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Homem no café
Disciplina: Português
A pintura é do artista espanhol Juan Gris (1887 - 1927) foi um dos mais famosos e versáteis
pintores e escultores cubistas. Juan Gris representa o expoente máximo do cubismo.
Os cubistas não queriam reproduzir fielmente a aparência das coisas, portanto priorizavam a
análise geométrica e a fragmentação da imagem em planos;
A obra do espanhol Juan Gris assenta nas ideais da pintura cubista ao propor uma desordem de
perspectiva. O pintor, em um jogo de ângulos, compõe suas telas em um único plano, tentando
representar os objetos sob formas geométricas e com o predomínio de linhas retas
O “Homem no café” de 1912 mostra: um homem de perna cruzada sentado sozinho num
elegante café (espaço social) meditando sobre a sua taça triangular de bebida, possivelmente um
cocktail. O homem está vestido formalmente com bom gosto e elegância que impressiona os
observadores devido ao seu impecável fato e cartola. O pintor deu destaque justamente ao
homem: é ele que vemos no foco da imagem, todo cortado e fragmentado em diversos planos. O
rosto mostra com vigor essa análise geométrica da imagem: vemos seus traços fragmentados em
pequenos planos, a partir de diferentes perspectivas.
Este individuo é um símbolo de ostentação social. Vê-se que é um homem com algum estatuto e
que está sentado com o objetivo de ser visto.
O poeta preferiu um copo de design geométrico mais simples para não sobrecarregar a tela
Neste quadro são utilizados tons de castanho e de caqui para as paredes e apenas castanho para a
mesa, a roupa do indivíduo são brancas e pretas, o chão é esbranquiçado, a estrada tem tons de
cinzento e de preto, o céu é azul, e o edifício do lado oposto do café é caqui
Possivelmente, o indivíduo apresenta se fragmento pois encontra se infeliz, pode ser devido a
um amor não correspondido ou devido à dor de pensar.
O sujeito está em conflito permanente entre o pensar e o sentir, ele sente que é incapaz de fruir
instintivamente a vida por ser consciente e pela própria efemeridade. Como se pode notar no
poema “Pobre Ceifeira” de Fernando Pessoa (“a vida é tao breve” v.21) e (“ter a tua alegre
inconsciência” v.18). Ele tem a certeza de que a lucidez impede a felicidade