Você está na página 1de 15
EDIFUCRS, 205, apa AGEXPP FAMECOS- PLCS Ins aebomet Gres EPEC Dds eco de Calon Paso (1) Care el Pne Alpe EDIPUCRS 20 = Tsai ide ruces ibis lpr a bee ‘Sosa Eo gsi pl sis Parg de Liv des ices spipuces 9069-900 ~ Porto Alegre — RS. ra Fone (51) 38203823, pues prs mal eipueraucrs Cantos Res Professor da Faculdade de Letras de Coimbra © CONHECIMENTO DA LITERATURA INTRODUGAO AOS ESTUDOS LITERARIOS 2 ediia aervnession cite MILHAR) ALMEDINA capiTuLo u ‘A LINGUAGEM LITERARIA, 1. Adimensio estétiea da literatura 1.1. A caracterizagéo da linguagem Iiteriria como fendmeno ausénomo apoia-se, em primeira instincia, na nogio de que a ‘riago literiria constitul uma actvidade intencional finalistica, (Quando escreve um texto, o escrtor normalmente sabe que esse texto vird 2 ser entendido como texto literiro; tal fato estima no apenas 2 observincia de determinados procacolos de escrita literéria, mas também a integragio dessa escrita num eendrio institucional condicionado por factors e circunstincias como a8 due flearam analisadas no eapitulo ater ‘Assim, escrever literatura €, na esmagadora maioria das vezes| ce ressalvadas raras excepgdes, um acto deliberadamente estético, que 0 escritor é 0 primeiro a reconhecer como ta. Ese acto requer, antes de mais, um determinado indice de competéncia técnico-artistica, que 0 escrtor pode cultivar ou aperfeigoar de formas variadas, quando, por exemplo, retoma e reelabora textos anteriormente escitos, que procura depurat. For outro lado, escrever literatura implica também o propésito de configurar um discurso (') com feiglo especifica e dorado de funcées muito diversas das que sio prprias, por exemplo, do discurso ju (0) Sobve 0 eonesito de dicoro iteriro vj-¢ 0 que se ensonta| este capil, pp. 155 38 do dco depres, de acu publi ou do deus inmate, © gue no uc cer qu ese ess dcr sono sam ne stm ute por fora por ‘Shnple, cus eine eer poses donne te dca een (pr exo, eon de owt Fem) ou queodnae pilin wile peedinemoy ea fm uiimente penis ao ee ler (pr exemple conotagdes). = : Dh rs ray ies 3 ude a Imengi ngage Inna com anos gues © pos Asante Ol hilt ports pofsonas com Tune pte prec feqentent ei ‘neon ars) cancers dese ingen as pos “vem Cen al sess pr 0s 1 ermamapem que soe ses aes de peoemgen Sintra anchor nes eran Naor, amps do ito ats plegs ull, em rego Wie ds pce cies expen de gue ds pede ue di inna los med coma Se mss Cone eo, T upon ance Shep qe crest be ‘Sent samen Nah pineal Stole Sennen ic espa option ‘rnc nr nen ike eesti fa 2B ps ects cra x ae mate OF No Mey 2, ten Mh Eup 17, 5c na ante inpapn pi 104 mopucko nos stuns eA 1.2. A eserita literdria pode ser entendida como pritica otada de um certo indice de especficidade técnica, empreendida por um sujeito que a leva 2 cabo num contexto cultural a que ‘ifelmenteé indiferentee assumindo uma attude diversa da de joutros sujeitos quando enunciam outraslinguagens. Ou entio, 0 mesmo sujito pode como que desdobrar-se em estatutos e fun- bes especificas, interpretando diferentes attudes discursivas em cada um desses estatutos e fangdes: Alexandre Herculano, a0 ‘screver a Hisie de Fortugl,ndo Langa mao das mesmas solugdes fexpressivas a que fecorre quando escreve O Bobo ou 1 Monge de Css, do mesma modo que 0 José Saramago das cednleas publicadas em jornais coloca-se numa posicio distina da 4 autor do Mori do Canveto ou d°O Ano da Mort de Ric Beis; 0 ique nio quer dizer que a experiéncia do historiador ou a do jomalista néo possam valorizar (como de facto valorizam) a tscrita ficcional e interagir com ela Mais do que qualquer outro escrtor, Almeida Garret, quando escrevett a5 Viagas ma minha tera, estava consciente de que fra impossivel separarrigidamente o escritorliteirio do homem de cultura, capaz de se sitar noutros regisis: declarando-se “orador € poeta, historlador e fildsof, critco © artista, juris- consulto e administrador, erudito e homem de Estado” (), Garrett ‘evindica expressamente a sua relagio com diversas instdncias de ‘oconramse anal em bibografa menconas no nosso vo Tai ise 3 ed, Coimbra, Amedia, 1981, pp. 466-467. Outros sus tin teem R Boris, "Le message police” in Livre sis. Part Ed Seu, 1985, pp. 243-248; W. Noms, "Advertsing, oct abd fn in Kaln/Cak, 10, 1/2, 1987, pp. 83-81: Joe Maw oct, “The Sonos ofthe Pe Ans sd the Canguage of Advertsing” InP won © F Couns (et) fr So Seni, Pace, Arsterdam/ Piel, Job Benjamins. 1989, pp. 58-77, T. Causino Aan, "Revi publciia Y Imanipulacin Hologic anise de memjen puiltans sobre pefunes Femeninos" cD. Comsico Bm, "ietiad semiotiea y retrial por ‘Mics, in leigcne semis I, Madrid, UNED, 1990, vo pp. 293-239 6261-270 (0) CE A. Gurr, Vga at ithe te Los, Ba, stamps, 1983 ps 10s

Você também pode gostar