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Alister McGrath:
Um dos responsáveis pelo ressurgimento da discussão da Teologia Natural nos
últimos anos. Ele apresenta um panorama de 6 maneiras de se entender o termo
“Teologia Natural”:
Alvin Plantinga (na introdução do seu livro: Deus, a liberdade e o mal) faz a seguinte
distinção:
•Saber que Deus existe
Para que saibamos disso, é necessário que tenhamos o trabalho do Espírito Santo,
e não argumentos e provas.
•Acreditar em Deus
Isso é possível por causa de argumentos que apontam para o fato de que a crença
em Deus é racional.
Somente sob a evidência anterior de que Deus existe é que um milagre se torna
possível. Contudo, Craig e os demais apologistas clássicos concordam que a
metodologia clássica não precisa insistir na necessidade teórica da ordem dos 2
passos seguintes (apesar de ser uma ordem interessante):
1. Demonstrar a existência de Deus
2. Demonstrar as evidências históricas do cristianismo
Para nós, uma pessoa não vai se converter ao cristianismo por causa de um
argumento, mas pelo trabalho do Espírito Santo.
Escola Evidencialista (defesa de Douglas Levita)
Apologética vantiliana:
Van Til estudou pessoas de uma corrente filosófica que busca justificar como o
conhecimento é possível e quais são as condições necessárias para o conhecimento
humano. Isso segundo o transcendentalismo de Kant.
O fideísmo diz que a crença no cristianismo não é uma questão de razão. Mas a
crença no cristianismo é racional e, portanto, não é fideísta.
A fé cristã não é uma fé razoável entre todas, mas é a única fé razoável para os
homens.
1. A nossa apologética deve tomar cuidado para apresentar o nosso Senhor como
Ele realmente é, isto é, como soberano Senhor do céu e da terra, como criador de
todas as coisas.
Nós não devemos enganar os incrédulos supondo que eles conseguem
compreender adequadamente qualquer fato sem Deus.
Nossos métodos científicos devem se submeter à revelação de Deus, sem a qual
tudo está perdido.
2. Nosso argumento deve ser transcendental. Ou seja, deve ser apresentado o Deus
bíblico como sendo não apenas a conclusão do argumento, mas também aquele que
faz o argumento possível. Também devemos apresentá-lo como a fonte de toda a
comunicação significativa, de toda validade lógica e de todo fato empírico.
3. Podemos chegar a uma conclusão transcendental por vários tipos de argumentos
específicos, incluindo os tradicionais.
4. Nós não devemos dizer as coisas para o incrédulo de modo a reforçar a sua
pretensa autonomia e neutralidade.
Kant era axiomático que a razão nunca deveria aceitar qualquer conclusão sobre a
base de uma revelação religiosa.
Hume defendia a impossibilidade de qualquer ocorrência de milagres. Eles eram
descartados completamente.
Somente um raciocínio baseado nos pressupostos bíblicos é um guia confiável para
a verdade.
Escola da Epistemologia Reformada (defesa de Johnny)
É um esforço para demonstrar que alguém pode ter uma crença apropriadamente
básica em Deus sem precisar ter razões evidenciais para a sua crença. E a pessoa
que crê em Deus sem evidências é racional em fazer isso.
Alvin Plantinga é o principal filósofo defensor da epistemologia reformada.
Em um dos seus artigos ele diz:
"Eu argumentei no livro "Crença cristã garantida" que qualquer número de
argumentos teístas não requer nem argumento nem justificação para se crer. A
crença teísta pode ser justificada mesmo sem estar fundamentada embaixo de
argumentos.”
Antony Garrard Newton Flew foi um filósofo e professor britânico. Era ateu e depois
se tornou cristão.
Livro: A presunção para o ateísmo.
Bertrand Arthur William Russell, 3.º Conde Russell foi um dos mais influentes
matemáticos, filósofos e lógicos que viveram no século XX. Em vários momentos na
sua vida, ele se considerou um liberal, um socialista e um pacifista.
Ele defende que não existe nenhum argumento convincente o suficiente para se crer
que o universo não foi criado há 5 minutos, apenas aparentando ser velho, com
todas as nossas memórias imputadas no nosso cérebro. Não existe nenhum tipo de
argumento a favor da existência do passado.
René Descartes (do período iluminista) foi um filósofo, físico e matemático francês.
Durante a Idade Moderna, também era conhecido por seu nome latino Renatus
Cartesius.
Argumentou que não existe nenhum argumento a favor da existência de um mundo
externo cognoscível. Mas não é por isso que vamos deixar de acreditar que existe
um mundo externo, um passado, etc.
Leia o livro de Alvin Plantinga “Onde conflito realmente está? Ciência, religião e
naturalismo”, em que Plantinga argumenta que, apesar de existirem conflitos
alegados entre a fé cristã e a ciência, não existem verdadeiras dificuldades quando
você analisa essas questões.
Diga-se de passagem, Plantinga argumenta nesse livro que naturalismo e
evolucionismo são incompatíveis.
Essa metodologia não necessita ser dirigida a estabelecer o cristianismo como única
explicação, mas simplesmente como a melhor explicação.
Exemplos:
#Cite algo que o caso cumulativo tem em comum com a Teologia Natural e com o
pressuposicionalismo.
R-> Essas três coisas concordam que não se pode negar a experiência pessoal e a
soberania de Deus em relação à razão.
Críticas
Douglas Levita
2 Timóteo 3 - 16. Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ministrar
a verdade, para repreender o mal, para corrigir os erros e para ensinar a maneira
certa de viver;
Mas muitos usam esse versículo para dizerem que ele se refere a toda a Bíblia.
Apocalipse 22 - 19. Se alguém tirar alguma palavra deste livro de profecia, Deus
tirará dele a sua parte na árvore da vida e na Cidade Santa, que são descritas neste
livro.
Resposta de Gilberto
A Teologia Natural é uma teologia que não é fideísta, porém está à parte da
dimensão da teologia sobrenatural. Não é usar a Bíblia para provar a Bíblia.
Johnny
Então é compreensível que a ressurreição se torna muito mais plausível para muitos
dada a existência de Deus.
Resposta de Gilberto
Gabriel
A Teologia Natural, do modo que o Gilberto apresentou não atribui nenhum papel
distinto da Escritura sobre a epistemologia.
1. Argumento da prova
A normatividade são os conjuntos de regras para pensar e conhecer para o uso das
evidências e razões, e isso inclui coisas como a "lei da não contradição" e outras leis
básicas do pensamento.
Para Gabriel, parece que a Teologia Natural não compreende que os incrédulos se
opõem a muitos princípios racionais para os quais a mesma apela.
Resposta de Gilberto
Outra crítica é a mesma que o Gilberto dará mais à frente, usando o exemplo do
suspeito de cometer crime que sabia que era inocente, mas não tinha como provar
isso (nem pelo método empirista).
Gilberto acredita que, para Craig, Deus não é demonstrado por argumentos. Se
Craig defendesse o contrário, então ele seria um evidencialista.
O ímpio só pode trocar a verdade pela mentira se, a priori, ele tiver antes conhecido
a verdade. E é impossível se rejeitar algo ao qual nunca se teve acesso.
Jonas
Mas formar uma apologética baseada apenas na revelação natural é cair no erro de
ignorar que o homem é pecador e que ele deturpa a natureza.
Gilberto Santos
A única crítica que o Gilberto tem ao evidencialismo é essa total dependência das
evidências, do empirismo. Essa é também uma crítica que um epistemóogo
reformado faria ao evidencialismo.
Resposta de Douglas
Gabriel
Deus não pode ser igualado a conceitos abstratos. Além do mias, Deus não é um
conceito abstrato.
Douglas diz que o cristianismo não pode ser considerado uma verdade absoluta, e
que não existem religiões verdadeiras, nem mesmo o cristianismo.
Douglas é pastor, mas como é possível se pastorear uma igreja e dizer que o
cristianismo não pode ser considerado uma verdade absoluta?
Douglas diz que não podemos provar que uma religião é verdadeira por causa de
aspectos subjetivos.
Mas você pode apresentar uma evidência que é totalmente lógica, correspondente
aos fatos e mesmo assim a outra pessoa ignorar a evidência, como demonstra
Romanos 1.
Resposta: Essa conclusão é terrível. Podemos fazer uma analogia do seguinte tipo:
1. Espíritas respiram
2. Eu respiro
Para Gabriel, a apologética pode ser feita em uma única etapa porque todo o fato da
criação revela Deus. Portanto, o apologista pode começar de qualquer lugar. Tanto a
ordem causal do universo como a ressurreição de Jesus Cristo provam a existência
de Deus porque nenhum fato faz sentido à parte de Deus.
Resposta de Douglas
Quando o Douglas diz que o cristianismo não pode ser uma verdade, ele está
querendo dizer que o próprio cristianismo não tem consciência do que ele acredita.
Católicos se dizem cristãos e dizem que a igreja evangélica é uma seita.
Evangélicos dizem o mesmo dos católicos. Então o próprio cristianismo não tem o
consenso a respeito de sua base religiosa.
Mas Douglas acredita que Cristo é a verdade. Ele também acredita na veracidade da
doutrina cristã. Porém, para ele, o cristianismo em si não representa Cristo em sua
totalidade.
Johnny
Explicação da explicação leva a uma regressão infinita de explicações. Então é
absurdo pensar que toda visão requer evidência.
Johnny nega o fideísmo. Ele concorda que talvez uma evidência possa converter
uma pessoa. Deus poderia usar argumentos, ou não usar nenhum. Alguém pode
simplesmente ver uma floresta e acabar se deparando com a crença em Deus.
Jonas
O evidencialismo parte para uma prova tanto científica como histórica. Se apelarmos
para a evidência histórica, poderemos cair no erro de desobedecermos à palavra de
Deus.
A Bíblia diz:
O fato é que a Bíblia nos manda interpretar esses sinais tomando a sua palavra
como base, como pressuposto.
Sabatinando a Escola Pressuposicionalista
Pressupor aquilo que você quer demonstrar para demonstrar aquilo que você
pressupõe não é um método interessante para a apologética.
Se nós podemos fazer o pressuposicionalismo cristão, então como é que a gente vai
poder provar que o método pressuposicionalista ateu, judeu ou islâmico está errado?
Para ele, o real objetivo de se fazer apologética é ser fiel no sentido original do
grego de apologética (demonstrar razões perante os tribunais). Um
pressuposicionalista poderia rebater dizendo que o incrédulo deturpa a verdade.
Mas isso não importa! O nosso objetivo não é convencer o incrédulo, e sim
comunicar o evangelho.
Na linha arminiana, se alguém quiser distorcer, ele distorce, e, se ele quiser aceitar,
ele aceita.
Na linha calvinista, se ele for um eleito, então ele não vai distorcer, mas vai se
render. Se ele não for um eleito, ele vai distorcer.
Na visão da apologética clássica, não se coloca Deus como réu e o ímpio como juíz.
Observação:
Resposta de Gabriel
Sobre a interpretação de 1 Pe 3:15, quando dizemos "santificar a Cristo como
senhor" estamos dizendo em se ter Cristo como Senhor. Somente a apologética
pressuposicionalista consegue colocar Cristo como Senhor. Parafraseando Abraham
kuyper:
Para Jonh Frame, tomar Deus, tomar a crença em Deus e a escritura de Deus como
critério último é meramente uma aplicação do senhorio divino. Ele diz:
"Pressuposição é uma crença que toma precedência sobre outra que, portanto,
serve como critério em relação a outro. Uma pressuposição última ou suprema é
uma crença sobre a qual nenhuma outra toma precedência. Para o cristão, o
conteúdo da escritura deve servir como sua pressuposição suprema. Essa doutrina
é meramente a efetivação do senhorio de Deus na área do pensamento humano..."
2. Y é possível
3. Portanto, X é o caso
Quando o Gabriel diz que colocamos Deus como réu e o incrédulo ímpio como juiz,
ele não está meramente falando em apresentarmos evidências ao incrédulo e se ele
não quiser aceitar ele não aceita. O que ele quer dizer é que, quando há essa
alegação do aspecto normativo de que a escritura rege e governa os meios em que
chegamos até Deus, e não com os nossos próprios meios, aí sim nós acabamos
colocando Deus no banco dos réus porque nós achamos que precisamos do selo de
validade para isso.
Resposta de Gabriel
Quando alegamos uma posição neutra, estamos dizendo uma mentira para o
incrédulo. Quando reivindicamos neutralidade, estamos afirmando que somos nós
que, em última análise, decidimos o que é verdadeiro ou falso, que nós estamos no
trono intelectual.
Douglas Levita
Resposta de Gabriel
Isaías 11 - 1. Eis que um ramo surgirá do tronco de Jessé e das suas raízes um
rebento brotará!1 2. O Espírito de Yahweh, o SENHOR, repousará sobre ele, o
Espírito que dá sabedoria e entendimento, o Espírito que traz conselho e poder, o
Espírito que proporciona o verdadeiro saber, o amor e o temor do SENHOR.
Esse Espírito é chamado por Jesus de "Espírito da verdade". Esse filho é chamado
de "verdade" por João. Paulo acrescenta:
Johnny
"Eu sustento que a crença em Deus não é meramente tão provável quanto outra
crença. Eu sustento que, a menos que você creia em Deus, você logicamente não
poderá crer em mais nada."
Resposta de Gabriel
Sobre essa citação do Van Til, que requer um argumento extremamente poderoso, é
possível, por exemplo, usarmos o argumento contemporâneo, a intencionalidade.
Esta pressupõe que existe uma alma imaterial que não está redutível à matéria.
Sabatinando a Escola da Epistemologia Reformada
Gilberto
Para o Gilberto, parece que a epistemologia reformada diz que não se precisa
necessariamente de evidências para se crer em certas coisas. Mas para ele, existem
certas coisas que necessariamente precisam de evidências para se crer na
veracidade delas.
-Juízos Analíticos: são juízos em que o predicado (B) pode estar contido no sujeito
(A) e, por isso, ser extraído por pura análise. Isto significa que o predicado nada
mais faz do que explicar ou explicitar o sujeito. Ex.: “Todo triângulo tem três lados”;
-Juízos Sintéticos a posteriori: são aqueles em que o predicado não está contido
no sujeito, mas relaciona-se a ele por uma síntese. Esta, porém, é sempre particular
ou empírica, não sendo universal e necessária, portanto, não servem para a ciência.
Ex.: “Aquela casa é verde”;
-Juízos Sintéticos a priori: são juízos em que também o predicado não é extraído
do sujeito, mas que pela experiência forma-se como algo novo, construído. No
entanto, essa construção deve permitir ou antever a possibilidade da repetição da
experiência, isto é, a aprioridade, entendida como a possibilidade formal de
construção fenomênica, que permite a universalidade e a necessidade dos juízos. A
experiência aqui não é a mera deposição de fenômenos na mente em razão da
sequência das percepções, mas sim a organização da mente numa unidade sintética
daquilo que é recebido pela intuição. Kant concorda com Leibniz que “nada há na
mente que não tivesse passado pelos sentidos, exceto a própria mente”.
Exemplos de coisas que não precisamos provar para crermos: Dizer que um
triângulo tem três lados. Dizer que o todo é maior que a parte. Dizer que ninguém
pode ser mais alto do que si próprio. Ninguém pode ser mais velho do que si próprio.
Ninguém pode ser o seu próprio pai. Nenhum ser contingente pode gerar a si
mesmo.
Alvin Plantinga argumenta no seu livro "Warrant Christian Belief" (Crenças Cristãs
Garantidas) que você pode ter a convicção de que Deus existe e de que o
cristianismo é verdadeiro pela crença apropriadamente básica.
Resposta de Johnny
Douglas Levita
A epistemologia reformada não pode nem ser considerada apologética, ainda mais
apologética cristã. Isso é porque ela é tão relativa que não consegue cumprir o papel
de defender o cristianismo porque ela abre margem para outros tipos de crença.
Douglas diz que a epistemologia reformada tenta provar a existência de Deus.
A crítica do Douglas é que tal visão é muito embaraço filosófico. É muito falaciosa.
Resposta de Johnny
Você, leitor, vai perceber que uma das respostas é a mesma que ele dará para o
Gabriel mais à frente.
"A epistemologia reformada não pode nem ser considerada apologética, ainda mais
apologética cristã."
Marx defendia que a crença cristã ou a crença em Deus surge a partir de classes
sociais. É apenas algo criado pela burguesia para fazer com que alguém acredite
que Deus existe e se preocupe menos com a realidade.
Freud defendia que a crença em Deus não é confiável porque ele faz a crítica da
ausência de um pai maior. A crença dos cristãos em Deus é baseada na ausência
do pai, segundo Freud.
Para Gabriel, de fato, para uma crença ser justificada, ela não precisa ser baseada
num argumento, mas na verdade e na realidade. É por isso que a crença em Deus
não é infundável.
A primeira crítica dele à epistemologia reformada é que ela faz uma fraca
reivindicação. Sim! Ela reivindica muito pouco em relação a outras reinvindicações
tradicionais da apologética.
Para Anselmo, Deus é uma verdade necessária. Para Craig, Deus é demonstrado
por provas e evidências. Para outros, Deus é extremamente provável. Para os
evidencialistas, Deus é a melhor explicação.
-De fato o raciocínio deve começar de algum lugar. Há algumas crenças sem
evidências que podemos aceitar e ainda sermos racionais, como a crença em Deus.
-Paulo deixa claro que a criação divina tem o poder de persuadir a todos. Mas
muitos suprimem a verdade.
Resposta de Johnny
Johnny concorda com Gabriel que algumas coisas precisam de evidências para
terem credibilidade.
Ex: Davi passou por momentos em que ele teve dificuldades na crença em Deus.
Ele diz que foi abandonado por Deus, que Deus não dá resposta, etc.
De fato, as pessoas podem racionalmente crer em coisas falsas. Não está claro o
porquê de a epistemologia reformada cair em relativismo.
Deus não quis dar a todos os cristãos tamanho fardo para eles conhecerem
determinadas evidências e crerem nele. Ter fé é muito simples.
Isso pode até ser verdade, segundo Johnny. Mas Johnny crê que é mais correto
você enfatizar mais a palavra de Deus do que as escrituras. Isso é porque há, por
exemplo, cristãos que não possuem a Bíblia, mas têm a palavra de Deus. Ex: a
proposição de que "Jesus é Deus" é implicitamente uma palavra de Deus. Não é
necessário ter uma Bíblia para saber disso.