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ROCHAS ÍGNEAS

O nome destas rochas vem do latim ignis (=fogo). As rochas ígneas ou


magmáticas resultam da solidificação do magma no interior da crosta terrestre ou da
lava na sua superfície. O magma é um rocha fundida a temperatura de 700 até
1.2001°C, composta principalmente por oxigênio e silício, convencionalmente
expressa em termos de elementos maiores, menores e traços. Os elementos maiores
e menores são expressos como óxidos: SiO2, Al2O3, FeO, Fe2O3, CaO, MgO e Na2O
(elementos maiores); K2O, TiO2, MnO e P2O5 (elementos menores). Elementos
maiores são, por definição, aqueles com abundâncias acima de 1% em massa, ao
passo que elementos menores são aqueles entre 0,1 e 1% da massa. Alguns
elementos, tais como o Potássio (K) e o Titânio (Ti) estão presentes como elementos
de abundância menor em algumas rochas, mas podem atingir proporções de
elementos maiores em outras. Abaixo de 0,1% de massa, entra-se no domínio dos
elementos traço, sendo que a concentração desses elementos é convencionalmente
expressa em termos de ppm (partes por milhão). Os principais elementos traços
presentes no magma são: V, Cr, Ni, Rb, Sr, Y, Zr, Nb, Ba, La, Ce, Nd, Sm, Eu, Gd,
Tb, Yb, Lu, Ta, Hf, Th e U. Diversos óxidos e elementos voláteis (os gases) podem
ser adicionados a esta lista, entre os quais se destacam o H2O, o CO2, o SO2, o Cl e o
F.

Classificação das rochas ígneas

As rochas ígneas são classificadas com relação a profundidade de


cristalização do magma, a textura, a estrutura, a quantidade da sílica (SiO2) e a
quantidade de minerais (ex. quartzo, feldspato alcalino e plagioclásio)

Classificação por profundidade de cristalização do magma


Considerando o ambiente de solidificação do magma na crosta terrestre, as
rochas ígneas classificam-se em Intrusivas e Extrusivas.
Quando o magma permanece e cristaliza-se no interior da terra as rochas são
chamadas de ígneas Intrusivas ou Plutônicas. Quando a solidificação do magma
ocorre na superfícia da crosta terrestre, as rochas são chamadas de ígneas
Extrusivas ou Vucânicas.

1. Principais modos de ocorrência da rochas ígneas intrusivas:


a) Batólito: grande massa ígnea que apresenta área de afloramento na superfície,
superior a 100km2. Os contornos são irregulares e o topo geralmente tem forma
dômica. É composto, de modo geral, de rochas ígneas ácidas (granito e/ou
granodiorito). No RS são comuns ocorrências de batólitos de composição granito-
granodiorito. Ex. Batólito granito-granodiorito de Caçapava do Sul.
b) Stock: massa ígnea menor, com área de afloramento, na superfície, inferior a
100km2. Os stoks e batólitos se localizam, geralmente, no núcleo das cadeias de
montanhas. No RS també, tem-se stoks. Ex. Stok granito-granodiorito da Ramada
(planalto da Ramada, ao norte de Lavras do Sul).
c) Lacólito: corpo ígnea intrusivo que possui a forma de uma lente plano-convexa.
Geralmente está intrudido ao longo dos plano de acamento de rochas sedimentares.
As camadas sedimentares localizadas acima da intrusão adquirem a forma dômica na
época da intrusão do magma, que é, geralmente, de composição ácida.
d) Dique: Corpo ígneo, intrusivo, de forma tabular, discordante em relação à estrutura
das rochas encaixantes. Resulta do preenchimento de fraturas na crosta, pelo magma
em ascensão. Pode ser constituído de rochas ígneas intermediárias e básicas.
e) Soleira ou Sill: Corpo ígneo, intrusivo, de forma tabular, concordante em relação à
estrutura das rochas encaixantes. Geralmente se apresenta em camadas de marcada
uniformidade e espessura, indicando um magma de grande fluidez na época da
intrusão.
No Rs são comuns as ocorrências de diques e soleiras de rochas de
composição riolítica, andesítica e basáltica.

2. Modo de ocorrência das rochas ígneas extrusivas:


a) Derrames de lavas: as rochas ígneas extrusivas ou vulcânicas ocorrem,
geralmente, na forma de derrames de lavas. Quando a atividade ígena é de erupção
central, forma-se um cone vulcânico de lavas, pela superposição dos derrames,
juntamente com outros produtos ejetados (materiais piroclásticos). Quando atividade
ígnea é do tipo fissural forma-se, com o prosseguimento da atividade, um planalto
vulcânico geralmente de grande extensão, resultante da superposição dos sucessivos
derrames. Ex. Planlto Meridional Brasileiro (Serra Geral).

Classificação por textura


A textura refere-se aos aspectos de amostras de rochas ígneas, relativos ao
grau de cristalização, tamanho dos grãos minerais, relações mútuas entre os grãos
cristalinos ou entre estes e a matéria vítrea, refletindo as condições de solidificação
do magma.
1. Grau de cristalização
O grua de cristalização refere-se à relação entre a matéria cristalina e a vítrea
na rocha.
a) Holocristalina: quando a rocha é constituida por grãos de minerais.
b) Hemicristalina: quando a rocha é constituida parcialmente por grãos de minerais e
parcialmente por matéria vítrea.
c) Vítrea: quando a rocha é constituida por matéria vítrea (vidro vulcânico).

2. Tamanho dos grãos minerais


Refere-se às variações no tamanho dos grãos dos minerais.
a) Fanerítica: quando as grãos minerais são possíveis de serem observados e
identificados macroscopicamente. Rochas que ocorrem na forma de veios ou filões
com minerais de tamanho de 5mm, são classsificados como Pegmatito. As rochas
ígneas intrusivas são faneríticas.
b) Afanítica: quando não for possível identificar e observar os minerais
macroscopicamente. As rochas vulcânicas são, de um modo geral, afaníticas.

3. Relações mútuas entre os grãos minerais


De acordo com os tamanhos relativos dos grãos, tem-se as seguintes texturas:
a) Equigranular: quando os grãos minerais estão dentro de uma mesma ordem de
grandeza.
b) Porfirítica: quando a rocha apresenta grãos minerais de tamanhos diferentes. Os
maiores denominam-se fenocristais e os menores constituem a matriz que pode ser
tanto fanerítica como afanítica.
A textura relaciona-se com o modo de ocorrência. Assim, as rochas intrusivas
apresentam textura fanerítica, enquanto as extrusivas são afaníticas ou vitreas. As
rochas intrusivas são sempres holocristalinas. As extrusivas podem ser holocristalinas
hemicristalinas ou vítreas. Nos tipos porfiríticos, a matriz será afanítica se ela for
extrusiva, ou, fanerítica se ela for intrusiva.

Classificação por estrutura


São feições arquitetônicas da rocha que, geralmente, se observam melhor no
campo e que se sobrepõem às feições texturais.
1. Maciça: corresponde a uma rocha ígnea que não apresenta orintação dos minerais
segundo determinadas direções, bem como padrões de fraturamento (em blocos,
colunar, etc). Assim, no campo, a rocha toma o aspécto de uma massa irregular e
compacta.
2. Prismática ou Colunar: manifesta-se, principalmente, em derrames de rochas
vulcânicas e se caracteriza pela disposição da rocha segundo prismas colunares de
cinco ou seis lados. Esta feição estrutural é o resultado da contração da lava durante
o resfriamento e se desenvolve, comumente,na parte mais central do derrame.
3. Estrutura em lages: manifesta-se. principalmente, em derrames de rochas
vulcânicas e se caracteriza pela disposição da rocha segundo lages de 5 a 10cm de
espessura, aproximadaemnte. Esta feição estrutural é o resultado do fluxo laminar de
lava na superfície e se desenvolve, de preferência, próximo à base e ao topo do
derrame.
4. Estrutura vesicular e amigdalar: a estrutura vesicular ocorre em rochas
vulcânicas e é resultado da expansão dos gases presentes na lava, na época de sua
solidificaão, deixando, com isso, o espaço vazio, Freqüêntemente, após constituídas
as vesículas, elas são preenchidas por soluções magmáticas tardias que precipitam
seus produtos na forma de minerais como quartzo, calcita, etc. Neste caso, as
vesículas preenchidas denominam-se amigdalas e a estrutura passa a se chamar
amigdalar.
Esta feição estrutural se localiza, preferencialmente, próximo ao topo do
derrame de lava.

Classificação por quantidade de sílica


Com relação à porcentagem de sílica presente nas rochas ígneas, elas são
classificadas conforme o quadro abaixo.

Classificação das rochas ígneas por quantidade de sílica.

Tipo de rocha Sílica Características


(% SiO2)
Ácidas O quartzo é sempre um constituinte importante

> 66%
Intermediárias 52 - 66% Os feldspatos são os principais constituintes,
geralmente perfazendo mais de 90% da rocha.
Básicas 45 - 52% As rochas geralmente contém menos feldspatos
(não > 60%) e são ricas em minerais escuros
contendo muito Mg, Ca e Fe, especialemente
piroxênio (também hornblenda e olivina)
Ultrabásicas < 45% As rochas são muito ricas em minerais
"básicos", especialmente os que contém Mg,
principalmente olivina.

Classificação quanto a composição mineralógica


A classificação mineralógica das rochas ígneas se baseia na presença
ou ausência dos seguintes minerais: olivina, piroxênios, anfibólios, biotita, feldspatos
alcalinos, plagioclásios e quartzo. Estes minerais podem se associar nas mais
diversas proporções. Outra classificação é quanto a proporção relativa dos minerais
quartzo, feldspatóides, feldspato alcalino e plagioclásio, com base no Diagrama
QFAP (Q=Quartzo, F=Feldespatóides; A=Feldspato Alcalino e P=Plagioclásio)

Principais tipos de rochas ígneas


1. Granito: É a rocha ígnea mais comum de todas, ocorrendo juntamente com os
gnaisses no embasamento cristalino, que constitui o substrato da crosta siálica que
forma os blocos continentais. É intrusiva, ácida, holocristalina, fanerítica equigranular,
raramente porfirítica. O feldspatos alcalinao (ortoclásio e, mais raramente, microclínio)
é o mineral mais abundante, seguido do quartzo e plagioclásio sódico. A biotita
comumente aparece em pequena quantidade e pequeno tamanho. Hornblenda é bem
mais rara.
A cor é rosa-avermelhada, com pontuações claras e escuras, ou então, cinza-
clara, com pontuações escuras. A estrutura da rocha é maciça e o modo de
ocorrência é na forma de batólitos e stoks.
No RS as ocorrências são abundantes na região do Escudo Sul riograndense
(Caçapava do Sul, Lavras do Sul, São Sepé, Encruzilhada do Sul, Porto Alegre....).
Durante o intemperismo químico do granito, o quartzo permanece inalterado
mas os feldspatos frequentemente se alteram à caulinita e as micas, a várias
espécies de argilominerais.

2. Riólito (é o equivalente efusivo do granito): rocha ígnea, extrusiva, ácida,


holocristalina, porfirítica com matriz afanítica. Possui a mesma composição
mineralógica do granito, entretanto, a quantidade de minerais máficos geralmente é
menor.
A sua cor pode variar de rosa avermelhada, cinza avermelhada, azulada e às
vezes, até quase preta. A estrutura é maciça. Ocorre na forma de derrames de lavas
ou como soleiras e diques. No RS as principais ocorrências localizam-se na região do
Escudo Sul riograndense (Planalto da Ramada, a NE de D.Pedrito. No Cerro Tupanci,
a W de S. Sepé, etc.

Principais Variedades:
a) Granófiro: rocha de cor cinza-clara, afanítica microgranular, constituída
fundamentalmente por denso intercrescimento de quartzo e feldspatos alcalino.
Ocorre na forma de derrames de lavas e é muito comum no topo do Planalto do RS,
ao longo de sua borda meridional e porção leste. A estrutura amigdalar é frequênte
com as vesículas preenchidas, comumente, por quartzo e suas variedades.

b) Obsidiana: rocha de cor preta, vítrea, apresentando fratura cochoidal. Resulta da


rápida solidificação de pequenos derrames de lavas ácidas, na superfície, quando
não houve tempo suficiente para a formação dos cristais.

3. Granodiorito: rocha ígnea, intrusiva, ácida, holocristalina, fanerítica, equigranular


ou porfirítica. O plagioclásio sódico ocorre em quantidade igual ou superior à do
feldspato alcalino (ortoclásio). O quartzo aparece em quantidade menor que no
granito. A biotita é mais abundante que no granito e, no seu lugar, pode aparecer a
hornblenda ou, ainda, estes dois minerais.
A cor é cinza-média com pontuações escuras.A sua estrutura é maciça e o
modo de ocorrência é na forma de botólitos. No RS as ocorrências são abundantes
na região do Escudo Sul riograndense, em associação com os granitos, nas
localidade citadas anteriormente. Durante o intemperismo, seu comportamento é
similar ao dos granitos.

4. Dacito (é o equivalente efusivo do granodiorito) : rocha ígnea, extrusiva, ácida,


holocristalina, porfirítica com matriz afanítica, de composição mineralógica similar à
do granodiorito. Sua cor, geralmente, é cinza-média e a estrutura maciça. No RS as
principais ocorrências são na forma de diques, na região do Escudo Sul riograndense,
associados aos riólitos:
Variedades:
a) Vitrófiro (hialo-dacito): rocha de cor preta a castanho-avermelhada, brilho vítreo a
resinoso. Macroscopicamente, é constituida de vidro com fratura cochoidal.
Amígdalas são comuns. Ocorre na forma de pequenos derrames de lavas e é muito
comum no topo do Planalto do RS, associando-se aos derrames de granófiros, com
os quais se intercalam.
5. Sienito: rocha ígnea, intrusiva, intermediária, holocristalina, fanerítica e
equigranular. O feldspatos alcalinao (ortoclásio) é o mais abundante. A biotita e/ou
hornblenda são os principais minerais máficos. O quartzo esta ausente ou em
pequenas quantidade (5%).
As cores mais comuns são o cinza e avermelhada com pontuações escuras. A
estrutura é maciça, entretanto, podem mostrar orientação, como no caso dos sienitos
gnáissicos. Ocorre na forma de stoks.
No RS ocorre um stok de sienito gnáissico no Escudo Sul riograndense, na
região de Piquiri, ao sul do BR 290, próximo ao entroncamento com a estrada para
Cachoeira do Sul.

6. Traquito: rocha ígnea, extrusiva, intermediária, holocristalina, afanítica porfirítica. A


matriz afanítica é constituída, predominantemente, de feldspatos alcalinao (ortoclásio)
e os fenocristais são comumente de minerais máficos. A cor geralmente é cinza, com
pontuações escuras. Apresenta estrutura maiciça, às vezes com orientação minerais.
Ocorre na forma de pequenos derrames de lavas ou chaminés. No RS
pequenos chaminés de traquito ocorrem no município de Piratiní.

7. Andesito: rocha ígnea, extrusiva, intermediária, holocristalina, afanítica porfirítica.


Os fenocristais são, na sua maioria, de plagioclásio sódico, de cor cinza-clara. A
matriz, de cor cinza-escura a preta, é constituída de plagioclásio sódico, hornblenda e
magnetita, praticamente impossíveis de serem distinguidos macroscopicamente.
A cor é cinza-ecura com pontuações claras e a estrutura é maciça ou
amigdalar. Ocorre na forma de derrames, soleiras e diques. No RS são comuns as
ocorrências no Escudo Sul riograndense, de soleiras e diques de andesitos,
associados aos riólitos. Ex. a leste de Lavras do Sul.
8. Diorito (é o equivalente efusivo do andesito): rocha ígnea, intrusiva, intermediária,
holocristalina, fanerítica e equigranular. O plagioclásio sódio é o mineral mais
abundante e hornblenda e biotita são os principais máficos.
A cor é cinza-escura a preta, estrutua maciça e ocorre na forma de stoks.

9. Gabro: rocha ígnea, intrusiva, básica, holocristalina, fanerítica e equigranular. O


plagioclásio cálcico e a augita são os minerais mais abundantes.
A cor é cinza escura a preta, com pontuações claras (plagioclásios). A estrutura
é maciça e ocorre na forma de stoks. No RS aparecem gabros no Escudo Sul
riograndense associados a rochas ultrabásicas. Ex. na região de Mata Grande, a W
de São Sepé; na região de Palmas, nas cabeceiras do Rio Vacacaí.
Variedade: Anortosito: rocha de cor cinza-clara, constituída essencialmente de
plagiclásio cálcico. No RS ocorre um stock no Escudo Sul riograndense, na região de
Capivarita, ao norte de Encruzilhada do Sul.

10. Basalto (é o equivalente efusivo do gabro): É a rocha ígnea básica efusiva mais
comum. Holocristalina, afanítica e microgranular. Mineralogicamente tem a mesma
composição do gabro, do qual é a correspondente extrusiva.
A cor é cinza-escura, castanha ou preta, estrutura maciça, vesicular ou
amigdalar. Nos basaltos vesiculares dá-se, muito freqüente, o preenchimento das
vesículas, formando amigdalas, que podem constituir-se de ágata, quartzo, ou
diversos outros minerais, que resultam dos últimos fluxos do magma recém
consolidade, que, escapando pela rocha, foram formar-se nos seus espaços vazios.
Ocorre na forma de derrames de lavas, ao longo do Planalto do RS. Diques e soleiras
de composição basáltica são comumente denominados de Diabásio.

11. Ultramáfica: rocha ígnea, intrusiva, ultrabásica, holocristalina, fanerítica,


geralmente equigranular. É compsta essencialmente de minerais ferro-magnesianos
(máficos): olivina, piroxênios e anfibólios.
Principais Variedades:

a) Dunito: rocha de cor esverdeada devido à presença de olivina que é o mineral


predominante. Tem estrutura maciça e textura fanerítica equigranular.

b) Piroxenito: rocha de cor preta devido à presença de piroxênio, principalmente


augita, que é o mineral predominante. Estrutura maciça. Os grãos são em geral,
grosseiros, alongados, observando-se a superfície de clivagem prismática.

Tabela 6. Composição química média das rochas ígneas.

Rocha/Miner SiO2 TiO2 Al2O3 Fe203 FeO MnO MgO CaO Na2O K2O P2O5
Granito 72,08 0,37 13,86 0,86 1,67 0,06 0,52 1,33 3,08 5,46 0,18
Riólito 73,66 0,22 13,45 1,25 0,75 0,03 0,32 1,13 2,99 5,35 0,07
Granófiro 67,39 0,10 11,68 4,28 0,96 0,06 0,61 2,29 2,93 6,24 0,07
Granodiorito 66,88 0,57 15,66 1,33 2,59 0,07 1,57 3,56 3,84 3,07 0,21
Dacito 63,58 0,64 16,67 2,24 3,00 0,11 2,12 5,53 3,98 1,40 0,17
Vitrófiro 66,89 0,12 13,45 3,65 1,90 0,06 0,82 2,73 2,46 4,69 0,05
Sienito 59,41 0,83 17,12 2,19 2,83 0,08 2,02 4,06 3,92 6,53 0,38
Traquito 58,31 0,66 18,05 2,54 2,02 0,14 2,07 4,25 3,85 7,38 0,20
Diorito 51,86 1,50 16,40 2,73 6,97 0,18 6,12 8,40 3,36 1,33 0,35
Andesito 54,20 1,31 17,17 3,48 5,49 0,15 4,36 7,92 3,67 1,11 0,28
Gabro 48,36 1,32 16,84 2,55 7,92 0,18 8,06 11,1 2,26 0,56 0,24
Basalto 50,83 2,03 14,07 2,88 9,00 0,18 6,34 10,4 2,23 0,82 0,23
Dunito 40,16 0,20 0,84 1,88 11,8 0,21 43,2 0,75 0,31 0,14 0,04
Piroxenito 50,50 0,53 4,10 2,44 7,37 0,13 21,2 12,0 0,45 0,21 0,09
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RESUMO DAS ROCHAS ÍGNEAS

% de SiO2 > 66% 66 - 52% 52 - 44% < 44%


+← Quartzo → - ← sódico Plagioclásio + cálcico → -
+← Ortoclásio → ← Ortoclásio → ← Olivina →
--←Plagioclásio→ ← Biotita → + ← Piroxênio → e/ou
Minerais essencias
+ e/ou ← Piroxênio →
-← Biotita → + ← Hornblenda → + e/ou
e/ou e/ou ← Anfibólio →
-← Hornblenda→ + ← Piroxênio →
Textura Modo de Granular ou Porfirítica Equigranular
ocorrência
Intrusiva
Holocristalina -Batólitos Gabro Ultramáfica
-Stocks Granito Granodiorito Sienito Diorito -Anortosito -Dunito
Fanerítica -Diques -Piroxenito
-Soleiras
Porfirítica Microgranular
Extrusiva
Holocristalina -Diques Riólito
-Soleiras -Granófiro Dacito Traquito Dacito Basalto
Afanítica -Derrames (microgranular)
de lavas
Vítrea c/
ou s/ cristais Obsidiana Vitrófiro

Nas rochas ígneas observam-se associações de minerais que refletem a sua


composição química e as condições de solidificação. Em vista disso, os fatos
comumente observados são:
1. O quartzo não ocorre em rochas ígneas que contenha olivina (rochas ultrabásicas).
2. Quando a rocha ígnea apresentar feldpatos de cores diferentes (rosa-avermelhada
e cinza-branca), o feldspatos alcalino é geralmente rosa-avermelhado e o plagioclásio
branco ou cinza-branco.
3. Plagioclásios sódicos tendem a apresentar um ton de cinza mais claro, enquanto
os plagioclásios cálcicos tendem a apresentar tons de cinza mais escuro (cinza-
médio).
4. Rochas ricas em quartzo geralmente apresentam alta percentagem de feldspatos
alcalino.
5. Quando a quantidade de feldspatos alcalino na rocha é bem maior do que a
quantidade de plagioclásio, este último é sempre um plagioclásio sódico.
6. Silicatos ferromagnesianos do tipo piroxênios e olivina associam-se com
plagioclásios cálcicos.
7. As rochas que contém feldspatos alcalino em grande quantidade, geralmente
apresentam a biotita como mineral máfico. As rochas que contém plagioclásio e
quartzo em quantidades significativas, geralmente apresentam hornblenda. As rochas
que contêm somente plagioclásio, apresentam piroxênios ou olivina como silicatos
ferromagnesianos (máficos).
8. Quando as rochas ígneas vulcânicas se formam pelo resfriamento muito rápido de
um derrame de lava na superfície da crosta terrestre, os elementos químicos não
conseguem alcançar o equelíbrio necessário para a cristalização na forma dos
minerais petrográficos. Isto resulta numa rocha vítrea. Vidros ácidos, ricos em sílica
(obsiana) são bem mais comuns do que os vidros básicos (hialo-dacito)

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