Sílabas
Sílabas são fonemas emitidos de uma só vez. Isso é percebido mais facilmente quando fazemos exercícios de
separação silábica e dividimos as palavras conforme elas são pronunciadas.
Assim, a palavra mar tem uma sílaba, enquanto on-da tem duas; bi-quí-ni, três e bra-si-lei-ros, quatro sílabas.
Em cada sílaba há sempre uma vogal, por isso, lembre-se: as sílabas são elemento obrigatório; não existe sílaba
sem vogal!
As palavras são classificadas conforme o número sílabas:
Monossílabas: palavras que têm apenas uma sílaba. Exemplos: mão, pai, pé.
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Dissílabas: palavras que têm duas sílabas. Exemplos: pa-pai, sal-to, ta-to.
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Trissílabas: palavras que têm três sílabas. Exemplos: cor-ti-na, sa-co-la, sa-pa-to.
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Polissílabas: palavras que têm quatro ou mais sílabas. Exemplos: bi-lhe-te-ri-a, com-pu-ta-dor, fo-to-gra-fi-a.
Saiba tudo sobre Monossílabos.
As sílabas, por sua vez, são classificadas conforme a ênfase com que são pronunciadas e conforme
a localização da sílaba mais forte na palavra. Assim:
Quanto à Intensidade
Tônicas: sílabas emitidas com mais ênfase, mais força. Exemplos: ca-fé, ce-lu-lar, por-ta.
Átonas: sílabas emitidas com menos ênfase, menos força. Exemplos: ca-fé, ce-lu-lar, por-ta.
Para quem quiser saber mais: Sílaba Tônica e Átona!
Quanto à Posição da Sílaba Tônica
Oxítonas: a sílaba mais forte é a última sílaba da palavra. Exemplos: a-tum, cha-péu, vo-cê.
Paroxítonas: a sílaba mais forte é a penúltima sílaba da palavra. Exemplos: ca-dei-ra, ja-ne-la, te-cla-do
Proparoxítonas: a sílaba mais forte é a antepenúltima sílaba da palavra. Exemplos: ár-vo-re, aus-trí-a-co, lâm-pa-
da.
Você sabe o que são Sílabas Canônicas e não Canônicas?
As sílabas canônicas são aquelas formadas por uma consoante e uma vogal (C + V), seguindo sempre essa ordem.
As sílabas não canônicas não seguem essa disposição. Elas podem ser formadas somente por vogal (V) ou por vogal
e consoante (V + C), entre outras opções, tal como acontece com os encontros consonantais.
Exemplos: ad-je-ti-vo, ca-ne-ta, e-la, es-co-la.
São sílabas canônicas: -je, -ti, -vo (da palavra adjetivo); ca-,-ne,-ta (da palavra caneta); -la (da palavra ela); -co,-la
(da palavra escola).
São sílabas não canônicas: ad- (da palavra adjetivo); e-(da palavra ela).
E as Sílabas Abertas e Fechadas?
As sílabas abertas terminam por uma vogal, enquanto as fechadas terminam por consoante.
Exemplos de sílabas abertas: a-ba-ca-te, ci-da-de, ma-la.
Exemplos de sílabas fechadas: ad-ver-tir, al-tar, op-tar.
Sabe separar as sílabas? Tire todas as suas dúvidas em Separação Silábica.
Exercícios
1. Classifique as palavras conforme o número de sílabas.
a) mãe
b) atitude
c) alçapão
d) gratuito
e) ibero
a) monossílaba
b) polissílaba
c) trissílaba
d) trissílaba
e) trissílaba
a) bis-a-vó
b) cor-dões
c) a-mor
d) in-tui-to
e) cha-péu
VER RESPOSTA
a) bi-sa-vó
Ditongo
Ditongo é o encontro vocálico de uma vogal e uma semivogal (V+ SV) ou de uma semivogal e uma vogal
(SV + V) na mesmasílaba.
Exemplos: cai-xa (V + SV), de-grau (V + SV), sé-rie (SV + V).
Os ditongos podem ser Crescentes ou Decrescentes, Orais e Nasais.
Ditongo Crescente
É o ditongo em que a semivogal vem antes da vogal (SV + V).
Exemplos: gló-ria, má-goa, pin-guim.
Ditongo Decrescente
É o ditongo em que a vogal vem antes da semivogal (V + SV).
Exemplos: vai-dade, lei-te, céu.
Ditongos Oral e Nasal
Os ditongos orais são emitidos pela boca. Os ditongos nasais, por sua vez, são emitidos pela boca e pelas fossas
nasais.
Orais: cha-péu, or-quí-dea, pau.
Nasais: gra-tui-to, mãe, põe.
Palavras com Ditongo
1. alemães
2. cai
3. ceia
4. frouxo
5. história
6. meia
7. mói
8. moita
9. muito
10. Neusa
11. noite
12. pai
13. pão
14. papaia
15. pátria
16. peixe
17. quadrado
18. qual
19. queijo
20. queixa
21. sabão
22. saia
23. saudade
3
24. sério
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25. teia
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Com o Novo Acordo Ortográfico, os ditongos "oi" das palavras paroxítonas deixam de receber acento
tônico. Exemplos: as-te-roi-de, ce-fa-loi-de, pa-ra-noi-co (antes: asteróide, cefalóide, paranóico).
O mesmo acontece com os ditongos "ei". Exemplos: a-tei-a, eu-ro-pei-a, pro-so-po-pei-a (antes: atéia, européia e
prosopopéia).
Ditongo, Tritongo e Hiato
Existem também outros encontros vocálicos: o tritongo e o hiato.
O tritongo é o encontro de uma semivogal com uma vogal e mais uma semivogal (SV + V + SV) na mesma sílaba.
O hiato é o encontro de duas vogais (V + V) em sílabas diferentes.
Há especialmente duas características que distinguem os encontros vocálicos:
1. Uma respeita ao número de vogais e semivogais. Assim, enquanto no ditongo temos o encontro de uma vogal e de
uma semivogal (dois = V + SV ou SV + V), no tritongo, há duas semivogais e uma vogal (três = SV + V + SV), nas
mesmas sílabas.
2. A outra respeita à separação desses encontros a partir do momento em que são pronunciados, de modo que,
enquanto no ditongo há o encontro de dois fonemas - vogal e semivogal - na mesma sílaba, no hiato o encontro
das duas vogais acontece em sílabas distintas.
Separação de Sílabas
A Separação Silábica, também chamada de divisão silábica, é a delimitação das palavras em sílabas, cuja ação é
marcada pelo hífen.
Vale lembrar que não existe sílaba sem vogal, visto ela ser a base da sílaba, ou seja, é um elemento obrigatório.
Como Separar Sílabas?
Confira abaixo as regras para a separação das sílabas.
Separam-se:
Vogais idênticas
ca-fe-ei-ra
fri-ís-si-mo
ál-co-ol
co-o-pe-ran-te
em-pre-en-de-dor
vo-o
Hiatos
di-a
sa-ú-de
ru-im
vo-ar
fi-el
ru-í-na
Dígrafos rr, ss, sc, sç, xc
ter-ra
vas-sou-ra
as-si-na-lar
des-ci-da
des-ça
ex-ce-der
Não se separam:
Ditongos
i-dei-a
cha-péu
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prai-a
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noi-te
a-ni-mais
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pa-pa-gai-o
Tritongos
U-ru-guai
a-ve-ri-guar
a-ve-ri-guei
en-xa-guar
sa-guão
i-guais
Dígrafos ch, lh, nh, qu, gu
cha-ve
fo-lhe-ar
ar-ra-nhar
qu-ão
á-gua
Pa-ra-guai
Encontros Consonantais Perfeitos
blu-sa
pre-to
a-tlân-ti-co
li-vra-ri-a
bi-bli-o-te-ca
bru-ta
Translineação das Palavras
A translineação é a separação de uma palavra dentro de um texto, que ocorre na mudança de linha.
Nem sempre a translineação respeita as regras da separação silábica.
Regras
1) Não deixar uma vogal sozinha no início ou no fim da palavra.
Exemplos:
palavra: ideia
separação silábica: i-dei-a
translineação: não é possível.
palavra: atlântico
separação silábica: a-tlân-ti-co
translineação: atlân-/tico ou atlânti-/co
2) O hífen deve iniciar a linha quando a translineação coincidir com o hífen da palavra na linha anterior. (Vale
lembrar que antes no Novo Acordo Ortográfico a repetição do hífen era opcional).
Exemplos: pré-/-história, pós-/-graduação
Artigo Definido
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Os artigos definidos, como o próprio nome indica, definem ou individualizam os substantivos, seja uma pessoa,
objeto ou lugar. São eles:
Artigo Definido Gênero Número
o masculino singular
a feminino singular
os masculino plural
as feminino plural
Exemplos
O garoto foi jantar na casa dos pais
Ganhamos a bicicleta que esperávamos.
Luísa aproveitou para rever os amigos.
As meninas foram viajar.
Em todos os exemplos, podemos notar a precisão de tais pessoas ou objetos pelo emprego correto do artigo
definido. Isso porque ele determina de maneira exata o substantivo em questão: o garoto, a bicicleta, os amigos e
as meninas.
Assim, fica claro que o artigo definido indica de modo particular o substantivo já conhecido. Note que estes estão
presentes no texto ou no pensamento do locutor (emissor, autor) ou do interlocutor (receptor, ouvinte).
Artigo Indefinido
Os artigos indefinidos determinam de maneira vaga, indeterminada ou imprecisa, uma pessoa, objeto ou lugar ao
qual não se fez menção anterior no texto. São eles:
Artigo Indefinido Gênero Número
um masculino singular
Substantivos
Substantivo é uma classe de palavras que nomeia seres, objetos, fenômenos, lugares, qualidades, ações, dentre
outros.
Eles podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e
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diminutivo).
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Tipos de Substantivos
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Os substantivos são classificados em nove tipos: comum, próprio, simples, composto, concreto, abstrato, primitivo,
derivado e coletivo.
Substantivo Comum
Os substantivos comuns são as palavras que designam os seres da mesma espécie de forma genérica:
Exemplos: pessoa, gente, país.
Substantivo Próprio
Os substantivos próprios, grafados em letra maiúscula, são palavras que particularizam seres, entidades, países,
cidades, estados da mesma espécie.
Exemplos: Brasil, São Paulo, Maria.
Substantivo Simples
Os substantivos simples são formados por apenas uma palavra.
Exemplos: casa, carro, camiseta.
Substantivo Composto
Os substantivos compostos são formados por mais de uma palavra.
Exemplos: guarda-chuva, guarda-roupa, beija-flor.
Substantivo Concreto
Os substantivos concretos designa as palavras reais, concretas, sejam elas pessoas, objetos, animais ou lugares.
Exemplos: menina, homem, cachorro.
Substantivo Abstrato
Os substantivos abstratos são aqueles relacionados aos sentimentos, estados, qualidades e ações.
Exemplos: beleza, alegria, bondade.
Substantivo Primitivo
Os substantivos primitivos, como o próprio nome indica, são aqueles que não derivam de outras palavras.
Exemplos: casa, folha, chuva.
Substantivo Derivado
Os substantivos derivados são aquelas palavras que derivam de outras.
Exemplos: casarão (derivado de casa), folhagem (derivado de folha), chuvarada (derivado de chuva).
Substantivo Coletivo
Substantivos Coletivos são palavras que indicam o agrupamento de pessoas, seres, coisas, objetos ou animais da
mesma espécie.
Exemplos
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Alguns substantivos coletivos de "unidade de tempo" são: dia, semana, mês, ano, bimestre, semestre, trimestre,
década, século, milênio.
Os dicionários servem, entre outras coisas, para ampliar o conhecimento dos substantivos coletivos uma vez que
além da definição do vocábulo, seja animal, planta ou ser, também designa seu substantivo coletivo, se houver.
O substantivo coletivo de Faculdade é Universidade; de mapa é atlas; de estrelas é constelação.
Adjetivos
Adjetivo é a classe de palavras encarregada de atribuir características aos substantivos, ou seja, ele indica suas
qualidades e estados.
Os adjetivos são termos que variam em gênero (feminino e masculino), número (singular e plural) e grau
(comparativo e superlativo), sendo classificados em: simples, composto, primitivo e derivado.
Tipos de Adjetivos
Adjetivo Simples - apresenta somente um radical. Exemplos: pobre, magro, triste.
Adjetivo Composto - apresenta mais de um radical. Exemplos: luso-brasileiro, superinteressante.
Adjetivo Primitivo - palavra que dá origem a outros adjetivos. Exemplos: bom, alegre, puro.
Adjetivo Derivado - palavras que derivam de substantivos ou verbos. Exemplos: escultor (verbo esculpir), formoso
(substantivo formosura).
Saiba mais sobre os tipos de adjetivos nos artigos:
Adjetivo Simples
Adjetivo Composto
Adjetivos Primitivos e Derivados
Gênero dos Adjetivos
Adjetivos Uniformes - apresentam uma forma para os dois gêneros (feminino e masculino). Exemplo: feliz.
Adjetivos Biformes - a forma varia conforme o gênero (masculino e feminino). Exemplo: carinhoso, carinhosa.
Número dos Adjetivos
Os adjetivos podem estar no singular ou no plural, concordando com o número do substantivo a que se referem.
Assim, a sua formação se assemelha à dos substantivos.
Conheça as regras em Flexão dos Adjetivos.
Grau dos Adjetivos
Quanto ao grau, os adjetivos são classificados em:
Comparativo: utilizado para comparar qualidades.
Superlativo: utilizado para intensificar qualidades.
Grau Comparativo
Comparativo de Igualdade - O professor de matemática é tão bom quanto o de geografia.
Comparativo de Superioridade - Marta é mais habilidosa do que a Patrícia.
Comparativo de Inferioridade - João é menos feliz que Pablo.
Grau Superlativo
Superlativo Absoluto:
o Analítico - A moça é extremamente organizada.
o Sintético - Luiz é inteligentíssimo.
Superlativo Relativo de:
o Superioridade - A menina é a mais inteligente da turma.
o Inferioridade - O garoto é o menos esperto da classe.
Saiba tudo sobre a formação dos graus comparativos e superlativo em: Grau dos Adjetivos e Grau Superlativo.
Adjetivos Pátrios
Chamados também de "adjetivos gentílicos", os adjetivos pátrios indicam o local de origem ou nacionalidade da
pessoa, por exemplo: brasileiro, carioca, paulista, europeu, espanhol.
Locução Adjetiva
A locução adjetiva é o conjunto de duas ou mais palavras que possuem valor de adjetivo. Exemplos:
Amor de mãe - Amor maternal
Doença de boca - doença bucal
Pronome Adjetivo
Os pronomes adjetivos são aqueles em que o pronome exerce a função de adjetivo. Surgem acompanhados do
substantivo, modificando-os. Exemplos:
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Advérbio
Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. São flexionados em grau
(comparativo e superlativo) e divididos em: advérbios de modo, intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação,
dúvida.
Classificação dos Advérbios
De acordo com a circunstância que os advérbios exprimem nas frases, eles podem ser:
Advérbio de Modo
Bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, devagar, acinte, debalde e grande parte das palavrasque
terminam em "-mente": cuidadosamente, calmamente, tristemente, dentre outros.
Exemplos:
Fui bem na prova.
Estava andando depressa por causa da chuva.
Advérbio de Intensidade
Muito, demais, pouco, tão, quão, demasiado, bastante, imenso, demais, mais, menos, quanto, quase, tanto, assaz,
tudo, nada, todo.
Exemplos:
Comeu demasiado naquele almoço.
Ela gosta bastante dele.
Advérbio de Lugar
Aí, aqui, acolá, cá, lá, ali, adiante, abaixo, embaixo, acima, adentro, dentro, afora, fora, defronte, atrás, detrás ,
atrás, além, aquém, antes, algures, nenhures, alhures, aonde, longe, perto.
Exemplos:
Minha casa é ali.
O livro está embaixo da mesa.
Advérbio de Tempo
Hoje, já, afinal, logo, agora, amanhã, amiúde, antes, ontem, tarde, breve, cedo, depois, enfim, entrementes, ainda,
jamais, nunca, sempre, doravante, outrora, primeiramente, imediatamente, antigamente, provisoriamente,
sucessivamente, constantemente.
Exemplos:
Ontem estivemos numa reunião de trabalho.
Sempre estamos juntos.
Advérbio de Negação
Não, nem, tampouco, nunca, jamais.
Exemplos:
Jamais reatarei meu namoro com ele.
Não saiu de casa naquela tarde.
Advérbio de Afirmação
Sim, deveras, indubitavelmente, decididamente, certamente, realmente, decerto, certo, efetivamente.
Exemplos:
Certamente passearemos nesse domingo.
Ele gostou deveras do presente de aniversário.
Advérbio de Dúvida
Possivelmente, provavelmente, acaso, porventura, quiçá, será, talvez, casualmente.
Exemplos:
Provavelmente irei ao banco.
Quiçá chova hoje.
Veja também as Classificação dos Advérbios.
Flexão dos Advérbios
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Os advérbios são consideradas palavras invariáveis pois não sofrem flexão de número (singular e plural) e gênero
(masculino, feminino); porém, são flexionadas nos graus comparativo e superlativo.
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Grau Comparativo
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Preposição
Preposição é a palavra invariável que liga dois termos da oração numa relação de subordinação donde,
geralmente, o segundo termo subordina o primeiro.
Tipos e Exemplos de Preposições
Preposição de lugar: O navio veio de São Paulo.
Preposição de modo: Os prisioneiros eram colocados em fila.
Preposição de tempo: Por dois anos ele viveu aqui.
Preposição de distância: A cinco quilômetros daqui passa uma estrada.
Preposição de causa: Com a seca, o gado começou a morrer.
Preposição de instrumento: Ele cortou a árvore com o machado.
Preposição de finalidade: A praça foi enfeitada para a festa.
Classificação das Preposições
As preposições podem ser divididas em dois grupos:
1. Preposições Essenciais – são as palavras que só funcionam como preposição, a saber: a, ante, após, até, com,
contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
2. Preposições Acidentais – são as palavras de outras classes gramaticais que, em certas frases funcionam como
preposição, a saber: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto
etc.
Locuções Prepositivas
A locução prepositiva é formada por duas ou mais palavras com o valor de preposição, sempre terminando por
uma preposição, por exemplo:
abaixo de, acima de, a fim de, além de, antes de, até a, depois de, ao invés de, ao lado de, em que pese a, à custa
de, em via de, à volta com, defronte de, a par de, perto de, por causa de, através de, etc.
Combinação, Contração e Crase
Importante notar que, algumas preposições podem aparecer combinadas com outras palavras. Assim, quando na
junção dos termos não houver perda de elementos fonéticos, teremos uma combinação, por exemplo:
ao (a + o)
aos (a + os)
aonde (a + onde
Por conseguinte, quando da junção da preposição com outra palavra houver perda fonética, teremos a
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Pronomes
Os pronomes representam a classe de palavras que substituem ou acompanham os substantivos.
De acordo com a função que exercem, eles são classificados em:
Pronomes Pessoais
Pronomes Possessivos
Pronomes Demonstrativos
Pronomes de Tratamento
Pronomes Indefinidos
Pronomes Relativos
Pronomes Interrogativos
Tipos de Pronomes
Pronomes Pessoais
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam a pessoa do discurso e são classificados em dois tipos:
Pronomes Pessoais do Caso Reto: exercem a função de sujeito, por exemplo: Eu gosto muito da Ana.
Pronomes Pessoais do Caso Oblíquo: substituem os substantivos e complementam os verbos, por exemplo:
Está comigo seu caderno.
Pessoas Verbais Pronomes do Caso Reto Pronomes do Caso Oblíquo
3ª pessoa do plural eles, elas os, as, lhes, se, si, consigo.
Leia Pronome oblíquo átono.
Vale lembrar que os pronomes oblíquos “o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na, nos, nas” funcionam somente
como objeto direto.
Pronomes Possessivos
Os pronomes possessivos são aqueles que transmitem a ideia de posse, por exemplo: Essa caneta é sua?
Pessoas Verbais Pronomes Possessivos
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2ª pessoa do singular (tu, você) teu, tua (singular); teus, tuas (plural)
2ª pessoa do plural (vós, vocês) vosso, vossa (singular); vossos, vossas (plural)
Primeira este, esta, estes, quando o elemento está com a pessoa que Isto não é
Pessoa estas, isto fala meu.
Senhor (es) e Sr, Sr.ª (singular) e Tratamento formal e respeitoso usado para pessoas
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Pronomes de
Abreviações Emprego
Tratamento
Deputados, Embaixadores.
Vossa
V. Mag.ª/V. Mag.ªs Usados para os reitores das Universidades.
Magnificência
V.A.(singular) e
Vossa Alteza Utilizado para príncipes, princesas, duques.
V.V.A. A. (plural)
Vossa V. Rev.m.ª/V.
Utilizado para sacerdotes e religiosos em geral.
Reverendíssima Rev.m.ªs
Pronomes Indefinidos
Empregados na 3ª pessoa do discurso, o próprio nome já indica que os pronomes indefinidos substituem ou
acompanham o substantivo de maneira vaga ou imprecisa. Veja abaixo a tabela e alguns exemplos:
Classificação Pronomes Indefinidos Exemplos
Alguém deve me
explicar a matéria.
Invariáveis quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada. Cada pessoa deve
escolher seu
caminho.
Pronomes Relativos
Os pronomes relativos se referem a um substantivo já dito anteriormente na oração. Podem ser palavras variáveis
e invariáveis.
Classificação Pronomes Relativos Exemplos
Daniel visitou o
local onde nasceu seu avô.
Invariáveis quem, que, onde.
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Pronomes Interrogativos
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis empregadas para formular perguntas diretas e
indiretas.
Classificação Pronomes Interrogativos Exemplos
Conjunção
Conjunção é um termo que liga duas orações ou duas palavras de mesmo valor gramatical, estabelecendo uma
relação entre eles.
Exemplos:
Ele joga futebol e basquete. (dois termos semelhantes)
Eu iria ao jogo, mas estou sem companhia. (duas orações)
Classificação das Conjunções
As conjunções são classificas em dois grupos: coordenativas e subordinativas.
Conjunções Coordenativas
As conjunções coordenativas são aquelas que ligam duas orações independentes. São divididas em cinco tipos:
1. Conjunções Aditivas
Essas conjunções exprimem soma, adição de pensamentos: e, nem, não só...mas também, não só...como também.
Exemplo: Ana não fala nem ouve.
2. Conjunções Adversativas
Exprimem oposição, contraste, compensação de pensamentos: mas, porém, contudo, entretanto, no entanto,
todavia.
Exemplo: Não fomos campeões, todavia exibimos o melhor futebol.
VEJA TAMBÉM: Conjunções Adversativas
3. Conjunções Alternativas
Conjunções Subordinativas
As conjunções subordinativas servem para ligar orações dependentes uma da outra e são divididas em dez tipos:
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1. Conjunções Integrantes
Introduzem orações subordinadas com função substantiva: que, se.
Exemplo: Quero que você volte já. Não sei se devo voltar lá.
2. Conjunções Causais
Introduzem orações subordinadas que dão ideia de causa: que, porque, como, pois, visto que, já que, uma vez que.
Exemplo: Não fui à aula porque choveu. Como fiquei doente não pude ir à aula.
3. Conjunções Comparativas
Introduzem orações subordinadas que dão ideia de comparação: que, do que, como.
Exemplo: Meu professor é mais inteligente do que o seu.
4. Conjunções Concessivas
Iniciam orações subordinadas que exprimem um fato contrário ao da oração principal: embora, ainda que, mesmo
que, se bem que, posto que, apesar de que, por mais que, por melhor que.
Exemplo: Vou à praia, embora esteja chovendo.
5. Conjunções Condicionais
Iniciam orações subordinadas que exprimem hipótese ou condição para que o fato da oração principal se realize
ou não: caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que.
Exemplo: Se não chover, irei à praia.
6. Conjunções Conformativas
Iniciam orações subordinadas que exprimem acordo, concordância de um fato com outro: segundo, como,
conforme.
Exemplo: Cada um colhe conforme semeia.
7. Conjunções Consecutivas
Iniciam orações subordinadas que exprimem a consequência ou o efeito do que se declara na oração principal:
que, de forma que, de modo que, de maneira que.
Exemplo: Foi tamanho o susto que ela desmaiou.
8. Conjunções Temporais
Iniciam orações subordinadas que dão ideia de tempo: logo que, antes que, quando, assim que, sempre que.
Exemplo: Quando as férias chegarem, viajaremos.
9. Conjunções Finais
Iniciam orações subordinadas que exprimem uma finalidade: a fim de que, para que.
Exemplo: Estamos aqui para que ele fique tranquilo.
10. Conjunções Proporcionais
Iniciam orações subordinadas que exprimem concomitância, simultaneidade: à medida que, à proporção que, ao
passo que, quanto mais, quanto menos, quanto menor, quanto melhor.
Exemplo: Quanto mais trabalho, menos recebo.
Leia também:
Orações Subordinadas
Período Composto por Subordinação
Exercícios
1. (PUC-SP) No período: "Da própria garganta saiu um grito de admiração, que Cirino acompanhou, embora com
menos entusiasmo", a palavra destacada expressa uma ideia de:
a) explicação.
b) concessão.
c) comparação.
d) modo.
e) consequência.
2. (PUC-SP) Assinale a alternativa que possa substituir, pela ordem, as partículas de transição dos períodos abaixo,
sem alterar o significado delas.
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"Em (primeiro lugar), observemos o avô. (Igualmente), lancemos um olhar para a avó.
(Também) o pai deve ser observado. Todos são altos e morenos. (Consequentemente), a filha também será
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morena e alta."
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3. (PUC-SP) Em: “… ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas…” a partícula como expressa
uma ideia de:
a) comparação
b) causa
c) explicação
d) conclusão
e) proporção.
Interjeição
A interjeição é uma palavra invariável (não sofre variação em gênero, número e grau), que representa um recurso
da linguagem afetiva, de modo que expressa sentimentos, sensações, estados de espírito, sendo sempre
acompanhadas de um ponto de exclamação (!).
As interjeições são consideradas “palavras-frases” na medida em que representam frases-resumidas, formadas
por sons vocálicos (Ah! Oh! Ai!), por palavras (Droga! Psiu! Puxa!) ou por um grupo de palavras, nesse caso,
chamadas de locuções interjetivas (Meu Deus! Ora bolas!).
Tipos de Interjeições
Apesar de não possuírem uma classificação rigorosa, posto que a mesma interjeição pode expressar sentimentos
ou sensações distintas, as interjeições ou locuções interjetivas são classificadas em:
Advertência: Cuidado!, Olhe!, Atenção!, Fogo!, Olha lá!, Alto lá!, Calma!, Devagar!, Sentido!, Alerta!, Vê bem!,
Volta aqui!
Afugentamento: Fora!, Toca!, Xô!, Xô pra lá!, Passa!, Sai!, Roda!, Arreda!, Rua!, Cai fora!, Vaza!
Agradecimento: Graças a Deus!, Obrigado!, Agradecido!, Muito obrigada!, Valeu!, Valeu a pena!
Alegria: Ah!, Eh!, Oh!, Oba!, Eba!, Viva!, Olá!, Olé! Eta!, Eita!, Eia!, Uhu!, Que bom!
Alívio: Ufa!, Uf!, Arre!, Ah!, Eh!, Puxa!, Ainda bem!, Nossa senhora!
Ânimo: Coragem!, Força!, Ânimo!, Avante!, Eia!, Vamos!, Firme!, Inteirinho!, Bora!
Apelo: Socorro!, Ei!, Ô!, Oh!, Alô!, Psiu!, Olá!, Eh!, Psit!, Misericórdia!
Aplauso: Muito bem!, Bem!, Bravo!, Bis!, É isso aí!, Isso!, Parabéns!, Boa!, Apoiado!, Ótimo!, Viva!, Fiufiu!, Hup!,
Hurra!
Chamamento: Alô!, Olá!, Hei!, Psiu!, ô!, oi!, psiu!, psit!, ó!
Concordância: Claro!, Certo!, Sem dúvida!, Ótimo!, Então!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!
Contrariedade: Droga!, Porcaria!, Credo!
Desculpa: Perdão!, Opa!, Desculpa!, Desculpe!, Foi mal!
Desejo: Oxalá!, Tomara!, Quisera!, Queira Deus!, Quem me dera!
Despedida: Adeus!, Até logo!, Tchau!, Até amanhã!
Dor: Ai!, Ui!, Ah!, Oh!, Meu Deus!, Ai de mim!
Dúvida: Hum?, hem?, hã?, Ué!, Epa!
Espanto: Oh!, Puxa!, Quê!, Nossa!, Nossa mãe!, Virgem!, Caramba!, Xi!, Meu Deus!, Senhor Jesus!, Ui!, Crê em
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Deus pai!
Estímulo: Ânimo!, Coragem!, Adiante!, Avante!, Vamos!, Eia!, Firme!, Força!, Toca!, Upa!, Vai nessa!
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Medo: Oh!, Credo!, Cruzes!, Ui!, Ai!, Uh!, Barbaridade!, Socorro!, Francamente!,, Que medo!, Jesus!, Jesus Maria e
José!
Satisfação: Viva!, Oba!, Boa!, Bem!, Bom!, Upa!, Ah!
Saudação: Alô!, Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau!, Salve!, Ave!, Viva!
Silêncio: Psiu!, Shh!, Silêncio!, Basta!, Chega!, Calado!, Quieto!, Bico fechado!
Locução Interjetiva
As locuções interjetivas são compostas de uma ou mais palavras que desempenham o papel da interjeição. Com
efeito, se a interjeição é uma palavra que expressa uma ideia, a locução interjetiva trabalha da mesma forma, por
exemplo: Ai de mim!, Puxa vida!, Virgem Santa!, Valha-me Deus!, Cruz Credo!, Quem me dera!
Numeral
Numeral é a classe de palavra variável (flexionadas em número e gênero) encarregada de determinar a quantidade
de pessoas, objetos, coisas ou o lugar ocupado numa dada sequência.
Em outros termos, o numeral é a palavra que indica, em termos numéricos, um número exato ou a posição que tal
coisa ocupa numa série.
Classificação dos Numerais
Os numerais são classificados em cinco tipos, a saber:
Cardinais
Forma básica dos números (1, 2, 3,4,5…), as quais adjetivam uma quantidade, sendo que alguns deles variam em
gênero, por exemplo: um-uma, dois-duas, alguns no grupo das centenas (duzentos, duzentas, trezentos, trezentas,
etc.).
Além disso, alguns números cardinais variam em número, como é o caso: milhão-milhões, bilhão-bilhões, trilhão-
trilhões, e assim por diante.
Ordinais
Indica ordem de uma sequência, ou seja, representa a ordem de sucessão e uma série, seja de seres, coisas ou
objetos (primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto…).
Importante destacar que alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo. São palavras que variam em
gênero (masculino-feminino) e número (singular e plural), por exemplo: primeiro-primeira, primeiros-primeiras;
terceiro-terceira, terceiros-terceiras, etc.
Fracionários
São os números fracionários que indicam a diminuição das proporções numéricas, ou seja, representam uma parte
de um todo, por exemplo, ¼ (lê-se um quarto, um sobre quatro), ½ (lê-se meio ou metade, um sobre dois), ¾ (lê-se
três quartos ou três sobre quatro).
Para saber mais sobre os números fracionários, acesse o link: Frações
Coletivos
Número exato que faz referência a um conjunto de seres, por exemplo, dúzia (conjunto de 12), dezena (conjunto
de 10), centena (conjunto de 100), semestre (conjunto de 6), bimestre (conjunto de 2).
Os números coletivos sofrem a flexão de número (singular e plural): dúzia-dúzias, dezena-dezenas, centenas-
centenas.
Multiplicativos
Relaciona um conjunto de seres, objetos ou coisas, dando-lhes uma característica, de forma que determina o
aumento da quantidade por meio de múltiplos, por exemplo, dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, etc.
Os multiplicativos são numerais, flexionados em gênero e número quando atuam em função adjetiva, e, do
contrário, são invariáveis (função substantiva).
Dessa forma, de acordo com sua função, os numerais podem apresentar valor de substantivo ou adjetivo, sendo
classificados em:
Numerais substantivos: caracterizados pelos numerais multiplicativos, esses numerais podem substituir outros
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indicando valor adjetivo. Exemplo: Essa carne é de segunda (indica a qualidade da carne).
Tabela de Numerais
21
um (1) primeiro - -
Conectivos
Conectivos são palavras ou expressões que interligam as frases, períodos, orações, parágrafos, permitindo a
sequência de ideias.
Esse papel é desempenhado, sobretudo, pelas conjunções, palavras invariáveis usadas para ligar os termos e
orações em um período. Além disso, alguns advérbios e pronomes também podem exercer essa função.
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Os conectivos são elementos essenciais no desenvolvimento dos textos, uma vez que estão relacionados com a
coesão textual.
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Assim, se forem mal empregados, reduzem a capacidade de compreensão da mensagem e comprometem o texto.
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Lista de Conectivos
A aplicação da conjunção ou mesmo da locução conjuntiva como elementos conectores, depende do tipo de
relação que é estabelecida entre as duas orações. Elas são classificadas em coordenativas ou subordinadas.
As conjunções coordenativas são aquelas utilizadas para ligar os termos que exercem a mesma função sintática.
Ligam, também, as orações independentes.
Já as conjunções subordinativas são usadas para ligar orações que são dependentes sintaticamente.
Confira abaixo os tipos de conectivos, acompanhados de exemplos:
1. Prioridade e relevância
Esses conectores são muito usados no início das frases para apresentar uma ideia. Eles também podem oferecer
relevância ao que está sendo apresentado.
Em primeiro lugar; antes de mais nada; antes de tudo; em princípio; primeiramente; acima de tudo;
principalmente; primordialmente; sobretudo; a priori; a posteriori; precipuamente.
Então; enfim; logo; logo depois; imediatamente; logo após; a princípio; no momento em que; pouco antes; pouco
depois; anteriormente; posteriormente; em seguida; afinal; por fim; finalmente; agora; atualmente; hoje;
frequentemente; constantemente; às vezes; eventualmente; por vezes; ocasionalmente; sempre; raramente; não
raro; ao mesmo tempo; simultaneamente; nesse ínterim; nesse meio tempo; nesse hiato; enquanto, quando; antes
que; depois que; logo que; sempre que; assim que; desde que; todas as vezes que; cada vez que; apenas; já; mal;
nem bem.
Exemplo: Logo após sair da aula, Bianca teve um encontro com Arthur.
3. Semelhança, comparação ou conformidade
Para estabelecer uma relação com uma ideia ou um conceito que já foi apresentado anteriormente no texto,
utilizamos esse tipo de conectivos. Além disso, podem ser utilizados para apontar ideias de outro texto
(intertextualidade).
Igualmente; da mesma forma; assim também; do mesmo modo; similarmente; semelhantemente; analogamente;
por analogia; de maneira idêntica; de conformidade com; de acordo com; segundo; conforme; sob o mesmo ponto
de vista; tal qual; tanto quanto; como; assim como; como se; bem como.
Exemplo: De acordo com as ideias de Darcy Ribeiro, o povo brasileiro é muito diverso.
4. Condição ou hipótese
Esses termos são utilizados em situações circunstanciais que podem oferecer hipóteses para uma situação futura.
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5. Continuação ou adição
Para acrescentar algo ao texto, e que esteja relacionado com o que anteriormente foi apresentado, usamos os
conectivos de continuação ou adição.
Além disso; demais; ademais; outrossim; ainda mais; por outro lado; também; e; nem; não só; como também; não
apenas; bem como.
Exemplo: Suzana foi professora na Universidade de Minas Gerais no período da Ditadura Militar. Além disso, foi
coordenadora do Departamento de Artes vinculado à Secretaria de Cultura do município de Belo Horizonte.
6. Dúvida
Para inserir no texto uma dúvida ou probabilidade utilizamos esses conectivos.
Talvez; provavelmente; possivelmente; quiçá; quem sabe; é provável; não certo; se é que.
Por certo; certamente; indubitavelmente; inquestionavelmente; sem dúvida; inegavelmente; com certeza.
Exemplo: Os estudantes poderão utilizar diversos locais da faculdade durante o evento, ou seja, o anfiteatro, a
biblioteca, o refeitório e o pátio.
10. Propósito, intenção ou finalidade
Nesse caso, o produtor do texto tem um propósito ou uma finalidade definida. Ou seja, ele quer apresentar o
objetivo relacionado com o que almeja alcançar.
Com o fim de; a fim de; como propósito de; com a finalidade de; com o intuito de; para que; a fim de que; para; ao
propósito.
Exemplo: Com o intuito de ganhar mais votos para as eleições, Joaquim divulgou muito seu trabalho.
11. Lugar, proximidade ou distância
Advérbios de lugar e pronomes demonstrativos são algumas classes gramaticais que envolvem esses conectivos.
Eles são utilizados para indicarem a distância entre algo.
Perto de; próximo a ou de; justo a ou de; dentro; fora; mais adiante; aqui; além; acolá; lá; ali; este; esta; isto; esse;
essa; isso; aquele; aquela; aquilo; ante, a.
Em suma; em síntese; enfim; em resumo; portanto; assim; dessa forma; dessa maneira; desse modo; logo; pois;
assim sendo; nesse sentido.
Exemplo: Em resumo, podemos notar o aumento das taxas alfandegárias durante o período apresentado.
13. Causa, consequência e explicação
Esses elementos conectivos servem para explicar as causas e consequências de uma ação, um fenômeno, etc.
Por consequência; por conseguinte; como resultado; por isso; por causa de; em virtude de; assim; de fato; com
efeito; tão; tanto; tamanho; que; porque; porquanto; pois; já que; uma vez que; visto que; como (no sentido de
porquê); portanto; que; de tal forma que; haja vista.
Exemplo: O aquecimento global tem afetado diretamente o ser humano e os animais. Como resultado, temos a
extinção de muitas espécies.
14. Contraste, oposição, restrição, ressalva
Os conectivos de oposição, como o próprio nome indica, servem para opor ideias ou conceitos num período.
Pelo contrário; em contraste com; salvo; exceto; menos; mas; contudo; todavia; entretanto; no entanto; embora;
apesar de; ainda que; mesmo que; posto que; ao passo que; em contrapartida.
Exemplo: Embora o Brasil seja um país diverso, podemos encontrar singularidades em muitas regiões do país.
VEJA TAMBÉM: Conjunções Adversativas
Entre as estratégias de progressão textual presentes nesse trecho, identifica-se o emprego de elementos
conectores. Os elementos que evidenciam noções semelhantes estão destacados em:
a) "Se ficou notório por ser tímido" e "[...] então tem que se explicar."
b) "Então tem que se explicar" e "[...] quando as estrelas virarem pó."
c) [...] ficou notório apesar de ser tímido [...] e "[...] mas isto não é vantagem [...]."
d) [...] um estratagema para ser notado [...] e "Tão secreto que ele nem sabe".
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e) [...] como num paradoxo psicanalítico [...] e "[...] porque só ele acha [...]."
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Orações Coordenadas
As Orações Coordenadas são orações independentes, ou seja, não há relação sintática entre elas. São classificadas
em: Orações Coordenadas Sindéticas e Orações Coordenadas Assindéticas.
Orações Assindéticas
As Orações Coordenadas Assindéticas são caracterizadas pelo período composto justaposto, ou seja, não são
ligadas através de nenhum conectivo.
Exemplo: Chegamos na praia, nadamos, jogamos, comemos.
Orações Sindéticas
As Orações Coordenadas Sindéticas são caracterizadas pelo período composto ligadas por meio de uma conjunção
coordenativa. Nesse caso, as orações, dependendo dos conectivos, podem
ser: Aditivas, Adversativas, Alternativas, Conclusivas e Explicativas.
Aditivas: Os conectivos que coordenam as orações aditivas são: e, nem, não só, mas também, mas ainda, como,
assim.
Exemplo: Chegamos à praia e nadamos.
Adversativas: Os conectivos que coordenam as orações adversativas são: e, mas, contudo, todavia, entretanto,
porém, no entanto, ainda, assim, senão.
Exemplo: Eles queriam sair, porém estava chovendo.
Alternativas: Os conectivos que coordenam as orações alternativas são: ou, ou… ou; ora…ora; quer…quer;
seja…seja.
Exemplo: Ora gosta de vestidos, ora gosta de sapatos.
Conclusivas: Os conectivos que coordenam as orações conclusivas são: logo, portanto, por fim, por conseguinte,
pois, então, consequentemente.
Exemplo: São adolescentes, logo irão namorar.
Explicativas: Os conectivos que coordenam as orações explicativas são: isto é, ou seja, a saber, na verdade,
porque, que, pois.
Exemplo: Descemos do carro porque o trânsito estava parado.
Verbo
O verbo é a classe de palavras que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno da natureza e possui
inúmeras flexões, de modo que a sua conjugação é feita mediante as variações de pessoa, número, tempo, modo,
voz e aspeto.
Estrutura do Verbo
O verbo é formado por três elementos:
1. Radical
O radical é a base. Nele está expresso o significado do verbo.
Exemplos: DISSERT- (dissert-ar), ESCLAREC- (esclarec-er), CONTRIBU- (contribu-ir).
2. Vogal Temática
A vogal temática se une ao radical para receber as desinências e, assim, conjugar os verbos. O resultado dessa
união chama-se tema.
Assim, tema = radical + vogal temática.
Exemplos: DISSERTA- (disserta-r), ESCLARECE- (esclarece-r), CONTRIBUI- (contribui-r).
A vogal temática indica a qual conjugação o verbo pertence:
1.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é A: argumentar, dançar, sambar.
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2.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é E e O: escrever, ter, supor.
3.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é I: emitir, evoluir, ir.
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3. Desinências
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As desinências são os elementos que junto com o radical promovem as conjugações. Elas podem ser:
Desinências modo-temporais quando indicam os modos e os tempos.
Desinências número-pessoais quando indicam as pessoas.
Exemplos:
Dissertávamos (va- desinência de tempo pretérito do modo indicativo), (mos- desinência de 1.ª pessoa do plural)
Esclarecerei (re- desinência de tempo futuro do modo indicativo), (i- desinência de 1.ª pessoa do singular)
Contribuamos (a- desinência de modo presente do modo subjuntivo), (mos- desinência de 1.ª pessoa do plural)
Flexões
Para conjugarmos os verbos temos de ter em conta as flexões a seguir.
Pessoa: 1.ª (eu, nós); 2.ª (tu, vós) e 3.ª (ele, eles).
Número: Singular (eu, tu, ele) e Plural (nós, vós, eles).
Tempo: Presente, Pretérito e Futuro.
Modo: Indicativo, Subjuntivo e Imperativo.
Voz: Voz Ativa, Voz Passiva e Voz Reflexiva.
Formas Nominais
As formas nominais são: Infinitivo, Particípio e Gerúndio:
Infinitivo Pessoal e Impessoal
O infinitivo não tem valor temporal ou modal. Ele é pessoal quando tem sujeito e é impessoal quando, por sua vez,
não tem sujeito.
Exemplos:
O gerente da loja disse para irem embora. (infinitivo pessoal)
Cantar é uma delícia! (infinitivo impessoal)
Particípio
O particípio é empregado como indicador de ação finalizada, na formação de tempos compostos ou como adjetivo.
Exemplos:
Feito o trabalho, vamos descansar!
A Ana já tinha falado sobre esse tema.
Calados, os filhos ouviram o sermão dos pais.
Gerúndio
O gerúndio é empregado como adjetivo ou como advérbio.
Exemplos:
Encontrei João correndo.
Cantando, terminaremos depressa.
Continue sua pesquisa em Formas Nominais.
Classificação dos Verbos
Os verbos são classificados da seguinte forma:
Verbos Regulares - Não têm o seu radical alterado. Exemplos: falar, torcer, tossir.
Verbos Irregulares - Nos verbos irregulares, por sua vez, o radical é alterado. Exemplos: dar, caber, medir. Quando
as alterações são profundas, eles são chamados de Verbos Anômalos; é o caso dos verbos ser e vir.
Verbos Defectivos - Os verbos defectivos são aqueles que não são conjugados em todas as pessoas, tempos e
modos. Eles podem ser de três tipos:
1. Impessoais - Quando os verbos indicam, especialmente, fenômenos da natureza (não tem sujeito) e são
conjugados na terceira pessoa do singular, são verbos impessoais. Exemplos: chover, trovejar, ventar.
2. Unipessoais - Quando os verbos indicam vozes dos animais e são conjugados na terceira pessoa do singular ou do
plural, são verbos unipessoais. Exemplos: ladrar, miar, surtir.
3. Pessoais - Quando os verbos têm sujeito, mas não são conjugados em todas as pessoas, são verbos
pessoais. Exemplos: banir, falir, reaver.
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Verbos Abundantes - Os verbos abundantes são aqueles que aceitam duas ou mais formas. É comum ocorrer no
Particípio. Exemplos: aceitado e aceito, inserido e inserto, segurado e seguro.
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Formação de Palavras
As palavras que compõem o léxico da língua são formadas principalmente por dois processos morfológicos:
Derivação (prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria)
Composição (justaposição e aglutinação)
Palavras Primitivas e Derivadas
Antes de mais nada, vale ressaltar dois conceitos importantes para o estudo de formação das palavras.
Os vocábulos “primitivos” são as palavras que originam outras. Já as palavras “derivadas” são aquelas que surgem
a partir das palavras primitivas
Exemplos:
dente (primitiva) e dentista (derivada)
mar (primitiva) e marítimo (derivada)
sol (primitiva) e solar (derivada)
Afixos
Além do conceito de palavras primitivas e derivadas, temos os afixos. Eles são morfemas, ou seja, menores
partículas significativas da língua.
Juntos a um radical, os afixos formam uma palavra, por exemplo, pedra (palavra primitiva) e pedreira (palavra
derivada). Nesse exemplo, foi acrescentado o sufixo -eira.
Os afixos são classificados de acordo com sua localização na palavra. Assim, os sufixos vem depois do radical, por
exemplo, folhagem e livraria.
Já os prefixos são acrescentados antes do radical, por exemplo desleal e ilegal.
Além deles, há ainda os “infixos” que aparecem no meio da palavra, sendo representados por uma consoante ou
vogal, por exemplo, cafeteria e cafezal.
VEJA TAMBÉM: Prefixo e Sufixo
Radical e Prefixo
Antes de analisar uma palavra e o processo pelo qual ela foi formada, faz-se necessário o conhecimento de
seu radical e de seus prefixos.
Segue abaixo alguns exemplos de radicais e prefixos gregos e latinos, ou seja, as línguas que mais influenciaram o
léxico da língua portuguesa.
Radicais Gregos Prefixos Gregos Radicais Latinos Prefixos Latinos
Arcaio/ arqueo:
epi-: posição superior Avi: ave ante-: anterioridade
antigo
Arquia: governo eu-: bem, bom Beli: guerra bem-: bom, êxito
meta-: mudança,
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intermediária
2. (PUC-RJ) Marque a opção que indica os processos de formação, presentes nas palavras abaixo, pela ordem em
que aparecem.
bebidinha - indevassável - banheiro - adormecer.
a) Parassíntese, prefixação, sufixação, sufixação.
b) Sufixação, parassíntese, sufixação, parassíntese.
c) Sufixação, prefixação e sufixação, sufixação, parassíntese.
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Prefixo e Sufixo
Prefixo e Sufixo são morfemas que se juntam às palavras a fim de formar novas palavras. Ambos são, na verdade,
afixos.
O nome prefixo ou sufixo é dado mediante o lugar que ocupam na palavra. Ou seja, se estiver antes do radical é
prefixo, mas se estiver depois do radical é sufixo.
Exemplos:
antipatia (anti = prefixo)
retroceder (retro = prefixo)
tolerante (ante = sufixo)
realismo (ismo = sufixo)
Prefixos
Os prefixos são afixos que formam palavras a partir de um morfema que antecede oradical. Assim, eles modificam
o seu sentido mas, geralmente, mantêm a classe gramatical a qual pertencem.
A maior parte dos prefixos da língua portuguesa são de origem latina ou grega. Confira as listas com os respetivos
significados e exemplos:
Lista de Prefixos Latinos
Prefixos Significados Exemplos
-ão paredão
-aço ricaço
-alhão grandalhão
-aréu povaréu
Sufixos Aumentativos
-arra bocarra
-(z)arrão homenzarrão
-eirão boqueirão
-uça dentuça
-inho Pedrinho
-zinho avozinho
-acho riacho
-icho (a) barbicha
Sufixos Diminutivos
-eco soneca
-ela viela
-ote velhote
-isco chuvisco
Confira na tabela abaixo outros exemplos de sufixos nominais:
Sufixos Exemplos Significado
-dor
-tor causador
-sor tradutor
-eiro professor agente, profissão, instrumento
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-ista padeiro
-nte dentista
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-rio estudante
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bibliotecário
-dade credibilidade
-ência paciência
-ez sensatez
-eza beleza
-ice meiguice
-ície imundície qualidade, estado
-ismo patriotismo
-or frescor
-ude amplitude
-ume azedume
-ura formosura
-ado principado
-ato orfanato
-aria padaria
lugar, ramo de negócio
-douro matadouro
-tório dormitório
-tério cemitério
-ia geometria
-ismo cristianismo
ciência, técnica, doutrina
-ica física
-tica política
-al cafezal
-agem ferragem
-ada boiada
-ama dinheirama
-ame vasilhame
-ário mobiliário
coletivo
-aria gritaria
-edo arvoredo
-eiro formigueiro
-eira fumaceira
-ena dezena
-az sagaz
-ento ciumento
-lento sonolento
-into faminto
qualidade em abundância, intensidade
-enho ferrenho
-onho medonho
-oso jeitoso
-udo barrigudo
-eo ósseo
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-aco polaco
-aico hebraico
-ano paraibano
-ão catalão
-enho panamenho
-eno chileno
-ense cearense
-ês francês
-eu europeu
-ino argentino
-ista paulista
-ável
amável
-ível
audível
-óvel
móvel possibilidade, tendência
-úvel
solúvel
-iço
movediço
-ivo
lucrativo
-ada cabeçada
-agem aprendizagem
-ança esperança
-aria pirataria
-eria selvageria
-ata passeata
-ção correção ação, resultado de ação
-ura formatura
-ela olhadela
-ença parecença
-ência continência
-mento juramento
-or temor
Sufixos Verbais
Os sufixos verbais se juntam ao radical para formar verbos.
Sufixos Exemplos Significado
-icar bebericar
-itar saltitar ação diminutiva que se repete
-iscar petiscar
Sufixos Adverbais
Os sufixos adverbiais se juntam ao radical para formar advérbios. Há apenas um sufixo adverbial em português: -
Page
mente.
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Derivação Parassintética
A derivação parassintética ou parassíntese é um tipo de derivação em que ocorre o acréscimo de afixos (prefixo e
sufixo) à palavra primitiva.
Lembre-se que a derivação é um processo de formação de palavras que envolve o radical e os afixos (sufixo e
prefixo).
Além de parassintética, a derivação pode ser: imprópria, regressiva, sufixal e prefixal.
Exemplos de Derivação Parassintética
Abençoar (a- prefixo e -oar - sufixo)
Amanhecer (a- prefixo e -ecer - sufixo)
Anoitecer (a- prefixo e -ecer - sufixo)
Entardecer (en- prefixo e -ecer - sufixo)
Envelhecer (en- prefixo e -ecer - sufixo)
Envernizar (en- prefixo e -izar - sufixo)
Enrijecer (en- prefixo e -ecer - sufixo)
Entristecer (en- prefixo e -ecer - sufixo)
Emagrecer (e- prefixo e -ecer - sufixo)
Engaiolar (en- prefixo e -ar - sufixo)
Exercícios de Vestibular com Gabarito
1. (ITA – SP) Assinale a opção que apresenta somente palavras formadas por derivação parassintética.
a) desvalorização, avistar, resfriado, reintegração, infelizmente
b) expropriar, entortar, amanhecer, desalmado, ensurdecer
c) escolarização, antiinflação, retrospectivo, comilão, corpanzil
d) desigualdade, endurecer, alfabetizar, abençoar, chuviscar
e) administração, entretela, contrabalançar, semicondutor, relembrar
VER RESPOSTA
Alternativa b: expropriar, entortar, amanhecer, desalmado, ensurdecer
2. (UF-Uberlândia) Em qual dos itens abaixo está presente um caso de derivação parassintética:
a) operaçãozinha
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b) conversinha
c) principalmente
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d) assustadora
e) obrigadinho
35
VER RESPOSTA
Alternativa d: assustadora
3. (IFSP) Assinalar a alternativa em que as duas palavras são formadas por parassíntese:
a) indisciplinado - desperdiçar
b) incineração - indescritível
c) despedaçar - compostagem
d) endeusado - envergonhar
e) descamisado – desonestidade
VER RESPOSTA
Alternativa d: endeusado - envergonhar
Derivação Regressiva
A derivação regressiva é um tipo de derivação que ocorre por meio da supressão da palavra primitiva, gerando
uma derivada.
Exemplo:
Ele é um portuga muito legal. (portuga = português)
As palavras derivadas são criadas a partir de palavras primitivas, por exemplo: flor (primitiva) e florista (derivada).
Lembre-se que a derivação é um processo de formação de palavras que ocorre com o radical da palavra e seus
afixos (sufixo e prefixo).
Além da derivação regressiva temos: derivação imprópria, sufixal, prefixal e parassintética.
Exemplos de Derivação Regressiva
O mengo arrasou essa tarde. (flamengo)
Todos os dias eles vão àquele boteco (botequim)
Maria Eugênia é muito comuna. (comunista)
Essa noite será um agito. (do verbo agitar)
Nora ofereceu ajuda para os estudantes. (do verbo ajudar)
Eles estavam num grande amasso (do verbo amassar)
O beijo é uma forma de cumprimento entre as pessoas. (do verbo beijar)
O choro da criança era muito desesperador. (do verbo chorar)
O debate foi sobre a privatização das empresas (do verbo debater)
Tivemos uma grande perda essa tarde. (do verbo perder)
Obs: Note que na derivação regressiva forma-se uma nova palavra (geralmente substantivo) a partir de um verbo.
Por esse motivo, esses substantivos são chamados de deverbais.
Derivação Imprópria
A derivação imprópria, também chamada de conversão, é um tipo de derivação que acontece pela mudança de
classe gramatical da palavra.
Ou seja, a formação de uma nova palavra é obtida pela mudança da função gramatical (substantivo, adjetivo,
verbo, advérbio, etc.) na frase.
Exemplo:
Joana tem um andar muito determinado. (substantivo)
Essa tarde podemos andar no parque. (verbo)
Note que nesse tipo de derivação não é acrescido nem prefixo e nem sufixo à nova palavra. Dessa forma, não
35
inserida.
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Lembre-se que a derivação é um dos processos de formação de palavras que envolve o radical de uma palavra
primitiva e os afixos (prefixo e sufixo).
Além da derivação imprópria temos: derivação regressiva, sufixal, prefixal e parassintética.
Exemplos de Derivação Imprópria
Nosso jantar estava ótimo. (substantivo)
Vamos jantar na casa da Fabiana? (verbo)
O olhar da garota era profundo. (substantivo)
Ao olhar os preços das camisas, resolvemos ir à feira. (verbo)
O conceito de belo nas artes é encontrado na Grécia Antiga. (substantivo)
O Coliseu de Roma é muito belo. (adjetivo)
Pedro é a mais alto da turma. (adjetivo)
A professora falava muito alto. (advérbio)
Sofia é a cabeça da classe. (adjetivo)
Minha cabeça dói muito hoje. (substantivo)
Exercícios de Vestibular com Gabarito
1. (UFG) Na frase “Ela tem um quê misterioso”, o processo de formação da palavra destacada chama-se:
a) composição
b) aglutinação
c) justaposição
d) derivação imprópria
e) parassíntese
VER RESPOSTA
Alternativa d: derivação imprópria
3. (FUVEST-SP) Leia os versos abaixo, pertencentes a uma cantiga de amigo, do trovadorismo português.
“Ai, flores, ai flores do verde ramo
se sabedes novas do meu amado?
Ai, Deus, e u é”
(sabedes = sabeis; u = onde)
Encontre no trecho acima um exemplo de derivação imprópria.
VER RESPOSTA
No trecho acima encontramos dois exemplos de derivação imprópria:
“novas”: adjetivo empregado com valor de substantivo
“amado”: particípio do verbo amar empregado com valor de substantivo.
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Análise Sintática
A análise sintática é a parte da gramática que estuda a função e a ligação de cada elemento que forma um
período.
Há também a análise morfológica. Essa é a parte da gramática que estuda individualmente cada elemento que
forma um enunciado linguístico, ou seja, independentemente da sua função.
A análise morfossintática, por sua vez, analisa os elementos do mesmo enunciado linguístico sintática e
morfologicamente.
Termos da oração
A oração é dividida de acordo com a função que exerce. Essa divisão é feita através de termos, os quais podem
ser essenciais, integrantes ou acessórios.
Termos Essenciais da Oração
Os termos essenciais são os termos básicos, que geralmente formam uma oração. Trata-se do sujeito e
do predicado. Vale lembrar que nem sempre a oração tem sujeito.
Sujeito
O sujeito é alguém ou alguma coisa sobre a qual é dada uma informação. O núcleo dosujeito é a palavra que tem
mais importância, é o principal termo contido no sujeito.
Exemplos:
Uma pessoa ligou, mas não quis se identificar. (pessoa é o núcleo do sujeito Uma pessoa)
O casal saiu para jantar. (casal é o núcleo do sujeito O casal)
O sujeito pode ser:
Determinado quando é identificado na oração ou Indeterminado quando não é possível identificá-lo, por exemplo,
se o verbo não se refere a alguém determinado na oração.
Os sujeitos determinados, por sua vez, se dividem em:
Simples quando tiver apenas um núcleo.
ou
Composto quando tiver dois ou mais núcleos.
Nem sempre o sujeito está expresso na oração. Quando isso acontece, estamos diante
do sujeito oculto, elíptico ou desinencial.
Exemplos:
Está um calor! (oração sem sujeito)
Estão chamando aí à porta. (sujeito indeterminado)
A Ana acabou de chegar. (sujeito simples)
Caderno, lápis e borracha estão na mochila. (sujeito composto)
Agi conforme suas orientações. (sujeito oculto: eu)
Predicado
O predicado é a informação que se dá sobre o sujeito. Ao identificar o sujeito da oração, todo o resto faz parte do
predicado.
Predicação Verbal
Verbos Intransitivos
Os verbos intransitivos não necessitam de complemento porque têm sentido completo.
Verbos Transitivos
Os verbos transitivos necessitam de complemento porque não têm sentido completo.
Exemplos:
Acordei! (verbo intransitivo)
O velhinho morreu ontem. (verbo intransitivo)
Vou preparar o jantar. (verbo transitivo)
O velhinho contou uma história. (verbo transitivo)
Verbos de Ligação
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Os verbos de ligação não indicam uma ação, mas sim uma forma de estar.
Exemplos:
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Morfossintática.
Exercícios
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Vamos pôr em prática o conteúdo estudado acima e analisar sintaticamente os enunciados abaixo:
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Função sintática
Função sintática é a missão que cada um dos termos têm em relação a outros termos nas orações.
Exemplo:
Pessoal, no Brasil, nosso amado país, alunos e professores protestam contra a falta de condições educacionais.
Sujeito: alunos e professores
Predicado: protestam contra a falta de condições educacionais
Complemento verbal (objeto indireto): contra a falta
Complemento nominal: de condições
Adjunto adverbial: no Brasil
Adjunto adnominal: educacionais
Aposto: nosso amado país
Vocativo: Pessoal
Gramaticalmente, os termos da oração são estudados da seguinte forma:
Termos essenciais da oração
Sujeito - aquele ou aquilo de que(m) se fala: O médico recomendou descanso.
Predicado - informação referente ao sujeito: O grupo decidiu participar na São Silvestre.
Termos integrantes da oração
Complemento verbais - completa o sentido dos verbos: Ofereceram presentes às crianças.
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Complemento nominal - completa o sentido dos nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) constantes na oração:
Tenho medo da sua reação.
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Agente da passiva - indica quem sofre a ação indicada pelo verbo: Foi subornado pelo candidato.
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2. (FGV-2003) Assinale a alternativa em que o pronome você exerça a função de sujeito do verbo destacado.
a) Cabe a você alcançar aquela peça do maleiro.
b) Não enchas o balão de ar, pois ele pode ser levado pelo vento.
c) Ao chegar, vi você perambulando pelo shopping center da Mooca.
d) Ei, você, posso entrar por esta rua?
e) Na Estação Trianon-Masp desceu a Angelina; na Consolação, desceu você.
VER RESPOSTA
Alternativa a: Cabe a você alcançar aquela peça do maleiro.
3. (Mack-2002) Cuido haver dito, no capítulo XIV, que Marcela morria de amores pelo Xavier. Não morria, vivia.
Viver não é a mesma coisa que morrer; assim o afirmam todos os joalheiros deste mundo, gente muito vista na
gramática. Bons joalheiros, que seria do amor se não fossem os vossos dixes* e fiados? Um terço ou um quinto do
universal comércio dos corações. (…) O que eu quero dizer é que a mais bela testa do mundo não fica menos bela,
se a cingir um diadema de pedras finas; nem menos bela, nem menos amada. Marcela, por exemplo, que era bem
bonita, Marcela amou-me (…) durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos.
* Dixes: joias, enfeites
Machado de Assis - Memórias póstumas de Brás Cubas
Assinale a alternativa correta sobre o texto.
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a) Em morria de amores pelo Xavier, de amores tem a função de adjunto adverbial de intensidade.
b) Em assim o afirmam todos os joalheiros, o pronome oblíquo o retoma o período Não morria, vivia.
Page
e) Ao dizer Não morria, vivia, o narrador, através de uma antítese, confirma que Marcela padecia de amores por
Xavier.
VER RESPOSTA
Alternativa d: O narrador surpreende o leitor ao utilizar o aposto gente muito vista na gramática para caracterizar
joalheiros.
4. (UEL-1994) Relativamente "a esse assunto", tenho muito que dizer. A expressão entre aspas na frase anterior
classifica-se, sintaticamente, como:
a) objeto indireto.
b) adjunto adverbial.
c) adjunto adnominal.
d) objeto direto preposicionado.
e) complemento nominal.
VER RESPOSTA
Alternativa e: complemento nominal.
5. (FGV-2004) Assinale a alternativa em que a oração destacada funciona como sujeito do verbo da oração
principal.
a) Não queria que José fizesse nenhum mal ao garoto.
b) Não interessa se o trem solta fumaça ou não.
c) As principais ações dependiam de que os componentes do grupo tomassem a iniciativa.
d) Era uma vez um sapo que não comia moscas.
e) Nossas esperanças eram que a viatura pudesse voltar a tempo de sair atrás do bandido.
VER RESPOSTA
Alternativa b: Não interessa se o trem solta fumaça ou não.
Sujeito
O sujeito é alguém ou algo de quem ou do que se fala.
O sujeito é facilmente identificado na oração através da utilização do método de pergunta, por exemplo:
Ao responder a pergunta “quem correu muito com o veículo?”, identificará o sujeito da oração que, nesse caso, é
“o ajudante da loja”.
Classificação
Os sujeitos são classificados em:
Sujeito determinado - quando o sujeito é identificado na oração. Nesse caso, o sujeito pode
ser simples, composto ou oculto.
Sujeito indeterminado - quando o sujeito não é identificado na oração.
Sujeito inexistente - quando as orações são construídas com verbos impessoais, os quais não admitem agentes de
ação.
Tipos de sujeito
Sujeito simples
O sujeito simples é formado por um núcleo, ou seja, um termo principal, por exemplo:
O empregado da casa vendeu seu carro. (núcleo: empregado)
Eles estão sempre omitindo a verdade. (núcleo: Eles)
A folha caiu. (núcleo: folha)
Sujeito composto
O sujeito composto é aquele formado por dois ou mais núcleos, por exemplo:
Ana Maria e Joaquim terminaram o namoro. (núcleos: Ana Maria, Joaquim)
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Eu, você e o nosso cão estamos perdidos mais uma vez. (núcleos: Eu, você, cão)
Livros e cinema são o meu passatempo preferido. (núcleos: Livros, cinema)
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Sujeito oculto
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sujeito: As meninas
núcleo do sujeito: meninas
2) Os avós, os pais e seus filhos viviam na quinta.
sujeito: Os avós, os pais e seus filhos
núcleo do sujeito: avós, pais, filhos
Sujeito e Predicado
O sujeito e o predicado são os termos essenciais da oração. Isso quer dizer que eles são essenciais na construção
de uma oração, ainda que haja orações em que o sujeito seja inexistente. Lembre-se que o predicado é o que se
fala acerca do sujeito.
Exemplo: As estudantes gravaram um vídeo sobre a aula.
Sujeito: As estudantes
Predicado: gravaram um vídeo sobre a aula.
Predicado
O predicado, formado por um ou mais verbos, é aquilo que se declara sobre a ação do sujeito, concordando em
número e pessoa com ele.
Para compreender melhor, observe o exemplo:
Para identificar um predicado verbo-nominal, o verbo que indica ação está expresso na oração. O verbo que indica
estado ou qualidade, por sua vez, está oculto.
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Assim, “Suzana chegou” caracteriza o verbo nocional, o qual representa a ação do sujeito. Enquanto que “(estava)
cansada” indica o estado do sujeito, onde o verbo não nocional não aparece declarado na frase.
Frases optativas
As frases optativas expressam um desejo e são sinalizadas com ponto de exclamação:
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Sinais de Pontuação
Daniela Diana / Professora licenciada em Letras
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Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a coesão de textos, bem como têm a
função de desempenhar questões de ordem estílica.
São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de
interrogação (?), as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ) e o travessão (—).
Como usar e exemplos
Ponto (.)
O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o final de um período. O ponto é,
ainda, utilizado nas abreviações.
Exemplos:
Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos. Depois, saí para trabalhar e resolvi ligar e pedir perdão.
O filme recebeu várias indicações para o óscar.
Esse acontecimento remonta ao ano 300 a.C., segundo afirmam os nossos historiadores.
Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi cancelado.
Vírgula (,)
A vírgula indica uma pausa no discurso. Sua utilização é tão importante que pode mudar o significado quando não
utilizada ou utilizada de modo incorreto. A vírgula também serve para separar termos com a mesma função
sintática, bem como para separar o aposto e o vocativo.
Exemplos:
Vou precisar de farinha, ovos, leite e açúcar.
Rose Maria, apresentadora do programa da manhã, falou sobre as receitas vegetarianas. (aposto)
Desta maneira, Maria, não posso mais acreditar em você. (vocativo)
Ponto e Vírgula (;)
O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro de uma mesma frase e para separar uma relação de
elementos.
É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa uma pausa mais longa que a vírgula
e ora mais breve que o ponto.
Exemplos:
Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não lucram, reclamam igualmente.
Joaquim celebrou seu aniversário na praia; não gosta do frio e nem das montanhas.
Os conteúdos da prova são: Geografia; História; Português.
Dois Pontos (:)
Esse sinal gráfico é utilizado antes de uma explicação, para introduzir uma fala ou para iniciar uma enumeração.
Exemplos:
Na matemática as quatro operações essenciais são: adição, subtração, multiplicação e divisão.
Joana explicou: — Não devemos pisar na grama do parque.
Ponto de Exclamação (!)
O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases que denotam sentimentos como
surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo, espanto.
Exemplos:
Que horror!
Ganhei!
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livre.
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Exemplos:
Quer ir ao cinema comigo?
Será que eles prefere jornais ou revistas?
Reticências (...)
As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que o sentido vai muito mais além do
que está expresso na frase.
Exemplos:
Ana gosta de comprar sapatos, bolsas, calças…
Não sei… Preciso pensar no assunto.
Aspas (" ")
É utilizado para enfatizar palavras ou expressões, bem como é usada para delimitar citações de obras.
Exemplos:
Satisfeito com o resultado do vestibular, se sentia o “bom”.
Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver
dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas."
Parênteses ( ( ) )
Os parênteses são utilizados para isolar explicações ou acrescentar informação acessória.
Exemplos:
O funcionário (o mais mal-humorado que já vi) fez a troca dos artigos.
Cheguei à casa cansada, jantei (um sanduíche e um suco) e adormeci no sofá.
Travessão (—)
O Travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do texto bem como para substituir os
parênteses ou dupla vírgula.
Exemplos:
Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por favor, não faça isso agora pois teremos problemas mais
tarde.
Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que fizesse assim.
Agora que você já conhece os sinais e as regras de pontuação, conheça também a Acentuação Gráfica.
Semântica
A semântica é o ramo da linguística que estuda os significados e/ou sentido dos vocábulos da língua. Do grego, a
palavra semântica (semantiká) significa “sinal”.
De acordo com duas vertentes, “sincrônica” e “diacrônica”, a semântica é dividida em:
Semântica Descritiva: denominada de semântica sincrônica, essa classificação indica o estudo da significação das
palavras na atualidade.
Semântica Histórica: denominada de semântica diacrônica, se encarrega de estudar o significado das palavras em
determinado espaço de tempo.
A fim de conhecer as palavras apropriadas para empregá-las em determinados discursos, recorremos à semântica,
ou seja, a significação dos termos.
Para isso, alguns conceitos são basilares para o estudo das significações, a saber:
Sinonímia e Antonímia
Os sinônimos designam as palavras que possuem significados semelhantes, por exemplo:
andar e caminhar
usar e utilizar
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fraco e frágil
Do grego, a palavra sinônimo significa “semelhante nome” sendo classificados de acordo com a semelhança que
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Os sinônimos perfeitos possuem significados idênticos (após e depois; léxico e vocabulário). Já os sinônimos
imperfeitos possuem significados parecidos (gordo e obeso; córrego e riacho).
Os antônimos designam as palavras que possuem significados contrários, por exemplo:
claro e escuro
triste e feliz
bom e mau
Do grego, a palavra “antônimo” significa “nome oposto, contrário”.
Leia Sinônimos e Antônimos.
Paronímia e Homonímia
Homônimos são palavras que ora possuem a mesma pronúncia, (palavras homófonas), ora possuem a mesma
grafia (palavras homógrafas), entretanto, possuem significados diferentes.
São chamados de "homônimos perfeitos", as palavras que possuem a mesma grafia e a mesma sonoridade na
pronúncia, por exemplo:
O pelo do cachorro é curto.
Pelo caminho da vida.
Tenho que chegar cedo.
Cedo meu lugar aos idosos.
Parônimos são aquelas palavras que possuem significados diferentes, porém se assemelham na pronúncia e na
escrita, por exemplo:
soar (produzir som) e suar (transpirar);
acento (sinal gráfico) e assento (local para sentar);
acender (dar luz) e ascender (subir).
Leia Homônimos e Parônimos.
Polissemia
A polissemia representa a multiplicidade de significados de uma palavra.
Com o decorrer do tempo, determinado termo adquiriu um novo significado, entretanto, ainda se relaciona com o
original, por exemplo:
A menina quebrou a perna no acidente.
A perna da cadeira é marrom.
Que letra ilegível!
A letra dessa canção é muito bonita.
Conotação e Denotação
A conotação designa o sentido virtual, figurado e subjetivo da palavra, alargando o seu campo semântico. Assim,
depende do contexto.
Na maioria das vezes, a conotação é utilizada nos textos poéticos com o intuito de produzir sensações no leitor.
A denotação designa o sentido real, literal e objetivo da palavra. Ela explora uma linguagem mais informativa, em
detrimento de uma linguagem mais poética (conotativa).
É muito utilizada nos trabalhos acadêmicos, jornais, manuais de instruções, dentre outros.
Exemplos:
Ele foi um cara de pau! (sentido conotativo)
Não foi aquele cara que te pediu informação ontem? (sentido denotativo)
Agiu como um porco. (sentido conotativo)
No sítio do meu avô há um porco. (sentido denotativo).
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Figuras de Estilo
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Figuras de Linguagem, também chamadas de figuras de estilo, são recursos estilísticos usados para dar maior
ênfase à comunicação e torná-la mais bonita.
Dependendo da sua função, elas são classificadas em:
Figuras de palavras ou semânticas: estão associadas ao significado das palavras. Exemplos: metáfora, comparação,
metonímia, catacrese, sinestesia e perífrase.
Figuras de pensamento: trabalham com a combinação de ideias e pensamentos. Exemplos: hipérbole, eufemismo,
litote, ironia, personificação, antítese, paradoxo, gradação e apóstrofe.
Figuras de sintaxe ou construção: interferem na estrutura gramatical da frase. Exemplos: elipse, zeugma,
hipérbato, polissíndeto, assíndeto, anacoluto, pleonasmo, silepse e anáfora.
Figuras de som ou harmonia: estão associadas à sonoridade das palavras. Exemplos: aliteração, paronomásia,
assonância e onomatopeia.
Figuras de Palavras
Metáfora
A metáfora representa uma comparação de palavras com significados diferentes e cujo termo comparativo fica
subentendido na frase.
Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)
Uso da metáfora em "meu amor é uma caravana de rosas vagando num deserto inefável"
Comparação
Chamada de comparação explícita, ao contrário da metáfora, neste caso são utilizados conectivos de comparação
(como, assim, tal qual).
Exemplo: Seus olhos são como jabuticabas.
Uso da comparação por meio do conectivo "como": "o amor é como uma flor" e "o amor é como o motor do
carro"
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Metonímia
A metonímia é a transposição de significados considerando parte pelo todo, autor pela obra.
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O uso da expressão "bala perdida" é utilizada por não ter outra mais específica
Sinestesia
A sinestesia acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes.
Exemplo: Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada.
A frieza está associada ao tato e não à visão.
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No
exemplo acima, nota-se o uso do litote por meio da expressão "acho que você deveria aperfeiçoar essa técnica"
Ironia
A ironia é a representação do contrário daquilo que se afirma.
Exemplo: É tão inteligente que não acerta nada.
Nota-se o uso da ironia, uma vez que o personagem está zangado com a pessoa e utilizou o termo "inteligente" de
maneira irônica
VEJA TAMBÉM: Sarcasmo e Ironia
Personificação
A personificação ou prosopopeia é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos aos seres irracionais.
Exemplo: O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
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A
personificação é expressa na última parte do quadrinho onde o Zé Lelé afirma que o espelho está olhando ele.
Assim, utilizou-se uma caraterística dos seres vivos (olhar) em um ser inanimado (o espelho)
Antítese
A antítese é o uso de termos que têm sentidos opostos.
Exemplo: Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.
Uso da antítese expressa pelos termos que têm sentidos opostos: positivo, negativo; mal, bem; paz e guerra
Paradoxo
O paradoxo representa o uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas de termos (tal como no caso da
antítese).
Exemplo: Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom.
Como é possível alguém estar cego e ver?
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Uso do paradoxo pelas ideias com sentidos opostos realçada pelos termos que explicam a "certeza": relativa e
absoluta
Gradação
A gradação é a apresentação de ideias que progridem de forma crescente (clímax) ou decrescente (anticlímax).
Exemplo: Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total nervosismo.
No exemplo acima, acompanhamos a progressão da tranquilidade até o nervosismo.
Na
tirinha, o personagem foi explicando de forma crescente a ideia
Apóstrofe
A apóstrofe é a interpelação feita com ênfase.
Exemplo: Ó céus, é preciso chover mais?
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Notamos a ênfase na segunda parte da tirinha com o uso dos pontos de exclamação e interrogação: "Ai meu
Deus!!! Ele vai me matar" O que faço!? É o fim!"
VEJA TAMBÉM: Figuras de Pensamento
Figuras de Sintaxe
Elipse
A elipse é a omissão de uma palavra que se identifica de forma fácil.
Exemplo: Tomara você me entenda (Tomara que você me entenda).
Na segunda imagem do quadrinho, notamos o uso da elipse: "depois (ele começou) a comer sanduíches entre as
refeições..."
Zeugma
A zeugma é a omissão de uma palavra pelo fato de ela já ter sido usada antes.
Exemplo: Fiz a introdução, ele a conclusão. (Fiz a introdução, ele fez a conclusão.)
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A zeugma é utilizada na segunda e terceira parte dos quadrinhos: "(você é) um descongestionante nasal para o
meu nariz"; (você é) um antiácido para meu estômago!"
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Hipérbato
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Pleonasmo
Pleonasmo é a repetição da palavra ou da ideia contida nela para intensificar o significado.
Exemplo: A mim me parece que isso está errado. (Parece-me que isto está errado.)
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No tirinha acima, o "saia para fora" é um pleonasmo, uma vez que o verbo "sair" já significa "para fora"
Silepse
A silepse é a concordância com o que se entende e não com o que está implícito. Ela é classificada em: silepse de
gênero, de número e de pessoa.
Exemplos:
Vivemos na bonita e agitada São Paulo. (silepse de gênero: Vivemos na bonita e agitada cidade de São Paulo.)
A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto. (silepse de número: A maioria dos
clientes ficou insatisfeita com o produto.)
Todos terminamos os exercícios. (silepse de pessoa: neste caso concordância com nós, em vez de eles: Todos
terminaram os exercícios)
Uso da silepse de pessoa em "mais da metade da população mundial somos crianças" e "as crianças, vamos ter o
mundo nas mãos"
Anáfora
A anáfora é a repetição de uma ou mais palavras de forma regular.
Exemplo: Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar. Se você “qualquer coisa”, eu estarei aqui sempre para
você.
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Uso da paronomásia por meio dos termos que possuem sons parecidos: "grama" e "grana"
Assonância
A assonância é a repetição de sons vocálicos.
Exemplo:
"O que o vago e incógnito desejo
de ser eu mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa)
Na tirinha
acima, o uso da assonância é expresso pela repetição das vogais "a" em: "massa", "salga", "amassa"
Onomatopeia
Onomatopeia é a inserção de palavras no discurso que imitam sons.
Exemplo: Não aguento o tic-tac desse relógio.
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No primeiro e último quadrinho temos o uso da onomatopeia com "Bum, Bum, Bum" e "Buááá...; Buááá...". O
primeiro expressa o som do tambor, e o segundo, o choro do cebolinha
VEJA TAMBÉM: Figuras de Som
Resumo das Figuras de Linguagem
Confira na tabela abaixo o que diferencia cada uma das figuras de linguagem, bem como cada um dos seus tipos.
Figuras de Palavras Figuras de Sintaxe ou Figuras de Som ou
Figuras de Pensamento
ou semânticas construção harmonia
Produzem maior
Produzem maior Produzem maior
expressividade à Produzem maior
expressividade à expressividade à
comunicação através da expressividade à
comunicação comunicação através da
inversão, repetição ou comunicação através
através das combinação de ideias e
omissão dos termos na da sonoridade.
palavras. pensamentos.
construção das frases.
hipérbole
elipse
eufemismo
metáfora pleonasmo
litote
comparação zeugma
ironia aliteração
metonímia hipérbato
personificação ou paronomásia
catacrese silepse
prosopopeia assonância
sinestesia polissíndeto
antítese onomatopeia
perífrase ou assíndeto
paradoxo ou oxímoro
antonomásia anacoluto
gradação ou clímax
anáfora
apóstrofe
Tipos de Textos
Texto Narrativo
Texto narrativo é um tipo de texto que esboça as ações de personagens num determinado tempo e espaço.
Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns fatos e acontecimentos.
Alguns exemplos de textos narrativos são: romance, novela, conto, crônica e fábula.
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Estrutura da Narrativa
Apresentação: também chamada de introdução, nessa parte inicial o autor do texto apresenta os personagens, o
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Desenvolvimento: aqui grande parte da história é desenvolvida com foco nas ações dos personagens.
Clímax: parte do desenvolvimento da história, o clímax designa o momento mais emocionante da narrativa.
Desfecho: também chamada de conclusão, ele é determinado pela parte final da narrativa, onde a partir dos
acontecimentos, os conflitos vão sendo desenvolvidos.
Elementos da Narrativa
Narrador - é aquele que narra a história. Dividem-se em: narrador observador, narrador personagem e narrador
onisciente.
Enredo - trata-se da estrutura da narrativa, ou seja, a trama em que se desenrolam as ações. São classificados em:
enredo linear, enredo não linear, enredo psicológico e enredo cronológico.
Personagens - são aqueles que compõem a narrativa sendo classificados em: personagens principais (protagonista
e antagonista) e personagens secundários (adjuvante ou coadjuvante).
Tempo - está relacionado com a marcação do tempo dentro da narrativa, por exemplo, uma data ou um momento
específico. O tempo pode ser cronológico ou psicológico.
Espaço - local (s) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer num ambiente físico, ambiente psicológico ou
ambiente social.
Leia mais sobre os Elementos da Narrativa.
Tipos de Narrador
Os tipos de narrador, também chamado de foco narrativo, representam a "voz textual" da narração, sendo
classifcados em:
Narrador Personagem - a história é narrada em 1ª pessoa onde o narrador é um personagem e participa das ações.
Narrador Observador - narrado em 3ª pessoa, esse tipo de narrador conhece os fatos porém, não participa da
ação.
Narrador Onisciente - esse narrador conhece todos os personagens e a trama. Nesse caso, a história é narrada
em 3ª pessoa. No entanto, quando apresenta fluxo de pensamentos dos personagens, ela é narrada em 1ª pessoa.
Tipos de Discurso Narrativo
Discurso Direto - no discurso direto, a própria personagem fala.
Discurso Indireto - no discurso indireto o narrador interfere na fala da personagem. Em outras palavras, é narrado
em 3ª pessoa uma vez que não aparece a fala da personagem.
Discurso Indireto Livre - no discurso indireto livre há intervenções do narrador e das falas dos personagens. Nesse
caso, funde-se o discurso direto com o indireto
Para saber mais sobre esse tema leia também: Discurso Direto, Discurso Indireto e Indireto Livre
Exemplos de Discurso
Discurso Direto
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Discurso Indireto
TEXTO EXPOSITIVO-EXPLICATIVO
O Texto Expositivo-Explicativo é um tipo de texto que tem por objectivo principal a transmissão de conhecimentos
a cerca de uma dada realidade, isto é, fazer-saber ou fazer-conhecer (fazer-perceber).
Daí, podemos concluir à priori que o texto visa a transformação do estado cognitivo dos sujeitos aos quais se
destina, informando-os de forma clara, objectiva, coesa e coerente sobre um assunto ou problema de que se
supõe eles serem dententores de um saber insatisfatório.
Como se pode notar, o Texto Expositivo-Explicativo apenas apresenta uma informação, que se considera nova,
partindo de um saber que se pressupõe que o leitor o detenha. Daí que a linguagem usada neste tipo de texto tem
muito a ver com o típo de público alvo ao qual ele se destina.
Neste tipo de texto, há o predomínio de duas funções de linguagem, nomeadamente a função referencial (aquela
que se usa para transmitir informações novas) e a função metalinguística (usada em segmentos que visam explicar
ou esclarecer o sentido de uma noção ou expressão anterior)
Neste tipo de textos, podemos identificar três momentos ou fases (correspondentes às partes do texto), a saber:
a fase do questionário (que contém de forma explícita ou implicita uma questão que se vai responder ao longo do
texto, ou simplesmente pela anunciação do tema/assunto/problema da exposição) correspondente à introdução; a
fase da resolução, correspondente ao corpo explicativo ou desenvolvimento e a fase da conclusão.
No tangente à organização discursiva deste tipo de texto, podemos identificar três tipos de enunciados:
Enunciados Expositivos: contendo as informações com as quais o autor do texto pretende fazer saber, ou seja,
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Enunciados Baliza: com a finalidade de marcar as articulações do discurso, isto é, anunciar o que vai ser dito;
resumir o que se disse, ou seja, estabelecer os nexos de ligação entre as diversas partes do texto.
TEXTO EXPOSITIVO-ARGUMENTIVO
Argumentar é exprimir uma convicção ou um ponto de vista, baseados na verdade, de modo a convencer o
ouvinte/leitor. É, pois, necessário que apresentemos um raciocínio coerente e convicente.
A argumentação apela não só à nossa racionalidade (ex. discurso político, sermões do Padre António Vieira),
como também à nossa emotividade (ex. texto publicitário).
O texto argumentativo é, por isso, um texto que visa convencer, persuadir ou influenciar o ouvinte/leitor através
da apresentação de uma tese (ponto de vista), cuja veracidade deve ser demonstrada e provada através de
argumentos adequados.
Para construíres um texto expositivo - argumentativo deverás ter em atenção os seguintes aspectos:
Introdução - parte incial onde se apresenta o ponto de vista a defender, de modo claro e bem definido.
Desenvolvimento - explicitação do ponto de vista; apresentação de argumentos que provam a sua veracidade:
factos, exemplos, citações, testemunhos, e.t.c.
Conclusão - parte final, constituída por uma síntese da demonstração feita no desenvolvimento
A progressão e a articulação do texto é conseguida sobretudo através do uso dos conectores ou articuladores
do discurso, que vão fazendo progredir o texto de uma forma permanente e articulada.
para reiterar, reafirmar retomando a questão, penso que, a meu ver, creio que, estou certo,
em nosso entender
para refutar, manifestar oposição, no entanto, mas, todavia, contudo, porém, apesar de, em sentido
restringir ideias contrário, refutando, pelo contrário, ao contrário, por outro lado,
com a ressalva de
para exemplificar por exemplo, como se pode ver, assim, tome-se como exemplo, é o
caso de, é o que acontece com
para explicitar significa isto que, explicitando melhor, não se pretende com isto,
quer isto dizer, a saber, isto é, por outras palavras
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para estabelecer conexões de tempo então, após, depois, antes, anteriormente, em seguida,
seguidamente, quando, até que, a princípio, por fim
para referenciar espaço aqui, ali, lá, acolá, além, naquele lugar, o lugar onde, ao lado de, à
esquerda, à direita, ao centro, no meio, mais adiante
para estabelecer conexões de causa porque, visto que, dado que, uma vez que
para estabelecer conexões de de tal modo que, de forma que, tanto que, e por isso
consequência
para expressar condição, hipótese se, a menos que, a não ser que, desde que, supondo que, se por
hipótese, admitindo que, excepto se, se por acaso
para estabelecer conexões de fim para que, para, com o fim de, a fim de que, com o intuito de
para expressar semelhança, comparação do mesmo modo, tal como, pelo mesmo motivo, pela mesma razão,
igualmente, assim como
TEXTO POÉTICO
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Entre os vários tipos e estilos de textos, temos um que se destaca pela riqueza e também pela complexidade de
sua formação: estamos falando do texto poético, uma expressão literária de grande importância. O texto poético
pode ser classificado como aquele que é escrito em versos e que apresenta uma linguagem específica, com
significados profundos e recursos especiais.
Os textos poéticos são escritos pelos poetas, a partir de experiências pessoais, sentimentos, fatos, reflexões, etc.
O poeta pode ser considerado a voz do poema. O texto poético apresenta maneiras únicas de expressar algo por
meio das palavras. É um texto expressivo, sensível, com ritmo e, até mesmo, uma musicalidade própria.
O texto poético também é conhecido como poema ou poesia, uma obra escrita na qual cada linha recebe o nome
de verso, e cada conjunto de versos recebe o nome de estrofe. Na estrutura do texto poético, as estrofes são
separadas por meio de um espaço em branco e podem ser formadas por um ou mais versos.
É possível classificar as estrofes de acordo com o número de versos que elas possuem. No texto poético, todos os
signos usados têm o objetivo de transmitir uma mensagem e gerar uma reflexão ou sentimento no leitor. As
palavras são usadas com forte preocupação estética e com muita organização.
O texto poético também emprega recursos estilísticos, com o intuito de expressar emoções. Para tanto, cada
poeta usa seus recursos linguísticos e estilo próprio. Nos primórdios da criação desse tipo de texto, os poemas
eram produzidos para serem apresentados ao público de forma cantada e, por isso, até hoje, eles apresentam
certa musicalidade.
O texto poético é composto basicamente por versos, estrofes e pelo ritmo. Esse tipo de produção literária exige
do leitor um posicionamento ativo para decodificar o conteúdo da forma correta, alcançando a emoção que a
mensagem pretende transmitir.
Além disso, no gênero poético, a estética é uma grande preocupação do autor. Por isso, esses textos são criados
com o uso de muitas linguagens metafóricas, licença poética e outros recursos. Conheça mais sobre os principais
elementos do texto poético:
Rima – É todo som semelhante apresentado no final dos versos. As rimas acompanham um esquema
rimático e podem ser emparelhadas, cruzadas ou interpoladas. Os versos que não rimam são chamados
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de versos soltos.
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Classificação de rimas
Flávia Neves | Professora de Português
Na poesia, as rimas se caracterizam pela repetição de sons no final de dois ou mais versos, conferindo
musicalidade ao poema. As rimas podem ser classificadas quanto à fonética, quanto ao valor, quanto à acentuação
e quanto à posição no verso e na estrofe.
Rima perfeita ou consoante: Em que há correspondência total de sons, havendo repetição tanto dos sons
vocálicos como dos sons consonantais.
falado/cantado;
presente/ausente;
particularidade/dificuldade.
Rima imperfeita: Em que apenas há correspondência parcial de sons. Pode ser toante ou aliterante.
Rima toante (ou assonante): Em que há apenas a repetição dos sons vocálicos.
boca/moça;
pálida/lágrima;
plátano/cálamo.
fez/faz;
lata/luto;
medo/moda.
Rima pobre: Quando as palavras que rimam pertencem à mesma classe gramatical.
gato/pato;
correr/fazer;
amarelo/singelo.
Rima rica: Quando as palavras que rimam pertencem a diferentes classes gramaticais.
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noz/veloz;
altar/desenhar;
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pente/surpreendente.
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Rima rara ou preciosa: Quando as palavras que rimam possuem terminações incomuns, pouco utilizadas, como
combinações entre verbos e pronomes.
estrelas/vê-las;
mandala/dá-la;
parabéns/vinténs;
profícuo/conspícuo.
céu/chapéu;
cantor/pintor;
coração/animação.
cedo/medo;
agora/embora;
metade/amizade.
célula/cédula;
armário/salário;
propósito/leucócito.
Rimas emparelhadas (ou paralelas): Combinam-se de duas em duas, seguindo o esquema AABB.
Rimas interpoladas (ou intercaladas): Combinam-se numa ordem oposta, seguindo o esquema ABBA.
Rimas encadeadas: Quando as palavras que rimam se situam no fim de um verso e no início ou meio do outro.
Rimas mistas (ou misturadas): Quando apresentam outras combinações e posições na estrofe, sem esquemas
fixos.
Versos brancos (ou soltos): São versos que não rimam com nenhum outro verso.
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1. FIM
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