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A Gestão de Contratos
Sumário: 1 Definição – 2 Boa gestão – 3 Formalização da gestão
– 3.1 Documentação – 3.2 Um só processo sem arquivos paralelos
– 3.3 Um só processo e um só Livro de Registros do Contrato – 3.4
Arquivo para consulta do gestor do contrato – 3.5 Forma e autuação
dos documentos – 3.6 Livro de Registros do Contrato – 3.6.1 Sobre a
relação do contratado com seus empregados – 3.6.2 Sobre a relação
do contratado com o Tribunal – 3.6.3 Sobre a relação do contratado
com outros órgãos públicos – 3.6.4 Recusa do preposto em assinar o
Livro de Registros do Contrato ou ciência de comunicação – 3.7 Dos
registros pertinentes ao SICAF – 4 Obrigações a serem exigidas da
empresa a ser contratada – 5 Execução das prestações do contrato –
6 Pagamento – 6.1 Documentos fiscais – 6.2 Atesto do cumprimento
das obrigações – 6.3 Processo de pagamento – 7 Prazos – 8 Garantias
– 8.1 Garantia técnica – 8.2 Garantia contratual – 9 Estimativa de
custos – 10 Contratação emergencial – 11 Alterações contratuais –
11.1 Alterações unilaterais – 11.2 Alterações por acordo entre as
partes – 11.3 Acréscimos e supressões – 11.4 Prorrogação da vigência
do contrato – 11.5 Termo Aditivo – 11.6 Termo de Apostilamento
– 12 Equilíbrio econômico-financeiro – 13 Reajuste de preços – 14
Repactuação – 15 Penalidades – 15.1 Regras comuns a todas as
penalidades – 15.2 Advertência – 15.2.1 Procedimento – 15.2.1.1
Notificação e defesa – 15.2.1.2 Forma e execução – 15.2.2 Recurso
– 15.3 Multa – 15.3.1 Procedimento – 15.3.1.1 Notificação e defesa
– 15.3.1.2 Valor – 15.3.1.3 Forma e execução – 15.3.2 Recurso – 15.4
Suspensão do direito de licitar e contratar – 15.4.1 Procedimento –
15.4.1.1 Notificação e defesa – 15.4.1.2 Forma e execução – 15.4.2
Recurso – 15.5 Declaração de inidoneidade – 15.5.1 Procedimento
– 15.5.1.1 Notificação e defesa – 15.5.1.2 Forma e execução – 15.5.2
Recurso – pedido de reconsideração – 15.6 Impedimento de licitar e
contratar – 16 Recebimento do objeto – 16.1 Prazo para recebimento
– 16.2 Forma de recebimento
1 Definição
A gestão de contratos é o procedimento que visa assegurar
a efetividade da proposta mais vantajosa contratada pela
Administração Pública na licitação e na contratação direta sem
licitação.
O êxito de todo o procedimento anterior de seleção pode
ficar comprometido se, no desenvolvimento do contrato, não forem
adotadas as cautelas necessárias para preservar o interesse público.
A fiel observância das cláusulas do contrato e a estrita vinculação ao
ato convocatório e à proposta são fatores que garantem a isonomia
dos licitantes. Por esse motivo, os órgãos de controle externo da
Administração Pública condenam com veemência o gestor público
que, depois de assinado o contrato, a pretexto de exercer o poder
discricionário, promove alterações, afetando, por via oblíqua, as
regras da própria convocação e ferindo o princípio da isonomia.
2 Boa gestão
Quando um contrato é bem gerido pela Administração
Pública, muitos erros são corrigidos e danos são evitados.
3 Formalização da gestão
Como regra, a Lei de Licitações e Contratos inverteu a
presunção de legitimidade, significando que os responsáveis pela
gestão de contratos têm o dever de demonstrar a legalidade e
regularidade dos atos que praticarem.
3.1 Documentação
O gestor de contratos deve juntar aos autos do processo todos
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os documentos necessários à comprovação da regular execução do
contrato, inclusive:
PARTE II
- notas fiscais e faturas;
- medições realizadas;
- certidões apresentadas;
- notas técnicas;
- laudos de vistorias técnicas;
- memorandos, ofícios, e-mails e correspondências recebidas
e expedidas à contratada;
- formulários preenchidos;
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que por lei tem valor de prova: o arquivo eletrônico do Livro de Regis-
tros do Contrato, e que, conforme termo expressamente colocado no
PARTE II
processo principal, está em poder do gestor do contrato ou se já encer-
rado o contrato apensado ou agrupado ao próprio processo principal.
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despesas de custos variáveis, previstos no contrato.
PARTE II
3.6 Livro de Registros do Contrato7
A Lei de Licitações e Contratos impõe que o gestor do con-
trato promova registro próprio para anotar as ocorrências relevantes
da gestão. É analisando esse documento eletrônico que o controle
pode concluir se um gestor do contrato agiu ou não com responsa-
bilidade no desempenho de suas funções.
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para a Administração.
Ao recomendar a regularização ou correção de algum
PARTE II
ato, deve-se lembrar de estabelecer prazo para solução dos
problemas apontados, bem como de dar ciência do fato a quem
o deva resolver.
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na fatura do mês de referência;
4. fornecer, sempre que solicitado pelo contratante, cópia
PARTE II
integral da folha de pagamento;
5. substituir prontamente os profissionais faltosos, por meio
de seus encarregados. Havendo faltas justificadas, como
definidas na Convenção Coletiva, o controle da assi-
duidade será de responsabilidade da contratada. A não
substituição dos faltosos, de forma imediata, terá como
consequência, além do desconto das horas ou dias não
trabalhados e de adicionais, as penalidades definidas no
contrato (o desconto das faltas e dos adicionais será cal-
culado pelo custo total do profissional ou encarregado,
registrado na planilha de custos);
6. apresentar, quanto aos substitutos dos profissionais
faltosos, cópia da CTPS10 e documento individualizado de
encaminhamento da contratada, contendo o seu nome e
respectivo número do CPF. Esse documento será retido
na respectiva unidade da contratante, com o objetivo de
formalizar as substituições (no caso do encarregado, o
encaminhamento será ao gestor do contrato);
7. providenciar a confirmação da frequência dos profissio-
nais. Tal confirmação deverá ser efetuada pelo responsá-
vel pelo controle dos serviços, na unidade da contratante,
por meio de cartão de frequência, com acompanhamento
do encarregado da contratada;
8. responsabilizar-se por danos causados aos equipamentos
e/ou outros bens de propriedade do contratante, ou de
terceiros, ocasionados por seus empregados, em virtude de
dolo ou culpa, quando na execução do objeto contratado;
Importante verificar na CTPS se o substituto foi contratado para exercer as mesmas ati-
10
vidades do substituído.
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6 Pagamento
PARTE II
6.1 Documentos fiscais
Os documentos fiscais referentes aos contratos de prestação
de serviços e/ou fornecimento de material devem ser recebidos e
atestados pelo gestor do contrato e encaminhados à Unidade de
Pagamento para os devidos trâmites.
O gestor do contrato, ao atestar o documento fiscal, está
declarando que o serviço ou material a que ele se refere foi
satisfatoriamente prestado ou fornecido e que seu valor está em
conformidade com o Termo Contratual.
Após o atesto, os documentos de cobrança devem ser enca-
minhados à Unidade Financeira no prazo de até 02 (dois) dias
úteis.
Quando se tratar de fatura/nota fiscal de telefonia, água,
luz ou assemelhados, com a data de vencimento expressa no corpo
do documento, este deve ser encaminhado à área financeira com
a antecedência mínima de 05 (cinco) dias úteis da data prevista
para o pagamento. Caso a fatura/nota fiscal seja encaminhada
fora do prazo supracitado, e não haja possibilidade de efetuar
seu pagamento na data aprazada, ela será restituída ao gestor
para as providências necessárias à prorrogação do prazo de
vencimento.
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mento do prazo.
Nesse caso:
PARTE II
- a notificação deve deixar claras: a data do vencimento do
prazo da obrigação e a concessão ou não de novo prazo
para o cumprimento da obrigação;
- o recebimento do objeto fora do prazo far-se-á sem prejuízo
da aplicação de penalidade;
- a penalidade cabível para o atraso é a de multa e, se houver
outros motivos além do atraso, essa poderá ser ou não
cumulada com outras sanções, na forma permitida pelo
art. 87, §2º da Lei nº 8.666/93.
No ato de notificação, deverão ser transmitidas instruções
sobre a forma e protocolização da resposta à notificação.
Se for concedido novo prazo, justificado ou não o atraso, o
material só poderá ser recebido mediante autorização expressa da
Administração. Nessa hipótese, deve ser agilizado o procedimento
para evitar transtornos à Administração, com material depositado
em local provisório, e transtornos também ao contratado, pela
incerteza do recebimento.
Em relação ao recebimento do objeto, compete ao gestor do
contrato:
- testar o correto funcionamento de equipamentos e registrar
a conformidade em documento que será emitido em
2 (duas) vias assinadas pelas partes: a primeira para o
fornecedor, a segunda para juntar ao processo respectivo;
- receber, provisória ou definitivamente, o objeto mediante
emissão de recibo ou Termo Circunstanciado assinado
pelos representantes das partes interessadas.
Observar, quando do recebimento do documento fiscal:
- se foi emitido em nome do Tribunal;
- se está datado;
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financeiro, ou do contrato, o gestor deve informar acerca de pen-
dências ou não de pagamento e o processo deve ser enviado à
PARTE II
área financeira para as providências de anulação do saldo de em-
penho. Caso não haja saldo de empenho a anular, o processo pode
ser enviado pela área responsável para análise do controle interno
ou para arquivamento.
7 Prazos
O Projeto Básico ou Termo de Referência deverá prever, de
acordo com a natureza de seu objeto, dentre outros prazos, os de
início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de testes,
observação, garantia técnica, recebimento definitivo, no caso de
fornecimento de bens, o prazo que a contratada terá para entregar
os bens solicitados pelo contratante ou para substituir o produto
rejeitado.
8 Garantias
8.1 Garantia técnica
A contratada é obrigada a reparar, corrigir, remover,
reconstruir ou substituir, a suas expensas, o objeto do contrato em
que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da
execução ou de materiais empregados. O gestor deverá informar o
prazo de garantia técnica pretendido.
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É importante destacar a conceituação de três modalidades de
PARTE II
garantia: a garantia legal, a convencional e a do fabricante.
Garantia legal, como o próprio nome sugere, é aquela fixada
pela lei. O Código de Defesa do Consumidor, por exemplo, estabelece
garantia legal de 30 (trinta) dias, tratando-se de fornecimento de serviço
e de produtos não duráveis e de 90 (noventa) dias para os duráveis.
Garantia convencional, ou contratual, é a complementar à
legal e será conferida mediante termo escrito. A garantia convencio-
nal pode ser estabelecida livremente entre as partes.
Garantia do fabricante é aquela geralmente atrelada ao for-
necimento do produto, ou à prestação do serviço, fixada livremente
pelo fabricante, ou pelo prestador do serviço, desde que não inferior
à garantia legal.
9 Estimativa de custos
A Lei nº 8.666/93 preceitua que as obras e os serviços
somente poderão ser licitados quando existir orçamento detalhado
em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos
unitários.
10 Contratação emergencial
Conforme entendimento do TCU, a situação de emergência
deverá ser devidamente esclarecida, e com a formalização
adequada do processo que a justifique, com demonstração razoável
para a escolha da empresa e dos preços adotados, estando, aí sim,
fundamentados os argumentos que permitirão a adoção do instituto
da dispensa de licitação.
Para a validade da contratação direta conforme o inciso IV
do art. 24 da Lei nº 8.666/93 é necessária acumulação de 4 (quatro)
requisitos:
- situação emergencial ou calamitosa;
- urgência de atendimento;
- risco; e
- contratação direta como meio adequado para afastar o
risco.11
Além desses requisitos é imperioso ressaltar que mesmo para
contratação por emergência ou calamidade pública é necessário
justificar o preço, em vista do art. 26, parágrafo único, inciso III, da
A questão sobre a possibilidade de contratação direta de empresas para procederem ao
11
reparo nas rodovias, com base no art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93, foi exposta pelo TCU no
Processo nº TC-009.248/1994-3. Decisão nº 347/1994 – Plenário. Relator Ministro Carlos
Átila Álvares da Silva.
“a) além da adoção das formalidades previstas no art. 26, caput e parágrafo único, da Lei
nº 8.666/93, são pressupostos da aplicação do caso de dispensa, preconizado no art. 24,
IV, da mesma lei:
a.1) que a situação adversa, dada como de emergência ou de calamidade pública, não
se tenha originado, total ou parcialmente, da falta de planejamento, da desídia admi-
nistrativa ou da má gestão dos recursos disponíveis, ou seja, que ela possa, em alguma
medida, ser atribuída à culpa ou dolo do agente público que tinha o dever de agir para
prevenir a ocorrência de tal situação;
a.2) que exista urgência concreta e efetiva do atendimento à situação decorrente do es-
tado emergencial ou calamitoso, visando afastar o risco de danos a bens ou à saúde ou
à vida de pessoas;
a.3) que o risco, além de concreto e efetivamente provável, se mostre iminente e especial-
mente gravoso;
a.4) que a imediata efetivação, por meio de contratação com terceiro, de determinadas
obras, serviços ou compras, segundo as especificações e quantitativos tecnicamente apu-
rados, seja o meio adequado, efetivo e eficiente de afastar o risco iminente detectado”.
A GESTÃO DE CONTRATOS
PARTE II
11 Alterações contratuais
Os contratos poderão ser alterados, e seu fundamento
reside no art. 65 da Lei nº 8.666/93, desde que haja interesse da
Administração para atender ao interesse público. Para que as
alterações sejam consideradas válidas devem ser justificadas por
escrito e previamente autorizadas pela autoridade competente para
celebrar o contrato.
As alterações podem ser unilaterais ou por acordo entre as
partes.
por objetivo apenas traçar as linhas gerais do empreendimento. (...) Quase sempre, as
alterações qualitativas são necessárias e imprescindíveis à realização do objeto e, conse-
quentemente, à realização do interesse público primário, pois que este se confunde com
aquele. As alterações qualitativas podem derivar tanto de modificações de projeto ou
de especificação do objeto quando da necessidade de acréscimo ou supressão de obras,
serviços ou matérias, decorrentes de situações de fato vislumbradas após a contratação.
Conquanto não se modifique o objeto contratual, em natureza ou dimensão, é de se res-
saltar que a implementação de alterações qualitativas requer, em regra, mudanças no
valor original do contrato”.
13
Jurisprudência do STJ: “É assente nos contratos administrativos a possibilidade de
sua revisão à luz da cláusula rebus sic stantibus hoje consagrada na Lei de Licitações,
verbis: ‘art. 65 (...)’” (REsp nº 612.123/SP, 1ª T., rel. Min. Luiz Fux, j. em 08.03.2005, DJ
de 29 ago. 2005).
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- acima desses percentuais, somente são permitidas supres-
sões desde que resultante de acordo celebrado entre as
PARTE II
partes.
Independentemente dessa possibilidade, as alterações
poderão ser evitadas se houver adequado planejamento para
compras e serviços, pois como fato não previsto, gera descontrole
orçamentário.
De acordo com a Lei nº 8.666/93, o contratado é obrigado a
aceitar, nas mesmas condições do contrato original, os acréscimos
ou supressões, respeitados os limites admitidos.
Ressalta-se que o limite de 25% das modificações se aplica
sobre o valor inicial atualizado, ou seja, considerando o valor
reajustado e revisto, nos termos do art. 65, inc. II, alínea “d”.
Importante observar que o limite de 25% sobre o valor inicial
atualizado deve incidir sobre cada item, conforme orientação do
Tribunal de Contas em suas decisões.14
nham apenas prestação obrigatória pela licitante vencedora. Ademais, nas alterações
contratuais, calcule o limite de 25% previsto no art. 65, §1º, da Lei nº 8.666/1993, com
base no custo unitário do serviço a ser adicionado ou suprimido, não no valor total do
contrato”.
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nado para a realização da gestão.
11.4 Prorrogação da vigência do contrato
PARTE II
O art. 57 da Lei nº 8.666/93 regula a vigência dos contratos.
O prazo contratual para a prestação de serviços de natureza
continuada pode ser prorrogado por iguais e sucessivos períodos,
até o limite de 60 (sessenta) meses, a fim de que se possa obter preços
e condições mais vantajosos para a Administração.
É dever do gestor informar, com a antecedência descrita
logo abaixo, a intenção de prorrogar ou não o contrato, cabendo-lhe
instruir a manifestação com os seguintes elementos:
- avaliação de desempenho da contratada;
- levantamento de informações quanto aos aspectos técnicos
e mercadológicos que comprovem a existência de condi-
ções e preços vantajosos para a Administração, por meio
de pesquisa de mercado realizada, em pelo menos três
empresas do ramo ou em órgãos da Administração Públi-
ca que mantenham contratos semelhantes, com o auxílio
da unidade de compras e contratos;
- avaliação da necessidade do objeto a ser contratado e ainda
a reavaliação do gestor quanto ao dimensionamento deste
objeto;
- manifestação da contratada em relação à prorrogação e
eventual reajuste de preços;
- nos casos de prorrogação de contratos de prestação de ser-
viços, anexar aos autos cópia da convenção coletiva de tra-
balho, devidamente registrada na Delegacia Regional do
Trabalho e Emprego, ou do Dissídio Coletivo;17
Convenções e acordos coletivos de trabalho são instrumentos de caráter normativo, fir-
17
mados entre entidades sindicais ou entre estas e empresas, que estabelecem condições de
trabalho aplicáveis no âmbito de representação das partes envolvidas.
Para que tenham validade e se apliquem a todos os envolvidos, precisam ser registrados
no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A obrigatoriedade de depósito dos instru-
mentos no MTE, para fins de registro e arquivo, tem previsão legal no art. 614 da CLT e
objetiva a verificação dos requisitos formais exigidos para a sua celebração e a publicida-
de que deve ser dada a tais atos.
A GESTÃO DE CONTRATOS
Tribunal deverá:
1. assegurar-se de que os preços contratados continuam com-
PARTE II
patíveis com aqueles praticados no mercado, de forma a
garantir a continuidade da contratação mais vantajosa, em
relação à realização de uma nova licitação; e
2. realizar a negociação contratual para a redução ou exclusão
de custos fixos ou variáveis não renováveis que já tenham
sido amortizados ou pagos no primeiro ano da contrata-
ção, sob pena de não prorrogação da vigência do contrato.
11.5 Termo Aditivo
Termo Aditivo é o instrumento utilizado para formalizar as
modificações nos contratos administrativos, previstas em lei, tais
como acréscimos ou supressões no objeto, prorrogações de prazos,
prorrogação do contrato, além de outras.
Ressalvados os acréscimos e/ou supressões quantitativas
que dependem de mera conta aritmética, as alterações feitas por
meio de Termo Aditivo exigem prévio exame do órgão jurídico do
Tribunal e posterior publicação.
A concessão de reequilíbrio econômico-financeiro do con-
trato é, entre outros atos, formalizada por Termo Aditivo.
12 Equilíbrio econômico-financeiro
O equilíbrio econômico-financeiro, assegurado pela Cons-
tituição Federal, consiste na manutenção das condições de paga-
mento estabelecidas inicialmente no contrato, de maneira que se
mantenha estável a relação entre as obrigações do contratado e
a justa retribuição da Administração pelo fornecimento de bem,
execução de obra ou prestação de serviço.
O reequilíbrio econômico-financeiro do contrato decorre de
álea extraordinária e extracontratual. Trata-se do restabelecimento
da relação contratual inicialmente ajustada pelas partes, desde que a
alteração tenha sido provocada por álea extraordinária superveniente
ao originalmente contratado.
A GESTÃO DE CONTRATOS
consequências incalculáveis, que retardem ou impeçam a
execução do ajuste;
PARTE II
- em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe;
- quando esses fatos provocarem impactos significativos na
equação econômico-financeira do contrato:
EQUAÇÃO = ENCARGOS
PAGAMENTOS
O equilíbrio econômico-financeiro consiste na manutenção
das condições de pagamento inicialmente estabelecidas no contrato,
a fim de que se mantenha estável a relação entre as obrigações
do contratado e a retribuição da Administração, para a justa
remuneração da obra, serviço ou fornecimento.
Para que possa ser autorizado e concedido o reequilíbrio
econômico-financeiro do contrato, normalmente pedido pelo
contratado, deverá ser verificado:
- o custo dos itens constantes da proposta contratada com
a planilha de custos que acompanha o pedido de ree-
quilíbrio;
- a ocorrência de fato imprevisível, ou previsível, porém
de consequências incalculáveis, que justifique as modi-
ficações do contrato para mais ou para menos.
O reequilíbrio econômico-financeiro não está vinculado a
qualquer índice, ocorre, quando for necessário, o restabelecimento
da relação econômica que as partes pactuaram inicialmente.
O pedido de reequilíbrio econômico-financeiro fundamen-
tado em questão técnica deve ser encaminhado pelo gestor à Ad-
ministração com a devida fundamentação técnica, que analisará o
impacto financeiro após anuência da autoridade superior.
Havendo a concessão do pedido, a Administração emitirá o
respectivo Termo Aditivo e, após, o encaminhará para análise da
Assessoria Jurídica.
13 Reajuste de preços
O reajuste de preços decorre da álea ordinária e está vin-
culado a um índice previamente definido no contrato, conforme
descreve o art. 40, XI, da Lei nº 8.666/93:
A GESTÃO DE CONTRATOS
cada contrato.18
De acordo com a Lei nº 10.192, de 14.02.2001, são nulos de
pleno direito quaisquer expedientes que, na apuração do índice de
PARTE II
reajuste, produzam efeitos inferiores a 12 (doze) meses.
14 Repactuação
A repactuação consiste na atualização do valor do contrato,
com vistas a adequá-lo ao preço de mercado, após o decurso de um
ano, que poderá ser contado:19 20
a) da data limite para apresentação da proposta comercial,
conforme dispuser o edital, em relação aos custos dos
materiais e equipamentos necessários à execução do
contrato; ou
18
Há outros índices que podem ser utilizados em substituição ao IGP/DI. São os chama-
dos índices setoriais. Estes índices podem refletir, mais proximamente, a variação dos
custos de um contrato de acordo com o setor de economia objeto do contrato, represen-
tando maior eficiência e, principalmente, importantes reduções de custos. O Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o índice oficial do Governo Federal para medi-
ção das metas inflacionárias, contratadas com o FMI, a partir de julho de 1999. O Índice
Nacional de Custo da Construção (INCC) é o índice que reflete o ritmo dos preços de
materiais de construção e da mão de obra no setor. O Índice de Preços por Atacado (IPA)
demonstra a variação dos preços no mercado atacadista. A Fundação Getúlio Vargas e o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística são as principais instituições brasileiras na
apuração e divulgação de índices para medição da inflação.
19
Acórdão nº 1.563/04 – Plenário – o reajustamento de preços pode ser entendido como o
realinhamento do valor contratual em razão da elevação do custo de produção no curso
normal da economia, tendo por base índices ou critérios previamente fixados em edital,
a fim de preservar a contratada do processo inflacionário.
20
Acórdão nº 474/05 – TCU – Plenário: Ementa “Consulta formulada pelo Ministério
dos Transportes. Possibilidade de reajuste ou reequilíbrio econômico-financeiro de pro-
postas apresentadas em licitações, quando decorrido o prazo superior a um ano entre a
apresentação da proposta e assinatura do contrato. Início da contagem da periodicidade
de um ano para fins de aplicação dos índices de reajustamento. Procedimentos a serem
adotados pela Administração. Possibilidade da Administração corrigir, monetariamen-
te, com base nos índices previstos no edital, o preço proposto pela licitante vencedora
antes da assinatura do contrato. Superveniência de fatores econômicos ou de mercado
que alterem os valores da proposta no prazo inferior a um ano entre a data da apresen-
tação da proposta e a assinatura do contrato. Conhecimento. Resposta ao consulente.
Considerar prejudicado o quarto quesito por tratar-se de questão sobre reajustamento
contratual. Arquivamento”.
dam:
(...)
9.1.5. os contratos de prestação de serviços de natureza contínua admitem uma única
repactuação a ser realizada no interregno mínimo de um ano, conforme estabelecem o
art. 2º da Lei 10.192/2000 e o art. 5º do Decreto 2.271/97;
9.1.6. nas hipóteses previstas nos itens 9.1.3 e 9.1.4 deste Acórdão, a repactuação poderá
contemplar todos os componentes de custo do contrato que tenham sofrido variação,
desde que haja demonstração analítica dessa variação devidamente justificada, confor-
me preceitua o art. 5º do Decreto 2.271/97”.
A GESTÃO DE CONTRATOS
Especificamente para os contratos administrativos de servi-
ços contínuos, na esfera federal, o Decreto nº 2.271/97 e a Instrução
PARTE II
Normativa MPOG nº 02/08 apresentam a repactuação contratual
como um mecanismo para preservar a relação econômico-financei-
ra do contrato.
Ao prever o instituto da repactuação, o art. 5º do Decreto
nº 2.271/97 regulamenta os citados arts. 40, XI, e 55, III, da Lei nº
8.666/93, no caso de contrato que tenha por objeto a prestação de
serviços executados de forma contínua.
Insta observar que o art. 40, XI, não fala de repactuação, mas
de reajuste. Infere-se, assim, que a repactuação é uma espécie de
reajuste, ou seja, um direito do contratado.
Em consonância com o art. 5º do Decreto nº 2.271/97, a
repactuação visa adequar os valores do contrato aos novos preços
de mercado, observados o interregno mínimo de um ano e a
demonstração analítica da variação dos componentes dos custos do
contrato, devidamente justificada.23
A repactuação deverá contemplar todos os itens de custo,
desde que haja demonstração analítica da variação dos componentes,
devidamente justificada.
inicial, exceto quando se tornarem obrigatórios por força de instrumento legal, sentença
normativa, acordo ou convenção coletiva, e sobre os quais não incidirá o percentual de
lucro previsto na proposta da contratada e no contrato.
A GESTÃO DE CONTRATOS
os itens de custo que, eventualmente, possam ter sofrido retração,
de forma a pesar para a redução do preço final.
PARTE II
Ao Tribunal compete avaliar o pedido de repactuação,
que será precedido de análise pelo gestor do contrato, incluindo a
possibilidade de promover diligências de verificação até a avaliação
final de deferimento ou não, e identificação/negociação dos novos
valores pelo Tribunal.
Somente os contratos que tenham por objeto a prestação de
serviços de natureza continuada podem ser repactuados.25
A empresa contratada para a execução de remanescente de
serviço tem direito à repactuação nas mesmas condições e prazos
a que fazia jus a empresa anteriormente contratada, devendo os
preços serem corrigidos antes do início da contratação, conforme
determina o art. 24, inciso XI, da Lei de Licitações e Contratações da
Administração Pública.
Diferentemente do reajuste, a repactuação deve ser
formalizada por meio de Termo Aditivo ao contrato.
Importante assinalar a possibilidade de repactuação de
contratos firmados pelo Tribunal em caráter emergencial, com
fundamento no inciso IV do art. 24 da Lei nº 8.666/93.
Se o serviço contratado for de natureza continuada, é
possível que haja a repactuação de contratos emergenciais, desde
que preenchidos os requisitos estabelecidos para tanto, indicados
nesta etapa do Manual.
Acórdão nº 297/05 – Plenário. “Atente para o entendimento firmado na jurisprudência
25
A GESTÃO DE CONTRATOS
seu representante comparece;
- é recomendável comunicar diretamente ao contratado
PARTE II
em razão das faltas e irregularidades cometidas pelo seu
preposto;
15.2 Advertência
A aplicação da penalidade de advertência é de competência
do gestor do contrato.
É penalidade usual e pode ser aplicada sempre que for
necessário fortalecer o processo educativo.
15.2.1 Procedimento
Ao verificar a ocorrência de irregularidade, o gestor do
contrato deve advertir o contratado, por meio de notificação, para
que esse promova a correção da irregularidade e se manifeste no
prazo de 05 (cinco) dias úteis.
Assim que advertir o contratado, o gestor deve instruir o
processo registrando suas justificativas para a penalidade proposta,
acompanhadas dos documentos pertinentes da notificação e do
respectivo comprovante de entrega à empresa, para instrução do
procedimento de apuração do descumprimento contratual.
A GESTÃO DE CONTRATOS
A advertência pode ser formalizada no próprio arquivo
eletrônico do Livro de Registros do Contrato e em termo
PARTE II
à parte, a ser incluído no processo, colhendo-se o ciente do
preposto.
15.2.2 Recurso
Da aplicação da penalidade de advertência, cabe apenas
um recurso, que poderá ser interposto no prazo de 05 (cinco)
dias úteis.
15.3 Multa
A aplicação da penalidade de multa é da competência
da Administração, após relatório circunstanciado do gestor
do contrato.
15.3.1 Procedimento
Ao verificar a ocorrência de irregularidade, o gestor deve
propor, por meio de relatório circunstanciado, à Administração a
penalidade de multa, e esta deverá notificar o contratado, para que
este apresente a justificativa e se manifeste no prazo de 05 (cinco)
dias úteis.
Assim que notificar o contratado, a Administração deve
instruir o processo registrando suas justificativas para a penalidade
proposta, acompanhadas dos documentos pertinentes da notificação
e do respectivo comprovante de entrega à empresa, para instrução
do procedimento de apuração do descumprimento contratual.
A GESTÃO DE CONTRATOS
cebimento). É importante que o AR, devolvido pelos
correios com a assinatura do destinatário, sejam junta-
dos ao processo eletrônico. Sem esse, não há prova de
PARTE II
recebimento, mas apenas de envio. A jurisprudência
não exige que o AR seja assinado pelos proprietários
da empresa, bastando seja recebido no estabelecimento
do contratado.
A defesa deve ser apresentada por escrito, mas não há
solenidades ou requisitos especiais.
Em homenagem à ampla defesa, devem-se preterir
formalismos e valorizar a intenção da defesa ou recurso.
Findo o prazo de apresentação da defesa, a Administração
apreciará as justificativas que tiverem sido oferecidas, colhendo os
subsídios necessários, e decidirá sobre a aplicação ou relevação de
penalidade, notificando o contratado de sua decisão.
No caso específico de multa o gestor deverá, cautelarmente,
solicitar à área financeira a retenção do valor a título de multa
aplicável, se for possível, no valor máximo que pretende seja
aplicado. Deve-se evitar também a retenção de documento fiscal
enquanto tramita a decisão.
15.3.1.2 Valor
Sobre o valor da multa:
- como regra, os percentuais aplicáveis devem ter suas
margens máximas e mínimas definidas no edital ou
contrato;
A GESTÃO DE CONTRATOS
inscrição e cobrança pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
O papel do Tribunal encerra-se com a finalização da cobrança
PARTE II
administrativa da dívida, que pode ser oriunda da aplicação de
multas e/ou de acertos contratuais, e encaminhamento do assunto
à Procuradoria da Fazenda Nacional.
A título de esclarecimento, embora não seja atribuição do
gestor do contrato, mostra-se recomendável que bem conheça os
procedimentos que se seguirão, para orientar quando e quem for
necessário.
A PGFN inscreverá a empresa contratada na Dívida Ativa e,
em caso de insucesso na fase interna de cobrança amigável, ajuizará
a execução fiscal do débito.
Quanto ao ato de inscrição na Dívida Ativa, trata-se de ato
de controle administrativo da legalidade e regularidade, conforme
definido no §3º do art. 2º da Lei nº 6.830/80 — Lei de Execução Fiscal
—, por meio da qual um débito, vencido e não pago, é cadastrado
para controle e cobrança em dívida ativa.
Poderão ser inscritos em dívida ativa os débitos de natureza
tributária e não tributária, cuja titularidade do crédito seja da Fazenda
Pública Nacional — conforme definido no art. 39 da Lei nº 4.320, de
17 de março de 1964 — ou, ainda, débitos de natureza não tributária,
que não sejam de titularidade da Fazenda Pública Nacional, em que
a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) por disposição
Licitações e Contratos – Orientações e Jurisprudências do TCU – 4ª Edição – Revista, atuali-
26
zada e ampliada. Ver também Acórdão nº 86/08 – Plenário, item 5. Outros: Acórdãos nº
51/07 – Plenário; Acórdão nº 55/06 – 2ª Câmara. A jurisprudência do Superior Tribunal
de Justiça é reiterada e sem dissidência no sentido de que é ilícita a inclusão de contri-
buinte em cadastros de inadimplentes enquanto o crédito tributário estiver na pendência
de discussão judicial. Foi este o entendimento manifestado pelo tribunal durante jul-
gamento de agravo regimental em recurso especial interposto pela Fazenda Nacional.
Conforme diversos precedentes do STJ, para a inscrição de contribuinte no CADIN é
indispensável que o crédito tributário respectivo não seja objeto de discussão judicial.
Uma vez pendente de decisão judicial o valor do débito e relevante as razões do contri-
buinte, é indevida a sua inclusão em cadastros que relacionam inadimplentes. Agravo
Regimental no Recurso Especial 939.414 SC.
15.3.2 Recurso
Da decisão que aplicar a penalidade de multa cabe apenas
um recurso, que não terá efeito suspensivo em relação à execução
prevista nas alíneas “a” e “b” do item anterior, e poderá ser inter-
posto no prazo de 05 (cinco) dias úteis.
O recurso será dirigido à Administração que poderá:
- reconsiderar sua decisão, anulando a penalidade aplicada; ou
- manter a decisão — hipótese em que a peça recursal será
encaminhada, devidamente instruída, à Secretaria do
Tribunal, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, a quem caberá:
• decidir em igual prazo de 05 (cinco) dias úteis;
• restituir o processo à Administração para que ela dê ciência
ao recorrente da manutenção ou não da penalidade.
A GESTÃO DE CONTRATOS
rescindir outros contratos.
No caso do STJ os efeitos se estendem a todos os órgãos, de
PARTE II
acordo com entendimento jurisprudencial consagrado pelo Supe-
rior Tribunal de Justiça em decisão que consignou ser irrelevante a
distinção entre os termos Administração Pública e Administração,
constantes do art. 6º da Lei nº 8.666/93.27
Se ocorrer de a empresa estar procedendo mal em relação
aos outros contratos, poderão ser estendidos os efeitos na forma do
art. 88 da Lei de Licitações e Contratos.
15.4.1 Procedimento
Ao verificar a ocorrência de irregularidade, o gestor do con-
trato encaminhará proposta de aplicação da penalidade de suspen-
são, motivando-a com a apresentação dos fatos e fundamentos à
Administração.
Feito isso, a Administração manifestar-se-á nos autos sobre
a aplicação da penalidade e, inclusive, se for o caso, com ou sem
a cumulação de multa, sugerindo, após consulta ao gestor, o seu
valor.
Em seguida, os autos serão encaminhados à Administração,
para elaboração da notificação da aplicação da(s) penalidade(s)
sugerida(s).
Relator: Ministro Francisco Peçanha Martins, Brasília, DF, 25 de fevereiro de 2003. Diário
de Justiça, Brasília, DF, 14 abr. 2003, Seção 1, p. 208.
A GESTÃO DE CONTRATOS
- reconsiderar sua decisão e anular a penalidade aplicada; ou
- manter a decisão, remetendo-a à Secretaria do Tribunal para
PARTE II
decisão.
Caso a decisão seja mantida, caberá à Administração
determinar as providências pertinentes com vistas à publicação do
ato e anotação no SICAF.
15.5.1 Procedimento
Ao verificar a ocorrência de irregularidade grave, o gestor do
contrato comunicará à Administração, juntamente com a proposta
A GESTÃO DE CONTRATOS
de aplicação da penalidade de declaração de inidoneidade,
motivando-a com a apresentação dos fatos e fundamentos que a
PARTE II
consubstanciam.
A GESTÃO DE CONTRATOS
pedido de reconsideração. O recurso não tem efeito suspensivo em
relação à execução da multa, na forma prevista nas alíneas “a” e “b”
PARTE II
do título da multa.
O pedido de reconsideração será dirigido ao Presidente do
Tribunal que poderá:
- ouvindo os órgãos que participaram da decisão anterior
reconsiderar sua decisão e anular a penalidade aplicada;
ou
- manter a decisão, remetendo-a à Secretaria do Tribunal
que solicitará à Administração a comunicação do fato ao
contratado.
Caso a decisão seja mantida, caberá à Administração
determinar as providências pertinentes com vistas à publicação do
ato e anotação no SICAF.
16 Recebimento do objeto
Nos contratos do tribunal pode haver o recebimento
provisório e o definitivo, nos moldes do art. 73 da Lei nº
8.666/93.
A GESTÃO DE CONTRATOS
salvo se posição individual divergente estiver devidamente funda-
mentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido
PARTE II
tomada a decisão.
O recebimento, provisório ou definitivo, decorrente de
aquisições de equipamentos de grande vulto e de obras e serviços em
geral será feito mediante Termo Circunstanciado.