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ÍNDICE
Abreviaturas………………………………………………………………………………..3
Introdução………………………………………………………………………………….4
5. Governação e Corrupção…………………………………………………………...18
7. Conclusões e recomendações………………………………………………………24
Lista de Gráficos
Lista de Tabelas
ABREVIATURAS
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa, também conhecida por pesquisa de base, foi realizada por uma
entidade nacional independente, que para o efeito, administrou três inquéritos aos
Agregados Familiares (AF), Funcionários e Agentes do Estado (FAE) e
Empresas. Nessa ocasião, foram inquiridas 2447 das 2500 famílias previstas, 992
funcionários dos 1000 previstos e 486 empresas das 500 previstas de distribuídos
por todo o território nacional.
Com base nos resultados dessa pesquisa, foi elaborada a Estratégia Anti-
corrupção 2006-2010, parte integrante da Estratégia Global da Reforma Sector
Público e o respectivo Plano de Acção Nacional de Combate à corrupção que
incide em cinco sectores, designadamente o Ministério do Interior (MINT),
Ministério das Finanças (MF), Ministério da Educação e Cultura (MEC), Ministério
da Saúde (MISAU) e Sector da Administração da Justiça1, considerados críticos
em matéria de corrupção pela pesquisa de base.
Objectivos do estudo
A presente pesquisa, tal como a primeira foi conduzida por uma entidade nacional
independente.
1
Para este estudo inclui-se Tribunais Judiciais, Ministério da Justiça, Procuradoria da República,
Tribunal Supremo.
Metodologia usada
Para efeitos de comparação dos dois estudos foram observados todos critérios de
comparabilidade, nomeadamente, as similaridades da estrutura dos questionários,
da metodologia de desenho das amostras, incluindo a aferição da ligação entre as
unidades de análise. A fase de trabalho de campo decorreu no período
compreendido entre Setembro de 2010 e Fevereiro de 2011, através da
administração de inquéritos aos três grupos populacionais acima referidos.
A Tabela 2 apresenta uma comparação das percepções dos inquiridos (AF, FAE
e empresas) sobre a dimensão e a gravidade dos problemas persistentes em
Moçambique.
Tabela 2: Percepção sobre os problemas mais graves pelos tres grupos inquiridos
PROBLEMAS MAIS GRAVES EM MOÇAMBIQUE
AGREGADOS FUNCIONÁRIO E
No. PRINCIPAIS PROBLEMAS FAMILIARES AGENTES DO ESTADO EMPRESA
1 Custo de vida elevado 67.3 68.3 59.5
2 Desemprego 64.2 68.5 48.7
3 Inflação (aumento dos preço) 56.6 61.7 59.0
4 Criminalidade 18.8 43.9 19.2
5 Abuso/tráfico de droga 13.9 30.3 12.5
6 Instabilidade política 9.7 13.8 2.9
7 Ausência de liderança 9.6 14.9 6.8
8 Corrupção no sector público 27.4 34.2 29.2
9 Corrupção no sector privado 18.8 23.1 7.4
10 Baixa qualidade do ensino 15.1 32.2 26.1
11 Baixa qualidade da assistência
18.0 14.3
médica 30.5
12 Custo elevado do ensino 11.4 28.3 14.4
13 Custo elevado da assistência
11.3 7.3
médica 22.9
14 Conflito étnico (conflito entre etnias) 4.7 9.2 2.4
15 Conflito religioso 4.6 5.2 0.8
16 Conflito entre comunidades 5.3 6.5 1.3
17 Más estradas 34.8 33.8 25.1
18 Custo elevado dos serviços públicos 15.8 19.9 12.2
19 Falta de habitação 23.2 45.3 21.6
20 Falta de saneamento 19.1 37.1 14.8
21 Falta de água potável 53.7 37.9 21.9
22 Falta de comida 32.9 34.7 29.2
23 Injustiça social 15.6 26.3 9.7
24 Degradação do meio ambiente 13.5 37.6 17.3
O estudo constata haver ainda, no seio das empresas, uma percepção não
satisfatória quanto a qualidade dos Serviços da Polícia de Trânsito e Alfândegas.
Com efeito, 47.1% dos inquiridos afirmaram que os “salários baixos para os FAE”,
são a principal causa da corrupção no sector público de Moçambique, contra
apenas 11.7% dos inquiridos que afimaram que a corrupção é resultado de
“políticas económicas , tais como a privatização”. A falta de um sistema eficaz de
denúncia contribui para perpectuar a prática deste fenómeno no sector público.
O suborno e/ou a gratificação têm sido algumas das formas mais comuns que
expressam o grau de satisfação da “troca de favores” entre os agentes do sector
público e o público utente dos serviços.
As empresas consideram ainda, como aspecto importante a ter em conta para não
recorrerem aos tribunais, o facto de “não existir uma execução eficaz das decisões
dos tribunais” (37.5%), apesar de algumas considerarem ser este aspecto “muito
importante” (10%). Por fim, 33% consideram que os valores dos pagamentos e
gratificações são demasiado elevados, contra 14.59% que não consideram este
argumento.
6. Governação e Corrupção
Com efeito, 47% dos agregados familiares percebem e definem a corrupção como
uma “doença a qual devemos combater, denunciando os seus promotores”, contra
apenas 2% daqueles que considera que a corrupção é “uma ocorrência natural e
parte da nossa vida diária, assim “a denúncia é desnecessária”. Esta percpeção
revela o grau crescente de consciência prevalecente no seio dos cidadãos que
resulta das acções combinadas de consciencialização e de tomada de medidas
concretas contra a prática da corrupção (Gráfico 11).
Dos 41.6% agregados familiares inquiridos, defendem que o Governo “tem desejo
de combater a corrupção”, contra apenas 3% daqueles que afirmam que o
Governo “não tem qualquer vontade de combater a corrupção”.
Na percepção dos inquiridos dos três grupos alvo, os actos de corrupção são
promovidos um pouco por todos intervenientes, variando nas suas diversas formas
de manifestação, em função das circunstâncias específicas de cada instituição ou
pessoas.
1ª PNGC 2ª PNGC
Posição Pagam suborno Pagam suborno
Instituição % Instituição %
1º Lugar Polícia de Trânsito 38.4 Alfandegas 13.0
2º Lugar PRM 20.8 Serviços de Licenciamento 12.8
4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
4.1. Principais constatações
O estudo constatou que nos casos de serviços que passaram por processos de
reestruturação e inovação tecnológica e de gestão, a percepção dos inquiridos
quanto a incidência de cobranças ilícitas é quase nula (por exemplo EDM, TDM,
ADM). Destacam-se igualmente melhorias na qualidade dos serviços da
Autoridade Tributária.
O estudo concluíu ainda haver uma percepção não satisfatória por parte das
empresas quanto aos serviços de licenciamento, polícia de trânsito e alfândegas.
Governação e Corrupção
c) Progressões na carreira:
e) Remunerações e incentivos
a) POLÍCIA (PRM)
b) Polícia Trânsito
c) Tribunal Supremo
d) Ministerio da Justica/CFJJ
a) Extensão rural
b) Estradas
c) Energia Eléctrica