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CONTEÚDO SLIDES – BEHAVIORISMO

 Por volta do final do final do século 19, a Psicologia começa a constituir-se como
ciência independente, embalada principalmente pelas pesquisas de Wilhelm
Wundt.
 Essencial ao surgimento e desenvolvimento de uma ciência é a definição de seu
objeto de estudo e seu método. Nessa época, após Wundt, difundiu-se a ideia que
esse objeto era a consciência, e o método eleito a introspecção experimental
 Em completa oposição à psicologia de Titchener e em relativa oposição ao
funcionalismo – mas devendo a ele alguns pressupostos básicos – surgiu, no
começo do século XX, um outro projeto de psicologia científica: o Behaviorismo.
 BEHAVIORISMO é palavra de origem inglesa, que se refere ao estudo do
comportamento:"Behavior", em inglês.
 O Behaviorismo surgiu como uma proposta para a Psicologia, para tornar como
seu objeto de estudo o comportamento, ele próprio, e não como indicador de
alguma outra coisa, como indício da existência de alguma outra coisa que se
expressasse através do comportamento.
 Em 1913, John Broadus Watson publica “O manifesto behaviorista”.
 Argumentava que uso da introspecção experimental falhou em estabelecer a
Psicologia como ciência - não utilizava fenômenos que ocupam lugar no tempo e
espaço e não permitia a replicabilidade dos resultados produzidos.
 Watson propôs como principais objetivos:a previsão e o controle do
comportamento. E o objeto de investigação o comportamento observável.
 1 - Observação, pois, tornou-se um termo e uma operação fundamental para o
Behaviorismo: ela define a categoria "comportamento", seu objeto de estudo.
 2 - Comportamento é observável e, por definição, observável pelo outro, isto é,
externamente observável. É importante que haja a concordância de observadores,
e portanto, a necessidade de um treino rigoroso nos procedimentos de registro e
análise.
 3 - Esta ênfase no procedimento de medida levou mais tarde à denominação de
BEHAVIORISMO METODOLÓGICO.

BEHAVIORISMO METODOLÓGICO
• estudar o comportamento;
• opor-se ao mentalismo e ignorar fenômenos como consciência, sentimentos e
estados mentais;
• usar procedimentos objetivos na coleta de dados, rejeitando a instrospecção;
• realizar experimentação controlada;
• evitar a tentação de recorrer ao sistema nervoso para explicar o
comportamento;
• Originalmente, Behaviorismo Metodológico foi uma denominação usada porque
afirmavam que fatos da experiência consciente existem, mas não servem a
tratamento científico.
• A compreensão desse behaviorismo écaracterizada por duas asserções: a
mente, enquanto substância imaterial existe, mas a observação direta do
comportamento é o único método seguro para se produzir conhecimento
científico em psicologia.
Mas o que é comportamento?
 Comportamento é uma função do organismo vivo, e que se realiza em seu contato
com o ambiente em que vive.
 Dentro de uma visão mecanicista da época, todo fenômeno devia ter uma causa e
como Watson rejeitava a mente como causa, se a causa do comportamento não
poderia ser a mente, então esta deveria ser algo externo ao organismo, a saber, o
Ambiente.
 1 - Essa mudança observável no organismo biológico seria para o behaviorista
o comportamento.
 2 - A manipulação experimental por excelência seria a reprodução desse
modelo: a operação S → R (onde S operacionaliza o Ambiente; R, o
Comportamento; e a flecha, a ação desencadeante, ou Causa).
 3 - Esta sequência experimental a tal ponto marcou esta posição que o
Behaviorismo Metodológico ficou sendo conhecido como “a Psicologia S-R.
Enquanto organismo, o ser humano se assemelha a qualquer outro animal e é por isto
que essa forma de conceber a psicologia cientifica dedica uma grande uma grande
atenção aos estudos com seres não humanos, como ratos, pombos e macacos, entre
outros.
1. O modelo causal do Behaviorismo Metodológico foi retido por alguns
Behavioristas que, não obstante, rejeitaram o ambiente como o locus da ação
causal, colocando esta causa de novo no próprio organismo.
2. Para esses autores o modelo S → R do Behaviorismo clássico parecia
inadequado, pois o estímulo e as respostas nem sempre ocorriam de maneira
tão mecânica e preditiva. Certamente que variáveis do organismo, como sua
fisiologia, sua neurologia, e a própria percepção desses estímulos era
importante. Entre estes autores se destacaram Hull e Tolman, dentre outros.
Eles representam uma tentativa de incluir na proposta behaviorista variáveis do
organismo que mediariam a relação S → R, isto é, variáveis que não seriam
diretamente observáveis mas que eram necessárias para uma explicação mais
abrangente do comportamento.
Edward Tolman
 Formou-se me Engenharia em Massachusetts, psicólogo, PHD pela Harvard em
1915. No verão de 1912, Tolman estudou na Alemanha com o psicólogo da
Gestalt, Kurt Koffka. No ultimo ano da graduação conheceu o behaviorismo de
Watson e declarou que foi um enorme estimulo e alívio.
 Foi professor, conduziu pesquisas sobre aprendizagem nos ratos, depois, não
mais satisfeito com a teoria de Watson começou a desenvolver a sua.
 Foi publicado, em 1932, o livro Comportamento Proposital em Animais e Homens,
da autoria de Tolman, onde ele propõe um novo modelo behaviorista se baseando
em alguns princípios da teoria de Watson.
 Esse modelo apresentava um esquema S-O-R (estímulo-organismo-resposta)
onde, entre o estímulo e a resposta, o organismo passa por eventos mediacionais,
ou seja, processos internos, que Tolman chama de variáveis intervenientes.
 O behaviorismo intencional foi um sistema de Tolman, que combina o estudo
objetivo do comportamento com a ponderação da intenção ou a orientação do
propósito no comportamento.
 O comportamento está impregnado de intenção e visa atingir um objetivo ou
aprender a forma de alcançar a meta. Os watsonianos criticaram a atribuição de
intenção ao comportamento. Para eles, a intenção implicava o reconhecimento
dos processos conscientes
 Tolman é considerado um precursor da Psicologia Cognitiva, pela aceitação dos
processos mentais e proposição da intencionalidade do comportamento como
objeto de estudo.
 Tolman aceitava os processos mentais, e os utilizava efetivamente no estudo do
comportamento. Para ele, todo comportamento visa alcançar algum objetivo do
organismo, e o organismo persiste no comportamento até o objetivo ser
alcançado.
HULL E O BEHAVIORISMO MEDIACIONISTA
 Clark Leonard Hull (1884 - 1952) foi um influente psicólogo norte-americano.
Formou-se como Engenheiro e psicólogo PhD nas Universidades de Michigan e
Wiscousin.
 Doutorou-se nesta última em 1918 e foi professor até 1929. Hull era dotado de
espantoso domínio da matemática e da lógica formal, e as aplicava à teoria
psicológica. A forma de behaviorismo de Hull era mais complexa e sofisticada do
que a de Watson.
 Clark Hull desenhou sobre as ideias e pesquisas de uma série de pensadores,
incluindo Pavlov e Watson.
 Hull defendia a ideia de uma análise do comportamento baseada na ideia de
variáveis mediacionais, como Tolman, entretanto, para ele, essas variáveis eram
caracterizadamente intra organismo, neurofisiológicas. Esse é o principal ponto de
discordância entre eles: enquanto Tolman trabalhava com conceitos mentalistas
como memória e cognição, Hull rejeitava os conceitos cognitivistas em nome de
variáveis mediacionais fisiológicos.
 Hull empregava termos mecanicistas e considerava o comportamento humano
automático e possível de ser reduzido e explicado na linguagem da física.
 O espírito mecanicista do século XVII, representado pelas figuras mecânicas,
pelos relógios, pelos robôs vistos na Europa, incorporou-se perfeitamente no
trabalho de Hull. Ele era objetivo, reducionista e mecanicista.
BEHAVIORISMO RADICAL – SKINNER
 Nenhum pensador ou cientista do século 20 levou tão longe a crença na
possibilidade de controlar e moldar o comportamento humano como o norte-
americano BurrhusFrederic Skinner (1904-1990).
 Seu sistema é sob muitos aspectos um reflexo das suasprimeiras experiências de
vida. Ele considerava a vida um produto de reforços passados e afirmava que sua
própria vida fora tão predeterminada, organizada e ordeira quanto seu sistema
ditava que todas as vidas humanas fossem.
 Há uma distinção drástica entre o behaviorismo de Skinner, denominado
Behaviorismo Radical, e o Behaviorismo praticadopor alguns de seus
contemporâneos, Behaviorismo Metodológico.
 No BehaviorismoRadical, há o reconhecimento de que eventos psicológicos
privados (p. ex., pensamento, consciência etc.) devem fazer parte do objeto de
estudo de uma ciência do comportamento e podem ser estudados com o mesmo
rigor científico que eventos públicos.
 Outra característica do Behaviorismo Radicalé a proposição que eventos ou
comportamento privados são tão físicos quanto os eventos públicos (ou
comportamentos públicos), isto é, são de mesma natureza.
 O behaviorismo metodológico,o mundo está dividido em eventos públicos e
privados; e a Psicologia, para atingir os critérios de uma ciência, acabou se
confinando ao estudo dos primeiros.
 É por issoque o behaviorismo metodológico (que adota a primeira) é bem
diferente do behaviorismo radical
 Assim, o Behaviorismo de Skinner émonista (entende eventos privados e
públicos como sendo de mesma natureza);
 Toma oseventos privados como legítimos objetos de estudo, resgatando a
introspecção e o estudo da consciência, não como método, mas como
comportamentos.
 Outra característica é em relação ao modelo explicativo do Behaviorismo
Radical:o modelo de seleção pelas consequências
 Skinner baseia-se em dois processos: variação e seleção, que explicama origem
das diferentes espécies de seres vivos, bem como diferenciações de uma
mesma espécie.
 Cada indivíduo de uma dada espécie é único, no sentido de ser diferente,em
maior ou menor grau, de outros membros da mesma espécie. Essas diferenças
referem-se a características anatômicas,fisiológicas e comportamentais, é a
variação ou variabilidade entre membros de uma mesma espécie.
 Os membros dessa espécie vivem, geralmente, em um mesmo ambiente,e suas
características são favoráveis à vida neste ambiente, isto é, a espécie está
adaptada. Enquanto esse ambientese mantiver inalterado, as características
dessa espécie manter-se-ão inalteradas.
 No entanto, se houver mudançasno ambiente, aqueles cujas características
mostrarem-se mais adequadas ao novo ambiente terão mais chances de
sobreviver e passar seus genes adiante. Diz-se queo ambiente selecionou uma
característica, ela se tornou mais frequente.
 A seleção por consequências, chamada pela Biologia de seleção natural, é o que
faz com que a espécie evolua ao longo dos anos.
 Skinner fez uma analogia com dois processos de aprendizagem de sua teoria:
para que o comportamento seja repetido em condições diferentes das quais
nasceu é necessária a evolução do condicionamento respondente (involuntário,
reflexos) e do condicionamento operante (voluntário) que levariam juntos à
adaptação às novas situações.
 SegundoSkinner (1981/2007), o comportamento dos organismos é suscetível aos
acontecimentos que ocorrem após sua emissão, isto é, certas consequências do
comportamento podem fortalecê-lo e tornar sua ocorrência mais provável.
 Enquanto a seleçãonatural produz as diferenças entre espécies, as mudanças
físicas ocorridas (selecionadas); já a seleção operante estabelece as diferenças
de comportamento individuais e as mudanças comportamentais ocorridas
durante a vida de um indivíduo.
 Imagineas diversas interações que ocorrem na vida de todos nós. Se
examinarmos essas interações, perceberemos que a reação dos outros ao que
pensamos, falamos ou fazemos influencia bastante a nossa maneira de nos
comportar - essas reações são consequênciasdos nossos comportamentos e
os selecionam, pois tornam alguns de nossos comportamentos mais frequentes e
outros menos.
 Obviamente,nosso comportamento também funciona como consequência
para o comportamento das pessoas com as quais interagimos, e também
seleciona certos comportamentos dessas pessoas.
 Interação- retroalimentação. Cada interação com o ambiente altera o modo
como as interações seguintes ocorrerão, um processo dinâmico e complexo.
 A Psicologia, ocupa-se dos fenômenos relacionados com o segundo nível de
seleção pelas consequências (ontogenia). À partir deste entendimento, pode-
se explicar:
1. como a personalidade de um indivíduo é formada,
2. como surge boa parte das psicopatologias,
3. como aprendemos a falar, escrever, descrever nossos sentimentos;
4. como surgem nosso temperamento e uma infinidade de outros
comportamentos e processos psicológicos.
 A seleção natural, ou filogenia, nos ajuda a entender a origem das diferenças
entre as espécies; a seleção operante, ouontogenia, nos ajuda a entender a
origem das diferenças comportamentais entre os indivíduos e, embora este
segundo nível de seleção nos permita explicar uma infinidade de
comportamentos e processos psicológicos, há ainda uma lacuna para a
adequada compreensão do ser humano.
 SegundoSkinner (1981/2007), essa lacuna é preenchida por um terceiro nível de
seleção pelas consequências: o nível de seleção cultural.
 Da mesma forma, a variabilidade nas práticas culturais de um grupo permite o
surgimento de novas práticas culturais, isto é, a mudança na cultura.
 As práticas culturaisde um povo, segundo Skinner, produzem certas
consequências para esse grupo. Esse efeitosobre o grupo como um todo é que
mantém a ocorrência dessa prática. Neste sentido, diz-se que esta consequência
selecionou aquela prática cultural. Práticas culturais são transmitidas entre
gerações porque aqueles que as transmitem são reforçados por fazê-lo.
 Exemplo: Se a maioria dos indivíduos de um determinado grupo de ribeirinhos
emite regularmente comportamentos que mantém o rio limpo, e observamos esse
hábito por meio das gerações nesse grupo, dizemos que constitui uma prática
cultural daquele grupo.
 Portanto, ter o rio limpo e água potável, é uma consequência da prática cultural, e
esta consequência, esse efeito sobre o grupo que mantem a ocorrência dessa
prática. Assim, esta consequência selecionou aquela prática cultural.
CAUSALIDADE E EXPLICAÇÃO NO BEHAVIORISMO RADICAL
 Um traço bastante característico do comportamento humano: queremosexplicar
tudo o que acontece ao nosso redor, principalmente aquilo que as pessoas (ou
nós mesmos) fazem ou deixam de fazer.
 Emum sentido amplo, explicar significa apontar as causas de alguma coisa.
Quando fazemos a pergunta “por que fulano agiu daquela forma?”, estamos
perguntando “o que causou aquele comportamento?”.
 Duranteum curso de Psicologia, por exemplo, boa parte do que os professores
ensinam refere-se às causas dos comportamentos dos indivíduos; por que
pensam o que pensam? Por que sentem o que sentem? Por que falam o que
falam? Por que fazem o que fazem? Ou por que deixam de fazê-lo?
 Entretanto, o aluno, já no primeiro semestre do curso, depara-se com um
“problema” que o acompanhará até o final do curso ou mesmo depois de
formado:existem diversas abordagens em Psicologia e cada uma aponta
diferentes causas para os comportamentos das pessoas.
 Essa “confusão” ocorre por um simples motivo: existem diversos modelos
explicativos na Psicologia -e nas ciências em geral. Ummodelo explicativo refere-
se ao modo como se explicam as causas de um dado fenômeno.
 Skinneraborda algumas causas gerais utilizadas comumente para se explicar
o comportamento, apontando alguns problemas em se utilizar tais causas.
 Oproblema de se atribuir certas causas ao comportamento não é a causa em
si, mas a falta de evidências que atestem que aquele evento, de fato, exerce
alguma influência sobre o comportamento de alguém.
 Outra explicaçãoque as pessoas geralmente usam para explicar o comportamento
é a hereditariedade. Partedo comportamento dos organismos é fruto da seleção
natural, ou seja, é determinado geneticamente. Entretanto, explicar as
diferençasde comportamento, personalidade e aptidões de indivíduos a partir da
hereditariedade pode constituir um equívoco.
 A hereditariedade desempenha um papel na explicação dos comportamentos de
uma pessoa, no entanto, é comum exagerar-se na importância desse papel;
muitas vezes há um desconhecimento dos efeitos da aprendizagem.
 Além da falta de dados conclusivos ou evidênciasde que esses fatores são
causas (ou influências) legítimas do comportamento, há um problema ainda
maior: quanto mais o comportamento de uma pessoa for explicado por esses
fatores, menos o papel do psicólogo será necessário (Skinner, 1953/1998).
 Se a'"causa” da timidez de alguém for hereditária, por exemplo, isso significa dizer
que é genética, logo, essa pessoa estaria “condenada” a ser tímida pelo resto de
sua vida.
 Devemos reconhecer que a hereditariedade possa explicar parte do
comportamento de uma pessoa, mas devemos nos concentrar mais na
aprendizagem e na interação do que na hereditariedade.
 Skinner (1953/1998) aponta ainda um outro conjunto de causas - equivocadas
— do comportamento:
 •Causas neurais
 •Causas internas psíquicas e conceituais.
 Explica-se o comportamento a partir de causasneurais quando utiliza-se
expressões como “fulano estava com os nervos à flor da pele” e “sicrano tem
miolo mole ou não bate bem da bola”. Podemosusar termos mais técnicos
também, como, por exemplo, “fulano está deprimido porque seus níveis de
serotonina estão baixos”.
 Skinner(1953/1998) faz considerações importantes acerca da atribuição de
causas neurais: condições específicas do nosso sistema nervoso não são as
causas de um dado comportamento; são parte do comportamento do indivíduo.
 Por exemplo, quando dizemos que uma pessoa está deprimida, estamos dizendo,
que ela pode estar tendo pensamentos recorrentes de morte ou suicídio e também
que seus níveis de serotonina podem estar baixos. A causa relevante da
depressão, para opsicólogo, estará em acontecimentos da vida da pessoa (p.
ex., perda de um ente querido).
 Osdois outros tipos de causas internas (psíquicas e conceituais) são
circulares e expressam a ideia de outro ser ou agente que habita nossos corpos
e causa nossos comportamentos.
 Exemplos de expressões:“fulano tem uma personalidade desordenada”, “sua
consciência é seu guia”, “fulano fuma demais porque tem o vício do fumo” ou
“ela briga por causa do seu instinto de luta”. Esses dois tipos de explicação são o
mentalistas,isto é, nos dão a falsa impressão de estarmos explicando algo
quando, na verdade, não estamos.
 Tomemos como exemplo a frase citada anteriormente: “fulanofuma demais
porque tem o vício do fumo”. Quandodizemos essa frase, estamos querendo
explicar por que alguém fuma demais, ou seja, estamos apontando a causa do
“fumar demais”.
 Estamos tão acostumados com este tipo de explicação que muitas vezes não
percebemos um errológico inerente a ele: causa e efeito não podem ser a
mesma coisa, o mesmo evento (p. ex., “cair água do céu” não pode ser a
explicação de por que está chovendo).
 Outro tipo de tipode explicação falaciosa para o comportamento tem acontecido,
a partir do grande avanço das neurociências. É a chamada falácia mereológica
(Bennette Hacker, 2003), e consiste em atribuir ao cérebro ações que só fazem
sentido quando atribuídas a um indivíduo íntegro, como um todo, e não a partes
desse indivíduo (p. ex., o cérebro decide; o cérebro escolhe; o cérebro sente,
interpreta etc.).
 Dizer que o cérebro fez issoou aquilo implica o mesmo erro apontado por
Skinner (1953/1998) de dizer, por exemplo, “minha consciência decidiu”.
 Isso não quer dizer que para o Behaviorismo Radical os processos interiores, a
consciência e personalidade não existam.
 Esta teoria apenas diz que as causas dos comportamentos não devem ser
atribuídas a processos ou estruturas internas que fazem parte do próprio
comportamento. As explicações para o que as pessoas fazem ou sentem devem
ser buscadas na sua história de interações com outras pessoas.
 Modelo causal na perspectiva behaviorista radical é o modelo de seleção pelas
consequências, nos três níveis em que ocorre:
 Filogenético (parte docomportamento e capacidades da espécie humana é
selecionado e passado aos descendentes);
 Ontogenético (ohomem aprende com suas interações com o mundo, constrói
sua história de vida) e
 Cultural (muitas pessoasem um grupo social fazem e gostam de coisas
parecidas, têm crenças e valores semelhantes. Essa similaridade entre os
comportamentos de um grupo é chamada de cultura, e é transmitida de geração
para geração) (Skinner, 1981/2007).
QUESTÕES
 Quais as características do Behaviorismo metodológico?
 Como podemos diferenciar o Behaviorismo Metodológico do Mediacional?
 Quais as características do Behaviorismo Radical?
 Explique o que é seleção por consequências e em quais processos da Biologia
se apoia.
 Explique o modelo causal na perspectiva behaviorista.

O REFLEXO INATO
Comportamentos reflexos inatos:
 Categoria de resposta mais natural que um organismo emite;
 quando a luz incide sobre sua pupila, ela se contrai;
 quando você ouve um barulho alto e repentino, seu coração dispara;
 quando você entra em uma sala muito quente, você começa a suar.
Há algo em comum em todos eles: há sempre uma alteração no ambiente que produz
uma alteração no organismo (no corpo do indivíduo).
Todas as espécies animais apresentam comportamentos reflexos inatos. São uma
“preparação mínima" que os organismos têm para começar a interagir com seu
ambiente e sobreviver
Se você espetar o pé de um bebê, ele contrairá sua perna, afastando seu pé do objeto
que o está ferindo. Esses e inúmeros outros reflexos fazem parte do repertório
comportamental de animais humanos e não-humanos desde o momento de seu
nascimento (e até mesmo da vida intrauterina); por isso, são chamados reflexos
inatos.
No dia-a-dia, utilizamos o termo reflexo em expressões como "aquele goleiro tem um
reflexo rápido”, “o reflexo da luz cegou seu olho por alguns instantes” ou ‘‘você tem
bons reflexos". O termo também foi empregado por alguns psicólogos e fisiologistas
para falar sobre comportamento.
REFLEXO, ESTÍMULO E RESPOSTA.
 Na linguagem cotidiana utilizamos o termo reflexo como um sinônimo de resposta,
ou seja, aquilo que o organismo fez. Em Psicologia, quando falamos sobre
comportamento reflexo, o termo não se refere àquilo que o indivíduo fez, mas,
sim, a uma relação entre o que ele fez e o que aconteceu antes de ele fazer.
Reflexo, portanto, é uma relação entre estímulo e resposta, é um tipo de interação
entre um organismo e seu ambiente.
 Para compreendermos o que é reflexo, é necessário que antes saibamos
claramente o que é um estímulo e o que é uma resposta: estímulo é uma parte ou
mudança em uma parte do ambiente; resposta é uma mudança no organismo.
 Estímulo (S) Resposta (R)
 Nesta descrição de reflexos, o reflexo "fogo próximo à mão -+ contração do
braço", "fogo próximo à mão" é uma mudança no ambiente (não havia fogo; agora
há), e "contração do braço" é uma mudança no organismo (o braço não estava
contraído; agora está) produzida pela mudança no ambiente. Portanto, quando
mencionamos "reflexo", estamos nos referindo às relações entre estímulo e
resposta onde determinada mudança no ambiente produz determinada mudança
no organismo
 Estímulo ----------------► Resposta
 fogo próximo à mão --------► contração do braço
 martelada no joelho -----------► flexão da perna
 alimento na boca -----------► salivação
 barulho estridente-----------►sobressalto
 E comum em ciência termos símbolos para representar tipos diferentes de
fenômenos, objetos e coisas. Em uma ciência do comportamento não seria
diferente. Para falar de comportamento reflexo, utiliza-se letra S para representar
estímulos e a letra R para representar respostas. A relação entre estímulo e
resposta é representada por uma seta
 Dizemos, nesse caso, que S elicia R , ou que a batida de um martelo no joelho
elicia a resposta de flexão da perna.
 S -----► R
EVENTO S OU R
• Cisco no olho
• Sineta no jantar
• Ruborizar
• Arrepio
• Som da broca do dentista
• Situação embaraçosa
• Cebola no olho
• Piscada
• Comida na boca

INTENSIDADE DO ESTÍMULO E MAGNITUDE DA RESPOSTA


 Para estudar um pouco mais as relações entre os estímulos e as repostas, é
necessário conhecer os conceitos de intensidade do estímulo e magnitude da
resposta. Tanto intensidade como magnitude referem-se ao "quanto de estímulo"
(intensidade) e ao "quanto de resposta“(magnitude), ou à força do estímulo e à
força da resposta, como na linguagem cotidiana.
 Quando entramos em uma sala muito quente, começamos a suar. Nesse exemplo
de comportamento reflexo, o estímulo é o calor (temperatura), e a resposta é o ato
de suar. A intensidade do estímulo, nesse caso, é medida em graus Celsius (25°,
40°, 30“, etc.), e a magnitude da resposta é medida pela quantidade de suor
produzido (10 mililitros, 15 mililitros...).

 Aprender a observar e medir o comportamento é extremamente importante para o


psicólogo. Independentemente da nossa vontade, sempre estamos fazendo
referência, mesmo que implicitamente, a alguma medida de comportamento.
 Até mesmo o leigo faz isso quando, por exemplo, pergunta: "Você ficou com muito
medo naquele momento?"; "O que mais excita você: palavras ou cheiros?". Muito,
pouco, mais, menos - estas não são medidas muito boas, mas fazem referência
direta a elas. Por isso, devemos ser hábeis em mensurar o comportamento.
LEIS (OU PROPRIEDADES) DO REFLEXO
 Ao longo dos três últimos séculos, vários pesquisadores, entre eles alguns
psicólogos, estudaram os reflexos inatos de humanos e não-humanos, buscando
compreender melhor esses comportamentos e identificar suas características
principais e seus padrões de ocorrência.
 O objetivo de uma ciência é buscar relações constantes entre eventos, e foi
exatamente isso que os cientistas que estudaram (e estudam) o comportamento
reflexo fizeram. Essas constâncias nas relações entre estímulos e respostas são
chamadas leis do reflexo. Examinaremos, a seguir, tais leis.
LEI DA INTENSIDADE-MAGNITUDE
 A lei da intensidade-magnitude estabelece que a intensidade do estímulo é
diretamente proporcional à magnitude da resposta, ou seja, em um reflexo, quanto
maior a intensidade do estímulo, maior será a magnitude da resposta. Tomando
como exemplo o reflexo que compreende um barulho alto (estímulo) e um susto
(resposta), quanto mais alto o barulho, maior o susto.
 Quando você abre a janela do seu quarto pela manhã, após acordar, a luz
(estímulo) que incide sobre seus olhos elicia a contração de suas pupilas
(resposta). Segundo a lei da intensidade-magnitude, quanto mais claro estiver o
dia, mais suas pupilas irão se contrair.

LEI DO LIMIAR
 Para todo reflexo, existe uma intensidade mínima do estímulo necessária para
que a resposta seja eliciada. Um choque elétrico é um estímulo que elicia a
resposta de contração muscular. Segundo a lei do limiar, existe uma intensidade
mínima do choque que é necessária para que a resposta de contração muscular
ocorra. O som que, para eliciar alguma resposta em humanos deve ser emitido à
uma frequência superior à 20Hz. O suor só começa a ser produzido a partir de
determinada temperatura corpórea.
 Valores abaixo do limiar não eliciam respostas, enquanto valores acima do limiar
eliciam respostas.

LEI DA LATÊNCIA
 Latência é o tempo decorrido entre apresentação do estímulo e a ocorrência da
resposta. A lei da latência estabelece que, quanto maior a intensidade do
estímulo, menor a latência entre a apresentação desse estímulo e a ocorrência da
resposta. Barulhos altos e estridentes (estímulos) geralmente nos eliciam um
susto (resposta). Segundo a lei da latência, quanto mais alto for o barulho, mais
rapidamente haverá contrações musculares que caracterizam o susto.
 Além da latência entre apresentação, estímulo e ocorrência da resposta, a
intensidade do estímulo também possui uma relação diretamente proporcional à
duração da resposta: quanto maior a intensidade do estímulo, maior a duração da
resposta.
EFEITOS DE ELICIAÇÕES SUCESSIVAS DA RESPOSTA: HABITUAÇÃO E
POTENCIAÇÃO
 Outra característica importante dos reflexos são os efeitos que as eliciações
sucessivas exercem sobre eles. Quando um determinado estímulo, que elicia uma
determinada resposta, é apresentado ao organismo várias vezes seguidas, em
curtos intervalos de tempo, observamos algumas mudanças nas relações entre o
estímulo e a resposta.
 Quando um mesmo estímulo é apresentado várias vezes em curtos intervalos de
tempo, na mesma intensidade, podemos observar um decréscimo na magnitude
da resposta.
 Chamamos esse efeito na resposta de habituação.
 Para alguns reflexos, o efeito de eliciações sucessivas é exatamente oposto da
habituação. À medida que novas eliciações ocorrem, a magnitude da resposta
aumenta. É a potenciação do reflexo.
OS REFLEXOS E O ESTUDO DE EMOÇÕES
 Um aspecto extremamente relevante do comportamento humano são as emoções
(medo, alegria, raiva, tristeza, excitação sexual, etc.). Você já deve ter dito ou
ouvido falar a seguinte frase: "Na hora não consegui controlar minhas emoções".
Já deve ter achado estranho e, até certo ponto, incompreensível por que algumas
pessoas têm algumas emoções, como ter medo de pena de aves ou de baratas,
ou ficar sexualmente excitadas em algumas situações no mínimo estranhas.
 Muitas dessas emoções que sentimos são respostas reflexas a estímulos
ambientais. Por esse motivo, é difícil controlar uma emoção; é tão difícil quanto
não "querer chutar" quando o médico dá uma martelada em nosso joelho.
 Os organismos, de acordo com suas espécies, nascem de alguma forma
preparados para interagir com seu ambiente. Assim como nascemos preparados
para contrair um músculo quando uma superfície pontiaguda é pressionada contra
nosso braço, nascemos também preparados para ter algumas respostas
emocionais quando determinados estímulos surgem em nosso ambiente.
 Inicialmente, é necessário saber que emoções não surgem do nada. As emoções
surgem em função de determinadas situações, de determinados contextos. Não
sentimos medo, alegria ou raiva sem motivo; sentimos essas emoções quando
algo acontece. Mesmo que a situação que causa uma emoção não seja aparente,
isso não quer dizer que ela não exista.
1. Outro ponto importante a ser considerado é que boa parte daquilo que
entendemos como emoções diz respeito à fisiologia do organismo. Quando
sentimos medo, por exemplo, uma série de reações fisiológicas estão
acontecendo em nosso corpo: as glândulas suprarenais secretam adrenalina, os
vasos sanguineos periféricos contraem-se, e o sangue concentra-se nos músculos
(ficar branco de medo), entre outras reações fisiológicas.
2. Da mesma forma, quando sentimos raiva, alegria, ansiedade ou tristeza, outras
mudanças em nossa fisiologia podem ser detectadas utilizando-se aparelhos
próprios.
 Esse aspecto fisiológico das emoções fica claro quando falamos sobre o uso de
medicamentos (ansiolíticos, antidepressivosetc). Os remédios que os psiquiatras
prescrevem não afetam a mente humana, mas, sim, o organismo, a sua fisiologia.
Quando nos referimos às emoções (sobretudo às sensações), estamos falando,
portanto, sobre respostas dos organismos que ocorrem em função de algum
estímulo (situação).
 Os organismos nascem preparados para ter algumas modificações em sua
fisiologia em função de alguns estímulos. Por exemplo, se um barulho alto e
estridente é produzido próximo a um bebê recém-nascido, poderemos observar
em seu organismo as respostas fisiológicas que descrevemos anteriormente como
constituintes do que chamamos medo.
 Não há dúvidas hoje de que boa parte daquilo que conhecemos como emoções
envolve relações (comportamentos) reflexas, ou seja, relações entre estímulos do
ambiente e respostas (comportamento) dos organismos.
CONDICIONAMENTO REFLEXO
• Você começa a suar e a tremer ao ouvir o barulho dos aparelhos do dentista? Seu
coração dispara ao ver um cão? Você sente náuseas ao sentir o cheiro de
determinadas comidas? Você tem algum tipo de fobia?
• Muitas pessoas responderiam “sim" a essas perguntas. Mas, para todas essas
pessoas, até um determinado momento de sua vida, responderiam "não" a essas
perguntas; portanto, estamos falando sobre um tipo de aprendizagem chamado
Condicionamento Reflexo ou Pavloviano.
• Os reflexos inatos são comportamentos característicos das espécies,
desenvolvidos ao longo de sua história filogenética, e preparam para primeiro
contato com o ambiente.
• Uma outra característica das espécies animais também desenvolvida no decorrer
de sua história filogenética, de grande valor para sua sobrevivência, é a
capacidade de aprender novos reflexos, ou seja, a capacidade de reagir de
formas diferentes a novos estímulos.
A DESCOBERTA DO REFLEXO APRENDIDO: IVAN PETROVICH PAVLOV
• Ivan Petrovich Pavlov, um fisiologista russo, ao estudar reflexos biologicamente
estabelecidos (inatos), observou que seus sujeitos experimentais (cães) haviam
aprendido novos reflexos, ou seja, estímulos que não eliciavam determinadas
respostas passaram a eliciá-las. Pavlov descobriu acidentalmente que outros
estímulos além da comida também estavam eliciando salivação no cão.
• visão da comida
• som de suas pegadas;
• aproximação da hora que os experimentos eram realizados.
• Pavlov emparelhou (apresentar um e logo em seguida o outro), a carne (estímulo
que naturalmente provocava a salivação) e o som da sineta (estímulo que não
eliciava a resposta de salivação), medindo a quantidade de gotas de saliva
quando os estímulos eram apresentados.
• Após 60 emparelhamentos dos estímulos (carne e som da sineta), Pavlov
apresentou para o cão apenas o som da sineta, e mediu a quantidade de saliva.
Ele observou que o som da sineta havia eliciado a resposta de salivação no cão,
que havia aprendido um novo reflexo: salivar ao ouvir o som da sineta.

VOCABULÁRIO DO CONDICIONAMENTO PAVLOVIANO

CONDICIONAMENTO PAVLOVIANO E O ESTUDO DE EMOÇÕES


• O condicionamento pavloviano refere-se ao processo e ao procedimento pelos
quais os organismos aprendem novos reflexos. As emoções são, em grande
parte, relações entre estímulos e respostas (comportamentos respondentes).
• Se os organismos podem aprender novos reflexos, podem também aprender a
sentir emoções (respostas emocionais) que não estão presentes em seu
repertório comportamental quando nascem. Um experimento do foi feito por
Watson, em 1920, o qual ficou conhecido como o caso do pequeno Albert e o rato.
• Um ser humano poderia aprender a ter medo de algo que nãotinha.
• Podemos compreender como algumas pessoas passam a ter algumas emoções
(ou sensações), como ter medo de pena de aves ou de baratas, ou ficar
sexualmente excitadas com estímulos bastante estranhos (coprofilia e necrofilia,
por exemplo). Também podemos agora compreender por que emoções são
"difíceis de controlar". É difícil controlar emoções, pois elas são respostas reflexas
(respondentes).
• Todos nós temos sensações de prazer ou de desprazerdiferentes das de outras
pessoas; podemos sentir emoções diferentes em relação a estímulos iguais.
• Algumas pessoas têm medo de ratos, outras de voar de avião, outras de lugares
fechados, e outras, outros medos. Algumas pessoas se sentem tristes ao ouvir
uma determinada música, outras não têm nenhuma sensação especial sobrea
mesma música.
• A razão de "respondermos emocionalmente" de formas diferentes aos mesmos
estímulos está na história de condicionamento de cada um de nós.
• Todos nós passamos por diferentes emparelhamentos de estímulos em nossa
vida. Esses diferentes emparelhamentos produzem o nosso "jeito" característico
de sentir emoções hoje.
• Alguém que, por exemplo, ao dirigir quando está chovendo, sofre um acidente
pode passar a ter medo de dirigir quando estiver chovendo. Durante o acidente,
houve o emparelhamento de alguns estímulos incondicionados que causaram
medo (barulho, dor, impacto súbito, etc.) com um estímulo neutro que não
causava medo: dirigir na chuva.
• Alguém que tenha comido uma deliciosa massa com um molho estragado (e
passado mal) pode sentir náuseas ao sentir novamente o cheiro da massa.
GENERALIZAÇÃO RESPONDENTE
• Estímulos que se assemelham fisicamente ao estímulo condicionado podem
passar a eliciar a mesma resposta aprendida. Esse fenômeno é chamado
generalização respondente.
• Quanto mais parecido com o estímulo condicionado um outro estímulo for, maior
será a magnitude da resposta eliciada.
• Ex: situação aversiva com uma galinha – passar a ter medo de galinha – passar a
ter medo de galinhas da mesma raça e de outras aves.
RESPOSTAS EMOCIONAIS CONDICIONADAS COMUNS
• Da mesma forma que os indivíduos têm emoções diferentes em função de
diferentes histórias de condicionamento, eles compartilham algumas emoções
semelhantes a estímulos semelhantes em função de condicionamentos que são
comuns em sua vida.
• Às vezes, conhecemos tantas pessoas que têm medo de altura que acreditamos
que medo de altura é uma característica inata do ser humano. No entanto, se
olharmos para a história de vida de cada pessoa, será difícil encontrar uma que
não tenha caído de algum lugar relativamente alto.
• Estímulo neutro (perspectiva, visão da altura) é emparelhado com um estímulo
incondicionado (o impacto e a queda). Após o emparelhamento, a simples "visão
da altura" pode eliciar a resposta de medo.
EXTINÇÃO RESPONDENTE
• No experimento de Pavlov, após o condicionamento, o som de uma sineta passou
a eliciar no cão a resposta de salivação. Essa resposta condicionada pode
desaparecer se o estímulo condicionado for apresentado repetidas vezes sem a
presença do estímulo incondicionado (alimento)
• Quando um CS é apresentado várias vezes, sem o US ao qual foi emparelhado,
seu efeito eliciador se extingue gradualmente, ou seja, o estímulo condicionado
começa a perder a função de eliciar a resposta condicionada até não mais eliciar
tal resposta.
• Para que o reflexo condicionado enfraqueça, o estímulo condicionado deve ser
apresentado sem novos emparelhamentos com o estímulo incondicionado Ex:
medo após acidente automobilístico decairá quando a pessoa se expuser ao
estímulo condicionado (carro) sem a presença dos estímulos incondicionados que
estavam presentes no momento do acidente.
• Emoções aversivas podem nos acompanhar pelo resto da vida porque não
queremos entrar em contato com o estímulo condicionado. Todavia, se a pessoa
necessitar entrar em contato, o estímulo condicionado pode deixar de eliciar as
respostas.
• Assim como um organismo, em função de um emparelhamento de estímulos,
pode aprender a ter, por exemplo, medo de aves, esse alguém pode aprender a
não ter mais medo.
• Ex: uma criança foi atacada por um cão feroz. A dor provocada pelas mordidas
eliciou fortes reações emocionais na criança, “medo”. A imagem do cão, odor, o
som de seu latido foram pareados com o estímulo incondicionado. A criança
passou a apresentar as mesmas reações de “medo” apenas diante da visão de
um cão. No entanto, se vários cães são apresentados a ela sem a repetição das
dores provocadas por mordidas, o reflexo condicionado vai enfraquecendo até se
extinguir.
• A razão pela qual carregamos, ao longo da vida, uma série de medos e outras
emoções que nos atrapalham, é que evitamos nos expor ao estímulo
condicionado
• Devido a emparelhamentos ocorridos em nossa infância, podemos passar a ter
medo de altura. Consequentemente, sempre que pudermos, evitaremos lugares
altos. Assim não entramos em contato com o estímulo condicionado (altura), e o
medo pode nos acompanhar pelo resto da vida. Se tal pessoa, no entanto, por
alguma razão, precisar trabalhar na construção de prédios, ao expor-se a lugares
altos em segurança seu medo pode deixar de ocorrer.
RECUPERAÇÃO ESPONTÂNEA
• Um fenômeno que pode ocorrer é que, às vezes, após a extinção ter ocorrido, a
força de reflexo pode voltar espontaneamente.
• Ex: Alguém com medo de altura é forçado a ficar à beira de um lugar alto por um
longo período de tempo. No início, a pessoa sentirá todas as respostas de medo,
após algum tempo, ocorre a extinção da resposta.
• Essa pessoa passa alguns dias sem subir em lugares altos e novamente é
forçada a ficar no mesmo lugar alto. É possível que o medo ganhe força outra vez,
após ter sido extinto, ainda que sua força será menor nesse momento do que
antes.
CONTRACONDICIONAMENTO E DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA
• Na sua atuação como psicólogo, você irá se deparar com vários pacientes que
desejam controlar suas emoções, como, por exemplo, tratar algumas fobias. Você
já sabe como fazer as pessoas perderem seus medos: extinção respondente.
• No entanto, alguns estímulos produzem respostas emocionais tão fortes, que não
será possível expor a pessoa diretamente a um estímulo condicionado que elicie
medo para que ocorra o processo de extinção respondente (enfraquecimento do
reflexo). Algumas pessoas têm medos tão intensos, que a exposição direta ao
estímulo condicionado poderia agravar mais ainda a situação.
• O contracondicionamento consiste em emparelhar estímulos que eliciam
respostas contrárias (ansiedade x relaxamento; prazer x desconforto). Por
exemplo, se um determinado CS elicia uma resposta de ansiedade, o
contracondicionamento consistiria em emparelhar esse CS a um outro estímulo
que elicie relaxamento (uma música ou uma massagem, por exemplo).
• Uma outra técnica muito eficiente e muito utilizada para se suavizar o processo de
extinção de um reflexo é a Dessensibilização sistemática. Ela consiste em dividir o
procedimento de extinção em pequenos passos, construir uma escala crescente
da intensidade do estímulo (Hierarquia de ansiedade).
• Ex: medo de cães – escala: pensar em cães, ver fotos de cães, tocar em cães de
pelúcia, observar de longe cães diferentes daquele que lhe atacou, observar de
perto cães, tocá-los.
• É comum utilizar em conjunto as duas técnicas. Junto à exposição gradual aos
cães e aos estímulos semelhantes, o psicólogo poderia utilizar uma música suave,
por exemplo.
OUTRAS APLICAÇÕES DO CONDICIONAMENTO PAVLOVIANO
• Robert Ader e Nicholas Cohen mostraram que o Condicionamento Pavloviano se
estende a respostas imunológicas. Eles deram simultaneamente a ratos água com
açúcar e uma droga supressora do sistema imunológico. Depois de vários
emparelhamentos droga- água com açúcar, a supressão imunológica ocorreu
apenas pela ingestão de água com açúcar.
• Essa descoberta tem importantes implicações para a saúde humana. Quando
órgãos são transplantados, há sempre o risco de rejeição (sistema imunológico
passa a combater o órgão como corpo estranho). Os médicos contornam
receitando aos pacientes remédios que têm efeito de supressão do sistema
imunológico. O emparelhamento dos remédios com cheiros, por exemplo, pode
fazer com que apenas o cheiro tenha efeitos supressores sobre o sistema
imunológico, o que poderia reduzir a quantidade de medicação tomada e,
consequentemente, seus efeitos colaterais.
• Após vários emparelhamentos, o produto anunciado irá eliciar respostas
prazerosas nas pessoas; portanto, tornar-se-á algo agradável a elas. Pavlov
descobriu que a maneira mais eficaz de se estabelecer o condicionamento é
apresentar o estímulo neutro e 0,5 segundos depois, apresentar o estímulo
incondicionado. O mesmo vale para as propagandas de televisão; a maneira mais
eficaz de estabelecer o condicionamento é apresentar o produto e, logo em
seguida, pessoas bonitas ou situações agradáveis.
FATORES QUE INFLUENCIAM O CONDICIONAMENTO REFLEXO
• Quanto maior o número de pareamentos de um CS com um US, maior é a
capacidade de CS para eliciar a CR. Ex: Se a criança tiver se assustado varias
vezes com o latido de um cachorro, a visão do cachorro eliciará um medo maior
do que eu se fosse apenas uma vez.
• Ocorrerá condicionamento mais forte se o CS preceder o US em cerca de meio
segundo, do que se houver um tempo maior entre eles ou se o CS vier depois do
US.
1. Um CS adquire maior capacidade de eliciar uma CR , se o CS for sempre
pareado com determinado US, do que se for pareado apenas ocasionalmente.
Ex: Se um casal acende uma vela no quarto logo antes de ter relações sexuais
e não em outras ocasiões, então a luz provavelmente se tornara um CS
eliciando excitação sexual. Caso contrário, a vela será um CS fraco.
2. Quando vários estímulos neutros precedem um US, o estímulo que for mais
consistentemente associado com o US terá mais probabilidade de se tornar um
CS forte. Ex: Uma criança que vivencia tempestades com nuvens escuras e
raios seguidos por fortes trovejadas e que lhe causam medo. Em outras
ocasiões a criança vê nuvens escuras mas sem raios e trovões. Ela terá mais
medo de raios que de nuvens escuras, por serem mais pareados com trovões.
3. O condicionamento respondente se desenvolverá mais rápida e fortemente
quando o CS, o US ou ambos forem intensos, do que quando forem fracos. Ex:
Uma criança terá mais medo de raios se forem mais brilhantes e o trovão muito
alto, do que se um deles for fraco.
QUESTÕES DE REVISÃO
1. O que é estímulo?

2. O que é resposta?

3. Conceitue o que é reflexo?

4. O que é habituação e potenciação? Exemplifique.

5. Conceitue o que é latência da resposta.

6. O que é Estímulo Neutro?

7. Como um Estímulo Neutro pode se converter em um Estímulo Condicionado?


8. O quesignificaFilogênese?

9. Na sua opinião, o que mais influencia o comportamento humano, a herença


genética ou o ambiente? Justifique.

10. Como se faz a Dessensiblilização Sistemática?

CONTEÚDO DE HISTÓRIA E FUNDAMENTOS DOS SABERES PSICOLOGICOS

O QUE É MITO?
• O mito assume a forma de uma narrativa imagináriasobre a qual várias culturas
procuram explicar a ordem do universo, seu funcionamento, a origem dos
homens, o fundamento de seus costumes apelando para entidades sobrenaturais,
superiores aos homens; as forças e poderes misteriosos que definiram seu
destino. (Severino, 1992, p. 68)
CARACTERÍSTICAS DO MITO
• Sobrenatural
• Deuses, semideuses e heróis
• Narrativa fantástica
• Não permitia a dúvida
PENSAMENTOPRÉ-SOCRÁTICO
• : expressão do pensamento
• Econômica: moeda, artesanato, navegação
• Racionalidade: teorizar, suposições
DUAS FORMAS DE COMPREENDER O MUNDO
• Um grupo se preocupava com a natureza e tentava encontrar o elemento
básico (physis - natureza)
• Tales de Mileto
• Essência: Água
• Matemático, político, 1 pensador grego
• Princípio criador (Arché)
A ÁGUA
• “O quente vive com o úmido, as coisas mortas ressecam-se, as sementes de
todas as coisas são úmidas e todo alimento é suculento. Donde é cada coisa,
disto se alimenta naturalmente: a água é o princípio da natureza úmida e é
continente de todas as coisas, por isso supuseram que a água é princípio de tudo
e afirmaram que a terra está deitada sobre ela. (v. Pré-socráticos, p.7)
PENSADORES PRÉ-SOCRÁTICOS
• Heráclito de Éfeso:
• Essência: fogo - símbolo inquietude
• Anaxímenes
• Essência: ar
• Empédocles: água, terra, fogo e ar
• Demócrito: átomos
• Pitágoras: número
• Parmênedes
• Precursores da ciência e ciência psicológica

OS SOFISTAS
• Pensava o homem em sociedade, enfocava a importância do sujeito e designava-
os detentores de uma sophia
• Centra atenção na questão moral e política
• Ideal democrático dos comerciantes enriquecidos – classe em ascensão
• Instrumento: retórica
• Participação jovens debate público

NOMES SOFISTAS DE DESTAQUE


• Protágoras de Abdera (485-411 a.C.)
• “O homem é a medida de todas as coisas, das que são o que são e das que não
são o que são”.
• Górgias de Leontinos (485-380 a.C.)
• Conhecimento e verdade são impossíveis de ser alcançados...

CARACTERÍSTICA DO PERÍODO PRÉ-SOCRÁTICOS


• Fazer-se entender
• Comunicar com clareza
• Convencer
• Exercitar o pensamento lógico (racionalidade)
• Expressão pela linguagem
• observação

PERÍODO SOCRÁTICO
• Século V a.C. – marca na humanidade
• Razão, percepção e observação
• Artes: escultura, literatura e teatro
• Nascimento da filosofia
SÓCRATES
• 470 a.C. – 399 a.C.
• Filosofia Clássica
• Inserção método socrático
• Primeiro encontro do Homem-Razão com subjetividade
• Subjetividade: “condição daquilo que se refere à consciência enquanto polo
recebe as informações sobre os objetos nas relações que constituem as
experiências do homem frente aos vários aspectos da realidade”. Severino (1992,
pg. 39)
• Pai escultor
• Mãe parteira
• Caráter intrigante
• Personalidade forte
• Recebeu instrução formal de seu tempos
• Ficou conhecido após 45 anos
• Se tornou filósofo com 60
• Fiel a cultura de seu tempo, porém ousado intelectualmente
• Questões daquele tempo: democracia ateniense, moral discutidas pelos jovens
• Fé: questionamentos sobre os deuses
• Jovens perguntava a Sócrates sobre os fundamentos
• Não registrou suas ideias, mas desenvolveu método baseado na ignorância: “só
sei que nada sei”.
• Alma: “alma é virtude de conhecimento...conhecimento de si mesmo, é
autoconsciência despertada e mantida em permanente vigília”. Pessanha (1983,
p. 21)
MÉTODO
• Ironia (significa pergunta)
• Maiêutica (parto) – dá luz a ideias
• Nem sempre encontra respostas ou conclusões
• Busca de conceitos como coragem, moral, força em refletir sobre seus atos
• Qualquer indivíduo poderia chegar ao autoconhecimento: cidadãos e escravos
ACUSAÇÃO
• Ideias que iam contra aos critérios hierárquicos da democracia ateniense
• Liderança entre os jovens
• Nova crença religiosa
DEFESA E MORTE
• Falou sobre a imortalidade da alma
• Envenenamento por cicuta

SUJEITO PSICOLÓGICO SOCRÁTICO


• Pela possibilidade de submeter-se ao método que o Homem tem a chance de
aproximar verdadeiramente de si mesmo.

PLATÃO
• 428 a.C. – 348 a.C.
• Família Aristocrática de Atenas
• Descendente de rei e legislador
• Cresceu entre os políticos num momento de grande efervescência política
• Foi atleta
• Nome verdadeiro: Arístocles
• Discípulo de Sócrates durante nove anos
• Tinha 28 anos quando Sócrates morreu
• Fundou uma Academia
• Seguidores tanto homens quanto algumas mulheres
• Registrava as ideias – tem 36 diálogos apoiados no pensamento socrático
• Diálogos: o Homem e a sociedade, o ato de conhecer a existência individual,
educação e organização política da sociedade..
• Obras de Platão divididas em duas vertentes:
• Contempla o conhecimento
• Contempla as relações político-sociais
• Duas fontes principais de conhecimento:
• Mundo sensível (dos fenômenos) - corpo
• Inteligível (da alma)
• Alma indivisível, possui a verdade, princípio do movimento, universal e
independente do corpo
• Mito da caverna - Mito da caverna é uma metáfora criada pelo filósofo grego
Platão, que consiste na tentativa de explicar a condição de ignorância em que
vivem os seres humanos e o que seria necessário para atingir o verdadeiro
“mundo real”, baseado na razão acima dos sentidos.
• Perspectiva política – homem e sociedade
• Modelo tripartido
• Artesãos – produção
• Soldados – defesa
• Guardiões – administração interna
• Como seria possível a aplicação do modelo social tripartite?
• Diluição da família no corpo mais amplo da sociedade
• Educação das crianças pela cidade
• Distribuição de trabalho por aptidão, sem distinção de sexo
• Governos exercidos por reis-filósofos escolhido dentre os guardiões de destaque

SUJEITO PSICOLÓGICO EM PLATÃO


• Alma – parelha de cavalos conduzidos por um cocheiro
• Cocheiro simboliza a razão
• Um cavalo simboliza a energia vital
• O outro cavalo simboliza o desejo
• Alma tripartite: intelecto, razão e desejo.

ARISTÓTELES
• 384 a.C. – 322 a.C.
• Origem da Macedônica
• Família ligada a pesquisa e medicina
• O fato de ser filho de médico marcou sua forma de estudar, discurso e a filosofia
• Chegou a Atenas com uns 18 anos(366 a.C.) para estudar
• Entres grupos de sofistas e Platão, escolheu Platão
• Estudou por 20 anos deixando a academia depois da morte de Platão
• Preceptor de Alexandre
• Fundou o Liceu em Atenas
• “Sou amigo de Platão, porém mais amigo da verdade”
• Para alcançar a certeza sobre algum fenômeno era preciso normas organizadas
de pensamento.
• Através da sistematização ofereceu alicerce para o pensamento científico
posterior
• Dicotomia corpo e alma:
• Alma esta ligada ao corpo pelas sensações e percepções, dependia do corpo
• Ela não esta presa lutando pra se livrar...
• A alma assegura a harmonia das forças vitais
• Estruturação da filosofia: registros dos experimentos e das aulas
• Características: sistematizados, técnicos, classificatórios
• As informações existentes na consciência foram previamente experimentada
pelos sentidos
• Ser humano tem condição inata para agrupar...
• Escritos se dividem em dois grupos:
• Exotéricos: destinados ao público –ideias, alma, bem, cosmo
• Esotéricos: base didática e destinados aos discípulos. Problemática filosófica e
ciências naturais
• Obras metafísicas – busca das causas primeiras
• Quatro causas determinam o ser e o devir das coisas
• Causa formal-forma ou essência das coisas
• Causa material ou matéria-aquilo de que é feito uma coisa
• Causa eficiente ou motora-aquilo de onde vem a mudança e o movimento das
coisas
• Causa final- o fim das coisas e ações
• Ato de potência
• Potência – capacidade que algo vive tem de se tornar ato e gerar nova potência.
• Um eterno movimento
• Esse ato transformador aponta para um elemento primeiro e originador - Deus

SUJEITO PSICOLÓGICO ARISTOTÉLICO


• Estudos sobre sensações e percepçõespermitiram o retorno ao corpo como fonte
de conhecimento
• E ao estudar a razão, os sonhos, os temperamentos, a memória, o campo de
observação sobre o funcionamento interno foi ampliado e aprofundado
• Mostrou que o homem estava pronto para o exercício do pensamento – fonte de
virtude e felicidade.
Exercício
• O que é mito?

• Diferencie o período pré-socrático do período socrático

• Quais as diferenças dos sujeitos psicológicos em Sócrates, Platão e Aristóteles?


• Discorra sobre o mito da caverna

• Discorra sobre o mito da parelha de cavalos

Estudo dirigido de História e Fundamentossobre os saberes psicológicos

1 Fale sobre o pensamento mítico

2 Pense um pouco sobre como era exercida a medicina no período mítico

3 Discuta sobre as diferenças entre mito, conto de fadas, lendas e fábulas

4 Quais as características do mito?

5 O que representa o período pré-socrático?

6 Quais as características do período pré-socrático?


7 Cite dois filósofos importante do período pré-socrático e descreva sobre seus
pensamentos

8 Qual a diferença entre o período mítico e o pré-socrático?

9 Fale sobre o pensamento sofista e seus métodos

10 Quais as características do período pré-socrático

11 O que representou o período pré-socrático?

12 Faça uma análise sobre o método de conhecimento de Sócrates

13 Fale tudo que você lembrar sobre Sócrates

14 Quais as questões discutidas pela sociedade ateniense no período socrático?

15 Por que Sócrates foi condenado?


16 Qual o sujeito psicológico em Sócrates?

17 Quem foi Platão?

18 Como Sócrates entendia a alma (parelha dos cavalos)?

19 Fale sobre o mundo dicotômico de Sócrates

20 Faço uma reflexão sobre o mito da caverna contextualizando com a


contemporaneidade

21 Quem foi Aristóteles?

22 Como Aristóteles concebia o conhecimento?

23 Qual o olhar de Aristóteles sobre a alma em contraponto ao olhar de Platão?

24 Quais as quatro causas que determinam o ser e o devir das coisas em Aristóteles?

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