Natal
Junho/2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 5
2 OBJETIVOS 6
3 ASPECTOS TEÓRICOS 7
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES 18
5.5.2 Pressão 27
6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 28
7 REFERÊNCIAS 30
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 Principais métodos de recuperação 7
Figura 2 Representação de um esquema de injeção em malhas nine spot, utilizada
9
na simulação deste projeto
Figura 3 Esquema de injeção de água 11
Figura 4 Distribuição dos poços - vista IJ - refinamento 1 13
Figura 5 Vista IK, refinamento 1 14
Figura 6 Distribuição dos poços - vista IJ - refinamento 2 14
Figura 7 Vista IK, refinamento 2 14
Figura 8 Distribuição dos poços - vista IJ - refinamento 3 15
Figura 9 Vista IK, refinamento 3 15
Figura 10 Poços produtores perfurados na profundidade de 504,5m 16
Figura 11 Poços produtores perfurados na profundidade de 497,5m 17
Figura 12 Comparação da saturação de óleo para os anos de 2000, 2020 e 2040, 27
utilizando o modelo Qinj=25m³ std/d e modelo com Qinj=75m³ std/d.
Figura 13 Análise da pressão para os anos de 2000, 2001, 20005, 2010, 2020 e 28
2040, uitilizando o modelo com Qinj=75m³ std/d.
Gráfico 1 Produção acumulada de óleo x Tempo (modelo com injeção de 25m³/d x
18
recuperação primária)
Gráfico 2 Vazão de óleo x Tempo (modelo Qinj=25m³/d x recuperação primária) 19
Gráfico 3 Produção acumulada de óleo x Tempo (modelo com injeção de 25m³/d
20
x variação da porosidade permeabilidade)
Gráfico 4 Produção acumulada de água x Tempo (modelo com injeção de 25m³/d
21
x variação da porosidade permeabilidade)
Gráfico 5 Produção acumulada de óleo x Tempo (modelo com injeção de 25m³/d
22
x variação da injeção)
Gráfico 6 Vazão de água x Tempo (modelo com injeção de 25m³/d x variação da
23
injeção)
Gráfico 7 Produção acumulada de óleo x Tempo (incremento do fator de
24
recuperação)
Gráfico 8 Produção acumulada de gás x Tempo (incremento do fator de
25
recuperação)
LISTA DE TABELAS
5
2 OBJETIVOS
6
3 ASPECTOS TEÓRICOS
O Petróleo é uma mistura complexa de hidrocarbonetos que se encontra na forma
líquida ou sólida, em poros e fraturas, em geral de rochas sedimentares. Nos depósitos
encontram-se também água salgada e uma mistura de gases responsáveis pela pressão que
provoca a ascensão do petróleo através de poços perfurados.
Segundo Thomas (2004), a nomenclatura petróleo vem do latim Petra (pedra) e
oleum (óleo) e em estado líquido é uma substância oleosa, inflamável, com densidade
inferior à da água, com odor característico e a cor pode variar entre o negro e castanho
escuro.
O petróleo, de fato, é uma matéria-prima extremamente rica e diversificada.
Basicamente compreende uma mistura de hidrocarbonetos, cujo estado físico varia conforme
o tamanho das moléculas. O petróleo é dividido em duas fases distintas: a fase líquida
(petróleo) e a fase gasosa (gás natural) (Thomas, 2004).
7
3.2 RECUPERAÇÃO SECUNDÁRIA
Recuperação secundária é a quantidade adicional de óleo obtida por suplementação
da energia primária com energia secundária, artificialmente transferida para a jazida, ou por
meios que tendem a tornar a energia primária mais eficiente. Chamam-se também de
recuperação secundária às operações que conduzem à obtenção dessa quantidade adicional
de óleo, além daquela proporcionada pela recuperação primária (Rosa et al., 2006).
Por sua vez, os métodos de recuperação secundária são classificados em
convencionais ou especiais. Esses métodos têm como objetivos principais o aumento da
eficiência de recuperação e a aceleração da produção.
O elevado custo nas etapas de exploração, desenvolvimento e produção, o alto preço
do petróleo, e os sucessivos avanços tecnológicos são os principais incentivos à aplicação da
recuperação avançada na indústria.
Os métodos convencionais são compostos pela injeção de água e pela injeção de gás
imiscível. Esses métodos atuam a partir da manutenção da pressão da acumulação, através
da injeção desses fluidos ainda no início da vida produtiva do reservatório, de forma que se
consegue manter em níveis elevados a pressão do mesmo. Assim, consegue-se deslocar o
óleo para fora dos poros da rocha reservatório sem que os fluidos se misturem entre si ou
interfiram na mesma, uma vez que o fluido injetado vai ocupando o espaço deixado à
medida que o óleo vai sendo expulso.
O elevado custo nas etapas de exploração, desenvolvimento e produção, o alto preço
do petróleo, e os sucessivos avanços tecnológicos são os principais incentivos à aplicação da
recuperação avançada na indústria. Durante a elaboração de um projeto de injeção é de
fundamental importância analisar a distribuição dos poços de injeção e de produção no
campo, as características físicas do meio poroso e dos fluidos lá contidos, a quantidade de
poços necessários para tal projeto, a possibilidade de se atingir uma alta produção e,
principalmente, a viabilidade econômica.
Com base nisso, pode-se dizer que na fase inicial de um projeto de injeção, pressões
e vazões de injeção, estimativas de vazões de produção, volumes de fluidos a serem
injetados e produzidos, e quantidades e distribuição dos poços no campo, são aspectos
comuns a todos os projetos.
Pensando nisso, a escolha do melhor esquema de injeção altera fortemente as
chances de se obter um elevado aumento da produção de um determinado campo. Os
esquemas de injeção podem ser classificados em dois grupos, baseados na estrutura do
reservatório e na distribuição dos poços:
Injeção periférica, injeção de topo e injeção na base;
Injeção em malhas.
8
No esquema de injeção em malhas, os poços são distribuídos uniformemente ao
longo dos reservatórios, que possuem, por sua vez, grandes áreas e pequenas inclinações e
espessuras. São exemplos de esquemas de injeção em malhas: Injeção em linha direta, em
linhas esconsas, malha five spot, malha seven spot, nine spot e nine spot invertido.
Figura 2: Representação de um esquema de injeção em malhas nine spot, utilizada na simulação deste projeto.
Fonte: Rosa et al., 2006.
A razão de mobilidades, por sua vez, expressa a relação entre a mobilidade do fluido
deslocante (𝜆𝐷 ) e a mobilidade do fluido deslocado, ou seja, o óleo (𝜆𝑂 ). Adotando a água
como fluido deslocante(𝜆𝐷 =𝜆𝑊 ) tem-se a equação 2:
𝜆𝑊 𝐾𝑤 ⁄𝜇𝑤
𝑀= = (2)
𝜆𝑂 𝐾𝑜 ⁄𝜇𝑜
9
Finalmente, podemos avaliar quantitativamente a produção de hidrocarbonetos em
um projeto de injeção. Para isso, os seguintes parâmetros são necessários: Eficiência de
Varrido horizontal, eficiência de varrido vertical e eficiência de deslocamento.
Eficiência de varrido horizontal (𝐸𝐴 ) é definida como a relação entre a área invadida
pelo fluido injetado (𝐴𝑖𝑛𝑣 ) e a área total do meio poroso (𝐴𝑡 ), ambas medidas em planta. A
eficiência de varrido horizontal e a área invadida pelo fluido dependem da geometria de
injeção, do fluido injetado e da razão de mobilidades. A equação 3 mostra a fórmula
utilizada para calcular a eficiência de varrido horizontal (𝐸𝐴 ):
𝐴𝑖𝑛𝑣
𝐸𝐴 = (3)
𝐴𝑡
A Eficiência de varrido vertical (𝐸𝑣𝑣 ) é a relação entre a área vertical invadida pelo
fluido (𝐴𝑣𝑖𝑛𝑣 ) e a área vertical total da seção transversal (𝐴𝑣𝑡 ), equação 4. Essa eficiência é
função basicamente da variação vertical da permeabilidade, da razão de mobilidades e do
volume injetado.
𝐴𝑣𝑖𝑛𝑣
𝐸𝑣𝑣 = (4)
𝐴𝑣𝑡
10
descarte de água produzida. Em certos casos, algumas dessas partes são dispensáveis
(Thomas, 2001).
]
11
4 MODELAGEM DO RESERVATÓRIO E METODOLOGIA
Altura do reservatório 43 m
Profundidade 481 m
Permeabilidade vertical 75 mD
Porosidade 23%
Em seguida, é necessário conhecer os fluidos que estão lá contidos, para que se possa
efetuar o modelo composicional do projeto. Foram fornecidos os seguintes dados (tabela 2):
Temperatura do reservatório 55 ºC
Massa específica do gás @ STC (14,7 psia ; 60 ºF) Gas gravity(AIR=1): 0,82
12
Inicialmente precisou ser definida a escolha do refinamento base para a análise de
comportamento. Para realizar tal escolha, foram planejados três diferentes refinamentos,
cada um com um grau de precisão e tempo computacional diferente.
Foi fornecido um esquema de injeção do tipo nine spot, que deveria possuir a mesma
quantidade de malhas para os diferentes refinamentos. Assim, a distância entre poços de
aproximadamente 500m foi mantida. Outros parâmetros fornecidos que restringem o projeto
foram a máxima vazão de líquidos (STL) de 500 m³std e a mínima pressão (BHP) de 2
Kgf/cm², para os poços produtores, e a máxima vazão de injeção (inicialmente) de 25
m³std/d e a máxima pressão (BHP) de 150 Kgf/cm², para os poços injetores.
No modelo também foi fornecido os dados a respeito dos contatos entre os fluidos do
reservatório. O contato água-óleo foi encontrado na profundidade aproximada de 510.8 m e
o contato gás-óleo numa profundidade de 482.5 m. Neste reservatório foram encontradas
zonas de baixa permeabilidade e porosidade entre 484-485 com Kh= 70mD e ø=7% e na
profundidade entre 500-503, com Kh= 55mD e e ø=5,5%.
O contato água-óleo, contato gás-óleo e as zonas de baixa permeabilidade e
porosidade serão mostrados nas figuras 5,7 e 9 as quais são as vistas IK da distribuição dos
poços para o refinamento 1, 2 e 3, respectivamente.
O primeiro refinamento, menos refinado, possui uma distribuição de 13i x13J x12K ,
totalizando 2028 blocos, na figura 4 e 5 podemos observar a distribuição dos poços para as
vistas IJ e o contato água-óleo, contato gás-óleo e as zonas de baixa permeabilidade e
porosidade na vista IK, respectivamente.
13
Figura 5: Vista IK, refinamento 1.
14
O terceiro e mais sofisticado refinamento, possui uma quantidade de 8700 blocos,
distribuídos em 29i x25J x12K ,figura 8, e a figura 9 é a vista IK deste refinamento.
15
Neste estudo foram realizadas as seguintes atividades:
Revisão bibliográfica;
Realização dos refinamentos;
Modelagem do reservatório;
Modelagem dos fluidos;
Modelagem das condições iniciais;
Condições operacionais;
Determinação do modelo base;
Análise comparativa entre a recuperação primária e a com injeção de água;
Análise de incerteza de permeabilidade e porosidade no reservatório;
Análise de parâmetros operacionais
Recomendação para melhorar a produção de óleo no reservatório.
16
Figura 11: Poços produtores perfurados na profundidade de 497,5m.
17
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Gráfico 1: Produção acumulada de óleo x Tempo (modelo com injeção de 25m³/d x recuperação primária)
18
O gráfico 2 mostra a vazão de óleo versus o tempo. Na mesma pode ser observado
que a vazão de óleo chega a zero primeiro para a recuperação primária e esse
comportamento pode ser devido a dissipação de energia do reservatório, podemos observar
que no ano de 2007 a vazão de óleo chega a zero, o que é um forte indício que esse
reservatório não consegue mais empurrar o óleo para a superfície apenas com sua energia
primária, para que o poço continuasse produzindo seria preciso utilizar um método de
recuperação secundária.
No modelo com injeção de água se consegue manter a pressão em níveis elevados
por mais tempo. Assim, consegue-se deslocar o óleo para fora dos poros da rocha
reservatório sem que os fluidos se misturem entre si ou interfiram na mesma, uma vez que o
fluido injetado vai ocupando o espaço deixado à medida que o óleo vai sendo expulso.
Dessa forma, existirá vazão de óleo no modelo de injeção por mais tempo. No início da vida
produtiva o reservatório possui pressões maiores, logo é devido a isso esse pico de vazão de
óleo nos primeiros anos de produção. Nos primeiros anos a pressão do reservatório cai muito
rápido, o que influencia diretamente na vazão de óleo, a partir do momento que a pressão do
reservatório é baixa a vazão de óleo também será reduzida.
19
5.2 ANÁLISE DA MUDANÇA DA POROSIDADE E PERMEABILIDADE NO
RESERVATÓRIO
No gráfico 3 temos a produção acumulada de óleo versus o tempo, o modelo de
injeção de água inicial (25m³/d) é analisado para diferentes valores de porosidade e
permeabilidade. No gráfico pode ser observado que a curva roxa, a qual possui valor de
porosidade e permeabilidade 150% da original é a que terá maior produção acumulada de
óleo isso pode ser devido ao óleo fluir com menos barreiras, a mobilidade do óleo no
reservatório será maior, logo menos óleo será retido no reservatório.
Gráfico 3: Produção acumulada de óleo x Tempo (modelo com injeção de 25m³/d x variação da porosidade
permeabilidade)
20
O gráfico 4 mostra a produção acumulada de água versus o tempo, observamos que
as curvas não apresentaram diferenças significativas para os diferentes valores de porosidade
adotados. Esse comportamento é devido ao método de recuperação que está sendo aplicado,
inicialmente a produção de água é pequena, com o decorrer dos anos essa água que estava
empurrando o banco de óleo, vai sendo produzida. A variação de permeabilidade e
porosidade afeta pouco devido a maior parte da água que está sendo produzida ser a
injetada. Diferente do que acontece com o óleo, as forças viscosas e capilares não
influênciam de forma significativa o escoamento de água.
Gráfico 4: Produção acumulada de água x Tempo (modelo com injeção de 25m³/d x variação da porosidade
permeabilidade)
21
5.3 ANÁLISE DA MUDANÇA DA VAZÃO DE INJEÇÃO DE ÁGUA
Analisando os efeitos dos parâmetros de injeção na recuperação de óleo, realizamos
simulações para diferentes valores de vazão de injeção. Foram analisados os efeitos na
recuperação de óleo para os seguintes valores de vazão: 0,25, 35, 75 e 125 e 250 m³ std/d.
Gráfico 5, mostra o gráfico de produção acumulada de óleo versus tempo. Neste
gráfico podemos observar que os maiores valores de produção de óleo são para as vazões de
injeção de 75m³std/d até o ano de 2035 e injeção de 35 m³std/d de 2035 ao ano de 2040. A
vazão de injeção de 250 m³std/d demonstrou o menor valor de produção acumulada.
Isso pode ser devido ao efeito do cone de água, que com o tempo de produção torna-
se cada vez mais atuante, outro motivo pode ser que a água procura caminhos preferências,
chamado de “fingers” e deixa uma certa quantidade de óleo para trás. Além disso, a
produção da água que está sendo injetada reduz a produção de óleo, tornando o fator de
recuperação de óleo cada vez mais constante. Isso pode ser resumido ao efeito do
“breakthrough”, ou seja, a chegada da frente de água no poço produtor.
Valores menores de vazão de injeção de água, embora retardem um pouco a
produção de óleo, conseguem retardar o efeito do “breakthrough”, obtendo assim maiores
fatores de recuperação. O fundamental, em casos como esse, é determinar o valor de vazão
de injeção ótima, ou seja, um valor que consiga aliar o aumento na produção de óleo com a
maior postergação possível do “breakthrough”.
Gráfico 5: Produção acumulada de óleo x Tempo (modelo com injeção de 25m³/d x variação da injeção)
22
No gráfico 6, temos o gráfico de vazão de água versus tempo. Neste gráfico podemos
observar que os maiores valores de vazão de água são para as vazões de injeção de
125m³std/d e 250 m³std/d. Isto ocorre devido a estas serem as maiores vazões de injeção,
analisando o gráfico vemos que quanto maior o valor de injeção, maior será a vazão de água.
Gráfico 6: Vazão de água x Tempo (modelo com injeção de 25m³/d x variação da injeção)
23
5.4 INCREMENTO DO FATOR DE RECUPERAÇÃO
Buscando incrementar a produção acumulada de óleo, foram realizadas diferentes
configurações na perfuração dos poços, dentre elas, a opção utilizada foi a mudança de
profundidade dos poços produtores, no modelo base o poço foi perfurado até a profundidade
de 504,5m e para melhorar o fator de recuperação os poços produtores foram perfurados na
profundidade de 497,5m, com essa mudança a chegada do banco de água ao poço produtor
,“breakthrough”, foi retardada e o poço teve maior produção acumulada de óleo.
No gráfico 7, mostra o gráfico de produção acumulada de óleo versus tempo. Neste
gráfico podemos observar que os maiores valores de produção acumulada de óleo são para
as vazões de injeção de 75m³std/d e poço produtor perfurado até 497,5m.
24
O gráfico 8 mostra o gráfico de produção acumulada de gás versus tempo. Neste
gráfico podemos observar que não existe diferenças significativas para a produção
acumulada de gás. Para ambos os casos existe uma produção maior nos primeiros anos,
devido a existir uma alta dissipação de energia do reservatório no início da vida produtiva do
poço.
25
5.5 COMPARATIVO ENTRE PROPRIEDADES DO MODELO BASE (Qinj=25m³ std/d)
E O DE MÁXIMA RECUPERAÇÃO (Qinj=75m³).
Como forma de analisar o comportamento de todo o reservatório ao longo do tempo
de produção, selecionamos diferentes datas para ilustrar as condições encontradas no
reservatório. Os parâmetros analisados foram a saturação de óleo e a pressão.
26
Figura 12: Comparação da saturação de óleo para os anos de 2000, 2020 e 2040, utilizando o modelo
Qinj=25m³ std/d e modelo com Qinj=75m³ std/d.
27
5.4.1 PRESSÃO
A figura 13, mostra a pressão versus o tempo, nessa imagem é mostrado a pressão
para os anos de 2000, 2001, 20005, 2010, 2020 e 2040, uitilizando o modelo com
Qinj=75m³ std/d. Podemos observar que já com apenas 1 ano a pressão cai quase 50% do
valor inicial, até o décimo ano de produção a queda de pressão é relativamente acentuada. A
partir daí a pressão continua caindo, porém de forma bem mais lenta.
Figura 13: Análise da pressão para os anos de 2000, 2001, 20005, 2010, 2020 e 2040, uitilizando o modelo
com Qinj=75m³ std/d.
28
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O presente trabalho nos permite verificar e comprovar a eficiência da injeção de água
como um método de recuperação secundária. Aliado a elevada disponibilidade da água e ao
baixo custo de operação se comparado a outros métodos de recuperação secundária, a
injeção de água por apresentar valores razoáveis de recuperação de óleo nos mais diversos
casos, ainda é o método de recuperação mais implantado pela indústria no mundo.
Com o presente trabalho, conclui-se que o método de recuperação secundária
convencional de injeção de água, com uma vazão de 25m³/d, conseguiu aumentar a
recuperação de óleo do reservatório, em relação a recuperação primária, mostrando-se
eficiente em deslocar o óleo para a zona produtora.
Os parâmetros do reservatório influenciaram de forma significativa nos índices de
produção, quanto maiores foram as porosidades e permeabilidades, maiores foram os fatores
de recuperação (FR) e a produção acumulada de óleo (NP).
A mudança de parâmetros operacionais mostrou que a vazão de 75m³/d, tem o
melhor fator de recuperação, se comparado com os outros casos analisados.
Por fim, verificamos que a redução de profundidade dos poços produtores, se
comparado com o modelo inicial, mostrou-se mais eficiente para recuperar o óleo do
reservatório, obtendo maior FR e maior NP.
Uma recomendação para obter maiores fatores de recuperação nesse reservatório
seria injetar água com vazão próxima de 75m³std/d no aquífero e reduzir mais ainda a
profundidade de perfuração dos poços produtores, isso vai retardar ainda mais a chegada da
água ao poço produtor e com isso a tendência é que seja produzido mais óleo.
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7. REFERÊNCIAS
CMG, Computer Simulator Group Ltda. Guia para el usuario. STARS – (Steam, Thermal,
and Advanced Process Reservoir Simulator) versão 2010.10, Calgary-Alberta-Canadá.
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