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FICHA DE AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE LÍNGUA PORTUGUESA – 5ºANO

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: COMPREENSÃO DO ORAL

Ouve atentamente o texto.

As orelhas do abade
Um sujeito bom caçador convidou o abade da sua freguesia para ir comer com
ele duas perdizes guisadas e deu-as à sua mulher para as cozinhar. A mulher, raivosa
por não contarem com ela, cozinhou as perdizes e comeu-as. Nisto chega o abade
muito contente, e diz-lhe a mulher:
- Fuja, Senhor Abade, que o meu homem jurou que lhe havia de cortar as
orelhas, e isto das perdizes foi um pretexto para cá o pilhar.
O abade não quis ouvir mais, e fugiu.
Eis que o marido chega, e diz-lhe a mulher:
- O abade aí veio, viu as perdizes, e não querendo esperar mais tempo por ti,
pegou nelas e foi-se embora.
O homem vem à porta da rua, e ainda avista o abade fugindo; começa de cá a
gritar:
- Ó senhor Abade! Pelo menos deixe-me uma.
- Nem uma, nem duas! – respondeu bem de longe.

Teófilo Braga, Contos Tradicionais do Povo Português

A - Identifica as frases como Verdadeiras, Falsas ou Desconhecidas.

1- Um pescador convidou o abade da sua freguesia.


2- Ele serviu-lhe perdizes guisadas.
3- A mulher cozinhou as perdizes e comeu-as ao almoço.
4- A mulher mentiu ao senhor abade.
5- Quando o caçador dizia ao abade “pelo menos deixe-me uma”, referia-se às orelhas.

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: EXPRESSÃO ORAL


O texto que acabaste de ouvir é um conto tradicional português. Como sabes
um conto é uma narrativa normalmente curta e simples que relata um episódio
inventado.
Assim, reconta um outro conto que conheças.

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: COMPREENSÃO DA LEITURA


B - Após a leitura do texto responde, de forma clara e completa, às questões que se
seguem.

1- Completa a ficha de leitura do texto.

Título do texto: __________________________________________


Autor: _________________________________________________
Obra de onde foi retirado o texto: ___________________________________________
Personagens: ___________________________________________________________

2- Que convite fez o caçador ao abade?


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3- O que fez a mulher do caçador? Porquê?


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4- Como é que a mulher do caçador se justificou, perante o abade?


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5- Quando o caçador chegou a casa que desculpa lhe deu a mulher?


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6- Quando abade ouviu o caçador pedir-lhe “pelo menos deixe-me uma”, pensou que
ele se estava a referir a quê?
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7- Explica o significado da expressão “foi um pretexto”.


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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA

1. Faz a divisão silábica das seguintes palavras:


perdizes- __________________________ disse- ____________________________
cozinhou-as- _______________________ mulher- __________________________

2. Classifica as palavras do exercício anterior quanto ao número de sílabas.


perdizes- __________________________ disse- ____________________________
cozinhou-as- _______________________ mulher- __________________________

3. Classifica quanto à acentuação as seguintes palavras:


caçador- _____________ abade- _____________ depósito- _________________

4. Constrói a família de palavras do vocábulo “caça”.

Caça- _______________; __________________; ________________; _____________

5. Classifica quanto ao tipo as frases apresentadas.


a)” Pelo menos deixe-me uma.” ____________________________________________
b) “- Nem uma, nem duas!” ________________________________________________
c) “Onde está o abade?” __________________________________________________
d) “O abade fugiu. “ ______________________________________________________

6. Analisa sintacticamente a seguinte frase:

A mulher comeu as perdizes.


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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: ESCRITA

 Este texto conta-nos uma história, da qual fazem parte um caçador e a sua mulher, e
um abade.
Planifica e redige uma história, da qual façam parte estas personagens,
podendo acrescentar outras.
(O texto tem de ter um título e, no mínimo, 10 linhas.)

(Título) ______________________________

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COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: LEITURA



O CAVALO AZUL
Estávamos todos na praia.
Veio o menino a correr do mar e, baixinho, disse à mãe:
– Eu vi um cavalo azul.
Parou de tricotar a senhora:
– Onde viste tu isso?
– Ali – e apontou para um sítio no mar.
– Como pode ser, filho? No mar não há cavalos e muito
menos azuis.
O menino insistia:
– Vi mãe, tenho a certeza. Eu mergulhei e vi um cavalo azul, grandes e
transparente e todo azul. Parecia de vidro, mas mexia-se. Mexeu a cauda, quando
me viu. Tinha crinas azuis… e olhos azuis. O corpo todo era azul, azul transparente…
– Que imaginação a desta criança! – exclamou a senhora, voltando-se para
outras senhoras que também tinham parado de tricotar. – Quer-me fazer acreditar
que viu um cavalo azul no fundo do mar. Mas que ideia!
– É verdade, acreditem que é verdade – disse o menino, quase a chorar.
As senhoras abanaram a cabeça e voltaram ao tricô.
Então o menino foi ter com um senhor de calça branca que lia o jornal e
puxou-lhe por uma manga:
– Senhor capitão, eu vi um cavalo azul debaixo de água. Mexia a cauda e
relinchou ao ver-me.
O senhor capitão dobrou o jornal e olhou muito sério para o menino.
– Fica sabendo, meu rapaz, que, habitualmente, se dá o nome de cavalos-
marinhos aos hipocampos, pequenos peixes de casca córnea, que, de perfil, se
assemelham muito ligeiramente aos cavalos. Ora os hipocampos não relincham.
Portanto, o monstro que dizes ter visto é um animal fabuloso, isto é, inexistente.
Percebes?
E desdobrou outra vez o jornal e olhou muito sério para o menino.
– Primo Alfredo – chamou o menino – quer saber o que vi debaixo de água?
O primo Alfredo, que estava de barriga para baixo a apanhar o peso todo do
sol nas costas, virou-se e quis saber o resto.
– Vi um cavalo azul, todo azul…
– Essa tem piada – comentou o primo Alfredo. – Só é pena não ser verdade.
Então tu não sabes que só há cavalos azuis na água doce? Na água salgada há
cavalos amarelos, às riscas pretas.
E riu-se sozinho da sua graça.
Então o menino veio ter comigo. Eu estava a ler.
– Havias de ter tomado banho comigo para veres o lindo cavalo azul que eu
achei debaixo de água…
– Boa ideia – disse eu – belo título para uma história.
E fui logo assentar na agenda, que nunca me abandona, uma frase: “O
menino encontrou um cavalo azul debaixo de água (tema a desenvolver) ”. Assim
não havia perigo de a história me escapar.

António Torrado, As Crianças Entrevistam 16 Escritores,


Civilização Ed.

EB 2,3 DE PAMPILHOSA

Grupo de trabalho:
- Maria da Luz Câmara
- Paula Costa
- Armando Neves

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