As figuras de linguagem são recursos linguísticos a que os autores
recorrem para tornar a linguagem mais rica e expressiva.
Para dominarmos o uso das figuras de linguagem de maneira correta,
estudaremos, de modo sintetizado, os conceitos de denotação e conotação.
Denotação
Ocorre denotação quando a palavra é empregada em sua significação
usual, literal, referindo-se a uma realidade concreta ou imaginária.
Já é a quinta vez que perco as chaves do meu armário
Aquela sobremesa estava muito azeda, não gostei.
Conotação
Ocorre a conotação quando a palavra é empregada em sentido
figurado, associativo, possibilitando várias interpretações. Ou seja, o sentido conotativo tem a propriedade de atribuir às palavras significados diferentes de seu sentido original.
A chave da questão é você ser feliz independente do momento
Margarida é uma mulher azeda, está sempre de péssimo humor.
Podemos perceber que as palavras chave e azeda ganham novos
sentidos além dos quais encontramos nos dicionários. A conotação é um recurso que consiste em atribuir novos significados ao sentido denotativo da palavra.
Estudaremos agora, cinco das figuras de linguagem.
Metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente
do habitual, com base numa relação de semelhança entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora é, pois, uma comparação sem que o termo comparativo apareça.
Ex.“Meu coração é um balde despejado” (Fernando Pessoa)
Comparação: ocorre quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por termos comparativos como: tal qual, assim como, que nem e etc. A principal diferenciação entre a comparação e a metáfora é a presença dos termos comparativos.
“E flutuou no ar como se fosse um príncipe.” (Chico Buarque)
Ex.“Meu coração é um balde despejado” (Fernando Pessoa)
Ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.
“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”
Onomatopeia: consiste na criação de uma palavra para imitar sons e ruídos. É uma figura que procura imitar os ruídos e não apenas sugeri- los.
Chega de blá-blá-blá-blá!
Pleonasmo: é uma repetição desnecessária cuja finalidade é reforçar
a mensagem.
“E rir meu riso e derramar meu pranto....” (Vinicius de Moraes)