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VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – LEI MARIA DA PENHA – NÃO A

VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

Haroldo Bezerra Cardoso


Curso de Bacharelado em Direito
Centro Universitário Luterano de Manaus
Nome do professor-orientador a ser definido em 2019.1

1. TEMA

Violência Contra a Mulher e o amparo da Lei Maria da Penha

2. DELIMITAÇÃO DO TEMA

Expor a violência física e psicológica contra a mulher manauara e o amparo da Lei Maria da
Penha.

3. PROBLEMA DE PESQUISA

Quais benefícios a Lei Maria da Penha produz eficazmente para amenizar a violência física e
psicológica contra a mulher manauara e de que modo essa violência acaba impactando a vida
da mulher manauara?

4. HIPÓTESES

H0 - A violência física e psicológica contra a mulher manauara constitui um problema


preocupante na cidade de Manaus e a ação do Estado brasileiro é irresponsável socialmente
com as mulheres manauaras?
H1 - O Estado brasileiro assumiu a sua responsabilidade social com as mulheres manauaras
trazendo mecanismos como a Lei Maria da Penha para o efetivo enfrentamento dessa
violência física e psicológica?
H2 - Violência física e psicológica são as formas mais objetiva e subjetiva de agressão contra
a mulher manauara?
5. JUSTIFICATIVA

Este texto objetiva expor a violência física e psicológica contra a mulher manauara no período
de janeiro a junho de 2018 e as estatísticas das mulheres manauaras agredidas na cidade de
Manaus/Amazonas, enfocando a implementação no atendimento das redes de proteção social
para garantia de seus direitos.

Por ser subjetiva e, por isso, de difícil identificação, a violência psicológica, na maioria dos
casos, é negligenciada até por quem sofre - por não conseguir perceber que ela vem
mascarada pelos ciúmes, controles, humilhações, ironias e ofensas.
A violência física e psicológica constitui um problema preocupante na cidade de Manaus.
Para o efetivo enfrentamento dessa violência física e psicológica, são fundamentais a
discussão acadêmica, bem como o debate público acerca da questão, buscando propagar
valores éticos de respeito à dignidade da pessoa e à igualdade entre os sexos, a consolidação
da democracia, nas relações de gênero e os mecanismos de proteção dos direitos humanos da
mulher e para enfrentamento a esse problema, surge a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06).

Os estudos sobre a violência contra a mulher tem despertado o interesse dos pesquisadores e
acadêmicos que buscam definir e explicar a natureza da violência entre os seres humanos, sua
origem e desenvolvimento ao longo dos séculos. A preocupação com o comportamento
agressivo levou filósofos e teólogos da antiguidade a procederem a uma investigação sobre a
natureza humana e suas manifestações. Tal interesse decorreu da tentativa de entender e
buscar formas para diminuir a agressividade humana
“as grandes religiões baseiam-se nos pressupostos do pecado original do mal
inerene e da capacidade do homem para existir sem uma força orientadora e
benevolente para salva-lo! (p.1)
Em busca das causas de violência, os teólogos postulavam, baseados nos pressupostos da
religião, dentro da visão do pecado original, a existência de um Diabo, como sendo o lado mal
ou ruim da natureza humana. Essa temática, a da violência, tem sido motivo de preocupações
incessantes por parte da humanidade, visto que, no transcorrer da história, os povos buscavam
exterminar outros povos, através de atos de violência para obter terras, poder e lucros e, à
medida que a sociedade evolui, a situação é agravada em vez de melhorada.

A importância do tema em razão de reconhecer mais sobre a Lei Maria da Penha, para através
dos dados, possa haver avanços no combate a violência doméstica contra a mulher, com o
escopo de contribuir com informações para o debate das configurações de erradicação do
fenômeno social, cultural e histórico que é a violência doméstica e familiar contra a mulher.
A violência contra a mulher manauara é um grave problema que deve ser reconhecido e
consequentemente enfrentado pelos órgãos governamentais e pela sociedade, todo e qualquer
ato embasado em uma situação de gênero, na vida pública ou privado, o seu principal
resultado é o dano a natureza sexual, física e psicológica onde seu agressor inclui também
ameaças a vítima.

Violência contra a mulher manauara recebe esta denominação por ocorrer dentro do lar onde
seu principal agressor é o próprio companheiro ou ex-companheiro, essas agressões pode se
caracterizar por diversos tipos de violência bem como a física e a psicológica que traz
sequelas a vítima.

O drama de violência contra a mulher manauara é uma importante questão, através da


pesquisa pode-se perceber a melhor compreensão das causas e efeitos emocionais, também
que o Estado tem um papel importante para trabalhar com esta questão de violência contra as
mulheres manauaras.

O interesse pelo tema partiu através das dúvidas surgidas com relação ao alto índice de
violência contra a mulher manauara que vem surgindo a cada dia. Atualmente a violência
contra a mulher vem se explicitando a cada dia em nossa sociedade, problema este que afeta
milhares de famílias em todo Brasil, afeta a integridade física da pessoa, causa danos
psicológicos e sociais, não se destina a um determinado fator como cor, raça, etnia ou classe
social.
O objetivo deste trabalho foi conhecer as principais causas da violência física e psicológica
contra as mulheres manauaras
A relevância da pesquisa deve colaborar com subsídios na tentativa de divulgar, prevenir e
condenar a violência física e psicológica de espécime em nossa atualidade.

6. OBJETIVOS
6.1 GERAL
Apresentar dados da violência física e psicológica contra a mulher na cidade de Manaus e os
reflexos da legislação em vigor no sistema brasileiro, cuja aplicabilidade é cada vez menor.

6.2 ESPECÍFICOS
6.2.1 - Investigar e identificar os principais tipos e motivos da violência física e psicológica
contra as mulheres manauaras;
6.2.2 - Investigar as consequências desta violência física e psicológica e os benefícios da Lei
Maria da Penha;
6.2.3 – Analisar a intervenção do Estado quanto a garantia dos direitos individuais da mulher
manauara.

7. REFERENCIAL TEÓRICO

A Constituição Federal em seu primeiro capítulo, artigo 5º versa sobre direitos e deveres
individuais e coletivos.

Todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza,


garantindo-se e aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, a liberdade, a igualdade, a segurança e a
propriedade.

No inciso I do art. 5º, temos garantido a igualdade entre homens e mulheres, com a seguinte
redação:

I – Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações nos termos desta constituição.

Ainda em seu art. 5º, inciso III a Constituição diz que:

III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.

Contrariando tudo o que diz a Constituição Federal, vemos em nosso País crescer a cada dia
mais a violência contra a mulher. Na tentativa de coibir a violência doméstica e familiar
contra a mulher foi decretada em 7 de agosto de 2006, pelo então presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva a Lei 11.340/06 – Lei Maria da Penha, nos termos do § 8º do art.
226 da Constituição que diz:

§ 8º O estado assegurará a assistência à família da pessoa de cada um dos que integram, criando mecanismos
para coibir a violência no âmbito de suas relações.

A Lei Maria da Penha, foi criada para que fosse erradicado todos os tipos de violência contra
a mulher, com a criação de juizados de violência doméstica e familiar contra a mulher; e
estabelece medidas de assistência e proteção as mulheres em situação de violência doméstica
e familiar que configura para efeitos da Lei, como:
Qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão,
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.

No entanto, esta Lei não surtiu o efeito esperado e o que temos presenciado é o aumento da
violência contra a mulher, levando muitas delas a morte dentro do âmbito familiar.
Na tentativa de erradicar este tipo de violência, a então Presidente da República Dilma
Rousseff, decretou e sancionou em 9 de março de 2015, a Lei 13.104 alterando o art. 121 do
decreto Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, criando o delito de
“Feminicídio”, que trata -se de uma nova modalidade de homicídio qualificado, inscrito no
inciso VI, do artigo 121, parágrafo 2º do Código Penal, com a seguinte redação:
§ 2º se o homicídio e cometido: VI contra a mulher por razões da condição
de sexo feminino (incluído pela Lei 13.1 04, de 2015).
Pena – Reclusão d e doze a trinta anos.

A nova Lei tratou também de inserir o Feminicídio no rol dos crimes hediondos ao
estabelecer:

§ 2º do art. 1º da Lei nº 8.072 de 25 de julho de 1990, passa a vigorar com a


seguinte alteração.
I - homicídio (art.121), quando praticado em atividade típica de grupo de
extermínio, ainda que cometido por um só agente é homicídio qualificado
(art.121 §2º I, II, I I, IV, V e VI).

“A violência familiar contra a mulher, denominada muitas vezes como violência física e
psicológica, refere-se a agressões de ordem física, psicológica e sexual cujo principal agressor
é o parceiro íntimo” (Day et al, 2003; OMS, 2002; Schraiber et al; 2002 apud MOTA, 2004).
Segundo o outro autor, Violência é:
Um ato de brutalidade, abuso, constrangimento, desrespeito, discriminação,
impedimento, imposição, invasão, ofensa, proibição, sevícia, agressão física,
psíquica, moral ou patrimonial contra alguém e caracteriza relações intersubjetivas e
sociais definidas pela ofensa e intimidação pelo medo e terror. Segundo o dicionário
Aurélio violência seria ato violento, qualidade de violento ou até mesmo ato de
violentar. Do ponto de vista pragmático pode-se afirmar que a violência consiste em
ações de indivíduos, grupos, classes, nações que ocasionam a morte de outros seres
humanos ou que afetam sua integridade moral, física, mental ou espiritual. Em assim
sendo, é mais interessante falar de violências, pois trata de uma realidade plural,
diferenciada, cujas especificidades necessitam ser conhecidas. (SOUZA, 2008)
De acordo com a Declaração das Nações Unidas, de 1949, sobre a Violência Contra a Mulher,
aprovada pela Conferência de Viena em 1993, a violência se constitui em "[...] todo e
qualquer ato embasado em uma situação de gênero, na vida pública ou privada, que tenha
como resultado dano de natureza física, sexual ou psicológica, incluindo ameaças, coerção ou
a privação arbitrária da liberdade." (BARRETO, 2005)
Segundo Moreira (2003), em relatório da Organização Mundial de Saúde - OMS, a violência
física e sexual é considerada como um problema de saúde pública que afeta a mais de um
terço de todas as mulheres no mundo, sendo considerado também como um problema de
saúde global com proporções endêmicas.

8. METODOLOGIA

A pesquisa quanto à natureza foi de abordagem qualitativa. Quanto aos objetivos a pesquisa se
caracterizou como exploratória. Quanto aos procedimentos técnicos foram classificados como
bibliográfica, uma vez que a natureza das fontes investigadas serão os livros, revistas, sites
eletrônicos e artigos, bem como documental junto a Secretaria de Segurança Pública,
Delegacias Especializadas e Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher na cidade
de Manaus no período de janeiro a junho de 2018, que segundo (Gil, 2002), tem como
objetivo aprofundar o conhecimento sobre o tema proposto, e contribuir para o estudo, através
da pesquisa em livros, artigos científicos e legislações referentes ao tema.

9. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Atividades
Reavaliação
do Projeto x x x x x X x X
de Pesquisa
Reunião da
bibliografia x x x x x X x X x x x x x x x x x x x x

Encontros
de x X x x x x x x x x x x x x x x x x
Orientação
Leituras e
Fichamentos x x X x X x x x x x x x x x x x x

Analisar,
interpretar, X x x x x x x x x x x x x x
discutir os
conteúdos
das leituras
e
fichamentos
Fazer
resumos de x x x x x x x x x
leituras
Reler e
rever x X x X x x x x
artigo(s)
e/ou
resumo(s)
que escrevi
e publiquei
sobre o tema
Escrever a
Monografia x x x x x x x x x x x X

Revisar a
Monografia x x x x x x x

Participar de
eventos x x x x x X x X x x x x x x x x x x x x
relacionados
ao tema
Entregar a
Monografia x
pronta ao
Orientador
Fazer as
revisões da x x
Monografia
após parecer
do
orientador
Entregar
Monografia x
encadernada
aos
professores
da Banca
Apresentar a
Monografia x
diante da
Banca de
professores
10. ORÇAMENTO

Nº Ordem Descrição Quant. Preço Unit. Total


1 Resma Papel sulfite A4 1 17,00 17,00
2 Livro 2 95,00 190,00
3 Encadernação 1 30,00 30,00
4 Cartucho de tonner 1 60,00 60,00
TOTAL 297,00

11. PROPOSTA DE SUMÁRIO


1. TEMA - PROBLEMATIZAÇÃO
2. RESUMO E PALAVRAS-CHAVE
3. INTRODUÇÃO
4. DESENVOLVIMENTO
4.1 Investigar os principais motivos da violência contra as mulheres;
4.2 Identificar os tipos de violência doméstica contra as mulheres;
4.3 Investigar as consequências desta violência;
4.4 Conhecer os benefícios da Lei Maria da Penha;
4.5 Investigar a aplicação da Lei.
5. OBJETIVOS
5.1 Objetivo Geral
5.2 Objetivos Específicos
6. JUSTIFICATIVA
7. METODOLOGIA
8. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
9. CRONOGRAMA
10. ORÇAMENTO
11. RESULTADOS ESPERADOS
12. REFERÊNCIAS
.

12. REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n° 11.340, de 7 de agosto de 2006.


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004‐ 2006/2006/lei/l11340.htm. Acesso em: 20 de
novembro 2017.

RIBEIRO, Dominique de Paula. Violência contra a mulher – aspectos gerais e questões


práticas da Lei 11.340/2006. 1ª ed. São Paulo: Gazeta Jurídica. 2018

TELES, Maria Antonia de Almeida. MELO, Monica de. O que é a violência contra a
mulher. 3ª ed. São Paulo: Editora Brasiliense. 2017
JOHNSON, Roger N. (1979) Agressão no homem e nos animais. Rio de Janeiro:
Interamericana
Tags: Amazonas TJAM, denúncia, Feminicídio, injuria, Lei Maria da Penha, lesão
corporal, medidas protetivas, Violência contra Mulher, violência doméstica
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https://www.portalmarcossantos.com.br/2018/08/07/manaus-registra-355-casos-de-
violencia-contra-mulher-por-dia-em-2018-ja-sao-mais-de-74-mil-crimes/
Copyright © Portal Marcos Santos. Acesso em 26/11/2018

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