CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
RESOLUÇÃO RDC Nº 306, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 11, inciso IV, do
Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n.º 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o Art.
111, inciso I, alínea "b", § 1º do Regimento Interno aprovado pela Portaria n.º 593, de 25 de
agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de
dezembro de 2004,
Considerando as atribuições contidas nos Art. 6º , Art. 7º, inciso III e Art. 8º da Lei 9782, de 26
de janeiro de 1999;
Considerando que a segregação dos RSS, no momento e local de sua geração, permite reduzir
o volume de resíduos perigosos e a incidência de acidentes ocupacionais dentre outros
benefícios à saúde pública e ao meio ambiente;
Art. 2º Compete à Vigilância Sanitária dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, com o
apoio dos Órgãos de Meio Ambiente, de Limpeza Urbana, e da Comissão Nacional de Energia
Nuclear - CNEN, divulgar, orientar e fiscalizar o cumprimento desta
Resolução .
Art. 3º A vigilância sanitária dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, visando o
cumprimento do Regulamento Técnico, poderão estabelecer normas de caráter supletivo ou
complementar, a fim de adequá-lo às especificidades locais.
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
Art. 6º Esta Resolução da Diretoria Colegiada entra em vigor na data de sua publicação,
ficando revogada a Resolução ANVISA - RDC nº. 33, de 25 de fevereiro de 2003
ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE
SAÚDE - DIRETRIZES GERAIS
CAPÍTULO I
HISTÓRICO
CAPÍTULO II
ABRANGÊNCIA
Para efeito deste Regulamento Técnico, definem-se como geradores de RSS todos os serviços
relacionados com o atendimento
à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de
campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde
se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de
medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino
e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos
farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para
diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços
de tatuagem, dentre outros similares.
Esta Resolução não se aplica a fontes radioativas seladas, que devem seguir as
determinações da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, e às indústrias de produtos
para a saúde, que devem observar as condições específicas do seu licenciamento ambiental.
CAPÍTULO III
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
O gerenciamento deve abranger todas as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos
recursos materiais e da capacitação
dos recursos humanos envolvidos no manejo dos RSS.
O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as normas locais relativas à coleta,
transporte e disposição final dos resíduos gerados nos serviços de saúde, estabelecidas pelos
órgãos locais responsáveis por estas etapas.
1 - MANEJO: O manejo dos RSS é entendido como a ação de gerenciar os resíduos em seus
aspectos intra e extra estabelecimento, desde a geração até a disposição final, incluindo as
seguintes etapas:
1.3.1 - A identificação deve estar aposta nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de
coleta interna e externa, nos recipientes de transporte interno e externo, e nos locais de
armazenamento, em local de fácil visualização, de forma indelével, utilizando- se símbolos,
cores e frases, atendendo aos parâmetros referenciados na norma NBR 7.500 da ABNT, além
de outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e ao risco específico de cada
grupo de resíduos.
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1.3.2 - A identificação dos sacos de armazenamento e dos recipientes de transporte poderá ser
feita por adesivos, desde que seja garantida a resistência destes aos processos normais de
manuseio dos sacos e recipientes.
1.4 - TRANSPORTE INTERNO - Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até
local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de
apresentação para a coleta.
1.4.1 - O transporte interno de resíduos deve ser realizado atendendo roteiro previamente
definido e em horários não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e
medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades. Deve ser
feito separadamente de acordo com o grupo de resíduos e em recipientes específicos a cada
grupo de resíduos.
1.4.2 - Os recipientes para transporte interno devem ser constituídos de material rígido, lavável,
impermeável, provido de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e bordas
arredondados, e serem identificados com o símbolo correspondente ao risco do resíduo neles
contidos, de acordo com este Regulamento Técnico. Devem ser providos de rodas revestidas
de material que reduza o ruído. Os recipientes com mais de 400 L de capacidade devem
possuir válvula de dreno no fundo. O uso de recipientes desprovidos de rodas deve observar
os limites de carga permitidos para o transporte pelos trabalhadores, conforme normas
reguladoras
do Ministério do Trabalho e Emprego.
1.5.1- O armazenamento temporário poderá ser dispensado nos casos em que a distância
entre o ponto de geração e o armazenamento externo justifiquem.
1.5.2 - A sala para guarda de recipientes de transporte interno de resíduos deve ter pisos e
paredes lisas e laváveis, sendo o piso ainda resistente ao tráfego dos recipientes coletores.
Deve possuir ponto de iluminação artificial e área suficiente para armazenar,
no mínimo, dois recipientes coletores, para o posterior traslado até aárea de armazenamento
externo. Quando a sala for exclusiva para o armazenamento de resíduos, deve estar
identificada como “SALA DE RESÍDUOS”.
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1.5.3 - A sala para o armazenamento temporário pode ser compartilhada com a sala de
utilidades. Neste caso, a sala deverá dispor de área exclusiva de no mínimo 2 m2, para
armazenar, dois recipientes coletores para posterior traslado até a área de armazenamento
externo.
1.5.5 - Os resíduos de fácil putrefação que venham a ser coletados por período superior a 24
horas de seu armazenamento, devem ser conservados sob refrigeração, e quando não for
possível, serem submetidos a outro método de conservação.
1.7.1 - No armazenamento externo não é permitida a manutenção dos sacos de resíduos fora
dos recipientes ali estacionados.
1.8.1 - A coleta e transporte externos dos resíduos de serviços de saúde devem ser realizados
de acordo com as normas NBR
12.810 e NBR 14652 da ABNT.
CAPÍTULO IV
RESPONSABILIDADES
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2.1.1 - Caso o estabelecimento seja composto por mais de um serviço com Alvarás Sanitários
individualizados, o PGRSS deverá ser único e contemplar todos os serviços existentes, sob a
Responsabilidade Técnica do estabelecimento.
2.1.2 - Manter cópia do PGRSS disponível para consulta sob solicitação da autoridade sanitária
ou ambiental competente, dos funcionários, dos pacientes e do público em geral.
2.1.3 -Os serviços novos ou submetidos a reformas ou ampliação devem encaminhar o PGRSS
juntamente com o Projeto Básico de Arquitetura para a vigilância sanitária local, quando da
solicitação do alvará sanitário.
2.2. A designação de profissional, com registro ativo junto ao seu Conselho de Classe, com
apresentação de Anotação de Responsabilidade Técnica-ART, ou Certificado de
Responsabilidade Técnica ou documento similar, quando couber, para exercer a função de
Responsável pela elaboração e implantação do PGRSS.
2.2.2 - Os serviços que geram rejeitos radioativos devem contar com profissional devidamente
registrado pela CNEN nas áreas
de atuação correspondentes, conforme a Norma NE 6.01 ou NE 3.03 da CNEN.
2.2.3 - Os dirigentes ou responsáveis técnicos dos serviços de saúde podem ser responsáveis
pelo PGRSS, desde que atendam aos requisitos acima descritos.
2.5 - Fazer constar nos termos de licitação e de contratação sobre os serviços referentes ao
tema desta Resolução e seu Regulamento Técnico, as exigências de comprovação de
capacitação e treinamento dos funcionários das firmas prestadoras de serviço de limpeza e
conservação que pretendam atuar nos estabelecimentos de saúde, bem como no transporte,
tratamento e disposição final destes resíduos.
2.7 - Requerer aos órgãos públicos responsáveis pela execução da coleta, transporte,
tratamento ou disposição final dos resíduos de serviços de saúde, documentação que
identifique a conformidade com as orientações dos órgãos de meio ambiente.
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3 - A responsabilidade, por parte dos detentores de registro de produto que gere resíduo
classificado no Grupo B, de fornecer informações documentadas referentes ao risco inerente
do manejo e disposição final do produto ou do resíduo. Estas informações devem acompanhar
o produto até o gerador do resíduo.
CAPÍTULO V
4.1.8. Para serviços com sistema próprio de tratamento de RSS, o registro das informações
relativas ao monitoramento destes
resíduos, de acordo com a periodicidade definida no licenciamento ambiental. Os resultados
devem ser registrados em documento próprio e mantidos em local seguro durante cinco anos.
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4.2 - Compete ainda ao gerador de RSS monitorar e avaliar seu PGRSS, considerando;
4.2.2 - A avaliação referida no item anterior deve ser realizada levando-se em conta, no
mínimo, os seguintes indicadores:
CAPÍTULO VI
MANEJO DE RSS
Para fins de aplicabilidade deste Regulamento, o manejo dos RSS nas fases de
Acondicionamento, Identificação, Armazenamento Temporário e Destinação Final, será tratado
segundo a classificação dos resíduos constante do Apêndice I
5 - GRUPO A1
5.1.2 - Devem ser submetidos a tratamento, utilizando-se processo físico ou outros processos
que vierem a ser validados para a
obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível com
Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice
IV).
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
5.1.3.1 - Se não houver descaracterização física das estruturas, devem ser acondicionados
conforme o item 1.2 , em saco branco leitoso, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3
de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3.
5.1.3.2 - Havendo descaracterização física das estruturas, podem ser acondicionados como
resíduos do Grupo D.
5.2.1 - Devem ser submetidos a tratamento, utilizando-se processo físico ou outros processos
que vierem a ser validados para a
obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível com
Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice
IV).
5.2.3 - Os demais serviços devem tratar estes resíduos conforme o item 5.2.1 em seu local de
geração.
5.2.4.1 - Se não houver descaracterização física das estruturas, devem ser acondicionados
conforme o item 1.2 , em saco branco leitoso, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3
de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3.
5.2.4.2 - Havendo descaracterização física das estruturas, podem ser acondicionados como
resíduos do Grupo D.
5.3.2 - Devem ser acondicionados conforme o item 1.2, em saco vermelho, que devem ser
substituídos quando atingirem 2/3 de
sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3.
5.3.3 - Devem ser submetidos a tratamento utilizando-se processo físico ou outros processos
que vierem a ser validados para a
obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível com
Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice
V).
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5.3.4.1 - Se não houver descaracterização física das estruturas, devem ser acondicionados
conforme o item 1.2, em saco branco leitoso, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3
de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3.
5.3.4.2 - Havendo descaracterização física das estruturas, podem ser acondicionados como
resíduos do Grupo D.
5.4.1 - Devem ser acondicionados conforme o item 1.2 , em saco vermelho, que devem ser
substituídos quando atingirem 2/3 de
sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados conforme item 1.3.3.
5.4.2 - Devem ser submetidos a tratamento utilizando-se processo físico ou outros processos
que vierem a ser validados para a
obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível com
Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice
IV) e que desestruture as suas características físicas, de modo a se tornarem irreconhecíveis.
5.4.4 - Caso o tratamento previsto no item 5.4.2 venha a ser realizado fora da unidade
geradora, o acondicionamento para transporte deve ser em recipiente rígido, resistente à
punctura, ruptura e vazamento, com tampa provida de controle de fechamento e devidamente
identificado, conforme item 1.3.3, de forma a garantir o transporte seguro até a unidade de
tratamento.
6 - GRUPO A2
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6.1.2 - Resíduos contendo microrganismos com alto risco de transmissibilidade e alto potencial
de letalidade (Classe de risco 4)
devem ser submetidos, no local de geração, a processo físico ou outros processos que vierem
a ser validados para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em
equipamento compatível com Nível III de Inativação Microbiana (Apêndice IV) e posteriormente
encaminhados para tratamento térmico por incineração.
6.1.3 - Os resíduos não enquadrados no item 6.1.2 devem ser tratados utilizando-se processo
físico ou outros processos que vierem a ser validados para a obtenção de redução ou
eliminação da carga microbiana, em equipamento compatível com Nível III de Inativação
Microbiana (Apêndice IV). O tratamento pode ser realizado fora do local de geração, mas os
resíduos não podem ser encaminhados para tratamento em local externo ao serviço.
6.1.4 - Após o tratamento dos resíduos do item 6.1.3, estes podem ser encaminhados para
aterro sanitário licenciado ou local
devidamente licenciado para disposição final de RSS, ou sepultamento em cemitério de
animais.
6.1.5 - Quando encaminhados para disposição final em aterro sanitário licenciado, devem ser
acondicionados conforme o item 1.2, em saco branco leitoso, que devem ser substituídos
quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados
conforme item 1.3.3 e a inscrição de “PEÇAS ANATÔMICAS DE ANIMAIS”.
7 - GRUPO A3
7.1 - Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais,
com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional
menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição
pelo paciente ou seus familiares.
8 - GRUPO A4
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
8.1.1 - Estes resíduos podem ser dispostos, sem tratamento prévio, em local devidamente
licenciado para disposição final de RSS.
8.1.2 - Devem ser acondicionados conforme o item 1.2, em saco branco leitoso, que devem ser
substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e
identificados conforme item 1.3.3.
9 - GRUPO A5
9.1.1 - Devem sempre ser encaminhados a sistema de incineração, de acordo com o definido
na RDC ANVISA nº 305/2002.
9.1.2 - Devem ser acondicionados conforme o item 1.2, em saco vermelho, que devem ser
substituídos após cada procedimento e identificados conforme item 1.3.3. Devem ser utilizados
dois sacos como barreira de proteção, com preenchimento somente até 2/3 de sua capacidade,
sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.
11 - GRUPO B
11.2 - Resíduos químicos que apresentam risco à saúde ou ao meio ambiente, quando não
forem submetidos a processo de reutilização, recuperação ou reciclagem, devem ser
submetidos a tratamento ou disposição final específicos.
11.2.1 - Resíduos químicos no estado sólido, quando não tratados, devem ser dispostos em
aterro de resíduos perigosos - Classe I.
11.2.2 - Resíduos químicos no estado líquido devem ser submetidos a tratamento específico,
sendo vedado o seu encaminhamento para disposição final em aterros.
11.2.3 - Os resíduos de substâncias químicas constantes do Apêndice VI, quando não fizerem
parte de mistura química, devem
ser obrigatoriamente segregados e acondicionados de forma isolada.
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
11.7- As embalagens secundárias não contaminadas pelo produto devem ser fisicamente
descaracterizadas e acondicionadas como Resíduo do Grupo D, podendo ser encaminhadas
para processo de reciclagem.
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
11.16- Os demais resíduos sólidos contendo metais pesados podem ser encaminhados a
Aterro de Resíduos Perigosos-Classe I ou serem submetidos a tratamento de acordo com as
orientações do órgão local de meio ambiente, em instalações licenciadas para este fim. Os
resíduos líquidos deste grupo devem seguir orientações específicas dos órgãos ambientais
locais.
11.17 - Os resíduos contendo Mercúrio (Hg) devem ser acondicionados em recipientes sob
selo d?água e encaminhados para recuperação.
11.18 - Resíduos químicos que não apresentam risco à saúde ou ao meio ambiente
11.18.3 - Resíduos no estado líquido podem ser lançados na rede coletora de esgoto ou em
corpo receptor, desde que atendam respectivamente as diretrizes estabelecidas pelos órgãos
ambientais, gestores de recursos hídricos e de saneamento competentes.
12 - GRUPO C
12.1 - Os rejeitos radioativos devem ser segregados de acordo com a natureza física do
material e do radionuclídeo presente, e o tempo necessário para atingir o limite de eliminação,
em conformidade com a norma NE - 6.05 da CNEN. Os rejeitos radioativos não podem ser
considerados resíduos até que seja decorrido o tempo de decaimento necessário ao
atingimento do limite de eliminação.
12.1.2 - Os rejeitos radioativos líquidos devem ser acondicionados em frascos de até dois litros
ou em bombonas de material compatível com o líquido armazenado, sempre que possível de
plástico, resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada, vedante, acomodados em
bandejas de material inquebrável e com profundidade suficiente para conter, com a devida
margem de segurança, o volume total do rejeito, e identificados conforme o item 10.2 deste
Regulamento.
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
12.2 - IDENTIFICAÇÃO:
12.2.4 - O recipiente com rodas de transporte interno de rejeitos radioativos, além das
especificações contidas no item 1.3 deste Regulamento, deve ser provido de recipiente com
sistema de blindagem com tampa para acomodação de sacos de rejeitos radioativos, devendo
ser monitorado a cada operação de transporte e ser submetido à descontaminação, quando
necessário. Independente de seu volume, não poderá possuir válvula de drenagem no fundo.
Deve conter identificação com inscrição, símbolo e cor compatíveis com o resíduo do Grupo C.
12.3 - TRATAMENTO:
12.3.4 - As sobras de alimentos provenientes de pacientes submetidos à terapia com Iodo 131,
depois de atendidos os respectivos itens de acondicionamento e identificação de rejeito
radioativo, devem observar as condições de conservação mencionadas no item 1.5.5 durante o
período de decaimento do elemento radioativo. Alternativamente, poderá ser adotada a
metodologia de trituração destes alimentos na sala de decaimento, com direcionamento para o
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
sistema de esgotos, desde que haja Sistema de Tratamento de Esgotos na região onde se
encontra a unidade.
12.3.6 - Para serviços que realizem atividades de Medicina Nuclear e possuam mais de 3
equipamentos de diagnóstico ou pelo menos 1 quarto terapêutico, o armazenamento para
decaimento será feito em uma sala de decaimento de rejeitos radioativos com no mínimo 4 m²,
com os rejeitos acondicionados de acordo com o estabelecido no item 12.1 deste
Regulamento.
12.3.7 - A sala de decaimento de rejeitos radioativos deve ter o seu acesso controlado. Deve
estar sinalizada com o símbolo internacional de presença de radiação ionizante e de área de
acesso restrito, dispondo de meios para garantir condições de segurança contra ação de
eventos induzidos por fenômenos naturais e estar de acordo com o Plano de Radioproteção
aprovado pela CNEN para a instalação.
12.3.8 - O limite de eliminação para rejeitos radioativos sólidos é de 75 Bq/g, para qualquer
radionuclídeo, conforme estabelecido na norma NE 6.05 da CNEN. Na impossibilidade de
comprovar-se a obediência a este limite, recomenda-se aguardar o decaimento do
radionuclídeo até níveis comparáveis à radiação de fundo.
12.3.9 - A eliminação de rejeitos radioativos líquidos no sistema de esgoto deve ser realizada
em quantidades absolutas e concentrações inferiores às especificadas na norma NE-6.05 da
CNEN, devendo esses valores ser parte integrante do plano de gerenciamento.
13 - GRUPO D
13.1 - ACONDICIONAMENTO
13.1.1 - Devem ser acondicionados de acordo com as orientações dos serviços locais de
limpeza urbana, utilizando-se sacos impermeáveis, contidos em recipientes e receber
identificação conforme o item 13.2 deste Regulamento.
13.2 - IDENTIFICAÇÃO :
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
I - azul - PAPÉIS
IV - vermelho - PLÁSTICOS
13.2.2 - Para os demais resíduos do Grupo D deve ser utilizada a cor cinza nos recipientes.
13.2.3 - Caso não exista processo de segregação para reciclagem, não existe exigência para a
padronização de cor destes recipientes.
13.3 - TRATAMENTO
13.3.3 - Os restos e sobras de alimentos citados no item 13.3.2 só podem ser utilizados para
fins de ração animal, se forem submetidos ao processo de tratamento que garanta a
inocuidade do composto, devidamente avaliado e comprovado por órgão competente da
Agricultura e de Vigilância Sanitária do Município, Estado ou do Distrito Federal.
14 - GRUPO E
14.2 - O volume dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração
diária deste tipo de resíduo.
14.4 - Os resíduos do Grupo E, gerados pelos serviços de assistência domiciliar, devem ser
acondicionados e recolhidos pelos próprios agentes de atendimento ou por pessoa treinada
para a atividade, de acordo com este Regulamento, e encaminhados ao estabelecimento de
saúde de referência.
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
14.5 - Os recipientes devem estar identificados de acordo com o item 1.3.6, com símbolo
internacional de risco biológico, acrescido da inscrição de ?PERFUROCORTANTE? e os riscos
adicionais, químico ou radiológico.
14.7 - TRATAMENTO
As etapas seguintes do manejo dos RSS serão abordadas por processo, por abrangerem mais
de um tipo de resíduo em sua especificação, e devem estar em conformidade com a Resolução
CONAMA nº. 283/2001
15 - ARMAZENAMENTO EXTERNO
15.2 - O abrigo de resíduos deve ser dimensionado de acordo com o volume de resíduos
gerados, com capacidade de armazenamento compatível com a periodicidade de coleta do
sistema de limpeza urbana local. O piso deve ser revestido de material liso, impermeável,
lavável e de fácil higienização. O fechamento deve ser constituído de alvenaria revestida de
material liso, lavável e de fácil higienização, com aberturas para ventilação, de dimensão
equivalente a, no mínimo, 1/20 (um vigésimo) da área do piso, com tela de proteção contra
insetos.
15.3- O abrigo referido no item 15.2 deste Regulamento deve ter porta provida de tela de
proteção contra roedores e vetores, de largura compatível com as dimensões dos recipientes
de coleta externa, pontos de iluminação e de água, tomada elétrica, canaletas de escoamento
de águas servidas direcionadas para a rede de esgoto do estabelecimento e ralo sifonado com
tampa que permita a sua vedação.
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
15.4- Os resíduos químicos do Grupo B devem ser armazenados em local exclusivo com
dimensionamento compatível com as características quantitativas e qualitativas dos resíduos
gerados.
15.5 - O abrigo de resíduos do Grupo B, quando necessário, deve ser projetado e construído
em alvenaria, fechado, dotado apenas de aberturas para ventilação adequada, com tela de
proteção contra insetos. Ter piso e paredes revestidos internamente de material resistente,
impermeável e lavável, com acabamento liso. O piso deve ser inclinado, com caimento
indicando para as canaletas. Deve possuir sistema de drenagem com ralo sifonado provido de
tampa que permita a sua vedação. Possuir porta dotada de proteção inferior para impedir o
acesso de vetores e roedores.
15.6 - O abrigo de resíduos do Grupo B deve estar identificado, em local de fácil visualização,
com sinalização de segurança-RESÍDUOS QUÍMICOS, com símbolo baseado na norma NBR
7500 da ABNT.
15.8- O abrigo de resíduos deve possuir área específica de higienização para limpeza e
desinfecção simultânea dos recipientes coletores e demais equipamentos utilizados no manejo
de RSS. A área deve possuir cobertura, dimensões compatíveis com os equipamentos que
serão submetidos à limpeza e higienização, piso e paredes lisos, impermeáveis, laváveis, ser
provida de pontos de iluminação e tomada elétrica, ponto de água, preferencialmente quente e
sob pressão, canaletas de escoamento de águas servidas direcionadas para a rede de esgotos
do estabelecimento e ralo sifonado provido de tampa que permita a sua vedação.
15.9 - O trajeto para o traslado de resíduos desde a geração até o armazenamento externo
deve permitir livre acesso dos recipientes coletores de resíduos, possuir piso com revestimento
resistente à abrasão, superfície plana, regular, antiderrapante e rampa, quando necessária,
com inclinação de acordo com a RDC ANVISA nº. 50/2002.
15.10 - O estabelecimento gerador de RSS cuja geração semanal de resíduos não exceda a
700 L e a diária não exceda a 150 L, pode optar pela instalação de um abrigo reduzido
exclusivo, com as seguintes características:
- Ser construído em alvenaria, fechado, dotado apenas de aberturas teladas para ventilação,
restrita a duas aberturas de 10X20 cm cada uma delas, uma a 20 cm do piso e a outra a 20 cm
do teto, abrindo para a área externa. A critério da autoridade sanitária, estas aberturas podem
dar para áreas internas da edificação;
- Piso, paredes, porta e teto de material liso, impermeável e lavável. Caimento de piso para ao
lado oposto ao da abertura com instalação de ralo sifonado ligado à instalação de esgoto
sanitário do serviço.
- Ter localização tal que não abra diretamente para a área de permanência de pessoas e,
circulação de público, dando-se preferência a locais de fácil acesso à coleta externa e próxima
a áreas de guarda de material de limpeza ou expurgo.
CAPÍTULO VII
SEGURANÇA OCUPACIONAL
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
17 - Os exames a que se refere o item anterior devem ser realizados de acordo com as Normas
Reguladoras-NRs do Ministério do Trabalho e Emprego .
20
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
Apêndice I
Classificação
GRUPO A
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem
apresentar risco de infecção.
A1
A2
A3
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
- Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com
peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional
menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição
pelo paciente ou familiares.
A4
A5
GRUPO B
Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao
meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade e toxicidade.
22
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
GRUPO C
GRUPO D
Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio
ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
- papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto
alimentar de paciente, material utilizado em anti-sepsia e hemostasia de venóclises, equipo de
soro e outros similares não classificados como A1;
GRUPO E
APÊNDICE II
CLASSE DE RISCO 4
BACTÉRIAS Nenhuma
FUNGOS Nenhum
PARASITAS Nenhum
VÍRUS E Agentes da Febre Hemorrágica ( Criméia-Congo, Lassa, Junin, Machupo,
MICOPLASMAS Sabiá, Guanarito e outros ainda não identificados)
Encefalites transmitidas por carrapatos (inclui o vírus da Encefalite
23
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
APÊNDICE III
24
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
objetos pressão
- infecções perfurocortantes positiva com recirculante
laboratoriais suprimento de ar.
transmitidas via - Manual de - Fluxo de ar negativo
Biossegurança que dentro do laboratório
defina qualquer
- Sistema de
abastecimento
aerossol ou descontaminação de e escape, a vácuo, e de
relacionadas a dejetos ou normas de descontaminação.
agentes com risco vigilância médica
desconhecido de
- Descontaminação
de
transmissão. todo o resíduo
- Descontaminação da
roupa usada no
laboratório antes de
ser
lavada
- Amostra sorológica
- Mudança de roupa
antes de entrar
- Banho de ducha na
saída
- Todo material
descontaminado na
saída das instalações
APÊNDICE IV
25
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
Fonte : Technical Assistance Manual: State Regulatory Oversight of Medical Waste Treatment
Technologies - State and Territorial Association on Alternate Treatment Technologies - abril de
1994
APÊNDICE V
26
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
APÊNDICE VI
Líquidos inflamáveis
Ácidos
Bases
Oxidantes
Óleos
27
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
Brometo de etídio
Formalina ou Formaldeído
Mistura sulfocrômica
Resíduo fotográfico
Soluções aquosas
Corrosivas
Explosivas
Venenos
Ecotóxicas
Sensíveis ao choque
Criogênicas
Asfixiantes
De combustão espontânea
Gases comprimidos
Metais pesados
APÊNDICE VII
Lista das principais substâncias utilizadas em serviços de saúde que reagem com embalagens
de Polietileno de Alta Densidade (PEAD)
28
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
Ciclohexano p-diclorobenzeno
Cloreto de etila, forma líquida Percloroetileno
Cloreto de tionila solventes bromados & fluorados
Bromobenzeno solventes clorados
Cloreto de Amila Tolueno
Cloreto de vinilideno Tricloroeteno
Cresol Xileno
APÊNDICE VIII
GLOSSÁRIO
ATERRO SANITÁRIO - Técnica de disposição final de resíduos sólidos urbanos no solo, por
meio de confinamento em camadas cobertas com material inerte, segundo normas específicas,
de modo a evitar danos ou riscos à saúde e à segurança, minimizando os impactos
ambientais.
CADÁVERES DE ANIMAIS : são os animais mortos. Não oferecem risco à saúde humana, à
saúde animal ou de impactos ambientais por estarem impedidos de disseminar agentes
etiológicos de doenças.
CLASSE DE RISCO 4 (elevado risco individual e elevado risco para a comunidade): condição
de um agente biológico que representa grande ameaça para o ser humano e para os animais,
representando grande risco a quem o manipula e tendo grande poder de transmissibilidade de
um indivíduo a outro, não existindo medidas preventivas e de tratamento para esses agentes.
29
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
30
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
MEIA-VIDA FÍSICA - tempo que um radionuclídeo leva para ter a sua atividade inicial reduzida
à metade.
METAL PESADO - qualquer composto de Antimônio, Cádmio, Crômio (IV), Chumbo, Estanho,
Mercúrio, Níquel, Selênio, Telúrio e Tálio, incluindo a forma metálica.
Príon: estrutura protéica alterada relacionada como agente etiológico das diversas formas de
Encefalite Espongiforme
Redução de carga microbiana: aplicação de processo que visa a inativação microbiana das
cargas biológicas contidas nos resíduos
Sobras de amostras: restos de sangue, fezes, urina, suor, lágrima, leite, colostro, líquido
espermático, saliva, secreções nasal, vaginal ou peniana, pêlo e unha que permanecem nos
tubos de coleta após a retirada do material necessário para a realização de investigação
VEÍCULO COLETOR
31
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
APÊNDICE IX
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Resolução nº 257 de 30 de junho de 1999 - "Estabelece que pilhas e baterias que contenham
em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, tenham os procedimentos
de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequados"
Resolução nº 275, de 25 de abril de 2001- "Estabelece código de cores para diferentes tipos de
resíduos na coleta seletiva"
Resolução nº 283 de 12 de julho de 2001- "Dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos
resíduos dos serviços de saúde"
NBR - 9191 - Sacos plásticos para acondicionamento de lixo - Requisitos e métodos de ensaio,
de julho de 2000
32
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
NE- 6.01 - Requisitos para o registro de Pessoas Físicas para o preparo, uso e manuseio de
fontes radioativas.
- MINISTÉRIO DA SAÚDE
- PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
33
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
LITERATURA
- CARVALHO , Paulo Roberto de. Boas Práticas Químicas em Biossegurança. Rio de Janeiro:
Interciência, 1999.
- COSTA, Marco Antonio F. da; COSTA, Maria de Fátima Barrozo da; MELO, Norma Suely
Falcão de Oliveira. Biossegurança - Ambientes Hospitalares e Odontológicos. São Paulo:
Livraria Santos Editora Ltda., 2000.
- HIRATA, Mario Hiroyuki; FILHO, Jorge Mancini. Manual de Biossegurança. São Paulo: Editora
Manole, 2002.
- RICHMOND, Jonathan Y.; MCKINNE, Robert W. Organizado por Ana Rosa dos Santos, Maria
Adelaide Millington, Mário César Althoff. Biossegurança em laboratórios biomédicos e de
microbiologia - CDC.Brasília: Ministério da Saúde, 2000.
- The Association for Practicioners in Infection Control, Inc.- Position Paper: Medical Waste
(revised) - American Journal of Infection Control 20(2) 73-74, 1992.
Art. l° Aprovar o Regulamento Técnico para Fixar os requisitos mínimos exigidos para a
Terapia de Nutrição Parenteral, constante do texto Anexo desta Portaria.
Art, 2° Conceder o prazo de 180 dias para que as Unidades Hospitalares e Empresas
Prestadoras de Bens e/ou Serviços se adequem ao disposto nesta Portaria.
ANEXO
34
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
1. OBJETIVO:
Este Regulamento Técnico fixa os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição
Parenteral.
2. REFERÊNCIAS:
2.3 BOAS práticas para fabricação de produtos farmacêuticos. Brasília: Ministério da Saúde,
1994.
2.5 BRASIL. Lei nº 8078, de 11de setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor. Diário
Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, v.128, n. 176, supl., p. 1, 12 set. 1990.
2.6 BRASIL. Lei nº 9431, de 6 de janeiro de 1996. Dispõe sobre a obrigatoriedade do Programa
de Controle de Infecções Hospitalares nos hospitais do Brasil. Diário Oficial [da República
Federativa do Brasil], Brasília, v.134, n. 4, p. 265, 1996.
2.11 CYTRYNBAUM, H. M. Relato prático da qualificação de uma área limpa : apostila. [S.l.] :
Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação, 1997.
2.12 ISO 9000-2 : normas de gestão da qualidade e garantia da qualidade : diretrizes gerais
para a aplicação das normas ISO 9001, 9002 e 9003. [S.l.] : [s.n.], 1994.
2.13 ISO 9000-2 : sistemas de qualidade : modelo para garantia da qualidade em produção ,
instalação e serviços associados. [S.l.] : [s.n.], 1994.
2.14 LAVAR as mãos. 1. reimp. Brasília : Ministério da Saúde, Centro de Documentação, 1989.
(Série A: Normas e Manuais Técnicos).
3. DEFINIÇÕES:
35
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
3.1. Empresas Prestadoras de Bens e/ou Serviços (EPBS): Organização capacitada, de acordo
com a Legislação vigente, para oferecer bens e/ou serviços em Terapia Nutricional .
3.3. Farmácia: estabelecimento que atenda à legislação sanitária vigente (Federal, Estadual,
Municipal), com instalações e equipamentos específicos para a preparação da Nutrição
Parenteral, em área asséptica, atendendo ainda às exigências das Boas Práticas de
Preparação de Nutrição Parenteral (BPPNP), conforme Anexo II.
4. CONDIÇÕES GERAIS:
4.2.3. Administração.
4.3. Todas as etapas descritas no item anterior devem atender a procedimentos escritos
específicos e serem devidamente registradas, evidenciando as ocorrências na execução dos
procedimentos.
4.4. As UH e as EPBS que queiram habilitar-se à prática da TNP devem contar com:
36
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
4.4.1. Farmácia com licença de funcionamento concedida pelo órgão sanitário competente.
4.4.2. Equipe de Terapia Nutricional constituido por uma equipe multiprofissional de terapia
nutricional (EMTN), formal e obrigatoriamente constituída de, pelo menos, um profissional de
cada categoria, que cumpra efetivamente com treinamento específico para essa atividade, a
saber: médico, farmacêutico, enfermeiro e nutricionista, com as respectivas atribuições
descritas no Anexo I.
4.4.3. As UHS e EPBS, para exercerem as suas atividades especificas, devem cadastrarse
junto ao Orgão de Vigilância Sanitária Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, conforme
Anexo VI. NOTA: As UHS e EPBS que desenvolverem atividades de Terapia Nutricional estão
sujeitas as inspeções sanitárias periódicas.
4.5. As UH que não possuem as condições previstas no item anterior podem contratar os
serviços de terceiros, devidamente licenciadas, para a operacionalização total ou parcial, da
TNP, devendo, nestes casos, formalizar um contrato por escrito.
37
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS:
5.1. Indicação:
5.1.3. São candidatos à TNP os pacientes que não satisfazem suas necessidades nutricionais
pela via digestiva, considerando-se também seu estado clínico e qualidade de vida.
5.2. Prescrição:
5.2.2. A prescrição da TNP deve contemplar o tipo e a quantidade dos nutrientes requeridos
pelo paciente, de acordo com seu estado mórbido, estado nutricional e requerimentos
nutricionais.
NOTA 1: Entende-se como curto prazo a interrupção ou redução da progressão das doenças, a
cicatrização das feridas, a passagem para nutrição por via digestiva e a melhora do estado de
desnutrição.
5.3. Preparação:
38
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
que se fizer necessária, em função da avaliação farmacêutica, deve ser discutida com o
médico da equipe que é o responsável por sua alteração formal.
5.3.7 A manipulação da NP deve ser realizada em área classificada grau A ou B (classe 100),
circundada por área grau B ou C (classe 10.000), de acordo com as Boas Práticas para
Fabricação e Controle de Produtos Farmacêuticos .
5.3.8 A manipulação da NP deve ser realizada com técnica asséptica, seguindo procedimentos
escritos e validados.
5.3.12 A NP deve ser rotulada com identificação clara do nome do paciente, composição e
demais informações Legais e específicas, conforme item 4.5.4.2. do Anexo II para a segurança
de sua utilização e garantia da possibilidade de seu rastreamento.
5.3.13 Após a manipulação, a NP deve ser submetida à inspeção visual para garantir a
ausência de partículas, precipitações, separação de fases e alterações de cor, bem como deve
ser verificada a clareza e a exatidão das informações do rótulo.
5.3.14 De cada NP preparada devem ser reservadas amostras, conservadas sob refrigeração
(2ºC a 8ºC), para avaliação microbiológica laboratorial e contraprova.
5.3.16 As amostras para contraprova de cada NP preparada, devem ser conservadas sob
refrigeração (2ºC a 8ºC) durante 7 dias após o seu prazo de validade.
NOTA: Somente são válidas, para fins de avaliação microbiológica, as NP nas suas
embalagens originais invioladas ou suas correspondentes amostras.
5.4 Conservação:
5.4.1 Imediatamente após o preparo e durante todo e qualquer transporte a NP deve ser
mantida sob refrigeração (2ºC a 8ºC), exceto nos casos de administração imediata.
5.5 Transporte:
39
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
5.6 Administração:
5.6.2 A administração da NP deve ser executada de forma a garantir ao paciente uma terapia
segura e que permita a máxima eficácia, em relação aos custos, utilizando materiais e técnicas
padronizadas.
5.6.3 A NP é inviolável até o final de sua administração, não podendo ser transferida para outro
tipo de recipiente.
5.6.4 O acesso venoso para infusão da NP deve ser estabelecido sob supervisão médica ou de
enfermeiro, por meio de técnica padronizada e conforme protocolo previamente estabelecido.
5.7.1 O paciente submetido à TNP deve ser controlado quanto à eficácia do tratamento, efeitos
adversos e modificações clínicas que possam influir na qualidade da TN.
5.7.3 Qualquer alteração encontrada nas funções dos principais órgãos e as conseqüentes
alterações na formulação ou via de acesso da NP devem constar na história clínica do
paciente.
5.10 Inspeções:
40
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
5.10.2 As inspeções sanitárias devem ser realizadas com base nos Roteiros de Inspeção do
Anexo V.
5.10.3 Os critérios para a avaliação do cumprimento dos itens do Roteiro de Inspeção, visando
a qualidade e segurança da NP, baseiam-se no risco potencial inerente a cada item.
5.10.4 Considera-se IMPRESCINDÍVEL (I) aquele item que pode influir em grau crítico na
qualidade e segurança da NP.
5.10.5 Considera-se NECESSÁRIO (N) aquele item que pode influir em grau menos crítico na
qualidade e segurança da NP.
5.10.6 Considera-se RECOMENDÁVEL (R) aquele item que pode influir em grau não crítico na
qualidade e segurança da NP.
5.10.7 Considera-se item INFORMATIVO (INF) aquele que oferece subsídios para melhor
interpretação dos demais itens, sem afetar a qualidade e a segurança da NP.
5.10.8 O item N não cumprido após a inspeção passa a ser tratado automaticamente como I na
inspeção subsequente.
5.10.9 O item R não cumprido após a inspeção passa a ser tratado automaticamente como N
na inspeção subsequente, mas nunca passa a I.
5.10.4 São passíveis de sanções aplicadas pelo órgão de Vigilância Sanitária competente, as
infrações que derivam do não cumprimento dos itens qualificados como I e N nos Roteiros de
Inspeção, constantes do Anexo V deste Regulamento, sem prejuízo das ações legais que
possam corresponder em cada caso.
5.10.4.2 Verificado o não cumprimento de itens N, dos Roteiros de Inspeção, deve ser
estabelecido um prazo para adequação, de acordo com a complexidade das ações corretivas
que se fizerem necessárias.
41
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
ANEXO I
1. OBJETIVO:
2. CONSIDERAÇÕES GERAIS:
2.2 Por se tratar de procedimento realizado em pacientes sob cuidados especiais, e para
garantir a vigilância constante do seu estado nutricional, a EMTN para NP, deve ser constituída
de pelo menos 01(um) profissional de cada categoria , com treinamento especifico para esta
atividade, a saber: médico, farmacêutico, enfermeiro e nutricionista.
2.3.2 O Coordenador Clínico deve ser médico e preencher, pelo menos um dos critérios abaixo
relacionados: 2.3.2.1 Ser especialista em Terapia Nutricional, com título reconhecido.
2.3.2.2. Possuir Mestrado, Doutorado ou Livre Docência em área relacionada com a Terapia
Nutricional.
3.1. Criar mecanismos para que se desenvolvam as etapas de triagem e vigilância nutricional,
em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar
42
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
3.6 Estabelecer auditorias periódicas a serem realizadas por um dos membros da equipe
multiprofissional, para verificar o cumprimento e o registro dos controles e avaliação da TNP.
4.1 Assegurar condições para o cumprimento das atribuições gerais da equipe e dos
profissionais da mesma , visando prioritariamente a qualidade e efetividade da TNP.
4.4 Padronizar indicadores de qualidade para a TNP, para aplicação pela EMTN. 4.5 Gerenciar
aspectos técnico-administrativos das atividades da TNP.
5.2. Zelar pelo cumprimento das diretrizes de qualidade estabelecidas nas BPPNP e BPANP.
5.4. Garantir que a qualidade dos procedimentos da TNP prevaleça sobre quaisquer outros
aspectos.
6.4 Orientar o paciente, os familiares ou o responsável legal, quanto aos riscos e benefícios do
procedimento.
43
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
7.2. Qualificar fornecedores e assegurar que a entrega dos produtos seja acompanhada de
certificado de análise emitido pelo fabricante.
7.5. Determinar o prazo de validade para cada Nutrição Parenteral padronizada, com base em
critérios rígidos de controle de qualidade.
7.6. Assegurar que os rótulos da Nutrição Parenteral apresentem, de maneira clara e precisa,
todos os dizeres exigidos no item 4.5.4.2.
7.13. Fazer o registro, que pode ser informatizado, onde conste no mínimo: a) data e hora de
preparação da NP. b) nome completo do paciente e número de registro quando houver. c)
número seqüencial da prescrição medica d) número de doses preparadas por prescrição e)
identificação (nome e registro) do médico e do manipulador
44
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
8.4. Proceder ou assegurar a punção venosa periférica, incluindo a inserção periférica central
(PICC)
8.6. Receber a Nutrição Parenteral da Farmácia e assegurar a sua conservação até a sua
completa administração.
8.13. Efetuar e/ou supervisionar a troca do curativo do catéter venoso, com base em
procedimentos preestabelecidos.
8.17. Assegurar que qualquer outra droga e /ou nutriente prescritos, não sejam infundidos na
mesma via de administração da Nutrição Parenteral, sem a autorização formal da EMTN.
45
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
ANEXO II
1. OBJETIVO
Este regulamento fixa os procedimentos de boas práticas que devem ser observados na
preparação (avaliação farmacêutica, manipulação, controle de qualidade, conservação e
transporte) da NP.
2. DEFINIÇÕES
2.5. Formulação Padronizada: Toda formulação para Nutrição Parenteral, sob prescrição
médica, cujos componentes são previamente estabelecidos, com estudos de estabilidade
realizados e prazo de validade definido, podendo ser empregado para diversos pacientes.
2.10. Preparação Extemporânea: Toda Nutrição Parenteral para início de uso em até 24 h após
sua preparação, sob prescrição médica, com formulação individualizada.
46
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
2.13. Sessão de Manipulação: tempo decorrido para uma ou mais manipulações da Nutrição
Parenteral, sob as mesmas condições de trabalho, por um mesmo manipulador, sem qualquer
interrupção do processo.
3. REFERÊNCIAS
3.1 ASHP technical assistance bulletin on quality assurance for pharmacy : prepared steril
products. Am. J. Hosp. Pharm. n. 50, p. 2386-2398, 1993.
3.3 BOAS práticas para fabricação de produtos farmacêuticos. Brasília : Ministério da Saúde,
1994.
3.5 BRASIL. Lei nº 8078, de 11de setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor. Diário
Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, v.128, n. 176, supl., p. 1, 12 set. 1990.
3.9 BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria nº 8, de 08 de maio de 1996 -NR 07. Altera Norma
Regulamentadora NR-7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Diário Oficial
[da República Federativa do Brasil], Brasília, v. 134, n. 91, p. 8202, 13 maio 1996.
3.11 CYTRYNBAUM, H. M. Relato prático da qualificação de uma área limpa : apostila. [S.l.] :
Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação, 1997.
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
3.13 LAVAR as mãos. 1º. reimp. Brasília : Ministério da Saúde, Centro de Documentação,
1989. (Série A: Normas e Manuais Técnicos).
3.15 SÃO PAULO. Secretaria do Estado da Saúde. Centro de Vigilância Sanitária. Portaria no 4
de 18/06/97, 3.16 STERIL drug products for home use. USP/NF. v. 23, n.1206, p. 1963-1975.
3.16 STERIL drug products for home use. USP/NF. v. 23. n.1206, p. 1963-1975
3.17 STERIL drug prosucts : general information. USP/NF. v. 23, n. 1206, p. 2782-2788,
second supplement.
4. CONSIDERAÇÕES GERAIS
A farmácia deve ser responsável pela qualidade das NP que manipula, conserva e transporta,
pois somente ela está em condições de evitar erros e acidentes mediante uma atenta vigilância
nos seus procedimentos.
É indispensável a efetiva inspeção durante todo o processo de preparação das NP, de modo a
garantir ao paciente a qualidade do produto a ser administrado.
4.1.1.1 Toda farmácia deve ter um organograma que demonstre possuir estrutura
organizacional e de pessoal suficiente para garantir que a NP por ela preparada esteja de
acordo com os requisitos deste Regulamento.
4.1.1.2 Toda farmácia deve contar com pessoal qualificado e em quantidade suficiente para o
desempenho de todas as tarefas pré-estabelecidas, para que todas as operações sejam
executadas corretamente.
4.1.2 Responsabilidade
48
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
e) garantir que seja realizado treinamento inicial e contínuo dos funcionários e que os mesmos
sejam adaptados conforme as necessidades.
4.1.3 Treinamento
4.1.3.1 Deve haver um programa de treinamento , com os respectivos registros, para todo o
pessoal envolvido nas atividades que podem afetar a qualidade da NP preparação, limpeza e
manutenção).
4.1.3.4 Visitantes e pessoas não treinadas não devem ter acesso às áreas de manipulação.
Sendo necessário, essas pessoas devem ser antecipadamente informadas sobre a conduta,
higiene pessoal e uso de vestimentas protetoras e devem ser acompanhadas por pessoal
autorizado.
4.1.4.1 A admissão dos funcionários deve ser precedida de exames médicos, sendo obrigatória
a realização de avaliações médicas periódicas dos funcionários diretamente envolvidos na
manipulação da NP, atendendo à NR n.º 7 - MT - Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional - PCMSO.
4.1.4.2 Os profissionais que fazem a inspeção visual devem ser submetidas a exame
oftalmológico periódico.
4.1.4.4 O acesso de pessoas às áreas de preparação da NP deve ser restrito aos funcionários
diretamente envolvidos.
4.1.4.6 Todos os funcionários devem ser orientados quanto às práticas de higiene pessoal.
49
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
4.1.4.7 Na área de manipulação não deve ser permitido o uso de cosméticos, jóias e relógios
de pulso, a fim de evitar contaminação por partículas.
4.1.4.8 Não é permitido conversar, fumar, comer, beber, mascar ou manter plantas, alimentos,
bebidas, fumo e medicamentos pessoais nas áreas de manipulação.
4.1.4.9 Todos os funcionários devem ser instruídos e incentivados a reportar aos seus
superiores imediatos quaisquer condições relativas ao ambiente, equipamento ou pessoal que
considerem prejudiciais à qualidade da NP.
4.1.4.11 Qualquer pessoa que evidencie condição inadequada de higiene ou vestuário, que
possa prejudicar a qualidade da NP, deve ser afastada de sua atividade até que tal condição
seja corrigida.
4.1.4.12 Vestuário
4.1.5.13 A colocação dos uniformes e calçados, bem como a higiene preparatória para entrada
nas áreas limpas devem ser realizadas em áreas especificamente designadas para vestiário e
seguir procedimento recomendado para evitar contaminação.
4.1.5.14 Os uniformes e calçados utilizados nas áreas limpas devem cobrir completamente o
corpo, constituindo barreira à liberação de partículas (respiração, tosse, espirro, suor, pele,
cabelo e cosméticos).
4.1.5.15 O tecido dos uniformes utilizados nas áreas limpas não deve liberar partículas ou
fibras e deve proteger quanto à liberação de partículas naturais do corpo.
4.1.5.17 O uniforme usado na área limpa, inclusive máscaras e luvas, deve ser esterilizado e
substituído a cada sessão de trabalho.
4.1.5.19 O processo de lavagem e esterilização dos uniformes deve ser validado e seguir
procedimentos escritos, que não danifiquem as fibras do tecido e evitem a contaminação
adicional de substâncias que possam se espalhar posteriormente.
4.1.5.20 Infra-estrutura física Para preparação de Nutrição Parenteral, a farmácia deve atender
aos requisitos quanto à estrutura deste Regulamento Técnico, e estar em conformidade com os
critérios de circulações internas e externas, de instalações prediais ordinárias e especiais, de
condições ambientais de conforto e de segurança.
50
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
4.2.1.1.4 Vestiários
4.2.1.2 Os ambientes devem ser protegidos contra a entrada de aves, animais, insetos,
roedores e poeiras.
4.2.1.3 Os ambientes devem possuir superfícies internas(pisos, paredes e teto) lisas, sem
rachaduras, resistentes aos saneantes, que não desprendam partículas e serem facilmente
laváveis.
4.2.1.5 Os ralos devem ser sifonados e fechados. Nota: Nas áreas de manipulação, limpeza e
higienização é vedada a existência de ralos.
4.2.1.7 A iluminação e ventilação devem ser suficientes para que a temperatura e a umidade
relativa não deteriorem os produtos farmacêuticos e correlatos, bem como a precisão e
funcionamento dos equipamentos.
4.2.1.8 Os vestiários, lavatórios e os sanitários devem ser de fácil acesso e suficientes para o
número de funcionários. Os sanitários não devem ter comunicação direta com as áreas de
manipulação e armazenamento.
4.2.1.9 As salas de descanso e refeitório devem ser separadas dos demais ambientes.
4.2.2.4 manipulação da NP em área limpa grau A ou B (classe 100) ou sob fluxo laminar,
circundada por grau C (classe 10.000).
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
4.2.2.6 Nas áreas de manipulação todas as superfícies devem ser revestidas de material
resistente aos agentes sanitizantes, lisas e impermeáveis para evitar acúmulo de partículas e
microorganismos, possuindo cantos arredondados.
4.2.2.7 Nas áreas de manipulação, não devem ser usadas portas corrediças e as portas devem
ser projetadas de modo a evitar superfícies que não possam ser limpas.
4.2.2.8 Os tetos rebaixados devem ser selados para evitar contaminação proveniente de
espaço acima dos mesmos.
4.2.2.9 As tubulações devem ser embutidas nas paredes nas áreas de manipulação e limpeza
e higienização.
4.2.3.1 Esta área deve ser contígua à área de manipulação da NP, e dotada de passagem de
dupla porta para a entrada de produtos farmacêuticos, correlatos e recipientes para
envasamento , em condições de segurança.
4.2.3.2 Deve dispor de meios e equipamentos para a limpeza prévia e inspeção dos produtos
farmacêuticos e correlatos, antes da sua entrada na área de manipulação.
4.2.5.1 Os vestiários devem ser sob a forma de câmaras fechadas, preferencialmente com dois
ambientes para mudança de roupa.
4.2.5.2 Devem ser ventilados, com ar filtrado com pressão inferior à da área de manipulação e
superior à área externa. As portas das câmaras devem possuir um sistema de travas e de
alerta visual e/ou auditivo para evitar a sua abertura simultânea.
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4.2.5.3 Lavatórios devem possuir torneiras ou comandos do tipo que dispensem o contato das
mãos para o fechamento da água. Junto ao lavatório deve existir provisão de sabão líquido ou
anti-séptico e recurso para secagem das mãos. 4.2.6 Área de Armazenamento
4.2.6.1 A área de armazenamento deve ter capacidade suficiente para assegurar a estocagem
ordenada das diversas categorias de produtos farmacêuticos, correlatos e materiais de
embalagem.
4.2.6.3 Deve ser providenciada área segregada para estocagem de produtos farmacêuticos,
correlatos, materiais de embalagem e NP reprovados, recolhidos ou devolvidos.
4.2.7.2 Deve ter espaço e condições suficientes para as atividades de inspeção final e
acondicionamento da NP para transporte.
4.2.7.3 Não havendo área específica, a avaliação da prescrição médica pode ser realizada
nesta área, desde que apresente uma organização compatível com as atividades realizadas.
4.3.1.2 A estrutura dos equipamentos deve visar a minimização dos riscos de erro e permitir
que os mesmos sejam efetivamente limpos e assim mantidos para que seja evitada a
contaminação cruzada, o acúmulo de poeiras e sujeira e, de modo geral, qualquer efeito
adverso sobre a qualidade da NP.
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4.3.2.2 A calibração dos equipamentos só deve ser executada por pessoal capacitado,
utilizando padrões rastreáveis à Rede Brasileira de Calibração, com procedimentos
reconhecidos oficialmente, no mínimo uma vez ao ano.
4.3.2.3 Em função da freqüência de uso do equipamento e dos registros das verificações dos
mesmos, deve ser estabelecida a periodicidade da calibração.
4.3.2.4. A verificação dos equipamentos deve ser feita por pessoal treinado, empregando
procedimentos escritos, com orientação específica e limites de tolerância definidos.
4.3.2.6 As etiquetas com datas referentes à última e à próxima calibração devem estar afixadas
no equipamento.
4.3.3 Manutenção
4.3.4.2 Os produtos usados na limpeza e desinfecção não devem contaminar com substâncias
tóxicas, químicas, voláteis e corrosivas as instalações e os equipamentos de manipulação.
4.3.4.3 A água para preparação do álcool a 70% deve atender às especificações de "água para
injetáveis".
4.3.4.6 Antes do início do trabalho de manipulação deve ser verificada a condição de limpeza
dos equipamentos e os respectivos registros.
4.3.4.7 É recomendável que o sistema de filtração de ar do fluxo laminar não seja desligado ao
término do trabalho, a menos que, após a sua parada, seja providenciada a limpeza e
desinfecção do gabinete, devendo o equipamento permanecer ligado por um período de, no
mínimo, 1 hora antes do início do trabalho de manipulação.
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4.3.5 Mobiliário
4.3.5.2 O mobiliário deve ser construído de material liso, impermeável, facilmente lavável e que
não libere partículas e que seja passível de desinfecção pelos agentes normalmente utilizados
4.4 MATERIAIS
Para efeito desta norma, inclui-se no item materiais: produtos farmacêuticos, correlatos,
materiais de embalagem e germicidas (anti-sépticos e desinfetantes) empregados no processo
de preparação da NP.
4.4.1 Aquisição
4.4.1.3 Os materiais devem ser adquiridos somente de fornecedores qualificados quanto aos
critérios de qualidade e, preferencialmente, diretamente do produtor.
4.4.1.6 os materiais devem ter registro ou serem declarados isentos de registro pelo Ministério
da Saúde.
4.4.1.10 A quantidade adquirida dos materiais deve levar em consideração o consumo médio, o
prazo de validade dos mesmos e a capacidade da área de estocagem nas condições exigidas.
4.4.2.1 O recebimento dos materiais deve ser realizado por pessoa treinada e com
conhecimentos específicos sobre os materiais e fornecedores.
55
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4.4.2.3 Qualquer divergência ou qualquer outro problema que possa afetar a qualidade do
produto deve ser analisada pelo farmacêutico para orientar a devida disposição.
4.4.2.4 Se uma única remessa de material contiver lotes distintos, cada lote deve ser levado
em consideração separadamente para inspeção e liberação.
4.4.2.5 Cada lote de produto farmacêutico e correlato deve ser acompanhado do respectivo
certificado de análise.
4.4.3 Armazenamento
4.4.3.1 Todos os materiais devem ser armazenados sob condições apropriadas, de modo a
preservar a identidade e integridade dos mesmos, e de forma ordenada, para que possa ser
feita a separação dos lotes e a rotação do estoque, obedecendo à regra: primeiro que entra,
primeiro que sai.
4.4.3.2 Os materiais devem ser estocados em locais identificados, de modo a facilitar a sua
localização para uso, sem riscos de troca.
4.5.1.1 Cada prescrição médica deve ser avaliada quanto à viabilidade e compatibilidade dos
componentes entre si e suas concentrações máximas, antes da sua manipulação.
4.5.1.2 Deve ser verificada a legibilidade da assinatura do médico e seu número de registro no
CRM.
4.5.1.3 Com base nos dados da prescrição, devem ser realizados e registrados os cálculos
necessários para a manipulação da formulação (peso, parâmetros dos componentes etc.).
4.5.2.3 Devem ser verificados o cumprimento dos procedimentos de limpeza e desinfecção das
áreas, instalações, equipamentos e materiais empregados na manipulação da NP.
4.5.3.1 Devem existir procedimentos operacionais escritos para todas as etapas do processo
de manipulação.
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4.5.3.3 Deve ser efetuado o registro do número seqüencial de controle de cada um dos
produtos farmacêuticos e correlatos utilizados na manipulação de NP, indicando inclusive os
seus fabricantes.
4.5.3.4 O transporte dos materiais limpos e desinfetados para a sala de manipulação deve ser
efetuado em bandejas ou carrinhos de aço inox através de câmara com dupla porta (pass-
through).
4.5.3.7 Devem existir registros das operações de limpeza e desinfecção dos equipamentos
empregados na manipulação.
4.5.3.9 O procedimento de lavagem das mãos e antebraços deve ser validado e verificado
sistematicamente.
4.5.3.10 Deve ser assegurado que as luvas estéreis sejam trocadas a cada 2 horas de trabalho
de manipulação, e sempre que sua integridade estiver comprometida.
4.5.3.13 O envasamento da NP deve ser feito em recipiente que atenda os requisitos deste
regulamento e garanta a estabilidade físico-quimica e microbiológica da NP.
4.5.4.2 Toda NP deve apresentar rótulo com as seguintes informações: nome do paciente, n.º
do leito e registro hospitalar, composição qualitativa e quantitativa de todos os componentes,
osmolaridade, volume total, velocidade da infusão, via de acesso, data e hora da manipulação,
prazo de validade, número seqüencial de controle e condições de temperatura para
conservação e transporte, nome e CRF do farmacêutico responsável.
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4.5.5.1 Toda NP deve ser conservada sob refrigeração, em geladeira exclusiva para
medicamentos, com temperatura de 2ºC a 8ºC.
4.6.1.1 A Garantia da Qualidade tem como objetivo assegurar que os produtos e serviços
estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos.
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4.6.2.1 O Controle de Qualidade deve avaliar todos os aspectos relativos aos produtos
farmacêuticos, correlatos, materiais de embalagem, NP, procedimentos de limpeza, higiene e
sanitização, conservação e transporte da NP, de modo a garantir que suas especificações e
critérios estabelecidos por este regulamento estejam atendidos.
4.6.2.7 A NP pronta para uso deve ser submetida aos seguintes controles:
a) inspeção visual em 100% das amostras, para assegurar a integridade física da embalagem,
ausência de partículas, precipitações e separação de fases.
4.6.2.9 As amostras para contraprova de cada NP preparada, devem ser conservadas sob
refrigeração (2ºC a 8ºC) durante 7 dias após o seu prazo de validade.
4.6.2.11 Todas as avaliações exigidas nos itens 4.6.2.1 à 4.6.2.7 devem ser devidamente
registradas.
4.6.3 Validação
4.6.3.1 O procedimento de manipulação asséptica deve ser validado para garantir a obtenção
da NP estéril e com qualidade aceitável.
4.6.3.2 A validação deve seguir procedimento escrito que inclua a avaliação da técnica
adotada, através de um procedimento simulado.
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4.6.3.4 A validação do procedimento de manipulação deve ser realizada antes do efetivo início
das atividades de uma farmácia. Sempre que houver qualquer alteração nas condições
validadas conforme item 4.6.3.3., o procedimento deve ser revalidado.
4.6.3.5 É recomendado que, para cada manipulador, a validação técnica seja concluída com
sucesso antes da sua liberação para a rotina de manipulação.
4.6.4.1 Toda NP deve apresentar no rótulo um apropriado prazo de validade com indicação das
condições para sua conservação.
4.6.4.3 Fontes de informações sobre a estabilidad e físico-química das drogas deve incluir:
referências de compêndios oficiais, recomendações dos fabricantes dos mesmos e pesquisas
publicadas.
4.6.4.4 Na interpretação das informações sobre a estabilidade das drogas devem ser
considerados todos os aspectos de acondicionamento e conservação.
4.6.4.5 Os estudos de estabilidade devem ser realizados de acordo com, uma programação
escrita que abranja:
a) Descrição completa da NP
4.6.5 Reclamações
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4.6.5.5 A EMTN, com base nas conclusões da investigação, deve prestar esclarecimentos por
escrito ao reclamante.
4.6.5.6 Em caso de não ser necessária a investigação, o registro deve incluir a razão pela qual
a investigação foi considerada desnecessária.
4.6.6 Documentação
4.6.7 Inspeções
4.6.7.3 Auditorias internas devem ser realizadas periodicamente na Farmácia, para verificar o
cumprimento das BPPNP e suas conclusões devidamente documentadas e arquivadas.
4.6.7.4 Com base nas conclusões das Inspeções Sanitárias e auditorias internas devem ser
estabelecidas as ações corretivas necessárias para o aprimoramento da qualidade da Terapia
de Nutrição Parenteral.
ANEXO III
1. Objetivo:
Este regulamento técnico fixa os requisitos mínimos relativos aos aspectos físicos, químicos e
biológicos dos recipientes para envase da Nutrição Parenteral (NP).
2. Definições:
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2.1 Alça de sustentação: Alça localizada na extremidade oposta aos tubos de transferência ou
de conexão.
2.2 Embalagem primária: recipiente de plástico ou vidro com tampa de elastômero, empregado
para o envasamento da NP.
2.6 Prazo de Validade: Tempo (em meses ou anos) durante o qual o recipiente mantém-se
dentro dos limites especificados e com as mesmas propriedades e características que possuía
quando da época da sua fabricação.
3. Referências:
4. Considerações Gerais:
4.1. Os recipientes para envase de Nutrição Parenteral (NP) podem ser de vidro e/ou plástico,
desde que atendam aos requisitos estabelecidos neste Regulamento.
4.1.1. Os recipientes de vidro para envase da NP devem atender aos requisitos estabelecidos
na Portaria SVS-MS n.º 500/97.
4.1.2. Os recipientes plásticos para envase da NP devem ser transparentes, sem pigmentos ou
corantes, flexíveis, atóxicos, estéreis, apirogênicos, resistentes a vazamento, queda e pressão
e compatíveis com a NP sob condições normais de estocagem.
4.2. O plástico utilizado para fabricação do recipiente deve ser o poli(etileno-acetato de vinila) -
EVA, ou outros que venham a ser aprovados pelo Ministério da Saúde.
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4.2.1. Os recipientes plásticos devem ser estáveis, biológica, química e fisicamente em relação
ao seu conteúdo durante a validade da NP e não devem permitir a entrada de
microorganismos.
4.2.2. Os recipientes plásticos não devem liberar substâncias acima dos limites especificados,
para os testes propostos.
4.2.3. Os recipientes plásticos devem apresentar impresso o número de lote, que permita o
rastreamento das matérias-primas, processo e componentes utilizados na sua fabricação.
4.2.4. Cada lote de recipiente fornecido deve ser acompanhado do respectivo Certificado de
Análise emitido pelo fabricante, comprovando o atendimento às especificações deste
Regulamento.
4.2.5.O recipiente plástico deve ser compatível com o agente esterilizante empregado e não
apresentar resíduos do processo de esterilização, conforme norma específica.
4.2.6. O projeto do recipiente plástico deve ser tal que assegure a manipulação, conservação,
transporte e administração da NP, sem influir na sua preservação e sem risco de contaminação
por microorganismos.
4.2.7.1. Tubo com conexão para adição de produtos farmacêuticos apresentando um conector
para equipo de transferência, com protetor e pinça corta-fluxo irreversível.
4.2.7.2. Tubo apresentando um conector , que permita a conexão do equipo de infusão com
segurança, também de vazamento, durante a administração da NP, à prova de violação e
fabricado de tal modo que, qualquer tentativa de manipulação seja facilmente identificada.
4.2.7.3 Tubo com conexão para adição suplementar de medicamentos apresentando conector
protegido à prova de violação e deve ser dotado de elastômero auto-cicatrizante, usado apenas
de acordo com o item 5.6.4 do Regulamento Técnico.
4.2.8. O recipiente plástico deve ter alça de sustentação que não interfira na sua utilização e
resistência suficiente para suportar o seu peso nominal durante todo o período de utilização.
4.2.9 O local de etiquetagem deve deixar parte do recipiente visível e livre de marcações, para
permitir a inspeção final do produto.
4.2.11. O recipiente plástico deve apresentar invólucro protetor que permita a sua esterilização
e garanta a manutenção da esterilidade do recipiente durante todo o prazo de validade e nas
condições recomendadas pelo fabricante.
5. Condições Específicas:
63
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5.1.1. Controle visual: os recipientes plásticos devem ser observados quanto ao seu aspecto
geral, não devendo apresentar:
c) partículas estranhas.
5.1.2.Distribuição do material:
O recipiente plástico deve apresentar espessura uniforme e que comprovadamente sirva como
barreira física à penetração de microorganismos e perdas excessivas de vapor d'água.
5.1.3. Transparência:
O recipiente plástico deve ter uma transparência que possibilite a verificação, contra a luz, dos
aspectos de limpidez da NP nele envasados, permitindo a observação de partículas, turbidez e
mudança da cor.
5.1.4. Firmeza e estanqueidade das conexões: As conexões do recipiente plástico cheio com
os equipos deve garantir uma perfeita conexão de modo que não haja vazamento e que os
equipos permaneçam perfeitamente conectados, quando sustentados e submetidos à tração.
5.1.8. Soldagem dos tubos de conexões com o recipiente: Os pontos de junção dos tubos com
o recipiente contendo a NP não devem apresentar vazamento quando submetido à pressão de
20kPa, durante 15 segundos.
5.2. Requisitos Químicos : O recipiente plástico para envase da NP deve atender aos requisitos
da Farmacopéia Européia: 3a Edição - 1997. Nota: O recipiente plástico de cloreto de polivinila
(PVC) não pode ser utilizado para envase da NP, contendo ou não lipídeos em sua
composição.
5.3.2. Toxicidade: O recipiente plástico não deve liberar para a NP nele contida, substâncias
capazes de exercerem efeitos tóxicos. Os componentes de tintas de impressão não devem
atravessar as paredes do recipiente.
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5.3.3. Substâncias Pirogênicas: O recipiente plástico não deve liberar, para a NP nele contida,
substâncias capazes de exercerem efeitos pirogênicos.
Para os ensaios físicos dos recipientes plásticos para envase da NP deve ser adotada a
metodologia descrita no anexo E da Portaria SVS/MS n.º 500/97 para os itens correspondentes
aos requisitos físicos indicados neste Regulamento.
6.2. Ensaios Químicos: Para os ensaios químicos dos recipientes plásticos para envase de NP
deve ser adotada a metodologia descrita na Farmacopéia Européia: 3a Ed. 1.997.
Para os ensaios biológicos deve ser adotada a metodologia descrita no anexo M da Portaria
SVS-MS n.º 500/97, para os itens correspondentes aos requisitos biológicos indicados neste
Regulamento.
7. Aceitação e Rejeição:
Os recipientes plásticos devem ser aceitos desde que atendam às exigências deste
Regulamento. Caso contrário, devem ser rejeitados.
ANEXO IV
1. Objetivo
2. Definições
2.3 Local de manuseio da NP: bancada, balcão ou mesa utilizada para o manuseio da Nutrição
Parenteral antes de sua administração, localizada em área compatível com as condições de
higiene e assepsia necessárias à manutenção da qualidade da NP.
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3. Referências
3.1 Ministério da Saúde. Portaria Ministerial no 930/92 Normas para Controle de Infecções
Hospitalares. Brasília. Centro de Documentação 1.988.
3.4 Stier, C.J.N - Rotinas em Controle de Infecção Hospitalar - Ed. Netsul - Curitiba - 1.995.
3.5 Lei n.º 7498, de 25 de Junho de 1.986, regulamentada pelo Decreto-Lei n.º 94.406, de 08
de Junho de 1.987.
4. Considerações Gerais
4.1.2 Responsabilidade
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4.1.3 Treinamento
4.1.4.1 A admissão dos funcionários deve ser precedida de exames médicos, sendo obrigatório
a realização de avaliações periódicas, conforme estabelecido na NR n.º 7 do Ministério do
Trabalho.
4.1.4.3- A equipe de enfermagem deve atender a um alto nível de higiene sendo orientados
para a correta lavagem das mãos e retirada de jóias e relógios antes de operacionalizar a
administração da NP.
4.1.4.4 Todos os funcionários devem ser instruídos e incentivados a reportar aos seus
superiores imediatos quaisquer condições relativas ao ambiente, equipamento ou pessoal que
considerem prejudiciais à qualidade da NP.
4.1.4.5 Qualquer pessoa que evidencie condição inadequada de higiene ou vestuário que
possa prejudicar a qualidade da NP, deve ser afastada de sua atividade até que tal condição
seja corrigida.
4.1.4.6 A conduta da equipe de enfermagem deve ser pautada pelos preceitos éticos em
relação a sua atividade profissional, bem como ao paciente e sua família.
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5. Equipamentos e Materiais
5.1 A utilização de bombas infusoras deve ser efetuada por profissional devidamente treinado.
5.3 As bombas infusoras devem ser periodicamente limpas e desinfetadas conforme instrução
escrita estabelecida pela Comissão/Serviço de Controle de Infecção Hospitalar ( CCIH /SCIH).
5.4 Antes do início da sua utilização, as bombas infusoras devem ser cuidadosamente
verificadas quanto às suas condições de limpeza e funcionamento.
5.5 Devem existir registros das operações de limpeza, desinfecção, calibração e manutenção
das bombas infusoras.
6. Operacionalização da Administração
6.1.1 Orientar o paciente e sua família quanto à: a) Terapia, seus objetivos e riscos,
ressaltando a importância da participação dos mesmos durante todo o processo. b) Via de
administração da NP, técnica de inserção do catéter e as possíveis intercorrências que possam
advir, enfatizando que a comunicação destas imediatamente à equipe de enfermagem,
possibilita que as providências sejam tomadas em tempo hábil.
NOTA: O acesso intravenoso de localização central por inserção periférica (PICC) deve ser
realizado de preferência no Centro Cirúrgico, utilizando-se técnica asséptica e material estéril,
obedecendo-se a procedimento estabelecido em consonância com a CCIH/SCIH.
6.1.5 O Enfermeiro deve assessorar o médico na instalação do acesso intravenoso central, que
deve ser realizado de preferência no Centro Cirúrgico, utilizando-se técnica asséptica e
material estéril, obedecendo-se a procedimento estabelecido em consonância com a
CCIH/SCIH.
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
6.2.1 O local utilizado no manuseio da NP, deve ser revestido de material liso e impermeável,
para evitar o acúmulo de partículas e microorganismos e ser resistente aos agentes
sanitizantes.
6.2.2 O local de manuseio da NP deve estar organizado e livre de qualquer outra medicação e
material estranhos à NP.
6.2.3 A área ao redor do local de manuseio da NP deve ser mantida em rigorosas condições de
higiene.
6.3 Recebimento da NP
6.4 Conservação da NP
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6.4.1 Toda NP deve ser mantida sob refrigeração em geladeira exclusiva para medicamentos,
mantendo-se a temperatura entre 2ºC e 8ºC.
6.4.2 A geladeira utilizada para conservação da NP deve ser limpa, conforme procedimentos
estabelecida pela CCIH/SCIH.
6.5. Administração da NP
6.5.1 Retirar a NP da geladeira com antecedência necessária para que a mesma atinja a
temperatura ambiente, recomendada para a sua administração.
6.5.3 Conferir no rótulo o nome do paciente, número do leito e registro hospitalar, data e hora
da manipulação, composição, osmolaridade e volume total, velocidade de infusão e prazo de
validade.
6.5.4 Proceder à correta lavagem das mãos, retirando jóias e relógio, antes de prosseguir na
operacionalização da administração da NP.
6.5.7 Evitar a exposição da NP à incidência direta de luz. Nota: Cuidado especial deve ser
observado quando a NP for administrada à recém - nascido submetido à fototerapia.
6.5.10 Recomenda-se a utilização de filtros na linha de infusão da NP, para maior segurança
do procedimento.
6.5.12 Proceder à anti-sepsia das conexões do catéter na troca do equipo, solução indicada
pela CCHI/SCIH.
6.5.14 Garantir que a via de acesso da NP seja mantida, conforme prescrição médica ou rotina
preestabelecida pelo serviço, no caso de ocorrer descontinuidade na administração.
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
6.6.2 Adotar medidas de higiene e conforto que proporcione bem estar ao paciente,
estimulando o banho diário, higiene oral, mudança de decúbito com freqüência ou
deambulação.
6.6.4 Pesar diariamente o paciente, sempre que possível, preferencialmente no mesmo horário
e na mesma balança e com o mesmo tipo de vestimenta.
6.6.5 Verificar os sinais vitais, conforme prescrição ou rotina preestabelecida pelo serviço.
6.6.8 O Enfermeiro deve assegurar a realização dos exames clínicos e laboratoriais solicitados,
atendendo rigorosamente tempo e prazo.
6.7 Registros
6.8 Inspeções
6.8.3 Auditorias Internas devem ser realizadas periodicamente para avaliar as atividades de
administração da NP, verificar o cumprimento das BPANP e suas conclusões documentadas e
arquivadas.
6.8.4 Com base nas conclusões das Inspeções Sanitárias e Auditorias Internas, devem ser
estabelecidas as ações corretivas necessárias para o aprimoramento da qualidade da TNP.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária no uso de sua atribuição que
lhe confere o art. 11, inciso IV, do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto 3.029, de
16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “b”, §1º do Regimento Interno aprovado pela
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
considerando as disposições constitucionais e a Lei Federal nº 8080, de 19/09/90 que trata das
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, como direito fundamental do
ser humano;
considerando os riscos inerentes à Terapia Antineoplásica a que fica exposto o paciente que se
submete a tais procedimentos; considerando a necessidade de atendimento adequado e
imediato ao paciente que se submete ao procedimento de Terapia Antineoplásica, adotou a
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua
publicação:
Art. 4º Estabelecer que a construção reforma ou adaptação na estrutura física dos Serviços de
Terapia Antineoplásica deve ser precedida de aprovação do projeto junto à autoridade sanitária
local em conformidade com a RDC/ANVISA nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, e suas
atualizações ou instrumento legal que venha a substituí-la.
ANEXO I
1. Histórico
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
2. Objetivo
2.1. Este Regulamento Técnico fixa os requisitos mínimos exigidos para o funcionamento dos
Serviços de Terapia Antineoplásica (STA).
3. Abrangência
3.1. Esta norma é aplicável a todos os estabelecimentos públicos e privados do país que
realizam atividades de Terapia Antineoplásica (TA).
4. Definições
4.2. Acidente Pessoal em Terapia Antineoplásica: contaminação pessoal gerada por contato ou
inalação dos medicamentos da terapia antineoplásica em qualquer das etapas do processo.
4.5. Equipamento de proteção individual (EPI): dispositivo ou produto de uso individual utilizado
pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a
saúde no trabalho.
4.7. Evento Adverso Grave: qualquer ocorrência clínica desfavorável que resulte em morte,
risco de morte, hospitalização ou prolongamento de uma hospitalização preexistente,
incapacidade significante, persistente ou permanente, ou ocorrência clínica significativa.
4.9. Serviço de Terapia Antineoplásica (STA): serviço de saúde composto por equipe
multiprofissional especializada na atenção à saúde de pacientes oncológicos que necessitem
de tratamento medicamentoso.
5. Condições Gerais
5.1.3. Transporte.
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5.1.4. Administração.
.1.5. Descarte.
5.2.1. Alvará Sanitário atualizado, expedido pelo órgão sanitário competente, conforme
estabelecido na Lei Federal nº 6437, de 20/08/77, suas atualizações ou outro instrumento legal
que venha substituí-la.
5.2.3.1. Nos STA que atendam somente pacientes com doenças Hemolinfopoiéticas, o
responsável técnico deve ser habilitado em hematologia, com titulação reconhecida pelo CFM.
5.2.3.2. Nos STA que atendam, somente, crianças e adolescentes, o responsável técnico deve
ser habilitado em Cancerologia Pediátrica, com titulação reconhecida pelo CFM.
5.2.7. Farmacêutico responsável técnico pelas atividades de farmácia, com registro no CRF,
podendo ser este profissional vinculado à Farmácia contratada.
5.3. A admissão de funcionários deve ser precedida de exames médicos, sendo obrigatória,
também, a realização de avaliações periódicas, conforme estabelecido pela NR nº 7 do
Ministério do Trabalho - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO - MT,
suas atualizações, ou outro instrumento legal que venha substituí-la.
5.4. O STA deve contar com Farmácia para a preparação de medicamentos para TA, que
atenda às Boas Práticas de Preparação da TA (Anexo III).
5.4.2. Produtos manipulados para utilização em até 48h, do início da preparação até o término
de sua administração, devem atender as disposições estabelecidas neste regulamento, de
maneira a reduzir o risco de contaminação inerente ao procedimento.
5.4.3. Produtos manipulados para utilização em período que ultrapasse 48 horas, do início da
preparação até o término de sua administração, além das disposições contidas neste
Regulamento Técnico, devem atender às exigências da RDC/ANVISA nº 33, de 25/02/2000
5.4.3...RDC/ANVISA nº 33, de 19/04/2000, suas atualizações ou outro instrumento legal que
venha substitui-la.(Retificado pelo DOU Nº 41, de 02.03.2005, seção 1, pág. 57)
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
5.5. O STA pode contratar Farmácia para o fornecimento de preparações para TA, desde que
estas atendam as disposições contidas neste Regulamento Técnico e as exigências da
RDC/ANVISA nº 33, de 25/02/2000 RDC/ANVISA nº 33, de 19/04/2000, suas atualizações ou
outro instrumento legal que venha substitui-la. (Retificado pelo DOU Nº 41, de 02.03.2005,
seção 1, pág. 57)
5.5.1. A Farmácia contratada deve possuir Alvará Sanitário atualizado, expedido pelo órgão
sanitário competente, conforme estabelecido na Lei Federal nº 6437, de 20/08/77, suas
atualizações ou outro instrumento legal que venha substituí-la.
6.1. Todos os medicamentos, produtos farmacêuticos e produtos para a saúde utilizados pelo
STA devem estar regularizados junto a ANVISA/MS, conforme legislação vigente.
6.2. A EMTA deve definir especificação técnica detalhada de todos os medicamentos, produtos
farmacêuticos e produtos para a saúde necessários à TA, de modo a garantir que a aquisição
atenda corretamente aos padrões de qualidade estabelecidos.
6.3. Os medicamentos, produtos farmacêuticos e produtos para a saúde devem ser adquiridos
somente de fornecedores qualificados quanto aos critérios de qualidade.
6.4. Todos os medicamentos, produtos farmacêuticos e produtos para a saúde devem ser
submetidos à verificação de recebimento documentada, observando a integridade da
embalagem, a correspondência entre o pedido, a nota de entrega e os rótulos do material
recebido.
6.4.1. Deve ser avaliada qualquer divergência que possa afetar a qualidade do produto.
6.4.2. Quando uma única remessa de medicamentos, produtos farmacêuticos e produtos para
a saúde contiver lotes distintos, cada lote deve ser levado em consideração separadamente
para inspeção e liberação.
6.5. Todos os medicamentos destinados a TA devem ser separados dos demais, armazenados
sob condições apropriadas, de modo a preservar a identidade e integridade dos mesmos.
6.5.1. No caso de medicamentos que exijam condições especiais de temperatura, deve existir
registro e controle de temperatura que comprovem o atendimento as exigências.
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
7. Infra Estrutura
7.1. A infra-estrutura física deve atender aos requisitos contidos na RDC/ANVISA nº 50, de
21/02/2002, suas atualizações, ou outro instrumento legal que venha substituí-la.
7.2. Quando o STA contar com Farmácia própria, esta deve atender os seguintes requisitos
mínimos:
7.2.1 Área destinada a paramentação: provida de lavatório para higienização das mãos.
7.2.2. Sala exclusiva para preparação de medicamentos para TA, com área mínima de 5
(cinco) m2 por cabine de segurança biológica.
7.2.2.1. Cabine de Segurança Biológica (CSB) Classe II B2 que deve ser instalada seguindo as
orientações contidas na RDC/ANVISA n.°50, de 21/02/2002.
7.3.1. Deve existir registro por escrito das manutenções preventivas e corretivas realizadas.
7.3.2. As etiquetas com datas referentes à última e à próxima verificação devem estar afixadas
nos equipamentos.
7.4. A CSB deve ser validada com periodicidade semestral e sempre que houver
movimentação ou reparos, por pessoal treinado, e o processo registrado.
7.5. O STA deve dispor para atendimento de emergência médica, no próprio local ou em área
contígua e de fácil acesso, e em plenas condições de funcionamento, no mínimo, os seguintes
materiais e equipamentos:
a) Eletrocardiógrafo
d) Medicamentos de emergência
e) Ponto de oxigênio
8. Limpeza e Desinfecção
76
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
8.2. Os saneantes e os produtos usados nos processos de limpeza e desinfecção devem ser
utilizados segundo as especificações do fabricante e estar regularizados junto a ANVISA/MS,
de acordo com a legislação vigente.
9. Descarte de Resíduos
10.1. Todo STA deve implantar e implementar ações de Prevenção e Controle de Infecção e
Eventos Adversos (PCIEA), subsidiado pela Portaria GM/MS n. º 2616, de 12/05/1998, suas
atualizações ou outro instrumento legal que venha a substituí-la.
10.1.1. As ações de PCIEA devem ser elaboradas com a participação dos profissionais do STA
sob a responsabilidade do médico ou enfermeiro do serviço.
10.2. O STA terá um prazo de trezentos e sessenta e cinco (365) dias para adequar-se aos
requisitos deste Regulamento Técnico.
ANEXO II
ATRIBUIÇÕES GERAIS
2.1. Assegurar condições para o cumprimento das atribuições gerais da equipe, constante
neste Regulamento Técnico;
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
ANEXO III
1. Considerações Gerais
2. Organização e Pessoal
2.3. O acesso à sala de preparo da TA deve ser restrito aos profissionais diretamente
envolvidos.
3. Funcionamento da CSB
3.1. A CSB deve estar em funcionamento no mínimo por 30 minutos antes do início do trabalho
de manipulação e permanecer ligada por 30 minutos após a conclusão do trabalho
4.1. Luvas (tipo cirúrgica) de látex, punho longo, sem talco e estéreis;
4.2. Avental longo ou macacão de uso restrito a área de preparação, com baixa liberação de
partículas, baixa permeabilidade, frente fechada, com mangas longas e punho elástico;
5.1. Deve existir procedimento operacional escrito para todas as etapas do processo de
preparação.
78
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
5.3.1. Deve ser efetuado o registro do número seqüencial de controle de cada um dos produtos
utilizados na manipulação dos medicamentos da TA, indicando inclusive os seus fabricantes.
5.3.3. Todos os produtos e recipientes devem ser limpos e desinfetados antes da entrada na
sala de preparo da TA.
5.3.4. O transporte interno dos materiais limpos e desinfetados para a sala de preparo deve ser
efetuado de maneira a preservar o material e o ambiente.
5.3.5. Durante o processo de manipulação, devem ser usados dois pares de luvas estéreis,
trocados a cada hora ou sempre que sua integridade estiver comprometida.
5.3.6. Deve ser conferida a identificação do paciente e sua correspondência com a formulação
prescrita, antes, durante e após a manipulação da TA.
5.3.7. Deve ser feita a inspeção visual do produto final, observando a existência de perfurações
e/ou vazamentos, corpos estranhos ou precipitações na solução.
5.4.2. Toda TA deve apresentar rótulo com as seguintes informações: nome do paciente, n.º do
leito e registro hospitalar (se for o caso), composição qualitativa e quantitativa de todos os
componentes, volume total, data e hora da manipulação, cuidados na administração, prazo de
validade, condições de temperatura para conservação e transporte, identificação do
responsável pela manipulação, com o registro do conselho profissional.
5.4.4. Toda TA deve apresentar no rótulo prazo de validade e indicação das condições para
sua conservação.
5.4.4.2. Todas as fontes de informações sobre a estabilidade físico-química das drogas devem
estar baseadas em referências de compêndios oficiais, recomendações dos fabricantes e
pesquisas publicadas.
6. Conservação e Transporte
6.1. Toda TA deve ser conservada e transportada em temperatura que garanta estabilidade
físico-química.
79
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
7.1. O Controle da Qualidade deve avaliar todos os aspectos relativos aos produtos
farmacêuticos, produtos para a saúde, materiais de embalagem, procedimentos de limpeza,
desinfecção, conservação e transporte da TA, garantindo as especificações e critérios
estabelecidos por este Regulamento Técnico.
7.3. A TA pronta para uso deve ser submetida aos seguintes controles:
7.3.1. Inspeção visual em 100% das amostras, para assegurar a integridade física da
embalagem, ausência de partículas, precipitações e separação de fases.
8. Garantia da Qualidade
8.1. O STA deve possuir um Sistema de Garantia da Qualidade (SGQ) que incorpore as
BPPTA e um efetivo controle de qualidade documentado e monitorado.
9. Queixa Técnica
9.3. Todas as etapas do processo investigativo e as ações corretivas implantadas devem ser
registradas.
9.4. A EMTA, com base nas conclusões da investigação, deve prestar esclarecimentos por
escrito ao notificador.
80
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
ANEXO IV
1. Considerações Gerais
1.1. As BPATA estabelecem os critérios a serem seguidos pelos STA na administração da TA,
a nível hospitalar, ambulatorial ou domiciliar.
2. Organização e Pessoal
2.1. O STA deve contar com um quadro de pessoal de enfermagem, qualificado e que permita
atender aos requisitos deste Regulamento Técnico.
2.5. Devem ser utilizadas luvas de procedimentos e aventais durante a administração da TA.
3. Operacionalização da Administração
3.3. Deve ser feita avaliação da prescrição médica, observando adequação da mesma aos
protocolos estabelecidos pela EMTA.
3.4. A prescrição médica deve ser avaliada pelo enfermeiro quanto à viabilidade, interações
medicamentosas, medicamentos adjuvantes e de suporte, antes da sua administração.
3.5. Deve ser conferida a identificação do paciente e sua correspondência com a formulação
prescrita, antes da sua administração.
3.9. Deve haver no prontuário o registro dos eventos adversos à administração, da ocorrência
de extravasamentos e da evolução de enfermagem dos pacientes submetidos à TA.
81
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
ANEXO V
BIOSSEGURANÇA
1. Considerações gerais
1.1. O STA deve manter um “Kit” de Derramamento identificado e disponível em todas as áreas
onde são realizadas atividades de manipulação, armazenamento, administração e transporte.
1.2. Devem existir normas e rotinas escritas, revisadas anualmente, para a utilização da Cabine
de Segurança Biológica (CSB) e dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
1.3.1. Quando do manuseio de excretas dos pacientes que receberam TA nas últimas 48 horas
os funcionários devem vestir aventais e luvas de procedimento.
1.3.2. Acondicionar as roupas contaminadas com excretas e fluidos corporais do paciente para
encaminhamento à lavanderia, segundo Norma da ABNT NBR - 7.500 - Símbolos de Risco e
Manuseio para o Transporte e Armazenamento de Material, de março de 2000.
1.4.2. Pessoal:
1.4.2.2. As áreas da pele atingidas devem ser lavadas com água e sabão.
4.2.3. Quando da contaminação dos olhos ou outras mucosas lavar com água ou solução
isotônica em abundância, providenciar acompanhamento médico.
1.4.3. Na Cabine:
1.4.3.2. Em caso de contaminação direta da superfície do filtro HEPA, a cabine deverá ser
isolada até a substituição do filtro.
1.4.4. Ambiental:
1.4.4.2. A área do derramamento, após identificação e restrição de acesso, deve ser limitada
com compressas absorventes.
82
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
ANEXO VI
1.1. ASHP Guidelines on Quality Assurance for Pharmacy-Prepared Sterile Products. Am. J.
Hosp. Pharm. 2000:57: 1150-69.
1.2. ASHP Guidelines on Preventing Medication Errors with Antineoplastic Agents, American
Journal of Health-System Pharmacy, AMERICAN SOCIETY OF HOSPITAL PHARMACISTS.
Bethesda, v. 59, p.1648-68, 2002.
1.3. ASHP Technical Assistance Bulletin Handling Cytotoxic and Hazardous Drugs. Am. J.
Hosp. Pharm. 1990:47: 1033-49.
1.4. ASHP Technical Assistance Bulletin on Quality Assurance for Pharmacy-Prepared Sterile
Products. Am. J. Hosp. Pharm. 1993:50: 2386-98.
1.9. BRASIL. Lei n° 6.437, de 20 de agosto de 1977. Configura Infrações à Legislação Sanitária
Federal, Estabelece as Sanções Respectivas, e dá outras Providências. Diário Oficial da União
da República Federativa do Brasil, Brasília, 24 ago. 1977.
1.12. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 33, de 19
de abril de 2000. Aprova o Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de Preparação de
Medicamentos em farmácias e seus Anexos. Diário Oficial da União da República Federativa
do Brasil, Brasília, 06 jun. 2001.
83
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
1.14. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de vigilância Sanitária. RDC nº 50, 21 de
fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação,
elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário
Oficial da União da República Federativa do Brasil, Brasília, 20 mar. 2002.
1.15. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de vigilância Sanitária. RDC nº 219 de 02
agosto de 2002. Altera a RDC nº 46 de 20 de fevereiro de 2002. Diário Oficial da União da
República Federativa do Brasil, Brasília, 16 ago. 2002.
1.16. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de vigilância Sanitária. RDC nº 33, de 25
de fevereiro de 2003, Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos
de serviços de saúde. Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil, Brasília, 05
mar. 2003.
1.17. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de vigilância Sanitária. RDC nº 45, de 12
de março de 2003. Aprova o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Utilização das
Soluções Parenterais (SP) em Serviços de Saúde e seus anexos. Diário Oficial da União da
República Federativa do Brasil, Brasília, 13 mar. 2003.
84
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
Oficial da União da República Federativa do Brasil, Brasília, v. 135, n°197, p. 22996, 13 out.
1997.
1.27. CFF. Resolução nº 288 de 21 de março de 1996. Dispõe sobre a competência legal para
o exercício da preparação de drogas antineoplásicas pelo farmacêutico.
1.28. COFEN. Resolução n.º 146, de 01 de junho de1992, Normatiza em âmbito Nacional a
obrigatoriedade de haver Enfermeiro, em todas as unidades de serviço onde são desenvolvidas
ações de Enfermagem durante todo o período de funcionamento da instituição de saúde.
1.29. COFEN. Resolução nº 210, de 01 de julho de 1998 Dispõe sobre a atuação dos
profissionais de Enfermagem que trabalham com quimioterápico antineoplásico.
1.34. OSHA Technical Manual Section VI: Chapter 2 -Controlling Occupational Exposure to
Hazardous Drugs - U.S. Department of Labor - Occupacional Safety and Health Administration -
1999.
O Ministro do Estado da Saúde interino, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 87,
inciso II da Constituição, e
Considerando que o capítulo I artigo V e inciso III da lei nº 8080 de 19 de setembro de 1990
estabelece como objetivo e atribuição do Sistema Único de Saúde (SUS), "a assistência as
pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da Saúde com a
realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas".
85
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
serviços, de meio de proteção capazes de evitar efeitos nocivos à saúde dos agentes, clientes,
pacientes e dos circunstantes, (Decreto nº 77 052 de 19/01/1976, artigo 2º, inciso IV);
Art. 1º Expedir na forma dos anexos I, II, III, IV e V, diretrizes e normas para prevenção e o
controle das infecções hospitalares.
Art. 5º A inobservância ou o descumprimento das normas aprovadas por esta Portaria sujeitará
o infrator ao processo e as penalidades previstas na Lei nº 6437 de 20 de agosto de 1977, ou,
outra que a substitua, com encaminhamento dos casos ou ocorrências ao Ministério Público e
órgãos de defesa do consumidor para aplicação da legislação pertinente (lei nº 8078/90 ou
outra que a substitua).
Art. 6º Este regulamento deve ser adotado em todo o território nacional, pelas pessoas jurídicas
e físicas, de direito público e privado envolvidas nas atividades hospitalares de assistência a
saúde.
BARJAS NEGRI
ANEXOS I
ORGANIZAÇÃO
2.1 A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível superior,
formalmente designados.
86
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
2.3.5 - administração.
2.4. Os hospitais com número de leitos igual ou inferior a 70 (setenta) atendem os números
2.3.1 e 2.3.2.
2.5.1 - Os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior da área
de saúde para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número com carga horária diária,
mínima, de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais profissionais.
2.5.1.2 - A carga horária diária, dos membros executores, deverá ser calculada na base da
proporcionalidade de leitos indicado no número 2.5.1
2.5.1.3 - Nos hospitais com leitos destinados a pacientes críticos, a CCIH deverá ser acrescida
de outros profissionais de nível superior da área de saúde. Os membros executores terão
acrescidas 2 (duas) horas semanais de trabalho para cada 10 (dez) leitos ou fração;
87
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
2.5.1.5 - Em hospitais com regime exclusivo de internação tipo paciente -dia, deve-se atender
aos números 2.1, 2.2 e 23, e com relação ao número 2.5.1, a carga de trabalho dos
profissionais será de 2 (duas) horas diárias para o enfermeiro e 1 hora para os demais
profissionais, independente do número de leitos da instituição.
COMPETÊNCIAS
3.3 realizar investigação epidemiológica de casos e surtos, sempre que indicado, e implantar
medidas imediatas de controle;
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
3.10. cooperar com a ação do órgão de gestão do SUS, bem como fornecer, prontamente, as
informações epidemiológicas solicitadas pelas autoridades competentes;
5.6 promover a articulação com órgãos formadores, com vistas à difusão do conteúdo de
conhecimentos do controle de infecção hospitalar,
89
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
5.7 cooperar com a capacitação dos profissionais de saúde para o controle de infecção
hospitalar,
5.9 prestar cooperação técnica, política e financeira aos Estados e aos Municípios, para
aperfeiçoamento da sua atuação em prevenção e controle de infecção hospitalar;
5.13 planejar ações estratégicas em cooperação técnica com os Estados, Distrito Federal e os
Municípios;
6.4 prestar apoio técnico, financeiro e político aos municípios, executando, supletivamente,
ações e serviços de saúde, caso necessário;
90
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
ANEXO II
1. Conceitos básicos.
1.1.1 - é aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não
relacionada com internação anterior no mesmo hospital.
1.1.2.1 - a infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente
na admissão, a menos que haja troca de microrganismos com sinais ou sintomas fortemente
sugestivos da aquisição de nova infecção;
1.1.2.2 a infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi
comprovada e que tornou-se evidente logo após o nascimento (exemplo: herpes simples,
toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS);
1.2.1 é aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação
ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.
2.1 Princípios:
2.1.1 o diagnóstico das infecções hospitalares deverá valorizar informações oriundas de:
2.1.1.4 endoscopia;
91
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
2.2.1 quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária, for isolado
um germe diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do paciente, o caso
deverá ser considerado como infecção hospitalar;
2.2.4 as infecções no recém-nascido são hospitalares, com exceção das transmitidas de forma
transplacentária e aquelas associadas a bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro) horas;
2.2.5 os pacientes provenientes de outro hospital que se internam com infecção, são
considerados portadores de infecção hospitalar do hospital de origem infecção. Nestes casos,
a Coordenação Estadual/Distrital/Municipal e/ou o hospital de origem deverão ser informados
para computar o episódio como infecção hospitalar naquele hospital.
3.2 a classificação das cirurgias deverá ser feita no final do ato cirúrgico, pelo cirurgião, de
acordo com as seguintes indicações:
3.2.4 Cirurgias lnfectadas - são todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido
ou órgão, em presença de processo infeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico.
ANEXO III
92
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
5.1 Taxa de Infecção Hospitalar, calculada tomando como numerador o número de episódios
de infecção hospitalar no período considerado e como denominador o total de saídas (altas,
óbitos e transferências) ou entradas no mesmo período;
5.2 Taxa de Pacientes com infecção Hospitalar, calculada tomando como numerador o número
de doentes que apresentaram infecção hospitalar no período considerado, e como
denominador o total de saídas (altas, óbitos e transferências) ou entradas no período;
5.3 Distribuição Percentual das Infecções Hospitalares por localização topográfica no paciente,
calculada tendo como numerador o número de episódios de infecção hospitalar em cada
topografia, no período considerado e como denominador o número total de episódios de
infecção hospitalar ocorridos no período;
5.4 Taxa de Infecções Hospitalares por Procedimento, calculada tendo como numerador o
número de pacientes submetidos a um procedimento de risco que desenvolveram infecção
hospitalar e como denominador o total de pacientes submetidos a este tipo de procedimento.
Exemplos:
5.5.1 O número de pacientes dia é obtido somando-se os dias totais de permanência de todos
os pacientes no período considerado.
5.6 Recomenda-se que o indicador do número 5.4 pode ser calculado utilizando-se como
denominador o número total de procedimentos dia.
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
5.7 Outros procedimentos de risco poderão ser avaliados, sempre que a ocorrência, respectiva
o indicar, da mesma forma que é de utilidade o levantamento das taxas de infecção do sítio
cirúrgico, por cirurgião e por especialidade.
5.8. Freqüência das Infecções Hospitalares por microrganismos ou por etiologias, calculada
tendo como numerador o número de episódios de infecção hospitalar por microrganismo e
como denominador o número de episódios de infecções hospitalares que ocorreram no período
considerado.
5.10.2 Freqüência com que cada antimicrobiano é empregado em relação aos demais. É
calculada tendo como numerador o total de tratamentos iniciados com determinado
antimicrobiano no período, e como denominador o total de tratamentos com antimicrobianos
iniciados no mesmo período.
5.11 Taxa de letalidade associada a infecção hospitalar, é calculada tendo como numerador o
número de óbitos ocorridos de pacientes com infecção hospitalar no período considerado, e
como denominador o número de pacientes que desenvolveram infecção hospitalar no período.
6. Relatórios e Notificações
6.2 O relatório deverá conter informações sobre o nível endêmico das infecções hospitalares
sob vigilância e as alterações de comportamento epidemiológico detectadas, bem como as
medidas de controle adotadas e os resultados obtidos.
6.3 É desejável que cada cirurgião receba, anualmente, relatório com as taxas de infecção em
cirurgias limpas referentes às suas atividades, e a taxa média de infecção de cirurgias limpas
entre pacientes de outros cirurgiões de mesma especialidade ou equivalente.
94
APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
ANEXO IV
1. Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda a superfície das mãos e punhos,
utilizando-se sabão/detergente, seguida de enxágüe abundante em água corrente.
2. A lavagem das mãos é, isoladamente, a ação mais importante para a prevenção e controle
das infecções hospitalares.
3. O uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos antes e após contatos que envolvam
mucosas, sangue outros fluidos corpóreos, secreções ou excreções.
4. A lavagem das mãos deve ser realizada tantas vezes quanto necessária, durante a
assistência a um único paciente, sempre que envolver contato com diversos sítios corporais,
entre cada uma das atividades.
4.1 A lavagem e anti-sepsia cirúrgica das mãos é realizada sempre antes dos procedimentos
cirúrgicos.
5. A decisão para a lavagem das mãos com uso de anti-séptico deve considerar o tipo de
contato, o grau de contaminação, as condições do paciente e o procedimento a ser realizado.
· contato direto com feridas e/ou dispositivos invasivos, tais como cateteres e drenos.
6.1 A distribuição e a locação de unidades ou pias para Iavagem das mãos, de forma a atender
à necessidade nas diversas áreas hospitalares, além da presença dos produtos, é fundamental
para a obrigatoriedade da prática.
ANEXO V
RECOMENDAÇÕES GERAIS.
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APOSTILA ELABORADA PELA EMPRESA DIGITAÇÕES & CONCURSOS
4. As normas para lavanderia são aquelas definidas pela publicação do Ministério da Saúde -
Manual de Lavanderia Hospitalar, 11 edição, 1986, ou outras que as complementem ou
substituam.
96