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Física B o s co d e M o u r a F il ho

Autoria: João B

Tema 02
Aplicação das Leis de Newton – Força de Atrito
Tema 02
Aplicação das Leis de Newton – Força de Atrito
Autoria: João Bosco de Moura Filho
Como citar esse documento:
MOURA FILHO, João Bosco de. Física B: Aplicação das Leis de Newton – Força de Atrito. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional,
2016.

Índice

CONVITEÀLEITURA PORDENTRODOTEMA
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© 2016 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua
portuguesa ou qualquer outro idioma.
CONVITEÀLEITURA
As Leis de Newton têm inúmeras aplicações, neste tema você irá estudar sobre algumas dessas suas aplicações.
Iremos inicialmente conceituar a força de atrito, vendo alguns casos de sua aplicação, você deve estar atento a toda
a manipulação realizada e as considerações físicas. Apresentando a diferença teórica entre atrito estático e dinâmico.
Dando continuidade, falaremos sobre a força de arrasto, que é a força que se opõe ao movimento de um fluido. Exemplos
serão mostrados para facilitar a sua visualização dos conceitos. Por fim, será estudada a força centrípeta, que surge em
um movimento circular uniforme. Nessa perspectiva retomaremos o conceito de movimento circular uniforme trazendo
seus principais pontos teóricos. Para todos os casos apresentaremos exercícios resolvidos ao longo das definições,
note que ao longo das resoluções será feito uso de conhecimentos prévios como, por exemplo, volume de uma esfera,
decomposição de vetores, entre outros.

PORDENTRODOTEMA
Leis de Newton

1. Aplicação das Leis de Newton

As Leis de Newton possuem diversas aplicações em situações do cotidiano. Quando mudamos a mobília de lugar,
é necessário que uma força seja aplicada para que a mesma se mova, sendo que a intensidade da força será em função
do peso da mobília. A força aplicada à mobília será menor caso ela esteja em uma superfície lisa e, maior, caso esteja
em uma superfície áspera. Essa diferença se deve ao fato de que a força de atrito é diferente entre as duas superfícies.

Neste tema iremos estudar sobre a força de atrito, atuante entre duas superfícies, além da força de arrasto e da força
centrípeta. Você irá notar que todas estão relacionadas à existência de movimento ou à aplicação de uma força.

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PORDENTRODOTEMA
1.1 Força de atrito

Em vários momentos do nosso cotidiano podemos identificar a presença da força de atrito, por exemplo, quando
caminhamos. A força de atrito será a força que tende a se opor ao movimento, ela surge devido às imperfeições existentes
entre as duas superfícies, como apresentado na Figura 1.
Figura 1: Imperfeições existentes entre duas superfícies.

Fonte: <http://n.i.uol.com.br/licaodecasa/ensmedio/fisica/atrito/atrito1.gif>. Acesso em: 13 dez. 2015.

Note pela Figura 1 que há imperfeições (ranhuras) nas superfícies e são essas que geram resistência ao movimento.
Essa resistência proveniente de ranhuras entre as superfícies é definida como força de atrito. Note que as ranhuras
variam de acordo com a superfície, podendo ser maiores ou menores.

À medida que uma superfície está sobre outra, por exemplo, um bloco sobre o piso, o bloco exerce uma força vertical
sobre o piso fazendo com que as duas superfícies se encaixem. Desse modo a força de atrito estará relacionada à força
vertical exercida sobre a superfície, uma vez que a superfície fará uma força contrária a essa definida como normal (N),
conforme ilustrado na Figura 1.

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PORDENTRODOTEMA
Logo podemos estabelecer uma relação para a força de atrito (Fat) como sendo:

(1)

em que:

coeficiente de atrito.

Pela equação 1 note que a força é proporcional ao produto entre o coeficiente de atrito e a força normal. O coeficiente
de atrito varia conforme a superfície e não possui unidade sendo uma grandeza adimensional.

Para a força de atrito entre um bloco e uma superfície podemos ter duas situações, uma em que o bloco está em repouso
e outra quando está em movimento. Para um bloco em repouso definimos que o atrito existente é o atrito estático, logo
a força de atrito é definida por:

(2)

em que:

coeficiente de atrito estático.

Quando o bloco entra em movimento passa a atuar o atrito dinâmico, que é definido como:

(3)

em que:

coeficiente de atrito dinâmico.

Podemos estabelecer a seguinte relação entre os dois coeficientes de atrito:

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PORDENTRODOTEMA
Note que essa relação é intuitiva, quando freamos um carro e ocorre o travamento do pneu, o carro leva mais tempo até
parar do que quando o pneu não esta travado. Quando o pneu trava o atrito passa a ser dinâmico e consequentemente
o carro leva mais tempo até parar. Desse modo, por consequência:

Podemos ver o comportamento das duas forças ao longo do tempo no gráfico apresentado na Figura 2.
Figura 2: Gráfico do comportamento da força de atrito.

Fonte: Halliday (2012).

Exemplo 1: Considere um bloco de 4 kg sobre uma superfície horizontal, que tem coeficiente de atrito dinâmico igual
a 0,5. Sabendo que o bloco sofre uma aceleração de 2,5 m/s2, determine a força horizontal necessária para reproduzir
essa aceleração ao bloco.

Resolução

Como o enunciado não trás uma representação da situação, vamos fazer um desenho que a represente.

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PORDENTRODOTEMA
Figura 3: Ilustração do exemplo 1.

Fonte: Halliday (2012).

Note que o fk representa a força de atrito.

Dados do problema:

m=4 kg

µ=0,5

a=2,5 m/s2

Como o deslocamento do bloco ocorre na horizontal, temos que a componente da força resultante nessa direção será
em módulo:

pelos vetores:

pela equação da força de atrito:

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PORDENTRODOTEMA
neste caso note que a normal será igual ao peso, logo:

substituindo os dados:

Resposta: A força necessária é de 29,6 N.

Exemplo 2: Um bloco sobre uma superfície é puxado por uma pessoa de modo que a força atua formando um ângulo
com a horizontal, conforme ilustrado:
Figura 4: Ilustração do exemplo 2.

Fonte: <http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAewZ4AL-2.jpg>. Acesso em: 13 de dezembro de 2015.

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PORDENTRODOTEMA
Esse bloco tem 4 kg de massa e está com uma aceleração na horizontal de 2,5 m/s2. Considerando que o coeficiente de
atrito do bloco com a superfície é de 0,5, determine o valor do módulo da força F ( =30˚).

Resolução:

Dados do problema

m=4 kg

µ=0,5

a=2,5 m/s2

=30˚

Vamos escrever as forças atuantes na direção do movimento:

note que a força F não atua totalmente na direção do movimento, desse modo tomamos a componente dela nessa
direção.

Pela decomposição de F:

logo:

a força normal nesse caso não será igual à força peso em módulo. Portanto, pela força resultante na vertical teremos:

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PORDENTRODOTEMA
como o bloco não tem deslocamento nessa direção, logo a sua aceleração é zero e a força resultante também:

isolando a normal temos:

substituindo a componente de Fy:

desse modo:

isolando F:

substituindo os valores:

Resposta: É necessário uma força de aproximadamente 26,9 N.

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PORDENTRODOTEMA
Exemplo 3: Um bloco é puxado ao longo de uma rampa que faz um ângulo =20˚ com a horizontal, conforme ilustrado:
Figura 5: Ilustração do exemplo 3.

Fonte: <http://www.cefetsp.br/edu/okamura/forca_atrito_ exercicios_fixacao_files/image031.jpg>. Acesso em: 13 dez. 2015.

Considere que o bloco tem 4 kg de massa e que o sistema tem aceleração de 2,5 m/s2 subindo a rampa e que o
coeficiente de atrito do bloco com a superfície é de 0,5, determine o valor do módulo da força F ( =20˚).

Resolução:

Dados:

m=4 kg

µ=0,5

a=2,5 m/s2

=20˚

Vamos considerar o movimento em x e y, desse modo traçaremos a resultante da força em x e em y:

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PORDENTRODOTEMA
note que a força F atua totalmente na direção do movimento, mas a força peso P terá componentes em x e y. Para as
componentes do peso temos:

logo:

Para o valor da força normal N, vamos fazer a resultante da força em y:

como o bloco não tem deslocamento nessa direção, logo a sua aceleração é zero e a força resultante também:

isolando a normal e substituindo a componente em Py temos:

desse modo:

isolando F:

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PORDENTRODOTEMA
substituindo os valores:

Resposta: A força necessária é de aproximadamente 41,8 N.

Exemplo 4: Considere uma situação similar à do exemplo 3, mas com a aceleração descendo, determine a força
necessária.

Resolução

Nesse caso podemos usar a mesma ilustração do exemplo 3, mas vamos destacar o sentido da aceleração:
Figura 6: Ilustração do exemplo 4.

Fonte: Adaptada. Disponível em: <http://www.cefetsp.br/edu/okamura/ forca_atrito_exercicios_fixacao_files/image031.jpg>. Acesso em: 13 dez. 2015.

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PORDENTRODOTEMA
Logo vamos ter uma resolução similar ao exemplo 3, modificando apenas o sentido do movimento.

Dados:

m=4 kg

µ=0,5

a=2,5 m/s2

=20˚

Vamos considerar o movimento em x e y, desse modo traçaremos a resultante da força em x e em y:

note que a força F atua totalmente na direção do movimento, mas a força peso P terá componentes em x e y. Para as
componentes do peso temos:

logo:

Para o valor da força normal N, vamos fazer a resultante da força em y:

como o bloco não tem deslocamento nessa direção, logo a sua aceleração é zero e a força resultante também:

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PORDENTRODOTEMA
isolando a normal e substituindo a componente em Py temos:

desse modo:

isolando F:

substituindo os valores:

Resposta: A força necessária é de aproximadamente – 15 N.

Obs.: note que o sinal negativo representa o sentido, desse modo pelo nosso desenho a força está atuando em sentido
oposto, ou seja, para baixo.

1.2 Força de Arrasto

Quando estamos correndo em meio de uma ventania sentimos uma resistência devido ao ar. Essa força de
resistência ou força de arrasto é comum tanto a gases (ar) quando a líquidos. Sendo o meio no qual há vapor, gás ou
líquido definido como fluido.

Desse modo para deslocarmos algo ao longo de um fluido surge ao longo do movimento uma força que se opõe, definida
como força de arrasto ( ) e tem o seu módulo dado por:

eq. IV

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PORDENTRODOTEMA
em que:

é o coeficiente de arrasto.

densidade do fluido ou massa específica.

área de contato que sofre o arrasto.

velocidade do objeto que sofre o arrasto.

Exemplo 5: Uma gota de chuva durante sua trajetória da nuvem até o solo sofre uma força de arrasto. Considere o caso
de uma gota de chuva que tem raio de 1,2 mm e cai de uma nuvem a 1.100 m de altura. Determine a velocidade terminal
da gota, sabendo que a densidade da água é 1.000 kg/m3, a densidade do ar é 1,2 kg/m3, considerando que a gota não
sofra mudança em sua forma ao longo da trajetória e que o coeficiente de arrasto da gota é 0,6.

Resolução:

Para a ilustração da situação, temos:


Figura 7: Ilustração do exemplo 5.

Fonte: Elaborada pelo autor.

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PORDENTRODOTEMA
Dados:

Raio da gota = 1,2 mm

Altura da nuvem = 1.100 m

Densidade da água = 1.000 kg/m3

Densidade do ar = 1,2 kg/m3

C =0,6

Para a força de arrasto temos:

Note que para determinar a velocidade terminal precisamos da força de arrasto.

Como queremos a velocidade terminal nesse ponto a aceleração será zero. Logo, como temos duas forças atuando, a
da gravidade e a de arrasto, elas iram se anular:

pela Segunda Lei de Newton temos que a força da gravidade é:

a massa pode ser calculada pela densidade, lembre-se que:

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PORDENTRODOTEMA
como consideramos a gota esférica:

logo:

note que a aceleração é a da gravidade.

Essa será a força de arrasto, logo

desse modo:

isolando a velocidade:

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PORDENTRODOTEMA
Note que a área A será a de contato de queda da gota, ou seja, a área da circunferência:

substituindo os valores dados:

Resposta: A velocidade terminal da gota é de aproximadamente 6,6 m/s.

1.3 Força Centrípeta

Para que possamos definir uma força centrípeta, vamos considerar um movimento circular uniforme, ou seja,
um corpo se movendo em uma circunferência com velocidade escalar “v” constante. Desse modo o corpo terá uma
aceleração centrípeta “a” em módulo constante, sendo que a sua direção varia ao longo do tempo, pois ela é voltada
para o centro da circunferência.

A aceleração centrípeta é definida como:

(5)

em que r é o raio da circunferência

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PORDENTRODOTEMA
Figura 8: Movimento circular uniforme.

Fonte: <http://n.i.uol.com.br/licaodecasa/ensmedio/fisica/gr-forc-centrip.gif>. Acesso em: 13 dez. 2015.

Na Figura 8 é visto uma força de tensão T apontada para o centro, essa será definida como força centrípeta Fcp e pela
Segunda Lei de Newton temos:

substituindo o valor de “a” dado pela eq., temos:

eq. VI

sendo esse o módulo da força centrípeta.

Exemplo 6: O loop é apresentado como atração em circos e montanhas-russas, veja na Figura 8 um fôlder dessa atração.

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PORDENTRODOTEMA
Figura 8: Ilustração de um loop.

Fonte: Halliday (2012).

Considerando que um loop seja um círculo de raio de 2,5 m, qual é a menor velocidade para que uma pessoa consiga
fazer o loop.

Resolução

Dados

Raio = 2,5m

Note que no topo da volta a pessoa tem duas forças atuando para baixo, a força normal e o peso, logo:

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PORDENTRODOTEMA
para o movimento circular:

lembre-se que na velocidade mínima a pessoa estará na eminência de cair, desse modo a normal será zero, logo:

isolando a velocidade:

logo pelos dados temos:

Resposta: A velocidade mínima é de aproximadamente 4,9 m/s.

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ACOMPANHENAWEB
Grings – Aula 13 – Tração na corda, Força de Atrito e Plano Inclinado

• Neste vídeo você verá a resolução comentada de um exercício de dois blocos ligados por
um fio em um plano inclinado. Preste atenção na resolução tentando resolver o exercício junto.
No vídeo são destacadas as forças atuantes no sistema e os cálculos são realizados de forma
detalhada.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=S-dcFHHDMz0>. Acesso em: 22 out. 2015.

Duração: 18:40.

Grings – Aula 14 – Força centrípeta

• O vídeo define o que é força centrípeta, apresentando exemplos de sua aplicação. Fique
atento às demonstrações construídas e às considerações realizadas ao longo dos exemplos.
Procure fazer os exercícios desenvolvidos no vídeo.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=D7FZ4Qy5b74>. Acesso em: 22 out. 2015.

Duração: 35:13.

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ACOMPANHENAWEB
Rolamento sem deslizamento: um exemplo ilustrativo capaz de mostrar mui-
tos conflitos conceituais

• O artigo traz um levantamento do entendimento de conceitos básicos da mecânica por parte


de alunos do nível universitário.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbef/v34n3/a16v34n3>. Acesso em: 22 out. 2015.

Aerodinâmica da bola de futebol: da Copa de 70 à Jabulani

• Este trabalho fala do conceito de força de arrasto aplicado a alguns casos, em especial à bola
de futebol. Ilustrando diversas situações e aprofundando no assunto, note que muitos pontos
tratados não serão cobrados neste tema, mas servem para que você veja a complexidade da
aplicação dos conceitos físicos.
Disponível em: <http://www.if.ufrj.br/~sandra/Topicos/palestras/futebol2.pdf>. Acesso em: 22 out. 2015.

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AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1

Considere um bloco de 5.600 g que está sobre uma superfície horizontal, conforme ilustrado abaixo.

Fonte: Halliday (2012).

Sabendo que , determine:

a) a força necessária para movimentar o bloco sabendo que µe é 0,4.

b) a força necessária para que a aceleração do bloco seja constante igual a 1 m/s2 sabendo que µD é 0,3.

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Questão 2

Um bloco é empurrado ao longo do seu deslocamento por uma força F de 10 N conforme ilustrado:

Fonte: Halliday (2012).

Sabendo que o ângulo , que a massa do bloco vale 3 kg e o coeficiente de atrito dinâmico vale 0,15, determine a aceler-
ação que o bloco iria sofrer.

Questão 3

Um motorista para o carro em uma descida, considerando que a rua tem um desnível de 8˚ e o carro tem uma massa aproximada
de 460 kg, qual deve ser o valor do coeficiente de atrito estático para que o carro permaneça em repouso?

Fonte: Halliday (2012).

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Questão 4

Um caixote contendo cimento é puxado por uma corda, que está amarrada a um de seus lados, por um funcionário. Sabendo
que ao puxar a corda o ângulo entre a corda e a horizontal é de 20º e que a massa do caixote com cimento é de 110 kg e o µD é
0,3, podemos afirma que:

a) A força que o funcionário tem que tracionar a corda para gerar uma aceleração de 1 m/s2 é de aproximadamente 700 N.

b) A força que o funcionário tem que tracionar a corda para gerar uma aceleração de 1 m/s2 é de aproximadamente 1.078 N.

c) A força que o funcionário tem que tracionar a corda para gerar uma aceleração de 1 m/s2 é de aproximadamente 321 N.

d) A força que o funcionário tem que tracionar a corda para gerar uma aceleração de 1 m/s2 é de aproximadamente 782,6 N.

e) A força que o funcionário tem que tracionar a corda para gerar uma aceleração de 1 m/s2 é de aproximadamente 500 N.

Questão 5

Dois blocos estão presos conforme ilustra a figura:

Fonte: Halliday (2012).

Considerando que a massa do bloco A é de 10 kg, o µD é 0,15 e o ângulo , é correto dizer que:

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AGORAÉASUAVEZ

a) para que o sistema tenha aceleração de 1m/s2 no sentido do peso de B, o valor da massa de B é 8,9 kg.

b) para que o sistema tenha aceleração de 1m/s2 no sentido do peso de B, o valor da massa de B é 8 kg.

c) para que o sistema tenha aceleração de 1m/s2 no sentido do peso de B, o valor da massa de B é 6 kg.

d) para que o sistema tenha aceleração de 1m/s2 no sentido do peso de B, o valor da massa de B é 10 kg.

e) para que o sistema tenha aceleração de 1m/s2 no sentido do peso de B, o valor da massa de B é 4,4 kg.

FINALIZANDO
Neste tema você estudou sobre a aplicação das Leis de Newton e, também, sobre a força de atrito, força de arrasto
e a força centrípeta. Os conceitos são muito importantes para que possamos compreender fenômenos da natureza do
ponto de vista físico. Note que ao longo da resolução dos exemplos, por vezes, nos remetemos às três leis básicas de
Newton para a mecânica, sendo de suma importância a sua compreensão física das leis e suas implicações.

REFERÊNCIAS
AGUIAR, C. E. Aerodinâmica da bola de futebol: da Copa de 70 à Jabulani. Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.if.ufrj.
br/~sandra/Topicos/palestras/futebol2.pdf>. Acesso em: 22 out. 2015.

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REFERÊNCIAS
Grings – Aula 13 – Tração na corda, Força de Atrito e Plano Inclinado. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=S-dcFHHDMz0>. Acesso em: 22 out. 2015.
Grings – Aula 14 – Força centrípeta. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=D7FZ4Qy5b74>. Acesso em: 22 out.
2015.
HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; E. WALKER, J. Fundamentos de Física. Volume 2. 9. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos, 2012.
NUSSENZVEIG, M. Curso de Física básica: mecânica. 4. ed. São Paulo: Editora Edgard Blucher, 2003.
OSMAN, R. N. Rolamento sem deslizamento: um exemplo ilustrativo capaz de mostrar muitos conflitos conceituais.
Natal, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbef/v34n3/a16v34n3>. Acesso em: 24 out. 2015.
TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros –Mecânica, Oscilações e Ondas, Termodinâmica. 5. ed. [S.l.]:
LTC, 2006.
YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. F. Física I. 10. ed. [S.l.]: Prentice-Hall, 2004.

GLOSSÁRIO
Dinâmica: ramo da física que estuda situações em movimento, ou seja, velocidade diferente de zero.

Estática: ramo da física que estuda situações em repouso, ou seja, velocidade igual a zero.

Força de arrasto: força existente entre um objeto em contato com um fluido.

Força de atrito: é a força de resistência ao movimento atuante entre duas superfícies devido a ranhuras existentes.

Fluido: substância, em geral líquida ou gasosa, que tem a capacidade de escoar.

Ranhuras: imperfeições existentes em uma superfície.

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GABARITO
Questão 1

Resposta: a) Na primeira situação temos que o bloco irá entrar em movimento, desse modo o coeficiente de atrito
utilizado é o estático. Importante notar também que a força F atuante terá uma componente horizontal e uma vertical,
logo para a resultante das forças em x:

pelas componentes da força temos:

logo:

nesse caso note que a pela resultante para a resultante no eixo y é nula e:

logo:

30
pelos valores:

Resposta: a força necessária é de aproximadamente 20,5 N.

b) A letra “b” é similar à letra “a”, mas sendo levado em conta o coeficiente de atrito dinâmico, visto que o bloco está em
movimento, desse modo a força é dada por:

substituindo os valores:

Resposta: A força é de aproximadamente 21,4 N.

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Questão 2
Resposta: Dados

Massa =3 kg

µD =0,15

Vamos escrever a resultante da força em x e y. Na direção y como não tem movimento a resultante é nula:

para a força resultante em x:

pela componente vertical:

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pelos valores dados:

Resposta: A aceleração é de aproximadamente 1,2 m/s2.

Questão 3

Resposta: Desenhando os vetores atuantes na situação:

Fonte: Halliday (2012).

Dados:

= 8˚

massa do carro = 460 kg

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Vamos escrever a resultante da força em x e y. Na direção y como não tem movimento a resultante é nula:

para a força resultante em x também será nula :

pela componente vertical:

pelos valores dados:

Resposta: O coeficiente de atrito estático é de aproximadamente 0,14.

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Questão 4

Resposta: Alternativa D.

Dados:

Massa = 110 kg

µD =0,3

a=1 m/s2

=20˚

Vamos considerar o movimento em x e y, desse modo vamos traçar a resultante da força em x e em y:

note que a força F atua totalmente na direção do movimento, mas a força peso P terá componentes em x e y. Para as
componentes do peso temos:

logo:

Para o valor da força normal N, vamos fazer a resultante da força em y:

como o bloco não tem deslocamento nessa direção, logo a sua aceleração é zero e a força resultante também:

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isolando a normal e substituindo a componente em Py temos:

desse modo:

isolando F:

substituindo os valores:

Resposta: A força necessária é de aproximadamente 782,6 N.

Questão 5

Resposta: Alternativa A.

Dados:

Massa de A = 10 kg

µD = 0,15

Considerando o sistema temos que:

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pelas componentes temos:

como

pelos valores dados:

37

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