Você está na página 1de 15

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA

Coordenação de Engenharia Elétrica

ELETRÔNICA DIGITAL I: 3º EXPERIMENTO – CIRCUITOS


COMBINACIONAIS.

PROFESSOR: AYRES MARDEM

AUTORES: CAIO VITOR DE JESUS BENTES.

HOLYVERS VINICIUS MORAIS DE OLIVEIRA.

MANAUS – AM

2019/01
2

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO:...................................................................................3
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................4
MATERIAIS UTILIZADOS:.................................................................7
DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA EFETUADA:..................................7
RESULTADOS..................................................................................12
CONCLUSÃO:...................................................................................14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:.................................................15
3

INTRODUÇÃO

O experimento em questão proposto passado em laboratório tem como


objetivo a aplicação da Álgebra de Boole para simplificação de uma equação
dada não simplificada, e aplicar os dois circuitos combinacionais lógicos para
comparação de igualdade de saídas em ambos com um simplificado e o outro
não, e assim ter a percepção otimização de circuitos combinacionais em vista.
4

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

ÁLGEBRA BOOLEANA

Um processador é composto de transistores que realizam funções sob


sinais digitais. Esses transistores, montados entre eles, formam os componentes
que realizam funções muito simples. A partir desses elementos, é possível criar
circuitos realizando operações bem complexas. A álgebra booleana (do nome do
matemático inglês George Boole 1815 - 1864) é um meio para criação de
circuitos.
A álgebra booleana é uma álgebra que traduz os sinais em expressões
matemáticas. Para isso, é preciso definir cada sinal elementar por variáveis
lógicas e seu processamento por funções lógicas. Certos métodos (tabela da
verdade) permitem definir operações que queremos realizar e, traduzir o
resultado em uma expressão algébrica. Graças a regras chamadas "leis de
composição", estas expressões podem ser simplificadas. Isso permitirá de
representar, graças a símbolos, um circuito lógico, ou seja, um circuito que
esquematiza o arranjo dos componentes básicos (nível lógico), sem considerar
a realização através dos transistores (nível físico).

VARIÁVEL LÓGICA

Um computador só manipula dados binários, assim, chamamos variável lógica


um dado binário, ou seja, um dado com dois status possíveis: “0” ou “1”.

FUNÇÃO LÓGICA

Chamamos “função lógica” uma entidade que aceita diversos valores


lógicos na entrada cuja saída (pode ter várias) pode ter dois status possíveis: “0”
ou “1”.
Na realidade, estas funções são exercidas por componentes eletrônicos
admitindo sinais elétricos na entrada e restituindo um sinal de saída. Os sinais
5

eletrônicos podem ter um valor de cerca de 5 volts (essa é a ordem geral de


grandeza) que é representado por “1” ou 0 V, que é representado por um “0”.

PORTAS LÓGICAS

As funções lógicas básicas são chamadas de portas lógicas . Trata-se de


funções com uma ou duas entradas e uma saída:
 A função OU (em inglês OR) coloca sua saída em 1, caso uma ou outra
de suas entradas estiver em 1
 A função E (em inglês AND) coloca sua saída em 1, caso suas duas
entradas estiverem em 1
 A função OU EXCLUSIVO (em inglês XOR) coloca sua saída em 1, caso
uma ou outra de suas entradas estiver em 1 mas, não ambas,
simultâneamente
 A função NÃO (também chamada de inversor) coloca sua saída em 1,
caso sua entrada esteja em 0 e, vice-versa
Em geral, definimos as funções NÃO OU (comumente chamada NOR ) e
NÃO E ( NAND ) como sendo a composição respectiva de um NÃO com um OU
e um E.

Figura 1. Porta Lógica NOT. Figura 2. Porta Lógica AND.

Figura 3. Porta Lógica NAND. Figura 4. Porta Lógica OR.


6

TABELA DA VERDADE

Uma tabela da verdade é uma tabela que descreve todas as possibilidades de


saídas em função das entradas. Assim, colocamos as variáveis de entrada nas
colunas da esquerda fazendo-as variar de modo a cobrir todas as possibilidades.
A coluna (ou as colunas se a função tiver múltiplas saídas) da direita descreve a
saída.

Figura 5. EXEMPLO DE TABELA-VERDADE.


7

MATERIAIS UTILIZADOS
- Circuitos CI’s: 7408 (AND), 7432 (OR), 7404 (NOT), 7400 (NAND) e 7402
(NOR);

- Protoboard;

- Fonte de tensão DC 5V;

- Cabos Jacaré;

- Jumpers;

- Multímetro;

DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA EFETUADA


Dada uma equação de um determinado sistema, fez-se uma análise do circuito
que precisaria ser implementado desta e por conseguinte uma comparação com
o circuito simplicado através da álgebra booleana da mesma equação, já
simplificada. A equação apresentada inicialmente se mostra a seguir:

̅̅̅̅̅
̅ . (𝑨
𝒁 = 𝑨𝑩𝑪 + 𝑨𝑩 ̅)
̅. 𝑪

Equação 1

(Esquema do circuito a ser implementado vindo da equação 1)


8

Em seguida, fez-se a tabela-verdade para a equação Z e montou-se


o circuito no protoboard utilizando os CI’s: AND, NAND,NOT e OR:

A B C ̅
𝑨 ̅
𝑩 ̅ ABC A𝑩
𝑪 ̅ 𝑨.
̅𝑪 ̅ ̅̅̅̅̅
𝑨 ̅ . ̅̅̅̅̅
̅ A𝑩
̅. 𝑪 ̅
̅. 𝑪
𝑨 𝑨𝑩𝑪 +
̅̅̅̅̅
̅ . (𝑨
𝑨𝑩 ̅)
̅. 𝑪
0 0 0 1 1 1 0 0 1 0 0 0
0 0 1 1 1 0 0 0 0 1 0 0
0 1 0 1 0 1 0 0 1 0 0 0
1 0 0 0 1 1 0 1 0 1 1 1
1 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0
1 0 1 0 1 0 0 1 0 1 1 1
0 1 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0
1 1 1 0 0 0 1 0 0 1 0 1

Figura 6. Tabela-Verdade 1

Figura 7. Circuito completo montado.


9

E combinando as entradas A, B e C aos níveis baixo(tensão 0V) e alto(tensão


Vcc 5 V) fez-se as medições no multímetro comparando os valores com a
tabela-verdade. Todas as análises apresentaram normalidade.

Figura 7. Medição para o Circuito completo.

Figura 8. Medição para nível ALTO.


10

Segue abaixo a simplificação do circuito usando a álgebra booleana:

̅̅̅̅̅
̅ . (𝑨
𝒁 = 𝑨𝑩𝑪 + 𝑨𝑩 ̅)
̅. 𝑪

̅ . (𝑨 + 𝑪)
𝒁 = 𝑨𝑩𝑪 + 𝑨𝑩
̅ 𝑨 + 𝑨𝑩
𝒁 = 𝑨𝑩𝑪 + 𝑨𝑩 ̅𝑪

̅ ) + 𝑨𝑨𝑩
𝒁 = 𝑨𝑪(𝑩 + 𝑩 ̅

̅
𝒁 = 𝑨𝑪 + 𝑨𝑩

̅)
𝒁 = 𝑨(𝑪 + 𝑩

(Equação 2)

Figura 9. Circuito simplificado.


11

Fazendo-se a tabela-verdade para a nova equação:

A B C ̅
𝑩 ̅
C+ 𝑩 ̅)
A(C+ 𝑩
0 0 0 1 1 0
0 0 1 1 1 0
0 1 0 0 0 0
1 0 0 1 1 1
1 1 0 0 0 0
1 0 1 1 1 1
0 1 1 0 1 0
1 1 1 0 1 1

Figura 10. Tabela-Verdade 2.

Utilizando apenas as portas lógicas AND,OR e NOT montou-se o novo circuito e


repetiu-se os procedimentos para o circuito anterior:

Figura 11. Medição para o circuito simplificado.


12

Figura 12. Medição para o nível BAIXO.

Resultados

Por fim, cada medição feita no multímetro foi registrada de acordo com as
entradas para cada circuito, ambos apresentando coerência com os níveis
lógicos de entrada e saída, como se observa a seguir:

A B C X Tensão de
saída (V)
0 0 0 0 0,125
0 0 1 0 0,124
0 1 0 0 0,125
1 0 0 1 4,45
1 1 0 0 0,123
1 0 1 1 4,43
0 1 1 0 0,124
1 1 1 1 4,83
Figura 13. Medições do circuito completo.
13

A B C X Tensão de
saída em (V)
0 0 0 0 0,158
0 0 1 0 0,154
0 1 0 0 0,158
1 0 0 1 4,36
1 1 0 0 0,154
1 0 1 1 4,39
0 1 1 0 0,154
1 1 1 1 4,37

Figura 14. Medições feitas Circuito simplificado.montado.


14

CONCLUSÃO

Simplificadas as equações e montados os circuitos em


laboratório pode-se observar as mesmas saídas para ambos os
circuitos, comprovados através das tabelas-verdades e das suas
seguintes medicões feitas pelo multímetro na opção de voltímetro
para o resultado equivalente da equação dada aplicada nesses
circuitos, as equações foram simplificadas a partir dos métodos da
álgebra booleana, mas sobre efeitos reais dos circuitos integrados o
nível lógico baixo “0” não chega ser exatamente a 0 V e sim
aproximado, sendo também não ideal para nível lógico alto “1”
chegando aproximadamente 5 V.
15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

“ÁLGEBRA BOOLEANA” em CCM. Consultado em 25/03/2019. Disponível em :


https://br.ccm.net/faq/2995-algebra-booleana .

TOCCI, R., WIDMER, N.,MOSS, G. Sistemas Digitais: Princípios e Aplicações


11ª ed. São Paulo: PEARSON, 2014.

Você também pode gostar