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SISTEMA DE PRODUÇÃO

DE
CANA DE AÇÚCAR

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I - INTRODUÇÃO

 Atualmente no Brasil a Cana de Açúcar ocupa uma área de aproximadamente 9,0


milhões de hectares, com produção estimada de 671 milhões de toneladas de colmos
na safra 2014.

 Existem mais de 350 unidades esmagadoras em produção e aproximadamente 60 em


construção no país.

 A região Centro-Sul é a principal produtora com 8,0 milhões de ha cultivados e o


Estado de São Paulo possui uma área de 4,7 milhões de ha cultivados, sendo que a
produtividade média é de 80 t/ha.

 O Nordeste tem cerca de 1,1 milhão de hectares plantados com produtividade média
de 55 t/ha.

 Produção de Açúcar = 38 milhões de toneladas.

 Produção de Álcool = 28 bilhões de litros. 2


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II- PLANEJAMENTO
É de extrema importância o planejamento de todas as atividades para a
exploração econômica da cana de açúcar, desde o plantio até a colheita,
sendo que diversas atividades ocorrem simultaneamente durante o ano.
Nesse estudo é que são escolhidos os insumos, máquinas,
implementos, técnicas, variedades e tipo de serviços que serão
usados, levando se em conta os ambientes de produção, épocas de
plantio, características das variedades, tipos de solo, localização das
áreas, para no final ser elaborado um cronograma físico/ financeiro
(orçamento anual).
Portanto, para um planejamento bem elaborado, os fatores de produção
deverão estar bem ajustados, pois influenciam diretamente na produtividade
esperada.

CLIMA

SOLO PLANTA
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Esse trinômio somado as Tecnologias Aplicadas (Manejo) dão origem ao
Potencial de Produtividade.
Fatores de Produção da Cana-de-açúcar
AMBIENTES
DE
CLIMA ÉPOCA DE CORTE
PRODUÇÃO
CONTROLE
PRAGAS

PLANTAS INVASORAS
HERBICIDA
+
MANEJOS
CONTROLE TECNOLOGIAS
DE
DOENÇAS

Adubação plantio

variedade POTENCIAL DE
PRODUÇÃO

ÉPOCA DE PLANTIO
Cultivo/Adubação 6
PREPARO
SOLO
SOLO 345,6 t/ha
Elementos modificadores da produção
agrícola
Contribuição para
Prática de Manejo o aumento de
Rendimento (%)

Aplicação dos nutrientes 39,4


Implementação da rotação
22,2
de culturas
Seleção de variedades
13,5
hibridas melhoradas
Plantio adequado 13,5

Controle de insetos e ervas 11,4

Fonte: Iowa State University


III- FATORES DE PRODUÇÃO
1- Clima: A Cana de Açúcar é uma cultura de clima tropical - temperaturas altas e muita
água – Não se recomenda plantar Cana de açúcar na faixa de latitude entre 23 graus
acima e 23 graus abaixo da linha do Equador.

Água: 75 a 80 % da composição da cana é água, sendo então de suma importância no


crescimento vegetativo da cultura, e além dessa quantidade que faz parte da estrutura da
planta, também é bastante significativo a quantidade usada nos fenômenos fisiológicos
(transpiração);

Temperatura: As altas temperaturas são necessárias e benéficas, em termos de


luminosidade, ao crescimento vegetativo da planta, desde que não falte água, sobretudo
no verão. Nos meses mais frios, geralmente mais “secos”, diminui a atividade vegetativa
e inicia o processo de maturação (acúmulo de sacarose nos colmos).
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EXPANSÃO DA PRODUÇÃO
2006/07 2010/11 2015/16 2020/21
Produção cana-de-açúcar (milhões t) 430 601 829 1.038
Área cultivada (milhões ha) 6,3 8,5 11,4 13,9
Açúcar (milhões t) 30,2 34,6 41,3 45,0
Consumo interno 9,9 10,5 11,4 12,1
Excedente para exportação 20,3 24,1 29,9 32,9
Álcool (bilhões litros) 17,9 29,7 46,9 65,3
Consumo interno 14,2 23,2 34,6 49,6
Excedente para exportação 3,7 6,5 12,3 15,7
Bioeletricidade (MWmédio) 1.400 3.300 11.500 14.400
Participação na matriz elétrica brasileira (%) 3% 6% 15% 15%

Fonte: UNICA, 2007


ESTIMATIVA DO EMPREGO
NA PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR

Estimativas para o Estado de São Paulo


2006/07 2010/11 2015/16 2020/21

Produção cana-de-açúcar (milhões t) 299 370 457 544

Área com colheita mecânica (%) 40% 70% 100% 100%

Número de empregados
Colheita manual (mil trabalhadores) 189,6 107,4 0 0
Qualificação de
Colheita mecânica (mil trabalhadores) 15,5 30,8 59,5 70,8 trabalhadores
Indústria (mil trabalhadores) 55,3 62,6 68,3 75,3 para o setor

Total (mil pessoas) 260,4 200,8 127,8 146,1


Requalificação
Redução de 114 mil empregos para outros
setores

Fonte: UNICA, 2007


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2- Planta: A maior importância da matéria prima é no acumulo da sacarose. O
rendimento industrial é relacionado diretamente com a quantidade de açucares
contidos nos colmos. O elenco das variedades de cada Usina deve ser composto com
variedades de maturação:
Precoce (30%), Média (50%) e Tardia (20%). Também não se pode esquecer do item
produtividade que ora é medido em tonelada de colmos por hectare, mas existe uma
tendência em considerar quilogramas de açúcar por hectare. Na formação da lavoura
comercial, o maior objetivo é atingir o máximo de produtividade, mas é preciso que se
tenha maior estabilidade possível (produtividade x longevidade). É necessário
considerar os riscos que cada variedade está sujeita em função de suas
características agronômicas, ambiente local e manejo da cultura. Algumas regras
básicas devem ser seguidas:
a)- não somar defeitos: Não diversificar as variedades em cultivo se elas
apresentarem o(s) mesmo(s) defeito(s);
b)- considerar o parentesco entre variedades, procurando diversificar em termos de
origem;
c)- algumas pragas e doenças tem efeito sinergístico, levando a planta ao estresse e
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à maior suscetibilidade e conseqüente perda de produtividade e vida útil do canavial.
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3- Solo: É considerado como suporte e supridor de água e nutrientes, portanto deve
ser preparado para oferecer condições favoráveis ao desenvolvimento do sistema
radicular.

O comportamento das raízes depende da compactação do solo (densidades até


1,20 g/cm³) e a proporção dos macroporos (mínimo de 10% - ideal de 15 a 25%).

A medida que os solos sofrem compactação pelo transito de veículos de transporte


e máquinas vai se formando uma camada de impedimento, cujos efeitos são
prejudiciais ao trabalho das raízes.

Uma variedade com boas características genéticas, mesmo recebendo uma


adubação adequada, não terá o desenvolvimento esperado, se as condições
físicas do solo forem desfavoráveis ao desempenho radicular (preparo de solo
raso, colheita em época chuvosa, etc.). 32
IV- POTENCIAL DE PRODUTIVIDADE
Potencial Clima (Chuvas + Umidade Relativa do Ar + Evapotranspiração )
+
de = Planta ( Época, Variedade )
+
Solo ( Estrutura física e química )

Produtividade +
Tecnologia Aplicada (Manejo = Produção de mudas até Colheita)

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V – PROCESSOS DE PRODUÇÃO
Os diversos processos que compõem um sistema de produção de cana de açúcar,
são formados por varias atividades e operações que podem variar de usina para
usina, aqui serão tratados.

1- Produção de mudas: Toda unidade produtora deve prezar por usar mudas de
boa qualidade, pois é o fator de produção de mais baixo custo e que maior retorno
econômico proporciona ao negocio. Após a estabilização da lavoura, todos os anos
se renova em torno de 15 a 20 % da área total plantada. O material básico deve ser
boa procedência, com idade entre 10 e 12 meses, sadio e proveniente de cana
planta ou primeira soca.

1.1- Tratamento Térmico das Gemas: As gemas são isoladas através de maquinas
seccionadoras e extratoras, colocadas em bandejas, passam por um banho térmico
de 30 minutos a uma temperatura de 52º. Após o resfriamento tomam um
tratamento de fungicida e são plantadas em canteiros de brotação. Quando atingir
um porte de 40 cm. de altura são transplantadas para o viveiro pré-primário, 34
deverão ser irrigadas até o “pegamento”.
Do viveiro pré-primário são plantadas no viveiro primário, de onde serão
novamente multiplicadas dando origem aos viveiros “secundários” da Usina. Nesse
processo o objetivo principal é o controle do Raquitismo de soqueira.

1.2- Cultura de Meristema: Esse método visa principalmente a multiplicação rápida


de uma nova variedade, para ser expandida em larga escala, é desenvolvido em
duas fases: uma no Laboratório, onde se faz a multiplicação das variedades e
outra em Casa de vegetação para climatização da variedade as condições de
campo.

2- Preparo de solo: Nesse processo o objetivo é dar condições físicas


(descompactação, terraceamento), químicas (correção da acidez, elevação do V%)
e biológicas (manejo de pragas e ervas daninhas) ao solo, adequando-o para a
exploração de uma cultura, reduzindo ou diminuindo as condições adversas para o
sucesso da lavoura à ser instalada.
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2.1- Sistematização e Terraceamento: De posse do mapa do pré-plantio, deverão
ser demarcados as áreas de preservação permanente, os carreadores e os terraços.
Os carreadores mestres ou primários devem ter 6 m de largura e os secundários 4
m, devem ser levantados e ligeiramente abaulados para permitir o escoamento lateral
das águas; nas áreas de colheita mecanizada os terraços deverão ser do tipo
embutido. Os talhões deverão ser no máximo de 20 ha, distribuídos numa faixa de
largura de 500 a 600 m. e no máximo com 1.000 m. de extensão.

2.2- Aplicação de corretivos: Os corretivos são aplicados após a análise química


do solo, geralmente as doses são: Calcário = 2 a 3 t./ha. e Gesso = 1 t./ha.

O uso de Fósforo se faz necessário em solos com teor de P2O5 menor que 10 mg.

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Aplicação de Corretivos

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2.3- Aração: É recomendada numa profundidade de 30 a 40 cm, para a
incorporação dos corretivos e da sementeira e também para a exposição das
larvas de pragas ao sol.

2.4- Subsolagem: Essa operação deverá ser feita nas áreas mais argilosas, onde
a aração não for suficiente para descompactar o solo, deverá ser uma das últimas
operações antes do plantio.

2.5- Gradagens: Após a aração ou subsolagem, é aconselhável efetuar o


mínimo de gradagens, evitando a compactação do terreno. Na ultima gradeação
pode-se aplicar herbicida de pré- emergência, isso dará um intervalo maior para
se fazer a aplicação do herbicida de pós-plantio.

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Aração

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Gradagem

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3- Plantio:

As épocas de plantio apropriadas para a região Centro-Sul estão compreendidas


entre os meses de setembro e abril, nos meses mais frios, pode-se usar a torta de
filtro no sulco de plantio.

O espaçamento mais usado é de 1,40 – 1,50 m entre as linhas; Um espaçamento


menor (1,00m. ou 1,10m) poderá ser adotado nos solos com baixa fertilidade e não
adequados para corte mecanizado.

3.1- Épocas de plantio:

D J F M A M J J A S O N

Cana de Ano e Meio Cana de Inverno Cana de Ano

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a-) Cana de ano e meio: de Dezembro à Abril:

As canas plantadas nesse período têm entre 13 e 19 meses para se desenvolver,


então deve-se plantar em solos de menor fertilidade, com pouca declividade, devido
a chuvas que podem ser intensas, poderão ser adotadas variedades precoces,
médias e tardias, exige maiores cuidados com a conservação de solo.

b-) Cana de inverno: de Maio à Agosto:

Pode ser adotada com segurança onde há disponibilidade de irrigação com água ou
resíduos industriais, ou se aplicando torta de filtro no fundo do sulco, geralmente nas
áreas com maior declividade, devido ao baixo índice pluviométrico, as produtividades
são parecidas com as canas de ano e meio.

c-) Cana de Ano: de Setembro à Novembro:


Deve ser cultivada em solos de boa fertilidade devido ao período de crescimento
(12 meses), geralmente o controle de ervas daninhas é mais intenso.

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Tabela 1. Duração do ciclo da cana-de-açúcar em função do
planejamento da época de plantio.

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Espaçamento: 1,50 m
 Profundidade: 20 a 25 cm

 Muda: de 10 a 12 meses, toletes de


aproximadamente três gemas
 Densidade: 12 gemas por metro linear de sulco,
dependendo da variedade e do seu desenvolvimento
vegetativo, corresponde a um gasto de 7 a 10 t/ha.
 Cobrição: camada de 7 a 10 cm, ligeiramente
compactada. Dependendo do tipo de solo, da
variedade e das condições climáticas, pode haver uma
variação na espessura.
3.2- Sulcação e Adubação: Os sulcadores deverão ser equipados com marcadores

de espaçamento entre as linhas (espaçamento uniforme - paralelismo). No período

chuvoso a sulcação deve ser mais rasa (25 a 35 cm.) e nos meses mais secos deverá

ser mais profunda (até 40 cm.) Para a adubação de fundação, é recomendado aplicar

de 30 a 40 kg. de N; 60 a 180 kg de P2O5 e 60 a 180 kg de K2O por hectare (de


acordo com a análise de solo.

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Sulcação e Adubação

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CANA-DE-ACÚCAR

Adubação mineral de plantio (sulco de plantio):


N – P2O5 – K2O e micronutrientes (B, Zn e Cu)

Adubação mineral de cobertura:


K2O: Aplicar no máximo 120 kg.ha-1 no sulco de plantio.
Quando a dose exceder esse valor, aplicar em cobertura antes
do fechamento do canavial, na operação “quebra-lombo”.
ADUBAÇÃO ORGÂNICA

Indústria sucroenergética: Dois subprodutos principais:


vinhaça e torta de filtro.
Torta de filtro: 6 a 35 kg.t-1 de cana processada.
%N %P2O5 %K2O %Ca %Mg %S
1,49 1,72 0,34 4,59 0,46 0,6
* Base seca
Pode ser aplicada em área total ou sulco de plantio.
Pode ser usada:
“In natura”: com cerca de 70 a 75 % de umidade
“Condicionada: Seca e com melhoria nos aspectos físicos.
“Enriquecida”: Além de condicionada, misturada com outros
produtos (estercos, gesso agrícola, fontes de P2O5).
ADUBAÇÃO COM MICRONUTRIENTES
Via solo:
---------------------------------------------------------------------------
Teor no solo Dose recomendada (kg.ha-1)
Zn (DTPA<0,6 mg.dm-3) 3,0 a 5,0
Cu (DTPA<0,3 mg.dm-3) 2,0 a 3,0
B (água quente<0,2 mg.dm-3) 1,0 a 2,0
----------------------------------------------------------------------------------------
obs: Doses menores para solos arenosos e maiores para solos argilosos.
Os micronutrientes devem obrigatoriamente estar agregados a fonte de
P2O5 ou revestindo todos os grânulos N-P2O5-K2O.
Outras formas de aplicação:
- Adubação líquida
- Via tolete: na “cobrição” da muda.
Plantio convencional
Aplicação de torta de filtro no sulco

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3.3- Distribuição das mudas: A maneira mais usual é o plantio com caminhões,
de preferência “traçados”, para rodar entre as linhas de sulcos, a faixa é de 8
sulcos, sendo 2 centrais por onde o caminhão transita, e 3 para cada lado. Cada
equipe de plantio é composta por quatro “jogadores”, que soltam as canas do alto
do caminhão para os “arrumadores”, também em número de quatro, estes
distribuem nos sulcos, e 3 “picadores”, fazem o seccionamento dos colmos. São
deixadas no “talude” dos sulcos mais próximos da rodagem dos caminhões as
canas para serem plantadas na “banqueta”, que é sulcada após a saída dos
caminhões. Os facões deverão ser desinfetados para controle de doenças.

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Distribuição das Mudas

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Cana no sulco de plantio

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Esquema de plantio
Pé Ponta

A
Ponta Pé
B

1,50 m
3.4- Cobrição: Essa operação deverá ser feita logo após a distribuição das mudas. O
inseticida é aplicado nessa operação para proteção dos toletes contra cupins e outras
pragas de solo; em áreas com infestação média a alta de nematóides aplica-se
simultaneamente o nematicida.

3.5- Plantio Mecanizado: O plantio semi-mecanizado ou totalmente mecanizado, é


uma tendência irreversível no setor sucroalcooleiro. Os benefícios são inúmeros:
simultaneidade de operações, sem perda de umidade e sem exposição das mudas no
sulco, pode ser realizado no período noturno, domingos e feriados, etc. Os
equipamentos disponíveis no mercado passam por evolução a cada ano, e deverão
suprir a necessidade de mão de obra que está se tornando escassa, devido ao
acréscimo das áreas plantadas.

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Cana Coberta

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3.6- Variedades: O elenco de variedades de cada Usina deverá ser balizado de
acordo com um plano hipotético de colheita, locando-as de acordo com cada
ambiente de produção (interação entre clima, planta e solo associado ao manejo
técnico).

Deve-se dar um tratamento diferenciado para as áreas de produção de mudas,


visando obter um material de boa sanidade, com a adoção de vistorias periódicas
para eliminar possíveis “misturas” de variedades, touceiras doentes e detectar
presença de pragas.

É recomendável analisar as canas de cada área (exame laboratorial) que


determina o nível de infecção pela bactéria que causa o raquitismo das soqueiras.

=> As mudas deverão ter de 10 a 12 meses de idade, são cortadas por eitos de 5
linhas, e amontoadas a cada 2 m de distancia, com os ponteiros sempre alinhados
na mesma direção para facilitar o carregamento e posterior plantio. O desponte não
deverá ser feito no solo.

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Variedades
RB 83-5486
RB85-5035
Precoce RB 85-5453
SP 91-1049
SP 86-155

SP 81-3250
RB 85-5536
Média RB 86-5547
SP 79-1011

RB 86-7515
SP 83-2847
Tardia RB 72-454
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4- Tratos Culturais de Cana Planta:

4.1- Aplicação de Herbicidas: Deverá ser aplicado logo após uma chuva que
estabilize os sulcos de plantio, pode ser usado um produto isoladamente ou em
mistura, de preferência em pré ou pós-emergência inicial das ervas e da cultura.

4.2- Capinas: Apesar do alto custo da mão de obra braçal, a capina manual ainda é
uma prática usada como método complementar de controle de ervas daninhas;
geralmente é empregada quando o período residual do herbicida se esgotou e o porte
da cana não permite outra aplicação mecanizada.

4.3- Replantio: É recomendado fazer o replantio nas áreas que, por falta ou excesso
de chuvas, a cana veio a “falhar”, essa operação visa retirar o tolete que não nasceu,
colocando outro sadio no lugar, sempre que possível deverá usar um adubo orgânico
para acondicionar a brotação das gemas.(esterco / torta de filtro).
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Aplicação de herbicidas no plantio

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5- Tratos Culturais de Cana Soca:

Os Tratos culturais terão de ser feitos no menor espaço de tempo após colheita. As
operações deverão terminar no prazo máximo de 20 dias após o final da safra, e a
aplicação de herbicidas logo em seguida.

5.1 – Cultivo e Adubação:. O cultivo da cana-de-açúcar, tem a finalidade de devol-ver


ao solo, o mais próximo possível de suas condições naturais, ou seja de suas
propriedades físicas, químicas e biológicas, e suas principais funções são a aeração do
solo (descompactação ) e a incorporação do fertilizante.A aeração obtida pela esca-
rificação do solo, diminui a compactação, melhora a absorção e retenção da água, as
trocas gasosas , acelera as reações do solo, propiciando assim o desenvolvimento do
sistema radicular e conseqüentemente da cultura.

A incorporação do fertilizante, permite sua maior disponibilidade para a cultura,


diminuindo perdas por volatilização e arrastamento por deflúvio (arraste superficial pelas
chuvas). Após o primeiro e o terceiro corte, as áreas deverão ser amostradas e se
necessário fazer as correções com gesso e ou calcário, se possível antes do cultivo ou 88
então no próximo ano.
Cultivo e adubação

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O método mais usado para se determinar a formula ou formulas de adubo para
soqueiras está baseado nos seguintes parâmetros:

Nitrogênio: de 1,0 a 1,1 kg. de N/t. de colmo a ser produzido.


Fósforo: 35 a 40 kg. de P2O5/ ha./ ano após o 2º Corte.
Potássio: 1,3 a 1,4 kg. de K2O / t. de colmo a ser produzido

Exemplo: Área com produtividade esperada de 90 tch.

Nitrogênio: 90 tch x 1,1 = 99 kg. de N


Fósforo: 40 kg. de P2O5
Potássio: 90 tch x 1,4 = 126 kg. de K2O , então com a formula
18-06-24 na quantidade de 550 kg/ha., teremos:
N = 99 kg/ha.
P = 33 kg/ha.
K = 132 kg/ha.
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5.2 Aplicação de vinhaça: Nas áreas com aplicação de vinhaça, fazer
complementação com adubo químico se, o volume aplicado não suprir as
necessidades de NPK. Tomar o cuidado de fazer um cultivo (escarificação) antes
da aplicação, para evitar escorrimento da vinhaça, ou empoçamento que venha
causar morte das plantas.

5.3 – Herbicidas: Tal como na cana planta, os herbicidas deverão ser aplicados
em pré ou pós-emergência inicial da cultura e das ervas daninhas, podem ser
usados isolados ou em misturas. Espera-se dos produtos usados que tenham
ação de controle do mato até o “fechamento” da cultura (100 a 120) dias.

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Aplicação de herbicidas – cana soca
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Tanque de vinhaça revestido

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Canal revestido com manta plástica

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Canal revestido com concreto

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Aplicação de Vinhaça

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1t de Cana-de-açúcar

Resíduos de colheita 170 kg

Caldo 430 kg

Açúcar 110 kg

Mel final 26 kg

Álcool 13L ou 80 L

Bagaço 225 kg

Torta de filtro 35 kg

Vinhaça 156L ou 1040 L

Cinza 10 kg
VI – PRAGAS E DOENÇAS:
É de grande importância econômica o monitoramento e o controle de pragas e
doenças, principalmente em áreas de “monocultura”. As principais pragas são: Broca
da Cana de Açúcar, Cigarrinha da raiz, Cupins, Migdolus, Nematóides e Formigas
Cortadeiras e as principais doenças são: Raquitismo das soqueiras, Carvão,
Mosaico, Escaldadura, Podridão Abacaxi.

1- Broca da Cana: A Diatraea saccharalis, é a principal espécie de brocas que


atacam os canaviais. As mariposas fazem a postura nas folhas e ocasionalmente nas
bainhas. As lagartas migram para a zona do cartucho, onde permanecem de uma a
duas semanas, raspando a folha ou a casca do entrenó em formação, perfuram a
casca do colmo na base dos entrenós e constroem galerias, por onde entram fungos
e outros patógenos que causam a inversão da sacarose e consequentemente a
diminuição da produção de açúcar e fermentação alcoólica.

Ocorrem durante todo o ciclo da cana de açúcar, sendo que os danos maiores são
nas plantas que apresentam entrenós formados, nas plantas jovens podem causar a 98
morte da gema apical.
As perdas estimadas são: a cada 1% do índice de infestação há uma perda de 0,77%
no peso da cana e 0,25% no açúcar recuperável na indústria.

As inspeções nas áreas tem de serem feitas a cada 15 dias, dando preferência para os
talhões com variedades mais suscetíveis, primeiros cortes, local de fertirrigação e onde
aparecem sintomas de ataque da praga.

Métodos de Controle:

a)-Controle Biológico: A Cotesia flavipes é o predador mais usado no Controle


Biológico da Broca, cuja deposição dos ovos ocorre no corpo da lagarta, após a
eclosão as larvas se alimentam da broca destruindo-a. Sua ação é antes da entrada
da lagarta nas galerias, onde estarão mais protegidas.

b)-Controle Químico: è feito com inseticidas à base de Triflumuron 480 SC, 50 ml/ha.
em pulverização aérea, as lagartas que estiverem dentro do colmo, possivelmente não
terão

controle.
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Broca da cana-de-açúcar e Cotesia flavipes

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Fêmea Macho

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2- Cigarrinha da Raiz: Essa praga Mahanarva fimbriolata, se tornou muito importante
na cultura da cana, pois na medida em que a queima da cana está sendo abolida a sua
população vem crescendo, pois a queima é um controle eficiente para esta praga.

As ninfas ao se alimentarem ocasionam uma “desordem fisiológica” em decorrência de


suas picadas que, ao atingirem os vasos lenhosos da raiz, os deterioram, impedindo ou
dificultando o fluxo de água e de nutrientes, causando a morte dos colmos, dos
perfilhos, rachaduras, brotações laterais, consequentemente redução da produtividade
e qualidade da matéria prima. Podem observadas de três a quatro gerações no ano
durante a primavera e verão.

Métodos de Controle:

a) Controle Biológico: O emprego do fungo Metarhizium anisopliae é o controle mais


usado no Controle Biológico, geralmente é aplicado em pulverizações aéreas, age
parasitando as ninfas da cigarrinha.

b) Controle Químico: É feito com inseticidas de ação sistêmica como aldicarb,


carbofuran, etc.
Evitar fazer aplicação aérea, pois são produtos que controlam grande número de 103

outros insetos, podendo causar danos ambientais.


Danos causados pelos adultos

 Sugam a seiva nas folhas


 Injetam toxinas nas folhas
 Causam “falsas estrias vermelhas”
 Interrompem a fotossíntese
 Provocam sintomas de queima
 Ocasionam o secamento das folhas

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Danos em colmos

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Danos causados pelas ninfas

 Sugam a seiva nas raízes


 Bloqueiam a translocação de seiva
 Causam a redução no desenvolvimento
 Provocam o secamento dos perfilhos

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Danos

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Ninfas parasitadas por Metarhizium anisopliae

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3- Cupins: Os cupins causam danos nos toletes plantados, penetram pelas
extremidades e destroem o tecido parênquimatoso e as gemas, causando falhas na
brotação e nas brotações atacam as raízes debilitando a planta. Os gêneros
Heterotermes e Procornitermes são os quais estão mais associados a danos nos
canaviais. Os prejuízos chegam a 10 t/ha por ano.

O Monitoramento da presença dos cupins é através de levantamentos dos níveis de


população e identificação dos gêneros e ou espécies, tem permitido o uso mais
racional dos cupinicidas. Nas áreas de renovação do canavial, o levantamento é feito
através do arranquio de soqueiras após o último corte; nas áreas de expansão planta-
se toletes para isca.

Controle: É feito com inseticidas aplicados no sulco do plantio. Os mais usados são à
base de fipronil, endosulfan e bifentrina.

109
Danos

110
4- Migdolus: O Migdolus fryanus é um besouro da família Cerambycidae, que em sua
fase larval, ataca e destrói o sistema radicular de várias culturas, entre elas a cana de
açúcar. As perdas podem variar de algumas toneladas de cana por ha. até, na maioria
dos casos a destruição total da lavoura.

Controle: É feito com inseticidas aplicados no sulco do plantio. Os mais usados são à
base de fipronil, endosulfan e bifentrina. Algumas usinas estão aplicando na aração 12
litros de endosulfan por ha. e mais 0,3 kg de fipronil no sulco de plantio. Com isso faz-
se uma barreira abaixo dos toletes impedindo que as larvas venham até a zona das
raízes. Essa operação tem proporcionado aumento na longevidade dos canaviais, em
média de duas colheitas. Armadilhas com feromônio sexual devem ser instaladas nos
meses de setembro a março (1por talhão), para monitoramento da presença da praga.

111
Migdolus

112
Monitoramento

Feromônio Sexual

- Monitoramento das áreas (set/mar) 113

- 1 armadilha/talhão
Larvas de Migdolus

114
5 – Nematóides: Os nematóides que causam mais danos na Cana são dos gêneros
Meloidogyne e Pratylenchus, as perdas podem chegar até 20%.

Controle: Entre os métodos viáveis de controle estão o controle químico e o varietal; A


rotação de culturas como os “coquetéis de leguminosas”, também tem reduzido a
população desses parasitos.

O controle químico consiste na aplicação de nematicidas no sulco de plantio e nas linhas


da cana no estagio de soqueiras. Esses produtos quando aplicados corretamente, podem
eliminar até 90% da população. Os mais usados são Carbofuran e Aldicarb (P.A.).

115
116
6- Formigas cortadeiras: Sua ocorrência é geral no Brasil e em quase todo
continente americano. Atacam a parte aérea da planta e cada formigueiro sem
controle, causa dano que pode chegar até 3 t. de cana por ha.

As dos Gêneros Atta e Acromyrmex, são as Formigas Cortadeiras que mais atacam a
Cana de Açúcar.

O controle pode ser feito através de:

.) Iscas, colocadas ao lado dos “carreiros” e próximo dos olheiros,

.) Termonebulização,

.) Inseticidas diretamente nos olheiros de abastecimento.

.) Inseticidas no sulco de plantio.

117
Formigas Cortadeiras

GENÊRO ATTA GENÊRO ACROMIRMEX

118
ÁREA DANIFICADA POR FORMIGAS

119
7- Raquitismo de Soqueiras: Causado por bactérias (Clavibacter xyli subsp. xyli ou
Leifsonia xyli subsp.xyli), é provável que essa doença seja a mais drástica para a cana.
As canas portadoras do raquitismo apresentam desenvolvimento desuniforme no
talhão, baixo perfilhamento, internódios curtos e desenvolvimento lento. A disseminação
ocorre pelo plantio de mudas contaminadas e pelo uso de ferramentas de corte também
contaminados (podão e colhedoras).

120
7- Mosaico: Essa doença é causada por vírus sugarcane mosaic virus (scmv), provoca
altos prejuízos à Agroindústria mundial, inclusive à nacional (redução de 45 a 85 % da
produtividade), chegou a dizimar certas variedades, o contagio ocorre pelo plantio de
mudas contaminadas e pelos pulgões. O principal sintoma é a alternância de tons de
verde nas estrias causadas e o verde normal das folhas. Provoca o
subdesenvolvimento das plantas e baixo perfilhamento das touceiras.

O controle consiste na escolha de variedades resistentes, plantio de mudas sadias e


eliminação das touceiras doentes “roguing”.

121
Mosaico

122
8- Carvão: Doença causada pelo fungo Ustilago scitaminea, portanto encontra nas
regiões subtropicais boas condições de desenvolvimento (verão quente e úmido e
inverno frio e seco). O sintoma é um apêndice na região apical do colmo, parecendo um
“chicote”, no inicio de cor prateada e depois ficando preta, devido a maturação dos
esporos nele contidos. Definha totalmente a touceira, gerando internódios finos e curtos.
Os rendimentos agrícola e industrial são afetados severamente.

A transmissão ocorre através do plantio de mudas contaminadas, pelo vento e o solo


contaminado pelos esporos.

O controle é feito por meio de variedades resistentes, tratamento térmico das gemas,
“roguing”, plantio de mudas sadias e proteção das mudas com fungicidas.

123
Carvão
Carvão

125
9- Escaldadura: Causada pela bactéria Xantomonas albilineans, é transmitida pelo
plantio de mudas doentes e ferramentas de corte contaminados.

Os sintomas são duas estrias cloróticas e finas nas folhas e bainhas, as folhas tornam-
se anormais, rígidas, subdesenvolvidas e eretas., provoca baixa brotação das gemas,
morte dos rebentos ou da touceira inteira, entrenós curtos e baixo rendimento em
sacarose.

O controle é feito pelo uso de variedades resistentes, plantio de mudas sadias e


desinfecção do podão na colheita.

126
Escaldadura

127
10- Podridão Abacaxi: Causada pelo fungo Ceratocytis paradoxa, essa doença é
típica dos toletes, o patógeno penetra pela extremidade cortada ou por ferimentos na
casca, destrói o tecido parenquimatoso, permanecendo indestrutíveis os
fibrovasculares, as gemas dos toletes atacados não brotam, provocando falhas na
lavoura, exala forte cheiro de abacaxi. Ocorre principalmente nos períodos mais secos
e frios.

Por precaução recomenda-se o plantio nas épocas apropriadas. Os toletes podem ser
tratados com fungicidas à base de Triadimefon.

128
Podridão Abacaxi

129
Falhas na germinação

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5- Colheita:

A colheita geralmente é feita de Maio à Novembro, é nesse período que a cultura


atinge o ponto de maturação, é recomendável terminar a safra antes do período
chuvoso do final de ano, situação que dificulta o transporte, danifica o terreno e
prejudica a qualidade da matéria prima que chega na Indústria (Impurezas
minerais alta, ATR baixo). Algumas Usinas já tem como prática iniciar a safra em
Abril.

A programação da colheita visa a determinação da época ideal de corte para cada


área, considerando um conjunto de critérios tais como: curva de maturação, idade
de corte ideal das variedades, aplicação de maturadores, capacidade de
processamento da indústria, capacidade da frota, etc.

Atualmente existem diversos programas de informática que auxiliam no


gerenciamento da colheita, que de acordo com as variáveis informadas, calculam
com exatidão qual a melhor época de corte para cada área (margem de
131
contribuição), essas informações deverão ser conferidas com as análises das canas
de cada talhão ou bloco (pré-colheita).
PONTO DE MATURAÇÃO
IM=BRIX DA PONTA DO COLMO
BRIX DA BASE DO COLMO
ADMITEM-SE PARA A CANA-DE-AÇÚCAR, OS SEGUINTES ESTÁGIOS DE
MATURAÇÃO:

IM Estágio de Maturação

< 0,60 cana verde


0,60 - 0,85 cana em maturação
0,85 - 1,00 cana madura
> 1,00 cana em declínio de
maturação
5.1 – Análises de Pré-Colheita: Essa análises são feitas à partir de uma amostra
composta de 10 (dez) canas colhidas seguidamente na linha da cana, distando por 10
metros dos carreadores, dos terraços e de formigueiros., pelo menos com dez dias de
antecedência do corte. Essas análises determinam a POL, ATR, FIBRA, e outros
índices que auxiliam na decisão do corte.

5.2 – Maturadores: Os maturadores químicos poderão ser aplicados para adiantar o


inicio da safra, são produtos que tem a propriedade de paralisar o desenvolvimento da
cana, induzindo a translocação e o armazenamento dos açúcares, Alguns produtos tem
ação inibidora do florescimento, viabilizando em alguns casos o seu uso para esse fim, a
aplicação desses produtos é por via aérea e deverá ser feita com 45 a 70 dias antes da
colheita. Estudos sobre aplicações (épocas e dosagens) desses produtos tem
mostrados que se usados corretamente podem representar ganhos de até 10% no teor
de sacarose.
133
5.3 - Queima de Cana: Os locais à serem colhidos são eleitos com dez dias de
antecedência, para dar tempo de fazer os aceiros e preparar o trânsito dos caminhões.
A queima da cana deverá ser feita de acordo com a legislação do PEQ (Estado de
São Paulo), informando os talhões com pelo menos 96 horas de antecedência,
sempre após as 20 horas e com equipe de “queimadores” treinados e com roupas e
equipamentos adequados para essa atividade.

5.4 – Corte de Cana Manual: Esta atividade pode ser realizada em cana quei-mada
ou crua, quando queimada os rurícolas em média cortam de 8 a 10 t. por dia. O corte
manual é feito por eitos de 5 linhas de cana simultaneamente que tem de ser colhida
fazendo as leiras ou montes de canas para facilitar o carregamento.

134
5.4 – Corte de Cana Mecanizado: Esta operação é realizada preferencialmen-

te em cana crua. As colhedoras tem rendimento médio de 800 t. de cana por dia.

As áreas devem ter declividade menor que 12% e estar devidamente sistemati-

zada (tiros longos), evitando manobras em demasia.


5.4.1 Aspectos que influenciam na colheita
• Topografia (relevo)
• Layout do talhão
• Velocidade da colhedora
• Variedade
• Produtividade
• Colhedora
• Umidade
• Altura do corte de base
• Habilidade operacional
• Presença de ervas daninhas
• Riscos de acidentes
• Logística de Transbordo
135
Corte manual

136
Corte manual

137
138
5.6 – Carregamento: O carregamento é específico para as canas colhidas
manualmente.

Essa operação necessita de monitoramento constante para que as canas


carregadas estejam livres de impurezas minerais. O resultado dessa operação
quando bem feita, tem reflexo altamente positivo, no processamento industrial,
evitando a lavagem das canas, desgaste das moendas e caldeiras e perdas de
açúcar por arraste nas águas de lavagens, etc.

Na colheita mecanizada, as canas são colocadas nos compartimentos, através de


transbordos ou diretamente da colhedora. Para tracionar os transbordos, as “julietas”
e auxiliar os caminhões na saída do talhão são usados Tratores. Para “rebocar”
esses equipamentos, são necessário tratores com o mínimo de 150 cv de potência.

5.7- Transporte de canas: O transporte de cana é feito caminhões de diversas


capacidades, alocados de acordo com a distância, o relevo das áreas e a
distribuição espacial das fazendas que vão trabalhar. O dimensionamento do
139
transporte é de suma importância para manter o abastecimento diário da usina.
Carregamento

140
Transporte de cana

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LITERATURA CONSULTADA:

VITTI,G.C.; MAZZA, J.A. Aspectos importantes no manejo da cana de açúcar.


ARIZONO,H. Bula 2.002.
DEMATTÊ, J.L.I. Recuperação e manutenção da fertilidade dos solos (Revista
Visão Agrícola USP/ESALQ) – n.1,p.49-59,2004.
MACEDO,D.; MACEDO,N. As Pragas de maior incidência nos canaviais e seu
controle (Revista Visão Agrícola USP/ESALQ) – n.1,p.38-46,2004.

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