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Tais mudanças nos mostram que no mundo do trabalho, não é possível a criação de elos
entre os colegas de trabalho, não há mais solidariedade, nem tão pouco compreensão, nos
deparamos hoje com um grande campo de disputa competitiva de promoções, melhores
lugares, melhores contratos e salários.
Tais mudanças ainda nos apresenta as terceirizações, que traz com ela as
desfragmentações das classes, enfraquece os sindicatos e o não mais reconhecimentos das
classes em si e para si. Isso ocorre uma vez que num mesmo local de trabalho podemos
nos deparar com diversas formas de formalizar ou não um trabalho, diversas formas de
salários para a mesma função, causando o não reconhecimento daquela classe em
especial, enfraquecendo as suas conquistas e apagando cada vez mais o seu referencial
teórico.
O trabalho sempre esteve como prioridade em nossas vidas, afinal, sem trabalhar não
temos salário, não temos dinheiro, não pagamos as contas, não nos alimentamos, e se
tivermos pessoas que dependem de nós então, a situação se complica muito mais. Porém,
chegamos ao ponto macro de nossas vidas, nosso trabalho toma conta de nossa vida de
tal maneira que não vivemos mais, não descansamos mais, não nos desligamos daquilo
que deveria ser o nosso ganho para viver, não o contrário.
Esse capitalismo contemporâneo atual já se mostra em nossa sociedade com base em suas
novas reestruturações, a heterogenização do trabalhador é uma delas, um exemplo disso
é a crescente incorporação de uma grande massa feminina no mundo do trabalho, tendo
ainda uma grande tendência a subproletarização de um modo mundo visível a ser
enxergado com trabalhos parciais, precários, informais, subcontratados e os terceirizados.
Essas questões estão cada vez mais visíveis pela fragilização da proteção social e pelo
questionamento natural de onde está e como se dá a intervenção do Estado, tal
questionamento traz com ele algo muito maior que imaginamos, o capitalismo se recicla
a cada crise para a sua própria reestruturação, e este está rompendo com todas as formas
de garantias de direitos dos trabalhadores.
Para lidar com tais situações e até mesmo nos preparar para o que ainda pode vir, é
necessária uma enorme mudança de postura daqueles que estão envolvidos em meio a
esta exploração. É necessário que a população seja capaz de reconhecer a importância
das ações políticas que os envolve, se faz cada vez mais importante e necessária ações
junto à população vulnerável a fim de oferecer a esta condições de fortalecimento e
ferramentas para pensar sobre elementos de lutas e resistência.