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Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Reflexoterapia Palmar
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE
Reflexoterapia Palmar
Contextualização
Assista ao vídeo Automassagem das mãos (Reflexologia Palmar),
disponível em: https://youtu.be/UubDelNDrCA
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Indicações, Contraindicações
e Efeitos da Reflexoterapia Palmar
Quando indicar a Reflexoterapia Palmar?
A Reflexoterapia Palmar é uma prática integrativa simples, fácil, de baixo custo e sem
efeitos colaterais. A palpação das zonas de reflexo das mãos pode ser realizada com mo-
vimentos circulares com os polegares, com as mãos fechadas do profissional ou usando
bastão de madeira, cristal, pindás, massageadores de pedra de jade ou outros materiais.
O mais utilizado é o apalpador ou digitopressão (BROWN, 2000).
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Reflexoterapia Palmar
As zonas de reflexo das mãos foram descritas pelo reflexologista Wiliam H. Fitzgerald.
Ele dividiu o corpo em dez zonas, sendo cinco à direita da linha média e as outras cinco
à esquerda. Essas linhas longitudinais percorrem o corpo todo, desde a ponta dos dedos
do pé até o topo da cabeça, da cabeça até a ponta dos dedos das mãos e vice-versa.
Cada zona de reflexo tem uma área correspondente nas mãos, da mesma forma que
vimos na Reflexoterapia Podal (BROWN, 2000; HALL, 1997).
A seguir, apresentamos o caminho das cinco zonas de reflexo presentes nas mãos:
• Primeira zona: inicia-se nos háluxes, vai até as pernas, percorre o centro do corpo
até a cabeça e desce aos polegares das mãos;
• Segunda zona: inicia-se nos segundos dedos dos pés, vai até a cabeça e desce aos
dedos indicadores das mãos;
• Terceira zona: inicia-se nos terceiros dedos dos pés, vai até a cabeça e desce aos
dedos médios das mãos;
• Quarta zona: inicia-se nos quartos dedos dos pés, vai até a cabeça e desce aos
dedos anelares das mãos; e
• Quinta zona: inicia-se nos quintos dedos dos pés, vai até a cabeça e desce aos
dedos mínimos das mãos (Figura 1).
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Figura 1 – Zonas horizontais ou transversais da mão
Representação esquemática da localização dos pontos das mãos correspondentes aos órgãos
(visão palmar e lateral) da abordagem ocidental, disponível em: http://bit.ly/2UNzkYx
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Reflexoterapia Palmar
Como ocorre o estímulo das zonas de reflexo nas mãos para se obter um efeito terapêutico?
Acesse o Hand Reflexology: about somatic reflex arcs & the central nervous system, disponível
em: https://bit.ly/2GE9nlI
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Técnica de Reflexoterapia nas Mãos
Na terapia reflexa das mãos, o dedo polegar do terapeuta é o utensílio mais importante
na realização das manobras de estimulação das zonas de reflexo. Entretanto, quando há
a necessidade de uma pressão mais profunda, recomenda-se usar um apalpador ou bas-
tão para pressionar a região de forma mais ampla (BROWN, 2000).
As mãos podem revelar muitas coisas. Uma pessoa saudável tem mãos coradas, aque-
cidas, sem manchas, umidade ou viscosidade excessiva, além de um bom tônus muscular
e unhas brilhantes e rosadas. Qualquer desequilíbrio energético de uma ou mais zonas
reflexas palmares promove uma alteração que pode ser percebida pela mudança da cor
e da sensibilidade em pontos alguns específicos. Por exemplo, se houver uma mancha
vermelha localizada sobre a ponta do polegar, isso poderá indicar uma agitação mental,
ansiedade ou insônia (BROWN, 2000; AUTEROCHE; NAVAILH, 1992).
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Reflexoterapia Palmar
pé rosado. Quando a mão está muito branca e fria indica fraqueza e deficiência
energética e, em contrapartida, se estiver muito amarelada e edemaciada indica que
a transformação e transporte dos líquidos e nutrientes corporais estão comprome-
tidos. Se o polegar e as pontas dos dedos estiverem muito arroxeados ou violáceos
significa problemas circulatórios, emocionais, psicológicos e estagnação energética
na área da cabeça, o que ocasiona insônia, agitação, irritação e ansiedade. Ade-
mais, mãos frias e azuladas indicam problemas crônicos e osteomusculares e aver-
melhadas sugerem má circulação sanguínea;
• Ponto de tensão: representam tensão no corpo;
• Manchas: a pigmentação vermelha indica calor no sangue e pode piorar nas mu-
lheres antes ou depois do período menstrual, além de estase de sangue na área
reflexa dos pulmões e do coração, com características de agitação e ansiedade.
A pigmentação marrom podem ser um sinal de mau funcionamento do órgão cujo
reflexo está abaixo do ponto em questão. Já as manchas de origem gestacional,
senil ou após trauma pode ser influenciada pelas emoções, como o medo e a inse-
gurança acompanhados do sentimento de não poder/querer se mostrar, ou ainda,
sobrecarga emocional e física que leva ao desgaste de energia de defesa da pele;
• Sulcos: linhas de expressão e mãos enrugadas indicam uma deficiência energética
ou a essência vital e de sangue dos órgãos correspondentes;
• Unhas: quando pálidas, secas e moles indicam raiva, irritação, frustração, intole-
rância, impaciência, patologias relacionadas ao fígado, enxaqueca, menstruação,
dormência nas extremidades do corpo, rigidez articular, espasmos nos tendões e
tremores nas mãos e pés (AUTEROCHE; NAVAILH, 1992).
Após uma boa conversa com o(a) paciente e a avaliação de suas mãos, recomenda-se ini-
ciar a prática. A Reflexoterapia Palmar inclui técnicas de aquecimento, de relaxamento com
movimentos de alongamento nas mãos e o tratamento por meio da digitopressão e/ou mas-
sagem das zonas de reflexo correspondentes aos órgãos e às vísceras localizadas na mão.
Recomenda-se iniciar a massagem com 10 minutos de aquecimento e relaxamento,
seguido 5 a 10 minutos de pressão nos pontos específicos de zonas reflexas a serem
tratados. Em seguida, iniciar a terapia reflexa pela mão direita e, posteriormente, repetir
os movimentos na mão esquerda, totalizando 30 a 40 minutos de sessão.
As principais técnicas de massagem e pressão das mãos são as apresentadas na
Figura 2 (BROWN, 2000), a seguir:
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Figura 2 – Técnicas básicas de massagens das mãos
Estudo de Caso
Acompanhe o diálogo a seguir:
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Reflexoterapia Palmar
A paciente e a terapeuta conversaram por um bom tempo sobre os possíveis fatores pato-
gênicos causadores da insônia, ansiedade e dor nos ombros, tensões e estresses, preocupações,
horas prolongadas frente ao computador, sono conturbado e outra correlação que a paciente
possa fazer com a apresentação de seus problemas. A profissional explica como funciona a
técnica reflexa da mão e inicia as suas observações e palpação, para, então, iniciar o tratamento.
A terapeuta conduz a paciente até a maca, a posiciona deitada de barriga para cima
(em decúbito dorsal) e inicia a sua observação das zonas de reflexos da mão correspon-
dente aos órgãos, glândulas e estrutura do corpo em desequilíbrio energético, por meio
da palpação leve das regiões da mão com a ponta do polegar para identificar o(s) local(is)
da(s) dor(es) ou transtorno(s) do humor. No momento da palpação, a terapeuta fica
atenta à presença de nódulos, áreas de resistência ou cristais em alguma zona de reflexo.
A paciente relata que a dor nos ombros foi agravada progressivamente e se acumu-
lou, gerando uma bursite diagnosticada por seu ortopedista. Também, foi observado que
as pontas do polegar e a lateral da mão próxima ao dedo mínimo direito da paciente
estavam avermelhadas – e sabemos que tais regiões correspondem ao cérebro e ombro,
respectivamente. A zona reflexa do coração, na mão esquerda, também se encontra
avermelhada, além de estar dolorida.
Quando questionada sobre a intensidade da dor ao toque nas áreas citadas acima
(considerando 0 nenhuma dor e 10 o máximo de dor), a paciente classificou como 8 a
dor em seus ombros.
Tais reações são um alerta de que alguma área do corpo está em desequilíbrio (deficiência
ou estagnação) energético. Os desequilíbrios energéticos, na maioria dos casos, não são
percebidos imediatamente pela pessoa e pode gradualmente aumentar até ocasionar uma
patologia física futura.
Essa observação energética inicial não substitui o diagnóstico médico e laboratorial
necessários para uma análise física e clínica efetiva com outras interpretações e
anamneses aprofundadas.
Lembre-se de observar, inspecionar e visualizar de maneira geral as mãos. A intervenção
reflexológica relaciona-se à condição energética do corpo e não há uma relação direta com
a doença física específica. O diagnóstico físico e a prescrição de medicamentos são de com-
petência e atuação do médico.
O profissional que atua com terapias integrativas pode propor um tratamento complemen-
tar, mas nunca substituir o tratamento sem o consentimento do médico responsável, pois
quaisquer intervenções que saiam do escopo de atuação do “não-médico” podem ocasio-
nar em questões éticas e jurídicas.
A avaliação reflexológica dos pontos sensíveis não deve conter um diagnóstico fechado,
devendo haver critérios nas percepções, associações e correlações a partir da observação e
palpação das mãos.
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Segurou a mão direita da paciente com as suas duas mãos, já tratadas com óleo de
amêndoas, para dar início à técnica, apoiando-a em seus quatro dedos da mão esquerda,
deixando o polegar livre para a realização da massagem.
Lembre-se que primeiro você deve fazer a inspeção geral das mãos, depois tocar para hi-
gienizar e só então iniciar a realização da técnica, além de preparar o ambiente de trabalho.
Para isso, recomenda-se que o profissional tenha uma toalha ou rolinho para colocar abaixo
dos punhos com a pessoa na posição de decúbito dorsal (barriga para cima) ou decúbito
ventral (barriga para baixo), pois facilitam as manobras necessárias. Ter um creme hidra-
tante neutro para mãos e pés também é recomendável, pois diminui o atrito no momento
da massagem.
Deve haver uma poltrona ou maca para o(a) paciente e uma cadeira mais baixa, se possível
com rodinhas, para o(a) profissional, de maneira que permita a movimentação do mesmo
durante a aplicação das técnicas.
E não se esqueça de estar sempre com as unhas bem cortadas, para não causar lesões na
pele do(a) paciente!
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Reflexoterapia Palmar
Você pode consultar outras sugestões de manobras de Reflexoterapia nas mãos consultado
as páginas 35 a 37 do livro Reflexologia das mãos, de Denise W. Brown. Disponível em:
https://bit.ly/2XAbPiz
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A intensidade da pressão aplicada nas zonas de reflexo das mãos sempre deve estar
de acordo com a tolerância do(a) paciente e, também ser compatível com a sua idade e
estado. Por exemplo, crianças (quanto mais novas, menos tempo de tratamento precisam),
idosos (em geral a pele tende a ser mais fina e as mãos podem sofrer de osteoporose com
ossos frágeis ou artrite) e pessoas com doença terminal devem receber pressão suave e
leve. Já os adultos, jovens e pessoas saudáveis, podem receber um estímulo mais forte.
Fique atento(a) a sinais e linguagem corporal do(a) paciente referentes a presença de dor,
ou seja, franzir a testa, fechar olhos, gemer, chorar, respirar descompassadamente, suspirar
repentinamente, dentre outros.
Para isso, existem três diferentes técnicas que podem ser aplicadas na palpação:
• Tocar: o toque leve da pele do(a) paciente é importante para observar a sua tem-
peratura, umidade e suor;
• Acariciar: o acariciamento da pele e tecidos mais profundos do(a) paciente é im-
portante para determinar a presença de sensibilidade e/ou inchaço;
• Pressionar: a pressão de níveis relativamente duros a mais profundos da pele do(a)
paciente é importante para identificar nódulos, cristais e/ou áreas resistentes ao toque.
A pressão não deve ser forte nem fraca demais, para que promova o estímulo de
terminações nervosas presentes na mão. Ela deve ser progressiva, ou seja, começar leve
e aumentar a sua intensidade aos poucos para não acomodar o estímulo.
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4. Segurou a mão direita com os dois polegares um pouco acima do punho da paciente
e balançou a mão para cima e para baixo, de maneira rápida e ao mesmo tempo
suave (posição 14 do link na página 16). Alongou o punho e o polegar, segurando
o braço da paciente com a palma de sua outra mão próxima ao cotovelo, por 15
segundos (posição 15 do link na página 16). Por fim, fez o alongamento do punho
para baixo e para cima (posição 16 do link na página 16) e aplicou movimentos
circulares com seus polegares no dorso da mão (posição 17 do link na página 16).
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6. Por fim, a profissional esfregou suas mãos para produzir calor e “abraçou” a mão
da paciente como uma espécie de “sanduíche” (posição 18 do link na página 16).
Respeite os limites do(a) cliente, repita o mesmo procedimento nas duas mãos e lembre-se
que apenas as áreas reflexas do coração e baço localizam-se somente na mão esquerda.
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Reflexoterapia Palmar
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Reflexologia das mãos
BROWN, D. W. Reflexologia das mãos. São Paulo: Manole, 2000. p. 36-57.
https://bit.ly/2XAbPiz
Reflexologia: um método para melhorar a saúde: massagem nos pés e nas mãos para relaxa-
mento e tratamento de diversas doenças
HALL, N. M. Reflexologia: um método para melhorar a saúde: massagem nos pés e
nas mãos para relaxamento e tratamento de diversas doenças. São Paulo: Pensamento,
1997. p. 25-41.
https://bit.ly/2Dvy69B
Reflexologia: como restabelecer o equilíbrio energético
KUNZ, B.; KUNZ K. Reflexologia: como restabelecer o equilíbrio energético. São
Paulo: Pensamento, 1984. p. 85-105.
https://bit.ly/2KUdIFd
Como aplicar Reflexologia das mãos? Aprendendo sobre os reflexos da mão
https://bit.ly/2Vl1r0D
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Referências
AUTEROCHE, B.; NAVAILH, P. O diagnóstico na medicina chinesa. São Paulo:
Andrei, 1992.
BROWN, D.W. Reflexologia das mãos. São Paulo: Manole, 2000. p. 36-57.
MILDRED, C.; TAMMY, W. Reflexologia das mãos: chave para a saúde perfeita. São
Paulo: Pensamento, 2002.
TEAGARDEN, K. Are there times when I shouldn’t have reflexology? 2019. Dispo-
nível em: <https://www.takingcharge.csh.umn.edu/explore-healing-practices/reflexolo-
gy/are-there-times-when-i-shouldn-t-have-reflexology>. Acesso em: 19 abr. 2019.
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