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Segundo a astrologia esotérica o nosso sistema solar realiza uma órbita elíptica de 25.

920 anos
ao redor do Centro de nossa Galáxia, em torno de um ponto hipotético que se localiza próximo
a região celeste das Plêiades, que os Tupis chamavam de As Abelhas (Seichu).

Este período de 25.920 anos é denominado astrologicamente de Ano Heliacal, a que os hindus
chamavam de Manvantara. Este ponto central é conhecido como Sol Central, ou Sol Espiritual
de nossa Galáxia, este astro pode ser associado a estrela conhecida pelos astrônomos como
Alcione.

Era este Sol Espiritual que os antigos Tupis de Coaracy, ou Guaracy e pelos antigos Incas pelo
nome de Inti, Verdadeiro Sol. Era a esse e não o Sol físico, visível que os antigos Incas e Tupis
rendiam adoração.

A órbita executado pelo sistema solar, em torno desse ponto localizado na região das Plêiades,
no centro da galáxia não é exatamente eqüidistante, durante um período relativamente longo
de 12.960 anos chamado simbolicamente de Noite, nosso sistema solar cruza uma região bem
afastada deste ponto central hipotético, durante outro período equivalente de 12.960 anos,
considerado o Dia, ele fica bem mais próximo deste centro espiritual.

A órbita executado pelo sistema solar, em torno desse ponto localizado na região das Plêiades,
no centro da galáxia não é exatamente eqüidistante, durante um período relativamente longo
de 12.960 anos chamado simbolicamente de Noite, nosso sistema solar cruza uma região bem
afastada deste ponto central hipotético, durante outro período equivalente de 12.960 anos,
considerado o Dia, ele fica bem mais próximo deste centro espiritual.

Nos períodos de noite o sistema solar transita mais rapidamente por uma região espacial bem
maior, porém durante os dias se desloca mais lentamente por uma região menor de sua órbita,
bem mais próxima do Sol Inti, o que faz com que gaste o mesmo período em ambas as etapas.

Durante as Noites, nosso planeta assim como todo o Sistema Solar, fica pouco expostos as
irradiações benévolas deste astro, porém durante os períodos de Dia suas irradiações criam um
ambiente propício ao surgimento da vida e aceleram a evolução.

Com relação a estrela Alcione esta estrela é precisamente, o Sol principal das Plêiades, ao redor
do qual gravitam sete sóis, sendo o nosso sol o sétimo girando ao redor de Alcione. Cada sol é
o centro de um sistema solar e Alcione é o centro de sete sistemas solares.
Mas, é bom sabermos que Alcione também possui anéis. São maiores que os de Saturno, com
a seguinte diferença: enquanto aqueles são compostos de rochas, pedras meteóricas, areia e
matéria de diversas espécies, os de Alcione formam um todo único e são radioativos.

Segundo os ensinamentos da Sabedoria das Idades foi justamente ao executar sua órbita em
torno do centro da galáxia, que o nosso sistema solar, arrastado nosso planeta, passou por essa
região, próxima ao Sol Espiritual Coaracy, que a Vida foi semeada em nosso planeta pelos
Deuses Anderus (Anderus em Tupi = Nossos Pais Primeiros), que habitam a região próxima do
Sol Central.

Os antigos Tupis davam significado as Forças Universais, as Leis da Natureza e as Energias que
sentiam dentro de si mesmos, as quais se referiam como Deuses. Segundo eles os Deuses eram
expressões dessas energias.

Os principais deuses brasileiros que herdamos de nossos ancestrais ameríndios tupi são:

Ñhanderueté ou Ñhanderuvuçu ou ainda Ñhandejara – O Grande Espírito, Senhor do Infinito, o


incogniscível e imanifestado, ele é a energia que existe, sempre existiu e existirá para sempre.
Ñhanderueté, o Grande Espírito é a única realidade, a realidade última, origem e fim de todas
as coisas, equivalente ao Osíris egípcio, ao Olorum africano, Alah, Jeová, ao Primeiro Logos dos
Cabalistas, etc. Ele é associado ao princípio neutro cósmico. Ñhanderueté é o doador da paz e
do equilíbrio.

Ñhandecy ou Ñhandericy - Ñhandecy é a Deusa do Éter e da Sabedoria, a divindade feminina


equivalente a Ísis dos egípcios, a Visnhu hindu, ao Espirito Santo dos cristãos e a Mãe dos
gnósticos), equivale ao Segundo Logos dos Cabalistas. Companheira de Ñhanderuete, enfeita-
se com um manto azul, que representa o céu, enfeitado com plumas brancas que simbolizam
as nuvens do céu. Ñhandecy representa a grande Mãe dos primevos cultos matrifocais, ela
rege os elementos, com sua corte de poderosas deusas do panteão brasileiro. Por ter sido a co-
criadora dos deuses dos elementos a Senhora da Sabedoria Ñhandecy, governa todas as coisas,
conceito que realça a importância da mulher e seu papel fundamental sobre os elementos. É
associada ao princípio negativo cósmico. Ñhandecy é a doadora da beleza, da fecundidade e da
felicidade.

Tupan Papa Tenondé – É o deus do trovão, filho de Ñhanderueté com a deusa Ñhandecy, como
o Hórus egípcio é a encarnação manifesta de seu pai, por isso mesmo representa o princípio
positivo cósmico. A manifestação da consciência cósmica da Energia do Grande Espírito, Nosso
Pai Primeiro (Ñhanderueté) era chamada pelos Tupis de Tupan Papa Tenondé (Pa = primeiro, Pa
= primeiro e Tenondé = último) ou simplesmente de Tupan, TU = grande, elevado, exaltado,
também tem o sentido de Som Divino, associado ao Trovão “A Voz de Deus” e PAN = Deus da
natureza, da vida, da saúde do riso e da dança. Tupan é o Zeus brasileiro, o equivalente ao Odin
nórdico, ao Indra hindu e a Xangô dos cultos Afros, todos esses deuses eram associados as
nuvens de tempestades, ao raio e ao trovão. O Grande PAN (TU PAN), já era adorado pelos
Atlantes e posteriormente o foi em boa parte do mundo antigo com o nome de PAN, ou BAAL o
deus da tempestade, como era chamado entre os fenícios. Entre os gregos, povo pastoril, PAN
foi transformado num pequeno sátiro flautista, guardador dos rebanhos e cujos atributos,
chifres e pé de bode, foram demonizados pelo cristianismo, que criou palavras como
pandemônio, para designar confusão, balburdia, ou pânico para designar pavor extremo.
Tupan, fora gerado pela conjugação de Ñhanderuete e Ñhandecy e assim como o Hórus
egípcio, era a expressão manifestada de seu Pai, ele é o equivalente ao Terceiro Logos dos
Cabalistas, ou seja o nosso próprio universo, representa o Filho dos gnósticos. Tupan Papa
Tenondé é o doador da força, do poder, ele dispensa a justiça aos seus filhos.

Janaina – É a Grande Mãe, o Eterno Feminino, Deusa do Mar, Senhora das Águas primordiais,
Rainha dos Lares, Protetora das Mães e das Esposas, companheira de Tupan e mãe de todos os
seres vivos. Equivalente a Yemanja, dos cultos Afros e a Nossa Senhora da Conceição do
catolicismo.

Jakairá Ru Ete (ru eté = pai primeiro) - Filho de Tupan e Janaina é o Deus das Brumas e da
Neblina Vivificante, regente dos “Espíritos Neblina”, os membros da Tribo Pássaro chamados de
Anjos no cristianismo. Jakairá deu ao Homem o veículo Mental Abstrato (Arandu);

Karaí Ru Ete - Filho de Tupan e Janaina é o Deus do Fogo e da Chama Crepitante, regente dos
Pais Solares, os Espíritos da Chama. Karaí deu ao Homem o veículo Mental Concreto (Amba, ou
Morada de Karaí);

Y-amaí Ru Ete – Filho de Tupan e Janaina é o Deus das Águas Torrenciais, regente dos nossos
Pais Lunares, os Espíritos Chuva, deu ao Homem o Veículo Astral ou Emocional (Amba Y-amaí);

Ñhamandu Ru Ete - Filho de Tupan e Janaina é o Deus da Terra, Senhor dos Vulcões da Terra e
dos seus tesouros ocultos é também considerado o Senhor das Palavras, regente dos Espíritos
Anciãos que habitam a Terra dos nossos antepassados. Namandu deu ao Homem o Corpo
Físico Denso (Amba Ñhamandu);

Jacy – Deusa Lua, rainha da noite, uma das esposas de Tupan, ela reina sobre os gênios das
florestas, como o Saci-Pererê, o M'Boitatá e o Curupira. Era visualizada com um ornato feito de
concha branca talhada em forma de crescente.

Guaracy – Deusa Sol, chamado de Inti pelos Incas, nos dá vida e calor espiritual,
diferentemente do astro luminoso visível durante o dia em nosso mundo, ele era o Sol
Espiritual, associado a estrela Alcione, na constelação das plêiades.

Amanacy – Deusa Mãe Chuva, companheira de Jakairá, Deus da Neblina e do Nevoeiro.

Ybicy - A Mãe Terra, me natureza é a doadora dos frutos, companheira de Ñhamandu, Deus da
Terra.

Rudá – Deus do Amor e do Sexo, cuja morada são as nuvens. Sua função é despertar o amor
dentro do coração das pessoas.

Jururá-Açú - Conta uma lenda, que por ter libertado o deus infernal, tornou-se a única deusa
que podia entrar e sair livremente dos infernos. Tupan castigou esta linda deusa
transformando-a em uma tartaruga;

Polo – Deus dos Ventos, mensageiro e porta voz dos deuses, principalmente de Tupan. É ele
que une os dois mundos, o mundo humano e o mundo dos deuses. Ele é que leva os pedidos e
oferendas dos homens e traz às humanas criaturas as mensagens e decretos dos deuses.

Deuses do Mundo Inferior, equivalente aos infernos, habitado por divindades maléficas porém
que observavam a ordem universal e obedeciam as determinações de Tupan.

Anhangá (Anhá-Angá) - pode ser traduzido por alma errante dos mortos, sombra, espírito ou,
como fala o caboclo, visagem, que é o mesmo que fantasma e assombração. Anhangá é um
espírito que vive nas matas, podendo assumir diversas formas quando visível: macaco,
morcego, rato, pássaro, etc. Ele é a deidade suprema do Mundo Inferior (Não confundir com o
Mundo Subterrâneo, este este último termo se refere as regiões sutis que existem dentro da
realidade que habitamos);

Ticê - Esposa de Anhangá;

Jurupari (y-ur-apá-ri) – Cujo nome entre outros significados tem o de "ser que nos vem à rede,
o pesadelo, o sonho mau", ou ainda “segredo” é o guardião, ou desvelador dos segredos.

Guandirô - Deus da Noite, que bebia o sangue dos homens;

Xandoré - deus do ódio, lançador de raios, relâmpagos e trovões;

Tiriricas- Deusas do ódio;

Pirarucú - Deus do mal que mora no fundo das águas. Conta-se que ele casou com Uiara e
dessa união nasceram vários monstros.

Cada um dos deuses ancestrais, os deuses Anderus colaborou na criação do Ser Humano, se
tornando seu co-criador. Tupan nos deu o Veículo Essêncial, Ñhandecy nos deu o Veículo
Intuitivo, Jakairá nos deu o Mental Abstrato, Karaí nos deu o Mental Concreto, Yamaí nos deu o
corpo Astral, Ñhamandu nos deu corpo físico. Nos próximos capítulos explicarei melhor esse
assunto.

Além disso, de acordo com o ensinamento dos velhos Piagas (Piagé, ou Pajé), cada um de nós
ao chegar a este mundo, nasce sobre a influência de uma das duas energias primordiais que os
nativos chamavam de Jasuka (energia feminina telúrica que vem do Centro da Terra, chamada
pelos hindus de Kundalini), e Jeguaka (energia masculina cósmica que emana do centro da
galáxia, a que os hindus denominavam de Fohat), assim os seres energéticos nos quais
predomina a energia Jasuka (Kundalini) encarnam como Fêmeas, e naqueles nos quais
predomina a energia Jeguaka (Fohat), encarnam como machos.
Nas Plantas e folhas vemos essa polaridade se manifestando, as folhas masculinas, são
geralmente pontiagudas promovem excitação e fortalecem, as folhas femininas, são
geralmente arredondas, acalmam e tranqüilizam.

Mas de um modo geral, cada uma, tanto as folhas macho como fêmeas, nascem também sob a
influência de um dos Deuses Ancestrais (Anderus).

Esses são os Cinco Poderes Elementais, latentes em cada homem e em cada mulher:

O Poder do Ar (da Inteligência Superior, abstrata) dado por Jakairá;

O Poder do Fogo (do Raciocínio e da Memória) dado por Karaí;

O Poder da Água (das Emoções e Sentimentos) dado por Y-amaí;

O Poder da Terra (da Força Física) dado por Ñhamandu;

O Poder do Arco-Íris (da Energia e da Vitalidade) dado por Ñhandecy.

Há ainda outros dois poderes esotéricos, ligados a outras Divindades. A tônica primordial,
Jasuka (feminina) e Jeguaka (masculina), combinada com a influência dos Deuses Anderus, faz
também com que se manifeste em nós uma das cinco qualidades:

A Qualidade da Neblina (Magia);

A Qualidade da Flor (Inteligência);


A Qualidade do Mel (Doçura e bondade);

A Qualidade das Folhas e dos Campos (da Prosperidade Material);

A Qualidade da Pedra (da Resistência).

Essas são as 2 Tônicas, os 5 Poderes e as 5 Qualidades que nos conferem nossos pontos fortes e
fracos, que definem nossos temperamentos.

Precisamos aprender a utilizá-los para Caminhar em Beleza (Tapéporã) no Caminho Sagrada da


Vida (o Peabiru, a estrada que liga O litoral brasileiro ao Peru e vice versa é nossa estrada
sagrada, equivalente ao Caminho de Santiago, o Peabirú é o Caminho Sagrada da Vida),
cumprindo assim nossa Missão (Dharma em sânscrito, Tekoa em Tupi).

Segundo os Velhos Piagas, foi para isso, que nossos Sagrados Ancestrais, os Deuses Anderus,
através de seus mensageiros, os Angás (Espíritos) e Caruanas (elementais) ensinaram aos
homens o Poder Mágico das Ervas e das Plantas de Poder.

Assim através dos tempos, o homem, em sua jornada de Auto-Expressão (Tekoa), usa as folhas,
as ervas e raízes como meio de recuperar suas energias, curar suas enfermidades e abrir seus
caminhos.

Pajés com seus maracás e cachimbos fumegantes, naguais e xamãs, envoltos em suas peles de
animais, com seus tambores invocando os espíritos e mesmo os iogues e faquires, com os
corpos lacerados pelas austeridades, enfim todos os antigos feiticeiros e velhos terapeutas da
antiga medicina utilizavam ervas para curar. Todos eles usaram banhos de ervas, fumigações
feitas com raízes e remédios à base de plantas mágicas. Mesmo a medicina atual, que nega
muitas práticas antigas, faz uso de algumas plantas em receituário. As plantas curam,
principalmente as plantas brasileiras curam.
Com essa certeza, caminhemos pelas matas dos nossos ancestrais, os poderosos guerreiros e
caboclas Tupis de Pindorama, enfeitadas de flores, arbustos e raízes para colher o fruto mágico
que utilizaremos em nossos banhos, defumações e oferendas.

Isso por que os iniciados no uso das Plantas de Poder sabem que nada se faz sem as Plantas,
Sem as Folhas, sem as Raízes.

http://www.circulosagrado.org.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=59:misteriocabocos&catid=25:blog&Itemid=56

I - INTRODUÇÃO

É preciso entender que a Umbanda, nascida e praticada no Brasil, com a fusão de várias
religiões, apesar de várias raizes de origem africanista, não tem similar, nem mesmo na áfrica.
Não lida com orixás (deuses do Panteão Africano), propriamente ditos; mas incorporando em
seus adeptos, caboclos, pretos-velhos, crianças, baianos, boiadeiros, espíritos da água, eguns,
exus (não os da África) e outros, que são entidades desencarnadas da Terra.

Assim, abriga princípios, fundamentos e características diferentes em seu sincretismo afro-


índio-católico-cardecista básico.

O Candomblé, outra ramificação oriunda de raizes negras, é a que mais conservou as tradições
da fonte; contudo também sofreu e sofre influências de outros cultos em seus ritos,
notadamente o da Umbanda, tanto que se cognominou alguns tipos de engiras mescladas, de
"Umbandomblé" (mistura de Umbanda e Candoblé), quando se nota diferenças ou
semelhanças, com predominância de um deles. O que sucedeu à Umbanda, no tocante à nova
concepção, imagem filosófica-religiosa e adaptação, sucedeu também ao samba que, como é
executado atualmente, só existe no Brasil, apesar de raízes tipicamente africanas.

A Umbanda nascida no Brasil, foi fundada pelo Caboclo das 7 encruzilhadas, com incorporação
em um médium em 15/11/1908, inaugurando a primeira tenda de Umbanda no Brasil. A
Umbanda Brasileira, propriamente dita, sincretiza geralmente os seguintes grupos: Afro (Jêje,
Nagô, Malê, Banto, Mina); Cardecismo, Pajelança, Catolicismo. Os outros são variações
complementares ou adições especiais criadas por seus praticantes.

II - Histórico
Saravá!

Que Zamby, Tupan, Yre-Ayê! - (Deus o abençoe)

Ara-nauam... - Fique em Paz!

Vários cultos até hoje praticados no Brasil começaram na África, muito antes do período da
escravidão, onde basicamente predominavam três religiões: cristianismo, islamismo e religiões
tribais ou primais.

Na realidade, os cultos afro-brasileiros vêm da prática religiosa politeísta das tribos. Por isso,
cada uma tem a sua forma peculiar de chamar o nome de Deus, promover seus cultos,
estruturar sua organização, celebrar seus rituais, contar sua história e expressar as suas
concepções através dos símbolos.

A - Os cultos afros, inicialmente, eram ritos de preservação cultural dos grupos étnicos.

No Brasil, eles associam-se à vinda de escravos negros trazidos de lugares como Nigéria, Benin
e Togo. E também estão profundamente ligados à preservação da cultura, da arte e da religião
dos negros.

Em diferentes momentos da história, aos poucos, as religiões afro- brasileiras foram se


formando nas mais diversas regiões e estados. É justamente por isso que elas adotam
diferentes formas e rituais, diferentes versões de cultos.

B - A Umbanda, historicamente, além de possuir suas raizes na África, possui também, por
escala, raízes no Egito Antigo.

A adoração aos Nétheres egípcios é a mesma realizada, pela Umbanda, aos Orixás. Seus rituais
são como uma canção às qualidades divinas. Estes rituais cultuam estas qualidades tão bem
expressas pela “Árvore da Vida” kabalística.
Segundo especialistas, "a Umbanda é uma grande colcha de retalhos. Retalhos colhidos nas
mais diversas tradições religiosas: Candomblé, Catolicismo, Judaísmo, Kardecismo, Budismo,
Hinduísmo, Pajelança, Lamaísmo e outras mais. A tudo isto soma-se a pitada do brasileiro já
tão mesclado em sua raça. Esta é a Umbanda, religião genuinamente brasileira, renascida em
terras brasileiras".

Por isso, afirmam que a Umbanda apresenta-se codificada de tal forma que permite dicussões
sobre seus conceitos e sobre a maneira em que são apresentados.

Como religião organizada a Umbanda surgiu por volta de 1920, em Niterói, Rio de Janeiro,
registrada oficialmente pelo capitão José Álvares Pessoa.

C - Datas históricas:

15 de novembro de 1908 - Zélio de Moraes, naquela época muito jovem, se reúne pela
primeira vez com o presidente da Federação Espírita de Niterói, José de Souza e demais
membros da diretoria. Ali, tomado por uma força espiritual, ele recebeu os primeiros sinais do
Caboclo das Sete Encruzilhadas, embora não tivesse havido incorporação.

16 de novembro de 1908 - Primeira sessão de Umbanda na casa de Zélio de Moraes. Ele reuniu
a família, vizinhos e amigos em Neves, Estado do Rio de Janeiro, no Brasil, e às 20 horas dessa
noite, recebeu o espírito do Caboclo das Sete Encruzilhadas, que conduziu o processo de
fundação da Umbanda até seu registro oficial em cartório, por José Pessoa.

1939 - Foi fundada a federação União Espírita de Umbanda do Brasil, que tinha como meta
congregar os templos umbandistas e se tornar o centro da Umbanda.

D - ORAÇÕES

- Pai Nosso Oração das 13 almas

- Ave Maria São Miguel Arcanjo

- São Jorge Prece de Cáritas

- Anjo da Guarda Oração por uma Alma Sofredora


- Creio em Deus Pai Oração a Santa Catarina

- Virgem Santissíma Bezerra de Menezes

- Oração da Serenidade Oração de São Francisco

E - A UMBANDA AFIRMA:

- Paz, Amor, Caridade, Humildade.

- Talvez essas palavras sejam poucas para definir nossa religião, mas já é um grande começo.

- Pratique-as.

- Umbanda não cobra valores de ninguém;

- Não faz nenhum tipo de trabalho para prejudicar ou suprir a necessidade de amarrar ou ver
maldade para alguém;

- Usa fé e a caridade como suas principais armas;

III - A UMBANDA

A - DEFINIÇÃO:

Preto-Velho .Umbanda é uma religião formada dentro da cultura religiosa brasileira que
sincretiza elementos vários, inclusive de outras religiões.

Os conceitos aqui relatados podem diferir em alguns tópicos por se tratar de uma visão
generalista e enciclopédica. Por se tratar de um conjunto religioso com várias ramificações
(como é o caso, por exemplo, do Cristianismo) as informações aqui expostas buscam informar
aos leitores da forma mais abrangente possível e sem discriminação ou preconceitos, pois
todas as "Umbandas" têm suas razões de existir e de serem cultuadas.

B - Estrutura da Umbanda

O que é Umbanda?
Origem da Umbanda

Linhas de trabalho

Literatura Umbandista

C - Sincretismo

Os negros nas senzalas cantavam e dançavam em louvor aos Orixás, entretando seus senhores
não gostavam, e tentavam convertê-los a fé cristã. Aqueles que não se convertiam eram
cruelmente castigados. Foi então que nasceu o sincretismo em que os negros africanos
associaram os Orixás aos santos católicos de seus senhores. Embora aos olhos dos brancos eles
estavam comemorando os santos católicos, na verdade estavam cultuando seus amados
Orixás.

D - Os Fundamentos

Os fundamentos da Umbanda variam conforme a vertente que a pratique.

E - CONCEITOS BÁSICOS

Existem alguns conceitos básicos que são encontrados na maioria das casas e assim podem,
com certa ressalva e cuidado, generalizados para tudas as formas de Umbanda. São eles:

- A existência de uma fonte criadora universal, um Deus supremo, chamado Olorum ou Zamby;

- A fraternidade, caridade e respeito ao próximo. Sendo a caridade uma máxima encontrada


em todas as manifestações existentes;

- O culto aos Orixás como manifestações divinas, em que cada Orixá controla e se confunde
com um elemento da natureza do planeta ou da própria personalidade humana, em suas
necessidades e construções de vida e sobrevivência;

- A manifestação dos Guias para exercer o trabalho espiritual incorporado em seus médiuns ou
"cavalos";

- O mediunismo como forma de contato entre o mundo físico e o espiritual, manifesta de


diferentes formas;
- Uma doutrina, uma regra, uma conduta moral e espiritual que é seguida em cada casa de
forma variada e diferenciada, mas que exite para nortear os trabalhos de cada terreiro;

- A crença na imortalidade da alma;

- A Crença na reencarnação e nas leis cármicas (adaptadas a realidade Umbandista, que é


diferente do Espiritismo);

F - Um Deus único e superior

Zâmbi, Olorum ou simplesmente Deus - Em sua benevolência e em sua força emanada através
dos Orixás e dos Guias, auxiliando os homens em sua caminhada para a elevação espiritual e
social. Infelizmente deve-se aos limites da linguagem humana a falta de precisão em conceituar
o que seria Deus. Isto por que uma das características da Divindade Suprema é ser Infinito, sem
medidas, o que remete apenas conhecer parcialmente sua “Natureza”.

Mormente cabe ao homem a aventura de tentar decifrar a “Divindade”, pela fé, pelo amor e
pela razão e é sobre esta Grande Aventura Humana é que pretendemos falar.

G - Os Orixás

- Os Orixás não são deuses como muitas pessoas podem conceber, assim como em outras
religiões, mas sim divindades criadas por um único Deus: Olorun (dentro da corrente Nagô) ou
Zambi (dentro da corrente Bantu).

- Uma interpretação mais objetiva coloca os Orixás como manifestações de diferentes


arquétipos universais, que seriam uma síntese de leis e princípios cósmicos e naturais, que
representariam as diferentes manifestações da forças naturais expressos na forma de símbolos.
Cada pessoa está ligada a um desses arquétipos (Orixás) e sua evolução deve seguir os padrões
dessa síntese simbólica a qual a pessoa está relacionada.

- Na Umbanda Esotérica e Iniciática temos a seguinte interpretação:

- Os Orixás são vibrações de Deus, vem Dele, mas não são Ele, são princípios irradiados da
Suprema Inteligência, regem a Criação e a Evolução em todo
- Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Oxum, Iansã, Iemanjá, Obaluaiê, Nanã.

H - Referências

Africanas, Indígenas, Européias e Indianas. A Umbanda é uma junção de elementos Africanos


(Orixás e culto aos antepassados), Indígenas (culto aos antepassados e elementos da natureza),
Brancos (o europeu que trouxe seus Santos e a doutrina cristã que foram sincretizados pelos
Negros Africanos) e de uma doutrina Indiana de reencarnação, Kharma e Dharma, associada a
concepção de espírito empregada nas três Raças que se fundiram (Negro, Branco e Índio).

A Umbanda prega a existência pacífica e o respeito ao ser humano, a natureza e a Deus.


Respeitando todas as manifestações de fé, independentes da religião.

A máxima dentro da Umbanda é "Dê de graça, o que de graça recebestes: com amor,
humildade, caridade e fé".

I - O culto umbandista

A Umbanda tem como lugar de culto o templo, terreiro ou Centro, que é o local onde os
Umbandistas se encontram para realização de suas giras, sessões.

O chefe do culto no Centro é o Sacerdote (a Bá, ou Iyalorixá, ou a Diretora de culto, ou Mestra,


ou a Mãe de Santo - para o Sacerdote feminino; ou o Babá, Babalorixá, os Diretor de culto, o
Mestre, ou o Pai de Santo - para o Sacerdote masculino) ] que é quem coordena as
sessões/giras e que irá incorporar o guia chefe que comandará a espiritualidade e a
materialidade do local dos trabalhos. Normalmente esse guia, que comanda, é um Preto-Velho
ou Caboclo (varia de casa para casa, de Linha Doutrinária para Linha Doutrinária).

Os templos onde os "comandantes" são Pretos-Velhos seguem a corrente africana e os que


têm os Caboclos como "comandantes" seguem a linha indígena. Mas, isso não é regra e pode
variar de templo para templo.
As pessoas que recebem, incorporam entidades dentro dos terreiros, são ditos médiuns,
aparelhos, cavalos ou "burros". Pessoas que têm o Dom de incorporar os Orixás e Guias.

"As entidades" que são incorporadas pelos médiuns podem ser divididas entre:

Falangeiros de Orixás: Xangô, Ogum, Oxum, Nanã, Iemanjá, Inhançã, Obaluaê, Oxumaré, entre
outros.

Guias: Pretos-velhos, Caboclos, Boiadeiros, Crianças, Exus, Marinheiros e Orientais.

Kiumbas, espíritos sem luz: esses, normalmente, são incorporados quando se está fazendo
algum descarrego ou quando existe algum obsediado no local.

J - As sessões

O culto nos terreiros é dividido em sessões, normalmente de desenvolvimento e de consulta, e


essas, são sub-divididas em giras.

Os dias da semana que acontecem as sessões variam de Centro para Centro.

As sessões de consulta com Pretos-Velhos, onde as pessoas conversam com as entidades, afim
de obter ajuda e conselhos para suas vidas, curas, desobsessões e para resolver problemas
espirituais diversos. As ocorrências mais comuns nestas sessões são o passe e o descarrego. No
passe, os Pretos-Velhos, rezam a pessoa energizando-a e retirando toda a parte fluídica
negativa que nela possa estar. O descarrego, é feito com o auxílio de um médium, o qual, irá
incorporar o obsessor, ou captar a energia negativa da pessoa. Então, o Preto-Velho faz com
que essa energia seja deslocada para o astral. Caso seja um obsessor, o espírito obsediador é
retirado e encaminhado para a luz ou para um lugar mais adequado no astral inferior; caso ele
não aceite a luz que lhe é dada. Nesses casos pode-se pedir a presença de um ou mais Exus
para auxiliar o Preto-Velho.

Nas sextas-feiras, ocorrem as giras de Caboclos, Boiadeiros, Orixás, Marinheiros, Pretos-Velhos,


Crianças e Exus. Nessas giras são feitos os desenvolvimentos dos médiuns do terreiro. Nelas,
são cantados os pontos e tocados os atabaques. As giras de Marinheiros e Exus são festivas, e,
além de serem feitos os desenvolvimentos dos médiuns, são realizadas consultas com esses
guias. Existem terreiros onde, além dos Pretos-Velhos, Marinheiros e Exus, também os
Caboclos e Boiadeiros dão consultas e trabalham com o descarrego e a desobsessão.
Os dias de Consulta e/ou Desenvolvimento podem variar de casa para casa, de Linha
Doutrinária para Linha Doutrinária. Normalmente são feitos as segundas-feiras e nas sextas-
feiras; não sendo este parâmetro contado como regra.

K - Guias

Os espíritos que trabalham na Umbanda são chamados de Guias.

Esses espíritos incorporam nos médiuns para poder realizar seu trabalho caritativo, assim
como, dar orientações, executarem trabalhos de contra-magia e outros. Sempre em benefício
dos viventes e desencarnados, trabalhando para o bem.

Na Umbanda, ao contrário do Candomblé, não se incorporam os Orixás, mas sim os ditos


falangeiros, que são emanações dos Orixás, possíveis de serem captadas pelos médiuns e neles
exercem influência em seus corpos e mentes.

Os Guias têm diferentes grupamentos, formando falanges de entidades afins, de mesma


característica e roupagens. Assim temos os seguintes grupamentos na Umbanda:

Principais Guias:

- Pretos-Velhos

- Caboclo

- Crianças

- Boiadeiros

- Marinheiros

- Exus/ Pombas-Giras

Outras falanges trabalhadas em outras ramificações da Umbanda:


- Baianos

- Ciganos

- Orientais

- Mineiros

- Cangaceiros

L - Médiuns

Médium é toda pessoa que têm a qualidade de se comunicar com entidades desencarnadas ou
espíritos, seja pela mecânica da incorporação, pela vidência (ver), pela audição (ouvir) ou pela
pscicografia (escrever movido pelos espíritos).

O médium veio com a responsabilidade e com o compromisso de servir como um instrumento


de guias ou entidades espirituais superiores. Para tanto, deve se preparar através do estudo,
desenvolvendo a sua mediunidade sempre prezando a elevação moral e espiritual, a
aprendizagem conceitual e prática da Umbanda, respeitar os guias e Orixás, ter assiduidade e
compromisso com sua casa, ter caridade em seu coração, amor e fé em sua mente e espírito, e
saber que a Umbanda é uma prática que deve ser vivenciada no dia-a-dia e não apenas no
terreiro.

A mediunidade não deve ser vista ou vivenciada como um dom ou poder maior concedido ao
médium , e sim como um compromisso e uma oportunidade que lhe foi dada antes mesmo da
pessoa reencarnar. Por isso não deve ser encarada como um fardo ou um forma de ganhar
dinheiro, mas como uma oportunidade valiosa para praticar o bem e a caridade.

Existem médiuns que acabam distorcendo o verdadeiro papel que lhes foi dado, e se
envaidecem agindo de forma leviana em suas vidas. O médium deve tangir sua vida como um
mensageiro de Deus, dos Orixás e Guias. Ter um comportamento moral e profissional dígnos,
ser honesto e íntegro em suas atitudes, pois do contrário acaba atraindo forças negativas,
obsessores ou espíritos revoltados que vagam pelo mundo espiritual atrás de encarnados
desequilibrados que estão na mesma faixa vibracional que eles. Por isso, desenvolver a
mediunidade é um processo que deve ser encarado de forma séria a regido através de um
profundo estudo da religião e seguido pelo conceitos morais e éticos. Ser orientado e iniciado
por uma casa que pratica o bem é essencial.
As pessoas que são médiuns devem levar sempre a sério suas missões e ter muito amor e dar
valor ao que fazem, ter sempre boa vontade nos trabalhos de seu terreiro e na vida do dia-a-
dia.

O médium deve tomar, sempre que necessário, os banhos de descarrego adequados aos seus
Orixás e Guias, estar pontualmente no terreiro com sua roupa sempre limpa, conversar sempre
com o chefe espiritual do terreiro quando estiver com alguma dúvida, problema espiritual ou
material.

Sobre o estudo da mediunidade e do médium, pode-se utilizar como fonte para estudos a
relação que existe abaixo, no ítem "Literatura Umbandista".

Alguns terreiros utilizam-se das obras Espíritas (codificadas por Allan Kardec), porém, existe
hoje vasta literatura específica sobre Umbanda. As objeções ao uso dos livros doutrinários
Espíritas é que embora sejam ambas as religiões de cunho mediúnico, existe grande
divergência conceitual e doutrinário entre elas. Basta para isso, exemplificar a função e o
trabalho dos Exus e Pomba-giras que, segundo a doutrina Espírita, estariam classificados como
obsessores.

M - Polêmicas dentro das umbandas

1- Umbanda e Umbandas, os donos da verdade

Infelizmente todas as religiões têm divergências. Sejam de origem inter-religiosa (umas com as
outras) ou intrarreligiosas (divergências internas dentro da mesma religião ou de um conjunto
religioso).

Na Religião de Umbanda não é diferente. Existem diversas divergências, principalmente nas


questões doutrinárias em que algumas vertentes tentam se apropriar da Umbanda fazendo ver
que sua visão ou sua forma doutrinária é a Umbanda como um todo. Não se conformam que
sua prática seja mais uma dentre tantas outras existentes. Elas querem impor sua visão, sua
doutrina, suas práticas às outras formas de Umbanda.

Em decorrência do que foi exposto acima, podemos notar em várias publicações, sejam em
livros ou mesmo em sites na Internet, a negação e a discriminação que existe. Afirmações de
que isso é Umbanda e de que aquilo não é Umbanda, ligada a forma de culto, ritos, utilização
de elementos, como: se a casa usa atabaques, isso não é Umbanda; se a casa pratica rituais de
sacrifício animal, isso não é Umbanda; se a casa trabalha no culto aos Orixás e na sua
incorporação, isso não é Umbanda; se a casa trabalha com Exus e Pomba-giras, isso não é
Umbanda etc.

Como podemos ver existem várias polêmicas, mas todas são fruto de manifestações de grande
falta de respeito e ignorância a respeito das diversas formas de Umbanda que existem.
Discriminar essa ou aquela forma só porque a mesma é diferente da nossa, ou porque ela
utiliza esse ou aquele ritual ou elemento, é discriminação, pois quem garante que aquilo que
praticamos como Umbanda é ou não é Umbanda?

A grande realidade é que cada forma é rica em si mesma, e o respeito deve ser algo que
deveria estar presente na mente de cada Umbandista, independente de sua doutrina, seus
ritos, suas práticas.

Se os umbandistas começarem a se respeitar e passar por cima dos precenceitos internos


existentes, se começarem a ver o outro como a si mesmos e o entenderem (uso da alteridade),
poderemos um dia chegar a um patamar de união e de respeito mútuo. Fortalecendo cada vez
mais a religião de Umbanda como um todo: união na diversidade, o respeito às diferenças.

N - Sacrifício Ritual de animais

Existem várias ramificações dentro da Religião de Umbanda.

Algumas ramificações ou vertentes não fazem Sacrifício Ritual de Animais, porém, outras
vertentes têm essa prática (normalmente as de cunho africanista). O próprio Cabloco das Sete
Encruzilhadas (de Zélio Fernandino de Moraes), segundo reportagem publicada na Revista
Espiritual de Umbanda feita com as filhas de Zélio, relatam que uma vez por ano era sacrificado
um porco para o Orixá Ogum. Dessa forma, podemos notar que o Sacrifício Ritual de animais é
uma prática normal dentro de vários terreiros de Umbanda, variando ou não existindo de
acordo com a orientação de cada casa.

Cada cultura religiosa dentro da Umbanda têm seus fundamentos e o Sacrifício Ritual Animal é
um deles, embora não seja comum a todas as tradições Umbandistas.
O - Uso de bebidas alcoólicas

Também encontramos terreiros dos seguintes tipos:

Os em que as entidades incorporadas não usam bebidas (muitas vezes por questão do próprio
médium não estar preparado para este tipo de trabalho com bebida) criando uma espécie de
tabu. Os em que elas bebem durante os trabalhos (tanto os que fazem o uso correto deste
elemento, como os que abusam disto sem necessidade). Os que usam bebida em situações
mais veladas (existindo um certo rigor quanto a sua utilização buscando coibir abusos de
médiuns ainda em preparação).

Toda esta controvérsia é gerada pelo uso que as pessoas fazem das bebidas alcoólicas na vida
diária, muitas vezes caindo no vício do alcoolismo, trazendo consequências graves para sua
vida material e espiritual. Ocorre que médiuns predispostos ao vício podem, ao invés de
atrairem espíritos de luz, afinizarem com espíritos de viciados que já morreram. Note que o
álcool é um elemento usado na magia para trabalhos para o bem, mas abusos nunca são
tolerados e exibicionismo não são sinais de incorporações de luz.

P - Vestimenta

Na umbanda usa-se como roupagem para os médiuns apenas roupa branca e descalço,
representando a simplicidade e humildade. Pode ocorrer de uma preta velha solicitar uma saia
ou um lenço para amarrar os cabelos, para neste caso, em um terreiro de trabalho assistencial
(muita prática e pouco esclarecimentos para os filhos de fé) há essa necessidade de se parecer
como um preto-velho, ou um índio, para que o médium pareça mais a entidade que o está
incorporando. Na umbanda original por exemplo, aquela trazida pelo Caboclo das 7
Encruzilhadas (incorporado no médium Zélio de Moraes), não é comum o uso de fantasias,
adornos, enfeites, objetos brilhantes e coloridos, ou afins, como se verifica no candomblé ou
kimbanda por exemplo, onde cada qual segue sua ritualística.

Podendo haver também, dentro de um mesmo segmento religioso, influências dos seus
dirigentes, podendo furtar-se aos fundamentos da religião em que se encontra. Deve-se
atentar quando algumas manifestações sejam influência do próprio médium ou de sua
entidade. Mas uma outra visão sobre a vestimenta e apetrechos materiais utilizados pelos
médiuns é de que são usados pelos espíritos como condensadores de energia, um modo de
concentrar a energia e depois enviá-la se positiva ou dissipá-la no elemento apropriado quando
negativa.

Q - Hino da Umbanda

Refletiu a luz divina

Em todo o seu esplendor

Vem do reino de Oxalá

Onde há paz e amor

Luz que reflete na terra

Luz que reflete no mar

Luz que veio de Aruanda

Para tudo iluminar

A Umbanda é paz e amor

Um mundo cheio de luz

É a força que nos dá vida

E à grandeza nos conduz

Avante! Filhos de fé

Como a nossa lei não há

Levando ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá

Levando ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá.

Hino da Umbanda.

Autor: J. M. Alves – 1960


OS ORIXÁS OU “DEUSES” VENERADOS NA CONCEPÇÃO DOS NAGÔS - Parte IV

O nhengatu, o idioma sagrado dos tpy-nambá, dos tupt-guarany, revela claramente, em sua
morfologia, em seus fonemas, no seu estilo metafórico, ter sido uma língua raiz, polida,
trabalhada através dos milênios. Foi tão bem trabalhada essa língua polissilábica, que se presta
às mais elevadas variações ou interpretações poéticas. Dela derivam diversos idiomas, também
considerados antiguíssimos.

Os tupy-nambá, os tupy-guarany eram, sobretudo, um povo monoteísta. Acreditavam e


adoravam a um Deus Supremo sobre todas as coisas, a quem chamavam com muita veneração
de TUPAN.

Tupan ou Tupã – de tu, que significa ruído, estrondo, barulho e pan, que significa ou exprime o
som, o estrondo, o ruído feito por alguém que bate, que trabalha, que malha.

Tupan era, portanto, o Supremo Manipulador, isto é, Aquele que manipula a natureza ou os
elementos. É o Divino Ferreiro que bate incessantemente na bigorna cósmica. Era considerado,
sem dúvida alguma, o Supremo Poder Criador.

Verneravam a Guaracy, Yacy e Rudá (ou Perudá), como a tríplice manifestação do poder de
Tupan. Eram atributos externos.

Guaracy, o SOL, de guará, vivente, e cy, mãe. Davam essa dupla interpretação: Pai e Mãe dos
viventes, no sentido correto de que o Sol era e é o princípio vital, que animava todas as coisas
da natureza, o mesmo que a luz que criava a vida animal, etc. Guaracy era, sem dúvida, a
representação visível, física, do Poder Criador, que através dele, criava nos elementos da
própria natureza, as coisas, os seres, etc. Enfim, era o elemento ígneo, o pai da natureza.

Por isso, diziam dele, Guaracy, saía tatauy, as flechas de fogo de Tupan, os raios do céu que se
transformavam em tupacynynga, o trovão. Por causa disso é que certos interpretadores ligeiros
deram Tupan como sendo puramente os deus do trovão.

Yacy, a Lua, de ya, planta e cy, mãe ou progenitora: era a mãe dos Vegetais ou ainda a mãe
natura.
Rudá ou Perudá, o deus ou divindade que presidia ao Amor, à reprodução. Rudá era evocado
pelas cunhas (mulheres, em suas saudades, em seus amores, pelos guerreiros ausentes, para
que eles só tivessem pensamentos e coração para recordá-las.

E para reafirmar esse tríplice conceito teogônico, os payé (sacerdotes) ensinavam mais que,
Guaracy representava o Eterno Masculino, o princípio vital positivo quente de todas as coisas. E
Rudá era o intermediário, isto é, o amor que unia os dois princípios na criação da natureza.

O Payé era justamente o mago mais elevado, dentro da tribo. Conhecia a magia a fundo,
praticava a sugestão, o magnetismo, o hipnotismo e, sobretudo, era um mestre no uso de
mantras. O Karayba não tinha a categoria de um Payé, era tratado mais como um feiticeiro, isto
é, aquele que se dava a práticas de fundo negro. Posteriormente, confundiram um com o
outro.

Autores respeitáveis que estudaram a antiguidade do Brasil – Lund, Ameghino, Pedberg,


Gerber, Hartt, H. Girgois, Alfredo Brandão, Domingos Magarinos. Através dessa literatura,
científica, histórica, se comprova que a primeira região a emergir do pélago universal, das
águas oceânicas, foi o Brasil. O homem surgiu na era terciária, e não na era quaternária, como
é do ensino clássico, aqui no Brasil. A escrita mais antiga de toda a Humanidade tem sua
origem na primeira raça que surgiu na primeira região do planeta Terra, que adquiriu as
condições climatéricas para isso, o Brasil, isto é, o seu Planalto Central.

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OS ORIXÁS OU “DEUSES” VENERADOS NA CONCEPÇÃO DOS NAGÔS - Parte III

Irmão umbandistas, brasileiros ou não, saibam que nossos índios, especialmente os Tupy-
Nambá e os Tupy-Guarany, lá pelo ano de 1500, não eram tribos ou um povo primitivo que
estivesse na infância de sua evolução. Quem supôs isso, foram os brancos conquistadores.

Não tiveram capacidade para verificar que, em vez de ser um povo primitivo, era sim, um povo
ou uma raça tão antiga, que se perdia por dentro dos milhões de anos a sua origem. Também
eles, os portugueses que aportaram com Cabral, e mesmo posteriormente, nas terras dos
brasis, não vieram para estudar a antiguidade, a cultura, a civilização de nossos aborígenes.

Os Tupy-Nambá e os Tupy-Guarany, como ficou constatado muito depois, por inúmeras


autoridades e estudiosos pesquisadores, era um povo que estava em franca decadência, isto é,
no último ciclo de sua involução ou decadência.
É fato histórico que toda raça surge, faz sub-raças, evolui sob todos os aspectos e, depois, entra
em decadência, para dar lugar à outra nova raça. Esta decadência diz respeito ao fenômeno das
“migrações espirituais”, ou seja, os espíritos vão deixando gradativamente de encarnar numa
raça, ou melhor, na última sub-raça, para irem animar novas condições, em novos movimentos
de novas correntes reencarnatórias, para se constituírem em nova Raça. Assim, o que os
espíritos abandonam, obedecendo as diretrizes de uma lei Superior, Cármica, são os caracteres
físicos de uma raça e sua espécie vai diminuindo, por falta do dinamismo das reencarnações,
até se extinguir, ou na melhor das hipóteses, conserva os remanescentes atrasados, porque os
mais adiantados não voltam mais.

A Humanidade, obedecendo à Lei dos Ciclos e do Ritmo, evolui constantemente, porém através
de várias Raças. Algumas dessas Raças já nos precederam e passaram por duas fases: a
ascendente ou de progresso e a descendente ou de decadência.

Foi dentro desse critério, desse conceito, dessa verdade, que a antiga tradição de todos os
povos atesta a passagem pela face da Terra de Raças assim qualificadas:

1ª. Raça pré-Adâmica

2ª. Raça Adâmica

3ª. Raça Lemuriana

4ª. Raça Raça Atlanteana

5ª. Raça Ariana, que é a nossa, a atual, no início de sua Quinta Ronda Cármica.

Sete são as Raças-raiz e sete são as Rondas Cármicas. Sete são os Ciclos Evolutivos, pelos quais,
terá de passar toda a Humanidade. Portanto, já passou por 4 dessas condições e está na 5ª,
falta ainda passar por mais duas Raças, 2 Rondas e 2 Ciclos, que virão no futuro, daqui a
milhões e milhões de anos.

Foram diversos os fatores ou as causas que contribuíram para a decadência e conseqüente


desaparecimento dessas raças pré-históricas, com suas civilizações: causas psíquicas ou morais,
físicas, cósmicas (cataclismos), biológicas, mesológicas, etc.

As suas civilizações, todos os documentos, todos os códigos, todos os ensinamentos da antiga


tradição o atestam, foram adiantadíssimas, sob todos os aspectos.
Foi, portanto, um povo, os tupy-nambá, os tupy-guarany, já na última fase de acentuada
decadência da raça, ou seja, dentro das condições acima citadas, porém ainda com os vestígios
positivos de uma avançada civilização, que os portugueses encontraram no Brasil do ano de
1500.

O povo dos tupy-nambá, dos tupy-guarany, da era pré-cabraliana, era tão adiantado, tão
civilizado, quanto os outros povos que habitaram a América do Sul, na época deles, assim como
os Maias, os Quíchuas, etc.

Suas concepções, sua mística, enfim, sua Teogonia, era de grande pureza e elevação, somente
alcançada pelos que já vinham dentro de uma velhíssima maturação espiritual.

E a prova insofismável disso era a sua língua, o nhengatu, o idioma sagrado, a língua boa,
incontestavelmente um idioma polissilábico.

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OS ORIXÁS OU “DEUSES” VENERADOS NA CONCEPÇÃO DOS NAGÔS - Parte II

Para que os fundamentos dessa raiz fiquem bastante reavivados na mente de todo umbandista,
seguem mais algumas informações:

Babalorixá – espécie de sacerdote do culto nagô. Interpretação dada – pai de santo, o chefe do
candomblé.

Babá – diminutivo do termo acima, que tanto pode designar o homem como a mulher,
sacerdote ou sacerdotisa. Interpretação – pai ou mãe de santo.

Babalaô ou Babalawô – espécie de advinho ou sacerdote do culto de Ifá.

Ialorixá – espécie de sacerdotisa. Interpretação dada – mãe de santo, a dona do candomblé.


Iaô ou Yawô – espécie de inicianda. Interpretação dada – filha de santo.

Ogan – protetor do candomblé, que fornecia os meios financeiros para as festas. Era escolhido
pelo babá e confirmado pelo Orixá.

Ogan de atabaque – a pessoa que conhecia os segredos dos toques para os Orixás.

Cambondo – dito como cambono, espécie de tocador de atabaque nos candomblés de Angola,
depois, em conseqüência das deturpações, passou a ser qualificado nos terreiros, como auxiliar
dos protetores, isto é, aqueles que se ocupam de servir às pessoas mediunizadas.

Candomblé – o local onde se faz o terreiro. Onde se processam os ditos ou as cerimônias.

Candomblé de caboclo – ritual onde predomina as evocações para os encantados o mesmo


que os caboclos.

Ilu – atabaque de um modo geral.

Matança – sacrifício de animais para os Orixás e para Exu também.

Pêji – o altar ou o santuário dos candomblés, dito, também, como Conga.

E ainda, para a necessária diferenciação:

Padrinho – diz-se também, como pai de santo, no candomblé de caboclo.

Como padrinho ou compadres também tratam aos exus, quando no reino.

Tata ou tata de inkice – interpreta-se também como mãe de santo, em Congo e Angola.
Encantado – interpreta-se também como Orixá, no candomblé de caboclo e no catimbó como
os espíritos protetores, chamados de mestres.

Após reavivar esses significados, em linhas gerais e sintéticas, vamos ao encontro do que é,
genuinamente, nosso, bem brasileiro, a raiz ameríndea ou de nossos índios, o adjunto da
Jurema, para que, depois, possamos encontrar a verdadeira Umbanda.

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OS ORIXÁS OU “DEUSES” VENERADOS NA CONCEPÇÃO DOS NAGÔS - Parte I

Obatalá – O filho de Olorum. O pai da humanidade, da nossa, é claro. Um Orixalá, isto é, aquele
que está acima dos Orixás, é um grande deus. Posteriormente, ou seja, aqui no Brasil, recebeu
a designação de Oxalá, termos que é uma contração do outro. Já pela influência do clero, foi
“identificado” com o Senhor do Bonfim, da bahia, o mesmo que Jesus. Isso foi o começo do
chamado sincretismo ou similitude.

Xangô – Deus do Trovão, do Raio, ou seja, do fogo celeste. Dentro do sincretismo passou a ser
assimilado a São Jerônimo da Igreja.

Ogum – Deus do Ferro, da Guerra, das Demandas. Dentro do sincretismo passou a ser
assimilado, ora a Santo Antonio, na Bahia, ora a São Jorge, em outros estados.

Oxossi – Deus da Caça, dos Vegetais. Dentro do sincretismo, passou a ser assimilado a São
Sebastião da Igreja.

Yemanjá – Deusa das Águas, na África é a deusa do rio Oxun. Dentro do sincretismo passou a
ser assimilada à Virgem Maria, da Igreja. Segundo uma lenda corrente entre os Nagôs dos seios
de Yemanjá, a dona das águas, nasceram dois rios extensos, enormes, que se uniram,
formando uma monstruosa lagoa. Do ventre dessa lagoa, nasceram todos os Orixás, isto é,
menos Obatalá, Ifá e Ibejê, que têm outras lendas, outros conceitos.

Oxun – Deusa do rio Oxun. Dentro do sincretismo, passou a ser assimilada à Nossa Senhora da
Conceição, da Igreja.
Ifá – O Mensageiro dos “deuses”. O Oráculo dos Orixás. O advinhador.

Dadá – Deusa dos Vegetais

Olokun – Deus do Mar

Okô – Deus da Agricultura

Olochá – Deusa dos Lagos

Obá – Deusa do rio Obá

Agê-Chalagá – Deus da saúde

Oiá – Deusa do rio Níger

Chapanã – Deus da varíola, da peste.

Okê – Deus das Montanhas

Agê-Chalugá, com outro atributo, Ajá ou Aroni, Oxanby ou Oxanin – os deuses da medicina, os
que podiam curar.

Percebemos os aspectos dessa raiz e mesmo o porques de somente cinco desses Orixás ou
desses termos representativos de Forças ou Potências, milenários, tradicionais, remotíssimos,
terem sido conservados no conceito interno, oculto, ou melhor, de adaptação oculta do astral,
por dentro da Lei de Umbanda, quando chegarmos à questão das verdadeiras Linhas ou das
Sete vibrações Originais dessa Lei.
No culto africano puro, em seus ritos, só evocavam Orixás, ou seja, os espíritos enviados deles,
que estavam convencidos de nunca terem encarnado, porque aos espíritos ditos como Eguns,
eles repeliam, ou melhor, não eram aceitos de forma alguma. Como Eguns consideravam ou
qualificavam a todos os espíritos de seus antepassados, as almas dos mortos, enfim, a todos
que já tinham sofrido o processo da encarnação.

Portanto, os espíritos de caboclos, preto-velhos e crianças seriam repelidos, porque eram


eguns. Todos esses são espíritos velhos, porque já encarnaram dezenas, centenas de vezes.

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quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Atabaques

Atabaque (ou Tabaque) é um instrumento musical de percussão. O nome é de origem árabe:


at-tabaq (prato). Constitui-se de um tambor cilíndrico ou ligeiramente cônico, com uma das
bocas cobertas de couro de boi, veado ou bode.

É tocado com as mãos, com duas baquetas, ou por vezes com uma mão e uma baqueta,
dependendo do ritmo e do tambor que está sendo tocado. Pode ser usado em kits de
percussão em ritmos brasileiros, tais como o samba e o axé music.

Atabaque é também um grande instrumento de percussão usado nas rodas de capoeira. O


couro vem da pele da vaca e é esticado por um sistema de anéis de metais ou aros, cordas e
cunhas de madeira. Para afinar o atabaque, tira-se do pedestal (pé) e bate-se nas cunhas. A
força nas cunhas empurrará o aro de baixo esticando a cordas e consequentemente afinando o
couro. No candomblé é considerado objeto sagrado. Candomblé é a religião que mais
conservou as fontes do panteão africano, servindo como base para o assentamento das
divindades que regeriam os aspectos religiosos da Umbanda. É conhecido e praticado, não só
no Brasil, como também em outras partes da América Latina onde ocorreu a escravidão negra -
a Santería cubana é famosa. Em seu culto, para cada Orixá há um toque, um tipo de canto, um
ritmo, uma dança, um modo de oferenda, uma forma de incorporação, um local próprio e uma
saudação diferente.
Os deuses do Candomblé têm origem nos ancestrais africanos divinizados há mais de 5000
anos. Muitos acreditam que esses deuses eram capazes de manipular as forças naturais, por
isso, cada orixá tem sua personalidade relacionada a um elemento da natureza.

As cerimônias são realizadas com cânticos, em geral, em língua nagô ou yorubá. Os cânticos em
português são em menor número e refletem o linguajar do povo. Há sacrifícios de animais
(galo, bode, pomba) ao som de cânticos e danças. A percussão dos atabaques constitui a base
da música.

Os tambores começaram a aparecer pelas escavações arqueológicas do período neolítico. Um


tambor encontrado na escavação na Morávia, foi datado de 6.000 anos antes de Cristo.
Tambores têm sido encontrados na antiga Suméria com a idade de 3.000 A . C. Na
Mesopotâmia foram encontrados pequenos tambores datados de 3.000 A . C. Tambores com
peles esticadas foram descobertos dentre os artefatos egípcios, a 4.000 A . C. Os primeiros
tambores provavelmente consistiam em um pedaço de tronco de árvore oco. Estes troncos
eram cobertos nas bordas com peles de alguns répteis, e eram percutidos com as mãos,
começou-se a usar peles mais resistentes e apareceram as primeiras baquetas. O tambor com
duas peles veio mais tarde, assim como a variedade de tamanho.

A Umbanda é uma das religiões mais praticadas no Brasil, com maior propagação na Bahia e no
Rio de Janeiro, a Umbanda brasileira começou a ser formada por volta de 1530, com a mistura
de concepções religiosas trazidas pelos negros da África, na época da escravidão. O primeiro
terreiro foi fundado em 1908 através de Zélio Fernandino de Moraes. Na época com 17 anos,
Zélio, que fazia parte de uma família tradicional de Niterói, RJ, incorporava o chamado Caboclo
das Sete Encruzilhadas e foi o responsável pela formação de sete tendas que acabaram
difundindo a Umbanda. Todas as tendas funcionavam sob o lema: "manifestação do espírito
para a caridade" e usavam rituais simples com cânticos baixos e harmoniosos.

A Umbanda incorpora os adeptos dos deuses africanos como caboclos, pretos velhos, crianças,
boiadeiros, espíritos das águas, eguns, exus, e outras entidades desencarnadas na Terra,
sincretizando geralmente as religiões: católica e espírita. O chefe da casa é conhecido como Pai
de Santo e seus filiados são os filhos ou filhas de santo. O Pai de Santo principia a cerimônia
com o encruzamento e a defumação dos presentes e do local. Seguem-se os pontos, cânticos
sagrados para formar a corrente e fazer baixar o santo. Muitos são os Orixás invocados na
cerimônia de Umbanda, entre eles Ogun, Oxóssi, Iemanjá, Exu, entre outros. Também invocam
pretos velhos, índios, caboclos, ciganos.
A Umbanda absorveu das religiões africanas o culto aos Orixás e o adaptou à nossa sociedade
pluralista, aberta e moderna, pois só assim um culto ancestral poderia renovar-se no meio
humano, sem que a identidade básica dos seus deuses fosse perdida.

A Umbanda Branca é a que tem maior influência do kardecismo em seus cultos. Trabalham
com doutrinação e curas, sendo a parte de descarrego feito em menor número.

Não é melhor, nem pior, não é mais certa, nem errada uma vez que cada casa tem sua missão e
seus dons, e cada um age conforme os dons que receberam.

Existem casas que tocam a Umbanda Branca que não utilizam bebidas nem cigarros e também
não é utilizado o atabaque.

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A Glândula Timo

No meio do peito, bem atrás do osso onde a gente toca quando diz: "eu", se encontra uma
pequena glândula chamada timo. Seu nome em grego: thýmos, que significa energia vital.
Precisa dizer mais?

Precisa, porque o timo continua sendo um ilustre desconhecido. Ele cresce quando estamos
contentes, encolhe pela metade quando estressamos e mais ainda quando adoecemos. Essa
característica iludiu durante muito tempo a medicina, que só conhecia através de autópsias e
sempre o encontrava encolhidinho.

Supunha-se que atrofiava e parava de trabalhar na adolescência, tanto que durante décadas os
médicos americanos bombardeavam timos adultos perfeitamente saudáveis com megadoses
de raios X achando que seu "tamanho anormal" poderia causar problemas.

Mais tarde a ciência demonstrou que, mesmo encolhendo após a infância, continua totalmente
ativo; é um dos pilares do sistema imunológico, junto com as glândulas adrenais e a espinha
dorsal, e está diretamente ligado aos sentidos, à consciência e à linguagem.
Como uma central telefônica por onde passam todas as ligações fazem conexões para fora e
para dentro. Se formos invadidos por micróbios ou toxinas, reage produzindo células de defesa
na mesma hora. Mas também é muito sensível a imagens, cores, luzes, cheiros, sabores,
gestos, toques, sons, palavras, pensamentos.

Amor e ódio o afetam profundamente.

Idéias negativas têm mais poder sobre ele do que vírus ou bactérias. Já que não existem em
forma concreta, o timo fica tentando reagir e enfraquece, abrindo brechas para sintomas de
baixa imunidade, como herpes. Em compensação, idéias positivas conseguem dele uma
ativação geral em todos os poderes, lembrando a fé que remove montanhas.

O teste do pensamento

Um teste simples pode demonstrar essa conexão. Feche os dedos polegar e indicador na
posição de o.k, aperte com força e peça para alguém tentar abrí-los, enquanto você pensa:
"estou feliz".

Depois repita pensando: "estou infeliz".

A maioria das pessoas conserva a força nos dedos com a idéia feliz e enfraquece quando pensa
infeliz. (Substitua os pensamentos por uma bela sopa de legumes ou um lindo sorvete de
chocolate para ver o que acontece...)

Esse mesmo teste serve para lidar com situações bem mais complexas. Por exemplo, quando o
médico precisa de um diagnóstico diferencial, seu paciente tem sintomas no fígado que tanto
podem significar câncer quanto abscessos causados por amebas. Usando lâminas com
amostras, ou mesmo representações gráficas de uma e outra hipótese, testa a força muscular
do paciente quando em contato com elas e chega ao resultado.

As reações são consideradas respostas do timo e o método, que tem sido demonstrado em
congressos científicos ao redor do mundo, já é ensinado na Universidade de São Paulo (USP) a
médicos acupunturistas. O detalhe curioso é que o timo fica encostadinho no coração, que
acaba ganhando todos os créditos em relação a sentimentos, emoções, decisões, jeito de falar,
jeito de escutar, estado de espírito...

Fiquei de coração apertadinho" , por exemplo, revela uma situação real do timo, que só por
reflexo envolve o coração. O próprio chacra cardíaco, fonte energética de união e compaixão,
tem mais a ver com o timo do que com o coração, e é nesse chacra que, segundo os
ensinamentos budistas, se dá à passagem do estágio animal para o estágio humano.

"Lindo!", você pode estar pensando, "mas e daí?". Daí que, se você quiser, pode exercitar o
timo para aumentar sua produção de bem estar e felicidade.

Como? Pela manhã, ao levantar, ou à noite, antes de dormir.

a) Fique de pé, os joelhos levemente dobrados. A distância entre os pés deve ser a mesma dos
ombros. Ponha o peso do corpo sobre os dedos e não sobre o calcanhar, e mantenha toda a
musculatura bem relaxada.

b) Feche qualquer uma das mãos e comece a dar pancadinhas contínuas com os nós dos dedos
no centro do peito, marcando o ritmo assim: uma forte e duas fracas.

Continue entre três e cinco minutos, respirando calmamente, enquanto observa a vibração
produzida em toda a região torácica. O exercício estará atraindo sangue e energia para o timo,
fazendo-o crescer em vitalidade e beneficiando também pulmões, coração, brônquios e
garganta. Ou seja, enchendo o peito de algo que já era seu e só estava esperando um olhar de
reconhecimento para se transformar em coragem, calma, nutrição emocional e abraço.

Ótimo, íntimo. Cheio de estímulo. Bendito TIMO.

Abraços diretos do Timo.

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segunda-feira, 5 de novembro de 2007

As Raízes da Grande Religião Universal - Parte III


Quinta oferenda – Jesus aos nossos dias, até a crucificação. A religião começa a dominar o
mundo, mas também é dominada por Imperadores e Reis. Sendo assim, cada monarca queria
exercer seu próprio poder sobre os comandantes da religião.

Esses monarcas não eram iniciados. Portanto, não conheciam os mistérios da Lei da natureza.
Sendo assim, alguns médiuns que se atreveram a praticar os conhecimentos dos mistérios da
Lei da natureza foram perseguidos impiedosamente, acusados de bruxos. Assim, colocavam-
nos na fogueira, preparada dentro dos palácios ou em praças públicas para serem vistos como
exemplo. Devido a essas perseguições, homens como Leonardo da Vinci, Nostradamus e
outros, tinham que manter segredo de seus conhecimentos e de sua mediunidade. Mas o
mundo desencadeou novas descobertas e aumentou a prática da grande religião universal,
numa mistura de raças e miscigenação de credos, que vêm até os nossos dias.

Classificação das Nações Existentes

1º) Jeje

2º) Queto

3º) Angola

4º) Omolocó

5º) Ifã

6º) Nagô (mistura)

7º) Jeje-Nagô

8º) Jeje-Nagô-Malê

9º) Jeje-Nagô-Bantô

10º) Jeje-Nagô-Mina

11º) Jeje-Nagô-Malê-Banto

12º) Jeje-Nagô-Mina

13º) Afro-Pajelança

14º) Afro-Pajelança-Cardecista

15º) Afro-Pajelança-Cardecista-Católica

16º) Afro-Pajelança-Cardecista-Protestante
17º) Afro-Pajelança-Cardecista-Católica-Astrológico

18º) Afro-Pajelança-Cardecista-Católica-Exotérico – Nossa Nação

19º) Afro-Pajelança-Mentalista

Jeje é a identificação vinda da Nigéria.

Malê é a força oculta vinda das colônias dos Estanislados.

Bantô é a linha trazida pelos escravos de Angola, Congo e Moçambique.

Mina é a nação trazida dos negros da África da região Fanti e Ashanti. A linha afro reúne todos
esses grupos.

Pajelança envolve a adoração aos índios brasileiros.

A Umbanda no Brasil ramifica através dos seguintes grupos: Afro, Jeje, Nagô, Malê, Bantô,
Mina, Kardecismo, Pajelança, Catolicismo. Só é praticada pelo Babalorixá de profundos
conhecimentos de fundamento e doutrina.

O culto afro-brasileiro teve a maior participação dos Sudaneses, Bantos e todo continente
africano. No Brasil os escravos legaram o Catimbó, que veio ramificar no Nordeste, em
Pernambuco.

O Candomblé na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo e o Batuque no Rio Grande do Sul.

A influência católica não foi trazida pelos índios. Eles não cultuam imagens.

O esotérico foi influenciado pelo povo cigano no sentido de captação das forças trazidas do
oriente, para Espanha, Portugal, Itália e França, No Brasil, o Esotérico é raramente encontrado.
Os estados em que o encontramos é Minas Gerais, Alagoas, Sergipe e Amazonas.
A linha Afro, Malê e Bantô, pesquisaram em 1.888 uma comunicação mais direta com os orixás.
Desde então, colocaram o Paô, ou seja, batidas de palmas correspondentes aos Sete Raios de
Umbanda. Exemplos:

Xangô – 5º Raio – 5 – 5 – 5

Oxum – 6º Raio – 6 – 6 – 6

O Paô é de grande fundamento, pois ele é a comunicação direta dos Orixás aos nossos dias.
Como também o Amaci, o Abô, a Pemba, trazidos pela linha Afro. A partir daí ofereceu o
fundamento básico a todos os Babalorixás.

No Candomblé se usa o Paô de Exu. A Umbanda, por se corresponder aos Sete Raios, faz a cada
Orixá uma batida diferente, e aos Guias a batida de Eguns.

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As Raízes da Grande Religião Universal - Parte II

Quarta Raça – Raça Branca

A dominação da raça branca sobre a amarela alastrou-se por toda Europa e invadiu a África.
Localizamos a invasão e conquista, cujo autor foi Hama, o primeiro patriarca, o qual deixou à
humanidade um livro em língua hermética (Sumetria), contendo sinais e triângulos secretos,
representados por uma esfera. Nele, o princípio das verdades originais das raças amarela e
negra estavam definidos. Desta época, há pouco tempo atrás, este elo estava oculto por
Miquiesedegues – rei e sacerdote de Jerusalém, que tinha ligação com Abrahão. Com a
descoberta das Américas pela raça branca, houve uma grande fusão de raças e credos, e o
surgimento da Umbanda como religião natural: negro-fetichista, índio-pajelança, católico e
espírita.

Na primeira etapa africana dos cultos primitivos existia a contribuição dos sábios árabes,
egípcios e indianos, constituindo os cultos básicos das nações. Os escravos foram trazidos para
o Brasil e sofriam o contato com os europeus católicos e protestantes.

Na segunda etapa, chamada de escravatura, ocorreu com o tráfego negreiro e vai até a
libertação dos escravos. Como a escravatura se deu em massa e sem planejamento, vieram
para o Brasil, nativos de Angola, Congo e Bastos, provocando uma mistura ritualística entre o
próprio negro, que acabou por misturar os fundamentos dos Orixás.
Há mistura do Jeje, Yorubanos, Nagô, Queto, inclusive os cultos malês. Isto ocorreu entre 1.830
e 1.888. Negros e índios começaram a resistir à opressão religiosa, e não agüentando a mesma,
apelaram para o sincretismo, onde cada Santo católico correspondia a um Orixá.

A terceira fase é a atuação da força espírita Européia, que inclusive, já se notava em algumas
tribos.

Essa atuação acabou provocando algumas mudanças nos cultos mais compreensíveis e formou
o multisincretismo assim constituído: Jeje, Nagô, Molssimi, Banto, Caboclo, Espírita e Católico.

Quarta Etapa – Moderna, onde a abertura espiritual leva o ser humano ao antigo sabeísmo, a
prática do retorno à natureza e aos valores espirituais.

Assim, juntando-se todos os conhecimentos de todos os rituais, encontramos a Grande Religião


Universal. A Umbanda foi e sempre será natural e simples, sempre voltada para a fé e a
caridade como meio de evoluir e se voltar ao Criador. Trazendo grandes forças e fundamentos,
como por exemplo as oferendas, que nada mais são do que a comunicação direta aos Orixás, e
que já vem de tempos remotos.

A primeira oferenda é de Adão à Noé, e de Abel e Caim para entrar em contato com o Espírito
Divino. Abel oferece em holocausto as melhores ovelhas do seu rebanho, inclusive as gorduras.
Caim oferece os frutos da terra, que tirava da sua lavoura. Noé, após o dilúvio, ofereceu reses e
aves ao Senhor.

Segunda oferenda – Abrahão fez oferendas ao espírito criador, todas as vezes que entrava em
contato com a voz do Senhor.

Terceira oferenda – Abrahão e Moisés. Na época de Moisés era muito grande a falta de
alimentos ocasionada pela seca da região. Moisés buscava as forças da natureza através de
seus conhecimentos e o mínimo de água existente, oferecia ao Senhor. E foi muito grande a
manifestação fenomênica em benefício da natureza.
Quarta oferenda – Moisés a Jesus Cristo. Com a morte de Moisés, o ser humano foi sofrendo
transformações diretas, de encontro ao materialismo, e também se esqueceu das forças
espirituais e religiosas. E Jesus, iniciado pelos grandes Mestres do Egito, começa uma explosão
de forças, e traz de volta a grande sabedoria da natureza, pois Cristo pregava as Leis codificadas
por Moisés.

Jesus consegue parar a grande explosão material, fazendo a religião ser novamente invocada
pelas pessoas e trazendo de volta o nome vivo de Deus.

http://umbandadeamor.blogspot.com/2007_10_28_archive.html

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