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DIARIO ‘Toda a correspondéncia quer oficial, quer relativa a amfacio e assinaturas , do «Difrio da Repiblicas, deve ser | As tréa sérios . irigida A Impreasa Nacional — U.B.B., ‘om Luanda, Caixa Postal 1306 — End. Teley 5: +Imprensan. SUMARIO Conselho de Ministros Resolugio m.° 26/94: Constitui uma Comisstlo Inter-Sectorial coordeneds pelo Minis- tto do Plansamento # Coordenagio Beondmica para ainsergo profitsional dos diplomas. Reollifio n.* 27/94: ‘Aprova a Pauta Doontolégica do Servigo Pulblico. Comiss&o Permanente do Conselho de Ministros ’ Resolugdo u.* 28/ 94: Aprova. projecto de consirulgto entre a emprem privada DESCO T ANGOLA AB ¢ 0 Sr. NILS ERIK FALK, denominada ESCO ANGOLA, LDA, Resolusto n.* 29/94: ‘Aprom o projets INTRACO AFRICA LIMITED, que vie ft berura du sun sicural om Angola, pose cesoec osc e eee ee CONSELHO DE MINISTROS Resolugto n.* 26/94 de 26 de Agonto Os problemas que se-colocam actualmente com a inser¢f0 profissional dos diplomados do ensino médio ¢ superior formados quer no interior como no exterior do Pats, € uma questo social para a qual o Governo 6 chamado a encontrar as solugdes poss{veis que per- Sexta-feira, 26 de Agosto _de_ 1994 ASSINATURAS nA BFPUIBL cA ‘rato OFICIAL DA REPOBLICA DE ANGOLA “Prego deste mimero — NKz 9 000.00 ‘© proso de coda lithe publicada nos Difrios dq Repdblica Lt ¢ 2.* sbries 6 de NKz 10S.000.00, © para a 3.4 série NKz 135 000.00, actescido do respective imposto do solo, dependendo a publicagto da 3.4 série, do depdsito prévio a efectuar na ‘Tesouraria da Imprensa Nacional — U.E.E.. ‘Ano NKz 8 100 000.00 NKz 4 000 000.00 NK 2 000 000.00 NKz 3 000 000.00 mitam atenuar a gravidade dos efeitos sécio-econémicos, daf decorrentes, agudizados pela conjuntura extrema- mente diffcil, onde o mercado do trabalho ndo so, nao conhece de forma pronunciada novas oportunidades de ‘emprego como a guerra, éuma realidade cada vez mais constante. A situaglo'é hoje de tal modo-complexa que tais pro- blemas ultrapassam, em grande medida, 0 Ambito da colocag&o profissional convertendo-se em imperativos de inserc&o e assisténcia social, uma vez que muitos diplo- mados so provenientes de zonas ocupadas militarmente ou de éreas completamente destrufdas pela guerra, nas quais as actividades sécio-econdmicas e produtivas encontram-se praticamente paralizadas. Assim e com vista por um lado a reforgara intervengdo das entidades competentes ¢ por outro, proceder-se-d um tratamento multisectorial mais adequado exigido pelas particularidades do momento; Nos termos do artigo 113.° da Lei Constitucional ¢ no uso da faculdade que me € conferida pela alfnea g) do artigo 114.° da mesma Lei, 0 Consellio de Ministros delibera eeu assino e faco publicar a seguinte resolucfo: 1, Enquanto se mantiver a gravidade actual das con- dig6es militares e s6cio-econémicas do Pafs, é constitu fda, com vigtncia temporéria, para efeitos de apoio, coordenagfo ¢ consulta, uma Comissio Intersectorial | para a insergio dos diplomados, coordenada pelo Minis- tro do Planeamento ¢ Coordenacio Econdmiica ¢ com- posta por representantes dos Ministérios das Financas, Administragio Publica, Emprego ¢ Seguranca Social, Administracto do Territ6tio, Defesa c Juventudee Des- portos, podendo, entretanto, serem convocados repre- seittantes de outros organismos ¢ servigos (Ministérios, Secretarias de Estado e Institutos), sempre que se julgar necessirio. 2, A Comissio ora criada competird, dentre outras fung6es, preparar, elaborar, aconipanhar pronunciar- -se'sobre todas as medidas e accSes relevantes que se 448 régions tof rf inst pti a (téeaicos superiotese 5) dewetid para definir cadoptatiogs peters aruacdo quegem Is tteim necessdrios. 3. A Comissfo Intersectorial aca referida deveesta- belecer og vinculos de trabalho com os érgiips locais de Recursos Humanos dos Governos Provinciais, bem como com as delegagbes dos diferentes sectores da Adminis- tragho Local do Estado, afim de permitir 0 desempenho oficaz das suas fungdes a nivel das Provincias do Pals. 4, Devem os érgdos competentes da Administragio do Estada proceder a criagdo urgente de condigdes para ‘© cumprimento da obrigatoriedade pelasentidades empre- gadoras no forngcimento aos centros de emprego das informacdes sobre as disponibilidades ¢ ofertas de emprego © colocagbes efectuadas. 5. 0 Instituto Nacional de Formagdo Profissional, com © apoio da Direcefo Nacional do Emprego ¢ Formacio Profissional do Ministério da Administragio Publica, Emprego e Seguranca Social, deve proceder a criacdo de condig6es técnicas ¢ administrativas a nfvel de.algu- mas localidades, para o atendimento ¢ informagdo dos quadros diplomados (técnicos superiores e médios) sobre as realidades do mercado do trabalho & nivel do Pats ‘na perspectiva do eventual aproveitamento pelos mes- mos, dessas disponibilidades. 6. 0. Gabinete do Primeiro Ministro acompanhard ¢ apoiard o exercicio.das actividades indicadas nos ndme- Tos agteriores, bem como receberd trimestralmente relatorio suscinto sobre o cumprimento das tarefas esta- belecidas na presente resolugdo, bem como acerca das situag6es sociais a elas subjacentes. 7, Esta resolugSo entra imediatamente em vigor. Vista ¢ aprovada pelo Conselho de Ministros. Publique-se. Luanda, aos 12 de Agosto de 1994, O Primeiro Ministro, Marcolino José Carlos Moco. Resolugto n.° 26/94 6 26 de Agosto ‘A Administragio Pifblica, no desempenho da sua insubstituivel fungfo social, deve, através dos scus tra- balhadores, pautar a sua conduta por princfpios, valo- res regras alicercados na justica, na transparéncia e na 4tica profissional, como primeiro passo para 0 estabele- cimento da necesséria relacHo de confianca entre os ser- vigos publicos ¢ 0s cidaddos. Assim, para além das obrigacdes estabelecidas no esta tuto disciplinar dos trabalhadores-da Funco Pitblica, teconhece-se util juntar-se-Ihes os imperativos intrinse- camente entranhados no Smago da Coisa Publica, dita- mes que transformam a obrigagio em devogdo € que enobrecem 0 sentido ea utilidade da actuagdo dos drgios servicos da Administracdo Publica. ILICA jail sr uma disciplina integral ire es externos ¢ internos na a > Shbipsh a spatidds legal e moral eam que os pod reg funciottais sio asompanhadgs do Gonheeimento © pré- tica dos usos exempiares da socied: para 0s que se referem as relagdes entre ser dor publico, trabathador da Administracdo Pitblica ¢ 0 cidadao utente, beneficidrio ¢ garante dos servigos puiblicas: Sendo os servigos puiblicos criados para Setvit coniu- nidade eo individuo, pesa sobre o servidor puiblico, sem prejutzo da autoridade de que também estd imbuido, o dever de acatamento ¢ respeito para com os valores fun- damentais da sociedade, da ordem constitucional, dos cidadfos e da propria Administragdo Publica quer Cen- tral como Local Impde-se assim a formulagto de regras deontolégicas com as quais 0 funcionério publico ¢ o agente adminis- trativo deverfo pautar a sua conduta no desempenho da sua actividade profissional, em homenagem e observancia aos valores mais elevados em que se fundamenta a mis- sfo para qual estfo inwestidos: Assim nos termos da alfnea 6) do artigo 112.° da Lei Constitucional 0 Governo delibera o seguinte: 1, Aprovar a Pauta Deontoldgica do servico pilblico, anexa a presente resolugio. 2. Proveder, sob a responsabilidade do Ministério da Administrago Publica, Emprego e Seguranga Social, a ampla divulgagio da Pauta Deontol6gica por todos ‘08 setvigos da Administrac3o Central ¢ Local. 3. Cometer a todos os servigos da Administracdo Cen- tral ¢ Local a responsabilidade pela posse e conhecimento_ a Pauta Deontoldgica do servico pufblico por todos os funciondrios ¢ agentes da fun¢So publica. Publiquese. Luanda, aos 26 de Agosto de 1994. 0 Primeiro Ministro, Marcolino José Carlos Moco. PAUTA DEONTOLOGICA DO SERVICO PUBLICO 1 — Ambito, Contedido e Aplicacio 1. A Panta Deontoldgica do servico pulblico abrange todos os trabalhadores da Administraco Publica, inde- pendentemente do seu cargo, nivel ou local de actividade, inclaindo, os que exercem fungdes de direccfo e chefia, 2. © contetido da Pauta Deontoldgica do servigo publico compreende um conjunto-de deveres de fndole tico profissional ¢ social que impendem sobre os tra- balhadores puiblicos no exercicio das suas actividades, nas relagGes destes com os cidadiios ¢ demais entidades particulares bem como, com os diferentes rgios do Estado em especial a Administrago Publica. 3. Aplicagdo — A aplicagdo da presente Pauta Deoh- toldgica no préjudica a observancia simultdnea das regras deontdldgicas que existam em alguma instituicio ‘ou organismo piiblico. I SERIE — N.° 37 — 26 DE AGOSTO DE 1994 \ “9 TI — Valores Essenciais 4, Interesse Publico — Ostrabalhadores da Adminis- taco Piiblica devem exercer as suas fungSes exclusiva- mente ao servigo do interesse publico. Os interesses gerais sustentadores da estabilidade, convivéncia ¢ tranquilidade sociais ¢ garantes da satisfaco das necessidades funda- mentais da colectividade sfo a razdo de ser vttima da actuago dos trabalhadores publicos. 5. Legalidade — Ostrabathadoresda Administragio Publica devem proceder no exercicio das suas fungdes sempre em conformidade com a lei, devendo para o efeito conhecer ¢ estudar as leis, regulamentos ¢ demais actos juridicos em vigor bem como contribuir para a ampla divulgagio ¢ conbecimentos da lei eo aumento da cons- citneia juridica dos cidadaos. 6, Nautralidade — Os trabalhadores da Adminis- tragdo Publica tém o dever de adoptar uma postura ¢ conduta profissionais ditadas pelos critérios da impar- cialidade e objectividade no tratamento € resolugdo das matérias sob sua responsabilidade, observando sempre com justeza, ponderagio erespeito o princfpio da igual- dade junidica de todos us cidadaus perunie « ici © insentando-se de quaisquer consideragBes ou interesses subjectivos de natureza politica, econdmica, religiosa ou outra. 7. Integridade e Responsabilidade — Os trabalhado- ‘da Administragdo Puiblica devem no exercicio das ’s fungdes pugnar pelo aumento da confianca dos cidados nas instituigdes publicas bem como da eficdcia eprestigio dos seus servigos. A verticalidade,'a discricgo, a lealdade-e a transparéncia funcionais devem caracte- rizar a actividade de todos quantos vinculados juridica- mente Administrac4o Pablica comprometem-se em servéla para bem dos interesses gerais da comunidade. 8. Compettnca — Os trabalhadores da Adminis- tragdo Publica devem assumir 0 mérito, o brio ea efi- citncia como critérios mais elevados de profissionalismo no desempenho das suas fungdes piblicas.,A qualidade dos servigos publicos em melhor servit depende, decisi- vamente, do aumento constante da capacidade técnica € profissional dos agentes ¢ funciondrios publicos. IE — Deveres para com os Cidadios 9, Qualidade na prestagdo do servigo publica — A conscitncia ¢ a postura de bem servir, com efigitncia ¢ rigor, devem constituir uma referencia obrigatdria na acti- vidade dos trabalhadores da Administracio Publica nas suas relagdes com 0s cidadéos, Qualidade nas prestagoes que se proporcionam aos cidaddos e a sociedade em geral deve significar também uma forma mais humana de actuaglo, de participaclo ¢ de exigtacia rectprocas entre os trabalhadores piiblicos e os utentes dos servigos publi- _ £08. 10, Isencdo el mpardialidade — Os trabathadores da Administraco Publica devem ter sempre presente que todos os cidadios sao iguais perante a lei, devendo mere- cer 0 mesmo tratamento no atendimento, encaminha- mento ¢ resolugdo das suas pretensdes ou interesses legitimos, salvaguardando, no respeito &lei, a igualdade de acesso € de oportunidades de cada um. 11, Compettndiae Propordionalidade — Os trabalha- Gores da Administragio Pubiica devem exercer as suas actividades com observancia dos imperativos de ordem técnica ¢ cientifica requeridos pela efectividade e celeri- dade das suas Fung6es. Devem igualmente saber adequar, ‘em funco dos objectivos a alcancar, os meios mais idé- neos e proporcionais a empregir para aquele fim. 12. Cortesia @ Informacdo — Os trabalhadores da Administracio Publica devem ser corteses no seu rela~ cionamento com os cidad4os ¢ estabelecer com eles uma relagdo que contribua para o desenvolvimento da civili- dade ¢ correcedo dos servidores ¢ dos uteates dos ser- vigos puiblicos. Devem os trabalhadores da Administraco, Publica, igualmente, serem prestdveis no asseguramento aos cidadiios das informagdes e esclarecimentos de que caregam, 13. Proibidade — Os servidores da Administracfo Publica ndo podem solicitar ow aceitar, para si ou para terceiros, directa ou indirectamente quaisquer presentes, cemipréstimos, facilidades ou em geral, quaisquer ofertas que possam pdr em causa a liberdade da sua acco, a indepedencia do seu juizo e a credibilidade e autoridade da Administragdo Publica, dos seus érgdos ¢ servigos. IV — Deveres Especiais para com a Administracio, 14, Servigo Piblico — Ostrabalhadores da Adminis-; tragdo Publica ao. vincularem-se com os entes putblicos para contribuirem para a prossecucSo dos interesses gerais, da sociedade, devem colocar sempre a prevaléncia'des- tes acima de quaisquer outros, Igualmente nfo devenw’, tsar para fins e interesses particulares a posigo dos seus” cargos ¢ 0s seus poderes funcionas. : 15, Decicagdo — Os trabalhadores da Adminstracto: Publica devem desempenhar as suas fungdes com pro~' fundo espftito de missfo, cumprindo as tarefas que the sejam confiadas, com prontidio, racionalidade ¢ eficd= cia. O respeito pelos superiores hierarquicos, colegas ¢ subordinados bem como a destreza e criatividade na and- lise dos problemas ¢ busca de solugées deverdo ser atri- butos de relevo na actuac&o dos trabalhadores piiblicos. 16. Autoformagio, Aperfeigoamento e Actualiza- 40 — Os trabathadores da Administragio Publica devem assegurar-se do conhecimento das leis, regu mentos ¢ instrug5es em vigor ¢ desenvolver um esforgo permanente e sistemtico de actualizagio dos seus conhe- cimentos, bem como de influéncia neste sentido em relacdo aos colegas ¢ subordinados. Em especial os titu- lares de cargos de direccdo ¢ chefia devem ser.exemplo ¢ 0 elemento dinamizador dessa acco. 17. Reserva eDiscricso — ,Os trabalhadores da Admi- nistragSo Publica devem usar da maior reserva ¢ disctigio de modo a evitar a divulgagho do facto e informaches’ de que tenham conhecimento no exercicio de fungbes, sendo-lhes vedado o uso dessas: informagbes em proveito proprio ow de terceiros.

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