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ALMG rejeita aumentar salário de secretários de Zema

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) negou


na tarde da última quarta-feira (15/05/2019) sob a justificativa de
inconstitucionalidade, dar prosseguimento ao requerimento apresentado
pela Comissão de Administração Pública que poderia fazer com que, na
prática, o Legislativo reajustasse os salários dos secretários do governo
estadual.
Um requerimento aprovado na terça-feira na Comissão de Administração
Pública causou estranheza e interpretações dúbias ao solicitar que a Mesa
propusesse a fixação dos subsídios dos secretários, “tendo em vista a alta
complexidade das atribuições do cargo exercido”. O documento aponta
dispositivos do regimento que mostram que essa é uma responsabilidade
do Legislativo. Contudo, internamente, a maioria dos deputados entendeu
que a iniciativa deveria vir do governador Romeu Zema, e não da Casa.
Isso porque o requerimento levantaria uma oportunidade de conceder
reajuste salarial aos secretários – a remuneração bruta é de R$ 10 mil. E,
ao iniciar esse debate, os políticos poderiam ficar com o ônus da proposta,
por conta de uma possível repercussão negativa do eleitorado.
A discussão ocorre após a ALMG aprovar o fim dos jetons, que é uma
espécie de plus salarial aos chefes de pastas que participem de conselhos
de estatais. O ponto ainda precisa ser sancionado governador para entrar
em vigor. A prática era condenada por Zema na campanha eleitoral, mas
atualmente ele já tem concedido o benefício para membros do primeiro
escalão para engordar os vencimentos deles. O argumento da Mesa ao
negar dar prosseguimento ao requerimento é o de que o Estado já
ultrapassou o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade (LRF) com
gasto de pessoal e, por isso, é inconstitucional tratar de qualquer tipo de
reajuste para os servidores.

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