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INTRODUÇÃO ............................................................................................................5
1 BREVES DEFINIÇÕES SOBRE O TEA ................................................................. 78
1.1 Desenvolvimento da criança com TEA os caminhos para a escola comum
inclusiva ......................................................................................................................9
1.2 Legislação sobre inclusão ................................................................................... 10
1.3 Análises de estudiosos sobre o tema da inclusão escolar .................................. 13
2 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO: SÃO BERNARDO DO CAMPO .... 16
2.1 Breve história do município ................................................................................. 16
2.2 Organização da educação básica ....................................................................... 16
2.3 Projetos educacionais ligados à inclusão ............................................................16
3 A PESQUISA .......................................................................................................... 17
3.1 Caracterização das escolas ................................................................................ 17
3.2 Caracterização dos bairros.................................................................................. 17
3.3 Dados sobre inclusão de pessoas com TEA nas escolas municipais de acordo
com o INEP ............................................................................................................... 17
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 18
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 19
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INTRODUÇÃO
Atualmente a educação tem como objetivo incluir, sem distinção, todas as Formatted: Not Highlight
respeitando suas necessidades. Entretanto, não é do modo como assegurado nas leis
citadas, que as escolas e profissionais que nelas atuam vem realizando o seu trabalho.
É muito comum, o não atendimento das especificidades desses sujeitos em seu
processo de ensino-aprendizagem tornando-o não condizente com a realidade.
A escolha por este tema deve-se ao fato de que os casos de inclusão na escola
regular aumentam a cada dia. Segundo Mello (1997) em suas pesquisas os casos de
Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem incidência de cinco casos em cada 10.000
nascimentos, porém, ainda são poucas as escolas que dispõem de profissionais
específicos e capacitados para trabalhar com as necessidades específicas de cada
criança ou jovem que esteja em situação de inclusão. Muitas vezes os alunos são
inseridos no ambiente escolar sem que tal lugar tenha condições objetivas para
recebê-los: profissionais especializados, espaço adaptado, ações pedagógicas
inclusivas, situações que acabam por promover involuntariamente a exclusão,
tornando o ambiente escolar para o aluno deficiente apenas mais um lugar de
cuidados e não de desenvolvimento social e pedagógico como é esperado.
A motivação ao tema ocorreu a A partir de experiências de estágio e trabalho
vivenciados em escolas, onde foi possível observar os desafios e a falta de preparo/
interesse dos profissionais em preparar atividades e elaborar estratégias ao receber
o aluno na escola regular. A falta de preparo dos estagiários, auxiliares e a sobrecarga Commented [b3]: DEFICIENTE
dos professores na escola regular pode ser determinante para que o aluno não
desenvolva sua capacidade, prejudicando seu desenvolvimento e seu processo de
aprendizagem.
Frente a isso, neste trabalho serão estudados especificamente os desafios
enfrentados e as estratégias utilizadas pela escola regular nos anos iniciais do ensino
fundamental para atender crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA)TEA.
Este trabalho buscará investigar os desafios da inclusão, sendo as autoras
acompanhadas pelos professores estagiários e auxiliares ao incluírem as crianças
com Transtorno do Espectro Autista (TEA)TEA na escola regular, propiciando um
espaço de observações, discussões, conhecimento e reflexões sobre o tema
abordado, de que forma o aluno é incluído na rotina escolar e investigar o trabalho
dos professores, estagiários e professores auxiliares em sala de aula no processo de
ensino-aprendizagem da criança autista.
A partir do exposto, este estudo será realizado por meio de uma análise em
duas escolas dos anos iniciais do ensino fundamental, da rede municipal de São
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Segundo Kupfer (1999) o diagnóstico de autismo tem uma história recente. Até
o início do Século XX ainda era enquadrado no grande grupo das chamadas
deficiências mentais. Para a sociedade, todas as crianças daquele grande grupo
estavam votadas ao cruel destino dos adultos doentes mentais: o diagnóstico de
incuráveis e o consequente asilamento. O termo autismo origina-se do grego autós,
que significa “de si mesmo” e foi introduzido em uma edição de 1912 do American
Journal of Insanity pelo psiquiatra suíço Paul Eugen Bleuler, que buscava descrever
a fuga da realidade e o retraimento interior dos pacientes acometidos de esquizofrenia
(CUNHA, 2017).
Leo Kanner, psiquiatra austríaco naturalizado americano, publicou as
primeiras pesquisas relacionadas ao autismo em 1943, denominando-o como
“Distúrbio Autístico do Contato Afetivo”. De acordo com Kanner (1943, apud Whitman
2015) as principais características do autismo incluem incapacidade de se relacionar
com as pessoas; falha no uso da linguagem para fins de interação social; resistência
a mudanças; orientação para objetos em vez de pessoas; rígida adesão a rotinas;
ecolalia (repetição sistemática de falas), entre outras. Apesar destas limitações, os
que possuem essa condição apresentam boas capacidades cognitivas-intelectuais.
Hans Asperger, a partir das observações feitas na Clínica Pediátrica
Universitária de Viena, publicou, em 1944, que as crianças identificadas com autismo
desde o início de suas vidas, apresentavam algumas características como:
“dificuldades de comunicação e interação, isolamento, padrão restrito e repetitivo de
interesses que não são tão graves a ponto de interferir significativamente no
desenvolvimento cognitivo ou na linguagem” (ALBURQUERQUE, 2011).
Whitman (2015, p. 25) assinala que “a área do autismo foi influenciada por
movimentos sociais, ativismo político e pesquisas nas áreas de retardo mental e
deficiências do desenvolvimento, durante as décadas de 1950, 1960 e 1970”.
De acordo com Ambrós (2017), o autismo foi classificado primeiramente no
DSM III (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) e DSM-IV, os quais Commented [S4]: Deve ser colocado em PT BR
qualificam o autismo no grupo dos de transtornos globais do desenvolvimento (TGD). Commented [S5]: DE
sendo englobado no grupo dos TEA, qualificado no DSM-5,. O mesmo que classifica
o autismo em áreas do desenvolvimento: “habilidades de interação social recíproca,
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A escola das diferenças deve ser vista sob a perspectiva inclusiva, e sua
pedagogia tem como lema questionar, colocar em dúvida, contrapor-se, discutir e
reconstruir as práticas que, até então, têm mantido a exclusão por instituírem uma
organização dos processos de ensino e de aprendizagem incontestáveis, impostos e
firmados sobre a possibilidade de exclusão dos diferentes, à medida que estes são
direcionados para ambientes educacionais à parte.
A escola comum se torna inclusiva quando reconhece as diferenças dos alunos
diante do processo educativo e busca a participação e o progresso de todos, adotando
novas práticas pedagógicas. Não é fácil e imediata a adoção dessas novas práticas,
pois ela depende de mudanças que vão além da escola e da sala de aula. Para que
essa escola possa se concretizar, é patente a necessidade de atualização e
desenvolvimento de novos conceitos, assim como a redefinição e a aplicação de
alternativas e práticas pedagógicas e educacionais compatíveis com a inclusão.
continuam elegendo algumas escolas e valorando-as positivamente, em detrimento Formatted: Font: Not Bold
de outras. Cada escola é única e precisa ser, como os seus alunos, reconhecida e
valorizada nas suas diferenças.
Leme e Costa (2016) apontam que, no contexto atual, toda política em matéria
de educação traz, em seu bojo, sinais de sua evolução. O que outrora preconizava o
direito à educação, hoje busca responder aos desafios da diversidade humana, tendo
como base a garantia de acesso e participação de todos os alunos à escola, assim
como à sociedade. Para tanto, a Comissão Internacional sobre Educação para o
século XXI lembra que as políticas educativas devem ser suficientemente
diversificadas e concebidas de modo a não serem mais uma causa de exclusão social
(DELORS, 2003). Nesse sentido, cabe às escolas romper com a tradicional natureza
elitista do sistema de ensino, que possibilita sucesso para alguns enquanto exclui
muitos outros.
Mantoan (2008) aponta a intenção da educação inclusiva em recriar os
sistemas educacionais no sentido de que suas práticas pedagógicas tenham como
eixos a ética, a justiça e os direitos humanos. Ou seja, uma educação fundamentada
nos valores éticos e que busca a melhoria da qualidade de vida para todas as pessoas
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O estimulo recebido no que se refere à socialização poder ser a base para o seu
desenvolvimento.
Incluir a criança com autismo vai além de colocá-la em uma escola regular,
em uma sala regular; é preciso proporcionar a essa criança aprendizagens
significativas, investindo em suas potencialidades, constituindo, assim, o
sujeito como um ser que aprende, pensa, sente, participa de um grupo social
e se desenvolve com ele a partir dele, com toda a sua singularidade (CHIOTE,
2013, p. 21).
3 A PESQUISA
3.1 Caracterização das escolas
3.2 Caracterização dos bairros
3.3 Dados sobre inclusão de portadores de TEA nas escolas municipais de
acordo com o INEP
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
________________. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo:
Moderna, 2003