Márcio Godinho
Aula 1
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- Temos ainda o caso de um moço que era “santo” e sofre muito no seu “dia”,
por causa da imensa quantidade de pedidos que ele não tem como atender.
- Terapeuta Holístico é uma profissão regulamentada, mas não exige formação
específica em nenhuma área.
- Sobre os princípios fundamentais da TVP: A depressão é uma doença
psicossomática impressa no corpo astral (M.O.B.), que possui os ajustes
reencarnatórios.
- Já sobre o complexo, existem pessoas que vivem bem com eles. O problema
é quando esses complexos atingem outras pessoas, como por exemplo, a
agressividade.
- Os tiques e manias são as gagueiras, o sumiço da voz. Existem alguns
“pactos consigo mesmo”: o orgulho, que não admite errar; a prepotência, que
é não se permitir uma exposição.
- Na maior parte das vezes o problema atual de falar em público trata-se de
alguém que passou por um grande vexame. Existem também as pessoas que
falam que sofreram assim e assado para se fazer de mártir, ou falam que “Deus
quis”, e não assumem que não conseguiram dizer não para x situação. Pode
ser um senador, um charlatão que tentou convencer uma multidão e alguém
contra argumentou, levantando uma vaia. Normalmente nessa platéia está
algum conhecido atual. Tivemos o exemplo de um paciente que viu sua
mulher atual o chamando de incompetente.
- A primeira pergunta a ser feita ao paciente é: qual o motivo que te traz aqui?
A maioria não sabe responder. Os que dizem “ah, eu não tenho nada” podem
receber para si a justificativa do autoconhecimento.
- É muito comum a experiência da resistência em relação à mudança. O
próprio Márcio disse que quando fez a sua terapia para conhecer os métodos,
vinham perguntas muito íntimas e ele se sentia como um réu com o juiz
condenando, mas na verdade era o ego dele se projetando no terapeuta. Ele
começou a aprender a não ficar tentando agradar todo mundo, a não se cobrar
tanto.
- Sobre os candidatos ao tratamento, muitas vezes uma conversa cara a cara é
suficiente para a reelaboração. As pessoas chegam com todas as suas defesas,
parece que estão indo para a guerra. Nesse caso, não irão regredir mesmo. Mas
tem outros casos em que a pessoa chega ao consultório no limite de suas
forças, e já vai direto ao ponto.
- O problema é que muitas pessoas não querem resolver o problema, querem
voltar ao que era antes. No caso de um término de relação, a pessoa quer que
tudo volte a ficar bem, quando na verdade ela tem que admitir que ela
cometeu uma série de erros, e recomeçar. Sem isso ela não vai conseguir
começar de novo, vai ficar se autopunindo.
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- No caso temos o exemplo da mulher que mandou o marido embora com a
idéia de que ele voltasse de joelhos (e ele correu para outra). Existem também
os casais que se sustentam pela briga, e quando o terapeuta tenta fazer eles
pararem de brigar fatalmente eles irão se separar. A felicidade deles é brigar.
- Dentro de um relacionamento normalmente há o dominador e o dominado, é
muito raro ser equilibrado. No meio dessa engrenagem toda há mecanismos
necessários. Aí entra a sutileza do terapeuta: ele tem que sondar o que
acontece com a pessoa, o seu limite. O problema não é brigar, é o medo que a
pessoa tem de não encontrar mais ninguém. E na verdade a pessoa já está
sozinha. O que tem que ser trabalhado é a auto-estima, para a pessoa começar
a impor limites, e daí vem a libertação, porque a pessoa para de se submeter.
- Em geral quem procura terapia não é quem precisa, é quem agüenta uma
série de coisas na família, e aí o terapeuta acaba trabalhando indiretamente
com todos os outros membros.
- As pessoas que sempre chegam reclamando e puxando um rosário de
reclamações e queixas, na verdade querem só chamar atenção. O terapeuta
tem que adotar uma postura frente a isso, e cortar o queixume. Em casos de
viúvos, muitas vezes o luto é puramente psicológico, dado que apesar de ser
uma situação difícil, depois de um tempo ela passou, e a pessoa tem que
continuar a caminhada. Em casos de separação, alguns seguem adiante, outros
fazem só para mostrar a independência, e outros só por orgulho -- e adoecem,
por causa da consciência cobrando. A pessoa tem nesse caso que se
conscientizar de que trabalhar um erro é muito mais fácil do que uma omissão,
onde nada foi feito.
- Em casos de doentes terminais, é comum que ele chame todos para pedir
perdão. Isso sendo autêntico é muito válido, pois toda vez que uma pessoa se
sente perdoada ela está pronta para tentar de novo, nem que seja em outra
vida.
- O objetivo principal da terapia é a conscientização dos erros e o
redirecionamento para não errar mais, além do autoperdão.
- Sobre a atitude do terapeuta na vida comum do dia-a-dia: é muito raro
encontrar um amigo que tenha coragem de falar a real. É comum até perder a
amizade, mas com certeza a pessoa não irá esquecer do que foi dito. Jesus é
um grande exemplo nesse sentido: ele falava verdades duríssimas às pessoas,
mas que traziam a conscientização.
- A idéia no atendimento é pegar pesado com quem vem pegar pesado. Se a
pessoa estiver fragilizada é melhor dar um suporte antes.
- Também é muito importante levar em conta a crença da pessoa, porque cada
um precisa de um tipo de religião. Às vezes a Igreja evangélica é a melhor
coisa para um bandido.
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- Sobre confiança: quando uma pessoa conta algo horrível que ela fez, a
primeira tendência é julgar. Mas é preciso vê-la como um pacote cheio de
defeitos e virtudes. Um exemplo disso é o relativismo histórico: há pouco
tempo mulheres de 13 anos casavam com homens de 40. Hoje isso é pedofilia.
- O terapeuta tem uma oportunidade bárbara de corrigir os próprios erros,
ouvindo outros pontos de vista.
- Sobre as cargas do passado: pode ser uma angústia, ansiedade, medo,
tristeza. Isso vem de algum lugar/época/experiência. A terapia se guia pelo
sintoma. A gente tem o hábito de achar que só porque alguém passou por um
acidente grave vai ter medo. Ela pode não ter, e alguém que nunca passou por
nada morrer de medo de dirigir. Ou seja, não é mecânico, tipo isso gera aquilo.
A gente supõe, mas a hipótese pode ser falsa.
- Todo ser humano tem um lado angelical (que ele mostra) e outro diabólico
(que ele esconde, mas que contamina o angélico). Tudo na vida tem o lado
bom e o lado ruim. Um exemplo é a atual guerra: apesar de tudo barateou o
preço do avião.
- Um diabo convertido continua diabo. Eu que tenho que buscar usar essa
energia para o bem. O grande erro é eliminar o inimigo. É muito mais fácil
trazê-lo para perto e doutriná-lo, só assim irá se evitar rancor. Tem pessoas que
querem um dedo nosso para nos pegar e nós mesmos damos a mão inteira.
- Sobre lembranças e complexos: são ressonâncias de outras encarnações,
sintonia com o personagem. Se eu fui vaiada de pé é possível que eu não fale
em público, por medo daquela vaia. É uma toxina emocional.
- Um exemplo disso é a moça que viu um programa na Discovery sobre um
leão atacando a presa, e teve um ataque de pânico, porque criou ressonância
com a época em que ela morreu em uma arena.
- Também é possível que o medo de falar em público seja cármico: a pessoa
fez um mau uso da comunicação verbal, e é impedida para que não tenha mais
essa possibilidade.
- Um tipo de liberação de carga emocional é catarse pelo choro. Por exemplo,
quando uma pessoa está com raiva, se você tentar impedir a briga pode
apanhar. A pessoa precisa da raiva e do choro, para colocar tudo aquilo para
fora.
- Perdoar não deve ser só racional, se não for emocional também não existiu o
perdão.
- Temos que colocar limites para as pessoas. Dizer não é educar.
- Sobre os sintomas: são os paradoxos do inconsciente. Quando não
conseguimos trazer para o consciente o que está errado, vem o sintoma para
avisar. O problema é que o ponto principal é a causa, e nós não fixamos a
atenção nela.
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- Tem pessoas que não possuem sintomas e chegam à TVP. O terapeuta tem
que aprender a trabalhar com essa ausência de sintomas. Às vezes as pessoas
têm que vir para testar. Logo, é melhor deixar claro que você precisa da
confiança dela.
- Idiopatia é uma doença sem causa.
- Nada aparece ao acaso. Tem pessoas que querem resolver problemas da boca
para fora, e que no final quando o nó aperta acabam desistindo e continuam se
enganando.
- Sintoma metamórfico é quando um sintoma qualquer é transferido para outro
lugar do corpo. É a canalização, como uma fuga.
- A medicina tradicional não percebe que a doença é um efeito, e quer logo
extirpar tudo. Mas o que levou àquele problema?
- A energia que é utilizada para criar um tumor maligno é a mesma energia
vital usada para construir uma casa, um projeto. A questão é o comportamento
adequado.
- Como exemplo temos aquela história das marretadas: para chegar ao produto
final, tudo depende de quantas marretadas o artista já deu. Algumas pessoas
ainda têm muito que aprender porque não se trabalharam o suficiente nas
outras vidas. Outras com algumas marretadas já resolvem todos os seus
problemas. Tudo depende do histórico cármico. Tem pessoas que já foram
alcoólatras por cinco vidas, e que vão ter muito mais propensão a reincidir,
nem que bebam “socialmente”.
- Muitas vezes uma relação ruim não deve ser mantida na visão de um
psicólogo normal. Mas e o histórico cármico? A felicidade é passageira.
Nunca ninguém vai ser feliz a vida toda, nem desgraçado. Um exemplo
bíblico é a história das 7 vacas gordas e 7 vacas magras. Quando estamos bem
devemos semear coisas boas para colhermos nas dificuldades.
- O que falta na humanidade é tolerância.
- Um exemplo de tudo isso é que sempre que a “ovelha negra” de uma família
sai de cena, a família desmorona. Toda a energia ruim da família é canalizada
para essa figura, logo ela mantém a família coesa.
- Algumas pessoas fazem tudo para chamar atenção, do tipo “briguem comigo,
mas olhem para mim”. Tudo que essa pessoa quer é colo.
- Na verdade, se uma pessoa está sofrendo e não muda, é porque a dor ainda
não é suficiente.
- Sobre ponto cego: são os problemas que temos, os vícios e tendências, dos
quais não nos damos conta e magoamos os outros. Quando uma pessoa vem
falar de um vício dela você pode se dar conta de um seu e eliminar um ponto
cego.
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- Sobre o padrão de comportamento, é importante achar o equilíbrio da
personalidade. Um tipo 1 perfeccionista em desequilíbrio pode se tornar
extremamente crítico e intolerante. Também pode acontecer uma armadilha do
ego e a pessoa se enxergar no seu oposto, ou contrapadrão.
- A intenção não é classificar as pessoas e entrar no esquema de prontuário. A
idéia é achar no meio de tudo isso o padrão mais gritante. Muitas pessoas têm
um papel de alternância tão intenso que precisam de ajuda para resgatar qual é
o seu papel predominante. Isso pode ser distinguido através das frases que a
pessoa vai falando.
- Em casos de mulheres que fazem o papel de mãe o tempo todo, com a
maioridade do filho e o casamento ela pode entrar em depressão gravíssima.
Isso é complicado porque vai ter que ser trabalhado e ninguém quer perder
nada.
- Todo padrão de comportamento tem um contrapadrão. Uma pessoa muito
mesquinha é ao mesmo tempo generosa – desde que ela faça e determine
quando e onde.
- Normalmente quando uma pessoa se apresenta em terapia ela o faz pelo
contrapadrão. Uma pessoa muito boazinha e prestativa acaba sendo na
verdade muito egoísta. Há também as personalidades ambivalentes: uma
pessoa pode amar profundamente alguém e ao ser rejeitada pode odiar.
- Quando isso está sendo trabalhado o terapeuta tem que saber a hora certa
para falar, senão a pessoa se fecha.
- Um exemplo de contrapadrão: normalmente a pessoa o busca para fugir de
uma situação de vida passada. Uma mulher que foi prostituta pode buscar ser
freira atualmente. E é tão doentio quanto.
- O fenômeno da regressão só depende de que a pessoa aprenda a perceber.
Quando você questiona a origem de um sintoma ela vem. Por exemplo, uma
ansiedade que surge às dez horas da manhã, sempre na hora em que dou
palestra. Então o problema é falar em público. Sabendo disso posso evitar uma
grande ansiedade.
- Algumas pessoas não entram em regressão, ou só sentem. Algumas não
lembram de nada e melhoram, porque o psiquismo cuida do que é necessário.
Pode acontecer uma grande depressão, por uns 15 dias, mas depois ela passa.
- O estado alterado de consciência não é hipnose, a pessoa fica consciente. Ela
só vai ficar com a consciência ampliada: primeiro vai ficar concentrada em um
ponto, o da dor. Muitas dores morais e físicas estão em nós ditando sintomas,
nós que nunca nos concentramos nelas.
- Sobre reprogramação: um exemplo é a pessoa que tem medo de altura e
descobre que se suicidou em um desfiladeiro. Quando ela está em um elevador
ela sente a ressonância.
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- Na regressão a idéia é mostrar para a pessoa que aquele é um personagem do
passado, que não faz mais sentido hoje. Se ela foi jogada, ao ver quem foi,
normalmente é algum familiar. Se ela se matou, podemos trabalhar o
autoperdão.
- Um suicida dificilmente é marinheiro de primeira viagem. Ele é
intelectualizado, sabe muito bem o que vai acontecer, e tem que ter muita
coragem para dar cabo da própria vida.
- Na regressão, o psiquismo só libera o que é necessário e urgente. O que pode
acontecer são reações orgânicas desagradáveis, mas isso é natural. Não vai
acontecer nada de mal com a pessoa, nada que seja objeto de prejuízo vai ser
liberado. Mesmo que a pessoa passe mal é uma reação de transformação,
afinal, saúde não é sinônimo de bem-estar. Pode ser algo ruim que foi
acordado e está sendo botado para fora, uma toxina psíquica.
- É muito comum no atendimento a pessoa se ver em um período inter vidas,
obsedando alguém ou expurgando. Há casos de obesas que sofreram violência
sexual e foram assassinadas em seguida, e morrem pensando “nunca mais
quero atrair a atenção de ninguém”, ou a pessoa promíscua que faz um
contrapadrão. É muito importante ver a situação de morte. Tem pessoas que
ficam muito tempo presas ao corpo, especialmente suicidas (desencarne é
diferente de falecimento).
- Se a pessoa vem ao mundo para ter 72 anos e se mata aos 35, vai ter o resto
para expurgar. O duplo etérico tem chakras, que canalizam a energia vital (o
câncer é um exemplo de canalização de toxina acelerada). Quando a pessoa se
mata, não tem o duplo etérico para drenar as toxinas aos poucos.
- É comum caso de fadigas crônicas em pessoas que ficaram presas aos seus
corpos embalsamados.
- Sobre a vida intra-uterina: toda vez que há uma proposta encarnatória isso
pode ser cármico ou não. Há um tempo, algo como três anos antes, que o
espírito fica ao lado da mãe para se afinizar. Toda a reação da mãe vai ser
absorvida pelo psiquismo do bebê. Um exemplo disso é um paciente que
descobriu um segredo de família durante a regressão: que o pai tinha
assassinado um invasor do lar enquanto a mãe estava grávida. Esse medo
ficou marcado, e ela descobriu.
- Quando há uma rejeição forte nesse período a pessoa fica marcada, e o
quadro é difícil de perceber porque a mãe não assume. Isso explica bem os
casos de tristeza sem causa aparente.
- Sobre obsessão e auto-obsessão: pode acontecer com pessoas que fizeram
feitiços em outras vidas, ou enfim: o obsessor vem até o setting terapêutico, e
o clima abaixa rapidinho. É só pedir encaminhamento com uma prece.
Durante o atendimento há um trabalho típico de desobsessão.
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- A espiritualidade nunca dá nada de graça. Ela ensina o caminho para que a
gente busque, dá apoio, mas nós que temos que fazer a parte braçal.
- Os psicóticos normalmente são médiuns não trabalhados. O serial killer é o
obsedado por vários espíritos, que querem que determinadas pessoas morram
para eles poderem se vingar no astral.
- Toda vez que acontece uma lembrança do passado há o trabalho com os
envolvidos. Uma pessoa só em regressão pode tratar a família inteira, ou
muitas vezes o que ocorre é um comportamento reativo das outras pessoas.
Também dá para trabalhar a pessoa em questão do conflito, porque é algo que
eu faço que a irrita.
- Psicopatologia é a doença do psiquismo. Espiritopatia é a doença da alma.
Sobre auto-obsessão, os espíritos podem nos influenciar muito mais do que a
gente pensa. E a culpa é nossa, que abrimos a porta para eles entrarem.
- Tem pessoas que têm depressão por causa de energia ectoplasmática em
excesso estagnada.
- A combinação da TVP com outros métodos é bem-vinda. O floral pode ser
usado, mas se você não sabe para onde quer ir é bem provável que se perca no
meio do caminho. E isso não inclui desaconselhar medicação. A idéia é que a
pessoa converse com o médico para reduzir o medicamento.
- Márcio trabalha sem relaxamento nenhum, só com a concentração mental.
- Incorporação anímica é incorporar algum personagem do passado.
- Sobre estado de deprimência: ele passa logo, ao contrário da depressão.
- A questão da lembrança é uma questão de “fazer as pazes” com a alma,
porque a questão toda é que uma quantidade de energia vital está sendo
desviada para outra vida, outra situação. A alma não quer estar encarnada, nem
aceitar as dificuldades da encarnação. O que eu tenho hoje é uma
personalidade, que pode ser trabalhada.
- A TPM é uma bipolaridade, pode ser um homem que não aceita reencarnar
como mulher.
- Sobre definições sobre a personalidade: A personalidade é uma série de
elementos: como uma pessoa cruza os braços, olha, pronuncia, etc. A
personalidade predominante é aquela que apesar de todos os ataques e
chiliques acaba sendo o eu constante de todo dia.
- Sobre a subpersonalidade, muitas tentam tomar de assalto a consciência
física. As pessoas que mudam muito têm várias sub personalidades. Um
exemplo é o ataque de raiva: quando a consciência predominante volta vem a
culpa. Temos milhares delas, e são passíveis de trabalhar terapeuticamente. O
desequilíbrio é a interferência de assalto de uma sub personalidade.
- O eu vigilante é aquele que diz “basta, chega, pára de fazer isso”. É o que
Freud chama de Super Ego.
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- As subpersonalidades assumem provisoriamente. Alguns exemplos:
a) Personalidade de inversão: o contrário. Por exemplo:
homossexualismo (que acaba virando predominante), ou pequenos trejeitos
sem afetar a opção sexual. Isso pode ser corrigido, pela conscientização do
corpo diferente.
b) Personalidade de domínio: arrogantes, manipuladores, aparentemente
abnegados (tem que ser visto sempre).
c) Personalidade ambivalente: oscilação entre dois opostos. Pessoas que
mordem e assopram, gostam de ver o circo pegar fogo, têm bondade
agressiva: quer que você fique devendo favores a ela; pessoas que têm a voz
fraquinha (na verdade são uma fera)
d) Personalidade de influenciação: está preparada para dar o golpe, mas
você nunca sabe quando. Tem justificativa para tudo. São pessoas que querem
influenciar outras para fins financeiros, com promessas miraculosas. Alguém
que sugere e não se apresenta.
- Os desvios de conduta são breves, e sempre estão atentando contra a
consciência. E é muito difícil trabalhá-los quando eles vão embora.
- A TVP é recomendada para pessoas acima de 14 anos.
- Transparências: - Sobre o tabagismo: acaba sendo o pior vício por causa da
quantidade e da não ausência de consciência, como acontece com a bebida e
cocaína, por exemplo. Existem pessoas que não têm o vício, mas que vão à
noite desdobradas fumar. Logo, têm predisposição.
- Sobre a epilepsia: são pessoas com forte poder mental usado mal no passado,
como por exemplo, com trabalhos de magia negra. Na convulsão, o duplo
etérico se afasta e a pessoa é atraída pelo obsessor.
- Sobre as câimbras: existem vales trevosos onde entramos e não conseguimos
sair. Já as pessoas hiperativas, são um caso de vampirização, alguém que está
roubando energia por nível consciencial próprio, encarnado ou desencarnado.
Sobre as personalidades múltiplas, são seis ou sete espíritos em cima da
pessoa.
- Existem quatro faces da manifestação psíquica. São os aspectos:
a) espiritual e anímico: onde está o núcleo vital. Anímico significa alma;
espiritual, todo. Animismo é a intuição, telepatia, clarividência e etc. É
diferente de mediunismo, onde há a influência de espírito(s). Nosso espírito
tem uma vida muito ampla, e a nossa alma não consegue mandar tudo para a
nossa memória tão limitada (por isso temos problemas para lembrar dos
sonhos). A depressão está incluída nesse aspecto.
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b) intelectual/mental: inclui as pessoas que sofrem de ausências: um
desajuste no corpo mental, por excesso de energia. O autismo é uma rebeldia
do espírito em relação à encarnação. O encarnado depende do corpo mental
para pensar. Casos comuns por desajuste desse aspecto: amnésia, hipermnésia,
ausência de consciência, pensamentos obcecados, transtornos psíquicos.
c) emocional: vivificação dos nossos “eus” (o medo em si não faz nada,
é a carga de ansiedade que o caracteriza como tal). Nos dá o parâmetro para
saber se é bom ou ruim. Existem alguns casos interessantes: a distorção de
sensação, que é a pessoa que está mal e vive sorrindo; a fuga da pessoa que
mente e acredita na própria mentira; as pessoas que têm medo de ter um
relacionamento por medo dele não dar certo.
d) físico/comportamental: o corpo é quem sofre todas as descargas de
energia do psiquismo. Ele é o ator, se comporta conforme o que a gente pensa.
As partes mais vulneráveis são as lesões perispíriticas das outras existências. E
nem sempre um corpo sadio reflete uma alma sã.
- O autoconhecimento pode ajudar em muitos sentidos.
- Erros comuns que temos de julgamento: “ela é muito inteligente!”: Isso não
tem nada a ver com a parte moral. “Ela é muito sensível!”: Pode ser
confundido com fraqueza. “Ela agüenta tudo!”: Suportar não quer dizer
superar. “Ele é muito atencioso!”: Pode ser manipulador.
- Temos que derrubar nossas máscaras, para saber se de fato existimos, ou se
somos fruto de nossas próprias ilusões!
- O terapeuta não pode ficar apontando, tem que esperar a pessoa estar pronta
para ouvir.
- Uma coisa é ter problemas, outra é saber que eles existem e buscar resolvê-
los.
- É necessário falar para os outros sobre seus problemas de forma sincera,
porque muita gente não tem noção exata do que acontece consigo mesmo.
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CURSO DE TERAPIA DE VIDAS PASSADAS
Márcio Godinho
Aula 2
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- O psiquismo é formado por alguns aspectos principais:
Lado Espiritual: inclui a matéria, é o todo.
Anímico: nossos “eus”. A alma, o princípio de individualidade.
Intelectual: campo mental.
Emocional: sensações.
Comportamental: como eu atuo.
- Por exemplo: a pessoa que tem medo de ser assaltada. Ela entra em uma rua
escura, começa a ficar assustada e vai acabar saindo correndo. O pensamento
cria uma série de sensações onde a pessoa elabora algo que não é real: ela já se
vê sendo assaltada, esfaqueada, morta... São efeitos dos mecanismos do
psiquismo, a sacada é ensinar a pessoa a aprender a dominar esses eventos
isolados e como eles se articulam.
- O ser humano precisa de determinados sentidos, que não são físicos e
permitem entrar em contato com o mundo invisível, o universo do nosso
psiquismo.
- O medo é comum, mas não é normal. Faz parte de um grupo de fatores que
modelam nosso comportamento, mas até certo ponto, pois podem nos impedir
de libertar-nos de coisas ruins. Quando já está na hora de subir a escada
evolutiva, dá para trabalhar. O medo em si age como moderador, pois uma
criatura sem medo faria qualquer coisa.
- Nem sempre as coisas têm origem em vida passada. Podem vir por alguma
experiência intensa. Tudo aquilo que é registrado na memória com emoção
nunca mais é esquecido, e é essa vinculação que precisamos aprender a
identificar. Pode ser no útero, durante a juventude, ou na infância. E mais:
entre a lembrança e a mudança de comportamento há uma longa distância.
Identificar a raiz do problema apenas mostra que ele está ali, é preciso
trabalho e elaboração, para não provocar sintomas.
- Em alguns casos o medo é um grande moderador. É uma grande carga de
ansiedade: a pessoa não consegue parar, tem medo de algo que vai acontecer
e quer evitar (diferente de angústia, que a pessoa fica quieta em um canto).
- Não existem chavões em TVP, não necessariamente o medo de altura quer
dizer que a pessoa caiu de um penhasco, ou que quem tem asma morreu
afogado. Cada caso é um caso, e também adquirimos traumas desta vida. Você
vai estudar a pessoa como um indivíduo, e não como uma sociedade. É até
lógico fazermos isso, mas não podemos reduzir. Temos que encontrar o alívio
para o problema.
- Um exemplo disso é que se a pessoa tiver mil encarnações com intervalos de
cem anos, isso significa cem mil anos! É muito tempo para uma criatura só, e
sem ter aprendido nada!
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- Logo, a idéia é que a pessoa esteja vendo vários episódios de uma mesma
vida, e se veja em trajes de gala, de pijama, na rua e etc. São episódios
importantes de uma mesma existência.
- Há indícios. Não podemos provar que aconteceu, nem que não aconteceu.
Em um determinado ano da faculdade, por exemplo, vou ter matérias que se
eu não entender vou ter que fazer de novo. Na vida é a mesma coisa, mas a
idéia é fazer certo agora.
- Nós estamos criando personagens o tempo todo. O irritado, o explosivo, o
que tem medo de magoar as pessoas, o que não quer ser rejeitado. Dois deles
acabam criando terceiros, como o angustiado. E isso cria outro e por aí vai. Se
em uma vida somos capazes de fazer tanta besteira, imagina no resto...
- A idéia não é rotular o ser humano, é entender como ele funciona. Existem
pessoas que têm pavor de serem julgadas, que só vão falar se sentirem
complacência. A idéia é questionar sem invadir. Você só conquista um amigo
se respeita-lo. Quem tem uma face demoníaca tem medo de traze-la, e todos
nós temos. Se a pessoa está afundada até o pescoço você não pode ir e pisar
mais ainda. Nós estamos lidando com o livre arbítrio das pessoas.
- Sobre a adolescência e o desenvolvimento: uma criança de dez anos começa
a ter contato com a sombra. Ela mergulha na sua noite, se dá conta das suas
verdades, vai tendo que assumir compromissos com ela mesma e com a sua
evolução. É muito difícil lidar com esse desenvolvimento, que é a entrada no
lado obscuro, na noite: ele é necessário, pois é aí que a pessoa traz à tona o
que deve trabalhar. E isso é fundamental, porque o propósito da encarnação é
evoluir, trazer os diabretes e trabalhar. Os pais têm mania de impor, e nem
sabem do que estão falando, porque podem ser grandes frustrados. Um
exemplo é o filho que foi fazer medicina porque o pai quis. Ele fez – apesar de
odiar cadáveres – terminou, e se mandou.
- Enquanto o espírito é criança dá para perceber suas tendências boas e ruins, e
daí educar, direcionar. O problema da família é que sempre envolve emoção.
- Existem pessoas que usam os outros para se amar. Por exemplo, um caso do
senhor que falava muito bem da esposa, elogiando-a o tempo todo, mas não
sabia se ela o amava. Na verdade ele se amava por ela, pois ela fazia tudo por
ele. Quando temos pessoas que fazem tudo por nós é a melhor coisa do
mundo, porque nos amamos por elas. E o papel do terapeuta é falar não.
- Os laços de relacionamento se estabelecem pelo que eu posso dar e receber,
dominar e ser dominado. É raro encontrar dois amigos que se questionem
mutuamente. Um exemplo é a obra “A insustentável leveza do ser”, de Milan
Kundera, dois casais que exercem o papel do fraco e do forte, mostra como os
relacionamentos de hoje não têm uma complementação sadia, ela é cruel.
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- A complementação que almejamos é doente. O sentimento de amor mesmo é
chamar atenção para o que a pessoa faz de errado, para que ela não magoe
mais ninguém. E não dizer “eu não admito que você me magoe”. Ninguém é
responsável pelo livre arbítrio dos outros. As pessoas mudam o tempo inteiro,
e se a mudança for para melhor ela vai ter que acontecer.
- Um exemplo é a revolução feminista, as mulheres estão se voltando para um
contra-padrão tão doentio quanto, trocando os pés pelas mãos. A mulher se
torna muito mais forte e competitiva do que o homem. Mas enfim: se a pessoa
tiver que mudar e for para o bem dela, ela vai mudar. Falar que a pessoa
“preencheu o meu vazio” não existe, no máximo ela colocou um remendo. O
vazio é seu. A pessoa não tem a menor obrigação de fazer os seus caprichos e
vontades. Ela nem vai conseguir. A melhor maneira de entrar em um
relacionamento é por inteiro. É uma crueldade cobrar isso do outro.
- Dizer não é necessário, mesmo que leve a afastamento. Logo, a questão do
relacionamento é ter tolerância, porque você nunca vai gostar de tudo.
- Márcio acha saudável realmente falar o que se pensa das pessoas. Quando
alguém pede um conselho, ele dá, manda a pessoa sentar e fala tudo. Não acha
legal ficar com vontade de falar e avisar algo, e não faze-lo.
- As pessoas sondam todas as nossas incapacidades, ou pontos fracos.
Primeiro nós pensamos mal (falar mal é para quem tem coragem). Nas
amizades constatamos isso, e dizer não é importante. Por exemplo, dar trocado
na rua: Márcio não dá, porque poucos querem compromisso com um emprego.
Ou ainda, emprestarmos dinheiro para a pessoa manter velhos hábitos.
Quando se tem um amigo e se tem muita vontade de dizer não e de falar
verdades: será que essa pessoa está te fazendo bem, ou você está se
violentando?
- Quem tem mediunidade consegue constatar com mais clareza os pontos
fracos e se aproveita. Por isso existem tantos charlatões.
- Quando uma pessoa chega te acusando, primeiro você para e pensa se aquilo
tem fundamento. Mas será que aquela pessoa não está apenas querendo te
atacar, te magoar? Especialmente os videntes, eles vão ao ponto certo.
- Na verdade a espiritualidade nunca dá nada de graça. No caso de um livro, a
edição custa, a pessoa precisa de dinheiro para viagens de divulgação, e etc.
- As pessoas que falam mal da felicidade alheia são as deprimidas e frustradas,
que sentem inveja. Aquele que vê alguém feliz e fecha a cara.
- Não devemos transferir o comportamento para o caráter da pessoa, pode ser
um momento que ela está trabalhando.
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- Também tem o caso das pessoas que ficam dizendo que algo de ruim vai
acontecer, que estão te avisando porque gostam de você mas que você deve se
proteger, nesse caso muitas vezes a pessoa no fundo quer que algo de mal
aconteça, e ela está transferindo.
- Tem também o caso da autopiedade. É bom falar para a pessoa jogar seu
rosário fora, dizer para ela que é bem provável que os outros não a agüentem.
- Quando eu estiver trabalhando alguém vou ter que ajuda-la a se fortalecer e
tomar uma atitude perante a vida. As pessoas não querem mudar. O primeiro
passo é assumir as frustrações, e não ouvir o que os outros vão reclamar,
porque vão reclamar, ninguém quer perder nada.
- As pessoas trazem uma incompetência para ser feliz, então querem encontrar
uma justificativa plausível (quem se dá bem é amante do chefe, roubou, etc).
Mas enquanto os cães ladram a caravana passa. A pessoa faz isso pela
síndrome do normótico: ela vai olhar para o que ela não tem, e não o
contrário. Ela incorpora e acha nos outros o que está nela. Se você fica
achando coisas nos outros, cuidado para ver se é aquilo mesmo ou se é algo
mal resolvido em você.
- É comum uma pessoa aceitar ir à terapia e falar de x problemas, mas ela tem
pactos consigo própria, traços de caráter, e não vai querer abrir mão deles.
- Todos temos inveja, a questão é mantê-la benigna. Se for uma inveja do bem,
ajuda a cumprir objetivos.
- Quando você trabalha alguém, percebe o efeito dominó do psiquismo. A
idéia é ir direto ao ponto, na ferida. Vai doer, mas só por algum tempo. Depois
passa e a pessoa vai ser feliz. Muitas vezes depois de um tempão a pessoa vem
e fala “ah, tem isso”, e esse fato era o mais importante, e ela escondeu de
propósito, por medo. O terapeuta deve se manter neutro, sem preconceitos.
- É importante saber lidar com a diferença. Se sou espírita não posso querer
que os outros pensem como eu. O terapeuta é o conselheiro, e não o árbitro. O
papel é ouvir e retomar as entrelinhas de forma que a pessoa possa reavaliar.
Quando nós temos um problema não temos que buscar a justificativa.
Tentamos sempre procurar culpados e responsáveis pelos nossos erros, e
esquecemos de tomar as rédeas da nossa própria vida.
- Até os dezoito anos a pessoa tem que fazer a regressão com o
acompanhamento direto dos pais. As crianças devem ser tratadas por
psicopedagogos. Elas não têm capacidade de se concentrar e nem maturidade
psicológica, o ideal é dos 14 anos para cima. Na adolescência é muito comum
ocorrer a mentira e o assédio sexual ao terapeuta, para impedir que o trabalho
vá adiante, para sabotar mesmo.
15
- Outro problema é que você pode atender o adolescente e ele chegar em casa
e fazer o que quer, distorcendo o que foi dito. Também acontecem casos de
ligação cármica com os pais, onde se descobre uma rejeição no passado,
podendo ser até na gravidez, e ao invés de buscar solucionar a pessoa pode
piorar a situação.
- O objetivo é corrigir o que aconteceu, e não obrigar os pais a fazer o que a
pessoa quer, manipulando a situação. Além disso, se não houver
acompanhamento ele vai chegar em casa e contar a sua versão. Por isso é
importante que os pais acompanhem.
- Exemplo do falso filósofo que foi escravo e feio, mal tratado, desdentado,
moribundo: estava por trás a ferida. No Rio é comum aquela pessoa que fica
filosofando só no papel e no papo, de terno bem cortado e numa quarta feira à
noite. Quando a pessoa viu teve um choque tamanho que começou a gritar e
xingar, e dizendo que não foi aquilo, e foi esclarecido que aquela era uma
carga grande que deveria ser trabalhada. E ele interpretou como afronta, e
nunca mais voltou para a terapia. E foi um comando qualquer, não foi de
propósito. Mas ele não aceitou.
- Não importa o que você foi no passado, importa o que você traz daquilo, o
que você acolheu ou rejeitou daquilo tudo. “Ama ao próximo como a ti
mesmo”: a maioria das pessoas nem se ama sequer, rejeita todo aquele lado
mal resolvido e obscuro. Nós temos que olhar para aquelas facetas, acolher, e
gradativamente tirar dali a nossa vida de felicidade. Ninguém pode ser feliz
com tudo isso mal resolvido, deve ser descortinado.
- Tem pessoas que reportam a uma série de encarnações com detalhes muito
ricos, com fidelidade: datas, nomes, locais, vestes, o que é bem raro. Uma boa
parte retrata o problema e pronto, não lembra quem é. Mas tem experiências
riquíssimas onde a pessoa foi importante e não desceu daquele trono ainda.
- O “pobre recalcado”, com espírito chique, comportamento azedo dentro do
meio humilde, que quer escolher o que vai ganhar, com requinte: isso vem de
outras existências, além do sonho de ganhar dinheiro fácil, o típico jogador.
Tem pessoas que não conseguem se adaptar: estão com um olho no passado
não realizado e outro no futuro com dez milhões de projetos. É preciso ensinar
a pessoa a olhar para o que ela tem, pois só passa necessidade quem quer. Se
você realmente quiser arrumar um trabalho, vai conseguir, pois a maioria das
pessoas só quer o dinheiro, e não o trabalho. De fome só morre quem é vadio,
a não ser em situações de guerra. Quem está há muito tempo desempregado é
porque quer, porque se buscar qualquer coisa vai achar.
- Existem pessoas que optam por viverem alienadas. Aliás, é muito útil: se
você for o coitadinho e estiver sempre passando dificuldades, não vai ser
requisitado para nada.
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- Corrigir um familiar é complicado porque você vai ser criticado. Márcio não
tolera queixume, trata de maneira objetiva e direta. Tem pessoas que sonham,
que vivem fora.
- As pessoas têm que tomar consciência do que vão fazer. Um exemplo disso é
a mulher cujo marido bebe, quebra tudo e bate nela. Tá, mas e aí: ela vai
mudar? Ele não vai!
- Tem pessoas que passam dificuldade e vão à luta, trabalham, vão atrás. Uma
pessoa que não tem noção do que tem não vive conforme o que tem. Nesse
caso, quem faz empréstimos a ela está gerando um vício. O carma desse tipo
de pessoa é extrair dela mesma o melhor, crescer pelo próprio esforço, e não
usar as pessoas de apoio, senão a coisa acaba virando carma coletivo. Só é
lesado quem permite.
- Não é possível não criticar os outros, faz parte da natureza humana. Mas é
possível não deixar ninguém interferir na nossa vida de forma negativa. Os
familiares criticam mesmo, e para nós a opinião deles é muito importante. Não
podemos deixar que descontem frustrações alheias na gente. Quando aparece
algum desafio temos que tentar, senão vamos morrer de ódio de quem nos
impediu depois, a nossa experiência que é a válida.
- Infelizmente, não temos o poder de fazer com que o outro faça o que
achamos que ele deve fazer, que vai ser bom.
- Ninguém funciona por amor, de forma espontânea. A gente funciona para
fugir de algo que foi emergindo. Por desespero, por sobrevivência. Os atos são
importantes, o que os moveu é um detalhe. Por exemplo, Deus faz com que
uma criatura extremamente ambiciosa vire um empreendedor e gere centenas
de empregos. Todos nós temos defeitos, mas muitas vezes eles nos protegem.
A terapia sinaliza pontos que precisam ser trabalhados, a intenção é fazer com
que esses pontos sejam olhados e equilibrados. A intenção da terapia é
tumultuar, sinalizar, e não mudar a vida da pessoa. Ninguém vive se não tiver
uma casquinha. A idéia é olhar para o problema e trabalhar gradativamente.
- A cura não consiste em extirpar o problema. A angústia é um sinalizador de
algo que precisa ser resolvido. Todos nós sempre teremos angústia, ansiedade,
medo, insegurança. A idéia é o autoconhecimento, é entender o problema. Não
é voltar a ser como era antes, foram os comportamentos do passado que
geraram o agora. As pessoas não têm que se livrar dos problemas, têm que
encara-los e resolve-los.
- O câncer é uma doença de regeneração espiritual, de liberação de toxinas. A
questão é a conscientização. Se a pessoa vai morrer disso não importa, o que
importa é ela acordar.
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- Em relações cármicas difíceis, quando você está sempre disponível para
agradar a pessoa está tudo bem. Só que aí você está sustentando uma série de
maus hábitos. Quando você começa a bater o pé percebe que há uma
incompatibilidade de convívio. Um tem que ceder mas nenhum dos dois quer
ceder. “Nós que somos mais novos temos que visitar nossos pais”. Não
necessariamente!
- Hoje em dia, na relação pai/filho, é preciso impor limites sem violentar a
personalidade das crianças. Existem determinadas coisas que dizemos não
para a criança e sim para nós, como: não posso te dar isso, mas viro as costas e
compro para mim. As grandes mágoas entre pai e filho vêm daí.
- Nós não temos o poder de ensinar nada. As crianças absorvem exemplos.
Não querer que seu filho tenha dificuldades não resolve. Aliás, a criança nem
quer tudo do bom e do melhor, ela quer carinho.
- A adolescência é um exemplo do espelho daquilo que a família quer
esconder, e daí vem a revolta. Ele provoca o lado reprimido, e por isso as
brigas.
- O autoconhecimento é fundamental. Conforme vou me trabalhando, vou
mudando o meu entorno, as pessoas reagem à mudança. É importante não
transferir condutas para os outros. Eu estou mudando, me transformando, e
isso não precisa acontecer de uma hora para outra.
- Ninguém vai se comportar como eu quero, isso é prepotência. Mas meu
exemplo ajuda, sem dúvida. A falta de maleabilidade está presente o tempo
todo: temos regras muito rígidas conosco, e por isso há tanta dificuldade para
mudar. O adulto se coloca dentro de uma série de regras e perde a
espontaneidade e sinceridade da criança.
- Para fazermos um bom trabalho terapêutico: devemos evitar rotular as
pessoas, e usar o bom senso. Temos que dar o direito da pessoa nos
surpreender o tempo todo.
- As pessoas têm traços parecidos. Em uma mesma sociedade todas as pessoas
têm algo em comum. A impureza da personalidade também é comum: todos
nós temos coisas parecidas, mas somos uma mistura, apesar da personalidade
predominante. Há uma similaridade no comportamento, que não é
necessariamente cármica.
- As subpersonalidades são pequenos “eus” dentro de mim. Quando perco o
controle emocional e brigo com alguém é uma subpersonalidade que
aproveitou a invigilância e foi embora. Nem sempre elas são problemáticas,
mas muitas são oportunistas. Por isso a gente diz que não se conhece nem
conhece as pessoas. São pequenos personagens: medo, angústia, etc. Todos
nós temos esses ataques surpresa, que parece obsessor, mas é uma
subpersonalidade.
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- O Eu vigilante é o eu superior, que nunca perde a cabeça, é controlado e
superior. A gente chama isso de anjo da guarda, mas nem sempre o anjo
consegue falar com a gente, é o eu superior mesmo.
- É possível mapear quatro espécies de personalidades básicas:
1) Personalidade de inversão: por efeito hormonal ou efeito muito sutil
em termos de comportamento (homem dama, mulher masculina, não
necessariamente homossexual). Traz trejeitos do sexo oposto. Pode ser que
tenha sido do sexo oposto em outra existência, ou muito promíscuo. Nesses
casos, há desequilíbrio na energia sexual.
- Há indefinição psíquica: o psiquismo vibra energia do outro sexo. Existem
casos com histórico de prostituição, e a conseqüente mudança de sexo nessa
encarnação para refrear. E a pessoa se revolta, vai ser homossexual e
promíscuo. Óbvio que homossexual não quer dizer sinônimo de promíscuo,
muitos casais são muito mais fiéis que os heterossexuais, mas por outro lado
eles têm grandes tendências a doenças depurativas. A mesma coisa: droga não
é sinônimo de marginalidade, muitos são usuários e são boas pessoas. Claro,
há as conseqüências espirituais e psíquicas.
- Isso tudo só precisa ser resolvido quando incomoda a pessoa, nem sempre
precisa ser mudado. Por exemplo, um moço que não conseguia casar, que não
se aproximava de ninguém, e em outra encarnação ele foi padre. E isso era tão
forte para ele que existia uma barreira vibracional em torno dele. A partir
dessa identificação a mudança começou, gradativamente. A regressão não é
algo miraculoso, ela é excelente para a pessoa se descobrir. Mas o dia que
alguém descobrir a chave para libertação de todos os grilhões, que compartilhe
com a gente. No caso, podemos encontrar respostas mais substanciais, mas
sem nos livrarmos da responsabilidade dos erros que cometemos.
- Uma grande marca nesse caso são as reencarnações recentes do outro sexo
ou arraigadas. Por exemplo, Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco, que são
mulheres em corpo de homem, e ambos canalizaram para o lado espiritual.
Voltando na História, temos Michelângelo, Leonardo da Vinci.
- Nem sempre depois disso identificado há mudança. É um período de
mudança gradativa. A TVP é um vetor excelente para a pessoa se descobrir,
porque dá notícias que a terapia tradicional não dá. Mas não dá para se libertar
da responsabilidade dos nossos atos, é preciso assumir e corrigir.
- Uma mulher que se prostituiu uma encarnação inteira tem milhões de toxinas
para depurar, ela acaba sendo um depósito das piores energias. Por isso acaba
vindo como homem, que tem mais estrutura para suportar isso, que tem um
corpo quadrado como caixa.
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- O perfil de homossexualismo também pode ocorrer com rebeldia, uma luta
contra Deus. Outros podem atrair vibracionalmente pessoas do mesmo sexo.
Isso pode ser corrigido, mas depende muito de conscientização e moralização.
- Teve o caso de uma mulher que contraiu o vírus da Aids, e foi falado que ela
devia mudar radicalmente sua alimentação e conduta moral. Ou seja, tem a
ver com o psiquismo, com a alma.
- A apometria, com inversão de polaridade, pode pegar um nível de
consciência e fazer a inversão com a conscientização da atual encarnação, para
vibrar em consonância com a vibração atual. Mas depende muito da conduta
moral, pois maus hábitos despertam personagens mal resolvidos do passado.
Só identificar a polaridade invertida não quer dizer nada, é importante ver se
causa algum problema. Se houver um problema vibracional pode interferir, a
pessoa pode não atrair parceiros. Ou ainda, pode haver armadilhas e chamados
para a prostituição. Uma polaridade invertida em alguns casos pode até ajudar,
no sentido de amainar as tendências dela.
- Tanto a apometria como a TVP dependem muito da postura da pessoa em
relação à mudança. Tem casos nos quais você vê a pessoa sendo assediada por
espíritos drogados, e tem a idéia de que essa pessoa está usando drogas. Mas
ela pode ter sido drogada, e estar sendo apenas assediada. Não cabe dizer o
que ela é, cabe dizer que ela não está sozinha.
- É possível fazer correções de polaridade até no útero materno, e é bom fazer
um trabalho preventivo, porque quando chega no físico complica.
- Todos temos o masculino e o feminino, mas deixa de ser equilibrado se você
tende a fazer coisas do sexo oposto, e principalmente se você acha que não
deveria se comportar dessa maneira.
- Sobre pessoas que fazem operação para mudança de sexo, é uma mutilação,
e nós não estamos prontos para lidar com isso, porque temos muito
preconceito. Também existem casos em que a pessoa se torna homossexual
porque foram criadas assim pelos pais, e aí quem deve ser tratado são eles.
- Também acontece que mulheres tenham TPM por causa de polaridade
invertida. Ter uma fragilidade é comum, mas rejeitar já é outra coisa.
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- A pessoa age de maneira que se torna irreconhecível, e na verdade está se
enganando, acaba se colocando no papel de dona da verdade. Isso toma conta
dela e ela não ouve nada e ninguém. Há casos de psicopatologias mais graves.
- Tratar é muito difícil, a pessoa é orgulhosa, fica cega. Mas dá para se
prevenir, deixar claro para a pessoa que você sabe o que ela está fazendo. Mas
é quase como se fosse uma possessão espiritual, a pessoa só vai mudar quando
quiser, quando acordar.
- Toda pessoa que tem um padrão comportamental vai ter o oposto disso. O
que dá para fazer nesses casos é ser amigo à distância, porque ela não vai
deixar de ser bacana. Aliás, é comum que as pessoas que convivem com esse
tipo tenha coisas para falar e não falem, acabam se afastando, porque falar
significa o risco de partir para o embate.
- Se você cede uma vez para uma pessoa assim, na próxima vez ela manda. Se
a pessoa for intelectualizada, pior ainda. O intelecto gera armadilhas o tempo
todo para justificarmos nossos piores erros. Para essas pessoas o tombo é
ainda maior, porque ela tem tudo justificado na cabeça. Trabalhar essa
personalidade é difícil, quase impossível, porque mexe com os brios da
pessoa, com a vaidade, com o orgulho, a pessoa fica cega para tudo, é o
recrudescimento do caráter.
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4) Personalidade de influenciação: tem tendência a passar adiante a
responsabilidade pelos seus atos. Pessoa que tem medo de assumir uma
postura.
- Acontece muito com médiuns, tipo “falei isso influenciada por alguém”. Há
também pessoas que usam de meias verdades ou falam coisas inconvenientes,
a pessoa venenosa. É uma influência das frustrações.
- São péssimas conselheiras, só vão ter intuições negativas, pois as
personalidades oportunistas que aparecem na hora do aconselhamento sempre
vão prever catástrofes. Fala que não está falando mal, é só um pequeno
comentário. Lembrando que o mentor espiritual nunca dá respostas nem
direcionamentos.
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- A questão é separar um sintoma físico pelo comportamento. Deve-se analisar
o elemento como uma possibilidade. Deve-se lembrar que aquilo é uma
somatização de algo.
- O componente emocional é uma aflição, uma sensação ruim, uma angústia.
Como ela se comporta é o aspecto físico (deve-se levantar na ficha para cercar
o inconsciente, pois ajuda a entender como se manifesta o problema). Dá para
mapear e não repetir mais aquilo, quebrar o encadeamento onde ele se inicia.
- O componente intelectual é o que eu penso.
- Os componentes anímico e espiritual são sinalizações de coisas mais
profundas que precisam ser resolvidas nessa vida. Uma pessoa que vive zen
nesse mundo é alienada, está fugindo de alguma coisa. Para ficar bem devo
saber administrar as coisas ruins e ficar nas boas.
- Por exemplo: a depressão. É uma doença nova, que deve ter esse nome há
uns vinte anos. Ao trabalhar o lado terapêutico o nome não é suficiente.
Exemplo de ficha de indução para depressão:
Ficha de indução
- Campo mental: depressão
pensamentos ligados à tragédia e suicídio
- Campo emocional: tristeza
apatia
melancolia
angústia
medo
“Parece que o mundo acabou”
- Campo físico/comportamental: indisposição
vontade de sumir
vontade de chorar, choro copioso
problemas com a higiene pessoal
compulsão ou ansiedade
- Frases características: “Eu não posso”
“Eu não consigo”
“Ninguém gosta de mim”
“É melhor morrer”
“Sou um infeliz ou um desgraçado”
“Nada dá certo”
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- Ou seja, não é só uma depressão, é um complexo de situações, pensamentos
e comportamentos . O ser humano esconde e define tudo isso em uma palavra
só, o que é absurdo. Temos que tentar definir o mundo da pessoa, o que
acontece. E aí fica claro que não é tão bobo.
- O difícil é fazer a pessoa sair da concha. Nem sempre há bom resultado, ela
que vai decidir se quer ou não ser ajudada, e se vai querer se resolver ou não.
Além de a pessoa ser a vítima, é também egoísta, pois só quer falar daquilo. E
não quer que ninguém contrarie. O diálogo soa falso, é óbvio que não é nada
daquilo, ela precisa virar o disco do queixume, porque o objetivo não é falar
mal da vida, é resolver e não ficar no melindre. Mas também é importante dar
um tempo, porque têm pessoas que não conseguem mesmo falar.
- O objetivo não é que ninguém fique contra ninguém, nem encontrar
justificativas. É assumir as coisas, resolver, dar conta.
- Por exemplo, a senhora que apanhou a vida toda, e depois que o marido
morre ele é um santo, ela não guarda raiva, fala que fica feliz em ter ajudado.
Isso na verdade é vingança, é dizer que você não é igual a ele. O rancor estava
estampado na cara dela.
- As pessoas têm medo de assumir os seus defeitos, seu lado ruim. Um
problema precisa ser resolvido, simplesmente para aprimorar a personalidade.
- Tem pessoas que usam a doença. Estados de deprimência todos têm, o
problema é a constância. Todos nós temos uma série de defeitos e qualidades.
- Nem sempre saúde é bem estar. Às vezes fazer terapia pode deixar a pessoa
ruim por até 15 dias, pois o corpo está purificando, pondo para fora. No caso
da pessoa piorar com um passe, afastar um obsessor bruscamente pode fazer
mal fisicamente para a pessoa, pois eles estão em simbiose. Não deixa de ser
energia, está apenas sendo mal canalizada.
- Muitas pessoas vivem alienadas em uma felicidade que elas criaram para si
mesmas, para poderem sobreviver.
- Também não é possível resolver todos os problemas da vida da pessoa. Dá
para resolver o “resolvível” naquele momento, até que a pessoa vá adquirindo
bagagem e força para resolver mais coisas. Dá para trabalhar o autoperdão, e
coisas que estejam à tona. É preciso deixar claro que ninguém vai agradar todo
mundo o tempo todo. E não se pode ficar centrado nem no passado e nem no
futuro, mas sim no presente!
- Sobre regressão: o objetivo é encontrar respostas para sentimentos ou
comportamentos. Não é um processo miraculoso. Começa tentando vasculhar
o momento da pré-encarnação.
- Tabus:
a) E se não voltar?
Não vai a lugar nenhum, só vai ficar deitado. A memória vem até você.
24
b) E se eu ver uma situação de morte e ela se repetir agora?
Burrice tem limite. Claro que não!
c) A TVP em si não é perigosa?
Não. É complexa. Desvendar não vai dar 100% de conhecimento sobre
o psiquismo. A pessoa vai começar a sintonizar com aspectos do passado, e
nem se trata de um estado alterado de consciência.
d) E a forma da lembrança?
Depende da pessoa. Pode ser como um filme, pode ser em flash. Só tem
que se concentrar e não dispersar, não existe um padrão.
- Tem casos de pessoas que não precisam da regressão, só um trabalho de
relaxamento ajuda muito.
- Há uma consciência física, por mais que você lembre e sinta você sabe que
está no aqui e agora, pois o corpo exerce um magnetismo muito forte.
- Pode acontecer de estar em um lugar gostoso e quando voltar demorar um
pouco para voltar. Mas volta.
- Depois da terapia é normal a pessoa se sentir pesada, com peso nas pernas. A
pessoa gasta muita energia para trazer à tona.
- É impossível permanecer desdobrado, porque o magnetismo do corpo puxa
de volta, estamos enjaulados na matéria. Tem pessoas que ficam desdobradas
por algum tempo e demoram a voltar, é normal. Mas a pessoa só vai embora
se desencarnar.
- Sempre que encerra o trabalho vai dando sugestão para a pessoa voltar,
focalizar a atenção no corpo físico, mexer as mãos e os pés. Há muito
sensacionalismo em torno desse assunto.
- Em que patologia não há tanto efeito quanto uma pessoa normal: os
esquizofrênicos paranóides e os psicóticos não ficam muito tempo em
regressão, acham que tem alguém perseguindo, é melhor usar apometria. O
deficiente mental manifesta emoções, pode não ter falado com o mundo
externo, mas no interno modifica.
- Exemplos cinematográficos: autismo: Forrest Gump; Esquizofrenia: Uma
mente brilhante; Sociopatia: O Silêncio dos Inocentes; Psicose: Psicose.
- Problemas que Márcio já teve:
a) A pessoa deu um grito, do nada. Ele assustou tanto quanto. Ela começou
a reclamar de dor na cabeça, por um bom tempo. Ele pensou: e agora?
O que fez: esperou meia hora. Não dá para ter o controle de tudo, tem
que deixar por para fora. E na terapia o minuto é uma eternidade. Mas
em momentos assim, como estamos muito bem acompanhados,
sentimos o amparo e o pedido para mantermos a calma.
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b) Começou a sofrer perseguição por parte do marido da cliente. Toda vez
que ela falava alguma coisa olhava para o marido, que ficava presente
durante a sessão. Quando começou a falar de problemas relativos a ele,
ele começou a interromper.
Márcio interrompeu, e pediu que o moço deixasse ela falar. Em uma
segunda tentativa Márcio continuou interrompendo e deixando ela falar. No
final disse que a presença do marido não era agradável porque ele não
deixava ela falar. Ela veio mais uma vez e ele ficou na sala de espera. Ela
contou que ele batia nela, e o marido ouviu, e ficou enlouquecido, e
começou a atacar Márcio para desmoralizar.
c) Senhora distinta, ponderada, o esposo era muito primário, achava que
Márcio dava em cima da moça. Era muito ciumento, ficou neurótico de
ciúme. Para agradar o marido, ela alugou um filme pornô sem ver qual
era. E o filme era sobre uma mulher que brigou com o marido e foi
transar com o terapeuta.
- Observação: é comum acontecer em contatos com o sexo oposto uma certa
mistura. É normal a transferência, por causa da carência, mas o problema é a
contra transferência. O objetivo tem que estar bem claro, porque a troca
vibracional é muito forte. O terapeuta se torna um modelo de ego. Quando há
esse processo leva pelo menos o triplo de tempo para quebrar. E é um pouco
injusto mesmo, porque o terapeuta está vendo todos os defeitos do paciente e o
paciente está vendo apenas as virtudes do terapeuta. Acontece uma falsa
identificação, muitas pacientes já disseram terem sido casadas com Márcio. É
sempre bom lembrar que a humanidade se perde por dois caminhos: poder ou
sexualidade.
d) Estava dando uma palestra, com a esposa ao lado, e uma mulher chegou
e falou que foi casada com ele, foi muito feliz, e que nunca mais
conseguiu ser feliz.
e) Já teve uma paciente que transava com o irmão. E um que transava com
a mãe.
f) Acontece às vezes da sessão ao invés de levar uma hora levar três. É
necessário ir recolocando os outros pacientes, ligar para eles. Teve um
menino que demorou a regredir, mas quando foi chorou por mais de
duas horas. E agora, tira ou deixa? Às vezes é melhor deixar. Se a
pessoa entrou naquela situação vai saber como sair.
- A idéia é passar macetes. A técnica é fácil.
- É importante dizer ao paciente quando não sabe alguma coisa, e o terapeuta
tem que se reciclar o tempo todo, estar por dentro, porque os pacientes sempre
trazem novidades. Além disso, o objetivo tem que estar sempre bem claro para
si mesmo.
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- Um tabu que Márcio quebrou foi quando atendeu o primeiro médico, e o
primeiro psicólogo. O psicólogo mal resolvido é o pior.
- Existem casos onde não há melhora, não houve interação o suficiente. Mas
houve melhoras de quase 100%. Na verdade a cura é invisível.
- É possível fazer TVP com gestantes. A única restrição é com crianças.
Márcio já trabalhou até com psicose e esquizofrenia. Obviamente os
resultados são diferentes.
- Tudo que é novo é tratado como tabu, apesar da TVP não ser mais tão nova.
- Para pessoas que falam “Não quero lembrar do passado, quero esquecer”, é
bom lembrar que “Conhecereis a verdade e ela vos libertará”. A nossa
verdade, e não a dos outros. E ninguém é obrigado a fazer TVP. Quem não
acredita em vida passada ou TVP não vai acreditar, nem adianta perder tempo.
Mas quando o Ratinho filmou a regressão da Rita Cadilac e ela foi
profundamente ao passado, ele que era totalmente contra vidas passadas não
pode falar nada.
- Ser terapeuta holístico pressupõe que a pessoa saiba aceitar todas as
vertentes religiosas.
- Pessoas que não conseguem entrar em regressão: tem gente que vê, mas não
sente a emoção, tem gente que não vê, mas sente, e tem gente que não faz
nenhum dos dois, mas que entra em contato com o conteúdo. Às vezes é só
impaciência. Mas o psiquismo impõe limites também do que pode ser visto, é
um mecanismo de defesa, e por isso não é possível ficar destrambelhado.
- Quando vamos regredir não vamos em busca de um fato histórico, vamos em
busca de um problema. Tem casos de experiências extracorpóreas, de período
intervidas. Ou seja, historicamente nada daquilo aconteceu. Se foi fato ou não,
não importa, o que interessa é o quanto afeta a vida dela e o fato de gerar o
comportamento.
- O nome Terapia de Vidas Passadas é inapropriado, porque também é
retomado muito do período intervidas. Nós vamos estabelecendo novos
paradigmas.
- A dificuldade cotidiana de memorização pode ocorrer porque aquilo é muito
chato, mas também pode ser que a pessoa tenha sido retardado mental. Por sua
vez, esse retardado facilmente foi um intelectual que fez mau uso da
inteligência. Logo, há dificuldade + medo de fazer mau uso. A idéia é
trabalhar o pensamento para ele ser um veículo, e eu conseguir me concentrar.
Tem também pessoas com hipermnésia, ou que ficam com sono.
27
Domingo, 25 de maio de 2003
28
- Existem perguntas básicas que são necessárias. Tipo: se a pessoa diz “estou
em uma estrada caminhando”. É preciso perguntar coisas como: para onde
você está indo? De onde você está vindo? Como você está emocionalmente?
Use as mãos do pensamento. Você se vê como homem ou mulher? Use as
mãos na sua área genésica.
- Tela mental: focalize sua “tvzinha”. É um termo bem usado.
- A regressão é simples, não é um bicho de sete cabeças, não vai mudar as leis
do universo. Vamos apenas tentar ver a origem de algo que só se vê o sintoma.
Vamos lembrar de quando você estava na barriga da sua mãe. E parece piada:
todos nós lembramos disso o tempo todo. O problema é o tipo de imagem.
Normalmente só lembramos conscientemente de coisas com vinculação
emocional.
- As pessoas lembram do útero, só que sem periodização. O terapeuta tem que
ir contando, e a pessoa interrompe sempre que tiver necessidade e ver alguma
mudança. As pessoas ficam aflitas porque não lembram, mas é como se fosse
o risquinho da máquina de eletro: quando aparece alguma coisa ele mexe.
- Sobre o útero: normalmente a pessoa fala que se sente em um lugar pequeno
e quente. Mas também acontece dela dizer que se sente com frio, e
normalmente aconteceu algo. Tem gente que fala de uma angústia. Muitas
pessoas que sofrem de tristeza sem causa aparente sofrem de uma tristeza
emprestada da mãe, e isso é carregado pela vida toda, é uma sintonia. E depois
que esse conteúdo é trabalhado, a tristeza some.
- Pode acontecer que por causa de algo que a mãe sentiu na gravidez aquilo
seja encarado como rejeição e a pessoa leve isso pela vida toda. Acontece do
filho cobrar carinho e atenção o tempo todo, e os pais inclusive darem, mas
aquilo tudo vem do período da gravidez.
- Também pode acontecer o mesmo em relação ao pai, mas a influência da
mãe é milhões de vezes mais forte.
- Também acontece da pessoa ter a rejeição constatada e a mãe negar
veementemente, e ainda brigar com o terapeuta.
- Todo mundo sempre tenta achar uma resposta complexa para esse fenômeno
simples. Isso pode explicar crianças que choram por meses, e também é o caso
de crianças que nascem com dez meses de gestação.
29
- Márcio soube de um caso de um bebê que passou nove meses sem se mexer,
sem registro nem de batimento cardíaco. Ao regredir, o menino viu que a
reação de sua mãe ao saber da gravidez foi de total indiferença. Ele quis
passar nove meses sem ninguém perceber que ele estava ali. E no presente era
um ser destrambelhado, que aprontava todas só para chamar atenção,
apanhava e tudo mais. Ele queria tirar os pais da indiferença.
- Importante: a idéia não é despertar a fúria contra os pais, e sim resolver um
problema. Usar isso como chantagem pode ter conseqüências graves, mesmo
porque normalmente a coisa muda quando a criança nasce, normalmente o
problema é no começo.
- O estágio pré-uterino é como a concentração antes da entrada de campo em
um jogo. Depois que entra não tem mais jeito, mas até entrar existe toda uma
equipe de apoio.
- Sobre o aborto: questionar isso é complicado. É preciso amparar a pessoa,
não dá para condenar. E é muito mais ignorância do que maldade.
- Existem relatos de pessoas que estão há quase um ano ao lado dos pais antes
de encarnar. É tudo estritamente planejado. O espírito é sintonizado com a
mãe como se ela fosse a médium dele, até o processo da concepção em si.
- É importante sondar o processo de gestação. Um exemplo disso é aquele do
módulo passado, da pessoa que descobriu um segredo de assassinato em
família. Nessa fase existe parte da formação do psiquismo nessa existência.
Existem pessoas que convivem a vida toda com problemas nessa fase e nem
desconfiam da origem. E isso tem cura.
- Quando a pessoa entra em contato com o Eu superior há um conhecimento
inconsciente do contrato reencarnatório. A pessoa não lembra, mas se
conscientiza.
- Quando a pessoa entende o que aconteceu os tumores psíquicos vão ser
retirados e essa energia vital vai ser redirecionada. A regressão busca o
problema, mas a idéia não é só regredir e lembrar. A idéia, a terapêutica em si,
é a resignificação daquilo como algum bloqueio ou trauma. Tem pessoas que
vem por curiosidade, mas que no final das contas têm muitas coisas para
resolver.
- Curiosidade não é curiosidade. Um problema financeiro pode ser um motivo
muito válido. É possível dar uma indução sobre algo que você quer saber, mas
o psiquismo pode bloquear. Por exemplo saber a ligação com algum
namorado, e etc. Quem somos nós para dizer se a pessoa precisa ou não?
- É muito difícil a pessoa ficar destrambelhada, porque na verdade ela está
colocando toxinas para fora. A idéia é reelaborar, é preciso ler sobre o
psiquismo e o lado espiritual. A questão do arremate é fundamental. A pessoa
fica mexida, e a poeira vai demorar um tempo para assentar, naturalmente.
30
- Regressão em si: Márcio demonstrou que o primeiro sinal que eu estava em
contato com lembranças era o tremer dos olhos fechados.
- Conteúdo:
Tema : medo de falar em público
Como você se sente?
Toda vez que tenho que apresentar alguma coisa na faculdade minha voz
some, eu fico como se estivesse gripada, minha perna treme, as pessoas falam
que parece que tem alguém me torturando.
Olha só, isso é uma palavra chave.
Você sente assim?
Parece que eu me sentia julgada.
Essa é outra frase chave.
E ao mesmo tempo acontece uma coisa muito interessante: em São Paulo eu
costumava ir a karaokês e cantava normal, mas quando eu participava de um
festival com um júri aí não conseguia.
Isso é importante também.
Quando você fez da outra vez TVP fez vida intrauterina? Quer fazer agora ou
ir direto?
Vamos direto.
Indução. Às vezes as respostas vem muito rápido, mas elas podem demorar.
Não se cobre uma resposta. Vamos fazer uma análise disso, vamos trabalhar.
A regressão também ocorre quando a pessoa não lembra nada. O terapeuta
nunca erra, ele descarta hipóteses. Nós vamos tentando. O processo é bem
simples.
Procura fechar os olhos a partir de agora e permanecer de olhos fechados.
A partir desse momento, Camila, vou pedir para que você volte toda a sua
atenção para seu interior, não permitindo que nenhum barulho alheio ao
nosso trabalho perturbe você.
Procure se olhar com muito amor, com aceitação e perdão, sem julgamentos
ou preconceitos, permitindo que tudo aquilo que possa estar dentro de você, e
que fora mal resolvido, que venha de um passado distante ou mesmo próximo,
possa surgir para que você consiga resolver isso de uma vez por todas.
Procure ir cada vez mais relaxando e mergulhando rumo ao mundo dos
pensamentos e nas emoções. Procure ficar assim por um instante, prestando
atenção apenas na minha voz e em imagens que possam estar vindo à sua
mente a partir desse momento.
Não se cobre nada, não se preocupe se virá ou não alguma lembrança. E a
partir de agora vou pedir para que você focalize a sua atenção nesse pavor
de falar em público, no passado distante ou próximo, juntando os elementos:
sua voz sumir, seu corpo tremer, a sensação de ter alguém torturando você e a
31
sensação de estar sendo julgada. Procure sintonizar esses elementos e deixar
que seu inconsciente traga até você alguma resposta de algum lugar, alguma
situação que você tenha vivenciado. E assim que você tiver alguma
informação, sensação ou imagem terá liberdade para descrever.
Eu vi agora duas senhoras com touca branca cochichando e olhando para mim.
Você consegue perceber pelo cochicho delas o que elas estão falando de
você?
Não consigo porque eu estou longe delas. Mas elas tão condenando alguma
coisa que eu fiz
Procure olhar para você nesse momento e tentar perceber o que você sente .
Eu estou com o cabelo todo cortado, bem curtinho, parece Inquisição ou algo
do tipo. Estou em um tribunal e as pessoas estão gostando de ver que eu estou
lá.
Como se fosse uma espécie de espetáculo que elas estivessem assistindo?
Parece que sim.
Mas é um espetáculo macabro. Procure olhar para essas pessoas e veja
porque essas mulheres chamaram a atenção. Tente se aprofundar e ver o que
elas representam ali, se você as reconhece.
Essa primeira senhora que vi, ela é bem gorda, tem um vestido rodado, e foi
ela que me acusou, de bruxaria. A outra senhora é amiga.
Procure olhar esse olhar para ver se você se vê amarrada ou sendo
sentenciada.
Estou com uma túnica bege solta, com muito frio, e ela foi dada de propósito,
porque eu não era pobre, e era humilhante estar com ela, seria dada a ralé das
ralés. Ninguém deixa eu me defender. E eu tento falar e me cortam.
E qual é a sensação?
Eu vou ser queimada.
Você consegue perceber a pessoa que determina essa sentença?
É um senhor, ele está com uma peruca, uma roupa preta, ele é da igreja.
Tenta observar no meio dessas pessoas, corra os olhos do pensamento por
essa multidão e vê se alguém te chama a atenção.
Tem um moço que está com pena de mim.
Tenta olhar bem nos olhos dele e vê se você reconhece em alguém hoje.
Acho que não.
Olha para essa senhora.
Eu sei que conheço mas não sei quem é.
Que sensação ela te provoca?
Nojo. Ela fez de maldade, de propósito.
E esse juiz?
Também não reconheço.
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Qual a sensação?
Para ele eu sou só um número.
Olha bem para essa senhora, tenta reconhecer ela.
Eu conheço o rosto dela, mas não sei quem é.
Você acha que ela pode estar no mundo espiritual?
Talvez
Então vamos fazer o seguinte: vamos focalizar e vamos fazer o
desdobramento anímico dessas pessoas e vamos trazer até essa sala para que
sejam trabalhados junto com ela. A grande importância do trabalho é que ela
acabou de identificar um obsessor que deve estar o tempo todo atrapalhando.
Vou pedir que você avance um pouco mais e veja a sentença. Mas diga uma
coisa: você trabalhava com bruxaria?
Era diferente deles, mas não era bruxa. Eu só não acreditava no que a Igreja
falava.
Mas mexia com essas energias?
Eu sempre me comportei de forma diferente, não aceitava o que a Igreja
falava.
Vá até o momento do desencarne.
Eu não vou ser queimada, vou ser enforcada. Vejo me levando para ser
enforcada, mas eu nem acredito que eles vão fazer isso comigo, porque não é
justo. Eu tenho muito medo.
Eles põem o capuz em mim, fica tudo escuro.
Procure ir avançando até o momento do desencarne e ir jogando fora todo o
entulho espiritual, procure dissolver essa carga emocional. E a sensação do
medo, é a do enforcamento?
Acho que sim. Mas não posso ver, estou com o capuz.
Use seus olhos do pensamento, vamos desdobrar todos eles. O moço que
olhou com pena, o juiz, a senhora. Você vai mostrar para eles essa cena.
Procure vibrar um sentimento de perdão, para que elas saiam da sua
freqüência vibratória.
A senhora não gosta de mim.
Procure olhar para ela com um olhar de perdão, vamos fazer um corte, para
que ela siga o caminho dela. Vá dissolvendo esse sentimento todo, essa
sensação.
A partir desse momento convido você a ir voltando aos pouquinhos para o
aqui e agora liberta dessa carga emocional. Procure sentir o corpo, mãos,
pés, e assim que se sentir pronta pode abrir os olhos.
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- Houve o desdobramento das pessoas envolvidas. Houve o reconhecimento
da Anelise como a moça que me denunciou, e aparentemente a Joyce como a
amiga, a Mari como o moço e a Alzira como juiz, e ela não sente remorso,
porque era o trabalho dela.
- Esclarecimentos posteriores:
Se Anelise não estivesse aqui, seria desdobrada e teria aquela crise do
mesmo jeito. E se a Camila não lembrasse seria impossível trazer a
pessoa aqui, porque é necessário pegara freqüência. Aconteceram várias
regressões indiretas junto com a indireta. E basta o convite, nem precisa
de pulsos.
O ápice foi o reconhecimento da mulher, que era um possível obsessor.
Muitas vezes a criatura está na freqüência dela há encarnações. Ela pode
ter delatado por inveja, rancor, raiva, e ainda hoje isso pode ser um
impasse na vida de ambas. E claro que aquela delação não foi por acaso,
mas não é necessário voltar para ver o que a Camila fez.
A sensação de o corpo tremer e da voz sumir era exatamente o que
aconteceu na cena do enforcamento.
O importante não é querer encontrar um culpado, é se libertar daquilo.
As possibilidades de melhora são infinitas, mas pode acontecer o
contrário. É que talvez esse fato não seja a veia do problema. É como
uma árvore que vai sendo podada.
O objetivo é o fortalecimento, é tirar o medo e a perda de energia vital,
recanalizar isso para a consciência.
A pessoa em regressão recebe imagens conforme a sua capacidade de
percepção, mas não cria nada que não existe. A imagem na tela mental
fica muito nítida, e conforme aquilo vai sendo drenado, a imagem vai
ficando esfumaçada e desaparece, mas sempre que for evocada retorna,
não tão nítida.
A questão não é a série de lembranças, é o ponto da questão. A fofoca
injusta dói muito mais que o enforcamento.
- Diferença do “eu era” para o “eu sou”: incorporação anímica, incorporar
uma parte da alma, o personagem, o nível consciencial.
- Elas resgatam a fofoca com a conversa fraterna.
- Importância de um razoável conhecimento espiritual: seria possível tratar
apenas a libertação dela, mas e o resto da multidão, que estava ligada? Se
todos não fossem encaminhados o resultado não seria o mesmo. Além disso,
você pode provocar o seu próprio desdobramento e ir lá atuar ajudando, com
algum treino.
- Ambos, vítima e algoz, são vítimas de um sentimento mal resolvido.
34
- O mecanismo psíquico leva dias para digerir, nos sonhos, em escoamentos
emocionais e outros. Aquilo é a ponta do iceberg.
- A questão de reconhecer a pessoa ou não é muito polêmica. Mas na verdade
muitas pessoas estão presas ali e não sabem, e estão sofrendo por isso. E não é
certo ajudar só um quando podemos ajudar centenas de uma vez só.
35
CURSO DE TERAPIA DE VIDAS PASSADAS
Márcio Godinho
Aula 3
36
- Márcio sempre explica da seguinte forma: o homem foi à Lua e tem gente
que não acredita. A própria ciência não levava em contas coisas banais
atualmente, como a pressão da água. Se você não acredita em reencarnação,
vá se informar, porque no mundo inteiro muita gente está comprovando que
ela existe. Acreditar em reencarnação significa acreditar que existem coisas
mais poderosas do que a vontade do homem. Quando a pessoa não acredita
Márcio faz até a vida intrauterina, para facilitar um pouco. E lá a energia vai
ser canalizada do mesmo jeito, porque tudo é revivido ali.
- Uma boa parte dos terapeutas que não acredita em reencarnação está
entrando na TVP, porque dá dinheiro.
- O terapeuta holístico trabalha com tudo, se não acredita tem que pelo menos
aceitar, incluindo as teorias não reencarnacionistas.
- Por exemplo, no módulo passado a Camila teve contato com uma encarnação
passada. Mas mesmo que ela tivesse tido só as sensações, o processo seria o
mesmo, apenas sem as imagens, de forma inconsciente. E a Anelise iria sentir.
- A TVP age como as outras terapias. O diferencial é que vamos buscar
compreender porque aquilo realmente aconteceu, o nada é por acaso. Mas
todas as terapias buscam o isso, buscam liberar essa energia para a cura. A
diferença é que os terapeutas vão se fechando nas suas verdades conforme a
idade vai chegando, e não querem mais aprender coisas novas.
- Existem pessoas que têm medo de terem matado algum amigo, e têm medo
da represália. E não é bem assim.
- Levar um choque em TVP ao descobrir um fato é importante, porque são
verdades que no fundo a pessoa sabe, mas não consegue trazer a tona nem
liberar. Exemplo de mulher que falava o tempo inteiro: o grupo se fechava,
todos adotavam posição hostil, cruzavam a perna, bufavam e etc. Aí Márcio
puxou e perguntou: como vocês se sentem quando ela abre a boca? Ela
construiu um muro e não deixava ninguém derrubar. E esse tipo de pessoa
precisa de um tratamento de choque, para ser impactada. Márcio acredita que
é preciso falar, de maneira fraterna, porque a pessoa precisa ouvir, é
necessário.
- Uma coisa que é preciso deixar claro é que a origem de um trauma não vai
ser um mar de rosas. O que vai vir ninguém faz a menor idéia. A parte pior do
trabalho não é a maneira como é conduzido, mas sim que é preciso observar
uma série de regras para que se estabeleça o trabalho terapêutico, para depois
seguir. Tem casos em que a pessoa não se sente apta. E tem casos onde a
pessoa quer fazer a regressão, para não ter que contar nada, não ter que se
abrir. Ou seja, quando a pessoa demonstra uma pressa e uma ansiedade não é
positivo. Teve um caso que foi procurar a regressão para decidir se continuava
casado ou se separava. E ele não iria encontrar resposta nenhuma assim.
37
- Não se deve aceitar pressão em hipótese nenhuma. Sempre é preciso colocar
que a regressão em si é um fator secundário. Muitas pessoas resolvem a coisa
com uma conversa, porque o importante é constatar um problema. O objetivo
é tentar resolver a coisa e aliviar aquela sensação desagradável, mas o
principal é que ela construa a partir dali um novo caminho. Ou seja, é trabalho
para uma vida inteira.
- Tem casos onde o sintoma desaparece, e era muito forte antes. Por exemplo,
um caso em que a pessoa tinha medo de faca. Parece um medinho bobo, mas
em uma regressão foi trabalhado e resolvido, a pessoa conseguiu trabalhar
bem e eliminar. Mas tem casos onde a pessoa fica a vida inteira tentando
encarar o medo e não consegue.
- Tem pessoas que precisam ter um comportamento ruim para sobreviver em
diversos lugares. Por exemplo uma pessoa orgulhosa que é gerente ou diretor.
Ou seja, se isso for trabalhado vai matar a pessoa. É preciso trabalhar coisas
que não vão quebrar a estrutura da pessoa. É fundamental que o terapeuta
aprenda a respeitar o comportamento dos outros. É preciso tirar o defeito e
colocar uma qualidade, ou fazer o defeito se tornar uma qualidade. Um defeito
existe muitas vezes porque é necessário, uma casca de defesa.
- Nós não somos nenhuma autoridade para definir o que é certo ou errado.
Cada pessoa com as experiências que escolhe, cada coisa no seu devido lugar.
Você não pode recomendar nem que a pessoa faça algo nem que não faça, a
experiência dela é a válida.
- Quando Márcio inicia a regressão faz uma preparação mental. A prece é
mental, e sempre pede para a pessoa não deixar nada interferir. Não são
apenas os dois que estão trabalhando, há uma equipe complexa por trás.
- Muitas vezes é mais importante que a pessoa fique mal do que bem, porque
isso é sinal de que ela foi mexida.
- Ao fazer o atendimento Márcio sempre tem procurado fazer uma leitura da
pessoa com a força mental, mentalizando fortemente, apenas acreditando que
aquilo é possível. Automaticamente durante a conversa ele já vai trabalhando
mentalmente, porque isso facilita mostrar o que precisa ser trabalhado, a
caixinha do psiquismo vai se abrindo e as informações ficam ali à disposição.
A pessoa pode se sentir um pouco tonta, com formigamento. Em outros casos
a caixa está fechada, rotulada para ninguém mexer, e pode levar até meses
para abrir. Mas ele vai tentando abrir, é como se dissesse: eu preciso que você
me ajude, vá se colocando.
- Por isso é importante trabalhar com um número grande de pessoas, porque
você liga um botão na sua cabeça e ele fica lá ligado vinte e quatro horas,
automaticamente você começa a fazer a leitura das pessoas. Isso é muito
bacana, mas tem que ser feito com muita discrição.
38
- Você acaba ficando tão consciente dos seus gestos que percebe quando os
faz. Mas é importante buscar não ficar analisando os outros os tempo todo,
para não gerar hostilidade.
- Sobre os procedimentos: importante coletar dados, telefone para contato.
Claro, apenas para contato estritamente necessário, muita gente opta apenas
pelo celular. A previsão de tempo é muito relativa, porque depende do
andamento, você pode começar por um lado e ver que não é nada disso e
mudar lá na frente, e ver que vai demorar mais ou menos. A média é seis a dez
encontros, mas deixa mais na medida em que a pessoa sinta necessidade de
fazer o trabalho. No início o terapeuta determina, mas depois quem determina
é a pessoa. Márcio raramente dá um conselho, ele convida a pessoa a analisar.
Mas tem casos onde ele fala e a pessoa não volta mais.
- Márcio lida de forma rígida com a questão de ficar acompanhando, porque
quer evitar que a pessoa se acostume com um protetor, e aquilo vire uma
muleta. Passar mal a pessoa acaba passando mesmo.
- Sobre o intervalo: depende muito das possibilidades da pessoa. Mas o ideal é
uma vez a cada quinze dias. Também depende muito da pessoa, por exemplo
teve uma pessoa que era tão travada que ficou doze horas direto. Teve uma
outra pessoa em São Paulo que o contratou por quatorze horas. Em trabalhos
longos assim dá para ir fazendo intervalos e fazendo a pessoa trazer o máximo
possível, e ir assimilando tudo que der, pois a idéia é dar ferramentas para que
a pessoa compreenda o problema.
- O terapeuta está se trabalhando o tempo todo.
- Para ser um bom terapeuta você tem que ser disciplinado, porque está
sempre aparecendo alguma coisa, e você tem que estar antenado para não ficar
para trás, ler muito, comprar muitos livros. Você também acaba tendo que
sacrificar algumas coisas, especialmente em relação a tempo. Mas também é
muito importante não se deslumbrar, colocar limites, porque um terapeuta
holístico pode ganhar mais que um médico, porque a procura é muito alta. E
quem se deslumbra acaba trabalhando em um ritmo enlouquecedor. Além
disso, é preciso muito comprometimento.
- Obviamente vai haver conflitos. Quando você liberta uma vítima de um
algoz, ele vai te odiar.
- O próprio Ramatís orientou que é necessário cobrar, porque para tudo existe
custos, e ele não quer nenhum médium mendigando.
- Questão do preço: depende do caso. Se a pessoa tem uma condição legal,
mas está gastando com algo importante, ele cede.
- Sobre a anamnese: é importante deixar claro que não estamos buscando
culpados.
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- A mulher costuma ser mais sincera, o homem enrola. Trabalhar com a
mulher é fácil, porque ela coloca o problema como ele é.
- Questão do sigilo: Márcio sempre fala que da parte dele o sigilo é absoluto.
Se a pessoa quiser contar para outros, tudo bem, fica por conta dela. Até por
uma questão prática, são tantas histórias que você acaba misturando.
- O processo da TVP é o oposto da apometria, aonde vem tudo à tona e a
pessoa fica transparente.
- Se a pessoa fica insegura ele deixa bem claro que é ético, mesmo porque são
tantos pacientes que facilmente ele irá esquecer daquilo tudo em muito breve.
O código de ética foi muito mais feito para proteger a sua classe. A questão de
não contar nada é pessoal e individual.
- Sobre os sintomas: o terapeuta tem que aprender a trabalhar sob pressão,
com o assintomático. Quando a pessoa vê o seu mapa astral, ele é certíssimo.
Tem pessoas que olham e falam que não têm nada daquilo: isso acontece
porque ela está vibrando o contrapadrão. Muitas pessoas falam de seu
contrapadrão, e é nisso que é preciso prestar atenção.
- Muitas pessoas vão fazendo tempestade em copo d’água, então a idéia é ir
falando a lista e ir comparando. Afinal, a pessoa não sabe definir o que tem, é
o inominável, senão ela não estaria ali.
- Abandono: o mundo não gosta de mim, ninguém me vê. Muito semelhante à
rejeição.
- Agressividade: pode ser aquela para dentro, que engole seco e fica
remoendo. Pode ser irritação também, a pessoa que vive esquentada, irritada.
- Rede semântica: é a ligação de sintomas.
- Alergia: depende, pode ser as bolhas nas mãos por produtos químicos (há
predisposição interna). Sobre rinite: deve se observar em que situação ocorre.
Importante: nem tudo tem causa espiritual, e também pode ser um ponto de
escoamento de toxinas psíquicas, de um lugar que foi muito abalado no
decorrer das encarnações, e aí são predisposições cármicas.
- Angústia: a gente sente o tempo todo. É a impotência de quando tenho que
fazer alguma coisa e não consigo.
- Ansiedade: deixa a pessoa tão agitada em relação ao futuro que a pessoa não
consegue parar.
- Arrepios: sensação de vento que pode ser mediunidade.
- Articulações: reumatismo, artrose, artrite reumatóide. São pessoas que
fabricam muito ectoplasma (a energia nem física nem espiritual, é
materializada como uma pasta esbranquiçada), e isso vai estourar em algum
lugar.
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- A produção de ectoplasma a mais também está relacionada a muita produção
de saliva e catarro, são toxinas perispíriticas. Isso faz parte de um decreto
cármico, a pessoa tem que expurgar. Alguns médiuns são específicos
carmicamente para trabalharem em regiões umbralinas e libertarem
irmãozinhos, outros vieram para manipular energia.
- Auto-estima: oscila muito. Importante: o contrário, quem tem em excesso,
também quebra a cara. Quem tem baixa auto-estima não se olha no espelho,
não se cuida. As pessoas em geral se queixam de absolutamente tudo em seu
corpo. A pessoa cria um modelo de ego para ela, e quando foge disso vai atrás
das mais variadas retaliações, como plásticas e etc. Tem pessoas que
transferem isso para a capacidade, e acabam no autoboicote. Tem também o
alter ego, que vai para a superestima: todo mundo me sacaneia, todos têm
inveja de mim. Isso bate sério no lado financeiro. Um caso de alter ego é a
pessoa que entrou em derrocada financeira, mas não quer abrir mão de seu
conforto. Também é a pessoa que pretende, mas não mede esforços, ela quer
tudo pronto. Alguém centrado tem que abrir mão do que gosta quando precisa.
Quando a pessoa não tem condição simplesmente não tem, e ponto final. A
pessoa tem que viver gastando menos do que ela ganha.
- Algumas pessoas precisam de tratamento de choque para se resolver, mesmo
que não voltem mais.
- Autoritarismo: algo como “mandão”. Existe a pessoa intransigente, o tirano,
que faz o que quer e não quer saber, cruza os braços e cresce. Entra no assunto
querendo que você dê a razão para ele, com frases como “ah, mas você há de
convir comigo” ou “pense comigo”. E às vezes essa pessoa precisa ser
contrariada, que alguém discorde dela. O que ela quer é medir forças. Mas é
importante discordar, senão você está sendo cruel e não dando chance para a
pessoa mudar. Toda pessoa que exerce um papel de domínio quer alguém
submisso de volta, e usa chantagem emocional, usa a culpa. Como terapeuta, é
preciso trabalhar as culpas. A idéia é ensinar a pessoa a parar de fazer isso. Se
ela te agride é porque você abriu espaço. Não adianta ser submisso, a pessoa
vai querer sempre mais. E ela vai dar um tempo e vai agredir de novo. Se você
não aprender a trabalhar as suas vulnerabilidades ela vai continuar.
- O terapeuta tem a função de ser pago para dizer à pessoa o que ela sabe, mas
não quer admitir.
- Cabeça: dor de cabeça ou enxaqueca.
-Calafrios: muito calor ou frio, pode ser perda de energia quando for sem
motivo.
- Candidíase: mulheres, também muitas crianças com cistite ou algo do
gênero, pode ser histórico de violência sexual.
- Cansaço físico: viver sem sono ou acordar cansado.
41
- Problema na região cervical: torcicolo. Tem que analisar o caráter espiritual.
Tem gente que desdobra e sente puxão na nuca. Isso pode ser a pessoa
aprisionada em algum lugar de existência passada, às vezes um apego.
Normalmente é nervosa ou ansiosa.
- Ciúmes: mulheres e homens que amam demais (mada), apego profundo e
doentio. Tem pessoas que são assim e negam.
- Compulsão: por bebida, comida, gastar, fumar, beber, etc. Está aliado à
ansiedade, é uma tentativa de compensar o vazio, alguns dizem que chega a
doer.
- Criticismo: com os outros ou com si mesmo.
- Depressão: às vezes ao ver alguém transtornado dizemos que ele está fora de
si. Óbvio que alguém ao perder o emprego vai ficar desapontada e triste. Mas
depressão é mais do que ficar triste e desapontado. O comportamento se
instala e a pessoa não sai daquilo. Não é qualquer sintoma, é um conjunto.
Tristeza não é depressão. Há depressivos compulsivos e obsessivos: não para
nunca para nada, para não lidar com o vazio.
- Desconfiado: o contrapadrão é tão doentio quanto. Existem pessoas que
desconfiam da própria sombra. Julgam os outros pelos próprios atos. Claro, dá
para desconfiar, mas pessoas que têm isso em excesso não conseguem fazer
amigos, ter relacionamentos e etc, porque tomam uma atitude preventiva e se
afastam das pessoas.
- Dominador: gosta de manter controle sobre as coisas. É parecido com
autoritarismo, e está na ficha para ir cercando a pessoa.
- Problemas de estômago: pode ser fundo nervoso ou alimentação inadequada.
- Fez algo: lembra de alguma coisa que se arrependeu. Tem coisas que para
algumas pessoas não incomodam, e para outras sim. Mulheres que praticaram
aborto, algo que deixou de fazer (profissão que não queria). É muito
importante o que a pessoa fala que se arrependeu. Às vezes a pessoa opta não
por alguma coisa que ela quer, mas por algo que ela necessita. E por conta de
uma frustração a pessoa pode estar se privando o tempo todo.
- Idéias suicidas: não se confunde intelectualização com espiritualização.
Muitas pessoas têm o evangelho na ponta da língua, mas não sabem usar.
Sabedoria é saber usar o conhecimento. É a típica coisa que ninguém admite
ter, mas que todos temos algumas vezes. Nossa cabeça é povoada de
pensamentos fortes. A pessoa tem que ter muita coragem para se matar. O
suicida potencial é aquele que se prejudica e não está nem aí. O processo de
morte é natural, mas algumas pessoas buscam acelerar. Freud classificou isso
como pulsão de morte.
42
- Todo suicida é prepotente, não quer o confronto com a vida. O
comportamento suicida na verdade é inato (exemplo das pessoas que gostam
de esportes radicais). Uma das grandes razões do espiritismo ser tratado com
receio é o fato de falar da morte.
- Impulsividade: pessoa que faz para depois pensar. Está aliado a
compulsividade.
- Incapacidade: tem muito a ver com auto-estima. A pessoa que não nasceu
para nada, com pessimismo justificado. A gente na verdade é educado para
achar que tudo vai dar errado, porque foi assim com nossos pais. Se não
houver uma quebra é uma corrente terrível. É tão arraigado que passa pelos
hábitos e exemplos.
- Infantilidade: não assumem compromissos da vida adulta, talvez por ser mais
cômodo. É a síndrome de Peter Pan: gente que tem inclusive voz de criança.
- Infidelidade: o ser humano tem tendência a sexualizar tudo. Pode ser
também o amigo da onça. Está separado de deslealdade. Todas as pessoas que
têm relacionamento extraconjugal falam sobre isso. Aliás, ao abordar a vida
íntima e comportamento sexual, isso tem que partir da pessoa. É um assunto
muito delicado e complicado.
- O ser humano por natureza não é monogâmico. As mulheres são muito mais
sinceras sobre isso.
- Sexo: há mais bloqueio: impotência, ejaculação precoce para homens
(complicado, pois sua virilidade é todo seu motivo de orgulho). Mulheres:
dificuldade de atingir orgasmo, se sente invadida, tem nojo, medo, não há
secreção. O marido pode ter sido seu estuprador. Um caso de homem
impotente: dez anos de casamento, a esposa agüentando a situação, mas quis
se separar. Aí ele descobriu que era impotente só com ela. E morreu de uma
mistura de viagra e whisky. Chamava sua mulher de “minha rainha”, e ela era
mesmo: em outra vida ele era o súdito, e por isso havia o bloqueio social.
- No caso da mulher, é muito comum o caso de estupro. Um caso: a moça era
assediada pelo sogro. E ela foi extremamente violentada por ele em outra vida.
- A questão do despertar sexual, em pessoas com essa dificuldade, é uma faca
de dois gumes. Márcio atendeu uma senhora de 57 anos que teve duas relações
na vida: uma com seu instrutor espiritual na Índia e outra com o carteiro. Ele
disse que ela tinha que olhar para seu lado mulher, deixar a criança de lado. E
ela despertou: para ele. Começou a assedia-lo insistentemente, dizendo que o
amor deles era de outras vidas, que ela estava à disposição dele, que ficava
excitada e molhada toda vez que o via. Na verdade, a questão não é despertar
a sexualidade, é retomar o lado adulto.
- As pessoas que chegam até nós podem ser algozes, mas podem também ser
pessoas de quem você gosta muito. E aí vem a grande prova.
43
- “Não se come a carne que se ganha o pão”. O trabalho é para quebrar a
interferência, libertar a pessoa daquilo, e não para complicar mais. Se eu
demonstro não ter firmeza com todos, se há abertura, vira uma bola de neve. E
aí, vou ter relações com cem pessoas? Tem muitas pessoas que dizem dessa
água nunca beberei. Mas vai ser muito tentada. O que salva é a convicção no
que faz. Por trás de uma cara linda e maravilhosa existe uma nozeira. E aí,
você vai entrar naquilo? O que você quer exatamente: terapeutizar ou buscar
uma emoção qualquer? São testes para ver se você está certo disso. Se a
pessoa passa por eles a espiritualidade vai te dando tarefas. Por mais que diga
não, é uma briga instinto X razão. A questão é o que você quer. Ninguém
chega no topo da realização se estiver dividido.
- As pessoas estão desesperadas, e acham que se elas estiverem envolvidas
emocionalmente com um ideal de ego vai ser o supra-sumo das maravilhas. E
a profissão de terapeuta confere status.
- Ter relação sexual com um esposo que não ama também é infidelidade.
- Inferioridade: o aluno que sabe a resposta, mas não fala por medo de errar. A
mulher que se encolhe por se achar mais feia que outra, o homem que se sente
menor por inferioridade material.
- Insegurança: medo de errar.
- Insônia: muitos obsessores nos pegam durante o sono, quando estamos
desdobrados. O motivo pode ter ocorrido em existência passada (tanto o nível
consciencial pode ficar aprisionado quanto a pessoa pode não dormir, ter gente
atormentando). Existe a importância de questionar bastante, porque se a
pessoa tiver o hábito de dormir durante a tarde é normal que ela só consiga
dormir mais tarde.
- Memorização: pode ser retardado mental ou ter usado mal informações, e
ainda trazer esse resquício. A coisa da ligação emocional: é o trauma. Por isso
a pessoa guarda, por causa da emoção ligada ao fato. Como veremos mais
para frente, existem vários fenômenos envolvidos, como o fenômeno da ponta
da língua, a memória de curto prazo, de longo prazo, desenvolver o jeito certo
de ler, de ouvir música, de retomar as informações, e etc.
- Sobre desejos de mulheres grávidas: é o espírito que está com vontade.
- Excesso de sono: pode ser fuga, mas do que? Normalmente o medo traz
muito sono, quando há um compromisso onde ela se sente incapaz. Há casos
de pessoas que perdem compromissos importantes, como o vestibular. É uma
questão de necessidade da pessoa. Também é normal com a idade ter menos
sono.
- Introversão: timidez excessiva, evitar grupos, prefere ficar no quarto, não
quer contato com ninguém.
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- Lamuriento: quando tem platéia não para. Repete sempre a mesma coisa.
Também pode não se dar conta. Chega a soar falso. Exemplo: eu sou muito
feliz, apesar de tudo. É uma pessoa que está com raiva do mundo. Toda pessoa
que vive de queixumes é mal vista pelo grupo, há uma hostilidade e é um
autoboicote, a pessoa fica no papel de vítima. E na verdade está morrendo de
raiva. E acaba sendo excluída. Nesse caso, deve-se tomar cuidado para não ser
invasivo. Se a pessoa não está bem ela tem o direito de não falar a respeito. E
todo mundo tem o direito de estar mal, somos todos humanos. Mas é bom
anotar a frase repetitiva e levar a pessoa a refletir sobre isso.
- A libertação do mentor espiritual se dá quando o discípulo aprende a andar
com as próprias pernas. O mesmo vale para terapeuta/paciente: a idéia é que a
pessoa resolva o problema, para não ficar adiando aquilo. Muitas pessoas
fogem quando o terapeuta pega na veia.
- Mágoa: mesmo que ficar ressentido ou com rancor.
- Mãos: pessoa que derruba muito fácil as coisas. A causa é muito ampla e
desconhecida para ser determinada.
- Melindre: pessoa que reage mal a um conselho ou crítica.
- Nostalgia: pessoa que fala de uma época que era tudo muito melhor. É bom
trabalhar porque normalmente ela está presa lá.
- Objetividade: pessoa que pensa e fala, acaba ofendendo os outros.
- Orgulho: pessoa presunçosa: eu sei e ninguém sabe.
- Pernas: varizes, circulação, formigamento, câimbra. Pode ser um nível de
consciência aprisionado em uma região umbralina por causa de alguma vida
passada ainda muito apegada.
- Possessividade: dificuldade de compartilhar.
- Precipitação: a pessoa que já se arma.
- Pressa: tarefa que deixou para trás por negligência em outras vidas, aí hoje
quer fazer milhares de coisas para ontem.
- Prisão: tenta fazer alguma coisa e nada dá certo. É um autoboicote. A pessoa
tem duas opções e escolhe sempre a pior. Acontece também da pessoa não
aceitar a encarnação de provas. É uma personalidade sabotante: tem falsas
intuições, que são mistificadas.
- Rejeição: diferença de medo de rejeição: não entra em relacionamento.
Quem tem o sentimento de rejeição sente aquilo 24 horas, acha que ninguém
gosta dela.
- Ridículo: pessoa que fala de coisas interessantes a sós e quando está com
mais gente só fala besteira.
- Sexualidade: como terapeutas temos que pegar muito leve ao abordarmos o
tema.
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- Sonhos: o recorrente pode ser uma lembrança passada. O pesadelo é um
assédio violento de obsessores, que podem inclusive estar encarnados.
- Tontura: pode ser nível de consciência alcoólatra, pode ser perda de energia
vital, pode ser vampirização de alguém.
- Desdobramento: físico dá sensação de distância, Já o desdobramento mental
pode passar desapercebido no dia-a-dia.
- Tristeza sem causa aparente: pode ser problema de vida intra-uterina.
- Todos esses sintomas são normais, a partir do momento que isso seja
esporádico. Se for persistente é algum problema.
- Vazio: vem de decepção, desilusão, etc.
- Vícios: cigarro, droga, bebida alcoólica, medicamento, cleptomania... os
maus hábitos.
- Vingança: tem gente que estende a mão para quem lhe prejudicou só para se
mostrar superior.
- Vítima: não admite que ninguém cobre nada dela, tem a ver com
prepotência.
- Visão: bloqueio ocular.
- Sobre medos: problema respiratório: em geral morreu afogada.
- Altura: pode ter sido jogada.
- Rato: teve um caso de uma pessoa que se suicidou e ficou presa ao corpo.
- A ficha de indução foi tirada de “Psicossíntese”, Roberto Assagioli.
- Exemplo: depressão. Termo novo, é preciso fazer interpretação semântica:
vem de onde o sintoma vem, trazer informação clara para o inconsciente.
Importa entender cada sintoma, e importante anotar como a pessoa entendeu o
sintoma, porque pode ajudar na indução. O objetivo é encontrar uma
lembracinha que provoque uma revolução na vida. Não adianta vir uma vida
inteira e não mudar nada.
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Ficha de Indução Terapêutica
Nome: (caso de depressão) nº 1 (sessão)
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Regressão prática
1) Sandra
- Queixa: quando tem que pedir alguma coisa, falar ou se impor para alguém
começa a tremer, anda de um lado para outro, leva dias para colocar sua idéia,
tem medo do que vai ouvir.
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- Relato:
Está em uma cidade muito pequena, usa um vestido, é criança. Está em um
campo, plantação, existem homens a cavalo. Não é permitido que fale nada, as
pessoas apanham muito. Existem pessoas trabalhando, está trabalhando junto
com a família, são todos empregados, trabalham para ganhar alimento e lugar
para ficar, são escravizados.
Foi pedido para que ela avançasse no tempo.
Já sou adulto, tento falar para as pessoas daqui que elas têm que se colocar, se
impor, sair dali.
O que elas dizem?
Têm medo.
De quem?
Do dono do lugar.
Olhe nos olhos dele, o que vê?
Ódio.
Você o conhece?
Talvez.
Ele vai ser desdobrado e trazido para cá.
As pessoas eram torturadas. Eu me rebelo.
Qual o preço que pagou?
A vida.
Qual a sensação?
Raiva, ódio.
A pessoa está desdobrada e estamos mostrando para ela tudo o que
aconteceu, e conscientizando-a. Vamos liberando a pessoa, devidamente
conscientizada.
(Era Sandra quem sentia mais raiva da pessoa. Ambas são desligadas daquela
situação, daquela encarnação. A carga de raiva tem que ser trabalhada,
removida).
E o que aconteceu antes para que ela fosse essa camponesa, de onde veio
essa raiva, por que ela teve coragem de enfrentar?
- Relato:
Como se fosse um castelo, é um comandante de guerra, usa uma veste
vermelha, costuma aprisionar as pessoas porque quer que elas sofram. Elas
incomodam, por causa da alegria delas. Ele foi obrigado a ficar ali, foi
ensinado a fazer isso pelos pais. Ele tinha raiva, porque esses pais o ensinaram
a matar.
Quem são eles?
Os mesmos que ela viu antes, o dono das terras é sua mãe atual.
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Procure vibrar um pouco de perdão. Avance, vamos ver se acontece algo
ruim.
Está sendo colocado em um lugar escuro e sujo. Ninguém aparece, ninguém
socorre. Está meio desesperado. Ele enlouquece, e fica trancado.
- Comentários: Márcio ouviu uma gargalhada. E era alguém que estava aqui
na sala e segurou a vontade de rir. A vibração não baixou tanto.
- Pontos importantes:
a) rebeldia forte, revidava contra as arbitrariedades.
b) constata que se incomodava com a alegria dos outros e foi ensinada a ser
ruim.
c) quebra o vínculo obsessivo do passado.
- Hoje Sandra é prestativa, mas se ela se sentir escravizada vai se revoltar. E
ao invés de falar para a pessoa sobre isso ela sente efeitos físicos.
2) Janquiel
- Queixa: no trabalho viu em um teste que tem dificuldade de estar com as
pessoas. Em uma reunião ele é reservado, sai e volta, opta por estar mais
isolado. Tem uma sensação ruim sobre isso. O fato das pessoas estarem
conversando sobre coisas desagradáveis o incomoda.
- Começou a contrair o peito e engolir em seco.
- Relato:
Só vê o escuro
Capte a sensação.
Estou dentro de um poço, um buraco.
Como foi parar aí?
Uma criança me empurrou, não consigo vê-la.
Que idade você tem?
Tenho uns sete anos.
Foi de propósito?
Eu não consigo enxergar.
O poço tem água?
Não, é seco, mas úmido.
Você se machuca?
Vejo-me só, como se tivesse morrido.
Ninguém te resgatou? Tente ver se te procuraram.
Eu só vejo que para frente de onde estou tem um abismo enorme, parece que
estou olhando lá para baixo.
E como você se sentia?
Parece um pavor.
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Algo ligado à solidão, abandono, como se você tivesse sido riscado?
Tem uma pessoa, parece que não enxerga. Parece que ela procura por alguém.
Você a reconhece?
Ela se esconde com o chapéu.
Será que é a criança?
Parece que é.
Você ficou muito tempo por ali?
Parece que estou olhando para os lados, sem rumo.
Busque focalizar a mãe da criança, você a conhece?
(se contorce de novo).
Ele fica na erraticidade por um bom tempo.
Sobre a vontade de fugir quando vê que alguém está falando mal de alguém ou
discutindo:
(continua o relato) Aquele que me empurrou está falando alguma coisa para
aquela mulher. Diz que fui eu que me atirei.
E o que a mãe fez?
Pareceu brava, mas só brava.
Qual a sua sensação?
Ela podia ir lá me tirar.
Vem algum outro sentimento?
Parece que estou apavorado.
Vamos tentar trazer as pessoas desdobradas para cá para elas assistirem,
procure vibrar amor e perdão, saindo desse lugar, desse poço.
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- Os maiores problemas são os mais difíceis de serem lembrados. Olhar para
aquilo significa sentir tudo de novo, e por isso muitas vezes a pessoa descreve
como se fosse uma coisa lá longe, por causa do medo de olhar.
- Duas pessoas ligadas espiritualmente podem ter os mesmos sintomas,
mesmo sem nunca terem se visto.
- É bem possível que a mulher que ele viu não fosse a mãe, mas sim uma
madrasta, o que era muito comum na Idade Média.
52
a razão do que a pessoa sente e o desdobramento. E essa parte é muito
importante, porque ambos podem estar sofrendo uma coisa que não sabem.
- Sobre a comprovação da reencarnação: o mais importante é o resultado.
Teria que ser muita fantasia para a pessoa criar tudo, pois de onde viriam
tantos detalhes?
- Aquelas lembranças são importantes para mostrar que aquele caminho não
deu certo, que ela tem que buscar outro. E não necessariamente espírita, a
idéia é espiritualização. É importante respeitar a crença da pessoa. Para quem
não acredita em reencarnação, paciência: ela vai precisar de muito sofrimento
ainda. Tem muita gente que chega na casa espírita sem acreditar, mas que vai
até lá porque não tem outra escolha, e isso é uma grande humilhação para a
pessoa. Você pode dar quantas provas quiser que ela não vai acreditar.
- Uma técnica vai ser sempre uma técnica. A terapia mesmo vai durar a vida
toda.
- O que fazer para tirar a carga negativa? No momento em que a pessoa
sintonizou com o fato automaticamente ela está abrindo uma “caixinha” de
energia negativa. Uma boa parte do processo de eliminar a carga emocional
vai ser resolvida ali, mas uma grande parte vai ser trabalhada no decorrer dos
dias, porque você vai estar confrontando tudo que você acredita nessa vida
com o que você foi. Vai haver uma carga de depressão e tristeza, ou
agressividade, o entulho psíquico começa a vir para fora. Nós entendemos a
doença como um tumor que tem que ser extirpado, mas não necessariamente.
Às vezes é natural, uma limpeza. É comum olhar para um lado desagradável e
ficar apavorado. Só que você foi, você não é mais. Uma boa parte da limpeza
é feita de maneira emocional. A pessoa com depressão é uma pessoa em
estado de depuração espiritual, alguém que está jogando o lixo fora.
- Nenhum espírito na face da Terra tem propósitos acima da vontade divina.
Não é porque estou ajudando a pessoa que vou estar vulnerável ao seu
obsessor. A conduta da pessoa, a resignificação é muito importante, senão o
obsessor volta. Mas ele pode tentar me atormentar quando quiser. Basta
respeitar – e não temer.
- Uma boa parte dos terapeutas que não têm experiência mediúnica terá seu
trabalho dosado de acordo com o desenvolvimento e conhecimento da pessoa.
Esse é um trabalho mental, todo comando que eu der vai ser realizado.
- O trabalho é uma finalização. Seria pensar pequeno achar o contrario. Desde
que você decidiu fazer o curso já existia uma equipe designada para ajudar,
aliás, muito antes disso.
- Desde que o sintoma apareceu, ela já entrou em todo um processo que vai
leva-la ao terapeuta depois. E quando a pessoa vem já está preparada, meio
53
que desdobrada e com a energia sendo trabalhada. A gente só percebe uma
parte da consciência.
- Estamos em ressonância o tempo todo com várias encarnações de forma
simultânea. E o terapeuta é só um instrumento. O diagnóstico é feito com
ajuda espiritual.
- À medida que as pessoas chegam há um aprendizado constante e uma
identificação com os próprios problemas. Há uma ressonância de níveis
conscienciais o tempo todo, quando a pessoa é desdobrada ela encontra os
desafetos, sem perceber. Então a idéia é ir se entendendo com os desafetos,
pelo menos no que concerne a nós.
- Na hora da programação reencarnatória a espiritualidade busca avaliar o que
a pessoa precisa aprender. E aí são colocados, próximos ou distantes, os
desafetos, e os reencontros vão sendo programados para que o reajuste
aconteça. Logo, a idéia é não perder a oportunidade de resolver, pelo menos a
nossa parte, quando reencontramos os nossos desafetos.
- Deve-se deixar claro para a pessoa que ela está sendo avisada há algum
tempo, ela precisa ouvir os recados.
- Meu comentário: creio que estamos vivendo uma época muito especial no
que concerne à ampliação das práticas espirituais, seja na medicina ou na
psicologia, porque estamos vivendo um contexto especial e diferenciado. O
exílio planetário será feito muito em breve, e todos nós potencialmente
podemos estar incluídos nele. O papel de práticas como a TVP torna-se então
de fundamental importância, pois é uma chance dada a todos nós de conhecer
nossos problemas e pendências e, principalmente, de tomarmos o caminho da
direita do Cristo, com uma grande ajuda no nosso processo de reforma íntima.
O trabalho das terapias alternativas está crescendo de forma muito
significativa, no mundo todo.
- Exemplo do caso: senhor que teve câncer. Fumava e jogava, teve um câncer
e sarou. Voltou aos mesmos hábitos. Foi desdobrado, e mostraram para ele que
tinha várias encarnações com problemas (drogas, prostituição, etc) e que o
câncer era um aviso para que ele reeducasse seus hábitos. Ele não voltou atrás
e o câncer o matou.
- A espiritualidade nos dá todo o amparo possível para que tenhamos acesso ao
trabalho, ao lado espiritual.
- A questão da mudança: temos avisos porque temos um grande potencial
espiritual e já tiramos férias nas outras vidas. Está na hora de pegar no
batente!
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- Casos de câncer:
a) o senhor recebeu a notícia da doença, reuniu a família, assinou todos os
papéis, despachou tudo e desencarnou.
b) uma moça foi morar junto com um rapaz. Eles brigaram, e ela juntou suas
coisas para voltar apara a casa dos pais e teve um ataque cardíaco no caminho.
Seu pai estava com câncer, e estava se recuperando. Morreu logo depois.
- Márcio fala: é lamentável que você, com a inteligência que tem, com a
capacidade que tem, não veja o óbvio.
- Hoje em dia a coisa está tão escancarada que basta que a gente diga “sim”
para se perder, nem precisamos procurar encrenca, ela vem até nós.
3) Joice
- Queixa: está fazendo curso que fala sobre política. Foi assistir “Spartacus” e
não conseguiu ver até o fim, sentia impotência, queria ajudar. Quando viu os
escravos indo para as galés o coração dela disparava. Tem também
desconfiança que as pessoas vão embora e vão deixa-la. Sente insegurança. Se
sente deixada para trás. Quando vai dar uma palestra sente impotência. Sente
raiva, ataca o fígado, tem dor de cabeça.
- Relato: as pessoas contaram que uma vez minha mãe me deixou em casa
com a porta fechada, e eu fiquei contando as moscas na parede. Durante muito
tempo não consegui me sentir fechada em algum lugar, já senti isso e cheguei
a rasgar roupa para tirar.
Fixe nisso, focalize essa criança, lembre o sentimento.
Não consigo ter nenhum tipo de sensação.
(Às vezes a pessoa traz uma informação indireta: me contaram que... As
lembranças da nossa infância são mais difíceis de serem acessadas do que
lembranças de outras vidas. É importante deixar a pessoa em sintonia por
algum tempo.)
Veio-me agora: “eles não me querem”. E quando esperei as pessoas pensei
“eles estão me fazendo de palhaça”.
A primeira lembrança é uma criança que se sentiu abandonada.
E a mãe tinha saído com minha irmã. E durante muito tempo eu sentia raiva
das coisas que minha irmã fazia, por ela se sentir mais expansiva, e eu
pensava “Por que ela não morre?” E ela morreu. Sinto culpa por desejar
isso.
Procure olhar para esse sentimento, perceber a conexão.
Pode ser ciúme quando ela nasceu. Quando ela era bebê mamãe disse que eu
avancei nela.
Como você ficou quando ela nasceu?
Não vejo nada.
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E quando vocês eram pequenas?
Não lembro nada.
Vá dissolvendo toda essa raiva, essa carga emocional.
Uma coisa que mexe muito na barriga, sinto náusea e tontura.
Tente buscar outra coisa: tente perceber as dificuldades que você tinha por
ser mais inibida que ela, vamos buscar isso.
Eu não enxergo nada, mas me veio a palavra “relacionamentos”.
Procure enxergar a partir dessa palavra o seu estado emocional.
Sensação de ser deixada para trás. Como se eu tivesse alguém e “ela” me
tirasse. Era alguém próximo.
É alguém que você conhece?
Já sei quem é, e lembro de uma arena.
Tente lembrar do que houve.
Não sei.
Concentre-se nessa pessoa então, traga ela para cá, e vibre perdão. Pense em
libertação. Jogue fora toda essa carga emocional.
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- Sobre o atendimento em geral: não podemos julgar o que causou a cura, nem
como ela ocorreu, e se vai ocorrer. Depende de milhares de fatores. O que
temos que focar nossa atenção é em entender de onde veio a coisa, para a
pessoa tentar não repetir o erro, da forma que for possível.
- Temos tendência a fazer perguntas conclusivas. O ser humano tem em média
12 subpersonalidades atuando ao mesmo tempo. Concluir alguma coisa é
prematuro e ingênuo, e você não vai sair daquilo. A idéia é que a pessoa mude.
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CURSO DE TERAPIA DE VIDAS PASSADAS
Márcio Godinho
Aula 4
Sábado, 26 de julho de 2003
58
- A questão do conselho é muito complicada, porque na melhor das intenções
você magoa e fere a pessoa. O modo de intervir é muito importante. E quem
acha que sabe muitas vezes troca os pés pelas mãos.
- Para pessoas que falam muita ladainha, o ideal é aproveitar um espaço que
ela dê e mostrar isso para ela de forma fraterna. É preciso pensar como
perguntar, como entonar a voz.
- Questão da abordagem: às vezes a pessoa está contando coisas muito
íntimas, é preciso tomar cuidado com a forma que você olha para ela. Às
vezes é melhor nem olhar, se a coisa for muito íntima. Tem terapeutas que têm
um olhar de julgamento, é necessário cuidar disso, porque inibe. E é muito
importante a própria reação, se torne uma criatura autoconsciente em todos os
momentos da sua vida!
- A forma de perguntar é muito importante, porque se você se posicionar da
forma certa ela não vai se ofender, nem que a pergunta seja coisas como “Você
rouba?”, “Você fuma maconha?”.
- Determinados terapeutas descobrem algo, sorriem em triunfo e anotam. Se
você descobriu algo, guarde para você!
- É importante se colocar no lugar da pessoa, para que seja uma troca, uma
simbiose energética entre paciente e terapeuta, porque ambos estão se
curando. Seria uma coisa até sem sentido você tratar o tempo todo e nunca ser
tratado. Não podemos perder tempo, nem sessões. Andando um passo, ou dez,
ou vinte, é preciso andar.
- É importante aprender a ouvir e interceder na hora certa. É preciso
interromper se a pessoa entrar em um tro-ló-ló, porque ela está desviando por
defesa.
- Fundamental: evitar questionamentos conclusivos. Se você vai a uma
sorveteria com alguém, e pergunta a ela se ela quer um sorvete de creme ou de
uva, você não está deixando a pessoa escolher, e pensa que está. Você nunca
entendeu: você presumiu, conjecturou, etc. Há uma trama, você não pode
pegar um fio e achar que entendeu tudo.
- Deve-se evitar concluir logo, porque você vai alijar todo o trabalho. Dá para
se ter uma idéia, mas nunca concluir. Sempre temos a sensação de ser mal
interpretados quando analisados. E aí a pessoa tenta se justificar e constrói
uma fachada, fugindo do ponto central, para construir a imagem. É impossível
concluir algo na primeira conversa.
- Deve-se estruturar por bases: há uma primeira pergunta: que te traz aqui?
Essa é a base, mas não necessariamente o ponto principal. A pessoa não vai
contar no primeiro encontro, vai contar no segundo, no terceiro. Tem pessoas
que demoram um ano para ir ao ponto. A idéia é sempre ir direto à ferida: dói
na hora, mas depois passa.
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- Questão da demora: Márcio é contra muleta, trabalha para cada um ser
terapeuta de si mesmo, trabalha contra a própria profissão (apesar da mudança
ser bem a longo prazo nesse sentido). Hoje em dia tem a moda do personal
guru, aquele das estrelas que ganham fortunas. Márcio busca ir direto à
questão. Depende muito da metodologia, a psicanálise tem outro objetivo, que
é fazer uma análise da personalidade para enquadrar em um perfil psicológico.
Isso leva em torno de um ano. E isso traz muita procura para a terapia
alternativa.
- Mas nem tudo é trabalhável, existem programações de vida. Alguns
problemas têm que vir para alavancar o crescimento, senão a pessoa não
cresce. Dá para conviver, mas não resolver. O Dr. Lacerda define isso como o
telurismo, existem coisas entranhadas na essência da pessoa, que não vão
mudar.
- Tem determinados pontos que vêm sendo trabalhados há encarnações, e
chega em um ponto de tolerância, onde pouco poderá ser feito e o trabalho
será bem devagar.
- A TVP é uma das poucas terapias que levam a pessoa à sua essência de
forma profunda. É o aprimoramento da personalidade com as coisas
trabalháveis, a personalidade grotesca e grosseira vai ser lapidada e vai se
tentar fazer uma estátua com ela. Aos poucos, gradativamente, ela vai se
dando conta e vai trabalhando o resto que for possível. E não adianta querer
mexer em certos pontos, porque não vai mudar agora e o terapeuta vai se
sentir impotente. É preciso ajudar as pessoas no limite delas. Se ela agüenta
correr uma légua, não adianta querer que ela corra cinco. Com isso nos
tornamos muito tolerantes, complacentes, entendemos a coisa toda como algo
natural.
- Todas as terapias se complementam, e o terapeuta holístico tem que buscar
ser universal, tudo ajuda.
- Apresentações dos trabalhos: a idéia é que cada um vai se tornar um paciente
em potencial. Pontos que devem ser observados:
Entrar no contexto do paciente.
Observar como se sente ao perguntar: a reação do terapeuta determina a
qualidade da pergunta.
Relatar como me sinto sendo questionada e como me sinto relatando
coisas pessoais.
- Márcio costuma analisar a colocação da pergunta, o conteúdo, o tom de voz,
mas sempre com intenção fraterna, porque é importante ver quais perguntas
foram feitas e quais deixaram de serem feitas, e por quê.
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1) Leila
- A pessoa observada é a que tem um problema a resolver com ela, o espelho.
- Diante de uma responsabilidade maior que ia assumir a pessoa ficou doente,
de cama. Depois continuou querendo fugir do problema. A primeira reação é
dar para trás.
- A pessoa deu uma freada na vida dela, nos pensamentos e modo de ser. Leila
também.
-Diante de mudanças no trabalho também vai assumir maiores
responsabilidades. Resolveu não se pré-ocupar, não ficar doente, apesar de ter
ficado um pouco nervosa.
- O irmão ligou falando sobre problemas financeiros, e ela se sentiu muito
preocupada, pois ele está em uma situação muito ruim.
- Perguntas:
a) Margarete
O que é esse ruim?
Pressão baixa, fome
b) Alzira
Você não percebeu que as conseqüências de nossas ações ficam gravadas, e
que muitas conseqüências vieram?
Sim
c) Maria José
Esses sintomas existiam há mais tempo? Quando começou?
Sim, em outras épocas foi mais forte.
Você fica apreensiva que volte?
Não. Eu quando sinto isso me arrumo e saio como dá.
- Márcio: A Leila tem tentado colocar de maneira calma mas compulsiva. Há
coisas para serem resolvidas. O caminho é tentar levar ela a ter contato com o
que ela sente. Tentem faze-la descrever. Ela disse coisas importantíssimas: não
sente vontade de se arrumar, tristeza. Como vocês se sentiram quando ela
botou para fora?
Maria José: como se estivesse liberando uma certa energia, liberando algo que
está sufocando, como se o outro fosse ajudar com o amparo moral, sem
palavras. Aquilo permite que eu possa ir me trabalhando e me melhorando.
Sandra: sentiu um pouco de tristeza, aconteceu com ela também.
Mari: acha que o que ela sente é uma angústia muito grande, uma procura de
algo. Ela ia perguntar mas parou, por saber que não era o momento de cutucar
a ferida. Ela se sentiu aflita.
61
- O momento em que a pessoa entra em contato com a emoção é a
demonstração da fragilidade. E conforme ela entrou ela vai saber sair. E é
importante deixa-la falar. É o momento de libertação, onde ela se permite o
que não é possível na rotina dela, que exige uma certa dureza. Nesse momento
ela não precisa de amparo moral, ela precisa falar compulsivamente, entrar
naquela emoção e esvaziar tudo. Depois o terapeuta entra.
- Tem algo impulsionando que não está aparecendo, por detrás da emoção há
uma série de sentimentos represados que ela não se permite. Isso é a espuma
da cerveja, não é a cerveja. Logo, tem que dar esse momento para ela se
resolver, colocar para fora. Ela está enjaulando um leão, é preciso dar o tempo
de deixar ela passar. Tem que esperar. Existem outras metodologias de
intervenção, algumas linhas recomendam um certo maternalismo ou
paternalismo, abraçar a pessoa e tal. Márcio defende que ela deve ter esse
espaço para liberar a emoção. Quando a pessoa está com raiva e você se mete,
acaba apanhando.
- Linguagem corporal: quando Leila começou a chorar cruzou os braços e as
pernas, ou seja, se fechou.
- É natural ser mãezona e querer confortar a pessoa. Mas é melhor deixar ela
entrar no processo, depois pegar no colo – e depois beliscar. A técnica do
morde e assopra.
- Exemplo: teve uma pessoa que estava sendo atendida há meses na apometria,
e estava em uma sala cheia e teve uma crise de choro daquelas de meia hora. E
foi aquela correria, todo mundo querendo abraçar, dar passe, confortar, até que
ele deu um grito pedindo que deixassem ela ter aquela crise em paz, porque é
aquilo que estava sendo buscado há meses. Muitos ficaram horrorizados, mas
era necessário.
- O problema dela, no caso, pode ser espiritual por mediunidade e por resgates
cármicos. Mas existe uma série de fragilidades e pontos vulneráveis internos.
Mas óbvio que indiretamente vai haver um assédio espiritual, mas daí a
acreditar que seja a causa já é outra coisa.
- Nós estamos sempre preparados para resolver nossos problemas. Mas não
necessariamente encorajados. Quando a pessoa está doente o processo de cura
está em andamento. Quando uma pessoa está deprimida ela está à deriva no
mar, mas vai acertar suas velas com o tempo. Quando a pessoa está chorando
ela está a caminho do equilíbrio, pois está resolvendo coisas.
- Com a TVP a pessoa está preparada, não é perigoso lidar com isso. Mas ela
vai se chocar ao se deparar com o que ela idealizou para si, confrontar com
quem ela é de fato, e as máscaras que ela usa. Além disso, a vida não espera
você estar preparado para nada, as coisas aparecem e você tem que lidar com
elas.
62
- Algumas pessoas andam super arrumadas, mas estão péssimas. Logo, não dá
para dizer se esse é o ponto, mas é uma pergunta válida. Teve o caso de uma
senhora que comprava milhões de roupas novas, e seus filhos viciados
compravam drogas. E vendiam as roupas dela para isso, e cada vez que ela
percebia ia comprar um guarda-roupa novo. Ela acabou morrendo de câncer.
Uma pessoa pode estar deprimida e ir às compras.
- O contexto comportamental é: sair de casa do jeito que dá.
- Sandra fez pergunta conclusiva: você tenta mudar seu amigo porque se
identifica com ele, não é? Márcio: qual atitude ele toma que te incomoda?
Como você lida em relação a uma atitude irresponsável? Quando a pergunta é
conclusiva gera uma resposta defensiva.
- No caso, o que incomodava Leila é o mau humor do moço em questão, o fato
dele ser temperamental.
- Houve uma identificação forte entre Sandra e Leila, e uma troca de farpas
civilizada. E ela passou a fazer perguntas por ela, e não para a Leila, levando
em conta como ela mesma reage e se sente. Sandra tem um colega que cada
vez que ela tenta tirar férias o colega fica doente, e ela não consegue descansar
e fica tudo em cima dela. Quando o ambiente fica hostil as perguntas somem e
Leila se coloca na postura defensiva.
- Leila não achou que fosse chorar.
- Minha pergunta: você fica muito pré-ocupada? Sim.
- Sintomas: começou a ficar ruim na segunda feira. Foi um mês mais
tumultuado impossível. Falou do irmão e dos pais, ela não fica mandando
problemas para eles e acha que eles têm que viver sua vida, se virar, ela não
pode resolver tudo para eles.
- A sensação de altos e baixos foi freqüente, por isso ela se incomoda com
escassez.
- As crises dela a princípio foram diagnosticadas como hipoglicemia. Ela tinha
gânglios, fome, fraqueza, taquicardia, ficava 3 ou 4 dias passando mal. Nada
disso associado a algum acontecimento.
- Gleny: a idéia é se sentir forte, ver que você pode. Já enfrentou isso que ela
está passando. Problemas da família que ela colocou sobre os ombros,
problemas de trabalho. A gente já vai fazendo as coisas como derrotada, e as
pessoas colaboram para que a gente se sinta assim. E chega um ponto em que
tudo incomoda, e tudo que você vai fazer você se sente incapaz. É uma
mudança interna, onde você tem que ter fé e buscar forças, voltar do fundo do
poço. Não costuma demonstrar muito as coisas, mas não se permite errar. E o
caminho é buscar dentro de você.
63
- Rumo da conversa acabou indo parar no pai. O ponto de desgaste,
defasagem, é esse. E sem perceber naturalmente a pessoa se volta para ele.
- Quando a pessoa começa a chorar a nossa tendência é sair correndo.
- Tem horas em que o terapeuta é o carrasco, tem horas em que é o pai (mãe),
amigo. É muito comum quando a pessoa externaliza uma emoção a gente
poupá-la e parar de perguntar. Mas é comum isso, e o que temos que buscar é
a oportunidade rara de cutucar.
- Ela não precisa que a gente a coloque para cima, ela precisa que cutuque e
mexa na ferida. E em terapia não podemos colocar vida pessoal e exemplo,
porque você vai deixar de trabalhar a pessoa para não se trabalhar. Vira um
ponto cego.
- Caso: pessoa que contou uma história tão triste que ninguém teve coragem
de fazer uma pergunta sequer. Mas quando ela foi perguntar foi cruel.
- Não devemos ter “peninha”, e devemos encarar nosso próprio problema. Não
dá para impedir que a pessoa atravesse um desfiladeiro porque ele é igual ao
nosso.
- Como ela se sentiu? Acha que nós não entendemos, se sente mal interpretada
e julgada. Isso não é um julgamento, a idéia é encontrar a melhor solução
depois.
- Ela se sente julgada pela própria consciência.
- A diferença entre um problema e uma solução é a resposta. Se ela aprende a
lidar com os problemas eles deixam de ser problema.
- Pontos a pensar:
a) sintomas: importância de fazer a pessoa falar
b) olhe para o algo a resolver
c) pergunta conclusiva = postura defensiva
2) Camila
Resumo: tento alcançar metas impossíveis, distantes. Devo tentar frustrar
minha mãe na medida do possível, educar, não magoar e nem passar por cima.
- Sobre a observada: fazia muita fofoca. Falava de uma pessoa que era um
absurdo o que ela fazia, um falso e etc, e quando ele ligava tratava ele toda
docinha. E quando foi repreendida por uma aluna (ela é secretária da pós-
graduação) disse: é Camila, a vida é assim.
- Márcio: você acha que ela mudou o comportamento conforme você foi
fazendo a análise? Não.
- Alzira: ela escolheu quem quis observar, e uma pessoa neutra. O terapeuta
não pode escolher.
- Márcio: uma boa parte das pessoas que chegam até nós estão tão
empedernidas pelo sofrimento que perderam contato com suas emoções.
64
- Também tem o mesmo hábito de justificar tudo que fala. A cabeça funciona
como se fosse um cálculo matemático. Algo que vem naturalmente como
mecanismo de defesa.
3) Margarete
- Irritada e impaciente por ter que lembrar alguém das coisas a serem feitas a
funcionários. A pessoa explodiu com ela, e ela teve uma resposta áspera, mas
não expressou a raiva.
- Ela começou a analisar o que irritou a pessoa, levantou: desorganização.
- Ela não muda a idéia dela em uma discussão, mas fica quieta.
- Buscou ver o lado bom da pessoa, sabendo que ela tem os seus limites.
- Tem muita ânsia pela cura, tem ansiedade quando as coisas não fluem.
- Por que a moça me irrita? Idéia firme, impaciência, irritação, ela se enrola,
leva 5 minutos para dar um recado simplíssimo.
- Mas ela também tem momentos em que explica demais.
- Alzira: “não tenho tempo para mim”. Quantas vezes eu já disse isso.
Também sei as respostas, mas não sei por em prática. Isso pegou no calo.
- Márcio: Disciplinador: não admite o lado desorganizado e não admite
displicência, se torna intolerante com as respostas longas. Por outro lado há o
contrapadrão de ser desleixado, de deixar o escritório uma zona.
- Cobrança, Marga não se perdoou por pensar da pessoa “quem você pensa
que é”, e ficou se perguntando quem ela mesma pensa que é. Ela se sentiu com
autoridade abalada.
- Temos muitos pontos em comum aqui. Assim como a Camila, a Marga
também deixou as pessoas perguntarem, ela respondeu e comentou a resposta,
não deixando espaço para nada.
- Problema: ser psicólogo vinte e quatro horas por dia.
- Para trabalhar: culpa, tem mais é que explodir, bem capaz de existir o
contrapadrão dominador-submisso.
- Ela pode ter histórico espiritual de ter tentado fazer coisas boas, ter sido
muito julgada, condenada.
- Família: muito compromissada com eles, muito responsável, sente um peso,
como se ela tivesse que fazer as coisas darem certo. Sente que tem que estar
lá, não pode negar fogo. Mas com uma determinada pessoa sabe que pode
levar até certo ponto, depois não é mais necessária.
- Já inibiu bastante pessoas, porque na mesma medida que era cobrada
cobrava também. Quanto mais responsável você se sente por alguém mais
você judia dela, porque está cerceando a pessoa.
65
- O terapeuta vai não se permitindo mais certas atitudes, e deixa de ter certa
espontaneidade. Márcio deixou de fazer certas obrigações, e percebeu que não
era por aí: programou-se, se condicionou a espairecer, pois chega em tal ponto
que a pessoa deixa de ter vida, tem sempre que ser o orientador, o
apaziguador, aquele que dá uma palavra de consolo. Sem querer a gente acaba
levando a sério demais.
- O importante não é o fato em si, é o pensamento e o comportamento da
pessoa no episódio.
- Nós nos prendemos demais aos sintomas. Mas eles não são cruciais.
- Inominável: muitas vezes atravessamos a fronteira dos sintomas sem nos dar
conta. Por trás do sintoma sempre existe algo muito concreto, o sintoma é
apenas um meio da personalidade se manifestar. Cada pessoa tem uma
peculiaridade comum para somatizar: a Leila tem fome e hipoglicemia, a
Margarete tem ansiedade. A TVP se aplica de maneira irrestrita, a princípio é
bom colocar a regressão para ver o funcionamento psíquico da pessoa, o
comportamento dela, independente dos fatos.
4) Alzira
- Faz muitas coisas ao mesmo tempo.
- Organizou chá para 450 pessoas, o marido foi para o hospital, recebeu
visitas.
- Dizem que ela não delega tarefas. Delega sim, mas as pessoas não cumprem.
- Recebeu críticas por perder muito tempo com crianças de rua.
- Muitos trabalhadores faltaram e não avisaram. E aí tinha que atender as
pessoas e não demonstrar para os outros, com a casa cheia.
- Tem muitos cargos.
- Ninguém ajuda, e depois critica.
- Muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo e com muita distância uma da
outra, geograficamente falando.
- Tem que ensinar tudo, porque a realidade das pessoas carentes é muito
diferente.
- No meio de tudo isso ainda vem gente pedindo ajuda fraterna, e ela sempre
foi do princípio do que é preciso ajudar na hora, porque depois que a pessoa se
suicida não adianta mais.
- Ela sabia que era preciso acordar 6:30h da manhã, e teve que fazê-lo e ser
chamada de louca.
- Odeia a palavra surpresa.
- Depois foi todo mundo embora e ela teve que arrumar tudo só com uma
pessoa.
- Serviu para analisar o quanto ela tem que ser mais tolerante.
66
- Observou colega que estava incomodando porque faz as mesmas coisas que
ela fazia antes. Na aparência a pessoa é uma doçura, mas ela não tem limites,
não respeita hierarquias, fala demais, mente. Tem de bom: sabe viver bem,
pensa muito em si mesmo. Alzira não consegue, está lá na frente fazendo o
dela e o dos outros. Magoa-se fácil.
- Só pede coisas que sabe que a pessoa pode fazer, com exceção dos filhos.
Não se arrepende de como os criou, e não tem pena deles. Sabe que se algo
der errado é por conta da caminhada deles.
- Não tem tempo para si.
- Se irrita com pessoas que não fazem o que ela pediu.
- A emoção dela está diretamente ligada ao sistema motor. Ela vai e faz, ao
invés de explodir.
- Não costuma culpar ninguém por algo que não deu certo, vai e conserta. E
nessa se estrepa, porque se sobrecarrega.
- Ela conhece bem as pessoas, logo sabe muito bem o que tem que dar para
cada pessoa. Uma coisa é a pessoa ter vontade, outra é ela ter capacidade para
desempenhar determinada tarefa.
- Não tem pena nem das famílias carentes, porque convivendo ela vê muito
bem porque elas estão naquela situação. Não tem pena, é exigente.
- Só aceita que alguém exija dela se tiver mais conhecimento que ela.
- Só refaz o que alguém fez se a pessoa fez tudo errado.
- Sandra: sente medo de perguntar, porque a profe é muito inteligente.
- Dificuldades: a Alzira tem personalidade bem atuante, ativa, forte. E fica
difícil de questionar. Ela converte muitas reações negativas em trabalho.
- Jeanquiel: você já parou para pensar em quantas pessoas prejudica com o seu
jeito?
- Márcio: forma mais leve: você não acha que pode estar inibindo algumas
pessoas?
- As pessoas assim são previsíveis e fáceis de lidar. Há a questão de se sentir
inibido, com medo de se posicionar. Alzira diz que não tem segredos.
- Não se arrepende de nada que fez, só da forma como fez.
- Se a pessoa fez algo de errado, ela pode dar uma nova oportunidade se a
pessoa percebe que tem que mudar, evoluir, crescer.
- Às vezes a idéia é que a pessoa discorde mesmo, porque aí ela sai e monta
outro grupo, e aumenta o atendimento.
- A gente persevera e dá certo naquilo que tem que dar. Toda vez que é
confiada uma tarefa você não pode vacilar, porque quem vai responder por
isso é aquela pessoa.
- Importância: aprender a lidar com o que o paciente relata/ouvir o ponto de
vista da pessoa sem preconceitos.
67
- Sobre os relatos: Mari se sentiu trêmula em relação à Leila, não conseguiu
falar. Devemos ter sigilo e manusear com carinho. A troca energética é intensa
e provoca as reações mais diversas. E é muito importante lidar com o relato,
porque aquilo é o que há de mais precioso para a pessoa.
Regressão prática
1) Leila
- Indução: sentimento aflorado, dor de cabeça
- Vibracionalmente dá para perceber que tem um acúmulo de energia na
cabeça dela, e isso pode ser trabalhado mentalmente.
- Relato de Leila: parece que estou no chão, tem alguém em cima de uma
carroça com um cavalo me chicoteando.
Por que?
Não sei.
Procure lembrar se fez algo de errado para alguém estar te perseguindo.
Sensação de dor no peito
Vai liberando, deixa a imagem vir. Por que?
Não consigo ver a cara dela.
Ela te persegue por perseguir?
Talvez eu fosse escrava ou coisa assim.
Tente perceber: é alguém com raiva, que quer se vingar?
Eu não consigo.
Tenta lembrar se ele está encarnado ou não?
É difícil.
Vou pedir para que você concentre nela.
(Ela está sofrendo pressão no cardíaco, não consegue lembrar porque a
criatura não deixa, está aqui desdobrado e usando a força mental para impedir.
Estala o dedo de 1 a 7, e dá o comando para que perceba melhor a presença
dela).
É meu pai.
Vamos desdobrá-lo, trazê-lo aqui. Tenta confrontar a sensação, focaliza a
imagem dele, vamos convida-lo a entrar por aquela porta.
Eu sou mulher.
Existe outra intenção além de punir?
Talvez. Tenho uma sensação desagradável. Existia interesse sexual.
Vamos mostrar essa cena, procure separar aquele personagem do passado.
Vá dissolvendo e vibrando um pensamento de perdão, para que ambos se
libertem. Vá mentalmente buscando quebrar isso, mostrando a ele que precisa
ser esclarecido. O que houve depois?
68
Eu fui muito maltratada, a carroça passou por cima, eu morri depois disso.
Hoje não gosto que ele me veja quando vou ao banheiro, há desconfiança.
Depois do desencarne veio alguém buscar você?
Não consigo ver.
Bom, vá se libertando da carga emocional, do entulho emocional.
(É importante fazer esse desligamento, para evitar somatizações, porque a
pessoa pode se ver presa ao corpo físico ainda, ele pode não ter sido feito da
maneira eficiente).
- Sobre a dor de cabeça e a maneira de se cuidar e vestir: Parece que eu me vi
criança, brincando e correndo. Parece que chegou um grupo de soldados e
começaram a matar as crianças que estavam brincando. Parece que o medo e o
susto que eu tomei....Parece que fui atingida por um desses soldados.
Tente se colocar naquele contexto.
Eu vi os olhos do meu irmão nele. Uma das meninas me é familiar. Foi muito
rápido.
Focalize a dor no peito e tente dissolver de uma vez por todas esse passado, ir
jogando tudo fora.
- Comentários:
- Ela viu verde limão. Isso é bom, porque é a cor da cura.
- Comando para voltar: no fim a pessoa pode se sentir um pouco longe. Mas
ela volta.
- Isso justifica que ela não se sinta à vontade, e o fato de ela ter ficado tão
nervosa quando falamos do pai.
- É importante enxergar quem é a pessoa, para que a tragamos aqui e ela seja
conscientizada, é uma oportunidade de ajudar a outra pessoa também, trabalha
os dois lados.
- Valdo Vieira: fala que todo terapeuta holístico deveria estudar o período
inter vidas. Muitos que desencarnam ficam anos e anos perdidos e isso nos
deixa uma lembrança muito forte. É fundamental lembrar isso. E se você
estiver visando uma encarnação pode não encontrar o problema, porque ele
pode advir de uma época não encarnada.
- Há razões para que algumas lembranças não ocorram: pessoa
congestionada/casca/bloqueio/obsessão. Normalmente um comando é o
suficiente, mas em alguns casos é preciso ficar batendo na casca até ela rachar.
Se for obsessão o obsessor precisa ser trabalhado. Se identificar uma força
diferente é preciso tratar o outro psiquismo.
69
- Dá para perceber quando ela está sendo obsedada, pois a energia muda. É
como se você estivesse conversando com ela e de repente alguém se mete na
conversa. E aí é preciso desdobrar e doutrinar essa pessoa. É uma regressão
indireta.
- Demora a sintonizar: pelo histórico dela.
- O trabalho é com qualidade, e não com quantidade. Hoje de manhã ela já
sintonizou com aquilo, e essa carga emocional pode ter equivalência a umas 3
ou 4 encarnações. Ela está percebendo uma encarnação só, mas pode querer
dizer mais. E indiretamente ela deve ter resolvido muitas outras encarnações.
- Uma pessoa que tem nível suicida vai ter dificuldade de entrar em regressão,
a apometria pode ajudar. Em outros casos, a pessoa desencarna e vai ser algoz
do assassino direto. E tudo isso está acontecendo aqui e agora em outra
dimensão.
- Questão da mente criar tudo aquilo: segundo o espiritismo a mente não pode
criar nada, ela é um reflexo do psiquismo, como se fosse uma folha que vai ser
passada no mimeógrafo com a matriz já pronta. Então o que pode acontecer é
um confronto de crenças, o que ela é agora e o que ela foi, levando coisas do
aqui e agora como uma maneira de ilustrar. A imagem não pode ser criada, há
um detalhamento impressionante, um contexto emocional, uma série de
sentimentos.
- O relaxamento não é necessário porque a regressão vem na marra, basta a
indução. No caso a Leila de manhã só não trouxe a imagem, mas ela já
sintonizou com o contexto. E o ponto foi a dor de cabeça, porque foi a
somatização. Mas é bem provável que essa carga emocional toda venha de
uma cadeia de encarnações, até a conscientização. Não podemos acreditar que
ela está trazendo só uma encarnação, é um contexto.
- Quando alguém sente sono é porque está desdobrado. É importante chamar
antes a atenção.
- A memória da pessoa é um campo bastante restrito. Há pessoas que regridem
sem perceber que estão regredindo. Tem casos que é algo muito forte a ser
visto, e a pessoa não consegue ver.
- Questão do perdoar: junto com o sintoma é preciso ver o que chega, analisar
todo o conteúdo.
- Cuidado com mistificação: a pessoa tem que tomar cuidado, porque um
espírito pode estar ditando coisas. Isso acontece muito com apometria. Não
necessariamente a pessoa fez, ela pode simplesmente ter um nível consciencial
fazendo. André Luiz fala em Sinal Verde: você poderá controlar todos os seus
pensamentos, mas estará subordinado a todas as suas palavras.
- É preciso concentrar bastante na pessoa, acaba sendo até desgastante.
70
2) Anelise
- Queixa: tenta ser equilibrada no trabalho, mas está com medo, se julga
muito, sentiu dor de cabeça, vomitou, relutou para vir hoje, tem vontade de
fugir (já mudou de estado duas vezes), fica achando que os outros são o
problema, mas sabe que não é.
Procure sintonizar com esse sentimento de complô, esse medo de julgamento
e de enfrentar algo, essa sensação de culpa, essa vontade de fugir.
(A energia está represada e tem que ser trabalhada cuidadosamente).
Parece que vejo meu pai. Estou parada. É como se fosse uma gravidez.
Como você se sente com ela? O que acontece a partir daí?
Como se estivesse alguém ali quentinho e quietinho. Eu tento esconder. Vejo
meu pai.
Traga a imagem dele.
Ele está bravo, não olha bem para mim, não sei se é da época.
Focaliza o pai do bebê.
É parecido com meu pai naquela vida.
O que foi feito, você levou a gravidez até o fim?
Avance mais.
O bebê nasce, eu não trato ele muito bem. Meu pai trata com mais atenção.
Você reconhece?
A criança é meu irmão. Eu engravidei do meu pai.
Você não sente que os abandonou novamente?
Eu quase não falo com eles. Se eu quero falar eu que tenho que ligar.
Tente observar lá quando ele era seu filho, analise toda a existência. Vamos
desdobrá-los até aqui, vibre perdão e procure se perdoar, isso é passado,
vocês podem reatar isso tudo.
Nessa vida eu tinha muito ciúme do meu irmão quando ele nasceu, eu tinha 9
anos. Quando minha mãe morreu, ele veio morar comigo, e eu nunca soube se
fui boa o bastante. Meu pai sempre foi mais do financeiro. Tinha uma relação
de respeito, mas depois que minha mãe morreu vieram brigas e ele se afastou.
Já casou 2 vezes.
- Comentários:
- Foi ela quem abandonou da outra vez.
- Ela sempre se sentiu distante das pessoas. Não quer se enraizar, criar
vínculos afetivos.
71
Domingo, 27 de julho de 2003.
- Como terapeuta é complicado ficar o tempo todo dizendo que “ah, isso
mexeu com as minhas coisas”. A ânsia de perguntar o tempo todo corta o rumo
do relato. É importante conter a ânsia e deixar a pessoa finalizar. Depois você
volta. Não existe coisa pior do que terapeuta que não fecha a boca.
- Evitar questionamentos conclusivos e evitar concluir logo.
- Houve casos ontem importantíssimos, que foram sequer abordados. É
importantíssimo perder o medo de perguntar, porque ele bloqueia o trabalho.
Isso pode acontecer em defasagens, como perante profissões que emprestam
status: psicólogo, médico, juiz, etc.
- Fator curiosidade: todo terapeuta tem uma curiosidade terrível. Exemplo da
terapeuta curiosa e desconfiada, tinha sensação que ele estava escondendo
algo. Às vezes o terapeuta pode agir de maneira tão indelicada que pode
acabar com a vida de alguém. Por exemplo: um rapaz muito bonito que tinha
feições de homossexual. Ele foi trabalhar com uma psicóloga temas sobre o
pai e etc e se deu alta. Aí a psicóloga virou e falou: mas temos que trabalhar
sua postura com o homossexualismo! Ele virou uma fera, porque era casado e
tudo. Sobre isso: Márcio aprendeu a não encarar como distúrbio
comportamental, a partir do momento que não afete a sociedade nem a si
mesmo. Ele é a favor de que a pessoa assuma.
- Desde que o mundo é mundo existe homossexualismo, mas foi escondido e
abafado. Há casais de homossexuais mais fiéis e castos do que os hetero. No
caso de bissexuais: há um conflito tenebroso para os casados e apaixonados
por um homem. (Nem sempre uma opção sexual é prostituição). Aos olhos
espirituais isso é violar sua natureza. Mas vai haver um reencarne maciço de
homossexuais, exatamente para questionar a hipocrisia da sociedade. O que
falar ao cliente: você vai sofrer preconceito, mas você não precisa ser
promíscuo só por isso. Liberdade não é libertinagem. As pessoas devem olhar
para a própria natureza, a pior coisa que tem é gente enrustida.
- Já atendeu um caso que era uma mulher em corpo de homem. Ruth era
lésbica, e tinha um quadro espiritual de prostituição. Era uma tentativa de
travar, pois ela já tinha se prostituído como homem e como mulher. E já tinha
sido hermafrodita. E atualmente toda vez que ela está nua sente que tem
órgãos sexuais do outro sexo. Conforme foi indo o tratamento ela foi vendo a
estrutura emocional dos personagens e eles foram sendo doutrinados. E foi
sendo feita a inversão de polaridade, que consiste em apagar os impulsos do
sexo oposto (a espuma da cerveja). Ter polaridade invertida dá tendência a
atrair pessoas do mesmo sexo naturalmente.
72
- É muito importante que a pessoa reviva os sentimentos e emoções do
personagem, como ele encara o mundo, porque isso é altamente subjetivo, a
pessoa poderia até viver em uma circunstância agradável mas não se sentir
bem nela.
- O grande ponto de desequilíbrio não é o nível de polaridade invertida, mas
algum nível rebelde. Ela foi somatizando tudo aquilo e entrou em depressão
profunda por causa da rebeldia por seis meses. Ela entrou em conflito, quem
era ela hoje. Inverter pode não resolver. O problema é a rebeldia, o orgulho,
teimar contra as leis básicas do universo.
- Apometria: às vezes o atendimento pode ser na marra. Mas a eficácia:
resolver coisas assintomáticas, como a auto obsessão/prevenção. Nossos
maiores problemas são silenciosos, não aparecem. E também é importante
lembrar que a espiritualidade não libera tudo, e que nem tudo pode ser
resolvido.
- Trabalho preventivo: é possível preparar a pessoa antes de reencarnar. Um
exemplo é a arte-cura, trabalho mediúnico com folhas e giz de cera onde são
descarregadas uma série de mazelas. É possível inclusive aceitar o próprio
sexo com esse tratamento, explicar para o espírito por que ele vai voltar em
determinado sexo e conscientiza-lo da importância.
- Em alguns casos o livre arbitrio não funciona, é necessária alguma
intervenção.
- Ruth: depois de um bom tempo acabou falando que ela e a irmã foram
abusadas pelo irmão mais velho por meses debaixo das vistas dos pais. Em
outras vidas ele foi cafetão das duas. Ela acabou não se prostituindo, apesar de
ter tido um bar. A situação foi um estopim detonador das emoções que
precisavam ser trabalhadas, foi um ponto de partida. Se ela não tivesse esse
irmão abusador ela não teria refreado a pulsão sexual, foi um instrumento que
fez ela entrar em contato com a espiritualização e fazer psicologia (que não
exerce). O produto final foi bom. Por isso não dá para descartar a
espiritualidade. Não foi uma tragédia, foi um instrumento, por mais estranho
que pareça. Se não fosse isso, quando ela crescesse fatalmente acabaria caindo
na gandaia, não refrearia a pulsão sexual, e se perderia de vez.
- Para pessoas que não aceitam vidas passadas: tem gente que fala que não
quer ver a vida passada, quer viver o aqui e agora. Ele fala para a pessoa não
deixar as próprias crenças para angariar sofrimento futuro. A pessoa tem
direito de não olhar para aquilo, mas às vezes precisa. Aquilo não é teimosia.,
é ignorância.
- Ter problemas não impede de atender. Confundimos a mensagem com o
mensageiro, o importante é a mensagem.
73
- Reiki e floral: nunca seja uma bruxa que esconde a vassoura atrás da porta,
use todo tipo de conhecimento que você tem! Um bom instrumento também é
o eneagrama, além da grafologia. Márcio usa técnicas de Reiki na regressão
para acessar as vidas passadas da pessoa. O Reiki é uma energia inteligente,
você apenas canaliza e direciona. Usando a ficha de indução a pessoa te dá a
ponta da meada, e com o Reiki você a ajuda no sentido de continuar a
sintonizar. A única diferença entre o trabalho de Reiki e o de TVP é que nesse
último há uma reprogramação consciente, a informação é trazida. E o processo
consciente é fundamental, porque isso proporciona a adoção de uma nova
postura e vida por parte do próprio paciente.
- Possibilidades de cursos de especialização que serão feitos futuramente:
grafologia, eneagrama, padrão/contrapadrão, elaboração da cooperativa de
terapeutas.
- Sobre o Reiki: teve uma época em que houve uma espécie de deturpação da
filosofia Reiki. Ele foi idealizado como uma prática de iniciação espiritual,
mas não religioso. A iniciação a princípio tinha apenas duas fases. E quando
ele foi expandido ele foi segmentado e houve uma capitalização e a questão
da cobrança. A cura total do corpo físico e apenas uma parte do processo, na
verdade a alma tem que ser curada, e não o corpo. Márcio não cobra para
aplicar o Reiki, mas a não ser em emergências acha importante manter uma
estrutura de clínica. E a partir do momento que ela exista, é necessário cobrar.
Na verdade a questão de cobrar ou não funciona conforme a consciência.
- É normal que a pessoa se sinta mal depois da TVP, e muitas culpam o
terapeuta por má condução. Mas na verdade é uma reação natural, ela está
colocando toda aquela energia para fora.
- Um ponto muito interessante sobre as regressões é que ambas foram sobre o
mesmo tema: o pai e a violência sexual.
- Um terapeuta não precisa estar 100% resolvido para atender, mesmo porque
em todo tratamento ele também está sendo tratado. Em geral quem entra no
campo das terapias alternativas está buscando respostas. E quando a pessoa
faz um relato e ele mexe com você é uma oportunidade ímpar de investigar
quais diabretes seus estão sendo atingidos, e trata-los.
- Grande diferença: ponto de interrogação e ponto de exclamação. Se você já
dá a resposta você fecha a questão. E o gaúcho tem a peculiaridade de ser
incisivo, grosseiro às vezes, até por causa da origem espanhola e italiana. Isso
tudo deve ser dosado, deve-se medir a intensidade das perguntas.
- Outro problema: quando a pessoa está afirmando algo forte na verdade ela
quer ser contrariada. Quando a namorada fala que está gordinha ela quer ouvir
que está linda. Além disso, a maneira de colocar a pergunta pode fazer com
que se perca um encontro.
74
- A pergunta não pode ser incisiva, porque a pessoa está dando a vida dela de
bandeja, e você tem que saber lidar com aquilo, tem que merecer a confiança,
com respeito.
- Questão discutida: a importância do terapeuta não estabelecer conversas
paralelas nos trabalhos em grupo, porque isso pode inibir o relato, mesmo que
a conversa não tenha nenhuma relação com o que está sendo relatado. É como
se a pessoa entrasse com uma roupa esquisita em um restaurante e alguém
desse uma gargalhada. Mesmo que não tenha nada a ver com ela, não é o que
vai parecer internamente.
- Quando você está questionando alguém e faz uma afirmação, isso pode até
ofender a pessoa. Uma pergunta mal colocada pode fazer com que você perca
o paciente, e o principal, perca a oportunidade de ajuda-lo.
- Efeito sinestésico: associar um sentido físico a outro: ouvir uma música e
lembrar de um fato, comer algo e sentir cheiro de outra.
- Reconhecimento: a impressão é o que conta, não precisa estar ligada à
imagem. Pela energia você reconhece, pela reação emocional.
75
CURSO DE TERAPIA DE VIDAS PASSADAS
Márcio Godinho
Aula 5
76
- E na hora da regressão vai ter a pessoa que vai chorar, por pra fora, entrar em
contato com a emoção, e precisa chorar muito para botar para fora, é um
trabalho de catarse. Mas nem sempre a catarse se dá pela lágrima. Tem gente
que chega a bater na pessoa em questão na regressão depois que volta. Não é
muito saudável, mas está colocando para fora. A mulher é quem está
buscando, e ela se abre mais. Os homens estão ficando para trás nisso.
- Não é preciso se preocupar com a pessoa que não tem reação nenhuma, nem
com aquela que tem uma experiência mais suave, mais mental, porque será
escoado do mesmo jeito.
- Toda vez que nos deparamos com uma situação trágica temos uma reação, e
ela é muito individual. O mesmo acontece na regressão, cada um vai sinalizar
de um jeito.
- O nosso objetivo é a conscientização. E quando o problema é constatado
automaticamente a pessoa vai se adaptar àquela nova realidade. A pessoa vê
que o sintoma existe por causa de um comportamento, e ela vai buscar
automaticamente se livrar daquele comportamento: orgulho, arrogância, etc.
- Estamos trabalhando a questão do padrão e do contrapadrão do
comportamento. O que vemos pode ser o oposto daquilo que está sendo
guardado nas profundezas da pessoa. É o que acontece no eneagrama: o tipo
básico, a armadilha e a saída. E isso também acontece na astrologia.
- Pessoa que acha que sabe tudo: pode ser uma enciclopédia ambulante, mas
se ela não consegue por nada em prática não adianta nada. Ser intelectual é
fácil. Uma coisa é conhecimento, outra é sabedoria.
- Existem pessoas apegadas: ao lado material, às emoções, ao intelectualismo,
quem se acha o filósofo. E a identificação dela está ligada ao próprio ego, ela
está alienada, criou um universo para si (Uma mente brilhante).
- A humildade é uma característica que poucos conseguiram alcançar. Márcio
é crítico e orgulhoso. Por exemplo, quando ouve falar de Platão: a República
que ele idealizou é escravocrata, latifundiária e etc, ele não gostaria de passar
nem perto dela. E o filósofo é aquele que não chega em lugar nenhum, não
tem respostas. E se perde, acaba se desequilibrando.
- Obviamente cada tipo de pessoa tem que ser tratada de um jeito. Por
exemplo, uma autoridade vai ser levada a pensar se vale a pena continuar
nutrindo aquele tipo de comportamento. Márcio não usa o intelecto para
agredir as pessoas, mas se defende quando necessário. Busca fazer as pessoas
olharem qual o resultado prático do que ela está fazendo, se está priorizando
as coisas da maneira certa. Gosta de conversar com pessoas inteligentes que
tenham alguma coisa a passar. E como terapeuta você aprende a perceber que
a sua visão não é a mais correta do mundo, e aprende a pensar em todas as
possibilidades possíveis.
77
- A harmonia do Universo é tão forte que consegue conviver com o negativo e
positivo. Você pode conviver com qualquer tipo de pessoa, a não ser que se
deixe influenciar. Você precisa respeitar sua natureza, potencial e limitações, e
assim desenvolve muita tolerância.
Apresentações
1)Sandra
- Primeiro dia: irritada, não tolerava ouvir o que as pessoas falavam. Final da
tarde foi mais tranqüilo. Não conseguiu ir ao Cantinho, ficou frustrada porque
não gosta quando marca algo e não vai. E na segunda não se sente muito útil
lá.
- Na terça acordou indisposta, sem vontade de trabalhar. Soube que a irmã
passou no vestibular, ficou muito feliz. No final da tarde ficou muito chateada
porque aconteceu um erro no trabalho e tentaram jogar a culpa para ela. Tenta
sempre ser perfeita no trabalho.
- Quarta: o dia passou rápido, gosta quando tem bastante coisa para fazer.
Sentiu dor de cabeça, mas passou.
- Quinta: resolveu todas as pendências, leu textos na Internet com outra visão,
mais aprofundada.
- Sexta: Questionou-se se está seguindo o rumo certo na vida, pensou se estava
fazendo o suficiente.
(Alzira) Você ficou irritada sem motivo aparente. Quando?
Fui trabalhar irritada, sem motivo, já foi assim.
Mas você sabia de onde vinha, o que buscou fazer?
Isolar-me, busquei pensar em toda a minha vida.
(Márcio) Quando você coloca um questionamento e ela olha para o lado ela
está buscando uma justificativa. Isso quer dizer que você acertou na veia.
Mas o que irritava era o trabalho, não?
O trabalho me atrapalha para me dedicar ao curso. Eu gostaria de trabalhar só
com TVP, mas preciso do meu salário, da garantia.
(Alzira) Não é com relação às posturas? O questionamento da família?
Você podia estar estudando e perde seu tempo no trabalho?
Se eu não o tivesse poderia estar me dedicando
(Márcio) Está delatando um opressor que a cobra o tempo todo. Ela gosta de
trabalhar o dia todo porque esquece que tem alguém a oprimindo. Será que
você já o descobriu?
Sim.
78
(Marga) Pode ser autopressão?
Pode sim, mas no caso é cobrança, alguém disse “isso não vai levar a lugar
nenhum”.
(Alzira) Não estão a vendo como ser independente.
(Márcio) Essa libertação significa que alguém vai ter que se virar, parar de ser
servido. E como ninguém quer perder nada... Mas será que vale a pena abrir
mão dos seus objetivos por um capricho? E você está se oprimindo pelo seu
perfeccionismo. Medo do que vão pensar a seu respeito, a incapacidade de
conviver com críticas.
Qual a sensação que você sentiu agora?
Alívio, como se eu colocasse para fora. Antes estava ansiosa.
(Alzira) Se não está se sentindo útil por que se programou? E parou para
pensar na importância da tarefa que cumpre? Na falta que faz?
Eu me sinto perdida, mas é como se eu tivesse que insistir para ir, para mostrar
para outras pessoas que eu posso.
(Maria José) Notei que você está se dando um espaço especial. E é claro que
a irritabilidade vem, senão a gente não lutaria. É o romper da energia.
(Márcio) O momento de contradição é o mais importante. Você tem medo de
dizer não?
Dificuldade. Eu rodeio, não chego e digo.
(Mari) O se sentir inútil não é em relação ao que você não fez?
Tenho a resposta, só não tenho coragem. Eu me sinto útil trabalhando para as
crianças.
(Nega) Não seria a busca da acolhida, da estima?
Não.
(Márcio) Quando a pessoa chega na veia a tendência é fazer rodeios. Entre
tomar uma decisão e tomar uma atitude, postura, existe uma longa distância. A
pessoa pode decidir mudar, mas ela vai acontecendo paulatinamente. O
trabalho do terapeuta é agilizar o processo. O medo do não é medo de ficar
sozinha, de decepcionar as pessoas. Mas com a sua postura você vai ficar
sozinha, porque ninguém vai gostar.
A mudança que você vem passando é sinal que você pegou o fio da meada.
Temos que localizar os medos para que você não fique paralisada.
(Alzira) É positivo porque ela já sabe o que tem que mudar.
É como se eu fosse bloqueada.
(Márcio) É essa a parte em que o terapeuta pensa “E agora”. Precisa de
encorajamento para tomar as atitudes. Existem dois grupos de pessoas: as que
sabem o que está errado e as que não sabem.
79
(Mari) Você é perfeccionista. O que você deixou de fazer foi para não criar
um ambiente de contrariedade? O perfeccionista não gosta de dar satisfação
para ninguém.
- É como brincar de “Cara Maluca”, achar quem é a pessoa de verdade.
- Ponto a ser trabalhado: dificuldade em dizer não, impor limites. Isso faz com
que as pessoas se aproveitem de você. E largar mão de ver a Alzira como
chefe. É preciso também trabalhar o opressor. Ver até que ponto está no outro
ou em si projetado no outro. Você está no momento do encorajamento. Está no
meio do precipício, ou vai ou volta.
- É muito mais fácil deixar com que os outros tomem decisões por nós, porque
você não assume a sua responsabilidade nem tem que decidir nada.
- (Helenize) No caso de Sandra: chegou a hora dela. Ela casou, teve filhos,
viveu para isso. Agora os filhos estão crescidos. Agora ela não é mais
predominantemente mãe.
- O terapeuta tem que encontrar o que ela tem de bom e investir nisso,
desenvolver um outro lado que ficou lá escondido durante todos esses anos.
(Simone) Você sacrifica o que gosta para satisfazer o outro?
É uma dupla frustração no trabalho: não faço o que quero e o que faço ocupa
todo o meu tempo, e me tira do que eu gostaria de fazer, incluindo o Cantinho.
- Quando você diz não corre o risco da pessoa se afastar. Porque aí você vê se
realmente existe uma relação sadia. Quando você diz não vê se a pessoa gosta
mesmo. Ela não se mostra em nada, cria um comportamento de fachada legal,
acessível, porque não quer mostrar o seu lado obscuro.
- A pessoa que nunca diz não acaba não tendo o seu espaço.
- Não temos bola de cristal. Se nós pedimos para uma pessoa para ela fazer
algo e ela faz sem gostar o problema é dela, que está se violentando. A idéia é
sempre falar, deixar claro ao se sentir alfinetado.
- Mas também temos que saber onde, como e quando temos que nos submeter,
pois se for perante um superior a coisa pode complicar bastante. É o caso de
Márcio, quando trabalhava subordinado e dedurou o irmão de seu chefe.
Márcio veio para esse caminho por não ter saída, porque a dor ensina a gemer.
Confessa ser dedo-duro, para que a pessoa saiba. Quando sabe que alguém
está falando mal de um amigo dedura na hora. Só que ele usou toda essa
insubordinação para ser um bom terapeuta, que vai direto ao ponto.
- Na família é bem mais complicado. Um exemplo é a mãe de Márcio, que
fica fazendo manha. A libertação deveria vir da mãe, mas veio dele. É uma
libertação necessária, e que precisamos respeitar nos nossos filhos. Em geral
os pais são os mais apegados.
80
- Observação do colega de Sandra: pessoa calma, sempre disposta, de bem
com a vida, nunca fala dos outros. Foi escolhido porque estava com ele em
convívio direto. Sandra disse que se ela tivesse um pouco da paciência dele
seria muito feliz.
(Márcio) Você se considera mandona? Esse alívio é no sentido de contar com
alguém para dividir tarefas?
Sim, porque agora ele pode me ajudar.
(Márcio) Ele é parecido com você, por ser prestativo.
Não acho.
2)Eleanir
- Tem por hábito se questionar e analisar. É perfeccionista e ansiosa. Tudo que
faz tem que ser perfeito. Apesar de parecer tranqüila tem sempre um monte de
coisas para fazer. Tem um jeito delicado e gentil de pressionar. No trabalho
pressiona o chefe para ele tomar decisões. Ele acaba decidindo, mas fica
incomodado com a pressão.
- Tem que definir, agir, fazer acontecer. Para seus filhos fala tudo que eles têm
que fazer. Tem que ter tudo perfeito, chega a se agredir com isso. É
imediatista. Na aula de costura notou que não consegue fazer uma coisa de
cada vez.
- Observação do colega: é o oposto. Demora a decidir, é cauteloso, devagar. E
a incomoda por isso. E aí vem a pressão. E quando ele se sente pressionado é
explosivo, ao contrário dela. Essa semana notou que as coisas não fluem como
deveriam, que é enrolado. E ela ficou pensando no assunto.
(Márcio) Qual a sensação dessa demora? Tédio?
Dá vontade de sacudir, tem que fazer acontecer.
(Alzira) Tu nunca fizeste apometria?
Fiz, mas nada de mais.
- A questão é o que se sente. Dentro de um trabalho de terapia a pessoa diz
“não, não, não tenho isso”. Na verdade ela tem, mas controla. Tem um
vulcãozinho que entra em erupção mas é apaziguado.
(Márcio) Então na verdade você fica irritada com a lentidão alheia?
Fico pensando que eu tenho que ser diferente, e não os outros. Eu deveria ir
mais devagar. É engraçado, as pessoas me vêem calma. Será que eu não me
domino demais para não ser agressiva?
(Márcio) O que poderia/deveria ser trabalhado?
Fazer uma coisa de cada vez..
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- A gente tem que se preocupar em não se projetar no outro. É importante
buscar o que pode ser mudado na pessoa e o que não pode. Existem pessoas
que fazem um relato sucinto, outras que fazem um relato longuíssimo. Quem
vê a Eleanir não diz que ela é apressada.
(Márcio) No seu trabalho acontece de você fazer várias coisas ao mesmo
tempo? E você erra?
Sim, mas não erro.
(Alzira) Eu vejo mais um caso apométrico, um canal búdico sem conta gotas.
- O que impulsiona ela é essa avidez para fazer as coisas. É uma característica
da personalidade dela. Dá para educar para que ele harmonize o campo mental
dela, para começar a dosar essa carga de informações. A pessoa que é um
pouco intransigente com os outros é tremendamente intransigente consigo. Ela
sofre de hipermnésia.
- A conseqüência disso é a compulsividade, que vai para o lado da fala. E todo
mundo tem hora para ser compulsivo. (quem come é à noite, quem gasta é
quando está sem dinheiro). No caso dela mostra uma angústia interior que não
transparece. O trabalho foi apresentado de forma sucinta. Para trabalhar
restaria a necessidade de se livrar de incumbências. Ela está em vários lugares
ao mesmo tempo, dissociada e perdendo energia.
(Eleanir) Isso reflete nos meus filhos porque eles precisam fazer as coisas
quando eu quero que eles façam, para que eles fiquem livres. Sei que está
errado, mas fico sem controle.
- Sentir a coisa é natural. Transferir para os outros o que você quer é o mais
complicado, como se as pessoas tivessem que satisfazer um anseio seu. Com
os filhos: eles são apenas crianças. Muitos pais transferem suas neuroses para
seus filhos.
- No caso dela seria bom a apometria, mas não só. Como terapeuta holístico é
preciso ver todas as possibilidades. Alguns grupos de apometria resolvem a
coisa muito rapidamente e não buscam mais, não fazem um tratamento, não
investigam. Fora a questão de ser necessário o comprometimento, e não o
julgamento.
- Há uma cobrança muito forte, pode ser que ela tenha deixado alguma coisa
inacabada em situação de morte.
- Não temos que ficar cismados com o que a pessoa não falou, porque vai
entrar naturalmente no assunto da terapia. Nós detectamos os pontos de
partida, o que vai vir depois não sabemos.
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Regressão prática feita por nós
- Não vai ser como se a pessoa tivesse vindo pela primeira vez. Duração de 30
a 40 minutos, e sem se preocupar se a pessoa vai regredir ou não.
- A pessoa pode dizer o que quer trabalhar. E aí vale usar a ficha de indução, e
anotar as frases para depois fazer a pessoa se sintonizar com aquilo tudo.
- Deve-se convidar a pessoa a relaxar, desligar do mundo externo, colocar a
atenção nesse ponto que ela quer trabalhar. Vai dando um tempo para ela.
Procure deixar com que seu inconsciente traga até você a origem desse
problema, o que aconteceu com você lá no passado que provoca hoje essas
dificuldades.
- Ao colocarmos nossa atenção no paciente, os convites e comandos são de
ordem mental, você tem que mentalizar bem forte, com veemência.
- “Procure não se cobrar, deixe que as coisas venham”. Não ache nada, repita,
traga à tona.
- Caso não ocorra: “A partir desse momento convido você a retornar para o
aqui e agora, ir dissolvendo esses pensamentos e conteúdos”.
- Podem ser incluídas coisas da bagagem de cada um, a idéia é cada um
moldar seu próprio estilo. Não é preciso seguir à risca, só é preciso observar
momentos importantes: concepção, causa raiz. Não se deve aprender a repetir
que nem papagaio, porque TVP é improviso o tempo todo. O resto é papo
acadêmico.
- Para começar, Márcio convida a pessoa a entrar naquele mundo impalpável,
pouco concreto, um mundo de sensações e emoções muito subjetivo.
- Nem que o terapeuta queira, não tem como a pessoa ficar presa e não voltar.
O magnetismo do corpo físico é muito forte.
- Sobre a regressão: depende do objetivo, da base, da conscientização, da pré-
disposição verdadeira.
- O objetivo não é curar só a própria pessoa, mas sim aqueles que estão em
volta dela. O mais justo é libertar vítima e algoz, pois ambos estão ligados
vibracionalmente.
- Por exemplo: uma pessoa que hoje tem medo de lidar com Reiki e etc porque
foi condenada e tem medo de ser de novo. Vendo a si mesmo morrendo
queimada e vendo quem a condenou, procurando lembrar quem mandou a
pessoa para a fogueira, capturando a impressão que ela passa, o sentimento
pode ser desanuviado.
- Nem que o terapeuta queira, não tem como a pessoa ficar presa e não voltar.
O magnetismo do corpo físico é muito forte.
- Sobre a regressão: depende do objetivo, da base, da conscientização, da pré-
disposição verdadeira.
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- O objetivo não é curar só a própria pessoa, mas sim aqueles que estão em
volta dela. O mais justo é libertar vítima e algoz, pois ambos estão ligados
vibracionalmente.
- Por exemplo: uma pessoa que hoje tem medo de lidar com Reiki e etc porque
foi condenada e tem medo de ser de novo. Vendo a si mesmo morrendo
queimada e vendo quem a condenou, procurando lembrar quem mandou a
pessoa para a fogueira, capturando a impressão que ela passa, o sentimento
pode ser desanuviado.
- Cada psiquismo é um núcleo de energia poderosíssimo. A partir do momento
que dois se ligam há força. E quando você lembra sente uma angústia, e a
pessoa faz uma regressão indireta, e por isso é importante trazer.
- Pode ser um nível de consciência, um espírito ou a própria pessoa, é
necessário conversar e ver de onde veio.
- Responsabilidade cármica: se você mandar alguém para o inferno vai ter que
ir lá buscar a pessoa. Quando estamos ligados a alguém vamos sofrer tudo que
ele sofrer.
- No momento em que há a oportunidade de confronto com esse algoz pode
acontecer dele não reconhecer o erro. E aí vem a grande importância de vibrar
o sentimento de perdão. E quando acontece o desligamento cada um segue seu
caminho.
- Obsessor: utiliza-se de brechas cármicas da pessoa por invigilância. A pessoa
tem o dever de fechar as portas e janelas, mas ter amor e coração aberto. O
espírito pode ficar por ali por um bom tempo. Se você chegou ao topo tem o
dever de dar a mão para os outros subirem. Na maior parte das vezes o
obsessor está ali para o aprendizado, e vai ser educado pelo exemplo.
- Em TVP tudo é imprevisível. Mas o importante é nunca desistir de entender.
Não dá para fazer uma apostila prevendo tudo.
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Roteiro base
- Assim que você tiver alguma informação terá liberdade para descrevê-
la.
- Nesse momento você vai colocar o seu pensamento naquilo que você
me descreveu. Procure entender como é se sentir assim, procure lembrar as
sensações. Deixe seu inconsciente trazer até você a origem de tudo isso, como
tudo começou.
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1) Camila/Sandra
- Queixas: quase estar desistindo do curso, cobranças, se fechar bastante,
gostar de ficar sozinha, dor de cabeça como conseqüência, trocar de assunto
para não dar resposta, não complicar, não acabar em desentendimento.
- Indução com roteiro básico
Estou na relva.
Procure se localizar, onde você está, olhe a sua volta, as pessoas
Tem gente lá
Como você está se sentindo lá?
Trabalho com medicamentos
Esse remédio faz mal para alguém? Você sabia que ia fazer?
Mandaram.
E o que aconteceu com você?
Eu fui enforcada.
Deixe todo esse conteúdo emocional vir à tona
Consegue ver quem te denunciou? Você reconhece essa pessoa?
Sim.
Vamos convidar então essa pessoa a vir a essa sala, mentalize como se ela
estivesse entrando por essa porta, mostre para ela o quanto isso te faz mal,
procure resolver esse sentimento.
Vá dissolvendo todo esse conteúdo emocional, vá voltando...
- Terapeuta é tudo sádico, não pode ver uma lágrima que já faz cara de
felicidade.
- A pessoa estava aqui, a lembrança estava truncada. E ficou bem claro pela
dificuldade de concentrar. O terapeuta pode impedir que a pessoa atrapalhe.
- Fez medicamento, pessoa roubou e a culpou, ela foi culpabilizada e
enforcada. Era o marido atual dela.
- Fui bem, mas preciso ir com mais calma, falar mais pausadamente e não
impor perguntas. Arrematar mais devagar, para deixar o conteúdo emocional
ser mais trabalhado, e abrir possibilidades. Ver se a pessoa está sentindo
alguma coisa desagradável, para ver se tem algo mais a ser buscado.
- Experiência com o futuro: é antiético, perigoso, pode gerar muita ansiedade,
ainda está parcialmente escrito, não pode ser determinado exatamente.
- Fazer uma regressão com a pessoa e mostrar para ela a proposta
encarnatória: não vai ser trazido tudo, mas vai dar uma sensação de
confirmação. Aí tudo bem.
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2) Mari/Eleanir
- Queixa: tudo que foi abordado na auto-avaliação.
- Relato: Sou criança, tenho uns sete ou oito anos. Não consigo sair dali.
Tenta perceber o que acontece, por que isso é necessário.
Quando percebo o trem está em cima de mim.
As outras estão indiferentes ao que acontecia, como se fosse algo normal.
Uma das crianças é próxima.
Eu estava brincando e sentia que precisava correr.
- Comentários: Alta relação com a pressa atual dela em fazer as coisas.
- Estamos acostumados com resultados. Mesmo que não apareça de forma
consciente a informação ela pode ter entrado em regressão mesmo assim. E a
carga emocional que ela sentiu foi muito forte, mesmo não trazendo.
- A formulação da pergunta é muito importante, e a maneira de questionar
também.
- Mari: falar mais alto, tentar entrar no contexto da história, procurar localizar
todo e qualquer entulho emocional e buscar fazer a pessoa se libertar.
- Toda vez que a pessoa não lembrar de algo, deixe-a sintonizada lá por pelo
menos uns cinco minutos, para depois seguir.
3) Anelise/Joice
- Queixa: insegurança, não consegue falar na frente de outras pessoas, começa
a dar pânico, vontade de sumir. Gera ansiedade, medo, sensação de culpa
porque não pode mentir.
- Relato: não vejo nada, uma espécie de parede branca, um paredão. Ela me dá
a sensação de pânico, medo. É uma sensação de sufocação, de estar fechada.
Estou sozinha, é gelado. Fico por muito tempo, como que por comodismo. Se
eu virar para trás vejo uma multidão. Elas me olham, esperam uma informação
que eu posso e devo dar. Eu acho que não dei, porque fui omissa. Causei a
expectativa das pessoas, que dependiam de mim para ter um rumo, uma
direção.
- Comentários: (Joice) Senti culpa. Não localizo ninguém de especial, são
muitos rostos. Muitas pessoas conhecidas de hoje. Uma delas está perto, e não
confia em mim, pelo que fiz. Ela esperava que eu desse a direção, uma
orientação. E eu podia ter ajudado com as informações que eu tinha. O branco
era algo como não quero ver, uma imobilização.
- Conselhos para Anelise: ajude a pessoa a se localizar, fez bem em insistir no
autoperdão. Poderia ter orientado a ver além da parede.
- Links: ela viu o marido da chefe. Hoje podem não acreditar nela, por causa
da desconfiança que ela causou por ter sido omissa.
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4)Leila/Janquiel
- Queixa: insubordinação, fica nervoso, ansioso, irrequieto, impaciente,
cansaço, se sente melhor sozinho, se isolando, se sente bem incomodado, fica
agressivo mesmo com os chefes.
- Relato: tá tudo escuro, parece que tem uma luz que vem vindo. É escuro ao
meu redor.
Está encarnado ou desencarnado?
Não sei se estou encarnado ou não.
Parece que alguém me atropela, é um carro, mas ela tá lá dentro.
Você está fora do corpo?
Eu estou mais alto.
Você a reconhece?
Conheço essa pessoa.
O que você está sentindo?
Parece que ela tá com cara de má, ela fez por querer.
E como você se sente diante dessa atitude dela?
Só me enxergo bem mais alto, olhando para baixo.
Procure com seus olhos espirituais se concentrar naquela cena e ver bem essa
pessoa, ver porque ela fez isso. Vá vasculhando, com calma. Você conhece
essa pessoa hoje, é alguém do seu círculo?
Ela passou por cima de mim. Ela é a minha chefe.
Vamos procurar entender o que você sentiu por ela, por que isso continua hoje.
Eu quero mata-la, quero pegar pelo pescoço.
Nessa lembrança ela era o que?
Não consigo ver o que ela era, só vejo a cena da morte. Depois eu fico alto,
fico flutuando.
Vê se consegue avançar um pouquinho no desligamento.
Não me enxergo, só sei que estou. É uma sensação boa ficar assim sozinho,
nada me incomoda.
Tem alguma coisa nessa lembrança de ficar sozinho e isolado? Está subindo?
Era gostoso. Mas eu quero mata-la.
Procure escoar todo o entulho emocional que possa ter sido trazido, procura
vibrar o sentimento de perdão.
- Comentários: (Márcio) Cuidar se após desencarne a pessoa não se torna um
obsessor. Um alimentou o ódio do outro. Esse nível de consciência pode ainda
hoje estar obsedando a moça.
- As perguntas podem ser feitas pausadamente, dando tempo para que o
paciente reflita sobre o que lhe foi perguntado.
- Numa lembrança, provocada pela regressão, os fatos não surgem como numa
rememoração comum, eles demoram mais.
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- A Leila usou: olhos, mãos do pensamento. Vale a pena utilizar tudo isso.
- Ela tentou trazer o motivo, mas não veio. O trabalho não está errado, mas
não chegou lá, é preciso continuar.
- (Janquiel) Fui viajar com ela e ela me aporrinhou a viagem toda, já um dia
antes. Mandou-me ir cedo encontra-la e me deixou esperando. Na lembrança
vi um corcel amarelo, uma luz azul claro, minha namorada atual estava
olhando de longe.
- (Márcio) Ela está te provocando por:
a) você estar se provocando através dela;
b) você ainda está obsedando ela;
c) vocês tiveram algo amoroso mal resolvido.
- Há um reservatório de mágoa muito forte. Precisa ser trabalhado. Ela está
cutucando coisas que estão nele, os pontos fracos. Quando uma pessoa te
incomoda ela está te acessando, e se isso acontece é porque há uma ligação
íntima. Uma traição das maiores. Ele desencarnou com o quadro mental ligado
nela.
- A idéia é reeducar o personagem com aquela mesma energia. O nome disso é
transmutação.
- As reações que tivemos estão dentro de nós. Enquanto não houver a
compreensão, haverá culpa e remorso. Por isso é muito importante o
autoperdão e sair daquele ciclo de repetições.
- É preciso ver em quais pontos aquele personagem errou e falhou. Quando a
gente se aceita os outros continuam a ser o que são, mas são forçados a
mudarem porque não vão conseguir mais nos atingir, sabem que algo mudou.
- A pessoa encarnada é uma média ponderada de todos os personagens, é a
soma de todos eles. Quando desencarnados temos maior percepção de tudo.
Por isso é mais difícil trabalhar o encarnado.
- Trabalhos de observação
I.
3) Mari
- Preguiçosa, ladainha da mãe, perdeu a paciência, discussão, tudo que a mãe
fazia incomodava.
- Terça feira: não podia olhar para a mãe, tudo que ela fazia a Mari passava
adiante para o filho.
- Quarta: notou o quanto é igual à mãe no processo de ladainha (o conteúdo é
diferente). Tudo que o outro faz é errado, a coisa fica pegando fogo.
- Quinta: notou que é igual à mãe, que bate de frente.
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- Não gosta que apontem o que ela tem que fazer. E quando a mãe aponta não
faz o que ela disse, só de birra.
- Observação sobre a mãe: é igual a ela, querendo ou não. Ela não aceita
opinião.
- (Maria José) Você não é igual a ela, existem pontos a serem corrigidos.
Ela é direta. Eu não sou tão direta, mas cobro. Eu não gosto, mas faço igual a
ela.
- (Maria José) Quando te conheci vi seu lado fraterno, caridoso.
Essa é a Mari fora.
- (Sandra) Que tipo de sentimento você tem quando cobra?
Raiva, vontade de pegar pela orelha. Por um olhar meu filho sabe o que eu
quero. Eu sempre fui de fazer mil coisas e dominar tudo. Eu imponho pelo
olhar.
- (Marga) Diante dessas percepções das várias personalidades que temos, o
que você pretende fazer?
Eu não pretendo, eu já comecei. Eu já comecei a desvincular. Meu atrito é
porque eu parei de cobrar meu filho, e com a mãe eu só escuto, não tenho a
raiva de revidar.
- (Márcio) Com sua mãe é como uma disputa de autoridade?
É, tento provar que quem manda sou eu. Aí tem horas que eu relaxo e ela toma
conta. É uma disputa pelo domínio da casa, pela atenção, é como uma
simbiose.
- (Sandra) Talvez você não esteja querendo mostrar que é você quem manda?
Pode ser. Não conscientemente, mas talvez sim.
- (Marga) E no trabalho?
Já estou mais desvinculada, mas eu queria mandar, eu fazia as coisas
funcionarem, usava manipulação indireta.
- (Márcio) Você acha que essas manipulações atrapalham as relações?
Só a mim.
- (Anelise) Incomodava aos outros?
Era 8 ou 80, me amava ou me odiava.
- (Leila) Não é uma liderança?
Sim.
- (Simone) Todo líder é criticado.
Sim.
- (Márcio) Quando você tem uma casa existem regras, em geral estabelecidas
pelo mantenedor. Quem é?
Eu. Fazemos uma reunião.
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- (Camila) Isso não é uma contradição? Você diz que está calma mas continua
brigando....
Eu estou mudando. Aquilo foi na observação. Hoje eu ouço e deixo para lá,
sento na grama, desencano.
- (Leila) Você é só com o olhar?
Sim.
- (Leila) Então não é igual.
Ah, ela é minha mãe.
- (Márcio) Quando você nota que é igual a ela?
Quando cobro o Matheus. É tortura psicológica, até que ele faça o que eu
quero.
- (Alzira) Você não acha importante?
Eu uso a ladainha para não precisar olhar. O olhar é a última gota.
- (Marga) Mas educar é preciso, o jeito educativo é a diferença.
No começo eu errava demais. Eu abria mão de tudo por ele, eu me despojava
de tudo, dividia tudo com ele como se ele fosse um amigo, e não uma criança.
Hoje eu imponho limites até onde ele pode ir.
- (Janquiel) Até metade da vida você jogou tudo fora, agora parou?
É.
- (Márcio) É natural que você encontre grandes erros na educação. Mas seu
filho está confuso, porque você determina uma coisa e sua mãe outra. E como
fica a cabeça dele? Pelo que eu percebo a avó tem mais peso do que a mãe,
porque tem mais experiência. Ele é filho, mas você é filha.
Sou consciente, mas não consigo mudar.
- (Alzira) Se coloque no lugar do Matheus. Você o criou sem limites, e hoje
quer colocar.
Ele nunca foi criado sem limites. A única coisa que não tinha limites era os
assuntos que eu discutia com ele.
- (Alzira) Mas isso é ordem. Estou falando da parte de distinguir. Criança não
sabe.
Faz um ano que estou tentando. Eu sempre digo que foi um erro meu, pela
minha ânsia. Meu sonho sempre foi ter um filho, nós éramos um só. Eu errei,
sei disso, e estou buscando mudar. Mas sei que fica confuso.
- (Márcio) Embora a Alzira tenha sido incisiva...
- (Alzira) Criança não tem culpa. Eu não tenho dó da criança.
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uma sagitariana dominadora. Muitas vezes eu me via em dificuldade, porque
ele corria para a casa da avó. E gritava pela avó. E eu tive que impor limites e
cortar, de forma bem incisiva. As regras não podem ser faladas, elas têm que
ser seguidas. Ele tem regras, tem tarefas a cumprir, como lavar louça, limpar
tênis, fazer o tema, etc.
- (Alzira para Márcio) E você acha certo seu filho usar o computador quando
você precisa trabalhar?
Muitas vezes você primeiro se submete e depois pensa. A questão do exemplo
é fundamental, palavras não adiantam. Eu comecei a ver os defeitos dos meus
filhos e vi que eram meus, como a preguiça.
- Os hábitos familiares devem ser reformados. “Faça o que eu digo mas não
faça o que eu faço” não funciona, se quiser educar tem que começar por você.
- Questão cultural: de nada adianta fazer aconselhamento para o resto do
mundo que não quer ouvir. Pretendemos colocar a nossa cultura, porque
achamos que ela é a certa.
- Para começar, você tem que olhar para os defeitos do seu filho e admiti-los,
pois muitos pais não aceitam. Os filhos têm limitações e defeitos. Eu sei que
transmito defeitos para meus filhos. Alguém precisa quebrar essa corrente, e
isso sem dúvida é doloroso. É bom ter uma certa mordomia, mas até que ponto
vai ser educativo? Se um determina as regras, todos têm que seguir, inclusive
quem determinou.
- Se eu fosse ouvir tudo que minha mãe falava, minha vida estaria lascada. Ela
mandava eu sair dos lugares, e dizia que eu nunca terminava o que fazia. E eu
respondi que era mal educado por culpa dela.
- O que busco fazer é ser justo. Quando meu filho recebe uma bronca, se está
certa eu concordo. Muitas vezes temos medo de passar pelo papel de carrasco.
- Discussão geral sobre gastos supérfluos, acúmulo de bens materiais, excesso
de roupas e calçados, acúmulo de tralhas, ser perdulário ou não. É o momento
de questionar tudo isso, estabelecer as prioridades, porque o terapeuta faz o
papel de educador. Nós damos o exemplo. A questão da autoconscientização é
fundamental. Você nem precisa estar lá, mas precisa estar a caminho. Você tem
que justificar.
92
- Texto sobre a mãe má. A mãe boa é a que impõe limites, que diz não, que
direciona, que é chata. Porque é isso que a criança precisa.
- Esse caminho do autoconhecimento é fundamental. A adolescência é um
desastre porque nós somos adultos mal resolvidos. Como educar realmente se
a criatura está saindo do mundo lindo da infância, está resgatando seu lado
sombrio e entrando no mundo dos adultos, e muitos ainda levam o filho para a
zona?
- (Mari) Quero ser a mãe que eu nunca tive. Depois com o aprendizado fui
vendo que exagerei, e que deixei de dar o limite de certas atitudes. Matheus é
apenas uma criança, sei que errei no início.
- (Márcio) Não questiono seu papel como mãe. Estamos tendo dificuldades em
perceber que nossos filhos trazem uma bagagem pronta, e nós muitas vezes
atrapalhamos. Os pais descontam suas neuroses, transformam crianças
normais em neuróticas.
- Eu na minha família tive exemplos de tudo que não devo fazer. E sempre me
senti farinha de outro saco. Uma vez minha mãe quase teve uma síncope
porque achou pequenas folhas nas minhas coisas, e elas faziam parte das
amostras do laboratório. Eu sabia o que era maconha, e inclusive ensinei a
eles. E isso aconteceu em outras situações. Eles pensavam que eu era
homossexual, porque era tímido, tinha dificuldade de me relacionar com as
meninas. Minha mãe era incapaz de me abraçar depois dos limites que eu
impus e da rebeldia que demonstrei.
- (Eleanir) Eu coloco o básico para os meus filhos, coisas que eles precisam
aprender porque a vida pode exigir deles: valores morais, estudos, tarefas
domésticas.
- (Márcio) Minha mãe pode ser mal resolvida em muitas coisas, mas me
passou o valor moral, sem me dizer uma palavra. Sou muito militar e
hierárquico, acho que as coisas têm que estar no seu devido lugar: mãe é mãe,
pai é pai e etc.
- A nossa sociedade é tão mal resolvida quanto cruel e hipócrita. O que
determina nossa vida é o pensamento e o sentimento, e não com quem eu
ando.
- Essa nova geração é muito reativa. Se você tratar com preconceito ele vai
agir assim. Mas enquanto a criança é criança, ela tem que obedecer as regras
da casa. E hoje existem meios de exercer o controle de forma mais amena e
eficiente.
- Questão das drogas: tem conseqüências, mas tem pessoas que continuam
fazendo, sabendo disso, e cumprindo todas as suas responsabilidades. Claro,
93
isso vai ter conseqüências até genéticas, mas é uma opção. São pessoas
marginalizadas, assim como os homossexuais, porque somos muito mal
resolvidos. Precisamos rever os nossos conceitos, corrigir as nossas más
tendências. Enquanto observamos famílias nobres com filhos rebeldes sem
causa, vemos que começamos do berço. Para dizer o que é melhor para nossos
filhos temos que saber o que é melhor para nós.
- Hoje em dia precisamos de meio termo.
- A questão é observar a família toda. Exemplo da moça que teve 11 filhos,
que teve problemas na família dela com álcool e etc: sobraram 3 sem vício
nenhum, mas que choram o pai e a mãe.
- É fácil dizer o que é certo ou errado, o difícil é fazer.
- As pessoas não podem mandar na sua vida sem porem na prática o que
falam.
- Essas correções todas são difíceis. Mas basta bom senso. Se filho viesse com
manual de instrução nós já teríamos descoberto.
- (Eleanir) Fico observando o que eles fazem de parecido comigo, para eu me
corrigir.
- (Márcio) Você não tem obrigação de acertar sempre. Mas tem obrigação de
buscar os erros deles, ver se são seus e mudar.
- (Alzira) Precisamos tomar cuidado com o que falamos. Às vezes uma
brincadeira inocente pode marcar profundamente a cabeça deles.
94
CURSO DE TERAPIA DE VIDAS PASSADAS
Márcio Godinho
Aula 6
95
- Se eu sou alegre, bem humorado e etc e surge uma oportunidade onde eu
posso me projetar profissionalmente, vai surgir um sentimento contraditório
do tipo faço ou não. As subpersonalidades ficam tentando assumir a
consciência. E várias idéias vêm à mente.
- Culpa: conscientização de uma experiência mal sucedida. A base é o orgulho,
não se permitir ter errado.E vem o medo de errar novamente, o medo da
punição (talvez por terceiros).
- Existem coisas que eu jamais vou conseguir nessa vida, e outras que eu
necessito fazer. E outras que talvez faça. Somos espíritos imortais vivendo
uma experiência humana.
- As pessoas que têm projetos grandiosos na verdade mexem com os nossos
diabretes, porque todos queremos fazer parte de coisas grandiosas. São
pessoas que calcam seus projetos em cima de coisas que elas não têm.
Precisamos trabalhar dentro dos nossos limites, contando com a nossa
realidade.
- “Você não vai tratar alguém se não estiver bem resolvido”. Existem estágios
para isso nos terapeutas:
a) não conseguir, mas tentar: vai estimular a fazer o possível. Existem coisas
que não vamos conseguir resolver nessa vida, vamos iniciar o projeto.
Transmitir a confiança e o encorajamento para a pessoa enfrentar o problema
já é muita coisa.
b) não quer resolver: vai ensinar o paciente a criar subterfúgios para não
resolver seus problemas.
- A criança não tem idéia do que é certo ou errado. O adulto quando percebe
muda.
- Alzira: se eu não me resolvo, como posso ajudar alguém a se resolver?
Existem coisas que eu preciso mostrar ao outro. A pessoa quando percebe que
tem defeitos quer passar do sólido para o gasoso, de uma hora para outra. Mas
existem percalços necessários, é uma coisa transitória. Existem determinados
acontecimentos na nossa vida que são necessários para o nosso aprendizado. O
terapeuta é apenas um ser desperto, que tem noção das coisas que precisa
resolver, não é um santo. Não dá para ser 100%. Para mergulhar na dor do ser
humano você tem que ter passado por vicissitudes. Um filhinho de papai não
pode ficar discutindo sobre sofrimento. O melhor sociólogo é o que mora na
favela. O resto é papo acadêmico. Todos nós temos que passar por
dificuldades para entende-las. Um exemplo: Chico Xavier, e os melhores
terapeutas. A pessoa que mergulha na dor consegue olhar para o outro e
entender.
96
- Exemplo: um moço que tinha deixado a mulher por outro amor, e que
quando estava formalizando a relação com a outra ela desistiu. E aí ele me
perguntou o que achava dele voltar para a esposa e enquanto isso ficar
convencendo a outra. Márcio teve vontade de bater no cara, mas teve que
entender que ele precisa passar por isso e um dia vai entender e se
conscientizar, nem que seja na próxima encarnação.
- O coitado, perdido no meio do caminho, é que não sabe o que fazer. Existem
alguns que falam que vão deixar para a próxima encarnação, esse é o ardiloso.
- Marga: não lida com um tipo de assunto, mas tem consciência que não quer,
não pode, tem limitações aí. Se não sabe lidar com aquilo nela sabe que não
vai ajudar o outro. Logo, ela dá suporte e aconselha outro tipo de ajuda, pula o
assunto, pois ainda está em busca do caminho e está presa naquela energia.
- Márcio: aí entra a noção de responsabilidade. Existem determinadas coisas
que você não vai resolver agora, principalmente quando existe a dependência
de mudança de outras pessoas ou uma situação material. Aí entra o carma, e
acaba sendo uma pedra no sapato. E como vou resolver? Afastando-me, dando
uma dura, condenando? Não, é um problema que eu vou levar por muito
tempo. Ter responsabilidade é saber que o problema está ali e não vou jogar a
toalha, porque há um laço muito forte. O ser humano é muito irresponsável,
ele vai e muda. Isso não é evolução. Mas também não dá para se violentar.
- Existem determinados pontos que você não vai colocar para o terapeuta,
porque é muito profundo. E existe a libertação na qual um vai olhar para o
outro e educar de maneira silenciosa, porque todos estamos entrelaçados. O
problema de um é de todo mundo.
- O Terceiro Milênio não é de desertores. Viemos aqui para enfrentar os nossos
problemas, não para se livrar ou desistir. Precisamos aprender a conviver com
o problema e se educar. A idéia não é se livrar do problema, senão semana que
vem tem outro.
- Marga: o que reencarna, a energia da personalidade, da mente, a
consciência? A Programação Reencarnatória se dá assim:
a) coisas para se resolver
b) coisas para resolver com os outros
c) seus potenciais
d) coisas boas
- É feito como se fosse pacotes, caixinhas.
- O processo de involução é como se o espírito estivesse descendo
vibracionalmente, até que ele chegue no ponto certo para ascender novamente.
O espírito puro é uma emanação de energia incompreensível para nós.
- Conforme a centelha divina desce, ela entra em um processo de experiências
que ela precisa passar, como a parábola do filho pródigo.
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- Planos que a centelha divina mergulha:
1) Plano Búdico ou Nirvânico: experimentações, situações já resolvidas. Onde
se encontra resposta para tudo, onde o filho pródigo volta para casa.
2) Plano Mental (ou Causal): empresta a capacidade de pensar (mental
superior).
3) Plano mental concreto: pensamentos começam a ganhar forma (mental
inferior).
4) Plano astral: sensações, sentimentos.
- E todos eles vão sendo desenvolvidos simultaneamente.
- Estamos na 5ª raça raiz, finalizando a quinta sub-raça. Vamos para a sexta e a
sétima, que vão ser os austrais americanos e os latino americanos (raça de
ouro). Nesse processo todo entraram os egos sem experiência nenhuma, e aí
entraram os sete planos vibracionais.
- Corpo físico: constatação prática e tangente daquilo que penso e sinto,
comportamento + livre arbítrio.
- O ser humano não desevolui, ele fica estagnado. Mas não piora.
- Ao evoluir estamos desenvolvendo o campo mental. E por isso estamos
desenvolvendo a identificação dos corpos, porque quando penso estou usando
o corpo mental e quando sinto estou usando o corpo astral, e eles podem ser
acessados em terapia ou em apometria e serem perfeitamente tratados.
- O distúrbio psíquico envolve mudanças porque o psiquismo é um todo. A
mente é como se fosse um campo por onde o psiquismo se manifesta, algo de
mais palpável e concreto – e limitado. O corpo físico é a crista da onda. Logo,
o psiquismo é a caixa preta, é onde a alma começa a sofrer uma deformação, é
o ponto onde a consciência física deixa de se dar conta de quem ela é, dentro
de um padrão deformado. O psiquismo é como um cordão que liga tudo, e daí
vem o esquecimento, pois ele sofre uma deformação muito grande. Por mais
que você tente só vai conseguir uma visão parcial, a não ser que consiga
transcender esse veículo.
- A emoção é o único elemento que não controlamos. Uma emoção
descontrolada é fruto de um encadeamento descontrolado de pensamentos. O
ser humano é especialista em recalcar, e o sentimento é um expurgo periódico
de coisas que não dá para guardar, uma faxina. O sentimento nobre é algo que
você não sabe de onde vem, a raiva você de alguma forma sabe, mas de forma
inconsciente, e você tem a sensação de empurrar ao máximo para longe,
porque é doloroso.
- Escola Teosófica: o sentimento chamado amor, independente de conhecer ou
não: no dia em que ele chegar o homem terá completado a sua jornada de
retorno ao pai.
98
- Em parte temos que deixar que o sentimento flua, é uma válvula de escape
de algo que precisa ser posto para fora.
- As piores doenças que uma pessoa pode ter são as doenças assintomáticas.
Como as pessoas que chegam desdobradas pela TVP. É um trabalho
preventivo.
- Márcio é contra a palavra “desequilibrado”, na verdade a pessoa está pondo
para fora.
- A vida num primeiro instante nos convida à modificação, sem sofrimento
nenhum. Mas nós pagamos para ver, vamos empurrando com a barriga até o
último instante. Logo, não pretenda ganhar da vida, ela sempre ganha no final.
- Exemplo da enfermeira: estava buscando a espiritualidade, e sofreu um
assalto, e ficou morrendo de raiva do assaltante, porque o carro era o sonho de
consumo. E veio o ladrão para mostrar que não era aquilo, e ela ficou com
raiva, e toda a imagem de espiritualizada veio abaixo... Logo, obsessores são
personal trainners. E a gente cria objetos que são o nosso alvo, sacrificamos
nossa família e trabalhamos que nem loucos para alcançarmos essa meta, e
ficamos com raiva de quem nos frustra. E isso mostra que nós não somos
quem pensamos.
- O corpo físico, o pensamento e etc são veículos. Não é errado definir o
psiquismo como alma, mas é espírito encarnado.
- Saint Germain: eu sou.
- Confrontos: só vão servir para nos adequar ao processo de evolução. Quem
diz que a vida é para ser feliz e para ser vivida não está aceitando, está sendo
teimoso. A vida não está aí para atender os seus caprichos. Os que sofrem mais
são os mais teimosos... E os que sofrem menos os mais acomodados.
- O importante é que a pessoa aprenda a conviver dentro do seu manancial de
comportamentos respeitando os outros e a si mesmo.
- Cada um vai ter o seu próprio método e ritmo. Para isso serve o
autoconhecimento. Ninguém é igual a ninguém, não adianta querer estabelecer
velocidade para a caminhada dos outros. Todos chegam ao Bem. Como na
fábula da tartaruga e da lebre.
- Mas isso não quer dizer comodismo, porque a vida está nos dando uma
oportunidade maravilhosa.
- Ramatís: a tendência do ser humano é estática. Todo aquele que receber um
convite para se espiritualizar está tendo uma oportunidade de vida
diferenciada, onde terá suas penas aliviadas e poderá ajudar os outros. É uma
questão de opção. E aquele que quiser trabalhar vai encontrar trabalho.
- Questão do emprego: situação de desemprego, mas criação de novos
empregos. O Brasil é um país espiritualista, e as pessoas estão tendo
dificuldade de passar por essa transição por causa do apego.
99
- Estamos ganhando menos para termos uma vida mais tranqüila, desapegada.
É um convite. Sendo o Brasil um país de vanguarda vamos começar a exportar
qualidade de vida.
- Existe a tendência de desenvolver uma parte da personalidade, como a
esposa que vive para o casamento. Devemos buscar a polivalência. Mostrar
para o demitido que ele tem outros potenciais, pode fazer outras coisas e pode
ser feliz. E as subpersonalidades quando forem alavancadas podem trazer o
desenvolvimento.
- A grande lição é aprender a conviver com essa pessoa que incomoda. O
terapeuta holístico é o que vê a pessoa como um todo. O ser humano está aqui
para se adaptar a todas essas questões: ambientais, psíquicas, emocionais e etc.
- Quando tem alguém que te incomoda a primeira tendência é fugir. Mas o que
temos que buscar é justamente ver por que ela incomoda, se adequar. Ela irrita
porque vemos a fachada de bonzinho ser abalada, a crença de ego idealizado.
Antigamente resolvíamos a questão matando a pessoa.
- O que eu penso, o que eu sinto e o que eu atuo. É a tríade dos corpos. A
personalidade é o resultado dos corpos (mental, astral, etc).
- Na prática: sentir uma vida passada é o contato com o corpo astral, lembrar
com intensidade é o mental.
- Psicologia transpessoal: é o que chega mais perto. Mas alguns dizem coisas
inconcebíveis.
- Alguns psicólogos usam a psicologia como psicologismo, para justificar as
suas crenças, e não como uma ferramenta terapêutica..
- Dupla personalidade: é difícil porque muitas vezes a pessoa não aceita, é
difícil achar como falar. Muitas pessoas usam a alternância de papéis para
cativar e escravizar. Também há o caso de pessoas que quando estão sozinhas
são uma coisa e quando estão com o cônjuge se transformam. A questão é o
que o cônjuge representa.
- É importante buscar a homogeneidade do comportamento. A alternância
constante vai acabar se mesclando em um novo personagem. Com as pessoas
íntimas nos comportamos como somos de fato.
- Sobre alimentação: Joice informa que não se deve tomar leite fervido ou
pasteurizado, o ideal é o leite de saquinho na temperatura de 70 graus no
máximo. O ideal é não tomar leite de vaca, substituir por leite de soja, mas
tomando o de vaca é bom optar pelo de saquinho.
- Sandra: fez regressão com pessoa que tem medo do escuro. Ela não falou
nada, apenas sentiu. E tentou não voltar para o corpo, mas não conseguiu.
Márcio: vale a pena revisar, refazer os pontos que ela não comunicou. As
pessoas não costumam valorizar quando enxergam o óbvio, querem algo de
maravilhoso.
100
- Sobre a proposta reencarnatória: a pessoa pode ter na consciência, mas
direcionar na prática perde o mérito da conquista. Mas implica ver coisas
difíceis, é como se fosse uma carta secreta. Pode tomar alguma noção, mas
tudo não aparece.
- Sobre coisas dessa vida: vale a pena ver por que a pessoa reage de tal forma
diante do problema. Por que ela não gosta, não tolera. Ela está ali para
enfrentar um desafio e demonstrar seu potencial. Aquilo vai acontecer até que
ela aprenda, porque a pessoa tem resposta, que deve ser buscada. Na maioria
das vezes ela tem resposta, mas não aceita.
- É o velho conceito de História: olhar para o passado para entender por que
você age assim. O ser humano é reativo, reage a coisas que ele tem. Na TVP
ou em qualquer tratamento vai ser limpa a energia deletéria, mas a pessoa vai
ter que se reeducar, senão um simples passe resolveria tudo. É preciso mudar a
atitude gradativamente.
- A memória (apostila)
101
- Codificação semântica: interpretação pessoal, é o que torna um
acontecimento traumático para um e normal para outro.
- Vamos utilizar tudo isso para ver como o paciente elaborou as lembranças. O
que penso (mental) = codificação estrutural, o que sinto (emocional) =
codificação fonética, o que faço (físico/comportamental) = codificação
semântica.
- Elaboração: assimilar e digerir o problema, o que não significa resolver.
Caso do rapaz com dificuldade de aprendizagem: toda vez que ia a um curso
sentia tensão, medo de não anotar tudo. E estava muito ligado à parte
emocional. Logo, a idéia era trabalhar em TVP o porquê dessa emoção, ligar a
parte emocional com a idéia central do problema. Ele viu na infância que uma
professora o chamou de burro na frente dos colegas, e isso foi suficiente.
- Criança: é espontânea, e isso é confundido com inquietação. Na verdade o
adulto é contido, reprimido e recalcado. E sempre prevalece a sua vontade.
Nós ensinamos as crianças que a prioridade dela não interessa. O que interessa
é a nossa. E aí se cria uma nova geração de seres mal resolvidos.
- Procure se localizar, ver se é um lugar claro ou escuro, dia ou noite, se tem
mais gente ou não, se é um lugar fechado, procure sentir o seu estado
emocional. A imagem é um facilitador de determinadas lembranças.
- Quando a pessoa vai contar da sua vida pode ser uma grande bobagem, mas
para ela é importante.
- Codificação semântica: pensar em elementos para chegar lá.
- Pensar em “suspeita” precisa de elementos. A ficha de indução é uma
codificação semântica. Palavras abstratas (afeto, amor, caridade) precisam de
exemplos. Usando bem isso em TVP vai possibilitar ajudar a pessoa a se
lembrar.
- Armazenagem das informações: memória sensorial (aperto de mãos)/de curto
prazo/de longo prazo.
- A maneira como uma pessoa é tocada pode ser agressivo para ela, pois pode
desencadear algo de desagradável.
- Escrever resumos é potencializar a capacidade de armazenamento, porque
você está passando da memória de curto prazo para a sensorial, e
realimentando pode virar memória de longo prazo.
- Temos que aprender a viver as coisas conforme elas aparecem. Modificar é
difícil, envolve todo um processo, de sofrimento, provas e etc.
- É melhor ler algo quando dá vontade do que ficar forçando.
- Quem tem dificuldade de memorização pode ter níveis de consciência com
retardo mental. Agora é um processo de reeducação. Existem pessoas que têm
fortes dores nas mãos ou nos pés e já foram aleijados. Deve-se trabalhar a
rebeldia do espírito, porque trabalhar é doutrinar.
102
- Ninguém que é aleijado gosta, a pessoa teve que ser muito renitente para isso
acontecer. Ela vem com a condição física para estar com todos os canais
abertos e expurgar tudo que puder, mas a rebeldia continua. É tratável tanto na
TVP quanto na Apometria.
- Logo, é importante trabalhar essa rebeldia, porque o personagem se liberta
do mal físico, mas o mal psíquico permanece. É preciso ver o que levou a
pessoa a passar por aquilo.
- A vida dá mil chances. Ninguém nasce aleijado porque quer, a não ser que
seja muito orgulhoso. Pode ser compulsório por ausência de conscientização.
- Uma marca no rosto é claro de suicídio, e o espírito aceita para expurgar.
Mas só se submete a isso quem quer.
- A questão do resgate é de escolha. Nada é obrigatório. O espírito escolhe se
vai reencarnar ou não.
- Enfim: a dificuldade de rememoração pode ser um nível de retardo mental
ou pessoas que fizeram mau uso do que possuem. Aí a própria pessoa pode
fechar isso.
- Existem atendimentos que fazem resultado muito rápido, vai depender da
absorção da pessoa.
- Existem coisas que não vão ser resolvidas, porque aquilo é a pedra no sapato
que a pessoa precisa.
- Quando um sintoma surge, ele vem fraco. Para chamar a atenção da pessoa
esse sintoma vai ficando mais forte, para ser notado.
- Conforme vão sendo lembradas coisas antigas em TVP, a pessoa vai tendo
mais facilidade para assimilar coisas novas, ver o mundo sob uma nova
abordagem, de uma maneira mais nítida.
- Memória de longo prazo: permanece, e estar em ressonância (percebendo de
forma indireta) com vidas passadas faz tudo virar uma salada mista.
- Os cancerosos de hoje foram os magos negros da antiga Atlântida. São
30.000 anos.
- Memória relâmpago: surgem do nada, sem mais nem menos. Também
acontece no estado hipnagógico, ou em sonhos que você se vê em outra
existência.
- Márcio uma vez se viu no Oriente Médio em uma espécie de veículo, indo a
um campo cercado. Quando ele desceu do carro estava em uma emboscada e
foi metralhado. Viu-se saindo do corpo e indo embora. Talvez fosse alguém
mal visto ou coisa parecida.
- A memória de longo prazo é uma espécie de banco de dados que fica
acessível. O não disponível fica na verdade no campo búdico.
103
- Quando você transcende um problema a informação vai ficar armazenada e
você vai passar por ele de novo para ver se aprendeu mesmo. Ex: eureka. É
uma questão de lembrar.
- Existem pessoas que estão com o canal búdico aberto demais e têm
dificuldade de concatenar tudo.
- A regressão é memória relâmpago total, e deve-se aproveitar aquilo para ver
a parte emocional.
- Algumas informações podem ser um pouco completadas. Se daqui a cem
anos nós fôssemos falar da Guerra do Iraque não seríamos exatos.
- Exemplo: professora que tinha dificuldade de relacionamentos e inventava
um namorado distante. Ou a psicóloga que viajava para o sítio e dizia que foi
fazer uma especialização nos EUA. E as pessoas que mandam flores para si
mesmas. É muito mais dificuldade de assumir a própria condição.
- O ser humano está precisando encontrar um manual de como se resolver.
Muitas pessoas viveram uma vida inteira de traumas e não encontraram a
saída. E nós agora estamos buscando.
- Estamos aprendendo a resolver soluções básicas, coisas simples, de
relacionamento. A nossa principal proposta é fazer essa mudança para ajudar
as próximas gerações. Para nossos netos e bisnetos. E não estamos fazendo
caridade, porque nós mesmos vamos voltar amanhã.
- O mais complexo na memória de longo prazo é o processo de resgate.
- Técnica do contexto: se transferir mentalmente para o lugar e ver o que está
acontecendo.
- Sonho: entra no contexto da memória de curto prazo, porque está fora do
controle intelectual.
- O terapeuta não pode cobrar detalhes, porque a pessoa pode atribuir
aleatoriamente e de forma não verídica. A memória tem a sua falha, a pessoa
pode testemunhar em tribunal achando que estava falando a verdade e não
estava, especialmente quando se trata de situações traumáticas - para isso
existe psicologia forense.
- Monitoramento da fonte: não dá para provar se é verdadeiro, dá para aceitar
como informação. Muitas vezes é, muitas não. Muitas pessoas podem ter
ouvido alguma coisa e atribuírem a uma vida passada. O que importa é se a
pessoa está se libertando do problema. É comum mesclar o passado com
coisas atuais.
- Exemplo: Pessoa que se viu em Londres, na barriga da mãe, que era
prostituta, e essa é a mesma história de “Jack o estripador”; caso do General X
Índio Touro Sentado na batalha de Yellowstone, que Márcio lia
compulsivamente sobre, as armas, os índios, a batalha.
104
- A sensação de lembrança X bater datas. Enquanto aconteceu essa batalha
existe informações da espiritualidade que ele estava encarnado na Europa.
- Pode acontecer da pessoa assistir o episódio, passar pelo episódio ou
provocar o episódio. A diferença é enorme, mas como ela reage é o
importante.
- Márcio tem lembranças de emboscadas, Janquiel também.
- Esquecimento: bebida alcoólica e drogas proporcionam desdobramento
físico. Logo, pessoas que esquecem podiam estar sendo, digamos assim,
substituídas.
- Momentos de lapso na consciência: para onde vamos?
- Glândula pineal: quem trabalha à noite tem defasagem na alimentação dela.
As pesquisas sobre ela estão apenas começando, ela é a glândula da
mediunidade.
- Esquecimento motivado: recalque dos traumas, censura, como se nunca
tivesse acontecido.
- Sistemas de memória: (vide apostila)
memória declarativa
memória processual
memória episódica
memória semântica
memória prospectiva
memória retrospectiva
- Interferência retroativa: o segundo estudo não interfere no primeiro. É o que
acontece com quem era católico e vira espírita.
Regressões
- Márcio já trabalhou com deficiente mental, e notou que ele não conseguia
responder por causa da limitação física, mas estava sentindo tudo – como
conversar com alguém em coma.
- Caso de incorporação: acontece, anímica ou mediúnica, e aí doutrina normal.
Pode conversar com qualquer um dos dois, e ajudar a fazer o desligamento.
- Quando a pessoa não fala o que está acontecendo vale a pena deixar por uns
cinco ou dez minutos. Quando ela não quer deixar vir é só vir aos poucos. Não
precisa se assustar nem achar que nada deu errado.
- Não se deve preocupar com quantidade, mas sim qualidade.
- Num estado normal de consciência a pessoa não consegue ter uma noção
exata do que ela é. Mas em TVP ela passa a ser médium dela própria. E daí
vem a dúvida sobre as sub personalidades: nós somos médiuns delas e não nos
damos conta disso.
105
1) Camila
Queixa:
- Angústia
- Medo de perder pessoa específica (Alexandre)
- Dor no peito
- Medo que as coisas saiam do controle
“Eu vejo o mar. Alexandre é marinheiro. Eu sei mais sobre aquele navio
do que o próprio capitão, mas não posso ir, porque sou mulher. Eu tinha um
monte de filhos, e a época era difícil, por volta de 1700. Havia muita fome.
O capitão cometeu um erro, e eu já tinha avisado por carta que isso iria
acontecer. Eu avisei, mas ninguém me ouviu. E o navio naufragou, e todos
morreram.
Muitos filhos meus, dos nove que eu tinha, morreram de fome. Os que
consegui salvar foram para a Igreja, porque lá eu sabia que eles estariam bem.
Vivi de caridade dos outros, e morri de fome.
Márcio pediu para que eu encaminhasse todos eles, em especial o
capitão, que era meu pai atual.
Também pediu para ver de onde vinha essa revolta, onde aconteceu a
transição. Eu vi uma mulher, na época de 300, e vi que lá comecei a encarnar
como mulher porque como homem eu já havia matado muita gente. Essa
mulher em questão não queria casar, não queria se submeter a um marido.
Queria cultura, buscava coisas para ler, mas nunca encontrava, não tinha
acesso.
Nenhum homem queria casar com ela também, porque ela pensava
demais para uma mulher. Lugar de mulher era em casa, para cozinhar, bordar e
etc. Ela sentia muita raiva de ser mulher, de se submeter.
Ela, em associação com o general romano, estava em processo de
autoboicote aos meus relacionamentos. E ela estava exigindo que eu buscasse
conhecimento demais, mais do que eu agüentava assimilar”.
- Comentários: Alzira viu como se ele não fosse um grande amor, era uma
questão de sobrevivência.
-Comentários de machismo de Márcio: por causa da associação de
personagens. Camila tem pavor de fazer coisas de mulher. Há um confronto. A
idéia é vibrar amor no coração e conscientizar os dois para que eles
colaborem.
- É necessária uma doutrinação gradativa. No caso, ela começou a encarnar
como mulher para ser limitada, e não aceitou a limitação. E juntando isso com
o centurião, ela fica lutando que nem uma condenada para manter o
relacionamento e acaba afastando as pessoas sem saber.
106
- Márcio atendeu um caso parecido onde a pessoa tinha sido padre, e o padre
se desdobrava e ia atormentar a namorada, porque o padre estava apegado
àquela vida. No caso da Camila, é provável que ela se desdobre e atrapalhe os
relacionamentos. Mulher foi feita para ficar em casa. A mulher está
conquistando seu próprio espaço, está despertando, tem uma força criadora
muito maior, mas a questão é como as coisas vão ser postas.
- Márcio atende pessoas que tem crises de enxaqueca, e a mulher agüenta
muito mais.
- Ela disse que ao se ver com a família escolhendo um marido para ela não
suportaria a idéia de viver cozinhando e bordando para o marido e os filhos. A
mulher justifica aonde ela vai e deixa de ir, o homem não. E aí vêm a revolta
dela.
- O que tem que ser levado em consideração é o conflito das personalidades, o
homem que tem o domínio, uma certa violência, e a mulher que não aceita
estar em um corpo feminino, nem as limitações sociais que isso cria. E daí
vem o comportamento dela que não se submete, que até vem de São Paulo até
aqui sozinha. E aí vem o autoboicote, um provável desdobramento.
- Teimosia do pai atual: fica claro na personalidade do capitão.
- O medo dela de perder vem da força que boicota, do fator que contraria o
desejo dela.
2) Leila
Queixa:
- Parece que saí fora do foco
- Medo de assalto, que aconteça alguma coisa
- Pensamento negativo
107
Focalize o momento do desencarne.
Eu morri e fiquei lá, porque sabia que se eu saísse do corpo eles viriam
me buscar.
Hoje o medo que eu sinto é por causa da perseguição deles. São vários.
Estão todos ligados.
Eu era cientista e usava essas pessoas para estudo. Acabei sendo
assassinado, parece. Como se eles tivessem instigado alguém para me matar.
Veja-se fora daquele corpo, vá fazendo o desligamento. Vibre um
sentimento de perdão para os espíritos”.
(É provável que ela esteja presa àquele corpo, com resíduos de duplo
etérico. Há um vento gelado na cabeça dela. Provavelmente eles estejam
desencarnados hoje).
- O esclarecimento dos espíritos será dado na hora certa. Eles também estão
sofrendo muito, ambos sofrem.
- Alguns espíritos mais vingativos têm uma certa habilidade em invocar
pessoas invigilantes, acabam instigando as pessoas contra ela, e angariando
inimigos.
- Em geral os espíritos ligados a ela carmicamente não vão ser afastados de
uma hora para outra. Ela tem o compromisso de evoluir, precisa se
evangelizar, se cuidar. Eles serão tratados e harmonizados, e voltarão para
evoluírem em grupo. Se fosse fácil era moleza, e a responsabilidade?
108
- Ou seja, ela tem um grande potencial. Isso pode ser trazido à tona e
reciclado. A idéia é usar aquele personagem que fez coisas erradas, doutrina-
lo, usar essa força motriz e fazer com que ele a ajude no trabalho, sem que ela
tenha que ficar recalcando esse personagem e fazer uma força contra ele.
- Na hora em que ela sentiu a sensação de vazio deu a nítida sensação de que
ela ficou presa no corpo. E daí estava escoando a energia vital dela.
- No caso dos espíritos a Alzira sentiu que ela usava os órgãos das pessoas
para experiências. Mas como eles estavam presos aos corpos achavam que ela
os tinha matado.
- De qualquer forma, ela não vai sentir mais grande parte do sentimento de
desgaste, por eles estarem sendo trabalhados e doutrinados. Pegamos em cheio
a coisa. Estamos dando uma nova chance mas vigilante, porque se ele não for
cuidado ele será recalcado de novo.
- Hoje em dia ela não tem armas na mão, mas tem uma caneta. E como ela
ficava por trás muita gente não sabia. E ela pode conviver com as mesmas
pessoas hoje em dia, e por isso a desconfiança.
109
- Todo mundo está sendo direcionado ao processo de desmaterialização. Por
isso ganhamos menos dinheiro, não nos prendemos aos bens materiais. Quem
está causando o caos agora está sendo apenas um instrumento. É o caso dos
americanos.
- Transformações a nível planetário: o processo de exílio está se acelerando, as
pessoas estão sendo mandadas aos poucos, e em determinado momento pode
acontecer de pessoas que amamos se desviarem da ascensão espiritual, e se
isolarem de nós, e serem exiladas. E nós vamos sentir uma inquietação forte
na alma, por causa do laço afetivo. Em alguns casos de depressão profunda
isso ocorre: criaturas com laço de afinidade muito forte estão indo embora e a
pessoa ficando. Quando uma pessoa morre você fica triste, mas tem o alento
de saber que ela está no mundo espiritual ligada a você pelo coração, de forma
mais íntima até. Imagine então saber que a pessoa está sendo exilada, que ela
vai passar pela segunda morte e que você definitivamente não vai mais vê-la.
Se nós amamos tanto alguém que conhecemos há 20 anos, imagine quem
conhecemos há 5 milênios.
- Acontecem muitos casos de pessoas que ficam desencontradas do grande
amor. Ele fica no mundo espiritual, e você aqui. E vice-versa. Imagine isso no
caso do exílio!
- A apometria é um pronto socorro, que conserta o machucado e recomenda
que a pessoa não faça mais. É a verdade escancarada para quem quiser ver e
aceitar. E sempre há uma segunda chance, mas é necessária a conscientização.
- Toda pessoa que te procura para o atendimento tem uma ligação com você. E
ela vai te ajudar a se libertar do seu lado que está preso no umbral, e
mandando sintomas. E tendo consciência deles, podemos ajuda-los, temos a
obrigação de puxa-los. E aí estamos resgatando as nossas próprias coisas.
- Se as pessoas soubessem a urgência e a seriedade desse trabalho, as pessoas
ficam filosofando e não chega a lugar nenhum. Quem sabe faz a hora, não
espera acontecer.
- Muitas pessoas têm conhecimento e não precisavam ter se perdido no meio
do caminho. É preciso o comprometimento com a causa, olhar para aquilo
tudo e perceber que a fome não dá férias para ninguém, e as pessoas estão
famintas de conhecimento.
- Exemplos no Harry Potter: Lockhart se acha o todo poderoso, mas na hora
do vamos ver ele se encolhe num canto e vão os alunos resolverem.
- Em TVP se a pessoa continua na mesma: não achamos o ponto central, a
pessoa precisa ser instruída a achar a solução dos seus problemas. Não adianta
só abrir o leque de vidas passadas, tem que olhar o comportamento e ver o que
a pessoa se tornou a partir daquilo. Você vai finalizar pontos que estavam em
desarmonia.
110
- O lado terapêutico é você questionar a pessoa e questionar a pessoa para que
ela mude a postura dela, porque não está funcionando. É necessário constatar
o problema e achar as soluções. Rever a posição. Se alguém está com
problemas financeiros, que comece a gastar dentro do que tem.
- A pessoa vive insatisfeita porque não tem o que quer. Mas a idéia não é ficar
se queixando e se lamentando, muito menos no trabalho apométrico. É
necessário comprometimento.
- Caso: guerreiro bárbaro da turma de Gêngis Khan. Nunca houve um exército
que tenha conquistado tantas terras. E o hábito era pegar os pontos de
equilíbrio da sociedade, pegava e desequilibrava. A pessoa foi se
evangelizando, se tornou bispo, depois Papa. Hoje em dia: você tem um
apanhado, e ele escolheu como profissão a justiça. Fez concurso para juiz, mas
na época não quis, porque era promotor, e o juiz tem que obedecer ao
promotor. Ou seja, ele fez uma ascensão espiritual interessante, mas ainda
quer o poder, e está acima da lei. Enquanto Papa tinha o hábito de calar a boca
dos outros. Inegavelmente não mata nem comete atrocidades em nome de
Deus, mas ainda cala a boca das pessoas conforme a própria noção de justiça e
conveniência. Ele foi buscar a TVP para se livrar dos sintomas, e teve que
ouvir.
- No momento em que é mostrada a verdade, a pessoa está acostumada a
mandar e ditar regras, e vê que não mudou, algo deve ser feito.
- Enquanto terapeuta você começa a ver as próprias limitações com clareza de
fatos, e tudo que você tem que fazer é tomar uma decisão. Basta tomar a
postura que o problema será resolvido.
- Chega um ponto em que é preciso a hora da verdade para a pessoa. E você
tem que falar, porque tem um compromisso com ela. E você vai estar
entregando uma coisa nas mãos dela, e essa é a sua função.
- No começo o que decide é o Superego, e esse é o papel do terapeuta: o
questionamento. Chega um ponto em que o terapeuta vai se retraindo, porque
não pode fazer o papel de Superego para sempre, gera o efeito bengala. A
própria pessoa começa a se perguntar se isso é bom ou ruim. Porque antes ela
não pensava, ela fazia e quebrava a cara depois. As pessoas pensam a curto
prazo, agem de forma instintiva. Vivemos a época do despertar, mas muitas
pessoas não ligaram o despertador ainda.
- Na hora da verdade ele começa a se retrair e a mostrar: você tem x hábito,
posterga x coisa. E naquele momento a pessoa se torna responsável pelos
próprios atos, com real livre arbítrio, porque a partir daí ela tem a real noção
da coisa, ela sabe o que acontece. A libertação de um mestre se dá quando o
iniciado segue o seu caminho.
- Não existe condição, existe vontade.
111
- De nada adianta ler todos os livros espíritas e não assimilar. Quem tem
mérito não é o grande empresário, é o trabalhador humilde que põe a mão na
massa. De nada adianta falar a língua dos anjos se eu não tiver amor no meu
coração. E esse amor vem com o comprometimento, não precisa ir até a casa
espírita, o nosso corpo é o nosso templo, carregamos nossos pensamentos para
todos os lados.
- O aprendizado da tolerância se dá entre as pessoas. A idéia é não ficar
elocubrando, é sair da inércia e buscar saídas. Papo acadêmico não leva a
nada.
- O primeiro grupo teve problemas por já ter conhecimentos e não usar para
nada. A pessoa supõe que tem bagagem e que isso é um diferencial,
inteligentes versus burros. Além disso, não houve colaboração. O nosso é
humilde, mas precisa de coragem.
- Você não é um curador, é um facilitador de cura. Não se pode colocar
crenças pessoais em jogo.
3) Marga/Alzira
- Queixas:
- Eu trabalho no centro, coordeno um grupo, tenho preocupação com o social,
tenho que preparar os encarnados, eles têm que estar com a barriga cheia para
aprenderem e não sofrerem auto-exclusão. A parte espiritual é conseqüência.
-Me dedico demais e me sinto desgastada fisicamente, e reconheço o excesso.
Minha memória sofre, me sinto cansada, assimilo e não consigo passar.
- Fui professora por trinta anos, fui coordenadora pedagógica, vice e diretora.
Casada, dois filhos.
- Marga: partindo da anamnese, o que quer tratar?
- Esses níveis de memória desgastada
- Porque da ansiedade para tanto trabalho
- Porque essa insistência de querer as pessoas lá, ficar arrebanhando, essa
ansiedade pelo aprimoramento alheio.
- Faço bastante a parte física e não sobra tempo para o particular.
- A ansiedade me gera um cansaço físico e mental.
- Marga: você sente culpa?
- Não é para mim, não dou elogio e não gosto de receber. Não demonstro com
abraço e carinho. Meus filhos eu imponho, os outros não. E isso gera
desconforto, nem todos se sentem preparados.
- Nessa existência não vejo culpa, porque nunca deixei nada para depois nessa
vida, nunca tirei férias. Mas de antes acho que tem. Gera uma insegurança
saber que há muito para fazer.
112
“Solte os maxilares, relaxe, percebendo que você solta os músculos,
prestando atenção na respiração, fique solta, imagine um balão que enche e
solte. Bem devagar. Soltando a perna direita, esquerda. Percebe sua perna
pesada, vai tomando consciência do seu corpo. Veja se tem alguma coisa
ainda dentro do seu corpo que precisa soltar. Soltando mentalmente toda e
qualquer tensão. Nesse momento eu te convidaria a colocar a sua atenção
nessa sensação de ansiedade que você sente com relação ao desenvolvimento
das outras pessoas. Mergulhe nessa sensação, como você se sente, como você
percebe, mergulhe profundamente. Quando a lembrança chegar me faça
saber. Deixe que a sua mente inconsciente traga até você alguma experiência
que tenha vivenciado. Vá percebendo o que acontece.
Eu me sinto adormecer. Estou em paz. Não é um adormecer comum, me
sinto serena. Vejo um túnel de luz na frente. Estou aqui sozinha. Não sinto
meu corpo. É um impulso que tem que passar.
E como você se sente nesse túnel?
Não me sinto preparada para avançar.
Então vamos fazer o seguinte: volte no tempo uns dez anos, e veja o que
acontece. Dez anos antes de isso acontecer. Como você se vê, como você se
sente.
Voltando no tempo uns dez anos, vejo e me sinto muito agitada.
Por que?
Com muita coisa para fazer.
Observe quem você é, que coisas são essas, o que você tem para fazer.
Eu mesma me exijo.
O que você tem que fazer?
Tenho coisas para completar, tarefas com pessoas.
Que tarefas? De aconselhamento?
Tenho que abrir caminhos.
Ao meu redor não há pessoas, estou sozinha.
Por que?
Cada um faz a sua parte.
Como você se sente?
Sinto-me consciente com minhas tarefas.
Mergulhe nessa sensação profundamente.
Eu tenho que fazer. Eu me comprometi com ordens superiores.
Esse superior, quem é ele?
Ele está além do túnel.
Mergulhe nessa sensação de se sentir compromissada.
É a parte física que não sabe administrar, minha consciência.
113
Depende de outras pessoas, de você se informar?
Depende da entrega e da paciência.
Utilize os olhos da mente, veja profundamente tudo isso. Como você se
sente em relação a isso?
Tenho compromissos com elas, e estou tranqüila. É muito trabalho a
fazer. Tenho preocupação com o tempo.
Olhe ao seu redor e perceba se tem algo a mais. Faça o seguinte: vai
mais dez anos para frente, se veja com dez anos a menos. O que acontece
antes disso?
Dez anos antes vejo preocupação vendo que eu sabia o que faltava fazer.
Tem pessoas junto com você?
Estou sentada em uma cadeira vazia. Penso em que caminho tomar para
fazer o que falta.
Você é sozinha?
Estou sempre sozinha, e sei o que falta porque faz parte da minha
consciência. Estou sozinha por opção.
E como isso te deixa?
E isso me deixa preocupada em não vencer.
Procura observar essa preocupação, se você poderia fazer de outro
jeito.
Mas eu não poderia fazer de outro jeito, tem que ser assim, a minha
consciência determina que eu tenho que achar os caminhos sozinha, eu tenho
as oportunidades e tenho que acha-las sozinha. As provas estão todas prontas,
eu tenho que decidir.
Começa a perceber outras possibilidades?
É tudo dessa existência, falta muito para fazer.
Siga para a luz do túnel.
Ainda não
Então pergunte para a sua mente inconsciente o que você precisa
aprender disso. Veja qual determinação você carrega até hoje.
Eu vou ter toda a oportunidade, basta estar atenta. Tenho que me
dedicar. Tenho que me permitir deixar conduzir. Eu tenho orgulho. Com o
tempo a aprendizagem virá. Vejo as respostas, sinto tranqüilidade”.
- Comentários: Janquiel acha que Marga deveria ter levado ela ao túnel. Alzira
disse que não.
- Leila perguntou se ela já tinha visto isso, ela disse que não, e que não
conseguiu ver o que tinha que fazer direito.
114
- Márcio ficou com a sensação de algo mal resolvido, um desencarne aonde o
mentor vinha encontrar, e a sensação de retornar sem cumprir o que prometera
e o medo de encarar e assumir que não cumpriu. Foi intenso e muito ligado ao
lado afetivo. Naquele momento era importante que ela visse qual a satisfação
que tinha que dar (ela sentiu que não podia avançar).
- Quem vai determinar a regressão é a pessoa, não adianta planejar porque ela
é que determina a coisa, mas a tentativa deveria ter sido feita.
- A Mari disse que a Alzira entra em pânico ao não ver gente porque é muita
gente envolvida no processo e poucas se comprometem, e há a sensação do
fracasso iminente. É o pensamento fixo da realização e o pânico das pessoas
sumindo, porque elas têm que participar do progresso conjunto.
- Lição: “me permitir deixar conduzir”. Alzira está sendo amparada, deveria
deixar as coisas acontecerem e confiar. As pessoas, aceitando ou não, verão a
sua proposta acontecer.
- Cada paciente pega o terapeuta certo.
- Mari: Alzira tem medo de demonstrar o sentimento.
- Se a Marga não tivesse feito o relaxamento ela não entraria.
- Para falar de si ela tira os óculos, em uma atitude de sinceridade.
- Alzira: eu desdobrei e estava de pé ao lado do meu corpo. E tinha dois
mentores ao lado da cama.
- Frase interessante que Marga disse: “Quando a lembrança chegar me faça
saber”
- O trabalho foi bem conduzido, no próximo dá para mexer na sensação de
fracasso, e nessa aparente insegurança. E também na colocação das coisas em
forma de sentença, e na cobrança com ela mesma.
- Quanto mais Marga mandava voltar no tempo mais ansiedade a Alzira sentia,
por causa do número de tarefas a serem cumpridas.
- A idéia de ser terapeuta holístico é justamente agregar várias técnicas, e
Marga usou todos os pontos mais importantes da técnica, juntando com a sua
escola.
115
CURSO DE TERAPIA DE VIDAS PASSADAS
Márcio Godinho
Aula 7
116
- A vida é a principal escola, porque não satisfaz nossos caprichos, nos ensina
a conviver com o que precisamos aprender. Por exemplo mãe e filho que
foram comparsas, religiosos que utilizaram a religião para manipular os
outros.
- Espiritopatia: doenças da alma, obsessão (pelos espíritos) e auto-obsessão
(pela nossa alma adoentada). Segundo o livro dos médiuns, que fala das
influências dos espíritos, os espíritos podem nos influenciar muito mais do que
podemos imaginar.
- Os espíritos vão bater nas nossas vulnerabilidades, desarmonias, que são
tipos de auto-obsessão. E na verdade não é um inimigo ferrenho que quer nos
destruir, o obsessor é um espírito desesperado que está nos pedindo socorro e
chamando nossa atenção.
- Esquizofrenia: normalmente um espírito com grande poder mental que vem
com limitações, e que vai de alguma forma conseguir burlar isso.
- As doenças mentais são necessárias para que haja um expurgo de energias
deletérias.
- O esquizofrênico aprende na medicina tradicional a conviver com as
imagens, enquanto com a vertente espiritualista ela pode entender que aquilo é
mediunidade, e não fantasia. Normalmente o esquizofrênico tem mediunidade
precoce, e aquilo acontece de forma muito intensa. Alguns preferem chamar
de paranormalidade. Em geral é uma necessidade muito grande de
espiritualizar. A carga energética é muito intensa.
- Em geral encontram-se poucas referências sobre isso, porque a maioria é
tratada como alucinação. Só que a pessoa está apenas enxergando coisas além
dos olhos físicos. Se pensarmos assim, veremos que não existe alucinação, a
pessoa apenas vive em algum lugar do mundo mental e vibracional que não o
compartilhado pela maioria das criaturas.
- No filme “Uma mente brilhante”: ele era extremamente disciplinado, e a
coisa foi tratada como uma projeção dele. Mas podia ser simplesmente um
espírito, uma subpersonalidade ou o contrapadrão, ou ainda um caso de vista
dupla, uma pessoa que conversa com o próprio espírito desdobrado. O cara
que perseguia e todos os outros agentes eram na verdade uma falange de
obsessores (além de agentes do FBI poderiam aparecer monstros disformes). A
criança é a visão de um espírito desencarnado. Quando decidiram internar é
porque ele teve um comportamento tipicamente esquizóide. E foi uma
intervenção muito danosa.
- Na verdade temos constatado que a mente não cria aquilo que ela não
conhece, ela apenas copia. A comunidade científica sabe disso, mas não
assume. Entre outras coisas, por causa do poder da Igreja.
117
- O psiquismo se desenvolve à base de núcleos. Tirando um subnível, você
não vai resolver o problema, porque existe o resto do bloco. É o que acontece
em TVP: um personagem do passado está sendo tratado, e hoje aquilo é uma
subpersonalidade.
- Dissociação: é a separação de um núcleo só.
- Para o esquizofrênico, aquele bombardeio é tão intenso que parece real. Essa
dissociação gera a dificuldade de separar o mundo físico do mundo dos
pensamentos. E aí ele vive dissociado, trazendo do passado dele personagens
que ele viveu.
- Esse tipo de doença aparece para o ser humano aprender a perceber a
capacidade da mente dele.
- Um tratamento básico para isso é ensinar a pessoa a enxergar tudo isso que
os outros não vêem como algo absolutamente normal. Faz-se a TVP e
encaminha-se para uma casa espírita que tenha o mínimo possível de amor
para atende-lo.
- Quando se trabalha com um caso assim não haverá muito avanço, porque
não apresenta melhora do jeito que se espera. Mesmo o tratamento cético
acaba ajudando, nós apenas temos ferramentas a mais.
- As pessoas que desenvolvem distúrbios mais graves têm psicopatias:
prepotência, falta de limite, ausência de medo. O medo gera a possibilidade de
convívio social, pois bloqueia impulsos, como falar algo que vá magoar o
outro. É o caso dos psicopatas, apresentado em “O silêncio dos inocentes”.
Fica faltando a sensibilidade, matar uma pessoa ou bater na pessoa vai ser a
mesma coisa. Em muitos casos a pessoa não tem o super ego, que é o agente
moderador.
- Exemplo: Márcio está trabalhando com uma pessoa que está freqüentando o
AA. E o método deles realmente funciona, ele faz o ser humano se enxergar. O
que faltam são programas de reeducação comportamental, essas pessoas não
têm enquadramento social, eles são marginalizados, postos de lado.
- Alguma das informações da regressão mostram que é possível resgatar as
informações, mas que aquilo estava escondido por ser muito doloroso. Isso
fica bem claro no filme “Amnésia”, ele não queria lembrar, e acabou
provocando o distúrbio. Tudo pode ser lembrado, é só uma questão de
aprender a libertar essas informações. O papel do terapeuta é destruir as
crenças da pessoa, buscar fazer um arremate. Tem coisas que são vistas no
tratamento que não podem ser resolvidas, porque a pessoa precisa aprender a
fazer a própria modificação e não transferir a responsabilidade para os outros.
- Lidar com o psiquismo humano não é perigoso, é complexo.
118
- A regressão costuma ser um trabalho intenso e profundo. Os efeitos
colaterais que acontecem como deprimência, alternância de sentimentos,
carência mais extrema e etc, tudo aquilo é liberação de energia. São reações
naturais, é o impacto da pessoa com o mundo que ela criou e a realidade que
ela está tendo que encarar. Quem fala que quer esquecer do passado e não
lembrar: vai ver onde vai parar se continuar assim.
- Poucos têm coragem de descortinar a própria vida em terapia, de enfrentar o
próprio mundo. Mas ao faze-lo, é uma grande chance de arrumar a própria
casa.
- A intenção vai legitimar a sua atitude. A vida é um constante aprendizado, a
prática torna uma pessoa terapeuta. Nenhum dano é irreversível, senão vamos
estar questionando a teoria da cura. O dano é provocado por um trauma
qualquer e o stress que o acompanha. O terapeuta vai trabalhar aí. Existem na
verdade fundamentos desencontrados, as pessoas pressupõem em cima de um
fundamento qualquer.
- A evolução é uma repetição infinita de ciclos, até que a pessoa se vá
aprimorando e aprenda. A gente veio para esse planeta para viver uma vida
plenamente humana. E não vamos conseguir isso nos isolando e negando
nossas necessidades físicas, emocionais e intelectuais. Evoluir significa
experimentar. Tem casos de pessoas que foram monges budistas trancadas no
templo. E isso é fácil. Agora viver em uma cidade sujeito a todas as
dificuldades da vida é totalmente diferente. Nenhum anjo pode ter chegado lá
sem as trevas. O caminho da luz é da escuridão para a luz. Quando você erra
você pode consertar. E não há erro, há experiência, porque o que é certo ou
errado vai depender das suas crenças.
- Normalmente as pessoas que ascendem para outros planetas como Ramatís
relata em “A vida no planeta Marte” vão primeiro para a zona rural, para ter
mais contato com o lugar, se adaptar, conversarem aos poucos com as pessoas
mais evoluídas, para depois encarnarem no meio urbano.
- Sobre ectoplasma: na verdade pouco se sabe, além de que é uma substância
que está no entremeio entre o plano físico e o espiritual, é uma energia vital
num grau de condensação mais tangente, que alguns médiuns são capazes de
produzir em abundância. Existem estudos avançados, mas com pouca
comprovação. É o caso de “Um fluido vital chamado ectoplasma”.
- Ele provoca determinados sintomas quando está em acúmulo: enxaqueca
(acúmulo na região da cabeça), gases, enjôo, náuzeas, bulimia, pessoas com
mediunidade de cura que não dão encaminhamento, artrite.
- Algumas pessoas produzem muito mais, como o médium de efeitos físicos.
Tem muita relação com doenças cármicas.
119
- Os fenômenos de materialização são cada vez mais raros. O ectoplasma é
usado para tratamentos. As pessoas que trabalham não podem ser fumantes,
nem ingerirem álcool, nem comer nada pesado, nem estar com nenhuma
doença (irá absorver o ectoplasma), e a sala só pode ser freqüentada pelas
pessoas do grupo.
- Sobre os Florais: o objetivo é apresentar mais uma ferramenta para o
trabalho do terapeuta holístico, além do eneagrama.
- Florais de Bach: são os mais tradicionais, fáceis de manusear, existem em
qualquer lugar. É importante ressaltar que se alguém quiser realmente usa-lo
deve fazer um curso de especialização.
- Eles são úteis no sentido de soltar o nó da pessoa e atuar na energia vital.
- São 37 essências florais, mais duas, sendo que a trigésima oitava é uma
essência ambiental de água pura e a trigésima nona é uma mistura para
emergências. Elas atuam no nível sutil. Em algumas pessoas causam efeitos
físicos como diarréia, enjôos, vômitos e etc. Como a coisa é puramente
energética pode ser usada em forma concentrada tradicional ou até em garrafas
de água.
- O floral não faz mal, mas se você acertar o floral conforme a necessidade da
pessoa vai gerar um efeito muito bacana. Teve um caso de depressão que
tomou o Clematis e teve um resultado muito bom. É bom ir experimentando e
acompanhando a pessoa. Se fizer mal na verdade é um nó sendo desatado.
- O ideal é tomar por 60 dias.
- É legal ler a Revista dos Florais.
- O floral faz com que o próprio organismo da pessoa metabolize o que é
necessário e se torne o próprio remédio.
- Para recomendar determinado floral, deve ser usada a intuição.
- Muito cuidado para quem tem tendência a alcoolismo, a recomendação nesse
caso é diluir em muita água. Ele é feito sempre com brandy.
- Não existe superdosagem. O ideal é misturar no máximo cinco, senão vira
uma salada.
- Como vamos fazer um estudo em que pese uma análise prévia da pessoa,
devemos tomar cuidado para estarmos certos sobre ela, porque no decorrer do
atendimento a anamnese vai mudando, porque a própria pessoa vai se
trabalhando, máscaras vão caindo, coisas que ela pensava sobre si vão indo
embora. Logo, trabalhar com a primeira entrevista pode gerar algo muito
ultrapassado.
- Como se trabalha com base no magnetismo, o floral vai ser absorvido na
medida em que ela necessitar. Quem determina é a pessoa que recebe. Quando
a pessoa passa mal: o veneno é doce, o remédio é amargo.
120
- O fluxo de energia do nosso corpo se concentra nas mãos e nos pés porque
eles são as pontas do nosso corpo.
- Reiki: propõe uma graduação sistemática. Quando o discípulo está pronto
para ser terapeuta o mestre inicia e ele se torna mestre. No nosso mundo
moderno isso acontece padronizado, por isso algumas pessoas entram no nível
3 sem estarem exatamente prontas. Mas o mais importante: quando você faz o
curso ganha uma vassoura. E muitos escondem a vassoura atrás da porta!
- Temos que saber nossas limitações e usar o bom senso. Às vezes a pessoa
precisa da ajuda da medicina tradicional. E se a pessoa tiver algum problema
crônico ela precisa estar em acompanhamento, nem que você tenha que
acionar a família, porque aí vai ser um trabalho de complementação. Pode
acontecer até problemas legais nesses casos.
- É interessante combinar o tipo do eneagrama com o floral adequado.
Tipo 1, o perfeccionista
- Habilidade para ser minucioso, dificuldade de improvisar. Faz um bando de
projetos, depois faz um rascunho, depois define. Tem stress antecipado porque
tem o hábito de restringir, não consegue falar “seja lá o que Deus quiser”, está
sempre preparado para tudo.
- O típico acaba imprimindo o ritmo das pessoas, fica estressado com o outro
que não é assim. É um comportamento hostil, tem uma certa intolerância com
todos que pensam diferente dele, seja de forma batendo de frente ou de forma
silenciosa, produzindo um cordão de isolamento.
- Sendo ele muito rápido e lógico acaba sendo muito intolerante com os mais
lentos.
- Alguns perfeccionistas são para fora e outros para dentro, por causa do
padrão e contrapadrão. Tem dificuldade para lidar com a imperfeição. Tem
memória de elefante. Se for engenheiro e capricorniano vai ser o cúmulo da
perfeição. Tem comprometimento exagerado com a coisa. Necessita ser útil, é
o prestativo. Consegue enxergar a coisa de maneira panorâmica (dentro da
rotina que estabeleceu para ele).
- Tem autocrítica aguçada. Eterna busca da perfeição. É uma pessoa
inovadora, de vanguarda.
- Acaba se prendendo a um mínimo detalhe dentro do contexto todo. Tem que
estar tudo perfeito na sua casa. Pode parecer uma doença, mas é uma
característica da pessoa, não pretenda mudar um perfeccionista.
- Sugestão de florais:
Vervain: pg 26 da apostila (Preocupação excessiva com o bem-estar dos
outros)
Walnut: pg 23 (Debilidade da vontade)
121
Crab apple: pg 24 (Desalento ou desespero)
Holly: pg 23 (Debilidade da Vontade)
Impatiens: pg. 22 (Solidão)
Tipo 2, o Prestativo
- Em inglês é The Giver, o Dador. Ele vive uma vida de abnegação, sente
muito prazer em auxiliar as pessoas. Se tiver coisas urgentes a fazer elas
deixam de ser urgentes quando alguém precisa dele.
- Existe um tipo 2 falsificado, para que se torne imprescindível na vida das
pessoas. Todo mundo fica dependendo dele. Logo, a pessoa não é prestativa,
ela é manipuladora.
- Em alguns casos faz trabalho puramente caritativo. Em outros cobra, é o
amigo que faz de graça para cobrar depois. De certa forma a gente faz isso
mesmo, mas tem gente que se especializa em tornar esse retorno algo de
obrigatório, toma lá dá cá.
- Há muita carência. É o orgulhoso enrustido, quer que os outros o elogiem.
- Está sempre buscando o que agrada ao outro: a data do seu aniversário, algo
que você queria ter. Mas uma coisa é o interesse em estabelecer um laço
afetivo, e outra é fazer isso de propósito.
- É o Batista do Professor Raimundo. Está sempre tentando chamar a atenção
e acaba se tornando um chato de galocha.
- Deve ser trabalhada a tendência a manusear as pessoas, a manipular.
- Florais recomendados:
Chicory: pg. 26 (Preocupação Excessiva com o bem-estar dos outros)
Clematis: pg. 20 (Desinteresse pelo presente)
Crab apple: pg. 24 (Desalento ou Desespero)
Larch: pg. 24 (Desalento ou Desespero)
122
- Identificação com o egoísmo: fulano é o que é hoje por causa dele, e não
porque é bom.
- Pessoa que atribui o sucesso a si mesmo. É o caso dos emergentes, de
pessoas que vieram do nada e alcançaram fortunas.
- Tem dificuldade em relaxar, porque isso significa estar inativo, não
produzindo.
- Gosta de se sentir o centro das atenções.
- Florais recomendados:
Oak: pg. 24 (Desalento ou Desespero)
Agrimony: pg. 23 (Debilidade da Vontade)
Pine: pg. 25 (Desalento ou desespero)
Gentian: pg. 18 (Incerteza) – para contrapadrão
Water violet: pg. 22 (Solidão)
- Uma pessoa que se faz de vítima o tempo todo é a grande manipuladora da
situação. Porque aí ficam todos ao redor dela. Por isso é importante aprender o
funcionamento padrão/contrapadrão. É preciso identificar o que está
recalcado, a pessoa está colocando para fora o oposto do que ela é lá dentro.
Tipo 4 – O individualista
- A tendência é ser artista. Tende a divagar muito. Ele é o sensível, os outros
não enxergam as coisas.
- Tem dificuldade de se apegar ao rotineiro. Adora começar, mas não passa
pelo resto. Quando tem que por a mão na massa não contem com ele. A idéia
não sai do papel.
- Sempre tem uma tirada profunda para não se sentir inferior
- É lamuriento, sempre cansado, se queixando das dificuldades, do projeto que
ele tenta fazer mas não consegue. Ele só alimenta o sonho, mas apavora na
hora de fazer.
- Sorri com ar de superioridade. Quando alguém pede a sua opinião fala que
não tem nada a declarar.
- Adora descrever as tragédias pessoais. Faz um dramalhão mexicano.
- Tem muita alternância de papéis.
- Em equilíbrio tem uma veia artística, sensibilidade.
- Florais recomendados:
Willow: pg 25 (Desalento ou Desespero)
Honeysuckle: pg. 20 (Desinteresse pelo presente)
Water Violet: pg. 22 (Solidão)
Holly: pg. 23 (Debilidade da vontade)
123
Tipo 5 – O observador
- É o tipo de Márcio. Tem algum problema para resolver? Precisa pensar.
- Não costuma se envolver no que está acontecendo. É o típico intelectual que
prefere um livro a uma companhia.
- É silencioso, parece saber mais do que diz. Em alguns casos é puro medo de
participar. Mesmo quando ele sabe fica com medo de errar.
- Exclui de sua vida o que considera superficial pela necessidade demorada em
ponderar os prós e os contras. Raramente toma uma atitude precipitada.
- Quando vai falar em público monta todo o esquema do que vai falar e já
formula as perguntas que farão a ele.
- Não se sente bem em festas de sociedade. Não guarda nomes com facilidade.
- Não suporta conversação superficial.
- Valoriza o conhecimento como uma riqueza em si mesmo.
- Reage muito mais ao que é compreendido do que ao sentimento, tem
necessidade de racionalizar.
- Tem mais facilidade para ouvir do que para falar.
- Florais recomendados:
Beech: pg. 26 (Preocupação excessiva com o bem-estar dos outros)
Cerato: pg. 18 (Incerteza)
Tipo 6 – O Questionador
- Muito ligado a leis: policial, precisa se sentir parte de um grupo.
- Restringe-se ao grupo de convívio.
- Dificuldade em tomar decisões, fica ponderando.
- É extremamente cauteloso, demora uns 90 dias para se interar de tudo que
precisa fazer em um emprego novo. Até mesmo uma simples leitura que ele
não estiver entendendo faz com que ele entre em pânico.
- Leva tudo a sério, fica sisudo e armado frente a brincadeiras.
- Tem necessidade de ter uma cartilha e não sai daquilo.
- Florais recomendados:
Rock water: pg. 26 (Preocupação excessiva com o bem-estar dos outros)
Scleranthus: pg. 19 (Incerteza)
Aspen: pg. 16 (Medo)
Chestnut bud : pg. 20 (Desinteresse pelo presente)
Tipo 7 – O Sonhador
- O típico Jô Soares
- De certa forma há uma manipulação: ele idealiza um tipo de comportamento
para a pessoa que convive com ele, e se ela fugir daquele papel ele se afasta.
124
- É praticamente estática, não é passional. Mantém os pés na terra.
- Está ligado a desembargadores. Não demonstra sentimentos.
- Dá impressão que pode superar tudo com a maior facilidade.
- Não se pode falar de dificuldades que ele vem com os conselhos, e fica
ofendido se você não seguir o que ele recomenda.
- É capaz de fugir de uma oportunidade de crescimento se tiver algum
prognóstico de desprazer.
- Vive realizando projetos mas não os realiza. Nesse sentido lembra o trágico
romântico.
- Florais recomendados:
Heather: pg. 22 (Solidão)
Clematis: pg. 20 (Desinteresse pelo presente)
Tipo 8 – O Confrontador
- Márcio está fazendo uma mutação para esse tipo. Ele tem a facilidade de
analisar um grupo e achar todos os pontos fracos de cada um. Se a pessoa não
está harmonizada pode usar esse conhecimento para o mal.
- Olha a vida como uma guerra.
- Desafia o poder a todo instante.
- Previne-se para não ser dominado.
- Tem sempre uma resposta na ponta da língua. Se for contrariado faz cara
feia.
- Faz mudanças sempre radicais. Impõe metas para si mesmo. Transcende as
coisas em um impulso forte.
- Florais recomendados:
Vine: pg. 27 (Preocupação excessiva com o bem-estar dos outros)
Star of Bethelehem: pg 25 (Desalento ou desespero)
Tipo 9 – O pacifista
- Ele é perito em não decidir nada, é o perfil do bonachão, que está sempre
sorrindo diante das desgraças.
- Não sonha, tá tudo ótimo, acaba sendo em alguns casos acomodado. Não
entra em discussão, não argumenta.
- Tendência a demonstrar sangue frio, demonstra equilíbrio, tem aparência
saudável.
- É rotineiro.
- Toda pessoa que fica à parte, não toma decisão, faz parte desse perfil.
- Florais recomendados:
Wild rose: pg. 21 (Desinteresse pelo presente)
125
- Um tipo é sempre predominante, apesar das misturas.
- Nunca se define alguém na primeira conversa.
Regressão prática
1) Leila/Helenize
- Queixa: medo de ficar sozinha, medo de público anteriormente. Procura criar
situações para testar, mas quando chega a hora acontece. Independe do lugar,
nem que eu conheça. Começou em junho desse ano. Sinto angústia, medo,
tremor, sensação de que não tem ninguém para socorrer.
- Relato: inaudível.
- Vale explorar ao máximo a vida, porque além do ponto trabalhado podem
surgir outros para serem abordados.
- A mulher que ela viu é a mãe. E a pessoa que mais a deixa em segurança é a
mãe.
- É preciso dar uma continuidade ao tratamento, pois não deve ter só isso.
- Ela se sintonizou no ponto, mas o direcionamento do terapeuta é importante.
- Esse sintoma foi deflagrado por alguma coisa, mostrando que há mais cargas
emocionais para serem eliminadas.
- Não é só o medo. Tem ansiedade, uma série de outras coisas.
2) Sandra/Gleny
- Queixa: Pensamentos negativos, tudo vai dar errado. Estava com a pressão
normalizada, agora está com taquicardia, ansiedade, preocupação. Qualquer
coisa que ela vai fazer sente que alguma coisa vai dar errado, sem motivo
aparente.
- Relato: Estou em um lugar alto. O resto é inaudível.
- Mari sentiu que ela não conseguia trazer a emoção. Ela se suicidou ou foi
jogada. E ou estava indiferente ou ficou indiferente perante a atitude de quem
a empurrou. E as mãos dela ficaram como que segurando uma informação.
- Não conseguia se identificar, sentia bloqueio emocional. E isso pode estar
relacionado a uma indiferença afetiva. Foi um grande avanço esse trabalho.
- Era tudo muito rápido.
- Quando ela olhou para baixo e viu o corpo: relação com a idéia do perigo
iminente. Naquela ocasião ela mostrou uma angústia muito grande e uma certa
frieza emocional em relação à pessoa que estava em frente dela. Deve ser
alguém conhecido que você não conseguiu identificar. Além disso, os níveis
de suicídio geram bloqueio na regressão. Tudo hipótese, o trabalho tem que
continuar.
126
- O fato de a imagem estar congelada mostra a dificuldade da pessoa em
chegar ao ponto.
- A atitude dela soa como uma afronta, eu sou mais eu.
- Uma das certezas de que a pessoa está regredindo é o tremor das pálpebras.
- Muitas pessoas fogem das regressões, e perdem a oportunidade de se
resolverem, por medo.
- Impaciência dos terapeutas: estão acostumados a lidar com fatos. Quando a
lembrança não vem, ficam aflitos. E começam a perguntar, e a pessoa fica
ansiosa, se cobrando uma resposta. É preciso dar um tempo, porque a
regressão está acontecendo.
127
- Márcio: todos as melhores coisas que lhe aconteceu foram enxergadas nos
piores momentos. Quando você está com a cabeça baixa está olhando para si
mesmo.
- Sorteio: cada um irá receitar um floral para o outro e explicar por que.
- O floral age na parte vibracional.
1) Márcio: escolheu a Elm (Olmo): sufocante, dificuldade, impõe ritmo acima
das condições; Oak (Carvalho): stress – idéia é desacelerar; Centaury
(Centaurea): pedido para parar com o desgaste e puxar a autoridade; Chestnut
Bud (Castanheira da Índia): pedido para maior flexibilidade mental; Larch
(Lariço): quer trazer confiança e espontaneidade. Alzira. A maneira e a
determinação como ela trabalha transcende a natureza dela, e provoca uma
série de desgastes,e preocupação em não cumprir as tarefas. Além disso, os
outros a acham autoritária e mandona. Na verdade para não criar polêmica ela
calou. Logo, pegou o centaurea para ela aprender a olhar para a pessoa e
colocar ela no devido lugar, dar a capacidade de falar não. Márcio notou que
tem pessoas muito folgadas que querem de certa forma impor. Tem pessoas
extremamente inseguras que ficam zuretando a cabeça dela o tempo todo. A
idéia é coloca-la num ritmo que ela agüente. As pessoas acabam influenciando
para o aceleramento.
2) Alzira: Red chestnut (Castanheira vermelha): a pessoa é super protetora,
acaba se anulando; Chestnut bud (Castanheira da Índia); Larch; Mustard
(Mostarda): não sabe dizer não; Centaury: falta de confiança; Cerato: a pessoa
tem coisas lindas lá dentro, sabe que tem capacidade, mas é indecisa demais.
Sandra.
3) Sandra: Impatiens: impetuosidade, irritabilidade, ansiedade, acha que os
outros não o acompanham; Vine: autoritarismo, intransigência, crueldade,
arrogância; Water Violet: vaidade, sensação de superioridade Márcio. É
impetuoso mas não é agressivo.
4) Eleanir: Oak: liderança, perseverança e força de vontade; Chicory: amor
incondicional e altruísmo; Gentian: otimismo, perseverança, coragem,
convicção; Tojo: motivação, esperança, fé, força interior; Cerato:
autoconfiança, intuição, discernimento Margarete.
5) Margarete: Aspen: medo de origem desconhecida, apreensão e insegurança;
Red chestnut: preocupação excessiva com o que os outros pensam, acham e
etc; Scleranthus: decisão, confiança, moderação, equilíbrio, determinação;
Vervain: equilibrar a eterna busca pela perfeição, sem ansiedade; Willow: para
conseguir reconhecimento e aceitação; Cerato; Walnut: gravidez Leila.
128
6) Leila: Rock rose: coragem na hora da sensação ruim; Aspen: medo do
indefinido; Cerato: falta de confiança; Holly: para características do
observador; Cherry plum: cerejeira; Water Violet: é quietinha, quer mais
confiança. Gleny.
7) Gleny: Impatiens: contra ansiedade; Verbain: coragem, calma, tolerância.
Ela tem bastante stress. Está passando por um trabalho com muito desgaste.
Eleanir.
8) Helenize: Foi pelos aspectos positivos, o que indica que a pessoa é
inconstante. Scleranthus: decisão, confiança; Centaury: auto-estima, tem
grande potencial mas vacila na auto-estima; Walnut: confiança. Joice.
9) Joice: Chicory: amor incondicional; Aspen ou Larch: coragem interior;
Wild rose: desinteresse; Walnut: liberdade dos obstáculos; Olive: alegria
Simone.
10) Simone: Vervain: está estressada; Walnut: fase de mudança,
transformação; Oak: lutador incansável; Red chestnut; Hornbeam Maria
José.
11) Maria José: Scleranthus; White Chestnut; Mimulus. Quer trabalhar a
insegurança, medo Helenize.
12) Janquiel: Cherry plum: medo de perder o controle; Clematis: apego às
coisas materiais Mari.
13) Mari: Holly: compreensão; Hornbeam: por causa do trabalho; Impatiens;
Chicory; Wild oat Janquiel. O objetivo é trazer o terapeuta para fora, só
pegou o lado negativo. Ele tem uma certa habilidade para abordar com o
tanque de guerra. E é preciso um meio termo, pois disposição para ver as
coisas ele tem.
- Abordagem do positivo/negativo: estude os florais que recebeu e olhe o outro
lado. O objetivo é trazer o que está aguardado. Quem foi avaliado pelo lado
negativo na verdade está trazendo o positivo para equilibrar. Márcio focaliza o
ponto que gostaria que a pessoa olhasse melhor para levar uma vida mais
calma e espontânea. Quando se aborda o lado negativo é preciso mostrar a
solução do problema, senão não adianta.
- É difícil olhar para os nossos defeitos. A idéia é que a pessoa os encare. E aí
entra o comprometimento. Não adianta reconhecer os defeitos e continuar do
mesmo jeito.
129
- Há meios de falar do pior assunto sem magoar a pessoa. Entre falar uma
grande verdade e ofender há uma distância, porque se você fala uma verdade e
oferece uma solução é bem diferente. Estamos acostumados a olhar só para as
qualidades da pessoa, então quando aparece um defeito parece o fim do
mundo. Mas se ele estiver dentro de um contexto passível de mudança a coisa
se modifica.
- As pessoas confundem sensibilidade com fraqueza. Alguém pode ser muito
forte, porém sensível.
- Quando estamos em um grupo estamos buscando aceitação, por isso temos
sempre a necessidade de nos explicar. Mas é importante colocar, porque o
grupo é uma oportunidade rara de colocar esse tipo de coisa e trabalhar.
- Ponto central dos cursos: metodologia holística, que significa estudos
espiritualistas, técnicas e estudos isolados. Se a pessoa fizer Reiki terá acesso
a outras técnicas, terá noções de TVP.
130
CURSO DE TERAPIA DE VIDAS PASSADAS
Márcio Godinho
Aula 8
131
- O caminho está sempre à nossa disposição. Tem pessoas que param e ficam
descansando no barranco a vida toda, mas tem a possibilidade de seguir.
- Mundo de ilusão: coisas que precisam existir à sua disposição, e que você
usa energia vital para sustentar. E a pessoa não quer aceitar, mas precisa olhar
para isso.
- Fazer um bom trabalho com a pessoa é fazer uma rachadura na casca dela. A
pessoa precisa ter a estrutura emocional destruída para construir outra no
lugar.
- Caso: pessoa alheia à vida, que lia, meditava, mas não estava inserida no
mundo. E sofreu imensamente para sair. Márcio se questionou se estava
fazendo ela sofrer para se disciplinar perante a vida, mas depois ela disse que
nunca pensou que fosse tão bom viajar, olhar para o lado, ver as pessoas. Viu
que estava sendo egoísta e centrada em si, sem compartilhar o que sabia.
- Nesse sentido a TVP não é um tratamento para qualquer um, e difícil olhar
para si mesmo.
- Sobre dúvidas nos trabalhos: no trabalho, não é absolutamente necessária a
preocupação em deixar a pessoa bem. Muitas pessoas precisam de tempo, o
espaço está sendo aberto. Teve casos em que a pessoa ficou oito meses
tentando.
- O remédio é amargo, o veneno é doce. A pessoa precisa desse tempo. O
trabalho requer paciência, você vai assistir a pessoa desabrochar. Ela pode
empacar em qualquer momento.
- Sandra: atendeu uma moça com 19 ou 20 anos em depressão que tinha coisas
engasgadas com uma pessoa. Ela trouxe a pessoa desdobrada e deu certo. O
terapeuta deve incentivar a pessoa a ver o problema, o que está por detrás.
Teve um caso em que a pessoa chorava compulsivamente e falava “não
consigo”. Ele deu um tempo para ela, uma hora ela vai conseguir.
- Todo mundo quer uma garantia do resultado e quer mergulhar no passado, e
ter uma satisfação em ver quem foi, mesmo que enforcado. Mas a intenção
deve ser buscar a saída do problema, e não há respostas para tudo, a ciência
tem respostas evasivas, nós mais ainda: é um universo abrangente e
impalpável, você detecta um problema mas não dá para tocar ou mostrar. Seria
fácil dizer: ah, você está em depressão por causa dessa bolsinha aqui ó.
- A pessoa que é bem sucedida e não faz o que quer: o lado financeiro pesa
muito, aqui é o mundo de César. É provável que seja um resgate cármico.
Aliás, no mundo em que vivemos, nada é gostoso o tempo todo. Mas é uma
opção da pessoa, fazer o que gosta ou fazer o que dá dinheiro, raramente
concilia as duas coisas.
132
- Questão financeira: TVP não é para todo mundo, tem pessoas que não se
adequam: não consegue regredir, não tem facilidade para entrar no mundo da
imaginação e dos sentidos extrafísicos, são mecanismos complexos, intuição,
impressão. Márcio sempre coloca um número de 6, 7, 8 trabalhos para colocar
o que deve ser trabalhado. Tem pessoas que trabalham com o emergente, a
queixa atual. E é isso mesmo, porque o não emergente é o que ela não se deu
conta. A pessoa que chegou querendo tratar a briga com o vizinho resolve o
problema e não quer mais. Mas quando ela tiver outro ela volta.
- Não existe um padrão: é um processo de descoberta, muitos buscam por
curiosidade. E na verdade essa curiosidade é muito mais do que isso, quando
você faz a anamnese percebe que tem um monte de coisas.
- A pessoa que paga quer um resultado imediato, o que é impossível, porque
ela vai ter que colaborar na cura dela. Existem pacientes que não fizeram nada
o que o terapeuta recomendou. Quando você se pegar ansioso, há cobrança de
um dos dois. É uma etapa que vamos passar, isso não depende do terapeuta. A
mudança quem faz é a pessoa.
- Tem pessoas que vão reclamar do sofrimento, passam mal e tudo. Mas o
processo de cura é doloroso. Não ficar bem é sinal de que a pessoa se deu
conta do problema dela, as toxinas estão sendo postas para fora.
- Nós vamos aprender a ter desprendimento e renúncia em relação ao
resultado, porque isso depende da pessoa. Qualquer tratamento está sujeito a
reações desagradáveis.
- A ciência pode explicar tudo detalhadamente, mas nada pode substituir a
sabedoria milenar, tipo o chazinho de macela. A medicina holística entende o
ser humano como um todo: corpo, mente e espírito. Se pegar uma parte só
existirá uma visão parcial da coisa.
- Temos mania de conceituar as coisas para nos situarmos. Não sabemos onde
a doença nasce, é em algum lugar da alma da pessoa. Já sabemos onde ela se
forma. Uma pessoa com câncer tem alto poder de cura, e algumas conseguem
fazer a doença desaparecer. E onde está esse núcleo? Todos temos esses
dispositivos que fazem as coisas desaparecerem e aparecerem.
- Aspecto comportamental / emocional / físico / anímico ou espiritual: quando
levamos a pessoa a buscar o por quê das coisas que acontecem com ela, essa
pessoa está ordenando um rio coma correnteza bem forte. A medicina de hoje
ensina a extirpar o problema, a oriental ensina a conviver com o problema. O
que faz a pessoa lutar contra o câncer e outra se entregar? Lado espiritual:
carma, limpeza de toxinas. Mas porque algumas esmorecem e querem cortar?
- Márcio já trabalhou com curas importantes. Por exemplo, um caso de uma
pessoa que bebia compulsivamente. Com uma prece, ela apareceu no dia
seguinte de banho tomado (depois de oito dias sem) e começou a trabalhar.
133
- Temos uma tendência a olhar as pessoas com desprezo, ou com
descomprometimento, tipo: não tenho tempo, é problema dele. Acabamos
sofrendo as conseqüências disso. É natural que ao vermos alguém doente e
com aspecto horrendo tenhamos repulsa, e a própria pessoa acaba gerando a
repulsa. Casos: rapaz bonito e inteligente que perdeu um braço em acidente e
perdeu tudo o que tinha por opção, porque não queria fazer ninguém sofrer.
- Há casos de pessoas que se sentem incapazes de serem amadas e etc e foram
um desses doentes que foi rejeitado por toda a sociedade. Tem pessoas que
deixam o familiar morrer porque não querem ver a pessoa naquela situação.
Na hora de nascer há o obstetra, e na hora de morrer também é necessária a
ajuda. E a pessoa que é largada nessa hora vai sofrer. E nós hoje em dia temos
o mesmo descaso.
- Temos que olhar por detrás da aparência e imprimir na pessoa que ela deve
ser amada por qualquer um.
- Caso de menino com problemas: odiava o corpo, mas sabia que o corpo não
era ele, que depois ele iria morrer e renascer. É preciso conversar com a
família e conscientizar. O terapeuta tem a parte mais humana do trabalho:
colocar duas cadeiras de frente e adotar o comportamento do contato humano,
do sentimento de aceitação, amor, carinho, reintegração no mundo em que ela
vive. Não sabemos onde está a cura, mas ela está na alma. Se a pessoa está
marginalizada, ela deve lutar para não estar mais. A vida da pessoa não é uma
aberração tão má.
- Hereditariedade: tem muito mais a ver com comportamento. Um pai
depressivo tende a gerar um filho depressivo porque para a criança aquele é o
meio sadio e normal, e ela pode ter essa tendência e só descobrir muito tempo
depois.
- Existe uma predisposição de comportamento, por causa do modelo familiar.
Quando a pessoa chega ela precisa separar o que é dela, do meio social e etc.
As pessoas alegam isso: eu sou depressivo porque tenho um na minha família.
E não é por aí. Um excesso de energia estagnado pode gerar uma sensação de
depressão.
- A origem é o lado espiritual, mas temos que trabalhar o pensamento da
pessoa, ensinar a pessoa a se comportar, a pensar, a sentir. Se uma pessoa é
agressiva ela é ignorante, não é disciplinada. É uma questão de educação.
- Uma pessoa ignorante pode ser muito mais espiritualizada do que quem já é
espírita. A lei de causa e efeito funciona muito mais no sentido de estar
trabalhando com a mudança em todo um ecossistema, e não por punição.
134
- Acreditar na cura é relativo. Quando uma pessoa não acredita você pode
fornecer todos os caminhos e não vai adiantar. Temos que aceitar que a cura
não dá saltos. A do corpo até dá (para mostrar o poder da alma e da mente),
mas ela pode melhorar para voltar aos mesmos padrões.
-Camila atendeu uma moça que tinha problemas com a mãe e tinha
mediunidade, e sentiu alguém perto dela que não deixou a regressão acontecer.
Morrer de medo de mediunidade: pessoa que sabe que fez muita coisa errada e
tem pavor de não resgatar. É preciso trabalhar isso, porque deve ter alguém
assombrando na freqüência. No caso da moça ela armou uma própria defesa
para que não regredisse, e não adianta tentar encaminhar, tem que tratar. É a
pessoa que atrai. Perguntar: qual a sensação que essa pessoa passa, o que ela
quer dizer? E não adianta encaminhar.
- Exemplo: eu estou notando a presença de alguém aqui mas tenho dúvida se
ele existe ou não. Tente focalizar quem é essa pessoa, use os olhos do
pensamento, as mãos, os ouvidos, a sensação do que essa pessoa passa, se dá
sensação desagradável pode ser um desafeto (espírito desencarnado ou
encarnado) ou um nível de consciência (bloquinho da personalidade que teve
mais evidência em outra existência) rebelado contra a encarnação. Hoje há
tentativa de se reajustar, e esse nível que outrora foi um desordeiro aceita a
reencarnação na hora da proposta, mas depois entra em processo de
dissociação (comum em sociopatia, esquizofrenia, psicopatia, etc). E esse
personagem passa a assombrar.
- É bem a idéia do anjinho e do diabinho: um nível de consciência pode
assaltar a consciência, e isso é um nível, não tem nada a ver com obsessor.
Dependendo da capacidade mental ele é capaz de interferir muito, e é uma
influência anímica. “Os espíritos vos influenciam muito mais do que podeis
imaginar, mas a influência tem que ser aceita a partir de vossas
vulnerabilidades”. A influência existe por causa de uma predisposição, uma
má tendência. É o exemplo de dois meninos discutindo na escola e a turma
que chega em volta incentivando. Isso é obsessão.
- O nível está dissociado, e eu vou gastar energia vital para dizer não. E
quando estiver invigilante ele assume. E depois eu penso que não devia ter
feito aquilo. Os níveis têm um certo poder porque eles são fortes, nós só
percebemos o sintoma final, e não a armadilha toda. Não é a pessoa que tem
cabeça fraca.
- O jeito de dominar esse troço é fazer a pessoa olhar para o interior, o que faz
com que ela perceba os próprios potenciais. Dar essa noção é importante para
que ela consiga enfrentar o inimigo.
135
- O inimigo pode ser forte, mas ela tem força também. Se ela souber o que
pode ser feito, nem que leve muito tempo vai resolver. E pode levar mesmo,
são milênios de erros, não vai arrumar de uma vez. E como cobrar da pessoa
que ela lute imediatamente contra aquilo se ela não tem material humano? É
preciso orienta-la para que não haja cobranças, ao descobrir as dificuldades
também descobrimos as limitações. Se constatar que vai levar um ano para
trabalhar, que leve. É melhor levar um ano do que não fazer nada a respeito.
- João: a besta seria solta por mil anos, recolhida e solta por mais mil anos.
Quando Jesus veio para esse planeta muitos espíritos foram recolhidos nos
porões umbralinos. Alguns escapam, como Gêngis Khan e sua turma. Após a
vinda de Jesus, no ano 1000 começam as Cruzadas contra os não cristãos,
eclosão das guerras religiosas. Urbano II foi o que mais decretou a morte em
massa dos turcos. Foi o período de Cruzadas e Inquisição, o que demonstra
claramente que a besta estava solta.
- Ano 2000: conscientização. O resgate começou nos anos 80. Há o exílio
mais o despertar e o resgate rápido (nova civilização de Ouro a caminho da
conscientização). As grandes tragédias são programadas minuciosamente.
- As pessoas que reclamam que não melhoram: demora mesmo, demorou para
chegar onde está. Que a terapia é cara: é, e quanto você gastou para estragar?
E para consertar não quer gastar?
- O ser humano sabe que o cigarro faz mal, mas não sabe até que ponto. É que
nem magia negra.
- Temos que aprender a combater gradativamente as nossas imperfeições,
porque elas são muitas.
- Não existe nada pior do que a ignorância culta, ou seja, a pessoa saber que
aquilo leva a um problema e continuar fazendo.
- Não adianta deixar de fumar e continuar com a lingüinha de cobra.
- É necessário aprender a pensar, impor um ritmo de menor cobrança e maior
espontaneidade. As coisas devem ser mudadas pela própria vontade, e não
porque deve ser feito. É preciso não querer ter o controle de todas as coisas.
- Sandra: caso da menina com depressão. Ela foi atendida por um cara que
pediu para ela tirar a roupa e ficar de calcinha e sutiã. Não tocou nela mas fez
ela se sentir muito mal, com vergonha do próprio corpo, sem conseguir se
concentrar. E o cara é espírita e anda com livrinho debaixo do braço. Existem
algumas pessoas que se aproveitam da técnica, e esse tipo de pessoa suja o
nome do terapeuta holístico. E a moça vai ter que confrontar isso.
- No caso da moça: abalou a confiança dela em relacionamento, na religião,
em tudo o mais. Márcio teve um caso de moça que fez cirurgia plástica e ficou
deformada, e ia ser presa por causa de acusações feitas pelo cirurgião.
Conseguiu inverter a situação, e ele foi depor a favor dela, como terapeuta.
136
- Cuidados: ter secretária, gravar, se necessário trazer gente junto (até o
psicólogo), atender crianças com os pais ao lado. No caso de adolescentes,
repassar tudo para os pais se eles não estiverem presentes, porque o
adolescente pode distorcer. Um terapeuta acusado de assédio sexual pode ter a
sua vida profissional derrubada, e muitas pessoas até mentem para isso.
- Floral: qualquer idade, animais, plantas. 4 gotas 4 vezes ao dia. Joice: bom
colocar embaixo da língua por causa da respiração. 4 vezes: para fazer um
ciclo, e fazer um efeito melhor. Mas se não der vale botar no suco, na
mamadeira, etc.
- A regressão não é tão necessária para todas as pessoas. Algumas precisam ser
ouvidas, precisam da opinião do terapeuta. Existem pessoas que funcionam
tão bem com uma simples conversa, melhor do que outras funcionariam com
uma regressão.
- Alzira: caso de pessoa que era compulsiva por compras e descobriu que foi
mendiga. Mas teve casos em que a pessoa só via uma luz, e não saia disso.
Márcio: isso deixa o terapeuta perdido, pode dar a impressão de fracasso e não
o ser necessariamente. A pessoa pode ficar uma ou duas horas, e você se
perguntando se está errado, e não está. É comum não ter respostas na terapia.
E mesmo sendo pago para isso o terapeuta pode não saber.
- Existem pessoas com sonhos recorrentes que interessam, mas outros são
estapafúrdios. Nem tudo tem explicação.
- Eleanir: colega sentiu sensação de sufocamento no oitavo mês de quando era
bebê. E falou da mãe chorosa que desestabiliza a família toda, e que hoje
quando ela quer chorar não se permite. Ela teve asma, e realmente isso tinha a
ver com a mãe, porque ela não pôde contar com a mãe. Acontece do terapeuta
se ver com uma pessoa que não conta um milésimo da vida dela e quer que a
gente adivinhe. No caso da moça: provavelmente há uma rejeição forte da mãe
na gestação, ela não soube entender as necessidades da criança de amor e
amparo.
- Diferenciação da relação amigo/terapeuta: realmente olhar para dentro é bem
diferente do convívio social.
- Diferenciação TVP/Apometria: não dá para esconder na mesa coisas
internas. Mas há casos onde a pessoa não tem nem idéia do que está
acontecendo, não está escondendo nada.
- Gestação: Márcio trabalha de uma vez, em bloco. Tem coisas que aparecem
em sintomas, em algum lugar. E quando é dado um comando específico fica
fácil para o psiquismo se localizar. O momento mais forte da vida intra-uterina
é a descoberta da mãe e do pai, e a pré-encarnação.
137
- “Procure colocar seu pensamento no momento em que o espírito começou a
ser miniaturizado. Veja o momento em que a mãe descobriu a gravidez. E aí
procurar ver os sentimentos, ver se isso é seu ou não”. Sentiu algo, viu que é
da pessoa, abre um parêntese e volta para ver o que foi em outra existência. O
psiquismo não funciona por épocas, ele funciona por temas.
- Mari: quando se sente triste quer tomar banho e ficar debaixo da coberta.
Correlação com a vida intra-uterina. E quando foi ver chorava que nem louca,
porque tinha que aceitar a missão e sabia que não ia ser acolhida. Queria o
calor. Márcio: Questão de trabalhar em prestação, no limite que a pessoa
consegue colocar para fora, em doses homeopáticas.
- Helenize: sentiu sensação de medo no sétimo mês, e soube que estava sob
ameaça de aborto, por complicação na gravidez.
- O lado emocional da pessoa é como se fosse um quarto escuro com uma
porta. Do mesmo jeito que a pessoa entrou vai sair. E o psiquismo sabe onde
está o problema.
- Toda vez que acontece um trauma o psiquismo fica preso naquilo,
independente do tempo.
- Sandra: viu com a Leni que durante a gravidez da filha ela não tinha
sentimento nenhum de mãe. A razão é que o namorado dela foi filho dela, e na
época a filha roubou. E o ciúme vinha muito forte.
- Transparências –
138
- Exemplo: um caso onde a pessoa sumiu por 6 dias de casa. Os níveis
estavam em desajuste e não aceitavam a situação sem dinheiro e etc.
- Normalmente a pessoa com psicose tem muito medo, sensação de
impotência.
- Dissociação: pequenos blocos do bloco maior se separam. O bloqueio
inconsciente de uma instância maior fica fragilizado e ele começa a ter
lembranças de outras vidas. Vive regredindo, fica confuso, vários personagens
atuando ao mesmo tempo.
- Qualquer distúrbio psicológico vai estabilizando com o passar do tempo, não
fica assim o tempo todo. E aí recomeça o ciclo.
- É uma situação cármica bem delicada e um desajuste psíquico bem grande.
Não há cura na medicina tradicional, só dá para equilibrar.
2) Síndrome do Pânico: egoísmo e orgulho. Difícil de trabalhar. Com a vida:
sensação de fracasso, não aceita ser confrontado. Quer que a vida satisfaça
todos os caprichos. Desenvolve raivas. Os espíritos se aproximam, o
ectoplasma gera uma ansiedade muito forte (necessidade de gastar essa
energia).
139
- Sonhos recorrentes estão dando dicas do que está nos fazendo ter perda de
energia vital. Alguns psicólogos dizem que o sonho é realização de desejo,
mas na verdade é reflexo de uma realidade espiritual que estamos vivendo, e
que não conseguimos trazer para a consciência.
- O psiquismo é muito mais complexo, é ilimitado, é irrestrito. A fronteira da
individualidade é onde está o coletivo. Todos fazemos parte de uma
consciência só.
- Depressão secundária: não aparece como tal.
3) Neurose (Normóticos): Inveja e orgulho. Pactos da pessoa consigo própria.
A vida mostra a incapacidade para ser feliz. Possui falsa tristeza e frustração.
Vive sempre com um problema, uma raiva, cheia de não me toques.. Possui
melindres, considera comentários como ofensas. A falsa tristeza passa para
frustração porque percebe que as pessoas estão se afastando. Sempre se
incomoda com as coisas que não tem. Coloca toda a felicidade em coisas for a
do seu alcance. As pequenas mágoas vão abrir espaço para as grandes
irritações. O mundo é injusto com ela. Abre muito espaço para a obsessão.
Comete pequenas maldades e fofocas, tem intuições negativas. Desenvolve
raiva para dentro, começa a engolir e aí vai somatizando tudo. E então vem a
raiva para for a e as crises histéricas para chamar a atenção.
e) Psicopatias (Sociopatias): egoísmo. Impõe regras (todos os grandes nomes
inovadores foram assim). Há recrudescimento do caráter. Quer ter posse do
que não é seu. Contraria a sociedade, vai quebrar regras (exemplo: meninos
que queimaram os índios pataxó). Frustração, raiva, não tem medo. Precisa ser
excluído da sociedade. Tem intuições negativas. Acaba sendo vítima de
diversos espíritos. O serial killer é na verdade influenciado por uma série de
espíritos (os incrédulos são presas fáceis, pois tomam a sugestão do obsessor
como sua e agem). Em alguns casos não há o super ego. O psicopata tem um
desejo mórbido de ser pego. É como se lá no fundo ele pedisse ajuda. Vai
deixando pistas. O espírito pode aproveitar o psicopata para matar os seus
inimigos, e aí vira festa, ele vira um prestador de serviços. A pessoa não tem
contato com suas emoções, não tem dó nem piedade. Normalmente foi
agredido na infância, acaba no corredor da morte , em um hospital psiquiátrico
ou na rua. Nunca vai procurar a terapia.
f) Depressão: prepotência e orgulho. A vida não satisfaz os desejos e não
cumpre as ordens. Há recrudescimento do caráter. O depressivo estuda seus
pontos fracos e os ataca, para você se tornar um serviçal. Tem sensação de
impotência (grande frustração). “Como foi acontecer comigo?”. Raiva
contida. Vê presenças, tem intuição negativa, acha que ninguém o ajuda, que
não há saída, que é uma vítima, acha que tudo pode acontecer para ele. Tem
falsa tristeza, desânimo, queixas diversas, impotência, idéias suicidas.
140
Pode ser que tenha sido rico e volte pobre. E uma pessoa pode ser depressiva
sem saber, pode até ser um amor e fazer coisas boas. Tudo não acontece
conforme ele queria. Nas suas idéias suicidas se vê como morrendo vítima do
acaso. A pessoa desiste de lutar e se entrega, e aí recomeça o ciclo. O suicídio
aparece muito mais como uma dificuldade de adaptação a uma encarnação
compulsória. Uma pessoa que sofre de depressão pode ter o ciclo todo de novo
depois, assim como no distúrbio bipolar. Em geral é preciso propor uma
mudança de comportamento. É muito complicado entrar nesse jogo. É preciso
que a pessoa se conscientize, porque muitos usam a doença para dominar a
situação. É mais fácil ficar por trás da doença. A depressão é uma doença, tem
gente que luta para sair. Mas tem outros que são manipuladores.
- Psiquismo: parte palpável: mental superior/mental inferior/corpo astral/duplo
etérico. São integrais, mas a energia que verte deles deteriora, desarmoniza e
etc. Mas nada que não se resolva com um passe.
- Caso de homem com problema de auto-estima: foi muito humilhado,
escravizado, e na apometria foi detectado seu mental superior muito pequeno.
- Toda pessoa que manifesta agressividade e prepotência está com o mental
superior agigantado.
- As personalidades se formam em eventos importantes em uma única
encarnação. Nós as vamos levando.
- Toda pessoa que é masoquista para for a é dominadora para dentro. E por aí
vai, há a alternância.
- Em caso de assassinato: é importante ver o que você fez para o algoz te
matar, o que fez em espírito e qual foi a programação encarnatória.
- É preciso trabalhar o pensamento, a emoção e o comportamento.
- Casos de sexualidade ou algum bloqueio de sexualidade: o corpo astral fica
avermelhado. No tabagismo ele fica acizentado. Com drogadição ele fica com
lesões como buracos, a pessoa irá voltar com defeitos para expurgar.
- Em busca da unicidade do eu -
Roberto Assagioli, Psicossíntese
- Auto-identificação: conhecimento da própria personalidade. É preciso uma
análise profunda dos atos involuntários e automatismos, das ressonâncias com
o passado, dos conflitos e medos que consomem energia. O papel do terapeuta
é facilitar a auto-análise e fazer com que a pessoa se enfrente. Temos
dificuldade em nos aceitar.
- Existe a resistência que precisa ser vencida, o consciente dribla as tentativas
de se analisar. A solução para a vida de uma pessoa pode implicar em abrir
mão de um vínculo emocional, e ninguém quer perder nada.
141
- Toda vez que você constatou um problema e ficou com medo de resolver a
coisa vai sendo empurrada com a barriga, e amanhã existirão outros problemas
para resolver.
- Preconceito: muitas pessoas não querem fazer algo por medo do que vão
dizer ou pensar (a sociedade).
- Todas as pessoas que tomaram uma atitude se tornaram fortalecidas com
aquilo.
- Controle: depois de descobrir esses elementos, após uma análise, é preciso
aprender o que fazer com isso. É a desidentificação, pois somos dominados
por tudo aquilo com que o nosso eu se identificou, seja fraqueza/medo/defeito.
- Exemplo: Márcio conversou com um homem que era viciado em bebida e
comida. E o corpo fica identificado com aquilo.
- Podemos dominar e controlar tudo aquilo de que nos desidentificamos. O eu
vigilante não se deixa subjugar.
- Uma pessoa desanimada contamina vinte. O ânimo é uma questão de postura
mental, o desânimo é uma questão de natureza mental. Tenho que lutar para
me disciplinar.
- O eu vigilante é a bola de cristal. Se você está em uma discussão e está
ficando irritado o eu vigilante manda abandonar. É a razão maior, o agente
moderador.
- Síndrome do pânico: tem que agir no Eu Vigilante. Medo de elevador:
convida a pessoa mentalmente a ficar lá dentro bem, depois vai in loco. É feito
um trabalho para a pessoa desmistificar sensações falsas, direcionar para o
aqui e agora.
- Não é só descontextualizar do passado, é de fato tirar o nível de lá e
doutrina-lo, e usar essa energia que estava sendo gasta para a cura.
- Como repelir um a um os ataques do inconsciente: redirecionar, o moderador
diz que não é certo fazer. Mas a tendência vai existir. Há casos de pessoas com
pensamentos obscenos na mesa: tem que deixar fluir e por para fora. Repelir
não é recalcar. Exemplo: teve um rapaz que ficou angustiado e ansioso, e a
idéia era “abrir a tampinha da pessoa”.
- Ao desbloquear uma pessoa é preciso lidar com essa energia, senão o
sintoma vai ser metamórfico. Sexualidade e agressividade têm que ser
liberadas, e não recalcadas. A pessoa pode reconstruir sua vida.
- É preciso canalizar essa energia, usar a energia do sintoma e recanalizar para
reconstruir a personalidade.
- Centro unificador: ponto de equilíbrio de uma nova personalidade, tarefa
árdua e demorada.
142
- Em uma caminhada evolutiva algumas pessoas ficam em platôs. Ela resolve
algumas coisas e fica assim. E na hora que achar que tem que evoluir
continua. Cada pessoa vai até onde quer, não adianta o terapeuta puxar. Um
troglodita não vai virar um intelectual, uma pessoa com dificuldade de falar
em público nunca vai ser mais que um orador mediano.
- Nesse sentido a terapia serve para mostrar para a pessoa qual é a sua
potencialidade, até onde ela pode ir. Acaba acontecendo a adaptação das
pessoas a um determinado papel e ideal. Cada um tem um perfil.
- Existem pessoas extrovertidas ao extremo que colocam o seu centro vital em
algo externo, como a mulher que se joga em direção ao homem que ama e
vive para ele. Só que a mulher acaba se colocando na posição de submissão
plena, perdendo a idéia de quem é, e normalmente acontece o divórcio ou a
traição. É uma auto-realização indireta.
- Novo centro unificador: o ideal de vida para uma pessoa é o que faz ela feliz.
- Exemplo dos amigos que foram para a Índia: o nosso modelo é certo para
nós, e não para os outros. Temos que conceder o direito da pessoa ser o que
ela é.
- Quando encontramos o centro vital: estágios:
1) Formular o programa interior: implica em ter uma visão clara das tarefas
que são necessárias: quem sou eu/recompor o eu em escombros/não cair no
contra padrão/continuar em equilíbrio. Se a pessoa for limitada isso vai levar
um certo tempo (no sentido de ser resistente a abrir mão da própria vida e
construir uma nova). A pessoa pode estar com a auto-estima baixa, estar
malhando ao máximo no seu limite, ter dificuldade de confiar nas pessoas, as
pessoas começam a falar que ela está mudando – para pior, e a pessoa fica na
mão do terapeuta, e ele precisa ajudar a pessoa a enxergar seus potenciais,
dentro da realidade do paciente. Se a pessoa não quer mudar ela não está de
todo errada. Ela tem que ser ela própria.
- Quando o indivíduo decide ou vai ou racha. Algumas pessoas não
conseguem deixar para o próximo minuto.
2) Deixar-se guiar pelo espírito interior: pessoa que espera: está sem forças,
não vê saída, precisa esperar a coisa dissipar para decidir depois. Decidir na
verdade a gente decide muito antes. A atitude vem muito depois. E quando a
pessoa espera a vida faz com que ela decida.
- Auto-identificação: todos temos, poucos percebemos. É o que o organismo
interpreta como necessidade:
a) tudo aquilo que propicia sentimento de ser, a que atribui importância
143
b) pode ser o papel desempenhado na vida ou o foco dominante da
consciência. Exemplo: para uma miss o corpo, para alguém que preza o amor
a vida emocional, para os intelectuais a mente. Ou seja, somos muito mais
apegados à matéria do que pensamos.
c) Papel: esposa, mãe, profissional. Impede a experiência do puro eu e reveste-
se de conseqüências muito sérias. É o alvo da terapia ocupacional.
- Segundo significado: viver experiências de auto-identificação e
autoconsciência pura: meditação/entrar em contato com a
alma/restabelecimento de saúde espiritual (um desesperado não enfrenta
nada). Determinadas pessoas estão diante de um problema e têm um insight:
desenvolver a intuição, algo que você já fez e deu certo.
- Terceiro significado: aspecto da realização espiritual do ser. Ficar na Igreja
rezando o terço é bom porque não fica falando da vida alheia. Mantras: canto
de elevação da vibração do espírito. TVP: existe um Eu, mas há níveis
diferentes e distintos de auto-realização.
- Desidentificação: significa compreender, separar e educar os automatismos.
- Exercícios:
1) afirmar convictamente: eu tenho um corpo, mas não sou o meu corpo. É
importante, senão viramos escravos do corpo.
2) “Eu tenho uma vida emocional, mas não sou as minhas emoções e
sentimentos”. Ao invés de dizer “eu estou irritado” dizer “existe uma irritação
em mim”.
3) “Eu tenho um intelecto, mas não sou um intelecto”: reeducação mental.
- O eu é a centelha divina, é incólume, está fora de controle. Não temos um
controle absoluto.
4) O que sou então? O que resta? É o momento em que haverá a readaptação e
o caminho rumo à integralidade do próprio eu.
- Estamos no segundo passo, faltam só mais dois.
- Reflexão sobre o significado das afirmações. Colocar pensamento positivo.
Viver na nossa autoconsciência. Estamos em tudo quanto é lugar, menos no
próprio eu. Somos bombardeados por estímulos. O corpo é apenas um
instrumento. O problema vai se resolver cedo ou tarde, não adianta esquentar a
cabeça. Podemos usar tudo isso no propósito firme de crescimento.
- Leitura da pessoa: olhando para a pessoa, mesmo sem mediunidade, você vai
saber o que está acontecendo com ela, se prestar bastante atenção.
144
- Deve ser feito com o intuito de entender, e não vigiar. E normalmente os
gestos se repetem em situações de mesmo conteúdo emocional e contexto
totalmente diferente. O corpo físico mostra através de gestos e reações
fisionômicas a mesma origem emocional. E isso ajuda a fazer a conexão.
- Se a pessoa vai resolver um problema específico:
a) se projetar em uma história igual e fixar o olhar, o sentimento;
b) mentalizar a própria pessoa, pois pega a freqüência.
- Quando a pessoa entra em regressão ela vai entender como funciona
automaticamente. Quando a pessoa não entra: ou não quer ver, ou não está
equilibrada, ou o psiquismo vai dar vazão de outra forma.
- Ajudar a pessoa com o máximo de elementos vai ajudar. Se não vier, a
dificuldade pode estar em ter sido suicida ou retardado mental. Na
possibilidade dela não entrar pode ser feito o convite explícito para essas
situações, e normalmente virá.
- Nem sempre a partir de uma regressão como essas citadas o trabalho irá fluir
normalmente depois. A cura da pessoa está em se livrar do que faz mal para a
pessoa. Exemplo: uma pessoa que vem bloqueada sexualmente e descobre que
foi prostituta. Logo, ela precisa aprender novos valores e redirecionar. Houve
casos em outros lugares que a pessoa foi trabalhar um bloqueio com um
reichiano, e aí a pessoa começou a cair na promiscuidade. Os bloqueios são
freios inibitórios. Não adianta pegar uma marreta e quebrar a casca, é preciso
redirecionar a energia. Em determinados casos quando a pessoa chega com um
problema a primeira idéia é que um tratamento espiritual resolveria. Mas ela
não tem comprometimento, leva uma vida normal. Logo, é preciso oferecer
opções: leitura, trabalho, caridade. Técnicas espirituais fazem ganhar tempo.
- Interpretação: pessoa que flutua, vê cores: o que deve ser observado é o
desprendimento, os sentidos se voltando para dentro. A pessoa está em
processo de interiorização, saindo do mundo das formas. Pode ser um
desdobramento mental, mas pode ser várias coisas. É um processo normal, que
não pode ser controlado. Mas você pode induzi-la a buscar as informações.
- Há casos em que a pessoa morre de medo de ir. Uma opção é dar a mão para
a pessoa. Isso pode ser feito quando a pessoa não quer voltar também.
- A criatura mais escabrosa precisa de ajuda. E se você oferecer ela vai aceitar.
- Pessoa que pega no sono: bom dar um tempo, porque ela pode estar
trabalhando. Algumas pessoas estão precisando disso por causa do gasto de
energia psíquica. Quando relaxamos os pés e as mãos formigam, perdemos as
pontas. Toda vez que uma pessoa apaga ela está resolvendo algo muito
profundo. E a pessoa perde a consciência mesmo.
- A maior parte do trabalho é inconsciente. A história que é contada é uma
parte pequena.
145
- Toda vez que se dá uma indução é bom esperar uns cinco minutos antes de
dar outra.
- Quando o ser humano reencarna o psiquismo sofre uma deformação, uma
redução, um afunilamento, uma distorção. E isso vai fazer com que toda
aquela amplidão se reduza a alguns pensamentos e sensações. Há um número
máximo de coisas que podem ser resolvidas aqui, e outras lá (à noite em sonho
ou desdobramento). A experiência extrafísica ocorre 24 horas por dia sem que
a gente perceba, há a evolução em dois mundos. O corpo físico é o ralo do
espírito. E nesse sentido as doenças são manifestações do que ocorre por lá.
- As grandes revelações ocorrem na parte espiritual. No mundo vibracional as
coisas não têm limites. Na regressão a pessoa está aprendendo a se conhecer.
- A Psicologia tem um pouco mais de cem anos. Não é totalmente decifrável.
As grandes verdades transcendentais foram perdidas, porque eram
conhecimentos orais. Nós estamos em processo de redescoberta.
- É natural se fascinar com a TVP, mas isso é o início do início. O psiquismo é
muito mais que isso.
- O microcosmo existe ao nosso redor, e nós não enxergamos. É a nanociência.
A física quântica foi o primeiro passo. Estão descobrindo que dá para fazer um
microchip do tamanho de um pólen. A física quântica está ultrapassada. Hoje
há a teoria das supercodas, os cientistas já sabem que existem 21 dimensões.
- Como explicar a um cético que volta: querido, é o seguinte, ta na hora de
saber a verdade. Papai Noel não existe. Segundo a teoria do unicórnio, isso
tudo quer dizer que a reencarnação existe. Quem disse que não?
- Tudo é crença. Não acreditar em Deus é crença.
- Associar TVP e apometria: Dr. Lacerda diz que a apometria seria para todos.
A apometria pode ser utilizada como técnica. Na terapia há uma
reprogramação de vida. A apometria ajuda, mas não resolve. É um pronto
socorro.
- Pouquíssimas pessoas fazem TVP por autoconhecimento. Fazem por
necessidade, porque não dá mais.
- Aquilo que Kardec desenvolveu está impregnado em todo o resto.
- Clovis Nunes, transcomunicação instrumental: foi na Alemanha em um
congresso, e lá disseram que Kardec era ultrapassado. Na Gênese Kardec fala
da ciência arcaica, muita coisa aconteceu depois. E ele sedimentou porque foi
druida e porque era maçom, e ficou dentro do aspecto trino.
- Exemplo de especialista do Roberto Crema (festa).
- Não adianta conceituar um modelo, tudo vai ser um furo na água.
146
- Questão da cobrança: é relativo. Algumas religiões legalizam. Mas na
verdade depende da intenção. Às vezes é melhor pagar por alguém que faz
com amor do que ter de graça com má vontade. É tudo muito relativo. No caso
do trabalho espiritual, se for cobrado a pessoa vai cobrar resultado. Mas vai
defender da pessoa, a cura depende dela. A pessoa tem que estar engajada no
processo de autolibertação. Cultivar bons pensamentos, ser disciplinado e etc.
Ao pagar você está transferindo responsabilidades. Um processo terapêutico
mescla tudo isso: ele vai se especializar para buscar qualificar-se, para se
melhorar e ir atrás da técnica que não sabe. No trabalho espírita você é o que
é.
- Não há um consenso ético entre os médiuns. Muitos dão o telefone para o
atendido. E aí você está dando espaço. Uma coisa é o médium, outra a pessoa.
- Regressões -
1) Alzira/Marga
- Queixas:
Medo de altura, na verdade pânico
Começou há pouco tempo
Tem medo de curvas quando dirige
Não anda de elevador panorâmico, nem teleférico
Conscientemente: sobre a curva, sofreu acidentes, e a altura é ligado a isso.
Pensando bem, lembra de uma casa antiga onde morava e lembra que a tia
brincava com ela de debruçar do terceiro andar.
- Relato: “Uma paisagem. Parece que eu cai, tem alguém junto, só olhando.
Eu conheço ela. Foi um trenó. Um homem estava dirigindo. Antes parecia que
eu não o conhecia. Mas parece que o conheço. Ele é o responsável pelo
acidente, mas não foi proposital. Sinto uma dor forte no peito. Faço uma
ligação com a insegurança, mas não com a confiança.
- Voltando mais, baseado na insegurança: Tem uma pessoa comigo, eu sou
uma criança e estou nos braços dela. A imagem não ficou muito clara. Na
verdade a criança é uma menina minha, ela foi tirada de mim. Ela morreu.”
- Nega: quem é a menina hoje? Alzira sentiu que a menina estava no astral.
- Marga: sou sinestésica, sinto o que acontece, não vejo.
- A pessoa pode estar encarnada ou no mundo espiritual. Esse reconhecimento
é optativo, mas é bom. A pessoa pode estar encarnada e passar por você na
rua, e detonar o sintoma. Se é alguém desencarnado pode ser resgatado.
- Alzira: mudou o tom de voz na hora da busca, e isso encoraja. E usou a
combinação com outros métodos, como a cromoterapia.
2) Joice/Mari
- Queixa:
Não conseguir escrever diante de alguém
147
Faz quase um ano
Tenho um branco
Começou quando fui fazer um certo trabalho.
Tenho medo e pânico
- Relato: “Eu vejo a imagem do tremor do medo. Me veio uma cena, nessa
vida, quando criança. Eu queria estudar. Mas tinha que ser escondido. Da
época que eu estudei em um colégio de freiras eu estudava separado. A madre
me pegou escondida lá no colégio. E quando souberam, ela me maltratou, e
não me deixaram mais ficar. Ela não é dessa vida. Eu conheço ela. Ela está
desencarnada.
Estou sentindo frio, muito frio. Eu estou no local em que ela está. Eu não
estou com medo, mas estou com muita raiva.”
- A freira estava desesperada e precisando de ajuda, e a Mari questionou se
deveria. Ela só deu porque uma pessoa importante pediu. Ela não deu o braço
esquerdo, e está com dor.
- Ela sempre contou que fugiu do convento. E não foi isso, eles que a
expulsaram. É um colégio de freiras.
- O tremor é comum em incorporações fortes. Ele não é da Mari, é da freira. E
elas ainda estão ligadas. O tratamento deve ter sido por causa de outra vida,
ela não devia estar enxergando a Mari. Ela tomou consciência da contenção. O
perdão é uma transformação de energia.
148
CURSO DE TERAPIA DE VIDAS PASSADAS
Márcio Godinho
Aula 9
- Religião X Terapia: são coisas diferentes. A técnica é neutra, e não temos que
convencer ninguém.
- Personalidade: o Ego não é puro, vive misturado, somos um pouco de cada
tipo. Distúrbio: desequilíbrio deriva de instabilidade. Mas um verdadeiro
distúrbio leva a pessoa a uma estabilidade dentro de determinado padrão.
- O terapeuta holístico é o mais testado dentro das suas capacidades. É bom
buscar o máximo de informação possível, apesar de não dar para saber tudo.
Márcio não acha certo diagnosticar. A idéia é buscar a causa, e não o efeito.
Caso: pessoa que começou a trabalhar com Reiki, e pegou um cliente que
tinha tendência a grandes infecções, e continuou só aplicando Reiki nele. E na
verdade a pessoa precisava de atendimento médico, pois estava com
deficiência de glóbulos brancos. Logo, é importante saber os próprios limites e
ter noção do que vai ser trabalhado. Na prática dá para perceber quando não
vai dar resultado, e aí nem adianta insistir.
- Grupos de distúrbios:
1) Estranhos/excêntricos
149
O ridículo que está na ficha de anamnese: são pessoas que se vestem de forma
espalhafatosa, que fatalmente irão chamar a atenção. Deficiência física: a
gente tem um sentimento inconsciente de desprezo, porque é diferente, mas a
dificuldade é minha.
1.c) Esquizotípica: além do acima tem certas esquisitices, acha que é o super
homem, um agente secreto que está sendo perseguido, pessoa que acha que foi
abduzida e implantaram micro chip, etc. Por algum motivo o doente da família
é tratado como ovelha negra ou aberração, e na verdade ela é só o escoamento
de todas as energias deletérias da família. Pode ser obsessão profunda em
alguns casos, ou mediunidade mesmo. (exemplo: filho drogado que era
médium da própria mãe, que tinha níveis drogados que usufruíam do próprio
filho). Desenvolver um distúrbio desses é um contato com o mundo invisível
muito intenso, onde se perde a noção do mundo real e do espiritual. Tem casos
de esquizotípicos que contam mentiras inocentes, que falam que falaram tal
coisa mas na verdade só desejaram falar.
2) Drásticos/irregulares
2.a) Limítrofe: atrai pessoas conforme vibra, e acha alguém disposto a dedicar
toda a vida a ele. De vítima passa a ser agressivo, usa chantagem emocional.
Mostra que não tem nada de doente. E depois volta.
Ela se alimenta de chantagem emocional. Telefona trinta e cinco vezes para a
pessoa não se esquecer dela, manda recado, bilhetinho, flores, não pode
desgrudar da pessoa.
É a pessoa que diante de uma perda se destrói para que sintam dó dela. A
mulher que tem necessidade que o parceiro fique o tempo todo elogiando,
paparicando, dizendo que ela é importante e etc.
150
É comum a mulher limítrofe casar com o homem antisocial. Ele não pede
terapia.
Todas essas doenças tendem a se estabilizar, mas não curar.
2.c) Narcisista: é o caso de muitos juizes. Pessoa que prejudica alguém e fala
que é para o bem da própria pessoa.
Algumas pessoas não chegam querendo um terapeuta, mas sim um avalista,
que diga que tudo que ela faz está certo. E aí mora a questão: você vai deixar a
pessoa continuar se enganando?
Todo mundo tem direito ao seu minuto de fama, a ver o resultado do que estão
fazendo. Mas não dá para ser bom em tudo, cada um tem seu caminho e tem
que ser direcionado para ele.
Muitas pessoas acham que o outro tem inveja. E essa pessoa está em
frangalhos, como alguém vai invejar? O narcisista acha que é bom em tudo,
não assume a imperfeição. Tenta controlar os outros porque eles não vão se
conduzir sozinhos.
Tem a intenção de ofender quando aconselha. É o caso de grandes
empresários, porque fazem acontecer, ou o crítico de plantão, porque não é
capaz. A sabedoria é saber usar o conhecimento, colocar na prática.
151
2.e) Dependente: acaba desistindo de seu projeto por causa da opinião dos
outros. Exemplo: mãe italiana.
O limítrofe exige perdão e quando o outro pede não aceita.
2.f) Abstenção: não pode ouvir um não, não responde a remédios. É induzido
pela consciência, isola-se por medo de ouvir não. Ela não pede um favor por
medo de não receber. O traço que está escondido é o orgulho.
2.k) Depressiva (ou Masoquista): tem que passar a imagem de sofredor para
que possam admirá-la. E obviamente faz com que os outros se afastem.
- Parte prática -
1) Sandra/Camila
- Ficha de indução: crise de asma, falta de ar.
a) mental: ansiosa, incomodada, procura ficar calma
b) emocional: está bem, ansiedade
c) físico: dor no peito, aperto na garganta, o ar não vem.
- Relato: Uma moça olhando o mar, andando na praia, perdida.
Um ano atrás ela conheceu um rapaz e casou com ele. Depois ele a
abandonou, porque só queria o dinheiro dela.
Ela foi até a praia, se jogou no mar e deixou o mar levar. Ela sentia que o mar
a levou e que ela ainda estava lá.
- Comentários: nem sempre uma carga emocional forte aparece. Exercício da
espera.
- História de Mateus (filho da Mari): não se viu na história, colocou em
terceira pessoa. Depois viu alguém preso em uma cela, mas a dor que sentia
152
era fome e tristeza, angústia porque ninguém deixava comida para ele. É bem
provável que sejam duas encarnações. Em uma levou um ferimento de faca.
- São recordações e sintonias com nível consciencial, porque ele continua
ligado. Nem é TVP, é terapia multidimensional, é uma reintegração de um
nível perdido.
- Questão da vida passada X nível consciencial: na verdade a teoria de TVP
cai por terra, porque não se baseia na reencarnação, e sim na dissociação.
Tudo ainda está acontecendo, não ficou lá no passado.
- Caso da mãe da Mari: foi dito que ela tinha níveis diminuídos e sem força,
ela tinha grande força mental e pode vir a se dissolver. Márcio discorda: eles
estão dando forças para ela sim, e nós não sabemos quais são os níveis que
estão sofrendo e quais os que estão fazendo sofrer. No caso ela tem força
mental e o nível certo não foi trazido.
2) Eleanir/Mari
- Ficha de indução: Dor no braço. Sinto que razões emocionais causam a dor.
- Relato: Vejo um homem. Dá a impressão que quando eu me aproximo ele
corre. Sinto ansiedade, indiferença.
- Não sei se o que estou sentindo não é uma espécie de frustração. É como se
fosse uma premonição sobre o que vai acontecer, e aí vem uma dor.
Ele está desencarnado.
Cada vez eu fico mais cansada.
Não consigo sair desse quarto. Estou em um lugar bem escuro. Provavelmente
é um nível preso.
Tenho a impressão de que o local é dele, ele é o dono. Ele não quer ajuda. Ele
quer que eu fique lá com ele.
Tenho ligação com ele.
Há vários espíritos lá, todos na mesma situação.
- Quando um espírito só usa todos os outros para adquirir força mental o
potencial dele aumenta. E a Mari está ligada a esse espírito.
- Márcio usou mentalização para recompor o ombro dela e para libertar todas
as criaturas que estavam presas.
- Entrar onde fomos é mais difícil do que sair.
- Ela estava com um nível consciencial mutilado, por isso a dor. Chance muito
alta de o nível ser ela mesma. É um trabalho demorado.
- Quando ouvir falar em vazio no espaço pergunte se há um corpo físico. Ela
está fazendo uma exploração e ao mesmo tempo limpando o lugar, ela precisa
de um tempo para isso.
153
- Qual o momento certo para tirar disso? Não adianta ficar desesperada e
querer arrancar o nível de lá. Ele vai ter que sair por conta própria, se
retrabalhar para mudar a vibração, conscientizando e educando, para elevar a
vibração e tirar das vivências equivocadas. Eles vão vindo aos poucos. A idéia
é conscientizar para ajuda-las a evoluir. Mas não é como um simples
atendimento que isso vai se resolver. Tem que educar.
- Uma coisa é dizer que na apometria haverá incríveis melhoras, mas é um
tratamento. Tem que tomar cuidado com o deslumbre. Não existe achar que
um atendimento vai resolver.
- A apometria é o pronto socorro. A partir daí a pessoa tem que passar por um
tratamento.
- Podendo mesclar TVP com tratamento apométrico é bom.
- Em muitos casos é preciso pegar os níveis rebeldes primeiro para aí chegar
no oculto, e isso pode levar uns 6, 7 atendimentos.
- Para chegar em um nível oculto primeiro é preciso doutrinar os menores. O
momento da harmonização tem que se dar em sincronia com a conscientização
da pessoa.
- Quanto mais eu conhecer uma coisa mais vou correr o risco de me equivocar.
- Em um atendimento dá para fazer o que é possível. Saindo aquela casca
aparece outra, e limpa de novo, e a pessoa precisa sentir essa transformação
lenta e gradativa.
- A cura autêntica só ocorre com a conscientização do indivíduo. Tem que ver
o que está errado e buscar a mudança POR SI MESMO.
- Energia do lugar: onde há energia de cura não há miasma. A idéia é converter
a energia da doença em cura através da terapeutização.
- Imagina um espírito que está lá há 150 anos sofrendo que nem um
condenado, humilhado, destroçado. É óbvio que quando ele te ver, sem te
conhecer, ele vai ser agressivo. Mas se você oferecer ajuda ele vai aceitar,
porque não é burro! Não é o lugar físico que determina o lugar vibracional.
Tem uma equipe com você. E não tem nada de perigoso. Quem está ligado
com o bem está protegido.
- A caridade não escolhe quem vai ajudar. É um ser humano que está pedindo
ajuda. E se ela não aceitar você plantou uma sementinha.
- Até fazendo o mal você pode estar protegido, por quem faz.
- Quem fala pode ou não pode? Quero ajudar a criatura. Por que não posso,
porque ele é perigoso? Eu também sou. Leia, se esclareça, faça as suas
experiências!O amor dá legitimidade para o trabalho. “Onde duas ou mais
pessoas estiverem reunidas em meu nome eu lá estarei”.
- Problema de tratar esposo: a intimidade, trazer pontos que estão lá no fundo,
vai ouvir grandes verdades.
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Domingo, 7 de dezembro de 2003
- Alzira: Como ajudar quando há uma ligação forte com o familiar (como
marido e filho)?
Márcio: a pessoa que precisa de terapia normalmente não é a que procura. Mas
trabalhando quem está lá os outros também vão ser atendidos, porque
vibracionalmente ela está ligada. A idéia é ver qual é a dificuldade desta
pessoa com o familiar, como ela se comporta. Anotar tudo e dar a indução,
dando atenção para os comportamentos que a pessoa tem que deflagram a
reação no familiar.
- Como fazer o desdobramento com a pessoa? Como na mesa, mas sem o
médium. O inconsciente está aberto, e no momento que você pensar no
desdobramento ele ocorre. A consciência física será atraída pelo corpo físico.
No momento em que a pessoa desdobra (sono, droga, acidente, choque) ela
fica mais solta, dissocia. Afrouxa a pressão psíquica. E aí ela entra em contato
com encarnações passadas ou com traumas da atual. E aí há o processo da
ressonância.
- Não há como ignorar que as lembranças venham, elas surgem. É o que
acontece em um surto psicótico: a pessoa não sabe diferenciar o que é atual e
o que é passado. É o mesmo processo em crises de choro incontroláveis e etc,
esse acesso é um nível. Esse é o desdobramento anímico. O mediúnico precisa
do médium de incorporação.
- O desligamento se dá pelo perdão. Mas todos aqueles que estão na
freqüência vibratória vão continuar lá. Vai ser uma espécie de ajuda como uma
vacina: a presença daquela pessoa não vai mais incomodar tanto. E vai haver
uma conscientização da responsabilidade da pessoa e o entendimento de que a
pessoa atual não é mais a do passado, ela mudou e você também. E a mudança
de um pode mudar a família toda.
- Ane Elise: mudou a relação com o irmão, está mais próximo. Com o pai não
busca mais ficar cuidando dele.
- Questão dos automatismos: a pessoa precisa reformular a vida, e no fundo
ela já sabe o que tem que fazer. Ela está te pagando para você dizer. Porque as
etapas são:
1) descoberta
2) encorajamento
3) atitude
O terapeuta participa das duas primeiras. Quem tem medo de dizer não na
verdade tem pavor de dizer sim. Quem critica não gosta de ser criticado.
Quem é criticado não gosta de criticar. São feridas abertas que têm que ser
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trabalhadas. Quando alguém te procura para pedir uma opinião há uma
necessidade de libertação. E a obrigação do terapeuta é questionar, e não ser o
avalista. Obviamente de forma fraterna, sem entrar de sola.
- O terapeuta incomoda tanto que a pessoa não suporta a idéia de saber que ele
tem coisas interessantes a dizer enquanto ela está falando ladainha o tempo
todo.
- Equívoco da humanidade: estabelecer o modelo certo. Presume-se que
aquele que incomoda e põe a boca no trombone tem que ser expulso. Mas
quem está certo: o modelo ou quem foi expulso? Quando você está dentro do
modelo sua tolerância é muito maior. Mas e quando sai dele ou o questiona?
- Questionamento com Godinho pai: Márcio acha que é errado encaminhar a
pessoa necessariamente para o centro espírita. Senão tudo é espiritual. Na
verdade o terapeuta holístico tem que saber que todas as teorias contêm a
verdade. O nosso modelo é a libertação, o caminho é a conscientização.
- “Os escritores escrevem, os leitores lêem, os críticos criticam”: uma das
poucas coisas úteis que Paulo Coelho disse.
- Sandra: quando deu o comando a pessoa começou a ver um monte de rostos
na frente dela, e não quis dizer quem era. A saída dela foi pedir que o mais
importante acompanhasse a regressão. Está certo?
Márcio: Corretíssimo. Quando você entra em regressão outras consciências
vão junto. Além disso Márcio encoraja o reconhecimento, ver se é encarnado
ou desencarnado, ver enfim quem é, porque é muito importante.
- Usar muito os sentidos, a intuição e a impressão.
- Já aconteceu de em uma regressão uma pessoa ver outra que não conhecia.
15 dias depois esse inimigo chegou como chefe dela, e já começou
massacrando, botando ordem na casa. Como já tinha sido feito um trabalho
preventivo, ela lidou muito bem com a coisa.
- Incubo para homem e Sucubo para mulher: relações no mundo espiritual de
apego. Pode acontecer da pessoa ficar sabotando todos os pretendentes na vida
atual. E pode acontecer da encarnada ser a apegada, e nem saber disso. E ao
descobrir isso é preciso ensinar a pessoa a liberar esse espírito, ver quais
foram as encarnações, o que aconteceu, quais foram as historias, como ambos
se atrapalharam e etc. Normalmente quando eles se atrapalharam nas suas
caminhadas a espiritualidade separa: cada um encarna em um canto, eles se
encontram uma vez mas não podem ficar juntos.
- Pessoas que nascem com manchas: normalmente foram suicidas, e vêm com
a mancha para se lembrar. Lá no fundo ela sabe.
- O amor liberta, e não prende. Essa mesma moça o perseguia, achava que ele
só podia ser feliz com ela. E no momento que ela desencarnou pegou com
magia. E quando ela reencarna volta com ela em simbiose.
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- Espaço intervidas: importante para entender o que aconteceu com a pessoa.
- Não se resolve um processo obsessivo do nada. A pessoa tem que vivenciar
na matéria para se libertar daquilo, não vai resolver só no educandário astral.
Quem se suicida com tiro na cabeça: tiro na cabeça / retardado mental /
problemas neurológicos / enxaqueca.
- Carma: A prejudicou B. B tem que receber de volta do próprio A o mal que
foi feito. E como vai separar no mundo espiritual? A pessoa vai estar onde a
vibração emocional estiver. Se a pessoa está com repressão sexual primeiro
vai para o vale do sexo expurgar. No caso de uma simbiose fica tudo marcado
no duplo.
- Necessidade da reencarnação: é o laboratório, a experiência. O expurgo é
maior aqui. No momento em que você reencarna você tem x coisas para fazer.
E quando volta existem várias tarefas pendentes. Por exemplo: se você
encarna no Tibet e é um lama, é um período de paz, disciplina e preparo para
cumprir outras tarefas pendentes. Esse ciclo de encarnação boa, ruim, em
frangalhos, calma: é a programação. Se vem uma calma é um preparo para
outra mais pesada.
- No caso, a época de transformação que estamos vivendo e de convite à auto
conscientização: estamos tendo oportunidade de adiantar as tarefas. Por isso as
coisas estão acontecendo tão rápido, e tantos problemas aparecem. Ramatís
fala: se você tiver resolvido seguir a espiritualização, você vai ser preparado
para resolver tarefas difíceis bem antes delas chegarem. Se escolher o caminho
normal vai vivenciar os problemas da forma normal.
- Quando há apego a própria pessoa pode se auto boicotar, porque não quer
libertar o espírito, então fica afastando todo mundo dela. Com a
conscientização ela pode libertar o espírito.
- Onde o nosso pensamento estiver nós estaremos. Enquanto encarnados
vivemos 10% da nossa real consciência. O meu espírito vive em vários outros
lugares que nós não percebemos. O nosso verdadeiro consciente está no
mundo espiritual. Nós somos o inconsciente do nosso consciente.
- Durante o tratamento de pacientes estamos mergulhando nos porões de nós
mesmos . Quando resgatamos alguém estamos resgatando a nós mesmos.
- Vale do sexo: é sombrio, árvores com galhos retorcidos e raízes que são
níveis presos lá, sendo alimentados pela energia do encarnado, o cheiro é de
ovo podre.
- O espírito não se baseia na aparência, mas sim na vibração.
- Apometria do Lucas: ele deveria ter um irmão gêmeo, que ficava ali junto
com ele. Por isso ele sentia tão cansado. É provável que o espírito deveria ter
passado pela experiência de não nascer, como espíritos que provocam
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gravidez psicológica. Ou então não recebeu autorização e tomou atitudes por
si mesmo, e lá continuou preso na freqüência do Lucas.
- Suicida: o duplo etérico é responsável pelo desencarne, e normalmente leva
horas para drenar. No caso do suicida ela está provocando um apagamento do
duplo etérico. Ele fica impossibilitado de fazer a drenagem. E a pessoa vai
ficar ali presa o tempo de diferença que sobrou. Se ela se matou com 40 anos e
tinha que viver 70 vai ficar lá presa mais 30.
- O corpo mental também é lesionado. Há casos em que a pessoa reencarna
com o corpo todo mole (pode ter se jogado de um despenhadeiro). Como o
corpo astral está deformado ele vai gerar um físico disforme. E a regeneração
se dá de 7 em 7 anos. Finda a questão do expurgo é preciso aprender a
valorizar a vida, em situações miseráveis ou sem os recursos que se tinha.
- Toda pessoa que tem maus hábitos fica um tempo expurgando. A questão é
reincidir no erro. Regenerar é uma tarefa dolorosa, todas aquelas toxinas têm
que ser afloradas.
- Caso de pessoa que tem uma vida saudável e depois perde a saúde: exercício
de tolerância e paciência para a pessoa. Há muitos casos de filhos que vem se
sacrificar para fazer a família se espiritualizar.
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