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Anatomia de Superfície - Cabeça

Anatomia de Superfície
Moore

Bulbo do olho, pálpebras e glândula lacrimal

A abertura entre as pálpebras superior e inferior é a rima das pálpebras. Quando as


pálpebras são fechadas, a rima das pálpebras está quase no plano horizontal, exceto em
determinadas etnias (e.g., as de origem asiática). Estes indivíduos têm uma ligeira inclinação
superior da rima das pálpebras em direção ao nariz porque as extremidades mediais das pálpebras
superiores se projetam súpero-medialmente. Além do mais, os ângulos mediais dos bulbos dos
olhos são cobertos por uma prega pálpebro-nasal (epicanto) que varia de tamanho. Em uma vista
lateral, muito da parte visível do bulbo do olho se projeta ligeiramente entre as pálpebras (i.e.,
através da rima das pálpebras). Em uma vista anterior, muito do bulbo do olho parece situar-se
dentro da órbita. A parte anterior da esclera é recoberta pela túnica conjuntiva transparente do bulbo
do olho. A esclera, opaca e dura, aparece ligeiramente azul nos recém-nascidos e nas crianças e
possui uma coloração amarela em muitas pessoas idosas. A parte transparente anterior do olho é a
córnea, que é contínua com a esclera nas suas margens. Contudo, como é aparente quando vista
lateralmente, a córnea possui uma curvatura maior do que o resto do bulbo do olho (a parte
recoberta pela esclera); assim, um ângulo se forma na junção esclero-corneal, ou limbo da córnea. A
abertura circular escura através da qual a luz penetra no olho – a pupila – é envolvida pela íris, um
diafragma pigmentado circular.
A túnica conjuntiva do bulbo do olho é refletida a partir da esclera sobre a face profunda da
pálpebra. A túnica conjuntiva da pálpebra normalmente é vermelha e vascular e é comumente
examinada em casos de suspeita de anemia, uma condição do sangue comumente manifestada por
palidez das membranas mucosas. Como a túnica conjuntiva do bulbo do olho é contínua com o
epitélio anterior da córnea e com a túnica conjuntiva da pálpebra, ela forma o saco da conjuntiva. A
rima das pálpebras é a “boca” do saco da conjuntiva. Quando as pálpebras são fechadas, as
conjuntivas do bulbo do olho e da pálpebra formam um saco fechado.
No ângulo medial do olho, observe um reservatório de lágrimas raso e avermelhado – o
lago lacrimal. Dentro do lago está a carúncula lacrimal, um pequeno montículo de pele modificada,
úmida. Lateral á carúncula encontra-se uma prega semi-lunar da conjuntiva, que se sobrepõe
ligeiramente ao bulbo do olho. A prega semi-lunar é o rudimento da membrana nictante dos
pássaros e répteis. Quando as margens das pálpebras são evertidas, uma pequena depressão – o
ponto lacrimal – torna-se visível na sua extremidade medial no vértice de uma pequena elevação – a
papila lacrimal. Um ponto e uma papila semelhantes encontram-se na pálpebra superior.
A glândula lacrimal na parte súpero-lateral da órbita produz lágrimas; seus ductos
transportam o líquido para a superfície do bulbo do olho. Quando a córnea começa a secar, as
pálpebras piscam, carregando uma película de líquido sobre a córnea. Cada ponto lacrimal é a
abertura de um canal estreito, o canalículo lacrimal, que transporta o líquido para o saco lacrimal. A
partir daí o líquido passa através do ducto lácrimo-nasal para o meato nasal inferior – uma
passagem ao longo da parede lateral da cavidade nasal formada pela projeção da concha nasal
inferior. O líquido drena para a parte posterior da cavidade nasal até a parte nasal da faringe, onde é
engolido.

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