristal que levava.
O Príncipe pegou-o e disse:
- Vou me casar com a miúda aquém este sapatinho chegar bem no pé.
Os serventes do Príncipe recorreram todo o reino sem que encontrassem a
verdadeira dona do sapatinho.
Também foram à casa da Cinzentinha, mas o sapato não valeu para nenhuma
das irmãs.
- Não há por acaso nenhuma outra rapariga nesta casa? – perguntaram os
criados.
- Só a Cinzentinha – contestou a madrasta -. Mas ela não é a dona desse
sapatinho.
- Quem é a Cinzentinha?
- É a minha enteada. Uma rapariga muito feia e suja que sempre vai coberta
de cinzas.
- Que venha a Cinzentinha – disseram os criados.
A madrasta não quis chamá-la e os serventes do Príncipe, foram por sua conta
até na cozinha.
- Temos a ordem de provar o sapatinho a todas as jovens do Reino e ninguém
poderá dizer que não obedecemos as ordens do nosso senhor.
O sapatinho entrou logo no pé da Cinzentinha e os criados do Príncipe ficaram
muito contentes. A Fada apareceu e vestiu-a a roupa de ouro. Então as irmãs
e a madrasta reconheceram na Cinzentinha à princesa da dança.
O Príncipe e a Cinzentinha casaram-se e forma muito felizes. E o sapatinho de
cristal o puseram numa vitrina, no melhor salão do palácio.
A justiça e a bondade sempre triunfam.
BARBA AZUL

Houve uma vez uma senhora viúva que tinha duas filhas muito bonitas. Um
dia foi à sua casa um cavaleiro que lhe disse que queria se casar com uma das
duas.
Mesmo que o cavaleiro era rico, nenhuma das duas filhas da viúva aceitava o
casamento por causa da sua barba azul.
Mas, acontecia que a viúva passava péssimas condições económicas; tinha,
também dois filhos na corte cursando a carreira das armas. Por isso lhe convinha
para as suas filhas enlaces vantajosos e o senhor Barba Azul era um excelente
pretendente.
- É um bom moço e muito honesto e educado. Por seguro que a sua mulher há
de ter tudo o que quiser – dizia ela para as suas filhas.
Finalmente a mais nova acabou por casar com ele. O casamento foi celebrado
numa grande festa. Então o Barba Azul levou à sua esposa e à sua cunhada
para um palácio muito bonito que tinha.
Um dia o Barba Azul disse-lhe à sua esposa:
- Devo viajar. Aqui tens as chaves de todo o palácio. Poderás abrir todas portas
que quiseres, menos àquela da qual corresponde esta chave de ouro.
A filha da viúva passou o dia recorrendo o palácio com a sua irmã. Mas cada
dia tinha curiosidades de abrir a porta da chave de ouro. Um dia não conseguiu
se conter mais.
Uma noite quando todos ficaram já dormidos, foi ao quarto para o que lhe
proibira o marido. A sua mão tremia e com dificuldade abriu a porta e entrou.
Lá levou um susto enorme quando viu que o quarto estava cheio de mulheres
que foram decapitadas pelo seu marido.
A filha da viúva partiu a correr deixando cair as chaves e com manchas de
sangue. Tentou limpar com muita agua e sabão, mas a sujidade do sangue não
saía porque a chave era magica.
No dia seguinte chegou o Barba Azul. Pediu as chaves e ela entregou-o nas
com muito susto e ensanguentadas. Então o marido soube o que tinha
acontecido, e gritou:
-Me desobedecestes, vou ter que matar-te.
A mulher do Barba Azul suplicou, mas ele repetiu.
-Vou te matar.
- Me deixa pelo menos uma hora para rezar.
Não sabia o Barba Azul que os seus cunhados haviam prometido visitar-lhe e
estavam a ponto de chegar; por isso concedeu o pedido da sua mulher.
A filha da viúva foi-se ao quarto a rezar e pela janela chamou a sua irmã que
estava no quarto de lado.
- Sobe na torre do palácio e vigie a chegada dos nossos irmãos. E a sua irmã fez
como lhe ordenara.
A mulher do Barba Azul ficava impaciente pela chegada dos seus irmãos.
O Barba Azul ficava nervoso já pela demora da sua mulher. Entrou no quarto
furioso e tirou uma espada muito grande.
- Já não espero mais – gritou.
O Barba Azul agarrou a sua mulher pela ponta de cabelos e tirou-a da janela.
Ela ajoelhou-se implorando piedade.
Já estava retirando a sua espada, quando no momento chegaram os seus
cunhados. Esses, muito zangados, mataram logo ao cruel cavaleiro e assim o
castigaram pelos seus crimes. Logo abraçaram à sua irmã que estava meio
desfalecida de tanto medo.
A filha da viúva voltou a viver com a sua mãe e os irmãos com as riquezas do
Barba Azul e foram todos felizes.
As pessoas devem ser valorizadas e estimadas pelas suas qualidades
e não pelas suas possessões.

A BRANCA DAS NEVES.


Havia uma vez uma princesita que se chamava a Branca das Neves. Não tinha
mamãe e a rainha, a sua madrasta, não cuidava dela e só pensava em adquirir
novas e bonitas roupas.
A rainha tinha um espelho magico. Muitos dias olhava-se a si mesma nele e
perguntava.
- Espelhito meu, diz-me quem é a mulher mais bonita do reino?
E o espelho contestava: - tu, minha rainha.
Um dia o espelho disse que a Branca das Neves era a mais bonita do que a
rainha. A rainha era muito invejosa e desprezou logo Branca das Neves.
Mandou chamar um caçador e o enviou:
- Leva-te a Branca das Neves e matá-la.
o caçador teve compaixão da Branca das Neves. – Escondei-vos no mato –
disse – e volteis nunca ao palácio, ou sereis mortas de imediato pela rainha.
A Branca das Neves caminhou sumida no mato até chegar numa casinha muito
bonita que pertencia a uns sete pigmeus que a convidaram a viver com eles.
Pela manha os pigmeus partiam ao trabalho e deixavam-na em casa sozinha.
E quando despediam dela diziam sempre:
-Não deixe entrar ninguém na casinha.
Todos viveram muito tranquilos ate que o espelho contou à rainha que a
Branca daas Neves vivia na casinha de pigmeus. Então a rainha colocou
veneno numa maçã e disfarçou-se de uma anciã campesina e foi ao mato.
Chamou à porta da casinha e a Branca das Neves disse.
-Eu não posso abrir a porta. Os pigmeus proibiram-me no.
- Não tenho necessidade de entrar – disse a madrasta -. Sou uma anciã sem
parentes nem amigos, e ganho o meu sustento vendendo fruta de casa em casa.
Hoje trago umas maças muito ricas. Prove uma e verás como logo compras o
resto todo.
A Branca das Neves pensou que a velha tinha razão e que não havia nenhum
mal em fazer como ela dizia.
A rainha deu-a fruta envenenada, ela a mordeu e de seguida caiu morta.
A malvada madrasta foi-se embora contente e pensando ter-se librado da
menina.
Quando voltaram os pigmeus a encontraram morta. E como a amavam muito,
decidiram não a enterrar, construíram uma caixa de cristal e puseram-na nela
e a levaram no meio da selva.
O Príncipe do país vizinho passou por aí um dia que esteve a caçar e apaixonou
da Branca das Neves mesmo que estava morta.
- deixai-me levá-la comigo ao meu palácio – pediu o Príncipe aos pigmeus -.
Se não posso vê-la todos os dias, desfalecerei.
Os pigmeus deixaram que o Príncipe a levasse. Ao carregarem a caixa de cristal,
um dos seus criados tropeçou e com a sacudida do corpo da morta, o pedaço
de maça envenenado saiu da boca dela.
No instante, a Branca das Neves abriu os olhos e sorriu. Todos puseram-se muito
contentes e o Príncipe ajoelhou-se junto da menina e perguntou:
- Queres vir ao meu palácio e casar-te comigo?
- Sim – disse a menina, porque o Príncipe era muito bonito e simpático.
Então o Príncipe levou-a no seu cavalo e enviou os seus serventes para
anunciarem ao seu pai, o rei, que ele estava a regressar e trazia consigo a
menina mais formosa das princesas.
Quando o rei recebeu a noticia, ordenou que tocaram todas as campainhas do
seu reino e mandou uma luxuosa comitiva para ir ao encontro do seu filho e
herdeiro e a sua futura nora.
Quando a rainha soube que a Branca das Neves estava viva e que se casava
com o Príncipe do reino vizinho, teve um grande ataque de nervos e morreu;
mas antes destruiu o espelho magico.
A Branca das Neves e o Príncipe se casaram e foram felizes. E receberam
sempre as visitas dos pigmeus porque queriam estar junto da sua querida a
Branca das Neves.
O invejoso, sempre pendente dos bens alheios, é incapaz de desfrutar
dos seus próprios.
O GATO COM BOTAS
Era-se uma vez um molinheiro que tinha um moinho, um burrinho e um gato.
Quando morreu, os seus três filhos dividiram a herança.
O mais velho levou o moinho, o segundo levou o burrinho e o mais novo teve
que contentar-se com o gato.
Triste e pobremente se via e exclamava:
-O hei de fazer com este gato? Um gato não serve para nada. Os meus irmãos
pelo menos poderão ganhar-se a vida trabalhando juntos com o burro e o
moinho.
quando Micifuz, que era o nome do gato, ouviu essas palavras, aproximou-se
do seu amo e disse-lhe:
-Se me comprares umas botas e me deres um saco demostrar-te hei que sou
mais valioso do que o moinho e o burro juntos.
O filho do molinheiro fez o que o gato pediu. O gato calçou as botas, carregou
o saco no ombro e foi ao monte. Com o saco e um pedaço de pão, Micifuz
caçou um coelho.
Orgulhoso da sua presa foi ao palácio do rei e disse-lhe.
-Este coelho, senhor rei, vo-lo envia o meu amo, o marquês de Carabás.
O rei pôs-se muito contente e agradeceu muito.
O gato caçava todos os dias para o rei e para o seu amo.
Um dia o gato soube que o rei costumava ir de passeio com a sua filha ate nas
margens do rio.
Então disse-lhe o gato ao seu amo: - vai ao rio a tomar banho, no lugar que
vou te indicar.
O filho do molinheiro seguiu o conselho. Quando já estava na agua, o gato
escondeu as roupas do seu amo no mato. Em pouco tempo passou a carona do
rei que passeava com a princesa. Micifuz gritou fortemente: - socorro! ¡auxilio!
O marquês de Carabás está-se afundando.
O rei deteve a sua carona. Micifuz aproximou-se, cumprimentou o rei e disse-
lhe que uns ladroes tinham levado a roupa do marquês de Carabás.
O rei mandou trazer os melhores vestidos para o filho do molinheiro, e logo
pareceu-se a um verdadeiro marquês.
Depois subiu na carona do rei e continuaram o passeio. A filha do rei
apaixonou-se dele pela simpatia.
O gato adiantou e mandou dizer ao rei que as terras em que trabalhavam
eram pertencentes do marquês de Carabás. Então o rei ficou muito admirado
pelas imensas propriedades.
O gato chegou no castelo onde vivia um gigante que, realmente era o dono
das referidas terras. Micifuz entrou e cumprimentou amavelmente.
- Ouvi dizer que vós sois um mago muito poderoso e que podeis converti-vos
em qualquer animal.
- Assim é – contestou o gigante -. Vou me converter num leão para acreditares.
Ao momento o gigante converteu-se num leão de grandes bigotes e o gato teve
um susto grande.
O gigante, voltando à sua figura normal, ria-se do pavor causado ao gato.
O gato de seguida disse-lhe ao gigante.
-o vosso poder é realmente maravilhoso, mas não acredito que possas também
te converter num animal pequenino como, por exemplo um rato.
No instante quis o gigante demonstrar que o seu poder não tinha limites, e
converteu-se logo num ratinho miserável. Então Micifuz lançou-se abre ele e
teve um bom almoço.
Quando chegou o rei com a princesa e o filho do molinheiro, os criados disseram
que o castelo e as suas terras eram do marquês de Carabás. O rei pensou logo:
- Haverá melhor homem para casar com a minha filha do que o marquês de
Carabás?
O filho do molinheiro aceitou com muito entusiasmo o oferecimento do rei e
casou-se com a formosa princesa e com o tempo chegou a ser rei do país.
Micifuz converteu-se num dos personagens mais importantes do reino.
O ingénito tudo pode.

UM ASNO INTELIGENTE
Jano, velho campesino, comprou um dia na feria um formoso cão galgo. Como
era muito aficionado à caça, pensou que assim poderia levar coelhos bem
gordos para a sua mulher. E ela era uma boa cozinheira, faria uns cozidos
riquíssimos cada dia.
Uma formosa manha, Jano saiu com o seu cão em direção ao monte. Mas três
rapazes muito malandros o abordaram dizendo.
-¡oi, bom senhor! Para onde vais com este estupido cão? – disse um dos rapazes
referindo-se ao galgo -. Não pretenderás levá-lo a caçar?
- Pois sim, naturalmente – contestou Jano, olhando com muito carinho ao
animal.
- Mas…quem vos enganou? Como usais pensar que este animal tonto pode
caçar? Por seguro que se burlaram de vós. E acredito mesmo que pagaste
muito dinheiro para a sua compra.
Jano que não era malicioso, ficou perturbado por tais palavras e examinava o
cão, e disse:
-Pois é verdade que paguei muito dinheiro, mas asseguraram-me que se
tratava do melhor cão caçador que existia.
- Pois fostes burlados. É um cão muito estupido e preguiçoso, vive nas ruas, e
de caçador não tem nada – disse o outro rapaz.
- Temos muita pena do que fizeram contigo, e para recuperares um pouco de
dinheiro, se quiserdes, vamos comprá-lo entre nós os três.
- Não quero dinheiro – disse Jano, tristemente e enraivado -. Vo-lo ofereço; eu
não necessito um cão a menos que seja caçador.
Quando voltava já de novo para a casa, um dos rapazes chamou-o e disse-lhe:
-¡ eh, bom senhor! Não pode ir com as mãos vazias. Agradecemos pelo presente,
mas a cambio queira o senhor aceitar este gato preto que nós lhe oferecemos.
- Podes levá-lo contigo – gritou o mais velho -. Seguramente que na tua casa
haverá ratos, e aí este gato será de muita utilidade.
Jano meteu o gato no seu saco e dirigiu-se a casa. Ao vê-lo chegar tao cedo, e
sem o cão, a mulher ficou assombrada. Pegou o saco pensando que haveria
uma lebre por dentro, ¡ wauu, que susto!
- Viraste louco? Onde esta o cão? E o que faz este gato dentro do saco?
O pobre lavrador olhou para a sua mulher, e refletiu se não o tinham enganado
realmente desta vez.
-Olha, três rapazes fizeram-me ver que o cão que comprei não era de caçador,
mas sim tratava-se de um cão qualquer, e eu o ofereci. Em troca, me deram
este gato.
- ¡és realmente um tonto! Fostes enganados por eles. Mas vamos ver:
Seremos mais lestos do que eles. Sabes que temos dois asnos idênticos. Pois bem,
toma um deles e encontre aqueles rapazes. Depois vais ao mercado e
comprarás aas provisões que eu te indicarei. As carregarás nas costas do asno e
o ordenarás a comida que eu devo preparar, e você no entanto, vai convidá-
los e garanto-te que nunca hão de voltar a enganar a ninguém.
O jano fez tudo como estava indicado.
- Eu vos agradeço muito pelo presente do gato. Já não temos ratos em casa.
Para festeja-lo vos proponho almoçar na minha casa, mas deveis agora
acompanhar-me nas compras.
Comprou tudo quanto tinha combinado com a mulher e carregou as compras
nas costas do asno e falou-o:
-Are, are, vê para a casa e diz-lhe a minha mulher que pode já começar a
cozinhar para quatro pessoas, trago convidados. Que para o primeiro prato
faça cordeiro assado, logo guisantes e maças no forno.
O asno foi-se por um caminho, onde só ele sabe;
O Jano e os três rapazes foram por outro. Ao chegar, viram o outro asno na
porta. Mas os três rapazes acreditaram que era o mesmo asno que tinha estado
no mercado com eles. E pensavam estar sonhando.
¡ um asno que entendia as palavras e obedecia ordens! E que fazia tudo o
quanto lhe dissera o amo. Nunca mais acabava o seu assombro.
O Jano apreciou o animal: - bem, amigo meu, cumpristes a minha ordem.
O asno berrou e os três rapazes interpretaram isso por um sinal de afirmação.
¡aquele animal era joia! E ofereceram por ele uma boa suma de dinheiro, com
o que recuperou sobradamente o dinheiro que havia perdido com o galgo.
¡ Ah, quase esquecia! Naturalmente, o asno não cumpriu nenhuma das ordens
que os jovens tentaram dar-lho, com o que, todavia, estão pensando se
realizaram um bom negocio. E isto lhes aconteceu por tentar brincar mal.
Não há nenhum tolo que não encontre mais tarde ou mais cedo outro
tolo pior do que ele.

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