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(in Porta-viagens, Ana Soares e Marta Branco, Texto Ed.

)
Lê o texto que se segue com atenção e responde ao questionário.

O príncipe sapo

Há muitos e muitos anos, no tempo em que uma promessa ainda era para se cumprir, havia um
rei que tinha umas filhas lindíssimas. A mais novinha, porém, era tão bela que o próprio sol, que já viu
tanta coisa, ficava maravilhado quando lhe iluminava o rosto. À beira do castelo onde o rei morava,
havia uma enorme e sombria floresta. Aí, debaixo de uma velha tília, cantava uma fonte. Nas horas
mais quentes do dia, a princesinha costumava sentar-se à sombra dela ou brincar com uma bola de
ouro, que atirava ao ar para apanhar de seguida.
Ora, certo dia, a bola caiu à água e desapareceu no fundo do lago que a fonte criara. A menina
pôs-se a chorar a sua triste sorte, até que, por entre os soluçõs, ouviu alguém dizer:
Porque choras tanto que até as pedras têm pena de ti?
A princesinha olhou à volta procurando descobrir de onde vinha a voz e reparou numa enorme
cabeça de sapo no meio do lago.
- Choro porque a minha bola de ouro caiu à água e desapareceu.
- Acalma-te! Não chores! - pediu o sapo. - Eu trato disso. Mas o que me darás tu se eu ta
trouxer?
- O que quiseres – respondeu-lhe a princesa, - os meus vestidos, joias, pérolas… até a coroa
de ouro que trago na cabeça.
- Não quero os teus vestidos, nem joias, nem pérolas, nem sequer a tua coroa de ouro. Mas se
me deres o teu amor, se me escolheres para amigo e companheiro de jogos e brincadeiras, se me
sentares contigo à mesa, se me deres de comer no teu pratinho de ouro e de beber no teu copo, se
dormir contigo na tua caminha, vou-te buscar a tua bola de ouro.
- Está bem. Prometo-te isso tudo se ma trouxeres.
Mas, ao mesmo tempo, pensava: «Olhem se eu alguma vez escolhia para companheiro alguém
tão feio e que, ainda por cima, só sabe coaxar!»
Entretanto, o sapo, confiante na promessa obtida, tinha ido ao fundo do lago buscar a bola e
lançou-lha sobre a relva. Feliz, a princesa apanhou-a e fugiu a correr.
- Espera por mim! Espera por mim! - coaxava o sapo. - Pega em mim. Eu não posso correr
como tu.
Mas de nada lhe serviu coaxar com quanta força tinha.
Jacob e Wilhelm Grimm, Os mais belos contos de Grimm II, Civilização

1. Identifica as respostas corretas, de acordo com o sentido do texto.


1.1. Qual é o significado da expressão «há muitos e muitos anos» que inicia o conto?
A. A história aconteceu num passado recente.
B. A história aconteceu num passado longínquo indefinido.
C. A história aconteceu num passado longínquo definido.

1.2. Qual é o espaço onde decorre a ação?


A. Floresta
B. Castelo
C. Aldeia

1.3. Esse lugar é…


A. amplo e luminoso.
B. pequeno e sombrio.
C. amplo e sombrio.

1.4. Quem são as personagens do conto?


A. Um príncipe e um sapo.
B. Um príncipe e uma rã.
C. Uma princesa e um sapo.

1.5. Que personagem fantástica faz parte deste conto?


A. Rei
B. Sapo
C. Princesa

1.6. Que adjetivos caracterizam a princesa?


A. Bela e ingrata.
B. Rica e matreira.
C. Pobre e sonhadora.

1.7. Que adjetivos caracterizam o sapo?


A. Arrogante e vaidoso.
B. Confiante e ingénuo.
C. Belo e vaidoso.

1.8. O que é que o sapo exige para ajudar a princesa?


A. Amor e uma coroa de ouro.
B. Amizade e companheirismo.
C. Amizade e um tesouro.

2. Como reage a princesa à proposta do sapo?

3. Que problema surge após a recolha da bola de ouro?

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