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Informática

M8-Memórias

Manual elaborado por:


José Luís Ferreira
Índice

Desenvolvimento dos conteúdos do Módulo....................................................................................4


Introdução..........................................................................................................................................4
PROCESSADORES..........................................................................................................................5
Dentro do Microprocessador.......................................................................................................10
Como funciona o Microprocessador............................................................................................11
Coprocessador Matemático........................................................................................................13
1. UNIDADE ARITMÉTICA E LÓGICA.................................................................................................13
2. VELOCIDADE DO PROCESSADOR................................................................................................13
3. OVERCLOCKING.........................................................................................................................14
1. CACHE INTERNA........................................................................................................................15
MEMÓRIAS.....................................................................................................................................18
Memória de Sistema....................................................................................................................18
Vários tipos de Memórias............................................................................................................19
INSTALAÇÃO DE MEMÓRIAS...................................................................................................23
Índice de Figuras
Ilustração 16 -Microprocessadores...................................................................................................9
Ilustração 17 - Funcionamento de um microprocessador...............................................................11
Ilustração 18 - Processamento de instruções.................................................................................11
Ilustração 19 - Processamento de Instruções................................................................................12
Ilustração 20 - Controlador de Memória.........................................................................................20
Ilustração 21 - Aspecto físico de uma memória DDR.....................................................................22
Ilustração 22 - SIMMs de 30 (no alto), 68 (centro) e 72 pinos (em baixo).....................................23
Desenvolvimento dos conteúdos do Módulo

Introdução

Não há dúvida de que hoje em dia não podemos viver sem os


computadores. Eles estão infiltrados em todos os aspetos das nossas vidas, são
eles que nos permitem levantar dinheiro nas caixas multibanco, controlam o tráfego
nas grandes cidades e permitem que façamos transações comerciais em qualquer
parte do mundo. Isto só para citar alguns exemplos. Mas como nasceram?
Entidade Formadora Entidade Formadora

PROCESSADORES

Microprocessador é um dispositivo de computação completo, fabricado num só chip.


O primeiro microprocessador a ser fabricado foi o Intel 4004 e foi apresentado em
1971. O 4004 não era muito potente, pois executava simplesmente adições e
subtracções, e somente a 4 bits de cada vez. Mas, contrariamente aos anteriores,
ele era construído num só chip. O 4004 foi usado num dos primeiros calculadores
electrónicos que foi construído.
O primeiro microprocessador que foi utilizado num computador pessoal foi o Intel
8080, um processador completo de 8 bits, apresentado em 1971. O primeiro
processador que verdadeiramente provocou ondas foi o Intel 8088, dado que
incorporou o primeiro IBM Personal Computer. Seguidamente ainda, a Intel
desenvolveu o 80286, o 80386, o 80846 e por aí fora.
Paralelamente à Intel, também outras marcas desenvolveram os seus
processadores, como, por exemplo a Motorola, que em 1974 apresentou o 6800,
um processador de 8 bits e com 4.000 transístores. O chip era fabricado segundo a
tecnologia NMOS de 6 mícrons (µ) e necessitava de uma alimentação de 5 volts.
Ainda em 1974 apareceu o RCA 1802, capaz de trabalhar a uma velocidade
impressionante de 6.4MHz, tendo um desenho de 8 bits com um endereçamento de
16 bits.
Em 1975, Faggin e Shima desenvolveram o Zilog Z80. Este processador era
considerado um grande avanço sobre 8080, trabalhava a 2.5MHz e continha 8.500
transístores. Posteriormente com o Z80A, a velocidade passou a 4MHz sendo, capaz
de endereçar directamente 64KB de espaço de memória. O Z80 incorporava o
primeiro sistema operativo standard para microprocessadores. Este processador foi
o primeiro a ser utilizado em muitos sistemas pioneiros, como o Osborne, o Kaypro
e o nosso sobejamente conhecido Sinclair ZX80, ZX81 e Spectrum, entre outros.
Voltando novamente à Intel, em 1978 foi apresentado o Intel 8086. Foi com ele
que apareceu um conjunto de instruções x86, que ainda hoje subjuga o
desenvolvimento dos processadores, devido à necessidade de manter uma
compatibilização dos processadores actuais com software menos actual. Este
processador já tinha registos de 16 bits, um barramento de dados de 16bits e no
seu interior continha 29.000 transístores. Outra das suas características era ter um
barramento de endereços de 20 bits, o que permitia um endereçamento de
memória até 1 MB. Um dos grandes benefícios do 8086 era manter uma certa
compatibilidade na linguagem Assembler com o seu antecessor 8080.
Em 1979, novamente a Intel apresentou o 8080, tendo sido baseado no 8086. Era
também um processador de 16 bits, mas tinha um barramento de dados de 8bits, e
manteve os 20bits no barramento de endereços, tal como o 8086. Este processador
trabalhava 4,77MHz. Ainda em 1979, a Motorola apresentou o 68000, um
processador de 16 bits, que incluía um set de instruções de 32 bits. O 68000 tinha,
no entanto, um barramento de endereços de 24 bits e um barramento de dados de
16bits. Foi a plataforma usada em alguns dos primeiros sistemas de UNIX e foi
usado pela APLE primeiro no Lisa e posteriormente no Machintosh. No seu interior
podíamos encontrar 68.000 transístores.
O avanço seguinte mais significativo nos microprocessadores veio em 1982 com o
aparecimento do Intel 80286, a 16 bits. O i286, como ficou conhecido, permitia
1GB de memória virtual endereçável e tinha 130.000 transístores. Trabalhava a
velocidades entre os 8MHZ e os 12 MHz, e aumentava em seis vezes a potência do
8086. Endereçava até 16 Mb de memória física, continha um barramento de
endereços de 24bits e um de dados de 16bits.
Em 1985, a Intel lançou outro dos seus trunfos, o 80386, ou i386 como ficou
conhecido. Este chip permitiu a transição para a era moderna do computador
pessoal. Não devemos esquecer que ainda existem muitos computadores a
trabalhar com o i386. O processador trabalha a velocidades entre os 16MHz e os
25MHz no 386SX e 20MHz a 40MHz no 386DX. Tenho um desenho de 32bits com
275.000 transístores. Foi o primeiro processador da Intel a ter ambos os
barramentos, dados e endereços de 32 bits. Tem 4 GB de espaço de
endereçamento e foi o primeiro da família Intel a suportar endereçamentos
lineares. Em 1986, o projecto de Stanford MIPS produziu o primeiro processador
RISC comercial, o R2000. MIPS é uma abreviatura de Microprocessor Without
Interlocked Pipeline Stages.
A Sun apresentou em 1987 o primeiro microprocessador SPARC, que trabalhava a
36MHz e foi desenhado para correr aplicações de 32bits.
Em 1989, novamente a Intel lançou o 486. Era um aperfeiçoamento dos 386.
Continha 1,2 milhões de transístores, um processador Aritmético interno e incluía
também uma memória Cache interna de 8Kb. De notar que foi o primeiro
processador a ter uma cache de nível 1. As frequências de relógio variam entre os
16MHz e os 100MHz.
Em 1993, a Intel lança o Pentium, o primeiro chip a incorporar um arquitectura
superescalar, na qual o seu desenho de Pipeline duplo permitia a execução de duas
instruções simultâneas. O Pentium tem um barramento de dados de 64bits assim
como um cache nível 1 de 16Kb. Este chip incorpora qualquer coisa como 3,1
milhões de transístores e é capaz de atingir uma frequência de relógio de 200MHz.
Também em 1993, a IBM e a Motorola, em conjunto, apresentam o Power PC604,
um processador que trouxe arquitectura RISC para o vulgar PC. Este processador e
os seus sucessores foram adoptados pela Aple para a sua gama Power Machintosh.
Este processador trabalha a uma velocidade que vai desde os 50MHz aos 120MHz e
contem no seu interior 2.8 milhos de transístores.
Em 1995, o Pentium PRO, da Intel foi apresentado ao mundo. O processador foi
optimizado para aplicações de 32bits, a correr em sistemas operativos de 32bits. È
um processador de arquitectura superescalar, capaz de executar até três instruções
simultâneas. Em relação aos seus antecessores, tem uma novidade que é o facto
de ter no seu interior uma memória cache de nível 2, com a capacidade de 256Kb
ou 512Kb. No seu núcleo, o CPU tem qualquer coisa como 5,5 milhões de
transístores, as frequências de trabalho são 60MHz, 66MHz, 75MHz, 90MHz,
150Mhz, 166Mhz, 180Mhz ou 200Mhz e contem um barramento de endereços de 36
bits.
Em 1996, a Cyrix introduziu a família de processadores 6X86, com as
denominações PR120+, PR133+, PR150+, PR166+ e PR200+, o que já permite
adivinhar as suas frequências de trabalho. Os 6X86 contem uma cache primária de
16Kb e uma unidade de superplined e superescalares, contem também um
barramento de dados de 64bits, assim como um barramento de endereços de
32bits. A família 6X86 foi optimizada para aplicações de 16 a 32 bits.
Em 1987, a Intel apresentou um outro trunfo, um processador Pentium, com
tecnologia MMX. Este chip tem no seu microcodigo 57 novas instruções,
desenhadas especificamente para manipular e processar eficientemente vídeo,
áudio e dados gráficos. Neste chip, a cache nível 1 passou também de 16Kb para
32Kb, alem de algumas alterações no seu desenho interno. As suas frequências de
funcionamento eram de 166 MHz, 200MHz e 233Mhz.
Em Abril de 1997, a AMD anuncia o AMD-K6\PR-233. Este chip tem uma cache
primária de 64 Kb e 3,3 milhos de transístores. Baseia-se numa micro arquitectura
superescalar RISC 86 e inclui suporte para tecnologia MMX da Intel. Este chip foi
desenvolvido inicialmente pela NextGen e adquirido pela MDA na primavera de
1996. Também em 1987 a Intel lançou o Pentium2. Inicialmente baptizado
Klamath, começou por trabalhar a 233MHz e tinha uma cache nivel2 e de 256Kb ou
512Kb. Incorporava tecnologia MMX, alem de outras inovações tecnológicas, tais
como a Dynamyc execution, a arquitectura DIB (Dual Independent Bus) e o
intelligent input/output. As suas velocidades de trabalho são 233Mhx, 266MHz,
300Mhz, 333Mhz, 350Mhz, 400Mhz e 450Mhz.
Em 1998 foi o lançamento do Pentium II Xeon, pensado para os servidores de
média alta gama, assim como para estações de trabalho. Apesar de manter a
compatibilidade com os seus antecessores, ele trouxe algumas novidades. Foi
lançado somente em duas versões, 400Mhz e 450Mhz.
Ainda em 1998, a Intel lançou em CPU que seria a partir desse momento o
processador de gama baixa: o Celeron inicialmente a trabalhar a 266 MHz e
300Mhz e sem cache nível 2. Algum tempo depois, cerca de quatro meses, a Intel
apercebeu-se da asneira e lançou o Celeron A. A diferença básica era o facto de a
versão A já ter uma cache novel 2, embora somente 128KB. Esta versão começou
com 300MHz e acabou com 533MHz. Enquanto o Celeron Inicial tinha 7,5 milhões
de transístores, na versão A passou a 19 milhões. O Celeron mantém as mesmas
características do Pentium II, exceptuando a cache nível 2, é claro.
Em Fevereiro de 1999, apareceu o Pentium III, ou Katmai, que oferece um
desempenho excelente para qualquer tipo de software e é totalmente compatível
com todo o tipo de software baseado na arquitectura Intel. Tem no seu interior
qualquer coisa como 9,5 milhões de transístores e velocidades entre os 400MHz e
os 600MHz.
Em Março do mesmo ano, a Intel lançou o Pentium III na sua versão musculada,
isto é, o PIII Xeon, tendo no seu interior 9,5 milhões de transístores, com
velocidades de 500Mhz e 550MHz, e algumas diferenças substanciais em relação ao
seu predecessor, o PIII, diferenças essas analisadas posteriormente.
Também em 1999, a AMD lança o K6®-III a 450MHz, com a tecnologia 3Dnow e
com desenho TriLevel Cache, o que maximiza a performance dos PC através de
uma cache interna Nível 1 de 64Kb e uma cache também interna nível 2 de 256Kb
de alta velocidade, além de um barramento a 100Mhz para uma terceira cache
opcional externa, o que permite ter uma capacidade de cache total até 2.368Kb.
Em Outubro de 1999, novamente a Intel lança o Pentium III E, com 28,1 milhões
de transístores e velocidades entre 600 MHz e 1,26Ghz. A partir desta versão, a
Intel introduziu algumas diferenças no PIII e uma delas tem a ver com o aspecto
físico do mesmo, tendo abandonando e cartridge SECC e voltando ao aspecto CHIP
com o socket 370. Outra diferença é o facto de a cache nível 2 ter passado de 512
Kb a 256Kb.
Em Janeiro de 2000, apareceu a versão PIII EB, com barramento a 133 MHz e as
mesmas características da versão E.
Em Fevereiro de 2000, a AMD lançou o K6®-2 a 500MHz, 533MHz e 550MHz e
tecnologia 3DNow.
Em Março de 2000, apareceu o Pentium 4, tendo abandonado a arquitectura P6,
que vinha a utilizar desde o Pentium Pro, e utilizando a nova arquitectura NetBrust.
A Intel oferece um processador com 42 milhões de transístores no seu interior, 1,4
GHz de velocidade, cache nível 1 de 64 KB e cache nível 2 de 256Kb.
Em Janeiro de 2001, a AMD lança o Duron com 800MHz, 850 MHz e 900MHz,
barramento de alta velocidade, uma arquitectura de cache sofisticada e FPU
superescalar com tecnologia 3DNow.
Como se não bastasse ainda, a AMD lança Athlon, com velocidades entre os
900MHz e 1,13GHz. É um processador pensado para estações de trabalho de
grande desempenho.

Ilustração 1 -Microprocessadores
Entidade Formadora Entidade Formadora

Vejamos agora os CPU numa divisão de gerações.

Geração
i8086 i8088
1
Geração
2 i80286

Geração
3 i80386DX i80386SX 80486SLC

Geração
4 i80486DX i80486SX i80486DX4

Geração Pentium Cyrix


5 Pentium AMD K5 Cyrix 6x86 AMD K6-2
MMX 6x86MX
Geração Pentium Pentium
6 Pentium II Celeron Xeon AMD K6-3
PRO III
Geração AMD Intel Willamette
7 Athlon

Geração Intel AMD


8 Itanium Sledgehammer

Tabela 1 - Geração dos CPU

Dentro do Microprocessador.
Para entendermos como funciona um microprocessador, vamos ver como é ele por
dentro e tentar perceber a lógica usada para a sua criação.

O microprocessador executa toda uma série de instruções que lhe dizem o que
deve fazer. Baseado nas instruções que lhe são dadas, ele executa três coisas
básicas através da sua Unidade Aritmética Lógica (ALU):

 O Microprocessador executa as principais operações matemáticas. Os


microprocessadores mais recentes, no entanto, têm internamente um
coprocessador aritmético, cuja função é auxiliar na execução de operações
com vírgula flutuante.

 O Microprocessador move dados de uma localização de memória para outra.

 O microprocessador pode tomar decisões e saltar para um conjunto de


instruções baseado em decisões.
Apesar de, como nós sabemos, um processador poder executar todo o tipo de
operações sofisticadas, estas são as suas três actividades básicas.

Como funciona o Microprocessador


O CPU recebe continuamente instruções para ser executadas. Cada instrução é uma
ordem de processamento de dados e o trabalho do CPU consiste principalmente em
cálculos e transporte de dados.

Dados a
ser Dados
CPU
Processad
os Processados
Ilustração 2 - Funcionamento de um microprocessador

O CPU recebe pelo menos dois tipos de dados:

1. Instruções acerca do que fazer com os dados.

2. Dados que serão processados de acordo com as instruções.

Chamamos instruções aos códigos de programação, que incluí mensagens enviadas


ao computador, ordens de impressão, entre outras.

Os dados são normalmente dados do utilizador, sejam eles informações numa base
de dados, uma folha de cálculo, um desenho, etc.

A maior carga de trabalho do CPU consiste na descodificação de instruções e


localização de dados, e os cálculos em si não são o tipo de trabalho muito pesado
para um microprocessador.

Instruçoõ es de
Processament
o de dados.

Dados a
Processar

CPU Dados
Processados
Ilustração 3 - Processamento de instruções
A descodificação é, é no fundo, a percepção de instruções que o utilizador envia
para o CPU. Todos os CPU dos PC são compatíveis com o 8086. Isto quer dizer que
os programas comunicam com o CPU através de uma família específica de
instruções.

Dado que existe a necessidade dos CPU das gerações subsequentes poderem
utilizar as mesmas instruções do 8088, foi necessário criar um conjunto de
instruções compatíveis. Os CPU mais recentes têm de perceber as mesmas
instruções. Esta compatibilidade standard da industria desde então. Todos os
processadores novos, independentemente da sua geração, tem de ser capazes de
perceber e manipular o formato de instruções 8088.

Instruçoõ es

Dados do
Utilizador
Traduçaõ o ou outros
Instruçoõ es

Internas
Ilustração 4 - Processamento de Instruções
Coprocessador Matemático
O coprocessador matemático, ou, mais correctamente, unidade de virgula flutuante
ou FPU (Floating Point unit), é dedicado à excepção de funções ou operações
matemáticas com números e virgulas flutuante. Um número de vírgula flutuante é
aquele que não é inteiro. Os números inteiros e os dados representados por
números inteiros são processados por um outro componente do processador, a
unidade Aritmética e Lógica.

Desde o 486Dx que o coprocessador matemático passou a ser uma parte integrante
do processador, excepção feita ao 486SX. Nos processadores anteriores ao 486, as
operações de vírgula flutuante eram executadas pela unidade aritmética e lógica,
excepto nos casos em que o PC possuía um coprocessador matemático externo
para a execução dessas operações. O coprocessador trabalhava também com o
processador para aumentar a performance de aplicações com cálculo matemático
intensivo.

1. UNIDADE ARITMÉTICA E LÓGICA

NO PC, grande parte do trabalho é feito com informação inteira, isto é, números
inteiros e dados que são representados por números inteiros. Nos inteiros incluímos
números, caracteres e dados similares. Os números que não são inteiros são
números de vírgula flutuante.

É na unidade aritmética e lógica que as instruções são executadas e o trabalho é


feito. Nos processadores mais antigos, só existe uma destas unidades, onde as
instruções são processadas sequencialmente. Nos processadores mais recentes, já
temos mais unidades permitindo que mais de uma instrução seja executada
simultaneamente.

2. VELOCIDADE DO PROCESSADOR

A velocidade do relógio de sistema de um computador é medida como frequência


ou número de ciclos por segundo. Um oscilador de quartzo controla a velocidade de
relógio. Quando uma tensão é aplicada ao quartzo, ele vibra a uma determinada
frequência. A oscilação emana do cristal na forma de corrente alterna na proporção
da harmónica do cristal – esta corrente alterna é o sinal do relógio.

Um computador trabalha a milhões destes ciclos por segundo, pelo que a sua
velocidade é medida em megahertz (MHz), isto tendo em linha de conta que um
hertz é igual a um ciclo por segundo.

A denominação Hertz foi dada em homenagem ao físico alemão Heinrich Rudolph


Hertz. Em 1885, ele provou, através da experimentação, a teoria electromagnética,
que diz que a luz é uma forma de radiação electromagnética e propaga-se através
de ondas.

Quando vemos num processador 600Mhz, sabemos que a frequência de relógio é


de 600MHz, pelo que temos na placa principal um pequeno oscilador de quartzo
que oscila continuamente a um determinado número de impulsos por segundo.

Os primeiros processadores trabalhavam a 4,77 MHz e, subsequentemente, foram


aumentados para 8Mhz, 16Mhz, 50Mhz, 66Mhz, 90Mhz, 133Mhz, e 200Mhz, até as
velocidades que hoje conhecemos e que se aproximam cada vez mais dos 200Mhz.

Para atingir estes valores de velocidade de processamento, os fabricantes tiveram


de utilizar uma técnica de multiplicação de frequência.
3. OVERCLOCKING

Já que estamos a falar de velocidade do processador, vamos dizer algumas


palavras acerca do overcloking.

Dado que quase todas as placas principais nos permitem alterar livremente a
velocidade do barramento e a velocidade do relógio, em princípio, podemos
aumentar a velocidade do processamento da nossa máquina, podemos configurar a
nossa placa de forma que o nosso computador funcione, por exemplo, a 800Mhz,
mesmo que as características da fábrica digam que ele é de 600Mhz, isto é, se ele
funcionar, o que nem sempre acontece.

As frequências que podemos alterar são:

 A velocidade do barramento, normalmente de 100Mhz ou 133Mhz, mas diga que


queremos alterar de 100Mhz para 133Mhz.

 A velocidade do processador pode também ser aumentada e aqui esse aumento


pode ser efectuado de dois modos: pelo aumento da velocidade do barramento e
pelo aumento do seu factor multiplicativo.

O resultado de qualquer um destes processos é um processador mais rápido. No


entanto, se aumentarmos a velocidade de barramento, isto vai afectar também a
velocidade com que os dados são enviados e recebidos da RAM e para isso a RAM
também tem que suportar esse aumento.

Por outro lado, quando aumentamos a velocidade interna do processador, temos


ver se as aplicações que utilizamos funcionam eficazmente, pois muitas aplicações
não suportam estas aventuras.

Quando fazemos o overcloking, temos de ter em atenção um factor extremamente


importante nos processadores: aquecimento, já que o aumento da temperatura é
um dos maiores perigos para o nosso processador.

1. CACHE INTERNA

A cache interna apareceu pela primeira vez no processador Intel 80486Dx e


denominou-se L1 (level1). Desde esse momento, a cache teve o seu
desenvolvimento natural principalmente em tamanho, como podemos ver na tabela
seguinte:
Nesta tabela podemos ver que alguns processadores têm também uma cache L2, o
equivalente à cache externa situada nas placas principais, que posteriormente

começou a ser parte integrante do processador.

CPU Tamanho da Cache


80486DX e DX2 8 KB L1
Pentium 16KB L1
16KB L1 + 256 KB
Pentium Pro
L2
Pentium MMX 32KB L1

AMD K6 e K6-2 64KB L1

Pentium II e Pentium
32KB L1
III
Celeron 32 KB + 128KB L2
Pentium II CuMine 32 KB L1+256 KB L2
64KB L1 + 256 KB
AMD K6-3
L2
AMD K7-Athlon 128 KB L1
128 KB L1 + 64 KB
AMD Duron
L2
AMD Athlon 128 KB L1 + 256 KB
Thunderbird L2
Tabela 2 - Tabela de Memória Cache

Vejamos qual a sua função e como funciona.

O processador tem de receber e entregar dados a alta velocidade. A memória RAM


não consegue acompanhar essa necessidade de velocidade, pelo que foi criada uma
memória RAM especial, a que se chamou cache, a qual é utilizada como área de
armazenamento temporário. Para se tirara a máxima performance do CPU, o
número de transacções para o exterior deve ser minimizado. Quanto mais dados
puderem ser mantidos dentro do CPU, melhor será a performance. Tomemos como
exemplo os processadores 486, equipados com uma unidade de vírgula flutuante e
uma cache interna de 8 KB. Estes dois elementos ajudam a minimizar o fluxo de
dados que entra e sai do CPU, aumentando a sua performance.
Como já vimos a cache funciona como um armazenamento temporário para
instruções frequentemente utilizadas, reduzindo assim a busca de dados na
memória principal do sistema.

Apesar da cache L1 aparecer inicialmente no 486, a partir do Pentium ela passou a


ter um refinamento. O 486 tem uma cache unificada de 8 KB, que era usada para
código e para instruções. A partir do Pentium, os processadores passaram a ter a
cache L1 dividida em duas partes, sendo uma delas reservada para dados e outra
reservada para código. Retomando o exemplo Pentium, temos uma cache L1 com
16KB, sendo 8 KB para código e 8 KB para dados.

Temos as seguintes características da cache única.

 Para um dado tamanho de cache, uma cache única apresenta uma taxa de
acerto maior do que caches separadas.

 Apenas é necessário projectar uma cache.

 A manipulação do código é mais simples.

Temos as seguintes características para as caches separadas.

 Reduzem os conflitos de barramento

 Aumentam a disponibilidade da cache quando necessário.

A opção do uso de cache separadas para o Pentium foi devida à necessidade de


uma maior largura de banda do que a que era proporcionada pela cache única.

A memória cache torna-se especialmente importante nos processadores em que a


frequência interna é multiplicada, o que a torna muito superior à externa. Assim, a
cache permite uma recepção e entrega de dados muito mais rápida.

Como já foi referido, os computadores têm dois níveis de memória cache, a L1


interna e a L2 inicialmente externam mas que posteriormente passou também a ser
controlada no próprio chip do processador, com notórias vantagens a nível de
performance global.
Entidade Formadora Entidade Formadora

MEMÓRIAS
Os PC assim como qualquer outro computador necessitam de uma memória
principal, cujo papel primordial é armazenar dados que estejam a ser usados no
momento.

Como vamos ver em seguida, alem da memória principal, o PC necessita também


de outros tipos de memória, tais como a cache, a memória de vídeo e uma menos
falada, mas também extremamente importante, que é a memória ROM.

Memória de Sistema
A memória de sistema é o local onde o computador armazena os programas e os
dados que estão em uso. O temo memória, em si, é algo ambíguo, podendo referir-
se a partes diferentes, dado que, como já vimos, há vários e diferentes tipos de
memórias.

A memória desempenha um papel primordial nos seguintes aspectos do


computador.

 Performance – A quantidade e o tipo de memória de sistema que temos é


um factor muito importante na performance global do sistema. Em muitos aspectos
é mesmo mais importante que o processador, dado que uma quantidade
insuficiente de memoria pode fazer com que o processador trabalhe a 50%, ou
menos, das suas capacidade. Este é um ponto extremamente importante que é
muitas vezes subestimado.

 Suporte a software – Programas mais recentes requerem muito mais


memória que os antigos. Assim, quanto mais memoria tivermos, maior facilidade
temos em correr qualquer programa.

 Estabilidade e confiança – Uma memoria defeituosa ou de fraca qualidade


pode causar problemas misteriosos e estranhos no nosso sistema, pelo que
devemos assegurar que temos memorias de boa qualidade. Além da qualidade
devemo-nos também certificar que temos memórias do tipo mais indicado para o
nosso sistema.

 Escalabilidade – Existem tipos de memorias e alguns mais universais que


outros. Uma escolha acertada do tipo de memória pode permitir que aproveitamos
as nossas memórias caso queiramos fazer um upgrade da placa principal.
Vários tipos de Memórias
Vamos agora ver vários tipos de memórias que podemos encontrar no nosso
computador, assim como as várias tecnologias.

As memórias podem ser classificadas como memórias somente de leitura e


memórias de leitura e escrita.

ROM - READ ONLY MEMORY

 Guardam os dados por um longo período de tempo

 Os dados contidos nestas memórias são de difícil modificação

Tipos de memórias ROM:

 Mask-Rom: os dados são gravados directamente pelo fabricante e não


podem ser alterados.

 Prom: pode ser programada usando equipamento especial; é possível


gravar dados apenas uma vez e depois só é possível efectuar operações de
leitura.

 EPROM:
 Pode ser apagada e regravada (luz ultravioleta)
 Exigem a remoção do chip do seu local
 - EEPROM:
 Pode ser apagada e regravada (impulsos eléctricos comandados por
software)
 É possível apagar apenas o conteúdo de um endereço
 Flash-ROM:
 É um tipo de memória EEPROM
 Ao contrário das EEPROM todo o seu conteúdo é apagado

Tipos de memórias RAM:

RAM – Random Access Memory

 Tipo de memória que pode ser alterada


 O seu conteúdo é perdido quando a alimentação da energia eléctrica é
retirada

 Permite armazenar dados durante o processamento de dados

 É considerada uma “mesa de trabalho” do CPU

 Mais rápida que a memória ROM

 Permite operações de leitura e escrita

Acesso à memória RAM

É o processo de ler ou escrever dados na memória.

É controlado por um circuito denominado por Controlador de memória.

Ilustração 2 - Controlador de Memória

Tempo de acesso é o tempo que a memória leva a produzir os dados requeridos,


desde o início do acesso até que os dados estejam disponíveis.

Detecção de erros da memória RAM

A fiabilidade de um dado na memória RAM não é muito elevada, se qualquer 0 ou 1


for trocado, perde-se toda a informação armazenada.

Para evitar os erros os sistemas de computação utilizam métodos de detecção e


detecção e correcção de erros.

Paridade:

A cada 8 bits armazenados na memória, um nono bit é acrescentado para informar


se o conjunto de bits tem erro. Estes bits formam com os outros 8 bits, um número
par de bits iguais a 1 caso a memória seja de paridade par ou um número ímpar de
bits iguais a 1 caso a memória seja de paridade ímpar.

Códigos de correcção e detecção de erro: utilizam algoritmos especiais para a


detecção e correcção de erros. Necessitam de mais do que um bit por cada 8 bits
armazenados.

Memória CACHE

Para resolver este problema utiliza-se uma memória rápida denominada de


memória cache que é colocada entre o processador e a memória principal.

Com o aumento da velocidade dos CPU’s, o tempo de acesso aos dados da memória
tornou-se uma questão fundamental para o desempenho do sistema de
computação.

Os CPU’s são muito mais rápidos que as memórias o que muitas vezes faz com que
estes fiquem num estado de espera.

O CPU utiliza esta memória para armazenar, dados recentemente utilizados ou as


instruções das próximas posições de memória, permitindo assim que o CPU aceda a
esses dados ou instruções directamente e não da memória principal, reduzindo
assim o tempo de acesso aos dados.

Ilustração 3 - Aspecto físico de uma memória DDR


Entidade Promotora Entidade
Formadora

INSTALAÇÃO DE MEMÓRIAS
O primeiro passo para instalar memória num computador é determinar se temos
o tipo de memória correcto, assim como a quantidade de SIMM necessária

INSTALAÇÃO DE SIMM

As SIMM de 30 pinos são usadas em máquinas 386 e 486. Normalmente são


memorias 4 SIMM para fazer a expansão da memoria. A maior parte das
máquinas 386 só admite a utilização de SIMM de 1 MB, enquanto as maquinas
486 podem usar de 1 MB ou 4 MB.

Ilustração 4 - SIMMs de 30 (no alto), 68 (centro) e 72 pinos (em baixo)

Alinhe o entalhe (Groove) lateral no módulo para que a SIMM entre no socket
num ângulo de 45º. Quando a SIMM estiver correctamente colocada, com os
Entidade Promotora Entidade
Formadora

dedos nas extremidades puxe-a para a frente quando estiver num ângulo de 60º.
Os clips do socket abrir-se-ão assegurando a sua perfeita colocação num ângulo
de 90º, logo que isso aconteça, os clips fecham e prendem a SIMM.

INSTALAÇÃO DE DIMM

Quando se vai instalar uma DIMM, convém ter em atenção as seguintes


especificações:

 É uma DIMM de 3.3 ou 5 volts?

 É buffered ou unbuffered?

 Requer a presença paralela ou serie?

 É FPM, EDO, ECC, SDRAM, etc.?

Para inserir uma DIMM, temos de a alinhar correctamente em relação ao socket,


pois ela é introduzida de cima para baixo. Abrimos os clips laterais do socket e
pressionamos a DIMM para baixo até que os clips se fechem novamente.

No caso das RIMM e das DDR, o processo é precisamente o mesmo das memórias
DIMM.
Entidade Promotora Entidade
Formadora

Bibliografia

Iniciação aos computadores. FDTI, 3ª. Edição, Lisboa.

Sousa, Sérgio. Tecnologias de Informação. 5ª Edição, FCA, Lisboa.

Gouveia, José; Magalhães, Alberto. Curso Técnico de Hardware. 6ª Edição, FCA,


Lisboa.

Monteiro, Edmundo; Boavida, Fernando. Engenharia de Redes Informáticas.9ª


edição, FCA, Lisboa.

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