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1. FATOS
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A Parte Autora é titular de benefício previdenciário vinculado
ao Instituto Nacional de Previdência Social – INSS, conforme
comprovam os documentos anexos.
2. FUNDAMENTAÇÃO DE MÉRITO
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O direito da Parte Autora tem fundamento preciso nas regras
atinentes ao direito adquirido. Para melhor compreensão, basta recorrer
às leis que dispuseram sobre o teto do salário-de-benefício no Regime
Geral de Previdência Social.
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A norma aplicável às prestações previdenciárias, segundo
entendimento já consolidado do Supremo Tribunal Federal, através da
Súmula n.º 359 é a lei vigente ao tempo do implemento das condições
mínimas para o gozo do benefício, conforme se pode extrair da ementa
da Súmula:
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Min. Laurita Vaz, acolhido por unanimidade, onde prevaleceu o
entendimento que: “Se o segurado empregado preencheu os requisitos
para a aposentadoria em março de 1988, antes da edição da Lei n.º
7.787/89, tem ele direito à observância do teto de 20 (vinte) salários-
mínimos, não obstante tenha requerido o benefício na vigência da Lei n.º
8.213/91.” (REsp n.º 499799-PE. DJ 24/11/2003. p. 352). Reiteradas
são as decisões do STJ nesse mesmo sentido (REsp n.º 352.428/RN).
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A garantia do direito adquirido ao teto de 20 (vinte) salários
mínimos traduz exatamente a vontade da Constituição de 1988, que
pretendeu por fim às mazelas e toda sorte de distorções que produziam
aposentadorias defasadas, por vezes em valores miseráveis, porque
corroídas pela inflação, pela falta de mecanismo de preservação do valor
real e, sobretudo, pela ausência de mecanismos jurídicos que
assegurassem a correlação efetiva entre contribuição e benefício.
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assim, tratamento distinto para um mesmo fato gerador do benefício,
sob pena de se perpetrar injustificável tratamento discriminatório, ante
ao fato de tratar-se de situações fáticas idênticas.
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mínimos previsto na Lei nº 6.950/81, ainda que concedida
na vigência da Lei nº 8.213/91.
2. Precedentes.
3. Recurso especial improvido.
(RESP n.º 554369-RJ, STJ, Sexta Turma, Rel. Min. Paulo
Gallotti, DJ 25-02-2004, sem grifo no original)
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Se no momento da alteração legislativa (Lei 7.787/89), o
requerente já possuía todos os requisitos para o gozo de
benefício de aposentadoria, ou seja, mais de trinta anos de
filiação/contribuição e carência, tem direito adquirido ao
benefício calculado de acordo com a base contributiva anterior,
sendo-lhe inaplicável o novo ordenamento.
Cabível a revisão da RMI da aposentadoria por tempo de
serviço com a utilização dos salários-de-contribuição acima
de 10 e limitados a 20 salários mínimos (Lei 6.950/81),
todavia, com requisição de pagamento a partir da DIB,
oportunidade em que foi concedido o amparo na via
administrativa.
(AC n.º 2007.70.00.002346-0/PR, TRF/4ª Região, Relator Des.
Federal Fernando Quadros da Silva, D.J.U. 10-12-07, sem grifo
no original)
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Pelos fundamentos declinados, fica evidenciado que da
aplicação imperativa da lei vigente, quando a Parte Autora já possuía os
requisitos para a obtenção de benefício de aposentadoria - embora
tenha requerido a aposentadoria após 03/07/1989 (data da alteração
da Lei n.º 7.787/89), está amparado pelo direito adquirido à
preservação do cálculo de seu benefício, tendo como período básico de
cálculo os 36 meses anteriores a 03/07/89, quando contribuiu sobre
valores superiores a 10 (dez) salários mínimos.
3. REQUERIMENTOS
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5. Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de
prova admitidos em direito, especialmente pela via documental anexa.
Pede deferimento.
(Cidade e data)
Rol de documentos:
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