Você está na página 1de 11

EXCELENTÍSSIMO JUIZ...

(juízo competente para apreciar a demanda


proposta)

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE


BENEFÍCIO. DIREITO ADQUIRIDO PARA
CALCULAR O BENEFÍCIO DE ACORDO COM A LEI
6.950/81.

PARTE AUTORA, (nacionalidade), (estado civil),


(profissão), portador(a) do documento de identidade
sob o n.º..., CPF sob o n.º..., residente e
domiciliado(a) na rua.., bairro.., cidade.., estado..,
CEP..., vem a presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO JUDICIAL PARA REVISÃO DE BENEFÍCIO


PREVIDENCIÁRIO

contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO


SOCIAL (INSS), pessoa jurídica de direito público,
na pessoa do seu representante legal, domiciliado na
rua..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., pelos fatos e fundamentos
que a seguir aduz.

1. FATOS

1
A Parte Autora é titular de benefício previdenciário vinculado
ao Instituto Nacional de Previdência Social – INSS, conforme
comprovam os documentos anexos.

O benefício da Parte Autora, no que se refere aos limites do


salário-de-contribuição, foi calculado conforme os ditames da Lei n.º
8.213/91.

Para definir a renda mensal inicial o INSS valeu-se do período


básico de cálculo – PBC, correspondente à média aritmética simples dos
últimos 36 (trinta e seis) salários-de-contribuição imediatamente
anteriores à requisição, conforme memória de cálculo anexa.

Entretanto, tal forma de cálculo foi prejudicial à Parte Autora,


uma vez que já tinha incorporado ao seu patrimônio jurídico forma de
cálculo mais vantajosa, razão pela qual sua renda mensal inicial e atual
devem ser revistas.

2. FUNDAMENTAÇÃO DE MÉRITO

A Parte Autora, em julho de 1989, contava com... anos, ...


meses e ... dias de tempo de contribuição.

Ou seja, ainda sob a vigência da Lei n.º 6.950/81 e antes da


entrada em vigor da Lei n.º 7.787/89, já havia preenchido todos os
requisitos para a obtenção de sua aposentadoria, integrando em seu
patrimônio jurídico o direito de se aposentar, utilizando-se em seu
período básico de calculo os limites de salário-de-contribuição fixados
pela Lei 6.950/81.

Pela Lei n.º 6.950/81 o salário-de-benefício e de contribuição


máximo era de 20 (vinte) salários mínimos.

Dessa forma, o cálculo realizado, em observância à lei vigente


ao tempo do requerimento, desconsiderou as contribuições pretéritas
efetuadas pelo valor equivalente ao teto de 20 (vinte) salários mínimos.

2
O direito da Parte Autora tem fundamento preciso nas regras
atinentes ao direito adquirido. Para melhor compreensão, basta recorrer
às leis que dispuseram sobre o teto do salário-de-benefício no Regime
Geral de Previdência Social.

O teto do salário-de-contribuição de 20 (vinte) salários


mínimos foi introduzido pelo art. 4º da Lei n.º 6.950, de 04/11/1981,
que alterou a então Lei n.º 6.332/76, dispondo que: “O limite máximo
do salário-de-contribuição, previsto no art. 5º da Lei n. 6.332/76, é fixado
em valor correspondente a 20 (vinte) vezes o maior salário-mínimo
vigente no país” (grifo nosso).

A Lei n.º 6.950/81 vigorou até 03/07/1989, quando foi


revogada pela Lei n.º 7.789, que reduziu o valor do teto de 20 para 10
salários mínimos, o que pode se depreender do art. 1º da referida lei,
que fixou o maior salário-de-contribuição em Ncz$ 1.200,00, quando o
valor do salário mínimo, à época, era de NCz$ 120,00.

Como a Parte Autora requereu o benefício após a redução do


teto de 20 para 10 salários mínimos, no Período Básico de Cálculo não
foram contempladas as contribuições feitas com base nos 20 (vinte)
salários. Assim, foram em vão as contribuições a maior, já que não
repercutiram no valor inicial da aposentadoria, acarretando um
benefício sem correspondência com o montante das contribuições
vertidas à Previdência Social.

Porém, em razão de a Parte Autora já ter preenchido os


requisitos para a aposentadoria antes do advento da lei que reduziu o
valor do teto, a renda mensal inicial não poderia sofrer a limitação do
novo teto, sob pena de vulneração do direito já adquirido pela
sistemática legal anterior. Dessa forma, conquanto seja lícita a
limitação ao teto introduzido pela Lei n.º 7.789/89 – atualmente
previsto no art. 29 § 2º da Lei n.º 8.213/91 – ela não atinge as situações
jurídicas consolidadas pela lei vigente ao tempo do implemento das
condições mínimas para a aposentadoria.

3
A norma aplicável às prestações previdenciárias, segundo
entendimento já consolidado do Supremo Tribunal Federal, através da
Súmula n.º 359 é a lei vigente ao tempo do implemento das condições
mínimas para o gozo do benefício, conforme se pode extrair da ementa
da Súmula:

Ressalvada a revisão prevista em lei, os proventos da


inatividade regulam-se pela lei vigente ao tempo em que o
militar, ou o servidor civil, reuniu os requisitos
necessários, inclusive a apresentação do requerimento,
quando a inatividade for voluntária”
(grifo nosso).

Essa sólida interpretação jurisprudencial do Supremo


Tribunal Federal - que a rigor se harmoniza com o disposto no art. 6º da
LICC e o art. 5º, XXXVI, da CF (direito adquirido) - delimita o
procedimento para a fixação do direito adquirido pela aplicação da lei
vigente na data da implementação das condições mínimas para a
aposentadoria, e não aquela vigente na data do requerimento. A data do
requerimento somente tem relevância na fixação dos efeitos financeiros
decorrentes do início do benefício, porém, a sistemática de cálculo da
prestação está vinculada ao atingimento dos requisitos legais mínimos
para o gozo do benefício. Desse modo, mesmo se implementadas as
condições para o benefício proporcional – a época de 25 e 30 anos de
serviço, para mulher e homem, respectivamente – há que se preservar a
incorporação desse direito ao patrimônio jurídico do segurado, conforme
acontece no presente caso.

Não se trata de postular a equivalência da renda mensal em


salários mínimos, ou de equivalência entre salários-de-contribuição com
o salário-de-benefício, mas de restringir a aplicação da limitação do teto
de benefícios às situações solidificadas na vigência da lei nova,
impedindo a retroação desta em prejuízo do segurado da previdência.

O direito adquirido ao cálculo pelo teto de até 20 (vinte)


salários mínimos é aceito pela jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça. A título exemplificativo, merece transcrição parte do voto da

4
Min. Laurita Vaz, acolhido por unanimidade, onde prevaleceu o
entendimento que: “Se o segurado empregado preencheu os requisitos
para a aposentadoria em março de 1988, antes da edição da Lei n.º
7.787/89, tem ele direito à observância do teto de 20 (vinte) salários-
mínimos, não obstante tenha requerido o benefício na vigência da Lei n.º
8.213/91.” (REsp n.º 499799-PE. DJ 24/11/2003. p. 352). Reiteradas
são as decisões do STJ nesse mesmo sentido (REsp n.º 352.428/RN).

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região – TRF4, a exemplo


dos demais Tribunais Regionais, também tem recepcionado a tese do
direito adquirido, merecendo destacar, a título ilustrativo, trecho da
ementa de um julgado, em acórdão relatado pelo Juiz Paulo Afonso
Brun Vaz, o qual sublinhou que “Terá direito adquirido ao teto de 20
salários mínimos aquele que completou as exigências legais até o
advento da Lei n.º 7.789/89, conforme precedentes da Suprema Corte”
(TRF4, Processo 200171000033051 - AC 523287 – quinta turma, DJU
02.05.2003, p. 431).

Apesar de inexistir equivalência direta e automática entre o


salário-de-contribuição e o salário-de-benefício, é imperioso atentar-se
que o espírito que norteou o texto primitivo do art. 202 da Constituição
(revogado pela EC, n.º 20, de 15/12/98), ao preconizar que o cálculo
dos benefícios deve refletir a “regularidade dos reajustes dos salários de
contribuição de modo a preservar os valores reais”, era de preservação e
harmonia entre contribuição e prestação previdenciária (princípio da
contrapartida).

O mesmo pode ser extraído da leitura do art. 135 da Lei n.º


8.213/91, que indica que: “Os salários-de-contribuição utilizados no
cálculo do valor de benefício serão considerados respeitando-se os limites
mínimo e máximo vigentes nos meses em que se referem”. Ou seja, cabe
à autarquia previdenciária considerar todos os salários-de- contribuição
na definição da renda mensal, limitado apenas pelo teto.

5
A garantia do direito adquirido ao teto de 20 (vinte) salários
mínimos traduz exatamente a vontade da Constituição de 1988, que
pretendeu por fim às mazelas e toda sorte de distorções que produziam
aposentadorias defasadas, por vezes em valores miseráveis, porque
corroídas pela inflação, pela falta de mecanismo de preservação do valor
real e, sobretudo, pela ausência de mecanismos jurídicos que
assegurassem a correlação efetiva entre contribuição e benefício.

Desse projeto da Constituição teve origem o chamado


princípio da contributividade, elevado a princípio constitucional (art.
201, caput), assumindo caráter vinculativo. Por esse princípio tem-se
que a seguridade social deve propiciar a contrapartida por meio da
substitutividade plena entre salário-de-contribuição e salário-de-
benefício. Não se trata mais de garantir a mera subsistência do
segurado ou dependente da Previdência Social – já que esse encargo
cabe, por disposição da Constituição, à Assistência Social – mas a
correlação efetiva, proporcional e razoável, entre contribuição e
benefício.

A aplicação da lei vigente ao tempo da implementação das


condições mínimas tem conformação, ainda, com o princípio
constitucional da igualdade. Não se pode conferir tratamento distinto
entre dois segurados que demonstravam, por exemplo, possuírem
mesmo tempo de serviço e de contribuição, mas pelo simples fato de um
deles ter requerido o benefício já sob a égide da nova lei, sofrer a
limitação ao teto de 10 (dez) salários, enquanto o outro teve limitação de
20 (vinte) salários.

O tratamento proporcional e razoável deve possibilitar a


efetiva igualdade de tratamento entre os segurados que reúnam as
mesmas condições subjacentes. Essa concepção substancial da
igualdade remete inevitavelmente à noção de igualdade de condições
fáticas e econômicas, indispensável à efetividade da igualdade jurídica,
a qual está vinculado o judiciário pelo texto constitucional. Inviável,

6
assim, tratamento distinto para um mesmo fato gerador do benefício,
sob pena de se perpetrar injustificável tratamento discriminatório, ante
ao fato de tratar-se de situações fáticas idênticas.

Em suma, o direito à aposentadoria surge no momento em


que preenchidos os requisitos estabelecidos pela lei para o gozo do
benefício.

Na espécie, a Parte Autora já havia preenchido todos os


requisitos para a aposentadoria quando o teto de contribuição foi
diminuído de vinte para o equivalente a dez salários mínimos. Caso
naquela ocasião tivesse optado pela aposentação a que fazia jus,
inquestionável seria seu direito ao cálculo do salário-de-benefício com a
consideração apenas dos salários-de-contribuição recolhidos com base
no teto de vinte salários mínimos.

Neste sentido, a jurisprudência é pacífica nos Tribunais,


conforme demonstram os seguintes julgados:

CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA.


PROVENTOS. DIREITO ADQUIRIDO.
I. Proventos de aposentadoria: direito aos proventos na
forma da lei vigente ao tempo da reunião dos requisitos da
inatividade, mesmo se requerida após a lei menos
favorável. Súmula 349-STF: desnecessidade do requerimento.
Aplicabilidade à aposentadoria previdenciária. Precedentes do
STF.
II (...)
Agravo não provido.
(RE n.º 269407, STF, Rel. Min. Carlos Velloso, DJU 02-08-
2002, sem grifo no original)

RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA


POR TEMPO DE SERVIÇO CONCEDIDA NA VIGÊNCIA DA
LEI Nº 8.213/91. REQUISITOS PREENCHIDOS ANTES DO
ADVENTO DA LEI N º 7.787/89. SALÁRIO-DE-
CONTRIBUIÇÃO. TETO LIMITE VINTE SALÁRIOS MÍNIMOS.
LEIS Nos 5.890/73 E 6.950/81. APLICABILIDADE.
1. É firme o entendimento deste Superior Tribunal de
Justiça de que, preenchidos os requisitos para a
aposentadoria antes do advento da Lei nº 7.787/89, deve
prevalecer no seu cálculo o teto de 20 (vinte) salários

7
mínimos previsto na Lei nº 6.950/81, ainda que concedida
na vigência da Lei nº 8.213/91.
2. Precedentes.
3. Recurso especial improvido.
(RESP n.º 554369-RJ, STJ, Sexta Turma, Rel. Min. Paulo
Gallotti, DJ 25-02-2004, sem grifo no original)

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE


SERVIÇO. RENDA MENSAL INICIAL. TETO DOS SALÁRIOS-
DE-CONTRIBUIÇÃO A CONSIDERAR. DIREITO ADQUIRIDO.
I- Tem direito adquirido à aposentação na vigência da Lei
nº 8.213/91, sem redução do teto dos salário-de-
contribuição de 20 (vinte) para 10 (dez) salários mínimos,
da Lei nº 7.787/89, o segurado-empregado que, no advento
desta lei, já havia implementado todos os requisitos para
obtenção do benefício, e continuou contribuindo sobre
remuneração acima de 10 (dez) salários mínimos.
II- Recurso improvido.
(STJ, Resp n.º 352.428/RN, Relator o Ministro Gilson Dipp,
DJU de 03-06-2002).

PREVIDENCIÁRIO. CÁLCULO DA RENDA MENSAL INICIAL.


TETO. LEI VIGENTE À ÉPOCA DO PREENCHIMENTO DOS
REQUISITOS. COMPENSAÇÃO DO ABONO DE PERMANÊNCIA
EM SERVIÇO. CONSECTÁRIOS LEGAIS.
1. Tendo o autor adquirido direito à aposentadoria no
momento em que preencheu os requisitos necessários,
deve ser aplicada a legislação vigente à época, a qual
autorizava o cálculo da renda mensal inicial do benefício
tomando-se por base o teto de 20 salários-mínimos, não se
lhe aplicando, para aquele efeito (cálculo da RMI), a
legislação posterior.
(...)
(TRF4 AC n.º 2002.72.00.004401-8/SC, Rel. Des. Federal
Nylson Paim de Abreu, D.J.U. 23-02-2005, sem grifo no
original)

Recentemente, tais decisões mantêm-se seguindo a mesma


linha de raciocínio, garantindo o direito daqueles que preencheram os
requisitos necessários à aposentação na vigência da legislação mais
benéfica, como no acórdão publicado em 10/12/2007, pelo Relator Des.
Federal Fernando Quadros da Silva do TRF4, da Turma Suplementar,
in verbis:

PREVIDENCIÁRIO. SALÁRIOS-DE-CONTRIBUIÇÃO. DIREITO


ADQUIRIDO À CONTRIBUIÇÃO COM BASE NO
EQUIVALENTE A 20 SALÁRIOS MÍNIMOS. LEI 6.950/81.

8
Se no momento da alteração legislativa (Lei 7.787/89), o
requerente já possuía todos os requisitos para o gozo de
benefício de aposentadoria, ou seja, mais de trinta anos de
filiação/contribuição e carência, tem direito adquirido ao
benefício calculado de acordo com a base contributiva anterior,
sendo-lhe inaplicável o novo ordenamento.
Cabível a revisão da RMI da aposentadoria por tempo de
serviço com a utilização dos salários-de-contribuição acima
de 10 e limitados a 20 salários mínimos (Lei 6.950/81),
todavia, com requisição de pagamento a partir da DIB,
oportunidade em que foi concedido o amparo na via
administrativa.
(AC n.º 2007.70.00.002346-0/PR, TRF/4ª Região, Relator Des.
Federal Fernando Quadros da Silva, D.J.U. 10-12-07, sem grifo
no original)

Transcreve-se, ainda, no que interessa, excerto de voto


proferido pelo Ministro Ilmar Galvão em julgamento do Supremo
Tribunal Federal:

Como se verifica dessa passagem transcrita do acórdão


impugnado, o recorrente pretende o reconhecimento de
direito adquirido a ter o benefício de sua aposendoria
calculado em conformidade com o regime anterior à Lei nº
7.787/89, que reduziu o teto de contribuição de vinte para
dez salários.
Em nosso sistema jurídico-administrativo é pacífico o
entendimento de que o direito à aposentadoria surge no
momento em que se tem por preenchidos os requisitos
estabelecidos em lei para o gozo do benefício. Trata-se de regra
que, na Súmula 459, foi expressamente tida por aplicável a
servidores civis e militares. Se assim é, relativamente a
servidores aposentados pelo Tesouro, independentemente de
contribuição, como eram os civis e militares ao tempo da
elaboração da Súmula sob enfoque, com muito maior razão,
haverá ela de ser observada em relação a segurado da
Previdência Social, em que o direito ao benefício decorre de
contribuições pagas durante toda a vida laboral.
Veja-se que, neste caso, o recorrente já havia preenchido
todas as exigências legais para inativar-se, quando o
benefício, até então calculado sobre vinte salários, como o
advento da Lei nº 7.787/89, passou a sê-lo sobre dez
salários.
Houvesse o recorrente optado, então, pela inatividade a que
fazia jus, simplesmente, não estaria sendo posto em dúvida,
hoje, o seu direito ao benefício, como previsto na lei anterior.
Por isso mesmo, não pode servir de óbice ao reconhecimento
desse mesmo direito o fato de ter permanecido em atividade,
sob pena de essa postura – a despeito de haver redundado em
proveito para a Previdência – ser vista como falta do segurado,
sujeita à grave punição, que configuraria rematado
contrassenso.
(STF, RE n.º 266.927/RS, 1ª Turma, Rel. Min. ILMAR GALVÃO,
DJU, seção 1, de 10-11-00, p. 105, sem grifo no original).

9
Pelos fundamentos declinados, fica evidenciado que da
aplicação imperativa da lei vigente, quando a Parte Autora já possuía os
requisitos para a obtenção de benefício de aposentadoria - embora
tenha requerido a aposentadoria após 03/07/1989 (data da alteração
da Lei n.º 7.787/89), está amparado pelo direito adquirido à
preservação do cálculo de seu benefício, tendo como período básico de
cálculo os 36 meses anteriores a 03/07/89, quando contribuiu sobre
valores superiores a 10 (dez) salários mínimos.

3. REQUERIMENTOS

Diante do exposto, requer:

1. A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, na


pessoa do seu representante legal, para que responda a presente
demanda, no prazo legal, sob pena de revelia;

2. A concessão do benefício da justiça gratuita em virtude dea


Parte Autora não poder arcar com o pagamento das custas processuais
e honorários advocatícios sem prejuízo do seu sustento ou de sua
família, condição que expressamente declara, na forma do art. 4º da Lei
n.º 1.060/50;

3. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS


para recalcular a renda mensal inicial - RMI, utilizando como período
básico de cálculo – PBC os salários-de-contribuição dos 36 meses
anteriores a 03/07/1989, corrigidos monetariamente pela tabela
própria da época, limitando-se o benefício a 20 (vinte) salários mínimos,
bem como pagar as parcelas atrasadas, monetariamente corrigidas
desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros moratórios, ambos
incidentes até a data do efetivo pagamento;

4. A condenação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS


para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios;

10
5. Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de
prova admitidos em direito, especialmente pela via documental anexa.

Dá-se à causa o valor de R$... (valor da causa)

Pede deferimento.

(Cidade e data)

(Nome, assinatura e número da OAB do advogado)

Rol de documentos:

...

11

Você também pode gostar