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Rev ue franco-brésilienne de géographie / Rev ista franco-brasilera de geografia
39 | 2019 :
Número 39
Crónica de campo
G V S ,C V D M B
F S
Resumos
Português Français English
Este texto apresenta um registro iconográfico comentado das fronteiras das Guianas. O
trabalho foi form atado em grandes eixos (circulação; com ércio e padrão arquitetônico) de
m odo que analisam os assuntos im portantes a estes eixos v inculados para dar v isibilidade
a espacialidades e problem as pelos quais as cidades fronteiriças das Guianas se
estruturam , interagem e criam paisagens peculiares em suas geograficidades. Utilizam os
em nossas reflexões div ersas fontes de dados, m as os registros fotográficos de trabalho de
cam po realizado entre nov em bro e dezem bro de 2 01 7 foi o de m aior destaque. A av aliação
central é que toda a com plexidade presente nas fronteiras das Guianas é resultado de
séculos de ocupação, m obilidades e conflitos. Em geral, v ários arranjos institucionais em
v ariados tem as atinentes àquele espaço geográfico são m ais com plexos que o usual, tendo
em v ista que as decisões de “abrir” ou “fechar” nas interações fronteiriças consideram
toda a dinâm ica política e econôm ica que os países possuem e cujos reflexos são sentidos
direta ou indiretam ente nas cidades fronteiriças.
Ce texte présente un enregistrem ent iconographique annoté des frontières des Guy anes.
Le trav ail a été organisé sur des axes m ajeurs (circulation, com m erce et architecture)
afin d'analy ser des questions im portantes et donner une v isibilité aux spatialités et aux
problèm es par lesquels les v illes frontalières guy anaises structurent, interagissent et
créent des pay sages particuliers dans leurs zones géographiques. Nous av ons utilisé dans
nos observ ations div erses sources de données, m ais les enregistrem ents photographiques
des trav aux sur le terrain, effectués entre nov em bre et décem bre 2 01 7 , ont été les plus
rem arquables. L’év aluation centrale est que toute la com plexité présente aux frontières
des Guy anes est le résultat de siècles d’occupation, de m obilités et de conflits. En général,
div ers arrangem ents institutionnels sur une v ariété de sujets liés à cet espace
géographique sont plus com plexes que d'habitude, car les décisions "d'ouv rir" ou de
"ferm er" les interactions frontalières tiennent com pte de toutes les dy nam iques politiques
et économ iques que les pay s ont et qui les réflexions se font sentir directem ent ou
indirectem ent dans les v illes frontalières.
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11/05/2019 Iconografia das fronteiras das Guianas
This text presents an annotated iconographic record of the borders of the Guianas. The
work was organized on m ajor axes (circulation, trade and architectural pattern) so that
we analy zed im portant issues to giv e v isibility to the spatialities and problem s by which
the border cities of Guiana structure, interact and create peculiar landscapes in their
geographies. We used in our observ ations div erse sources of data, but the photographic
records of field work carried out between Nov em ber and Decem ber of 2 01 7 was the m ost
outstanding. The central assessm ent is that all the com plexity present at the borders of
the Guianas is the result of centuries of occupation, m obilities and conflicts. In general,
v arious institutional arrangem ents on a v ariety of topics related to that geographical
space are m ore com plex than usual, since the decisions to "open" or "close" in the border
interactions consider all the political and econom ic dy nam ics that the countries hav e
and whose reflections are felt directly or indirectly in border cities.
Entradas no índice
Index de mots-clés : enregistrem ent photographique, frontières internationales, région
des Guy anes
Index by keywords : photographic record, international borders, Guiana region
Índice geográfico : Guianas
Índice de palavras-chaves : registro fotográfico, fronteiras internacionais, região das
Guianas
Texto integral
1 Há aproximadamente uma década, pesquisadores e estudantes da Univ ersidade
Federal do Amapá (UNIFAP) têm se debruçado sobre textos, documentos e
realizado trabalho de campo com o intuito de compreender comportamentos
específicos e padrões gerais nas fronteiras das Guianas1 , um complexo regional
marcado por aspectos naturais, históricos e geopolíticos, do qual fazem parte
Brasil, França (por meio da Guiana Francesa), Suriname, República Cooperativ a da
Guiana2e Venezuela (SILVA, 2016). Um dos resultados mais emblemáticos deste
momento para pesquisadores da UNIFAP que trabalham com fronteiras nos mais
v ariados campos foi a abertura de um Mestrado em Estudos Fronteiriços na
UNIFAP, em 2017 , tendo nas Guianas um dos principais focos de estudos
estratégicos e em suas fronteiras um dos pilares centrais. Nosso intuito aqui é
“apresentar” um registro iconográfico comentado das fronteiras das Guianas
diminuindo, com isso, parte da lacuna que temos sobre o conhecimento daquela
realidade regional. Este trabalho 3 não foi estruturado com análises isoladas dos
pares de cidades fronteiriças das Guianas (Mapa 1) e sim por temas que julgamos
relev antes. A padronização deste trabalho, portanto, está formatada em grandes
eixos (circulação; comércio e padrão arquitetônico). Desta maneira, observ amos
ser possív el av aliar assuntos importantes para dar v isibilidade a espacialidades e
problemas pelos quais as cidades fronteiriças se estruturam, interagem e criam
paisagens peculiares em suas geograficidades na região das Guianas.
2 Foto 1 – Equipe do Trabalho de Campo nas fronteiras das Guianas
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3 Descrição: Equipe da missão que percorreu as fronteiras das Guianas por meio da
transguianense. Esta foto registra a saída de Macapá, capital do Amapá - Brasil, no
início da missão em 28 de nov embro de 2017 .
4 Utilizamos em nossas reflexões que se seguem div ersas fontes de dados, mas os
registros fotográficos de trabalho de campo realizado entre nov embro e dezembro
de 2017 é o de maior destaque. A equipe composta por quatro pessoas (Foto 1),
Clícia Vieira Di Miceli, Brenda Farias da Silv a (ambas mestrandas no Programa de
Pós-Graduação em Estudos de Fronteira da UNIFAP); Gabriel Flores
(documentarista) e Gutemberg Silv a (professor-pesquisador da UNIFAP), seguiu –
por terra – por todas as fronteiras das Guianas (Mapa 1), em um trajeto que superou
2400 km4. Cabe um último registro: O trabalho aqui apresentado é parte de projeto
maior intitulado: Região das Guianas: do arco rodoviário da
transguianense ao circuito fluvial Manaus-Santana, ainda para ser
publicado em meio científico, mas que já conta com alguns registros fotográficos e
informações em rede social (v er https://www.facebook.com/
expedicaoregiaodasguianas/ ).
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8 O Brasil, país com a maior quantidade de cidades pareadas nas fronteiras da
região e também de maior extensão em limites internacionais ou díades (Mapa 1),
destaca-se pela quantidade e div ersidade de grupos indígenas (Foto 2) fundadas em
três troncos centrais: Carib, Arawak e Tupi. Portanto, nas fronteiras que o Brasil
partilha nas Guianas, há sempre um destaque para os dialetos indígenas.
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https://brasil.efeagro.com/noticia/brasil-e-franca-devem-agir-contra-garimpo-ilegal-de-ouro/;
https://w w w .vice.com/en_us/article/ppqqg8/inside-surinames-rainforest-destroying-gold-rush
Descritivo: As imagens mostram trabalhadores em garimpos do Suriname (a); da Guiana Francesa (b) e da
Rep. da Guiana (c)
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23 Após a análise geral acima sobre a div ersidade e algumas das características
centrais de cada par de cidades de fronteira nas Guianas, os tópicos seguintes
focarão nos três eixos centrais deste texto: circulação, ativ idades econômicas-
interações e patrimônio arquitetônico
Formas de circulação
24 O primeiro eixo de destaque é a maneira como as cidades fronteiriças se
articulam e o grau de intensidade com o qual elas interagem (Foto 10). A circulação
pelos rios Oiapoque, fronteira do Brasil com a França, e Maroni, entre Suriname e
França,é feita por pequenas e médias embarcações motorizadas. São localmente
chamadas de catraias e pirogues1 1 , respectiv amente. No rio Oiapoque a circulação
também é feita utilizando a ponte binacional, inaugurada em 2017 , para trânsito de
pessoas de segunda a sábado. Neste momento o deslocamento é possív el apenas
para carros de passeio 1 2. Já no Maroni a circulação de v eículos motorizados como
carros é realizada por balsas.
25 A circulação pelo rio Corantine (Foto 10) é a mais limitada, já que ocorre
oficialmente 01 v ez por dia de cada lado por meio de balsa, embora em momentos
de festiv idades, como no Natal, este trânsito seja efetuado duas ou três v ezes ao dia,
segundo relatos. Nesta fronteira, ainda há a circulação de pequenas embarcações
motorizadas, mas cuja mov imentação entre ambos os lados se faz na informalidade.
Na fronteira entre Lethen e Bonfim a circulação até 2011 era feita por meio do rio
Tacutu, mas desde então é realizada atrav és de ponte binacional, embora ainda
haja, com baixa frequência, a circulação de pequenas embarcações pelo rio. Entre
Brasil e Venezuela há a única fronteira seca das Guianas (Mapa 1), cuja circulação é
realizada por v ia terrestre.
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Foto 11- Mosaico de imagens sobre atividades econômicas nas fronteiras das Guianas
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Descritivo: a) Interior de um dos comércios do lado surinamense no qual se demonstra uma variedade de
produtos em exposição, boa parte adquirida por garimpeiros que entram e saem a todo momento do interior
da Guiana Francesa sobretudo; b) Retrata parte da dinâmica comercial das duas principais cidades do rio
Maroni. Mostra homens em Albina abastecendo com combustível os tonéis para serem comercializados do
outro lado da fronteira; c) Registro do momento em que um carro do lado francês é abastecido
clandestinamente com combustível do Suriname, uma cena comum na dinâmica local; d) Orla de Albina. Em
destaque os tonéis para armazenamento de combustível prontos para serem embarcados nas Pirogues.
Os destinos são vários, especialmente garimpos no interior da Guiana Francesa e para a cidade francesa
de Saint Laurent du Maroni; e) Trabalhadores das plantações de arroz da fronteira do Suriname com a
Rep. da Guiana. Do lado surinamense, os lagos e canais estão por quase toda a extensão da rodovia que
leva à cidade de Neauw Nickerie. O trabalho de irrigação dessa cultura se faz de forma mecanizada; f)
Maquinários utilizados na produção de arroz. É comum encontrá-los nas ruas de Nieuw Nickerie por serem
os arrozais a principal atividade econômica da cidade; g) Em destaque uma estrutura para armazenamento
de arroz na cidade de Corriverton; h) Na Rep. da Guiana é comum a atividade madeireira. O registro é na
cidade de Corriverton, uma das portas de saída desse produto, que sem nenhum tipo de beneficiamento
são enviados para os mercados estadunidense e europeu principalmente; i) A foto mostra um anúncio de
publicidade sobre a exportação de madeira da Rep. da Guiana para a União Européia; j) Comércio varejista
na cidade de Lethen dominado quase que em sua totalidade por chineses. É comum a presença de
brasileiros que se deslocam em busca dessas mercadorias para serem revendidas nos estados de
Roraima e Amazonas; As fotos k) e l) destacam carros venezuelanos na cidade de Pacaraima anunciando
serviço de transporte entre aquele país e o Brasil. Na foto k), o anuncio no para-brisas oferece o serviço
de frete; l) No vidro traseiro podemos identificar a rota ofertada: é entre a cidade de Puerto La Cruz e a
região de La Gran Savana, onde estão as cidades fronteiriças de Santa Elena e Pacaraima; m)
Venezuelano retornando ao seu país após fazer compras de necessidades básicas em Pacaraima.
Patrimônio arquitetônico
28 O padrão arquitetônico das fronteiras das Guianas também é muito v ariado (Foto
12). Em geral, diferentes tipos de construções indígenas são v isív eis em toda região
das Guianas e as suas fronteiras expressam isso, a exceção da fronteira da Rep. da
Guiana com o Suriname. Alguns detalhamentos, contudo, são necessários em
relação a este tema. Em Saint Georges é possív el identificar casas criolas, enquanto
em Oiapoque as palafitas e casas ribeirinhas fazem parte de sua estrutura. Na outra
ponta da Guiana Francesa a arquitetura quilombola dos marrons no bairro La
Charbonnière é bastante emblemática. Na fronteira entre Suriname e Rep. da
Guiana são notórios os templos hindus e as mesquitas. Toda esta arquitetura é fruto
da div ersidade étnica exposta no início deste texto.
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11/05/2019 Iconografia das fronteiras das Guianas
Fonte: Trabalho de campo (2017)
Descritivo: a) Esses casarões erguidos em madeira são de arquitetura crioula e marcam parte da
paisagem local da Guiana Francesa. É uma herança histórica das elites crioulas, especialmente as ligadas
à atividade garimpeira de séculos passados. Hoje, a maioria destes casarões foi transformado em hotéis,
restaurantes, centros culturais e pequenos comércios como esse na cidade de Saint Georges; b) Casas
do bairro La Charbonnière, criado na década de 1980 na cidade de Saint Laurent du Maroni . A arquitetura
é bushinengue e marca uma parte da paisagem dessa cidade as margens do rio Maroni; c) Os templos
hindu presentes nas cidades de Corantine são expressão da significativa parcela da população
descendente de indianos que vive no Suriname e Rep. da Guiana. A cidade de Neauw Nickerie,
representada na imagem, é uma das que mais possui habitantes desse grupo; d) Mesquitas em
Corriverton.As fotos e) e f) mostram casas ribeirinhas suspensas em palafitas às margens do rio
Oiapoque, lado Brasileiro.
Conclusão
29 Como já mencionado no início do texto, pesquisadores e estudantes da UNIFAP
têm se debruçado sobre textos, documentos e realizado trabalho de campo com o
intuito de compreender comportamentos específicos e padrões gerais nas
fronteiras das Guianas e o Mestrado em Estudos de Fronteira abriu nov as
oportunidades de pesquisa. Este trabalho foi uma singela, mas necessária
contribuição para “apresentar” uma configuração atual das fronteiras das Guianas a
partir de um registro iconográfico comentado. Estruturado em três grandes eixos
(circulação; comércio e padrão arquitetônico) o texto enfocou assuntos
importantes para dar v isibilidade a espacialidades e problemas pelos quais as
cidades fronteiriças se estruturam. A av aliação central é que toda a complexidade
lá presente é resultado de séculos de ocupação, mobilidades e conflitos. A
av aliação específica sobre a i) circulação, ii) o comércio e a iii) arquitetura é a
seguinte:
30 i) Nos 5 conjuntos de cidades fronteiriças (Oiapoque - Saint Georges / Saint
Laurent du Maroni – Albina /Nickerie–Corriv erton /Lethen – Bonfim / Pacaraima –
Santa Elena de Uairém), a circulação em dois deles é articulada por pontes, outros
dois por meio de embarcações e uma terrestre. Em geral, v ários arranjos
institucionais em múltiplos temas atinentes àquele espaço geográfico são mais
complexos que o usual, tendo em v ista que as decisões de “abrir” ou “fechar” nas
interações fronteiriças consideram toda a dinâmica política e econômica que os
países possuem e cujos reflexos são sentidos direta ou indiretamente nas cidades
fronteiriças.
31 ii) As principais ativ idades econômicas são v ariadas, mas em nenhuma há
destaque para a industrial.
32 iii) O padrão arquitetônico é div ersificado. Em geral, diferentes tipos de
construções indígenas são v isív eis em toda região das Guianas e as suas fronteiras
expressam isso, a exceção da fronteira da Rep. da Guiana com o Suriname.
Ademais, o padrão étnico influencia as especificidades arquitetônicas de cada par
de cidades de fronteira.
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Notas
1 Guiana significa “terra de m uitas águas”em língua indígena aruaque (GUYANA,
2 01 5). Grosso m odo, o aruaque era falado por v ários grupos indígenas am ericanos, alguns
dos quais foram os prim eiros habitantes das Guianas.
2 Nas dem ais m enções, assinarem os Rep. da Guiana.
3 Este trabalho contou com financiam ento da Coordenação de Aperfeiçoam ento do Pessoal
de Nív el Superior (CAPES), por m eio do projeto Transfronteirizações na Am érica do Sul:
Dinâm icas Territoriais, Desenv olv im ento Regional, Integração e Defesa nas Fronteiras
Meridional e Setentrional do Brasil (Edital nº03 1 /2 01 3 Pró-Defesa/CAPES, código
4 2 001 01 3 06 5P3 ). Agradecem os ao Dr. Yurgel Caldas pela leitura atenta na rev isão
textual deste trabalho e tam bém ao Dr. Stéphane Granger que leu cuidadosam ente a
v ersão prelim inar do m anuscrito e apontou m elhorias que incorporam os ao texto.
4 Este percurso representa a cham ada rodovia Transguianense, conjunto de v ias
terrestres que – ao ser associada com as conexões por pontes ou balsas – interliga os países
acim a m encionados e por m eio da qual ocorreu a v iagem da equipe.
5 Na fronteira entre Brasil e França essas em barcações m otorizadas são cham adas de
catraias e na entre França e Surinam e de pirogues. Nas dem ais fronteiras fluv iais não há
um a expressão peculiar para essas pequenas em barcações.
6 Nom e deriv ado da fusão Bom baim , grande cidade indiana e onde está sediada, e
Holly wood, m aior indústria cinem atográfica do m undo, nos Estados Unidos. Trata-se da
m aior indústria de cinem a de língua híndi.
7 Panos quadriculados e bordados, utilizados por hom es e m ulheres bushinengue em
form ato de v estim enta ou adorno.
8 Conform e Mello (2 01 4 ), autores com o Bickerton (1 9 7 5) e Rickford (1 9 87 ) cham aram
de “v ariações crioulizadas do inglês”. Tam bém cham ado de “pidgin english”, ou “broken
english”, o “crioulo” é com um ente usado para o dialeto de base francesa falado na Guiana
Francesa, Antilhas francesas e no Haiti.
9 Misto é um a categoria de identificação, e auto-identificação, extrem am ente com plexa,
v ariáv el e que coloca em xeque a suposta rigidez das identidades étnicas guianenses,
em bora ainda não se tenha refletido dev idam ente acerca dessa categoria.
1 0 Na Guiana Francesa, a m oeda é o Euro ao passo que no Surinam e é o Dólar do
Surinam e (SRD). Segundo dados de 03 de outubro de 2 01 8, € 1 ,00 correspondia a SRD
https://journals.openedition.org/confins/17689 19/22
11/05/2019 Iconografia das fronteiras das Guianas
8,6 0 (https://coinm ill.com /EUR_SRD.htm l). O peso econôm ico do Euro fez com que a
cidade de Albina, na carência de densidade econôm ica associado à im portância que a sua
v izinha Saint Laurent possui, se estruturasse com o um centro de v endas de produtos dos
m ais v ariados para garim peiros e àqueles que m oram do lado francês da fronteira.
1 1 Elas pertencem ao patrim ônio m aterial da cultura Bushinengue.
1 2 Um a das alegações principais é o reduzido quantitativ o de serv idores do lado brasileiro
para o funcionam ento da estrutura aduaneira nos finais de sem ana.
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T ítulo Mapa 1–A região das Guianas e suas fronteiras
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Foto 2–Mosaico de imagens de povos indígenas nas Fronteiras das
T ítulo
Guianas
Fonte: Trab alho de Campo (2017) http://portal.iphan.gov.br/pagina/
detalhes/54; http://www2.unifap.br/oiapoque/2016/11/22/povo-palikur-
arukwayene-realiza-a-kayka-aramtem-na-terra-indigena-
uacaoiapoque/; http://www.luizcribeiro.com/first-world-indigenous-
Créditos
games; http://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2014/07/em-rr-inss-
pode-pagar-ate-r100-mil-por-danos-morais-ao-povo-macuxi.html;
http://www.jesuitasbrasil.com/newportal/2013/04/10/pe-urbano-
relata-missao-em-comunidades-indigenas/
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T ítulo Foto 3– Mosaico de imagens da diversidade na Guiana Francesa
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T ítulo Foto 4 – Garimpos na Rep. da Guiana, Suriname e Guiana Francesa
Fontes: http://guyanachronicle.com/2016/02/29/uk-company-eyes-
large-scale-gold-mining-here; https://brasil.efeagro.com/noticia/
Créditos brasil-e-franca-devem-agir-contra-garimpo-ilegal-de-ouro/;
https://www.vice.com/en_us/article/ppqqg8/inside-surinames-
rainforest-destroying-gold-rush
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T ítulo Foto 5– Mosaico de imagens da diversidade no Suriname
Créditos Fonte: Trabalho de campo (2017)
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Foto 6 – Mosaico de imagens de Bushinengue na fronteira França-
T ítulo
Suriname
Créditos Fonte: Trabalho de campo (2017)
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Foto 7– Mosaico de imagens de Pirogues na Fronteira França-
T ítulo
Suriname
Créditos Fonte: Trabalho de campo (2017)
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11/05/2019 Iconografia das fronteiras das Guianas
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T ítulo Foto 8- Mosaico de imagens da diversidade na Rep. da Guiana
Créditos Fonte: Trabalho de campo (2017)
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T ítulo Foto 9- Mosaico de imagens da diversidade na Venezuela
Créditos Fonte: Trabalho de campo (2017)
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T ítulo Mapa 2- Cidades fronteiriças de Oiapoque e Saint Georges
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T ítulo Mapa 3 – Cidades fronteiriças de Saint Laurent e Albina
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T ítulo Mapa 4 – Cidades fronteiriças de Nieuw Nickerie e Corriverton
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T ítulo Mapa 5- Cidades fronteiriças de Lethen e Bonfim
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T ítulo Mapa 6– Cidades fronteiriças de Pacaraima e Santa Elena
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Foto 10 - Mosaico de imagens sobre circulação nas fronteiras das
T ítulo
Guianas
Créditos Fonte: Trabalho de campo (2017)
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Foto 11- Mosaico de imagens sobre atividades econômicas nas
T ítulo
fronteiras das Guianas
Créditos Fonte: Trabalho de campo (2017)
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Foto 12–Patrimônio arquitetônico de destaque nas fronteiras das
T ítulo
Guianas
Créditos Fonte: Trabalho de campo (2017)
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11/05/2019 Iconografia das fronteiras das Guianas
Gutemberg de Vilhena Silva, Clicia Vieira Di Miceli e Brenda Farias da Silva, « Iconografia das
fronteiras das Guianas », Confins [Online], 39 | 2019, posto online no dia 22 março 2019,
consultado o 11 maio 2019. URL : http://journals.openedition.org/confins/17689 ; DOI :
10.4000/confins.17689
Autores
Gutemberg de Vilhena Silva
Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). bgeografo@gmail.com
Artigo s do m es m o auto r
La géopolitique de l'Union Européenne pour les régions ultrapériphériques : [Texto integral]
Assimilation, fragmentation et rôle de la Guyane française dans son contexte régional
Publicado em Confins, 26 | 2016
Comunidades Quilombolas na Amazônia: [Texto integral]
construção histórico-geográfica, características socioeconômicas e patrimônio cultural no
Estado do Amapá
Publicado em Confins, 23 | 2015
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