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1.

Problematização
O trabalho em causa vê imperioso analisar, de maneira aprofundada, a questão da
desconsideração da personalidade jurídica das sociedades comerciais. A personalidade jurídica
como avança a doutrina em consonância com a legislação, conceitua como sendo a
susceptibilidade de ser titular de direitos e cumpridor de deveres, para as pessoas físicas, adquire-
se no momento do nascimento completo e com vida, como reza o artigo 66 do Código Civil e,
para as sociedades comerciais, adquire-se a partir da data do respectivo acto constitutivo, como
reza o artigo 86 do CC (Código Comercial). Já constituída a sociedade comercial, ela
consequentemente tem ou recebe esta personalidade e vontade própria, autonomia e
separadamente dos seus sócios. A sociedade passa a agir e a responder por si própria.
Desconsiderar a personalidade jurídica é retirar da sociedade está figura de responder por si só
ou por si própria. É desfocar a sociedade comercial enquanto sujeito de direito, negar a definitiva
e precisamente a separação patrimonial existente entre o capital desta sociedade em causa,
enquanto sujeito do direito e o património de seu sócio, nas demais sociedades. Olhemos que
desta forma existe a disparidade ou divergência em questões de personalidade jurídica das
sociedades comerciais. Porem de uma forma superficial estaria o legislador a violar o princípio
da separação entre a sociedade e a sociedade. O fundamento desta desconsideração relativa e
concreta é que o afastamento legal e casuístico da personalidade jurídica pode em primeira vista
tornar inválido o acto constitutivo da sociedade, dissolver a sociedade, mas também tornar
ineficazes os actos realizados pela sociedade, todavia imputáveis aos sócios, em incumprimento
à função social e económica da sociedade.

Porem o grave problema é sobre a retirada da personalidade jurídica das sociedades comerciais,
afastando assim a questão da autonomia das sociedades comerciais. Porquê será que o legislador
trouxe esta figura a cima mencionada, o que esta por baixo desta acção do legislador ao retirar e
ao negar a personalidade jurídica das sociedades comerciais. Presta-se atenção que o artigo 86 do
cc dá a personalidade jurídica as sociedades comerciais e o artigo 87 do mesmo diploma a retira.
Qual será o fundamento basilar da retira ou da negação das personalidade jurídica das sociedades
comerciais? O que estaria por baixo deste a acção do órgão legislativo ao negar esta
personalidade?
1. Hipóteses
Muito bem vê-se que o legislador tentou de uma forma minuciosa reconhecer que em alguns
momentos a personalidade da sociedade pode servir: i) como instrumento de fraude e de abuso
de poder económico; ii) como meio de violação dos direitos essenciais do consumidor e do meio
ambiente; iii) como meio de prejudicar os interesses do sócio, do trabalhador da sociedade, de
terceiro, do Estado e da comunidade onde actue a sociedade; ou iv) na hipótese de falência da
sociedade do mesmo grupo de sociedades quando definido em legislação especial como reza o
artigo 87 do Código Comercial.

Quer se acreditar que o legislador ao trazer esta figura quer fazer responsabilização pessoal dos
sócios por via da desconsideração da personalidade jurídica da sociedade obedece ao princípio
da culpa ou da responsabilidade subjectiva, ou seja, é necessário que se demonstre que o (s)
sócio (s) terá (ão) agido com dolo ou com negligência na prática do acto ilícito que gera a
desconsideração

O mais prudente seria, o legislador em vez de chamar ou de intitular a desconsideração da


personalidade jurídica, melhor seria chamar de casos em que a sociedade comercial não responde
pelos actos dos seus sócios. Isto porque o legislador chamando desta forma, estaria a dar
impressão de a sociedade comercial já não existe e já não tem a personalidade jurídico, ou não é
um sujeito que tem direitos e deveres. Quer se acreditar que o titulo em si devia mudar.

1. Justificativas
O interesse pelo tema surge pelo facto da Desconsideração Da Personalidade Jurídica Das
Sociedades Comerciais, especificamente a estar directamente ligado ao direito comercial, sendo
este um ramo jovem e recente, e que para sua efectiva consolidação merecer maior destaque, em
várias perspectivas. Neste ponto de vista, pretende-se contribuir com algum subsídio numa área
nova e que merece destaque.

A questão deste tema foi através da necessidade, antes de tudo de entender sobre a
personalidade jurídica de uma determinada pessoa (singular ou colectiva), como ela é definida e
oque acontece relações jurídicas. Isto significa que, a partir do momento em que adquire
personalidade jurídica, a pessoa torna-se titular de direitos e de deveres.
Porem este estudo prende-se pela importância de se ter domínio da área comercial e como é que
as sociedades comerciais ganham e perdem a personalidade jurídica. Assim sendo, justifica-se
primeiro, por se inserir numa área nova que é o direito comercial, segundo por ser uma figura
nova que o legislador trouce e que merece uma detalhada analise, e por sua vez por esta
personalidade estar ligada as sociedades comerciais na qual ficam integrado seus sócios, porem
estes também têm a personalidade jurídica em distinção com as sociedades

A razão da sua opção da escolha baseou-se no facto de este tema fornecer elementos específicos
e relevantes para a compreensão da personalidade jurídica das sociedades e a sua perda, e
também pelo facto do seu foco estar centrado nas questões sobre a sociedade comercial, nos
processos da desconsideração da personalidade das mesmas.

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