2016
Orientações gerais:
1) Número de questões desta prova: 11
2) Valor das questões: Abertas (4): 4,0 pontos cada. Fechadas (7): 2 pontos cada.
3) Provas feitas a lápis ou com uso de corretivo não têm direito à revisão.
4) Aluno que usar de meio ilícito na realização desta prova terá nota zerada e conceituação
comprometida.
5) Tópicos desta prova:
- Manoel de Barros.
1ª Questão
Podemos perdoar um homem por fazer alguma coisa útil, desde que ele não a admire. A
única desculpa para fazer alguma coisa inútil é podermos admirá-la intensamente.
Toda arte é completamente inútil.
WILDE, Oscar. O retrato de Dorian Gray. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
a) Apesar de o escritor irlandês Oscar Wilde (1854-1900) e Manoel de Barros terem temáticas e
estilos totalmente diferentes, ambos foram artistas que, cada qual à sua maneira, refletiram
profundamente sobre a natureza da arte. A partir da leitura do fragmento de Oscar Wilde e da
coletânea de poemas de Manoel de Barros, relacione a visão que os dois têm do universo das coisas.
b) Ovídio, poeta latino do século I a. C., escreveu a seguinte frase ao terminar Metamorfoses,
considerada sua obra máxima:
Acabo de concluir uma obra que nem a ira de Júpiter, nem o fogo, nem o ferro, nem o tempo
devorador poderão abolir.
In: GIANNETTI, Eduardo. O livro das citações: um breviário de ideias replicantes.
São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
Levando em consideração os comentários do item “a”, faça uma reflexão sobre a arte literária
relembrando que Ovídio, Wilde e Manoel de Barros já são falecidos.
a) Ao citar a obra de outra de outro autor, no caso Marc Chagall, qual é o nome do processo a que o
autor recorre ao se referir a esse quadro?
3ª Questão:
Caderno de Aprendiz
Poesia é a descoberta das coisas
Que eu nunca vi
Oswald de Andrade
a) Relacione o poema acima com sua epígrafe, mencionando possíveis diálogos entre Barros e o
poeta moderno Oswald de Andrade.
b) Discuta dois procedimentos poéticos que são características da obra de Manoel de Barros,
exemplificando-os com trechos do poema.
b) “Uso a palavra para compor meus silêncios”. Ao utilizar o texto para falar do próprio texto, ou
seja, da poesia para explicar a própria poesia, o poeta utiliza um recurso comunicativo. Qual é ele?
Leia com atenção o poema de Manoel de Barros e as informações que se seguem a ele,
presentes na obra Literatura e letramento – espaços, suportes e interfaces. Consulte-os
para resolver as questões de número 5 e 6.
Barros, Manoel de. O livro das ignorãças. 7 ed. Rio de Janeiro: Record, 2000, p.25.
“Interlocuções do livro didático com a literatura”. In: PAIVA, Aparecida; MARTINS, Aracy; PAULINO, Graça; VERSIANI, Zélia
(orgs.). Literatura e letramento – espaços, suportes e interfaces – o jogo do livro. Belo Horizonte/CEALE, 2003.
6ª Questão:
Manoel de Barros, em seus versos, abomina:
a) o incentivo à criatividade, que tira do aprendiz a capacidade de pensar sensivelmente um texto.
b) a liberdade de expressão, que leva a leituras superficiais de textos complexos, como os literários.
c) o privilégio dado a conteúdos e nomenclaturas, em detrimento da poesia tácita das palavras.
d) a imposição de um só significado, mesmo para textos cuja composição pressupõe múltiplas
leituras.
e) a valorização da criatividade e da naturalidade infantil.
7ª Questão:
(UFLA-MG) Com base na leitura da obra de Manoel de Barros, é CORRETO afirmar que sua poesia
a) utiliza versos brancos livres como forma de erudição.
b) demonstra a importância das coisas pequenas para o poeta.
c) demonstra que a voz do poeta é diferente da voz de qualquer pessoa.
d) reflete o estranhamento do poeta em relação à natureza.
e) utiliza a Língua Portuguesa de forma convencional.
8ª Questão:
(UFLA-MG) Com base na leitura da obra de Manoel de Barros:
I - Escreve livros de poemas, embora eles tenham uma composição parecida com a prosa.
II - Nela o poeta demonstra sua contemplação frente à natureza.
III - Trata-se de uma obra de estilo clássico, com versos metrificados e rimados.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas II e III são corretas.
c) Somente a afirmativa III está correta.
d) Somente a afirmativa I está correta.
e) Somente a afirmativa II está correta.
9ª Questão:
Nesse e em outros poemas do autor há referências:
a) a artistas plásticos, como Chagall e Braque, além de cineastas e outros escritores da
modernidade.
b) naturalistas, referentes principalmente a obras de Franz Kafka e Robert Louis Stevenson .
c) cinematográficas, acima de tudo com Charles Chaplin, Buster Keaton, e contemporâneos, como
Martim Scorsese e Tim Burtom.
d) às cantigas trovadorescas e à poesia clássica de Camões.
e) a autores mineiros, como Guimarães Rosa e Carlos Drummond de Andrade.
10ª Questão:
O poema cita Rimbaud, poeta francês do século passado, e Carlitos, personagem dos filmes de
Charles Chaplin. “Perder a inteligência das coisas para vê-las”, de acordo com o texto de Manuel de
Barros é olhar as coisas:
a) em seu significado mais moderno.
b) com objetividade, deixando de lado o sujeito que olha.
c) recusando seu valor meramente utilitário.
d) pelo ponto de vista do especialista.
e) resgatando seu sentido fundamentalista.
11ª Questão:
A relação entre os dois textos abaixo é: