Desta forma, pode ser construída uma tabela mostrando o
número de espiras do primário e a corrente primária nominal para diversas classes de tensão nominal. Assim procedendo: Tensão de Linha Ep [kV] Np (espiras) Ip (mA) [kV] 11 110 11 11 3 1,126 × ≈ 7150 2360 × = 23,6 3 11000 132 110 132 132 3 1,126 × ≈ 85815 2360 × = 1,96 3 132000 380 110 380 380 3 1,126 × ≈ 247000 2360 × = 0,68 3 380000 Pode-se notar que à medida que a tensão nominal vai aumentando, o número de espiras necessários para se estabelecer a densidade de campo magnético desejada de 1,6 Wb/m2 também aumenta. Por outro lado, a corrente primária nominal diminui. Isto significa construir, para níveis de tensões elevadas, TPs com enrolamento primário dotado de um número muito grande de espiras de um fio muito fino (capaz de suportar uma corrente primária nominal cada vez menor). Do ponto de vista construtivo isto significa maiores custos pela dificuldade de execução da tarefa (a chance de romper o fio fica muito grande), sem esquecer a natural necessidade de maiores quantidades de isolamentos, para tensões maiores. Desta forma é praticamente impossível bons projetos de TPs com tensão primária nominais acima de 138 kV. Desta forma, é usual construir-se TPs eletromagnéticos até a classe de tensão de 138 kV e para aplicações em sistemas com tensões superiores a 138 kV utilizam-se TPs de 13,8 kV acoplados a um divisor de potencial capacitivo, denominados TPCs (transformadores de potencial capacitivos).
• Forma de Ligação A ligação usual em TPs é a ligação estrela aterrada-estrela aterrada.