Contribuições da leitura do livro, “A arte de ler ou como resistir à
adversidade”, de Michèle Petit
Capítulo 4 – Outras Sociabilidades
Tópico: Uma formação da sensibilidade Neste tópico percebe-se como a leitura participa de forma a contribuir com o nascimento de uma compreensão sentimental, quando compartilhada nos espaços de leitura, as vivências e trocas exploradas do seu mundo por outros, valorizam a cumplicidade literária. Ressalta-se a mobilização feminina nesses espaços de leitura, mulheres com diferentes idades, formações, profissões, prova que a literatura é democrática, e convida os homens, sendo a minoria, a desfrutar dessas experiências comunitárias necessárias que agregam, sensibilizam e libertam.
Capítulo 5 – Quais leituras?
Tópico: Os soldados feridos e as histórias em quadrinhos As histórias em quadrinhos fizeram parte da leitura infantil e juvenil de muitos, as imagens são convidativas, deste modo, os soldados internalizaram esse material como reabilitação para as situações traumáticas que enfrentaram, lidando com o racional e o emocional em um processo contínuo, isto responde ao questionamento do capítulo. Essa reconstrução por meio da literatura infantil e juvenil trouxe um alento interior, sarando o que a vida proporcionou de dissabor.
Capítulo 6 – Ler, escrever, desenhar, dançar
Tópico: Uma poética do cotidiano misturando múltiplas artes É, na leitura de mundo que se estabelece a relação com a leitura escolar, enriquecendo uma prazerosa descoberta, que às vezes mostra-se subjetiva e ausente de interpretação, mas sentida, como a arte. As crianças são as que melhor lidam com essa multiplicidade, são mais lúdicas e receptivas. O relato do trabalho da mediadora com as crianças foi frutífero, pois teve uma abordagem artística aguçando todos os sentidos, propondo atividades que permitisse o elo da literatura com a arte, instigando momentos, “preciosos e únicos”, com ressalta no livro, não impedindo o adulto a experimentar essa descoberta.
Capítulo 7 – Leitura e exílio
Tópico: O livro, morada “natural” dos exilados Encontra-se no livro, um habitat aos que buscam sentidos, como revela o livro, “todos nós somos exilados”, a vida em um certo momento, conduz a fazer escolhas, e isso é um processo natural ao longo da história de cada um. A presença de um mundo contemporâneo em constante mudança, apresenta uma transitoriedade em busca de um sentido, cujo livro e a leitura podem responder as perdas surgidas com esse deslocamento. Diante de determinadas situações de exílio, o livro permite que nasçam outras habilidades oportunizando um espaço de reconstrução, de morada.
Capítulo 8 – A escola e a biblioteca na linha de frente
Tópico: As bibliotecas, no cerne da transmissão cultural Neste tópico, é evidenciado a importância de uma biblioteca com uma estrutura adequada e capaz de recepcionar os usuários de diferentes formações que comungam do mesmo espaço para aquisição do conhecimento ou apenas para o deleite. Na estrutura pode-se incluir programas de leitura pelo poder público, bibliotecários valorizados, cursos de formações, círculos de leitura, entre outros, esses esforços contribuem de forma social e cultural para o país. Compreende-se que no mundo globalizado e com os avanços tecnológicos, esses espaços estão cada vez menos visitados, mas é com leituras como esta, que percebe-se a riqueza desse ambiente, onde reserva preciosidades de como resistir.